its Teens Joinville - 101

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Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

Nesta edição da revista its Teens, você vai perceber que desde as redações históricas que recriaram a Crise de 1929 até as experiências científicas com genética e extração de DNA, vemos alunos protagonistas no aprendizado. Projetos como o “Nosso dinheirinho” e o “Mercado vizinho” revelam que, desde cedo, é possível aprender matemática e cidadania de forma lúdica e significativa.

Já nas turmas de Jovens e Adultos, a competição do conhecimento mostra que aprender também pode ser divertido e coletivo. As escolas ainda exploraram literatura, teatro, cultura popular e tecnologia, reforçando a importância de unir tradição e inovação. Em comum, todos os relatos destacam professores engajados e estudantes motivados, que transformam a sala de aula em palco de experiências inesquecíveis.

Esta edição é um retrato da educação que encanta, desperta e prepara para o futuro. Boa leitura!

CAROLINE ARJONAS

Repórter

/expediente

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO

GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

Estagiária

LETÍCIA MARTENDAL

Assistente de Mídia

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

MICHEL MARIANO PIZZETTI

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA michel.pizzetti@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

necessariamente a opinião da revista, sendo de inteiraresponsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

TIRAGEM: 3.240 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

ANA
DAIARA CAMILO

Descarte correto

Reportagem do passado

O menino do dedo verde

5 esportes diferentões que você nunca imaginou #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #27 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #15 #08 #10 diversão

Passos frenéticos: o que foi a “epidemia da dança”?

Alunos recebem medalhas da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática

A casa do futuro

Além do mito: a verdadeira história dos vikings

Viajando pelo passado e futuro

wi-fi saideira mão na massa nosso planeta mural dos estudantes galerias educação transformaque diário escolar conhecimentos gerais

DNA em ação

Criatividade não vem do Wi-Fi, vem do offline

Unitree G1: conheça o robô que está ganhando as redes sociais

Amor querido amor

Extraindo o DNA do morango

Quais são os seres mais inteligentes do Reino Animal?

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TEM NOVIDADE NA ÁREA!

@REVISTAITS

Agora você pode ouvir as matérias da its Teens no nosso podcast. Apresente aos colegas com baixa visão ou cegos e leia o QR code para acessar!

Igor Ludgero Cabral EM Pastor Hans Müller
Vinícius Mello dos Santos EM Doutor Abdon Baptista
Davi Junkes do Nascimento Gustavo Inácio Krüger da Costa Gustavo Ribeiro da Silva EM Professora Elizabeth Von Dreifuss EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou
Maria Rita de Alcântara Farias EM Pauline Parucker

Leve os resíduos para a lixeira certa!

PROFESSORA E CONTADORA DE HISTÓRIAS, ATUANDO NA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL PREFEITO ROLF COLIN

Imagine você ser rico, bonito e inteligente, mas não conseguir aprender na escola! Eis o que ocorre com Tistu, em “O menino do dedo verde”, de Maurice Druon.

Morando na Casa-Que-Brilha, cercado de muito amor (e expectativas) por Senhor Papai e Dona Mamãe, Tistu desconhece o que seja a doença, a miséria, a desordem, a pobreza ou qualquer desarmonia.

Dona Mamãe ensinou-lhe as primeiras letras, mas, quando julgou que seu trabalho estava encerrado, Tistu é mandado para a escola, onde sente muuuuuito sono e não consegue permanecer acordado. Então Senhor Papai decide experimentar com Tistu um método revolucionário: “(...) Ele aprenderá as coisas que deve saber, olhando-as com seus próprios olhos” (p.32). E assim passa a aprender as coisas “olhando-as com seus próprios olhos” e a conhecer a “vida real”.

Foi quando conheceu o Sr Bigode, jardineiro da Casa-Que-Brilha, um senhor tão simpático quanto um cabo de enxada. Mas, não é necessário muito tempo nem esforço para que Tistu

entenda porque o jardineiro fala tão pouco com os humanos. É que ele conversa com cada flor do jardim! E é ali, no jardim, que Sr Bigode faz uma grande descoberta: Tistu tem o dedo verde. A princípio, o menino acha que isso é ruim: “Já vão dizer de novo que eu não sou como todo mundo – resmungou” (p. 40). Mas, com o tempo, o menino descobre que seu “dedo verde” é capaz de provocar uma grande revolução!

“O menino do dedo verde” foi publicado pela primeira vez, na França, em 1957, mas continua sendo uma história divertida e de aquecer os corações dos sensíveis leitores. A obra possui 149 páginas, contando com algumas bem ilustradas, é dividida em 20 capítulos curtos e indicada para jovens leitores, mas eu, que sou suspeita para falar, indico a leitura do livro para todas as pessoas, independentemente da idade.

Temos “O Menino do dedo verde” no acervo da Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin, à disposição para empréstimo. Desejo que você também se deixe encantar pelo menino Tistu e suas aventuras. Boa leitura!

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

Tchau Lygia Bojunga

Eles que não se amavam Celso Sisto

A droga da obediência Pedro Bandeira Mel na boca André Neves

imaginou 5 esportes diferentões que você nunca

Seja no momento em que a bola entra na rede e define a partida ou quando o último ponto marca o fim do set, dois esportes se tornaram paixões nacionais e fazem o coração dos brasileiros bater mais forte: o futebol e o vôlei. Com ótimos resultados nos últimos anos, outras modalidades — como a ginástica, o judô e o skate — vêm ganhando mais destaque após a conquista das almejadas medalhas no maior campeonato esportivo do mundo, as Olimpíadas. Apesar desses esportes reunirem atletas de todo o mundo e de diferentes idades, há aqueles que optam por seguir outro caminho além das quadras e campos. Considerados estranhos, muitos fogem do tradicional e procuram desenvolver suas habilidades e se divertir em variadas modalidades. Conheça cinco delas:

Quadribol

Diretamente do universo de Harry Potter, o esporte, também conhecido como quidditch (o nome original em inglês), foi criado em 2005 por fãs da saga de livros. As vassouras voadoras dão lugar para as comuns, as bolas pesadas são substituídas pelas de vôlei ou de queimada, já o pomo de ouro é uma bola de tênis que fica presa nas costas de um dos praticantes.

Com sete jogadores por equipe, o objetivo é fazer gols (dez pontos cada) e capturar o pomo de ouro (30 pontos). O time com a maior pontuação será o vencedor. O esporte chamou tanto a atenção dos fãs de Harry Potter que já tem até uma federação internacional e uma Copa do Mundo, e é claro que o Brasil não só não ficou de fora como, em 2014, chegou a conquistar o segundo lugar na competição.

Boxe-xadrez

Se tem um esporte que exige concentração e tática é o xadrez. Sentados à mesa em um ambiente silencioso e movendo apenas as mãos, os jogadores não precisam utilizar de força física nem de passos rápidos para arrasar no tabuleiro. Mas, em 1992, um cartunista francês decidiu criar uma partida fictícia e acrescentou uma nova modalidade na obra: o boxe.

Pode parecer contraditório, afinal, as lutas ocorrem em ringues com torcidas vibrando e envolvem socos e muita resistência física, totalmente diferente do jogo de estratégia. Mas em 2003, alguém decidiu torná-lo real e assim nasceu o boxe-xadrez. Como diz o nome, o esporte é composto por rounds alternados entre as duas modalidades.

Cada partida de xadrez possui um tempo determinado e, depois, os atletas partem para um round de boxe — a vitória vai para o competidor que conseguir um xeque-mate primeiro ou nocautear o oponente.

Luta de sabre de luz

Não foram somente os fãs de Harry Potter que trouxeram uma prática da ficção para a vida real. A saga Star Wars conquistou grande parte do mundo desde o lançamento do primeiro filme, em 1977, e em meio às naves espaciais grandiosas, vilões icônicos, robôs falantes, algo a mais chamou a atenção: os sabres de luz.

E por que não trazer essa prática — de modo adaptado, é claro — para a nossa realidade? Combinando os passos da esgrima tradicional com os combates entre os jedi e os sith, o esporte pode ser feito de forma competitiva ou teatral, para apresentações artísticas. Os participantes usam sabres de luz LED, feitos com policarbonato — pode ficar tranquilo que esse aqui não corta e nem queima — e usam roupas inspiradas nos filmes, além de artigos de proteção.

As lutas têm um tempo limite, mas também podem acabar quando o competidor atingir 15 pontos, que são concedidos por golpes válidos — as partes permitidas são somente cabeça, tronco, braços e pernas.

Polo com elefantes

Misturar animais com esporte de humanos nem sempre dá certo. Mas em alguns casos, o resultado é impressionante. Em modalidades como o hipismo e o polo, o cavalo é a escolha ideal, já que a espécie é rápida e possui um bom temperamento, o que a torna mais fácil de treinar e competir.

No entanto, jogadores da Índia e do Nepal decidiram tornar o polo mais próximo da cultura local e adotaram o elefante como o animal do esporte. As regras são similares, mas aqui os atletas montam em elefantes e são guiados por mahouts (tratadores que controlam os movimentos dos seres). Este jogo tem campo menor, bola mais leve e tacos mais longos.

Guerra de dedo

A luta de dedo já existe há muito tempo e em diversos lugares. O objetivo é “defender” o dedão e não deixar que o oponente abaixe seu polegar, mas o que começou como uma brincadeira se tornou um esporte que tem campeonatos mundiais.

Agora com regras, a prática pode ser vista em clubes e eventos pela América do Norte e Europa. Inclusive, existe uma versão utilizando o dedão do pé — essa modalidade foi inventada na década de 1970, em um pub no Reino Unido.

Símbolo cultural de muitos países, a dança é uma expressão artística apreciada por séculos afora. Seja para contar histórias, transmitir valores ou até mesmo para exercitar o corpo, a prática contribui tanto para a saúde física quanto a mental. No entanto, apesar de todos os benefícios, ela já foi a figura central de um dos episódios mais intrigantes da história.

Ao longo de três meses, centenas de pessoas ocuparam as ruas francesas com passos frenéticos. No ano de 1518, em Estrasburgo (França), uma mulher dançando sem explicações deu início à “epidemia da dança”. Diferentemente de outros contágios que atingiram a Europa e dizimaram grande parte da população, como a peste bubônica e a varíola, o surto não tinha relação com uma bactéria ou um vírus e segue sem explicações até os dias atuais.

Passos sem fim

Em um dia qualquer, Frau Troffea começou a dançar na rua, mesmo sem música. Os moradores observaram a mulher com curiosidade até notar algo estranho: ela não parava de se mover, como se estivesse em estado de transe. Os passos continuaram por seis dias, e agora a senhora já não estava mais sozinha, outras pessoas haviam se juntado a ela. Ao longo dos meses, já se contabilizavam mais de 400 indivíduos.

Sob o sol quente do verão, muitos “dançarinos” chegavam a desmaiar devido ao calor — acredita-se que algumas pessoas possam ter morrido por causa da exaustão e de ataques do coração. Relatos históricos e médicos comprovam a história, como o do famoso alquimista Paracelso, que chamou o fenômeno de “coreomania”, e mostram que as autoridades tentaram controlar a situação mas não conseguiram.

A melhor alternativa encontrada era tentar vencer as pessoas pelo cansaço, e para isso levaram músicos e dançarinos para o local. O desfecho foi longe do esperado, e só resultou em mais pessoas entrando no surto. Até que, três meses depois, a epidemia terminou assim como começou: misteriosamente.

Fenômeno

inexplicável

Apesar de ser o acontecimento mais famoso relacionado a uma epidemia de dança, essa não foi a primeira vez que algo assim aconteceu. Documentos históricos apontam que outras cidades europeias passaram por situações parecidas na Idade Média. Na Alemanha, Kölbigk, em 1021, e Erfurt, em 1247, vivenciaram episódios semelhantes, assim como em outros locais alemães e franceses em 1374.

Por anos, especialistas tentaram entender o que causou o fenômeno, mas ainda não há uma explicação científica comprovada. As teorias vão de teses religiosas, como a ideia de castigos divinos, até a possibilidade de uma intoxicação alimentar. Uma delas sugere o ergotismo, uma contaminação provocada pela ingestão de mantimentos contaminados por um fungo capaz de induzir alucinações, como no caso da farinha contendo o esporão-do-centeio.

Entretanto, a justificativa mais aceita é que a população estava em estado alterado de consciência, possivelmente causada pelo contexto social da época, gerando um estresse coletivo. No século 16, a fome e a propagação de doenças dominavam as cidades, o que pode ter desencadeado uma histeria em massa. Porém, o motivo pelo qual a reação foi dançar ainda permanece um mistério.

Reportagem do passado

Por meio de pesquisa e escrita, alunos revivem momento histórico e todos os impactos causados por uma crise

O mundo como conhecemos atualmente nem sempre foi assim. Em um passado não tão distante, diversos segmentos foram modificados, alterando a forma de vida e até mesmo a economia. Um exemplo conhecido por especialistas, mas que também foi sentido na pele pela população, foi a Crise de 1929, também chamada de Grande Depressão. Com origem nos Estado Unidos, esse foi um momento em que as especulações acabaram impactando o mercado.

O que você vai encontrar por aqui:

alunos recriam jornais da época para retratar a Grande Depressão.

Tempo de leitura: 6 minutos

Os jovens foram responsáveis por compartilhar as informações com o restante da escola

Isso porque a bolsa de valores foi afetada diretamente, influenciando os empregos, os gastos e causando até mesmo o fechamento de bancos, gerando protestos e a provocação de um novo modelo econômico que tivesse algum embasamento do Estado. Porém, para que todas essas informações fossem registradas e repassadas, um profissional teve o desafio de compreender a sociedade e transformar os anseios em

informações: os jornalistas. Pensando nessa ligação entre os fatos e a forma como são contados, os professores Fernando de Oliveira Borges e Tiago Guszak, da Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender, apresentaram aos jovens do nono ano uma proposta: que fossem jornalistas naquela época, em 1929, para contar como era a vida e quais foram as principais dificuldades que surgiram após a crise.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

“É um tema pesado, que vai muito além da queda da bolsa e dos números despencando no mercado financeiro: ela afetou profundamente a vida de pessoas no mundo inteiro. Era exatamente isso que eu queria captar com o trabalho, entender a crise sob a perspectiva da imprensa da época”, conta Borges.

Na visão do educador, uma das principais dificuldades foi incentivar os alunos a se imaginarem e se colocarem no lugar daqueles que viveram no passado. “Esse trabalho exigiu dos estudantes uma pesquisa crítica e analítica, além do desenvolvimento da escrita jornalística, do trabalho em equipe e até de noções de design. Foi um projeto interdisciplinar extremamente rico e satisfatório.” Borges reforça que essa atividade foi capaz de mostrar aos adolescentes que a história é algo vivo e em constante movimento.

Para Guszak, uma das satisfações foi ver o trabalho finalizado com a entrega dos jornais. “Esse tipo de atividade é daquelas que nunca terminam em sala. Sempre ficará em suas reflexões futuras sobre política e sociedade de um modo geral. Essa geração viveu uma pandemia e, com certeza, isso os ajudou a realizar o trabalho em sala. Eles sabem o que uma crise pode causar: aumento dos preços, desemprego, um clima de insegurança familiar.”

Jornalistas por um dia

Para quem teve o desafio de ir em busca das informações e de se colocar no lugar daqueles que vivenciaram a crise, o aprendizado foi uma surpresa. No caso de Pedro Henrique Bariviera, o que mais chocou foi imaginar como um único país pode colocar em xeque a sobrevivência de tantos outros. “O que mais me surpreendeu foi a velocidade que tudo aconteceu.

Os Estados Unidos mergulharam no caos econômico e mostraram como as coisas podem mudar de um dia pro outro”, conta o garoto, que reforça o momento difícil em que milhares de pessoas ficaram desempregadas e passaram fome.

Para Guilhermy José da Silva, foi difícil se colocar no lugar de um jornalista, mas esse foi um

dos melhores trabalhos do ano.

“O que mais me chamou atenção foi descobrir que naquela época já existia o esquema da bolsa de valores e compreender mais sobre isso, sem contar o impacto enorme que a quebra teve, inclusive na mídia.”

A atenção foi voltada para o fato de que os trabalhadores também sentiram na pele os impactos, perdendo casas e empregos.

Um dos gêneros utilizados para retratar os fatos foi a charge.

“A minha parte favorita foi desenvolver uma charge para complementar o jornal e deixar ele mais realista, além da carta do leitor, onde criamos personagens para representar um jornalista e um cidadão comum”, finaliza o jovem.

Fotos:
Os alunos foram responsáveis por compreender os impactos da Crise de 1929

ESTUDANTES TESTAM CONHECIMENTOS EM QUIZ

Se você pensa que a única forma de avaliar o conhecimento é no momento das provas discursivas, está muito enganado. Para mostrar que é possível aplicar o aprendizado de uma forma divertida ao lado dos colegas, os estudantes da Escola Municipal de Jovens e Adultos participaram de uma competição em um quiz entre turmas.

Com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento e promover a integração entre as equipes, a unidade desenvolveu a atividade com os estudantes. As questões abordavam assuntos de diferentes componentes curriculares e exigiam raciocínio rápido e colaboração entre os participantes, que vibravam a cada acerto.

Além das respostas corretas, a criatividade na hora do grito de guerra e as bandeiras mais elaboradas também renderam pontos às equipes. Com o resultado positivo do projeto, a unidade já está desenvolvendo a próxima competição, o Soletrando, agora voltado para a Língua Portuguesa.

CRIANÇAS DESCOBREM O VALOR DO DINHEIRO EM

PROJETO ESCOLAR

Entender o valor do dinheiro é um conhecimento que deve vir muito antes de um indivíduo receber o primeiro salário. É essencial que esse aprendizado seja incentivado já na infância, momento em que entenderão a diferença entre necessidade e desejo, assim como a valorizar as conquistas e a usar o dinheiro de forma mais consciente. Foi isso que as professoras Vanessa Faust e Lúcia Freire, da Escola Municipal Valentim João da Rocha, tinham em mente ao desenvolver o projeto “Nosso dinheirinho”.

As crianças do terceiro ano participaram da elaboração de cédulas, com a criação do desenho e a escolha do nome, até da venda de produtos (como lápis e brinquedos) na lojinha da sala, às sextas-feiras. Após uma votação, cada turma selecionou a sua própria moeda e escolheu diferentes temas para personalizar os modelos, que envolviam uma homenagem à cidade e uma raposa, por exemplo.

As cédulas também são usadas para recompensar as crianças após o desempenho nas tarefas, o cuidado com os materiais, o comportamento em sala de aula e a frequência — assim, ensinando a importância de economizar e valorizar o dinheiro.

Fotos: Escola Municipal de Jovens e Adultos/Divulgação
Fotos: EM Valentim
João da Rocha/Divulgação

ALUNOS RECEBEM MEDALHAS

DA 19ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA

A Secretaria Municipal de Educação realizou a entrega de medalhas para 61 alunos da Rede Municipal de Ensino pelo desempenho nacional na 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), realizada em 2024. A cerimônia de entrega ocorreu em setembro no auditório da UniSociesc, no bairro Anita Garibaldi.

Ao todo, foram quatro medalhistas de ouro na etapa nacional da competição, um número superior ao conquistado na edição anterior da OBMEP, quando apenas um estudante conquistou o ouro. Além disso, 16 alunos ganharam a medalha de prata e outros 41 receberam a medalha de bronze. Durante o evento, o medalhista de ouro Gustavo Ribeiro da Silva, da Escola Municipal (EM) Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou, contou um pouco sobre a experiência de participar da competição e como foi receber o reconhecimento nacional.

“Quando saiu a lista, fui olhando os medalhistas de bronze, de prata, até que chegou na lista de ouro e vi meu nome. Foi uma felicidade enorme porque foi o resultado de um ano inteiro estudando.”

Além dos alunos, 15 professores da Rede Municipal de Ensino foram reconhecidos por serem destaques entre os educadores brasileiros devido ao engajamento das turmas e resultados dos alunos.

As EMs Carlos Heins Funke, Professora Eladir Skibinski, Pastor Hans Müller, Paul Harris, Governador Pedro Ivo Campos e Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou foram reconhecidas ainda pelo alto desempenho dos estudantes na competição.

Em 25 de outubro, 1.165 alunos de 51 escolas da Rede Municipal de Ensino participarão da segunda fase da 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Eles se classificaram após realizaram a primeira etapa, em junho deste ano.

Fotos:
Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

DNA em ação

alunos do nono ano exploram genética e apresentam descobertas à turma.

Tempo de leitura: 5 minutos

Entre genes e mutações, turma descobre segredos do corpo e o papel dos genes na formação humana

Compreender o funcionamento do corpo e como cada parte e sistema é responsável por assegurar a saúde e qualidade de vida é fundamental quando pensamos em mobilidade e também no que nosso organismo precisa para estar em bom funcionamento. Entre tantas ações executadas em tempo real, existem agentes importantes para a definição das características e até mesmo possíveis doenças que podemos apresentar ao longo da vida: o DNA.

Na Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger, os alunos do nono ano foram desafiados pela professora Leila Mariete Liermann Israel, que dividiu com a turma uma atividade focada em compreender alterações genéticas e variabilidade. A atividade teve como base conteúdos sobre doenças genéticas, síndromes e mutações — forma encontrada para aproximar o assunto dos adolescentes. “Eles estudaram e apresentaram o que foi solicitado, com muita propriedade e maestria. Se dedicaram muito. Por isso considero o resultado incrível e também sinal de esperança de que ainda temos, sim, escolas públicas e gratuitas de extrema qualidade”, explica a educadora.

Para que toda a turma tivesse acesso ao que foi feito, a estratégia foi dividir os estudantes em trios, cada um com um tema — os assuntos incluíam autismo e distrofias. Os jovens receberam textos e material digital, tendo como foco a criação de apresentações que fossem capazes de repassar o conteúdo aos colegas.

A professora elenca a maturidade dos envolvidos para lidar com os desafios, desenvolvendo habilidades como a pesquisa, o uso da internet, a organização de ideias e a apresentação. “A turma aprecia realizar trabalhos em equipe, e os estudantes se interessaram muito pelo conteúdo. Acompanhar o desenvolvimento do trabalho foi uma tarefa fascinante. Eles discutiram os textos, pesquisaram na internet e chegaram num consenso a respeito das apresentações de forma crítica e segura.” A educadora reforça que gosta de ser desafiada e que muitos enxergam nesse mecanismo uma forma de se preparar para o futuro.

Os estudantes compreenderam o papel do DNA na

Pesquisadores e narrador

Para os estudantes que colocaram a mão na massa e produziram as pesquisas e os estudos, as etapas foram momentos para aprimorar conhecimentos e apresentar aquilo que seria compartilhado com os colegas. “Foi uma experiência divertida e muito útil. Achei fascinante toda a profundidade do processo de diagnóstico das doenças genéticas e como elas agem no corpo”, conta João Gabriel Trapp. Houve quem viu a primeira oportunidade de entender melhor o funcionamento do corpo e como nossas características e fatores genéticos têm ligação. “No meu trabalho, apresentei sobre o autismo e foi interessante aprender como isso acontece já desde o DNA. Para apresentar para turma foi tranquilo, apenas explicar e mostrar como tudo acontece”, pontua Mihaela Cristina de Borba.

A pesquisa foi um dos processos para a produção do trabalho
evolução humana

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

trabalho desenvolvido em escola municipal propõe reflexões sobre moradias do futuro.

Tempo de leitura: 10 minutos

Você já imaginou como vai ser abrir a porta da sua casa daqui a 20, 30 anos? Difícil imaginar que ela continue exatamente igual a como está hoje, não é? Ao longo do tempo, nosso lar já se transformou muitas vezes, do rádio à televisão, do telefone fixo ao celular que hoje controla até a luz do quarto. Se tanta coisa mudou em tão pouco tempo, o que ainda pode vir pela frente?

Pensando nisso, os alunos da Escola Municipal

Professora Lacy Luíza da Cruz Flores desenvolveram um projeto sobre suas perspectivas para a casa do futuro.

O FUTURO ATRAVÉS DE

UM TEATRO DE CAIXINHA

Como seria a sua casa do futuro? Essa pergunta, que batiza o trabalho dos estudantes do grupo Level Up, também serviu de ponto de partida para o trabalho que eles desenvolveram. “O nome do nosso projeto surgiu quando pegamos o edital do campeonato de robótica desse ano e fizemos uma pesquisa para alunos, professores e funcionários como seria a sua casa no futuro. E cada um tinha uma ideia diferente”, explicou Luiza Reis Elias, 14. A interrogação ganhou vida por meio do Teatro Lambe-Lambe, escolhido pelos alunos para materializar a reflexão. A inspiração veio de uma aula de Ciências, quando o professor apresentou vídeos sobre essa linguagem artística e o grupo decidiu adaptá-la ao projeto. “Achamos que seria uma forma criativa de mostrar como cada pessoa imagina seu lar do futuro”, completou Izadora Manuely Ribeiro dos Santos,13.

Entre às soluções encontradas na “casa do futuro” estão placas solares para geração de energia renovável, sistemas de automação com Arduino, robôs voltados para limpeza e segurança, além de sensores de presença e monitoramento com GPS e câmeras para proteger as crianças e a casa. Um dos pontos de destaque foi a inspiração no robô aspirador e no controle por ímã, apresentados como tecnologias que conectam passado, presente e futuro. “A gente quis mostrar que dá para imaginar uma casa do futuro sem esquecer de onde vieram algumas ideias”, destacou Matheus Henrique Dutra, 13. “Como seria a sua casa do futuro” conquistou o primeiro lugar no prêmio ArtBot Júnior no 5º Campeonato Joinvilense de Robótica, realizado no dia 13 de setembro pela Secretaria Municipal de Educação. Durante a competição, o grupo ficou alegre ao observar a reação do público, que inicialmente via apenas “uma caixa preta”, mas se surpreendia ao olhar pela janelinha e encontrar uma história em miniatura. “As pessoas diziam que era diferente, que nunca tinham visto nada parecido”, contou Izadora.

O IMPACTO DA TECNOLOGIA NO

DIA A DIA

Ao imaginar o futuro, os estudantes não enxergam apenas casas cheias de tecnologias avançadas, mas também questionamentos sobre como elas podem impactar a vida cotidiana. “Imagina no futuro que vai ser mais tecnologia ainda. Então a gente pensa que 24 horas por dia o pessoal vai ficar no celular mais ainda. Isso é bom?”, provoca Guilherme Alves Furtado, 15. Na reflexão dos integrantes do grupo Level Up, o uso da tecnologia carrega tanto pontos positivos quanto negativos. Entre os riscos, eles apontam que as crianças podem passar ainda mais tempo em frente ao celular, deixando de brincar ou de praticar atividades físicas. Mas também reconhecem benefícios,

como mais segurança nas casas e até apoio à saúde. “Vamos supor: você está esquentando chocolate quente, fugindo da dieta. O micro-ondas percebe e esquenta uma comida saudável. Ou a geladeira avisa que está faltando salada”, exemplifica Matheus. Uma preocupação, segundo eles, é a dependência de aparelhos que fazem tudo sozinhos.

“As crianças entram, já pegam o celular, já vão pro sofá assistir TV. E aí um robô limpa a casa, a geladeira faz as compras, e você não faz nada para isso. Você fica dependente, sedentário”, observa Guilherme Correa Comeli, 15. Para a equipe é preciso equilibrar: usar a tecnologia como aliada, sem deixar que ela tome conta de todos os aspectos da vida.

Fotos: Leve
Fotogra
A técnica do Teatro Lambe-Lambe, utilizada pela turma, nasceu em Salvador

Izadora vê no projeto uma forma de enxergar as casas do futuro

TECNOLOGIA, MEMÓRIA AFETIVA E APRENDIZADO

O projeto trouxe aprendizados que ultrapassaram a parte técnica. Para a professora Vânia Aparecida Benevenute, a experiência permitiu que cada aluno explorasse seus talentos e pensasse em soluções criativas. “Quando percebemos que o papelão não sustentava a estrutura, por exemplo, a saída foi substituir por madeira. Esse olhar para o problema e a busca por alternativas foi uma evolução.”

Os alunos também tiveram contato com diferentes linguagens de programação, como Arduino e Micro:bit, além de noções de circuitos elétricos. “Não é só jogar, é entender como o jogo é criado. São conhecimentos que eles vão levar para a vida inteira”, diz Vânia.

A professora acrescenta que o projeto também deixou reflexões sobre meio ambiente, futuro e uso equilibrado da tecnologia. “Foi uma memória afetiva muito positiva, tanto pelo que aprenderam tecnicamente quanto pelas discussões que tivemos.”

Fotos: Leve Fotogra
Os estudantes aprenderam na prática como deve ser uma casa inteligente

CAMPEONATO DE ROBÓTICA

O trabalho foi apresentado à rede durante o 5º Campeonato Joinvilense de Robótica, evento que aconteceu no mês passado. Ao todo, foram dez categorias premiadas durante as apresentações, mobilizando 30 escolas e mais de 270 alunos, que formaram 72 equipes. Além do ArtBot, também foi possível concorrer nas categorias Lego, Atto Micro:bit, Estoura Balão e Seguidor de Linha.

1º lugar

Seguidor de linha: Como treinar o seu robô (EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou)

Atto Micro:bit – Desafio do robô: Starbyte (EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou)

Atto Micro:bit – Projeto de Inovação: Eladirobots

(EM Professora Eladir Skibinski)

Estoura Balão: Isabel.Maker (EM Professora Isabel Silveira Machado)

ArtBot Júnior: Level up (EM Professora Lacy Luíza da Cruz Flores)

ArtBot Expert: Innovators (EJA)

Lego – Desafio do Robô: Robot Makers (EM Padre Valente Simioni)

Lego – Design do Robô: Power X (EM Doutor Rúben

Roberto Schmidlin)

Lego – Projeto de Inovação: DJ Robot (EM Dom Jaime de Barros Câmara)

Lego – Trabalho em equipe: Lego Evolution (EM Professora Zulma do Rosário Miranda)

2º lugar

Seguidor de linha: Starbot (EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou)

Estoura Balão: Chico&Race (EM CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira)

ArtBot Júnior: Projeto Mach (EM Paul Harris)

ArtBot Expert: Construtores do Amanhã (EM Prefeito Joaquim Félix Moreira)

O QUE É O TEATRO

LAMBE-LAMBE?

O Teatro Lambe-Lambe nasceu em Salvador, em 1989, criado por Denise Di Santos e Ítala Nandi. A ideia veio dos fotógrafos lambe-lambe, que usavam caixas parecidas para fazer retratos em praças. Hoje, essa forma de teatro viaja pelo mundo e mostra que, mesmo em pequenos espaços, a arte transforma uma simples caixa em palco.

Dentro dela acontecem histórias curtas, de dois a cinco minutos, apresentadas para apenas uma ou duas pessoas por vez. Bonecos em miniatura, objetos, sombras, luzes e música criam um espetáculo cheio de detalhes, que só quem olha pela janelinha consegue ver.

Luiza foi uma das alunas que participou da criação do projeto
A tecnologia fez parte do processo de produção dos jovens

POR GUSTAVO BRUNING

Como a popstar mais famosa da Disney canta na icônica música

“Nobody’s perfect”, todos cometem erros e todos têm aqueles dias. Assim como Hannah Montana, nem sempre fazemos as escolhas mais assertivas e agimos da melhor forma — e lidar com arrependimentos e equívocos faz parte do crescimento. No entanto, como seria se pudéssemos desfazer algumas ações e rebobinar um pouco a nossa vida?

A possibilidade de viajar no tempo poderia solucionar muitos problemas e evitar que tantos outros acontecessem. De quebra, essa ideia soa extremamente divertida. Imagine dar um pulo no passado e conhecer os seus pais quando eles tinham a sua idade? E que tal espiar o que o futuro reserva para o ano 3000? Não sabemos ao certo se isso algum dia vai se concretizar, mas não faltam exemplos de filmes que exploram bem esse conceito. Conheça alguns deles e tire as próprias conclusões sobre esses deslocamentos temporais!

O clássico que ditou as regras

A obra mais referenciada no cinema, quando se trata de viagens no tempo, estreou em 1985 e nos apresentou ao impulsivo e corajoso Marty McFly. O garoto, acompanhado do excêntrico cientista Doc Brown, entra em um carro modelo DeLorean e parte para o passado no filme “De volta para o futuro”. É com essa máquina do tempo nada tradicional que a dupla visita o ano de 1955 — e a partir daí precisa encontrar uma maneira de retornar ao seu tempo presente.

Além de influenciar a cultura pop, o clássico rendeu uma trilogia. Em “De volta para o futuro – Parte 2” (1989), vemos uma versão mirabolante de como poderia ser o ano de 2015, com carros voadores, hoverboards e hologramas por todo o lado. Já em “De volta para o futuro – Parte 3” (1990), Marty e Doc vão para 1885 e se aventuram pelo Velho Oeste.

“De volta para o futuro” (1985)

Uma união entre linhas do tempo

A franquia X-Men já havia ido para todos os lados, com o fim da trilogia original, dois filmes solo do Wolverine e uma prequel ambientada nos anos 1970. Era a hora perfeita para adaptar um dos arcos mais famosos dos quadrinhos, que fez com que os heróis se unissem para que um deles voltasse no tempo. Na literatura, essa missão é da jovem Kitty Pryde, mas na telona quem desempenha o papel é o mutante vivido por Hugh Jackman. Em “X-Men: dias de um futuro esquecido”, o objetivo de ir ao passado é impedir que a Mística protagonize o evento fatídico que desencadeou o surgimento das Sentinelas, criaturas programadas para aniquilar mutantes. Alterando esse estopim, o cenário apocalíptico atual jamais se concretizaria e incontáveis vidas seriam poupadas. O resultado traz uma reflexão sobre manter a esperança e uma aventura que conecta os dois elencos e linhas do tempo da saga.

Decisões difíceis

Nenhum outro filme mergulha com tanta sofisticação no conceito de dilatação do tempo quanto uma das obras-primas do cineasta Christopher Nolan. O emocionante “Interestelar” é ambientado em um futuro distópico, no qual a Terra sofre com um colapso ecológico. Isso faz com que um fazendeiro integre uma missão espacial para buscar lugares alternativos para os humanos habitarem. No entanto, precisa deixar a família para trás e aceitar que, enquanto explora outros planetas, sua percepção de tempo será diferente. Enquanto essa jornada dura aproximadamente dois anos para o protagonista, para os habitantes da Terra se passa ao longo de décadas.

“Interestelar” (2014)

Uma mágicaviagem

O terceiro filme da franquia do bruxo mais popular do mundo é considerado por muitos o melhor entre os oito. “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban” tem boa história, ótima direção, atmosfera mágica e uma viagem no tempo significante. O terceiro ato do longa introduz o Vira-Tempo, um objeto que leva Harry e Hermione algumas horas ao passado para salvar dois aliados e mudar o curso das coisas. Essa ideia acaba sendo ainda mais fundamental no roteiro da peça de teatro “Harry Potter e a criança amaldiçoada”, publicado como livro.

“Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban” (2004)

Revisitando outras histórias

Se as implicações de apenas uma pessoa voltando no tempo já podem ser imensas, o que pode acontecer quando diversos super-heróis se separam e são transportados para diferentes épocas? “Vingadores: ultimato” é a grandiosa conclusão da primeira saga do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e mostra o desenrolar do plano para trazer de volta metade da humanidade, que desapareceu nas mãos do maligno Thanos.

A viagem é uma busca pelas joias do infinito, espalhadas pela galáxia, e nos leva a revisitar filmes anteriores, enxergando cenas sob outros pontos de vista e vendo o que acontece quando há intervenções. Entre os momentos mais divertidos está a batalha entre o Capitão América e uma versão dele no passado, além de uma conversa sentimental entre Tony Stark e seu pai, nos anos 1970.

“Vingadores:

ultimato” (2019)

OFFLINE VEM DO NÃO VEM DO WI-FI, CRIATIVIDADE

Era uma vez um artista sentado em frente a uma tela em branco se perguntando por onde começar. Não era por falta de talento, mas porque sua mente não trazia nenhuma inspiração. Então ele decidiu mudar de ambiente, pegou o quadro, as tintas e os pincéis e foi para um parque, onde as pessoas passeavam e aproveitavam o dia ensolarado.

Foi ali, ao ar livre, que ele criou sua obra-prima.

Essa pode ser a história por trás do famoso quadro “Uma tarde de domingo na Ilha de Grande Jatte”, do pintor francês Georges-Pierre Seurat, em que podemos ver pessoas, barcos e animais à beira de um lago, com uma técnica nunca utilizada antes: o pontilhismo.

Aqui chegamos ao ponto da questão: para ativar sua criatividade — sem ser necessariamente para desenhos ou pinturas —, às vezes é necessário sair da sua zona de conforto.

Saindo do óbvio

A especialista em neurodesenvolvimento Talita Tonin dá três dicas de atividades para explorar seu lado criativo:

1. Caminhada com caixinha da natureza: colete folhas, sementes e flores no final de semana para depois organizar em uma caixa ou caderno. Essa prática treina a observação e desperta um olhar curioso para os detalhes.

2. Pulseira da natureza: coloque uma fita adesiva no braço e cole folhas e pétalas que achar pelo caminho. Além de divertido, dá a sensação de criar algo único e especial.

3. Diário de ideias: em um caderno, desenhe, escreva frases ou cole imagens que chamem a atenção durante a semana. Funciona como um “baú criativo” pessoal.

Criatividade como autoconhecimento

Fazer atividades que parecem ser “clichês” também pode estimular sua criatividade, como por exemplo ouvir uma música e dançar sem se importar com certo ou errado, só movimentar o corpo. “Isso ajuda a soltar o corpo e perceber emoções que estavam guardadas”, explica Talita.

Culinária e experimentos manuais também são estimulantes. Inventar um sanduíche com um novo recheio, ou dobraduras/origamis são ótimos exercícios para revelar paciência, persistência e até preferências pessoais que antes não eram claras. Além disso, eles mostram a coragem de tentar e a importância de aceitar os erros.

Para a profissional, essas atividades podem trazer o autoconhecimento. “Esse processo é poderoso para o desenvolvimento da autoestima e pode envolver a família toda.”

POR LUCAS INÁCIO POR LUCAS INÁCIO

Robôs fazem parte do imaginário popular há séculos, ou melhor, há milênios. Apesar de parecer uma concepção recente, a ideia de um ser autônomo já aparecia no conto mais clássico da Grécia antiga: a Ilíada, do século 8 a.C. Nesta história, Hefesto, o deus do fogo e dos metais, responsável por ser o ferreiro das entidades do Olimpo, tinha assistentes de ouro, com força, resistência e inteligência sobre-humana. As ajudantes foram criadas pelo próprio Hefesto que, não à toa, era também o deus da tecnologia.

Mesmo que os robôs — ou algo do tipo — tenham sido imaginados há tanto tempo, foi a partir da Revolução Industrial, no século 18, que as coisas ficaram mais palpáveis. Máquinas passaram a fazer funções automatizadas nas fábricas, e a estética metálica passou a fazer parte do dia a dia das pessoas. Porém, foi apenas em 1920 que a palavra robô passou a ser usada, criada pelo dramaturgo tcheco Karel Čapek, que batizou os personagens humanoide-metálicos de sua peça de “Robot”. Eram seres criados para o trabalho incessante e o nome vem da palavra “Robota”, que significa trabalho duro e também é utilizada como sinônimo de trabalho escravo na língua do autor.

Como vimos neste caso, a arte inspirou a vida e, conforme a vida foi cumprindo suas previsões, ela inspirou a arte ao longo de todo o século. Na realidade, o desenvolvimento da robótica se baseia em criar máquinas que façam o que não podemos ou não queremos fazer, geralmente com formatos bem diferentes do que é visto e imaginado na ficção, o que não quer dizer que os humanoides tenham sido deixados de lado. Prova disso é a nova estrela das redes sociais: o Unitree G1

Influencer digital e real

Se o cinema dos Estados Unidos é o maior responsável por nos fazer idealizar os robôs, é a indústria chinesa quem está materializando isso. No fim de 2024, a China lançou o Unitree G1, um robô de forma humana com 1,32 m e 35 kg. Sua função é mais voltada ao entretenimento e isso reflete em seu preço relativamente popular: a partir de 16 mil dólares (ou 85 mil reais), podendo variar com a personalização. Até por isso, já é visto em algumas ruas das grandes cidades do país dando rolê com seus donos. Sua tecnologia não é para ser industrial, sua carenagem é mais barata, mas o software é mais adaptável às interações do dia a dia. Ele pode dar uma pirueta mas não consegue carregar coisas muito pesadas. Aguenta empurrões e até alguns chutes, mas não passa ileso a quedas muito grandes. Possui tecnologia e precisão para fazer algumas tarefas domésticas, mas não as faz de forma prática e intuitiva. Com isso, seu uso também passou a ser para estudos de laboratórios tecnológicos que estejam se debruçando sobre o desenvolvimento de inteligência artificial, aprendizagem de máquinas e a transferência desses potenciais para a vida real. Não à toa, o Unitree G1 é um sucesso de tecnologia e de entretenimento, tanto ao vivo quanto na internet.

Conheça as características do Unitree

• Sensores que oferecem percepção de 360 graus que compreendem e interagem com o ambiente ao redor;

• Microfone e alto-falante para controle de voz e interação;

• Ele pode se movimentar a uma velocidade de 7 km/h, o equivalente a uma caminhada rápida na esteira, mas considerada notável para um modelo humanoide da sua categoria;

• A máquina possui controle à distância, possibilitando sua utilização em áreas de risco;

• Até duas horas de operação contínua.

Outros robôs humanoide para ficar de olho

• Atlas: da empresa Boston Dynamics (EUA), tem o custo de 140 mil dólares (aproximadamente 750 mil reais) e é voltado para o uso industrial. Possui 1,75 m de altura, 86 kg e tem durabilidade para levar cargas, mas sua programação e interações são mais controladas.

• Optimus Gen 2: criado pela Tesla (EUA), o robô já apareceu em vídeos demonstrativos com movimentos fluidos de dança e tarefas domésticas, mas apenas em ambientes controlados. Porém, ainda está em desenvolvimento e carece de melhorias, atrasando seu uso previsto no cenário industrial, que era de cinco mil unidades até o fim de 2025 (atualmente está em mil).

• Sanctuary AI Phoenix Gen 7: criado pela Sanctuary AI (EUA), tem uma parceria com a gigante Microsoft para desenvolver a inteligência artificial necessária para o projeto. Seu principal trunfo é a precisão do uso das mãos, com sensores táteis nos dedos que se assemelham aos humanos, possibilitando atividades de alta precisão. Ainda não possui pernas e se desloca por rodas.

• Cyber One: criado pela Xiaomi (China), o robô ainda é um projeto em andamento, embora já tenha um design apresentado. Seu foco está no processamento das informações e interação com o ambiente, principalmente os estímulos visuais e distinguir nuances de voz, percebendo sentimentos e interagindo com estes, buscando ações mais humanas.

Reino Animal? Quais são os seres mais inteligentes do

A aparência e o carisma destes animais são alguns dos principais motivos para eles terem o carinho da maioria das pessoas. No entanto, há outro fator de destaque: a alta capacidade de aprendizagem. Desde o potencial para reconhecer-se no espelho, imitar outras espécies e até emitir sons complexos, os golfinhos são capazes de manipular ambientes, adaptar situações e utilizar ferramentas para se proteger, como esponjas marinhas.

CHIMPANZÉ

Reconhecidos como os animais mais parecidos com os humanos, já que compartilhamos cerca de 99% do mesmo DNA, os chimpanzés têm habilidades que os ajudam a resolver problemas, se comunicar, transmitir conhecimentos e até mesmo pensar de forma abstrata.

Com um aspecto assustador, muitas vezes usados em histórias de terror, os corvos são aves muito inteligentes. Planejamento antecipado, entendimento de conceitos abstratos, identificação de rostos humanos e até criação de ferramentas para caça e proteção são algumas das habilidades destes animais.

PAPAGAIO

Outra ave reconhecida por sua inteligência é o papagaio-cinzento. Originário da África Central, o animal consegue ter um vocabulário de até mil palavras, imitar sons e até mesmo compreender números e cores.

GOLFINHO
CORVO

O ser humano possui algumas características que o destacam em todo o Reino Animal. Seja pela construção de edifícios enormes, o surgimento de ideias mirabolantes e habilidades avançadas de comunicação, uma série de fatores fazem de nós os seres mais inteligentes da Terra. Mas se engana quem pensa que os animais não possuem suas próprias tecnologias — certas espécies demonstram capacidades impressionantes. Quando se trata de definir quais são as espécies mais inteligentes, vários critérios são levados em conta, como a memória, a resolução de problemas, a comunicação, indicadores de autoconsciência e manuseio de objetos. Conheça alguns exemplos:

ELEFANTE

Você já ouviu falar do termo “memória de elefante”? Pois é, não é apenas uma maneira de falar: esses animais realmente têm uma memória incrível, podendo lembrar de eventos que aconteceram anos antes. A habilidade de manipular a situação para alcançar um alvo merece destaque, pois utilizam essa capacidade para obter alimentos e se defender.

As emoções também são avançadas, já que os elefantes demonstram diferentes comportamentos, como tristeza, alegria, cooperação e compaixão.

POLVO

Com um sistema nervoso complexo e neurônios distribuídos por todo o corpo, os polvos são capazes de escapar de aquários e replicar truques, incluindo se disfarçar e até abrir tampas de potes. Planejamento, manipulação de ferramentas, demonstração de emoções e uma capacidade complexa de memórias são outros fatores que o tornam um animal inteligente.

PORCOS

Apesar de sofrerem com estigmas, como de serem sujos e preguiçosos, os porcos são, na verdade, animais muito inteligentes. A memória a longo prazo, o alto senso de direção e as habilidades sociais fazem a diferença, mas o maior destaque está na alta aptidão de aprendizagem, já que são capazes de resolver desafios e até mesmo realizar atividades simples. Esse resultado foi obtido em um estudo no Centro de Ciência do Bem-estar Animal, na Universidade Purdue, nos Estados Unidos, em que quatro porcos alojados usaram um joystick para manipular um jogo de atingir a parede azul.

RATOS

Muitas vezes a imagem dos ratos é apenas ligada ao consumo de queijos, no entanto, os roedores são mais do que isso. Eles possuem estratégias de sobrevivência, o que consiste em ter uma alimentação saudável, evitar armadilhas, escalar superfícies e agir de forma rápida, para que invadam os lugares sem serem percebidos.

E as habilidades vão além. Os ratos conseguem processar pensamentos complexos, imaginar cenários, aprender truques e se socializar com outras espécies.

a verdadeira história dos

Composto por homens robustos, com feições amedrontadoras, cabelos loiros e olhos claros, os vikings têm uma história envolvida em mistério que continua despertando a curiosidade por todo o mundo até hoje. Os personagens parecem ter saído diretamente da mitologia nórdica, com deuses como Thor e Odin, e mitos sobre suas conquistas ainda são divulgados, mas será que é tudo verdade?

Numa época em que ataques criminosos eram uma atividade comum no dia a dia, os rebeldes também cumpriam essa agenda. Foi entre o final dos anos 700 até 1050 que eles estabeleceram de vez a Era Viking na Europa, após o ataque ao mosteiro de Lindisfarne, na costa Nordeste da Inglaterra. E as histórias sobre grandes navegações, invasões, pilhagens e colonizações pela Escandinávia — território que atualmente abrange as nações da Noruega, Suécia e Dinamarca — fizeram a fama do grupo.

Os vikings sempre foram representados nas ficções como homens altos e loiros, muitas vezes utilizando capacetes com chifres, mas pesquisas em tumbas medievais desmentiram alguns mitos que os rodeavam, inclusive as vestimentas, a diversidade da aparência e até a higiene. Nos túmulos foram encontrados pentes, pinças e navalhas. Já os genomas analisados mostraram uma mistura de loiros, ruivos e morenos, nem todos de origem escandinava. Aliás, os capacetes podem não passar de lendas, pois até hoje não foi encontrada qualquer evidência.

Ao contrário do que se acredita, os vikings não eram um povo. O termo, na verdade, está ligado a uma atividade. Enquanto muitos habitantes do Norte europeu estavam trabalhando na pesca, agricultura, comércio e artesanato, aqueles que decidiam se tornar vikings, na maioria das vezes durante a juventude, estavam em busca de acumular honra e legados de guerra.

O mundo da literatura não acaba quando a leitura de um livro é concluída. Por meio dessas histórias é possível viajar por novos planetas, conhecer diferentes culturas e despertar a criatividade. Para incentivar essa prática, a Escola Municipal Evaldo Koehler promoveu o “Café Literário”, reunindo toda a comunidade escolar. No dia do evento, os estudantes participaram de citações de trava-línguas, poemas, poesias e cantigas de roda. Um dos momentos mais especiais foi a apresentação teatral “A magia do Rei Alfabeto”, encenada pelos alunos da Infoteca e dirigida pela mediadora de leitura Josineuma Justino Alves Julião. Para prestigiar os participantes, os autores do livro “O Rei Alfabeto” assistiram a peça.

Praticar os ensinamentos de matemática vai muito além de resolver exercícios em avaliações ou atividades: é possível colocá-los em prova durante situações do cotidiano, como uma compra no mercado, por exemplo. Pensando nisso, a professora Renata Cristina de Oliveira Reitz, junto com as auxiliares Priscila Ferreira dos Santos e Simone Vizentainer, criou um minimercado no Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Laura Cardoso Eleotério. A sala de aula da turma do maternal 1 se transformou em um pequeno estabelecimento para explorar conceitos matemáticos de forma lúdica e significativa. Após conhecerem diversas embalagens de produtos, as crianças entenderam a diferença de preço dos itens e iniciaram os “atendimentos” no mercadinho. Na vivência, os pequenos puderam aprender o valor dos produtos, a função do dinheiro e o papel social de cada participante. Foram eles, aliás, que escolheram o nome do local: o Mercado Vizinho.

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Fotos: CEI
Maria Laura Cardoso Eleotério/Divulgação
Fotos: EM Evaldo Koehler/Divulgação

Com o objetivo de incentivar o cuidado com o meio ambiente e despertar a curiosidade das crianças, a professora Gisele de Fátima Troczynski Ribeiro, do Centro de Educação Infantil (CEI) Cachinhos de Ouro, desenvolveu um projeto especial com a turma do maternal 2. Por lá, os pequenos aprenderam a identificar as árvores que estão ao redor da unidade. Para isso, participaram de rodas de conversas, realizaram passeios dentro do CEI, coletaram materiais naturais, fizeram pinturas de observação e construíram cartazes sobre as plantas. Para finalizar, as árvores frutíferas receberam um QR Code para que a comunidade escolar possa ter acesso às informações de forma lúdica e interativa.

Conhecer as histórias típicas e contos de um local é uma das melhores formas de entender as tradições daquela região. E para aproximar os estudantes da cultura de Santa Catarina, a Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou promoveu a contação de histórias do livro “Boi de Mamão, Boi de Inclusão”, do autor Valério Mattos. Mais de 800 alunos da unidade participaram do evento e se animaram com a encenação dos atores — a interação com os contadores de histórias foi um dos pontos altos do encontro. E o resultado foi exatamente o esperado: os estudantes conseguiram se aproximar da cultura do Estado e mostraram interesse pela leitura do livro.

Além da chegada de novos povos em uma região, ainda há outro fator que influencia diretamente nas tradições e cultura de um país: o bioma. Seja pelos alimentos disponíveis, a maneira que as construções são edificadas ou as festas em relação à colheita, o ambiente molda a forma como as pessoas vivem e se expressam. Foi exatamente esse conhecimento que os estudantes do sétimo ano A da Escola Municipal Prefeito Max Colin adquiriram durante um projeto que uniu as áreas de Ciências e Ensino Religioso. Após estudarem sobre os biomas brasileiros e as práticas religiosas de cada região do país, os alunos, junto com as professoras Jéssica Dumont Poloi e Maria Elisa Horn Iwaya, desenvolveram um jogo de perguntas e respostas baseado nos conhecimentos aprendidos nos dois componentes curriculares.

Foto: EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou/Divulgação
Fotos: CEI Cachinhos de Ouro/Divulgação
Fotos: EM Prefeito

A unidade propôs uma missão especial para os pequenos: deixar o uso das telas de lado e pensar em atividades manuais, participar de momentos com a família e passeios divertidos; receita de bolos, pinturas, visita ao parquinho e brincadeira com os pais são alguns dos exemplos do que as crianças fizeram.

CEI CÉLIO

GOMES DE OLIVEIRA SANTA CATARINA

As turmas do primeiro ano, da professora Daiane Menegaro, participaram de diferentes atividades artísticas ao aprenderem sobre os elementos visuais com cores no projeto “Mãos criam, máquinas imprimem”. Entre elas estão uma visita ao ateliê do artista Juarez Machado, a introdução a obras com animais e a confecção de uma paleta de cores com material reciclável, com a ajuda da professora integradora de mídia e metodologias (PIMM) Isabel Cristina Thiesen.

A escola preparou um evento especial para comemorar os 50 anos da unidade.

As turmas do oitavo ano aprenderam sobre falsa perspectiva nas aulas de Arte, com a professora Fabiana Castegnaro. Na atividade, os estudantes aprimoraram a criatividade ao usar a luz como elemento central da composição artística.

MARIANO COSTA ADHEMAR GARCIA

Amor querido amor

POR DULCE MARIA NASCIMENTO DE SOUZA ESTUDANTE DO OITAVO ANO B DA EM PREFEITO

Vejo você em cada pessoa, Ser vivo, cada coisa,

Você é o centro de tudo

E eu não duvido.

Pessoas querem dar-te um “adeus”, Que sua empatia não tem valor, Que sua compaixão é falha, Mas, isso significa que o amor está perto do fim?

Você não se livra fácil, És único “por quê?”

Você pode ser inesperado, previsível, afetuoso, misterioso

E reconfortante.

Você é escuridão, luz, sol, tempestade.

Mas, semelhante à dor, ao desespero e ao temor, porque és único amor.

És presente em tudo, e escudo

Contra o horror,

Pois, não importa o quanto tentamos afastá-lo, nós precisamos de amor.

Esquecido

POR JOSÉ CARLOS MASULO BRUCE PROFESSOR DA EM PREFEITO LUIZ GOMES

Hoje eu não quero sentir, E que em pedra se faça você coração, Que em gotas sejam minhas lágrimas, E que em letra se faça canção, Eu não quero ser admirado à noite, E esquecido pelo amanhecer, Contemplado como um mero rosto, E depois esquecido.

Esquecidos foram os sonhos de estar ao lado teu, Esquecido foi o dia em que roubei um beijo teu, Esquecida de verdade foi a minha paixão, Acreditando em ti machuquei meu coração, Esquecidos foram os sonhos que sonhei pra mim, Já não pensava em nada, pois meu mundo estava em ti.

Onde os sonhos se passavam E ao meu lado ‘cê’ não estava E pra poder me amar, E depois esquecido...

EXTRAINDO O DNA DO MORANGO

Já imaginou se existisse uma máquina que criasse diversas comidas a partir da água?

Seria revolucionário, não é mesmo? Foi pensando assim que Flint Lockwood pensou e idealizou seu projeto: o Replicador Dinâmico de Alimentos Super Mutante Diatônico Flint Lockwood. Mas, em certo momento, o gerador de chuva de alimentos apresenta problemas e começa a modificar o DNA das refeições, dando vida a comidas mutantes.

Apesar de ainda não ser possível dar vida aos alimentos, podemos estudar o DNA deles — e você pode começar agora mesmo. Pegue as luvas, vista o jaleco e seja um(a) biólogo(a) por um dia.

MATERIAIS:

• Morango (esta fruta possui células grandes e uma grande quantidade de DNA, o que facilita o experimento);

• Álcool isopropílico 70% (tem que estar bem gelado, então coloque no freezer cerca de duas horas antes);

• Detergente de cozinha;

• Sal de cozinha;

• Água;

• Saco plástico;

• Peneira ou filtro de café;

• Copo transparente;

• Colher;

• Palito de churrasco.

PASSO A PASSO

1. Coloque a fruta no saco plástico. Feche bem e retire o excesso de ar, depois esmague-a apertando contra a mesa.

2. Em um copo adicione 100 ml de água e o morango amassado. Misture e depois utilize a peneira ou filtro de café para retirar o excesso da fruta que não se dissolveu.

3. Adicione ao suco duas colheres de detergente e uma colher de chá de sal. Mexa tudo.

4. Para finalizar, coloque o álcool isopropílico 70% e misture novamente.

5. Após alguns minutos, você verá uma substância gelatinosa subindo para a superfície do líquido. Isso é o DNA do morango! Use o palito de churrasco para coletá-lo.

QUÍMICA EXPLICADA:

A primeira reação é mecânica. Ao esmagar o morango, você rompe fisicamente as paredes celulares e as membranas das células. Quando adicionado o detergente, as moléculas se ligam às gorduras existentes e as dissolvem, um processo chamado de emulsificação, já o sal neutraliza toda essa solução – permitindo que as moléculas de DNA se unam novamente e se tornem mais fáceis de visualizar.

O DNA não é solúvel em álcool, então, quando este é misturado ao experimento, ele se separa da solução líquida e forma uma massa visível. O fator de ser mantido gelado é para desacelerar as reações químicas, o que ajuda a manter o DNA intacto e a garantir que o processo de precipitação seja mais eficiente.

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