its Teens Florianópolis - 37

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Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

Nesta edição de outubro da its Teens, a revista reúne conteúdos que estimulam a imaginação e o aprendizado dos estudantes. Nas primeiras páginas, falamos sobre países que quase não utilizam mais dinheiro físico e mostramos como escrever uma carta. Nos conteúdos escolares, abordamos a alfabetização na perspectiva do letramento e conhecemos o importante trabalho do Projeto Tamar. No Cultura Pop, viajamos com os maiores exploradores do cinema, enquanto em Wi-Fi exploramos as funções dos robôs no espaço. Já em Nosso Planeta, destacamos Vênus e sua semelhança com a Terra. Também explicamos como funciona o fuso horário e os diferentes sistemas de medição. Para completar, trazemos os destaques das escolas, os trabalhos da Educação Infantil, diversão com Língua Portuguesa, experiências práticas como a bateria de limão e batata e, ainda, os paraísos escondidos de Santa Catarina.

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

MICHEL MARIANO PIZZETTI

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA michel.pizzetti@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL

SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

TIRAGEM:
Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Florianópolis
ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL Repórter Estagiária
Assistente de Mídia

/conteúdo

Quiz da Língua Portuguesa

Descobrindo vogais

Entre tesouros, tumbas e mistérios

Encantos catarinenses: 8 lugares que vão do litoral à Serra

O perdedor de livros

Existe algum lugar no mundo que não usa mais dinheiro físico? #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #08 #10 diversão aprendizado capa como funciona? mares spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta brasilidades galerias diário escolar conhecimentos gerais

Mensagem visualizada há quatro mil anos: a evolução das cartas

Guardiões da natureza

Aprendendo juntos

Em direção ao cosmos: conheça os robôs que exploram o universo

Dandara e o kabuletê

Gêmeos, mas em condições extremas

Energia sabor limão (ou batata)

Por que os fusos horários existem?

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a) O menino esperimentou a fruta e não gostou.

b) O vento estava tão forte que parecia um furacão.

c) A professora percistiu até que todos aprendessem.

Complete corretamente a frase: “Ele não foi à escola ______ estava doente”.
a) Substantivo b) Adjetivo c) Advérbio
a) Notícia
b) Poema c) Bilhete
a) Comparação b) Metáfora c) Ironia a) Por que b) Porquê c) Porque

POR Waleska Regina Becker Coelho De Franceschi

Gerente de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação

Você já perdeu um livro da escola e não sabia como explicar isso para a professora ou para a bibliotecária? Pois é exatamente essa encrenca que vive o protagonista de “O perdedor de livros”, escrito por Daniele Freitas Pacheco e ilustrado por Martina Schreiner.

Mais do que uma simples história, a obra mostra como a leitura pode nos levar para aventuras inesperadas, misturando realidade, imaginação e até um pouquinho de confusão. O menino que narra a trama se vê em apuros porque os livros que ele pegava emprestados “ganharam pernas” e desapareceram bem na hora da devolução. Entre eles, nada menos que “O menino maluquinho”, de Ziraldo, e “As caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato! Quem nunca se perdeu no mundo dos livros e esqueceu do tempo ou do lugar?

Com muito humor e criatividade, o protagonista coloca a “cachola para funcionar” e inventa planos mirabolantes para resolver a situação. A cada página, o leitor é convidado a rir, se reconhecer e, principalmente, perceber que quem lê tem o poder de imaginar, criar e se transformar.

“O perdedor de livros” é uma obra com cores vibrantes, linguagem divertida e um final que convida o leitor a continuar a história. Ele mostra que ler não é apenas uma obrigação escolar, mas uma aventura cheia de descobertas, aprendizado e imaginação.

O cavaleiro das palavras
Luiz Antônio Aguiar
Palavras mágicas
Bebel Orofino
Beto, o analfabeto Drummond Amorim Mistério no sebo de livros

EXISTE ALGUM LUGAR NO MUNDO QUE NÃO USA MAIS

Pagar por um produto nunca esteve tão fácil: é só aproximar a tela do celular, ou até mesmo do smartwatch, na maquininha e pronto, transação feita. Antes dos pagamentos digitais e por cartões de crédito ou débito ganharem destaque, a humanidade já passou por diversas alternativas para adquirir um item.

Já pensou chegar em uma loja e em troca do celular você entrega uma barra de sal para os vendedores? Hoje em dia isso seria irreal, mas, na Roma Antiga, era comum que o composto servisse como uma moeda de permuta — aliás, foi daí que surgiu a palavra “salário”. Em uma época sem eletrodomésticos de refrigeração, o sal era o que garantia a preservação de alguns alimentos, por isso, a demanda pelo produto era alta e era possível adquirir outros objetos com ele.

Além do sal, outros itens já fizeram o papel do dinheiro, alguns mais comuns (como o ouro

e a prata) e outros mais curiosos, como sacas de grão, tabaco, peixes secos e até mesmo a cachaça — a bebida era considerada uma das maiores moedas de troca no Brasil Colonial. Apesar do dinheiro em papel ter sido criado no século 7, na China, a popularização na Europa aconteceu por volta do século 17, e só virou padrão nos sistemas bancários mundiais quase 300 anos depois. Desde então, novas formas de pagamento surgiram: cheques, cartões, carteiras digitais, QR Code e o famoso Pix.

O mais popular no Brasil

O Pix gerou algumas desconfianças quando foi lançado no Brasil em 2020. A ideia de usar dados pessoais como chave assustou muitas pessoas, que estavam receosas de como seria a segurança desse processo. Apesar de ser possível cair em golpes (é preciso ficar atento!), a facilidade e a agilidade conquistaram os brasileiros. A popularização foi tanto que, em apenas alguns anos, o meio de pagamento se tornou o mais usado no país.

A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, feita pelo Banco Central, mostrou

Exemplos pelo mundo

O movimento de países que buscam o estilo cashless (em que as transações financeiras não utilizam dinheiro físico) cresceu nos últimos anos. Finlândia, Coreia do Sul, Inglaterra e Austrália estão entre os líderes que caminham para esse futuro. No entanto, duas nações se destacam:

Suécia: em 1661, o país foi a primeira nação europeia a implementar as cédulas, e agora, mais de 300 anos depois, está sendo uma das primeiras a priorizar um sistema monetário digital. É comum encontrar estabelecimentos com placas avisando que não aceitam notas e moedas, já que estima-se que as transações com dinheiro vivo sejam menores que 10%.

China: há um tempo, vídeos de brasileiros viajando pelo país asiático viralizaram na internet. A cena mostrava uma turista fazendo compras utilizando a palma da mão. Muitas teorias foram levantadas, mas a verdade é que a tecnologia, desenvolvida pela mesma empresa Tencent, utiliza câmeras infravermelhas para analisar a biometria de cada pessoa.

Essa mesma organização criou o famoso WeChat, um aplicativo que mistura funções do WhatsApp, Facebook e bancos digitais. Nele é possível fazer transferências, pagamentos em diversos estabelecimentos (inclusive de contas de energia elétrica) e doações. Outra ferramenta popular na China é o Alipay, muito utilizado em compras físicas e online, e que conta com carteira digital, seguros, empréstimos e investimentos.

que o serviço de pagamento é utilizado por pelo menos 76,4% da população — o órgão entrevistou duas mil pessoas em todas as capitais do Brasil. O levantamento também mostrou que o Pix é utilizado por pessoas de todas as idades e classes sociais.

Atrás dele está o cartão de débito, com 69,1%, e perdendo por pouco está o dinheiro físico. Apesar de ter se tornado menos comum, a prática de usar cédulas nos pagamentos ainda é usada por 68,9% da população, principalmente entre os mais velhos e as pessoas com renda menor.

MENSAGEM VISUALIZADA HÁ QUATRO MIL ANOS:

a evolução das cartas

CARTAS PARA JULIETA (OU ROMEU)

Quem é fã dos filmes de “Para todos os garotos que já amei” e se identifica com a personagem Lara Jean, sabe muito bem o que o conteúdo de uma carta pode causar, e possivelmente já produziu textos em que expressou sentimentos ou compartilhou uma memória afetiva com alguém dessa forma. Mas você sabia que as cartas possuem uma estrutura textual bem característica? Vamos entender um pouco mais.

Data e local

4 1 3 Conclusão

Apesar de hoje em dia não ser mais necessário, a estrutura de uma carta sempre era iniciada informando a cidade de onde estava sendo enviada e a data, já que demoravam dias, até meses, para serem entregues. Dica: mesmo que a carta não seja para alguém distante, é interessante colocar essas informações, pois podem ser guardadas como lembranças para o futuro.

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Identifique o destinatário

Tanto em cartas pessoais quanto institucionais, é necessário identificar a pessoa para quem é destinada aquelas palavras. Exemplo de carta pessoal: “Querida amiga Sofia”. Exemplo de carta institucional: “Prezada Bianca”.

Corpo do texto

Agora é o momento de colocar no papel o motivo pelo qual está escrevendo. Em uma carta pessoal, você pode descrever como foi uma viagem, uma situação inusitada que aconteceu ou deixar claro aqueles sentimentos reprimidos. Já em uma carta institucional ou empresarial, geralmente são objetivas, ou seja, vão direto ao assunto sem enrolação.

Para finalizar, você pode utilizar “Com carinho”, “Atenciosamente”, ou “Um grande abraço” e se identificar colocando seu nome. Por exemplo: “Com carinho, Isabela” ou “Atenciosamente, Camila”.

Quem nunca enviou uma mensagem para um amigo, que não é muito chegado em redes sociais, e teve que esperar até 24 horas para ter uma resposta? É frustrante e às vezes até um motivo para ter uma “DR”, não é?

Mas você já parou para pensar como era a comunicação à distância na época em que as cartas eram o único meio de conversar com quem estivesse longe?

As cartas existem há milhares de anos e surgiram como uma forma de comunicação escrita entre pessoas distantes. Os primeiros registros desse tipo de mensagem apareceram no Egito Antigo, por volta de 2400 a.C., quando papiros eram usados para transmitir informações administrativas e pessoais.

Na Mesopotâmia, utilizavam-se tábuas de argila com escrita cuneiforme (símbolos que representavam ideias) para fins semelhantes. Na China Antiga, mensagens circulavam em pergaminhos, levadas por mensageiros.

Nos dias de hoje, as cartas foram substituídas por mensagens instantâneas e e-mails, mas não deixaram de ser utilizadas. Atualmente, elas são vistas como algo institucional, jurídico e, para os românticos incuráveis, como uma forma carinhosa de expressar sentimentos.

REMETENTE

DESTINATÁRIO

Quando a Lara Jean fez suas cartas — que, se dependesse dela, nunca seriam entregues — ela escreveu os endereços de destinos. E foi assim que a sua irmã, Kitty, fez sua vida amorosa virar um completo caos (que a gente ama). E você sabe quais informações são necessárias para o envelope chegar ao destino?

Na parte da frente, você coloca o endereço do destinatário (para onde vai) e no canto superior direito vai o selo. No verso fica o remetente (o endereço da sua casa ou do local de onde está saindo).

Veja o exemplo:

VERSO

João da Silva

Rua das Violetas, n° 00

Bairro Jardim Germânico - Florianópolis/SC

CEP: 00000-000

FRENTE

Maria Conceição

Rua Nações, n° 00

Bairro País das Maravilhas - São Paulo/SP

CEP: 00000-000

Entre brincadeiras e descobertas, crianças se aproximam

das letras, dando um novo sentido à educação

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

crianças aprendem sobre vogais em atividade lúdica.

Tempo de leitura: 5 minutos

A ludicidade também fez parte da atividade

POR

ANA CAROLINE ARJONAS

O tempo da infância é marcado pela descoberta de novas brincadeiras, expressões e até mesmo formas de entender o mundo. É durante esse período que aprimoramos a nossa comunicação e aprendemos a ler e escrever, identificando o sentido das palavras e a forma como devemos conversar com aqueles que estão ao nosso redor.

No caso das crianças que fazem parte do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Vó Terezinha, a professora auxiliar de Educação Infantil Alessandra Soares Machado propôs à turma um novo desafio: o projeto chamado “Caça às vogais”. O objetivo foi proporcionar experiências que aproximam os pequenos das letras e, consequentemente, do interesse pela leitura. “É importante porque as crianças vão entendendo que a escrita faz parte do dia a dia delas, nos cartazes, nos painéis, nos livros. Assim, vão criando curiosidade e familiaridade com os signos de forma lúdica e significativa”, conta a professora.

Para que a caça fosse possível, os pequenos exploraram os espaços da unidade, encontrando cartazes e folhetos com as vogais. O caderno também foi um companheiro de passeio, já que podiam colocar na folha o que estavam vendo. “As crianças se envolveram muito na proposta. Ficaram animadas e quando encontravam, corriam para registrar. Foi um momento de entusiasmo coletivo, em que cada descoberta era compartilhada com os amigos.”

A experiência foi fundamental para mostrar que a escrita é uma parte importante da formação. Mais do que aquilo que somos ensinados a colocar no papel, é por meio dela que conhecemos novas histórias e possibilidades. “Propostas como essa contribuem muito para a autonomia, porque as crianças conseguem explorar os espaços, direcionar e registrar as vogais por conta própria. Ao mesmo tempo, estimulam a cooperação, já que compartilham descobertas, ajudam os amigos e aprendem a respeitar o tempo e o espaço do outro”, diz a professora.

Fotos: Neim
Vó Terezinha/Divulgação

Participação coletiva

As auxiliares também estiveram presentes na ação, acompanhando a turma e aquilo que foi visto pelos pequenos. Tendo como base as orientações da Educação Infantil no município, o processo de brincar e aprender foi respeitado, mostrando às crianças que a educação não precisa ser algo engessado. A atividade foi importante para que compreendessem o valor social da escrita, se colocando como agente importante no processo.

A pequena Daphinny Pereira de Jesus participou da atividade, circulando pelos corredores e prestando a atenção em tudo o que estava ao redor.

“Foi divertido porque encontrei muitas vogais e também passeamos na creche”, afirma a pequena.

A anotação fez parte do processo de aprendizagem

A turma foi em busca das vogais

PROFESSORAS DA REDE MUNICIPAL DESENVOLVEM APOSTILA DE LIBRAS

Em uma única sala de aula existe uma pluralidade de estudantes. Ainda que o conteúdo apresentado seja o mesmo, cada indivíduo ali presente irá interpretá-lo de uma maneira, mostrando formas únicas de adquirir o conhecimento. Alguns têm facilidade em certo componente curricular; outros se identificam com assuntos distintos; e ainda há aqueles que demandam um tipo diferente de abordagem, como os estudantes com deficiência visual ou auditiva.

Na Escola Básica Municipal (EBM) Tapera, a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras) está se tornando cada vez mais inclusiva. Por lá, as professoras Michele Dias e Thais Henn desenvolveram um material didático inédito e personalizado.

A apostila de Libras é lúdica, colorida e atrativa, utilizando as fotos dos estudantes fazendo os sinais com as mãos e expressões faciais. A proposta, desenvolvida dentro do Projeto Libras Mídias, é dar ênfase à inclusão e reafirmar a identidade linguística local — o material foi construído com a participação das crianças após a professora Michele notar que a maioria dos conteúdos impressos não contemplavam as especialidades visuais e linguísticas da língua.

ESTUDANTES DA CAPITAL APRESENTAM EXPERIÊNCIAS NAS FEIRAS DE MATEMÁTICA E CONHECIMENTO

Reunir diferentes escolas de uma única cidade é uma ótima maneira de compartilhar ensinamentos e diferentes visões de ensino para toda a comunidade escolar. E as unidades da Capital tiveram a chance de vivenciar essa experiência nas Feiras Regional e Municipal de Matemática e na Feira Municipal do Conhecimento.

Um total de 17 instituições, incluindo uma unidade estadual e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participaram no evento, sediado na Escola Básica Municipal (EBM) Professora Herondina Medeiros Zeferino, no dia 11 de agosto. Ao longo do dia, foram expostos 39 trabalhos.

A união dos encontros buscou a socialização de práticas pedagógicas e teóricas nas áreas de Matemática, Ciências e Linguagens. Na Feira do Conhecimento, 13 escolas municipais apresentaram 23 atividades. Representando a

EBM Maria Conceição Nunes, o segundo ano expôs o projeto “Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti: um estudo prático com armadilhas para a captura de ovos e monitoramento da população de mosquitos”. Já o oitavo ano da EBM Tapera exibiu o “ROBOI de mamão: tradição, cultura e robôs”, exercício que reuniu ensinamentos da cultura local e a tecnologia.

Enquanto isso, as Feiras Regional e Municipal de Matemática contaram com a inscrição de 16 trabalhos de sete instituições da Capital.

O quinto ano da EBM Costa de Dentro apresentou a proposta “Monocórdio: o que a música ensina sobre frações”. A EBM Albertina Madalena Dias foi representada pelos estudantes do sexto ano, com o trabalho “Da existência ao teorema: um estudo no mundo dos triângulos”. Os sete melhores projetos foram selecionados para a Feira Estadual, que acontecerá em novembro, em Pouso Redondo.

O QUE VOCÊ

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estudantes vivenciam experiência de educação ambiental no Projeto Tamar. Tempo de leitura: 5 minutos

TODOS FAZEM PARTE

Na produção da matéria, os professores e supervisores também responderam aos questionamentos da reportagem — e nada melhor do que nomear cada um deles: professores Cleide de Souza, Larissa Xavier, Lígia Machado, Luziana Müller, Thayse Wessler, Wanaide Camila Dantas e Priscilla Soares e as supervisoras Adriene de Almeida Faria, Maria Nazaré Feijó e Adna Miria da Silva.

CONHECIMENTO

No retorno para a unidade, tudo o que foi visto e aprendido ganhou forma por meio das atividades que foram construídas, como conta a diretora. “Após a visita, confeccionaram uma tartaruga utilizando materiais recicláveis, unindo criatividade e consciência ambiental.” Além dessa produção, a leitura, os vídeos e as conversas foram formas utilizadas para memorizar o que foi visto durante a visitação. “Percebemos mudanças significativas: as crianças passaram a falar com entusiasmo sobre as tartarugas, mostraram mais sensibilidade e responsabilidade e compartilharam com as famílias a importância de preservar a natureza”, menciona a profissional.

Guardiões natureza

Crianças aprendem a importância do meio ambiente para a vida na terra e vivenciam experiência fora da sala de aula

POR ANA CAROLINE ARJONAS

A proximidade com a natureza e a possibilidade de conhecer locais e animais novos é um dos quesitos que podem ser utilizados quando o assunto é incentivar a educação. Mais do que a oportunidade de ver algo novo, que não faz parte da rotina, é por meio de experiências como essas que identificamos e observamos aquilo que faz parte da natureza e a diversidade que nos cerca.

Os visitantes observaram a vida marinha e a diversidade

Guardiões da natureza

Para que essa percepção de mundo fosse criada desde cedo, as crianças do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Professora Antonieta de Barros se aproximaram das tartarugas e da vida marinha em visita ao Projeto Tamar. A ideia surgiu após uma conversa entre os profissionais, que enxergaram a possibilidade de uma vivência fora da sala de aula.

“Nosso objetivo foi levar as crianças para viver uma aventura especial junto das tartarugas marinhas. Com a ida, elas descobriram como vivem, aprenderam a cuidar da natureza e se encantaram com a magia de proteger o mar e seus animais”, diz a diretora Adriana Machado, que respondeu os questionamentos da reportagem em parceria com os demais profissionais da unidade.

CONHECIMENTO PARA A VIDA

Na visão daqueles que trabalham com a Educação Infantil, momentos como esses unem aprendizado, encantamento e prática, formando a base para cidadãos conscientes. “Esperamos que levem para além da escola valores como respeito à natureza, responsabilidade em cuidar dos animais e consciência de que pequenas atitudes fazem grande diferença”, pontua a profissional.

Acompanhando a visita dos pequenos, foi perceptível o desenvolvimento da consciência ambiental, assim como o encantamento pela vida marinha. “As crianças ficaram curiosas e animadas ao ver as tartarugas de perto, fizeram muitas perguntas e demonstraram alegria em aprender”, fala a profissional.

Crianças aprenderam em visita ao Projeto Tamar

O QUE VOCÊ

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escolas ensinam por meio do monitoramento individual.
Tempo de leitura: 9 minutos

Com a explicação dos professores, Layla está conseguindo ir bem nas aulas

A forma como a educação é vivenciada por cada indivíduo pode ser algo único e capaz de aflorar diversos sentimentos e perspectivas. Na medida em que aprendemos, descobrimos preferências, habilidades e a proximidade com assuntos em que nos aprofundamos, gerando a curiosidade e o verdadeiro sentido da educação.

Por isso, mais do que a presença em sala de aula, é no desenvolvimento com a turma e com os professores que encontramos o sentido naquilo que está nos livros — ainda mais quando a maneira de aprender está associada às atividades que extrapolam a sala de aula e comprovam, na prática, como a aprendizagem pode ser aplicada fora da escola.

Na Capital, algumas unidades têm se destacado por esse perfil de abordagem, reforçando aquilo que está previsto nos documentos que orientam a educação, mas sem deixar de lado os impactos e as singularidades de cada aluno.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O componente curricular favorito de Riquelme é a Matemática

ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL

Na Escola Básica Municipal (EBM) Professora Iracema Brito Andrade, a forma encontrada pelos profissionais para garantir a alfabetização e a compreensão dos tópicos essenciais no segundo e quinto ano foi disponibilizar um projeto que acompanha de perto as turmas. No caso daqueles que apresentam alguma dificuldade, o foco é aprimorar o conhecimento, avaliando de perto as dificuldades. Por outro lado, quem já está mais desenvolvido é desafiado em atividades que vão além do esperado.

“Existem crianças que têm um pouco mais de dificuldade, e trabalhamos com elas a recomposição. Tem uma professora que fica focada individualmente

recomposição com alguns, fazemos o aprofundamento com os outros”, conta o diretor da unidade, Ildo Turatti.

O profissional reforça que o foco está em fazer com que o segundo ano esteja alfabetizado — mesmo que não seja de forma fluente, mas que crie uma proximidade com a leitura. Quem estuda por lá é Arthur Bitencourt Silva, segundo ano, e que demonstra interesse por aquilo que é visto em sala de aula, em especial a Matemática. “Agora estamos aprendendo multiplicação e depois vamos para divisão”, conta a criança. Além daquilo que está programado, outro ponto destacado por ele é a interação com os amigos, visto como um dos melhores momentos do dia. No ensino, a abordagem também faz a diferença. “Eu gosto quando o professor mostra um jeito novo de ensinar.”

PREMIAÇÃO DESTAQUE

As três escolas citadas na matéria receberam da Prefeitura de Florianópolis um diploma em reconhecimento ao desempenho na segunda edição do Avalia Floripa, prova que mede os conhecimentos e habilidades dos estudantes.

DESEMPENHO REGISTRADO

A escola no Norte da Ilha não é a única que está encontrando novas maneiras de aproximar as turmas daquilo que está previsto no ensino de cada ano. Na EBM Osvaldo Galupo, os profissionais também acompanham de perto aquilo que está sendo entregue em sala de aula, como destaca a diretora Lidiany da Silva. “Tem sido um ano desafiador, com propostas novas, mas agora já começamos a ver resultados”, diz a responsável.

Um dos pontos mencionados por ela é a familiaridade que cada um está criando com as

tem sido motivar os estudantes na hora da prova”, relata a Lidiany.

Além do conteúdo, a diretora enxerga no papel da escola a opção de transformar realidades, abrindo um mundo de possibilidades para os estudantes. “Procuramos mostrar aos alunos que eles têm capacidade para alcançar o que desejam”, enfatiza a profissional.

No caso de Riquelme Silva Santos, quinto ano, o foco está em aprender a divisão da fração. “Na escola eu estudo Matemática, Inglês e Língua Portuguesa, mas a minha matéria preferida é Matemática”, explica o garoto, que pensa em ser jogador de futebol e se espelha no pai e na mãe.

Para Arthur, a convivência com colegas e professores faz a diferença na aprendizagem

A experiência dos estudantes comprova entre alunos e professores traz ótimos

comprova que a parceria ótimos resultados

DIRECIONAMENTO QUE TRANSFORMA

Na EBM João Alfredo Rohr, a lógica de proporcionar um acompanhamento direcionado também tem funcionado bem, trazendo segurança e qualidade para os jovens. “Ampliamos as aulas de apoio pedagógico para oferecer um acompanhamento

mais próximo e eficaz aos estudantes que apresentam maiores dificuldades”, explicam a diretora, Daniela Antunes Figueredo Miranda, e a articuladora de projetos, Franciani Becker Roloff. Ambas reforçam a importância da presença

diária e a convivência em grupo. “Os professores têm promovido momentos de discussão, cooperação e incentivo, reforçando a importância da avaliação.”

Layla Andrade da Silva Grazzioli, nono ano, aluna da unidade, concorda que é possível aprender todos os temas com o conhecimento passado em sala de aula.

ALFABETIZAÇÃO NACIONAL

No ano passado, 59,2% das crianças da rede pública de ensino do país estavam alfabetizadas ao final do segundo ano, de acordo com o Ministério da Educação. Mesmo que o dado apresente uma melhora, quando comparado ao percentual de 2023, ainda não foi possível atingir a meta de 60%. O estudo que indicou os dados contou com a participação de dois milhões de alunos.

Foto:
José Somensi
Do

passado oculto à arqueologia moderna, conheça exploradores icônicos do cinema e diferentes formas de investigar o desconhecido nas telonas

GUSTAVO BRUNING

O que é ser um bom explorador? Alguns podem dizer que envolve se aventurar em lugares exóticos, desvendar problemas inesperados ou decifrar enigmas complicados. No entanto, há uma característica fundamental em todos aqueles que amam desbravar por aí: a curiosidade.

Não é preciso ir muito longe ou se meter em encrencas para exercitar o lado explorador, basta perceber que os desafios já estão ao seu redor e deixar a curiosidade aflorar. Isso envolve prestar atenção para entender as matérias escolares, dedicar tempo para interpretar os textos, refletir sobre os temas propostos pelos professores e expressar a sua opinião. Saiba mais sobre alguns exploradores memoráveis do cinema e inspire-se nessas aventuras!

NEM SEMPRE OS TESOUROS ESTÃO EM LUGARES REMOTOS. PARA O HISTORIADOR BENJAMIN GATES, INTERPRETADO POR NICOLAS CAGE, DA FRANQUIA “A LENDA DO TESOURO PERDIDO”, ESSA É A MELHOR PARTE: RESOLVER QUEBRA-CABEÇAS QUE ESTÃO QUASE DIANTE DE SEUS OLHOS.

A HEROÍNA DO JOGO “TOMB RAIDER” JÁ SURPREENDIA NOS VIDEOGAMES ANTES DE CHEGAR AO CINEMA E SER VIVIDA, INICIALMENTE, PELA ATRIZ ANGELINA JOLIE. LARA CROFT INVESTIGA MISTÉRIOS, DECIFRA CÓDIGOS E USA TECNOLOGIAS AVANÇADAS A SEU FAVOR. CONHEÇA CADA CAPÍTULO DESSA HABILIDOSA AVENTUREIRA!

O ARQUEÓLOGO MAIS FAMOSO DA FICÇÃO CRUZA SELVAS E TEMPLOS ANTIGOS PROTEGENDO ARTEFATOS E APRENDENDO SOBRE CULTURAS DISTINTAS. FIQUE POR DENTRO DA JORNADA DE INDIANA JONES, QUE, QUANDO NÃO ESTÁ LECIONANDO EM SALA DE AULA, VIAJA PELO MUNDO ESCAPANDO DE CONFUSÕES COM SEU ICÔNICO CHICOTE.

CONHEÇA OS ROBÔS QUE

EXPLORAM O UNIVERSO

POR REDAÇÃO ITS TEENS COM REVISÃO DE ALEXANDRE ZABOT, PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC)

Ao longo da segunda metade do século 20, dois grandes blocos de países se envolveram em um conflito sem violência, mas em uma busca constante de poder — enquanto um lado era liderado pelos Estados Unidos, o outro seguia a União Soviética. Essa disputa política e ideológica teve início no fim dos anos 1940 e se estendeu até 1991, mas foi em 1957 que um acontecimento marcou a história do mundo: o lançamento do Sputnik.

O satélite, desenvolvido pela União Soviética, era uma forma de mostrar a potência tecnológica e militar da região. O evento se tornou o pontapé inicial para a corrida espacial, um movimento que mobilizou grandes quantias de dinheiro com o objetivo de promover a exploração do espaço.

Sputnik é considerado o primeiro satélite artificial a ser enviado para o espaço, e, após ele, muitas outras naves e satélites

foram desenvolvidas e viajaram para fora da Terra. Quase 70 anos mais tarde, as tecnologias envolvendo o universo sideral passaram por diversos avanços e estão mais populares do que nunca: agora é possível explorar outros planetas e entender os limites do Sistema Solar.

Seja para orbitar o espaço, pousar na Lua ou coletar informações de Marte, os robôs possuem diferentes funções e contribuem para o aumento do conhecimento do universo e a segurança dos humanos — os aparelhos capturam imagens, obtêm amostras de materiais, realizam pesquisas das características dos locais e preparam o caminho para futuras missões tripuladas, tudo isso com um custo menor e sem colocar vidas em risco.

Conheça alguns robôs que estão sendo projetados para ingressarem em missões espaciais:

R5 - VALQUÍRIA

Se tem uma agência que entende bem do desenvolvimento de aparelhos tecnológicos é a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA). Exemplo disso é o robô R5, apelidado de Valquíria. Com a aparência humanoide, ele foi criado com o intuito de atuar em ambientes hostis para os humanos e é controlado remotamente. Classificado como um “robô zelador”, ele pode montar equipamentos, fazer manutenções, manusear objetos e fazer a preparação para missões espaciais, como para Marte ou Lua.

CADRE

Desenvolvido para contribuir na exploração do solo lunar, o Cooperative Autonomous Distributed Robotic Exploration, mais conhecido como Cadre, é um trio de robôs do tamanho de uma caixa de sapato. Trabalhando juntos, comunicando-se entre si e com a base, os aparelhos mapeiam áreas de difícil acesso e coletam medições.

O Cadre foi criado pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, e os planos para ele já estão em ação: o trio está programado para participar de uma missão à Lua nos próximos anos.

ROBONAUT 2 (R2)

Com a linhagem iniciada em 1997, projetada pela NASA e a General Motors, o R2 é uma nova geração dos Robonaut. Agora o equipamento auxilia de forma mais precisa os astronautas. Equipados com sensores, sistemas de visão e reconhecimento de imagem, o robô assume tarefas repetitivas e potencialmente perigosas.

DEXTRE

Enquanto alguns robôs são desenvolvidos para repetir ações humanas, outros são feitos com mais complexidades, como o Dextre. Criado para fornecer suporte para a Estação Espacial Internacional, o mecanismo é equipado com braços com sete articulações. A máquina pode fazer mais movimentos que as pessoas, realiza tarefas delicadas, participa de inspeções externas e substitui astronautas em funções mais corriqueiras.

EELS

Ainda que grande parte dos robôs que chamam atenção seja no estilo humanoide, devido à semelhança com uma pessoa real, há aqueles que se destacam pela aparência diferente, como é o caso do EELS. A sigla vem do nome Exobiology Extant Life Surveyor, ou seja, um inspetor de exobiologia da vida existente. Desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, o robô parece uma cobra biônica e explora ambientes extremos. O objetivo é buscar sinais de vida no oceano subterrâneo em Encélado, a lua de Saturno.

CLEARSPACE-1

Devido ao envio de satélites, foguetes e sondas para fora da Terra, hoje existe uma quantidade considerável de lixo espacial espalhada no espaço. Por isso, foi desenvolvida uma nave para remover esses detritos: a ClearSpace-1. Com quatro braços robóticos como uma garra, o robô retira restos de materiais lançados ao longo das últimas décadas e os leva para uma órbita segura, protegendo as futuras missões.

GLIMPSE E LASSIE

Se tem um robô que faz sucesso nas redes sociais é aquele que se assemelha a um cachorro. No entanto, esses aparelhos vão muito além das brincadeiras com humanos, mostrando sua utilidade em pesquisas espaciais. Em uma colaboração entre a ETH Zurich e a Universidade de Zurique, surgiu o Glimpse, um robô quadrúpede, projetado para explorar as regiões remotas da Lua em busca de recursos valiosos, como metais, água e oxigênio. Outro cão-robô utilizado para desbravar a Lua e Marte é a Lassie, nomeada em homenagem à famosa personagem do cinema. Ambas as máquinas ainda estão em fase de testes terrestres.

Você já deve ter se perguntado se, em meio ao universo, existem outros planetas que são parecidos com a Terra. Na verdade, um astro é considerado “irmão gêmeo” do globo em que habitamos. Essa comparação é feita com Vênus, e elas começaram com as primeiras observações astronômicas e a exploração do Sistema Solar. É durante as expedições espaciais, na década de 1960, que as comparações começam a ganhar espaço, com imagens que assemelham esse outro planeta com a Terra. Essas primeiras investigações mapearam a atmosfera, com semelhanças no tamanho e na estrutura. Confira os aspectos em que os dois planetas são similares:

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Atmosfera

Por mais que esse seja um dos tópicos que chamaram a atenção dos especialistas no início das expedições, é preciso ter em mente que existem diversos aspectos que diferenciam a atmosfera da Terra da de Vênus. Isso porque no segundo planeta a base é composta pelo dióxido de carbono, o que faz com que a atmosfera fique maior. Como a nossa atmosfera é composta por nitrogênio, a pressão atmosférica é menor e amena, o que possibilita a vida humana.

Temperatura

O clima também é um tópico que demonstra a diferença entre eles, já que em Vênus o calor pode chegar a 465°C, recorde que pode ser maior do que o registrado em Mercúrio, o planeta mais próximo do sol. Outra curiosidade é que essa temperatura é similar em quase todo o globo, com poucas alterações.

Aqui na Terra, a temperatura média chega perto dos 15°C, dependendo da época do ano e do local. É por conta desse clima que há a possibilidade de ter água em estado líquido.

Rotação e dia

Se, em alguns momentos, temos aquela sensação de que um dia demora muito tempo para passar, essa sensação seria ainda mais corriqueira em Vênus, já que uma rotação completa do planeta é capaz de durar até 243 dias. Outra curiosidade é que a rotação desse planeta é inversa, diferente da maioria dos astros do Sistema Solar.

Superfície

Ao analisar o ambiente, é possível perceber que Vênus conta com montanhas, vulcões e uma vasta lava solidificada. Uma curiosidade do local é que existem diversas nuvens, o que faz com que a atmosfera seja um pouco mais obscura. Na Terra, por conta de uma diversidade geológica, pode-se observar que há montanhas, mares e continentes, o que contribui com diversas possibilidades de climas e formas de vida, seja humana ou animal.

Possibilidade de vida

Mesmo com algumas semelhanças, seria difícil manter uma vida em um planeta que possui uma grande atmosfera e uma temperatura muito acima daquela que estamos acostumados.

A falta de água líquida também seria uma das principais dificuldades, características que impossibilitam viver no local.

Curiosidade extra

Se a rotação do planeta acaba sendo mais devagar quando comparado ao nosso, há algo de diferente por lá. A curiosidade é que as nuvens se movem de maneira mais rápida do que o próprio planeta — é como se fossem aqueles vídeos que vemos em que a câmera está parada e as nuvens passam em uma velocidade acelerada.

Por que os fusos horários existem?

Imagine que você tem uma viagem marcada para o Japão. Após aproximadamente 15 horas de voo, é hora de curtir a manhã de sábado nos pontos turísticos japoneses. Quando começa a compartilhar fotos com a família e amigos no Brasil, percebe que, enquanto você vive o fim de semana, eles ainda estão aproveitando a noite de sexta-feira. Mas por que isso acontece?

A Terra é como um grande relógio, e, ao longo do dia, diferentes partes do globo são iluminadas pelo Sol. Para facilitar a contagem do tempo, as 24 horas foram divididas em faixas iguais, resultando nos fusos horários. Essa linha imaginária, chamada de “linha internacional de data”, marca a mudança de data ao ser cruzada, ou seja, no sentido Leste, um dia é “acrescentado”, já para o lado Oeste, um dia é “perdido”.

O primeiro padrão de tempo reconhecido internacionalmente foi o Horário de Greenwich, em relação

ao Meridiano de Greenwich, mas foi substituído pelo Tempo Universal Coordenado (UTC), devido à necessidade de um padrão mais preciso.

O sistema facilita a comunicação e atividades das pessoas ao redor do mundo, e podem ser ajustados para atender às demandas econômicas, políticas ou sociais de uma região, como o horário de verão. No Brasil, por causa de sua grande extensão territorial, existem quatro fusos: Brasília, que atinge a maior parte do país; Fernando de Noronha; Manaus, utilizado em locais como a maior porção do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima; e o último que abrange o Extremo-Oeste do Amazonas e o Acre. Por aqui a diferença são de horas, já em alguns países os fusos são fracionados por minutos. No Nepal, o horário é sempre 15 minutos à frente do padrão; na Austrália, certas regiões estão uma hora e meia à frente de outras em determinados períodos do ano.

Imagine uma conversa com um americano. Enquanto você está no verão do Brasil, ele está aproveitando o frio do Hemisfério Norte e lhe informa que por lá está fazendo 59º F. O número parece absurdo, afinal, quando os termômetros atingem 35º C, o clima já se torna abafado e os ventiladores se tornam um item essencial.

Mas calma, isso não significa que o calor está tomando conta da região estadunidense durante o inverno, mas sim que as medidas de temperatura utilizadas pelos dois países são diferentes. Na verdade, 59º F (Fahrenheit) representa 15º C (Celsius).

O (F) pode parecer estranho para quem ainda não aprendeu sobre isso nas aulas de Física, afinal, essa medida é usada por poucos países, como Estados Unidos, Bahamas, Ilhas Cayman e algumas partes de Palau, enquanto o Celsius é utilizado por quase todos os países do mundo. Ainda há outra escala, o Kelvin, do Sistema Internacional de Unidades (SI), usada para fins científicos.

Mas não é somente na temperatura que os países possuem essa divergência.

As medidas de altura, peso e distâncias também variam dependendo do sistema adotado por

cada país, se dividindo entre o Métrico (metros, quilogramas, quilômetros e Celsius) e o Imperial (pés, libras, milhas, Fahrenheit).

O Métrico é o mais utilizado no planeta. Enquanto em regiões como Brasil, França, Alemanha e Japão, a altura é medida por metros (m) e centímetros (cm), nos Estados Unidos e na Libéria eles utilizam os pés (ft) e polegadas (in) — por lá, alguém com 1,55m é medido como 5’ 1”. Já no peso, os quilogramas (kg) e gramas (g) dão espaço para as libras (lbs) e onças (oz), também nessas regiões.

Nesses países a distância também possui uma medida diferente: milha (mi), jarda (yd) e pé (ft), enquanto na maioria das nações são usados quilômetro (km), metro (m) e centímetro (cm).

Uma outra curiosidade é que o Sistema Imperial ganhou esse nome devido ao fato de que as medidas foram regularizadas pelo Império Britânico, em 1824. No entanto, após a criação do Sistema Métrico para facilitar a padronização das medidas pelo mundo, a unidade inglesa perdeu forças e hoje é utilizada por poucos países, e nem mesmo pela Inglaterra.

Medidas e temperaturas: qual é o parâmetro de medição nos países?

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Ponta das Campanhas

Entre as praias da Armação e do Matadeiro, em Florianópolis, está um local com beleza e história únicas. Com costões rochosos e um mar azul, era lá que muitos pescadores avistavam baleias francas e jubartes, e hoje podem ver os cardumes de tainha.

Praia do Cação

Após um passeio de barco ou caminhar por uma curta trilha, quem passeia por Bombinhas pode encontrar a Praia do Cação, um ambiente cercado pela mata nativa, com areias grossas e águas cristalinas.

Soldados de Sebold

Em meio às montanhas em Alfredo Wagner estão rochas gigantes que têm aparência semelhante a soldados alinhados em posição de guarda. A cerca de 1.200 metros de altitude, o local também se destaca por estar cercado por campos de araucárias, cachoeiras e trilhas que cortam a Mata Atlântica.

Morro da Igreja

Um dos pontos mais altos do Brasil está em Urubici. O Morro da Igreja é um dos cartões-postais da Serra catarinense. É lá que é possível ver a Pedra Furada, curtir o clima gelado e se encantar com a vista.

catarinenses: 8 dolugares litoral

Entre o mar e a Serra, é possível traçar uma rota cheia de verdadeiros encantos por Santa Catarina. Desde trilhas, praias secretas, cachoeiras e paisagens que parecem ter saído de uma obra de

Parque Estadual da Serra Furada

Outro local com uma fenda natural que fascina os visitantes é a Serra Furada, entre os municípios de Grão-Pará e Orleans. O parque foi criado em 1980 e protege mais de mil hectares de Mata Atlântica, grutas e cachoeiras escondidas. Por lá também é possível observar espécies da flora e fauna da região, como o papagaio-de-peito-roxo.

catarinenses: lugares que vão

litoral à Serra

arte, opção é o que não falta para quem está em busca de conhecer as belezas do Estado.

Conheça oito lugares que fogem do óbvio, mas são igualmente fascinantes: 5 6 7 8

Cachoeira do Bizungo

Para quem quer fugir do clima do mar e ir aproveitar a água doce e refrescante, esta cachoeira em Morro Grande é uma ótima opção. Com uma grande queda d’água, o local forma poços cristalinos e possui um clima tranquilo, com o som dos pássaros e a mata ao redor.

Campos do Quiriri

Se você gosta de acompanhar e fazer trilhas até um local que combina aventura e calmaria, os Campos do Quiriri, em Campo Alegre, é a pedida. De dia é possível observar os cânions, rios e formações rochosas, mas é a noite que o verdadeiro espetáculo acontece com o céu estrelado.

Salto do Rio dos Pardos

Além das grandiosas Cataratas do Iguaçu, a região Sul do Brasil também abriga saltos impressionantes, como é o caso do Rio dos Pardos, no limite entre Porto União e Matos Costa. A força da água — com uma queda de 72 metros, caindo nos paredões de pedra — cria um visual único para os amantes da natureza.

Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux
Neim Vinculado Retiro da Lagoa
Neim Maria Nair da Silva
Neim Lausimar Maria Laus

Confira o registro de atividades promovidas pelas unidades de Educação Infantil.

Neim Maria Nair da Silva
Neim Vila Cachoeira
Neim Joel Rogério de Freitas
Neim Diamantina Bertolina da Conceição
Neim Vinculado Retiro da Lagoa
Neim Vila Cachoeira
Neim Professora Otilia Cruz
Neim Elisabete Nunes Anderle
Neim Diamantina Bertolina da Conceição
Neim Judite Fernandes de Lima
Neim São João Batista
Neim Professora Otilia Cruz
Neim Morro do Horácio
Neim João Machado da Silva
Neim Lausimar Maria Laus
Neim Maria Salomé dos Santos
Neim Morro do Horácio
Neim Joel Rogério de Freitas
Neim João Machado da Silva
Neim Orisvaldina Silva
Neim Orisvaldina Silva
Neim Judite Fernandes de Lima
Neim Vó Terezinha
Neim Vó Terezinha
Neim São João Batista
Neim Elisabete Nunes Anderle

DANDARA E O KABULETÊ

Dandara é uma menina que mora em Angola, que fica no continente africano. Ela gosta de cantar, ajudar os animais e as pessoas. Ela brinca com o kabuletê para dançar e cantar.

“Kabuletê faz um barulho que dá vontade de dançar. Dandara dança. Dança remexendo sem parar.”

Com sua família, vestindo uma saia colorida e seu cabelo trançado, se arruma para apresentar na escola, tocando seu kabuletê.

A história criada pela turma foi inspirada no livro “O orocongo do menino gentil”, de Priscila Cristina Freitas.

HISTÓRIA COLETIVA CRIADA PELAS CRIANÇAS DO GRUPO 5/4 DO NEIM VILA CACHOEIRA

Energia sabor limão (ou batata)

Nos anos 2000, existia um super-herói que eletrizou as manhãs de muitas crianças e adolescentes: o Super Choque. Assim como o nome sugere, ele tinha poderes eletromagnéticos e defendia sua cidade contra bandidos e forças do mal. Quando Virgil (nome do personagem) adquiriu poderes, precisou tomar uma decisão bem importante: ser herói ou vilão. E se você tivesse essa habilidade? Não podemos dar a você superpoderes, mas o passo a passo a seguir é tão eletrizante e engenhoso que você vai se sentir um gênio da ciência!

Materiais:

• 2 moedas de cinco centavos (devem ser lixadas com bombril);

• 2 clipes de papel (de preferência novos, não podem estar oxidados);

• 1 limão e/ou batata;

• 3 pedaços de fio de cobre;

• 1 calculadora sem pilha.

Montagem:

1. Em uma das moedas, enrole o primeiro fio e deixe uma ponta livre. Faça a mesma coisa com um dos clipes e o segundo fio de cobre.

2. No terceiro cordão, conecte os materiais que sobraram, um em cada extremidade.

3. Corte o limão (ou a batata) ao meio. Fixe em uma das metades o fio com a moeda e o lado do cordão em que está o clipe. O restante fixe na outra metade, deixando livres as pontas que não possuem metal — elas serão o ponto de conexão com a calculadora.

4. Conecte o fio em que está o clipe no polo negativo da calculadora e o fio da moeda no polo positivo. Com os dedos pressione as extremidades e pronto! Sua calculadora está pronta para o uso.

Limão em ação!

Seria ele o novo Super Choque?

Todos sabem que limão é uma fruta ácida, não é mesmo? Quando o zinco (clipe) e o cobre (moeda) entram em contato com o eletrólito (a acidez do limão), acontece a seguinte reação:

1. O zinco libera elétrons no ácido.

2. Esses elétrons viajam pelo fio até o cobre.

3. O cobre recebe os elétrons, completando o circuito.

O mesmo acontece se você utilizar uma batata, afinal, é o movimento de elétrons que gera uma corrente elétrica, fraca, mas suficiente para ligar uma calculadora, ou até uma lâmpada de LED. Então, respondendo a pergunta inicial: não! Nem o limão, nem a batata possuem eletricidade para serem considerados novos heróis.

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