Nesta edição da revista its Teens, convidamos você a embarcar em uma jornada de conhecimento e descobertas, mostrando como compreender melhor a cidadania e a importância da responsabilidade social. Viajamos para entender como o mundo se conecta por meio do comércio, da cultura e da tecnologia. Em nossas matérias, destacamos a cultura da pesca contada por quem vive do mar e os projetos realizados pelas escolas, como feiras e avaliações.
Trazemos reflexões sobre o meio ambiente, como a acidez dos oceanos e a famosa Ilha de Plástico, que desafia o futuro do planeta. Há ainda curiosidades sobre criptomoedas e, na capa desta edição, um mergulho na história da 2ª Guerra Mundial contada por meio dos trabalhos escolares.
Entre diversão, caça-palavras e atividades práticas, como reciclagem, esta edição é um convite para aprender de forma leve e significativa. Boa leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
Na palma das mãos: como a globalização mudou a sociedade
Muito além do pódio
Navegantes
Acidez do Atlântico: o que está acontecendo com o mar?
Sonhar, criar, rodar: super-heróis de sucata em ação
Mar de plástico
Quando a história ganha vida
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O coração humano tem quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
A raiz quadrada de 64 é 8.
O Egito Antigo se desenvolveu às margens do rio Nilo.
A África possui 54 países.
O som se propaga mais rápido no ar do que na água.
A Revolução Francesa começou em 1789.
Um adulto tem em média 206 ossos.
A palavra “rápido” é um substantivo.
O Oceano Atlântico banha o Brasil.
O Brasil fica no Hemisfério Norte.
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Respostas: V; V; V; V; F; V ;V; F; V; F.
POR
MIRELA LEITE MOTHÉ • PROFESSORA DE HISTÓRIA DA REDE
MUNICIPAL
DE NAVEGANTES E AUTORA DO LIVRO
Prepare-se para viajar pelo tempo e pelos quatro cantos do mundo em uma jornada em que história e natureza se encontram! Em “Quando a Terra fala”, o leitor é convidado a acompanhar Kemi, Enlil, Li Wei, Andrômeda e outros jovens de civilizações antigas que, mesmo sem a tecnologia atual, aprenderam a decifrar os sinais da natureza e a enfrentar cheias, terremotos, incêndios e tempestades.
Inspirado no Programa Defesa Civil na Escola, em Santa Catarina, a proposta do livro é apresentar como diferentes povos lidaram com os desafios ambientais e como suas experiências podem inspirar atitudes responsáveis hoje. O enredo combina aventura, conhecimento histórico e consciência ambiental, trazendo dicas práticas de prevenção e incentivando
QUER UM SPOILER COMPLETO?
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crianças e jovens a se perceberem como protagonistas na proteção do planeta.
Além da narrativa, a obra traz ilustrações que podem ser coloridas pelas crianças, proporcionando uma experiência imersiva. Cada desenho está relacionado às características e aos desafios das civilizações apresentadas, tornando a leitura ainda mais envolvente e participativa.
Com histórias emocionantes e linguagem acessível, a obra reforça a ideia de que compreender o passado é essencial para cuidar do futuro. Cada capítulo aproxima os leitores da realidade dos desastres naturais, mas também desperta a esperança de que o aprendizado coletivo fortalece a sociedade. Afinal, conhecer é o primeiro passo para prevenir.
QUE TAL CONTINUAR A LEITURA DO MÊS E PROCURAR POR ESTES TÍTULOS?
Azul e lindo: planeta Terra, nossa
50 coisas simples que as crianças podem fazer para salvar a Terra
O menino do dedo verde Maurice
O sapo sapeca e o mistério do lago negro Samuell
casa
Ruth Rocha
Paula Reis
Druon
Vitor
Educação fiscal na escola:
a lição de cidadania que começa em sala de aula
Assim como nós, Barry B. Benson tem grandes expectativas após sua formatura — sua vida profissional vai se iniciar. Mas, ao pegar o diploma, chegam grandes questionamentos sobre seu futuro. Então a abelha decide que, em vez de seguir o caminho monótono de fabricar o mel, vai viajar para o mundo humano — e lá se depara com uma verdade chocante: os humanos estão explorando as abelhas. Essa descoberta desperta uma busca incessante por justiça, que termina em um tribunal onde ele defende a causa de sua espécie: a valorização do mel. O filme “Bee Movie” traz reviravoltas, faz rir, mas também nos convida a uma reflexão muito mais profunda do que imaginamos. Esta animação nos mostra a importância de
No QR Code ao lado você acessa o portal de transparência da cidade de Navegantes, onde você pode conferir os dados fornecidos e cumprir com seu direito de cidadão.
saber o que se passa “fora da colmeia”, que os pequenos trabalhos, e até mesmo as pequenas contribuições, são importantes dentro de uma sociedade — independentemente do serviço.
A educação fiscal é como a viagem de Barry pelo mundo dos humanos, que busca conscientizar as pessoas sobre a importância dos tributos (impostos, taxas e contribuições) e sobre a participação na fiscalização do dinheiro público. Não se trata apenas de saber quanto se paga de imposto, mas de entender que esse dinheiro é essencial para financiar serviços como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.
Base da educação fiscal
Existem três perguntas dentro desse tema que você precisa entender: de onde vem o dinheiro do país? Por que é importante pagar esses impostos? Como fiscalizar esse dinheiro? Vamos dar algumas respostas.
1) De onde vem?
Uma criança, uma vez, disse que se o prefeito precisava de dinheiro para consertar o asfalto da casa dela, era só pedir ao banco que “fabricasse” mais dinheiro! Mas como explicar que não é bem assim que funciona? O custo para pagar a reforma é tirado do valor que você paga em produtos comercializados, de taxas cobradas diretamente do governo ou, ainda, de contribuições específicas.
2) Para onde vai o dinheiro?
Esses impostos são direcionados para a contribuição no bem-estar de toda a sociedade, com investimentos na saúde, educação, segurança e assim por diante.
3) Fiscalizar
Por meio da educação fiscal, você aprende que pode observar e questionar para onde estão sendo destinados os tributos pagos. Conheça duas formas de fiscalização:
• Acompanhando o orçamento público: os governos (federal, estadual e municipal) divulgam seus orçamentos, detalhando quanto planejam arrecadar e onde planejam gastar. Acompanhar esses documentos ajuda a entender as prioridades do governo.
• Consultando portais da transparência: a maioria dos governos possui portais na internet que mostram, em tempo real, todas as receitas arrecadadas e todas as despesas realizadas. É possível ver quanto foi gasto em uma obra, por exemplo.
Em sala de aula
Os estudantes do sétimo ano do Ensino Fundamental da redemunicipaldeNavegantesestãoaprendendosobreseus direitoscomoprojeto“Cidadaniaemconta”.Segundoodiretor peladeArrecadaçãoeCobrança,FelipeCarpintéroPinto,responsável iniciativa,édeextremaimportânciaabordaressetema emsaladeaula,jáqueessaaprendizagemcontribuipara aformaçãodecidadãosmaisconscientes,responsáveis ecríticos.“Aeducaçãofiscalpermitequeosestudantes doscompreendamdesdecedoopapeldostributos,aaplicação recursospúblicosecomoaparticipaçãocidadãfortalece a democracia.”
atividadesDuranteasaulas,osalunosparticipamdedebatesepráticas.Osconteúdosabordamorçamentopúblico, papeldaprefeituraedoscidadãos,formasdefiscalizaçãoe participação,sempreemumalinguagemacessíveledinâmica. projeto,Paraoprofissional,mesmonafaseinicialdeaplicaçãodo jáépossívelobservarmaiorinteressedosestudantesemdiscutirtemasligadosaodinheiropúblico,consumo conscienteecidadania.“Muitosalunoscompartilhamo doaprendizadocomsuasfamílias,tornando-semultiplicadores conhecimento e fortalecendo uma comunidade mais informadaeparticipativa”,complementa.
COMO A GLOBALIZAÇÃO MUDOU A SOCIEDADE
Você já imaginou que, durante o lançamento de um brinquedo, o mesmo item que está sendo vendido no Brasil pode ser comercializado em outros locais do mundo? O exemplo foi com algo que faz parte da infância, mas a verdade é que existem diversos produtos que podem ser vendidos em todos os pontos da Terra — e isso vale para roupas, carros e até mesmo comidas. A forma como compramos e consumimos foi modificada pela globalização, processo que trouxe à tona não apenas aquilo que se pode trocar, mas aquisições culturais e até
mesmo intelectuais, já que agora quase tudo pode ser moeda de troca.
O ato de ser influenciado por novas culturas e povos não é algo novo. Na verdade, a troca de experiências começou a surgir ainda na época da colonização, momento em que povos descobriram novos locais. Entretanto, naquela época a troca era de mercadorias, processo que foi se expandido com o passar dos anos.
A globalização EM ETAPAS
Além do exemplo citado, há outro momento que ficou registrado na história da humanidade: a Revolução Industrial. Isso porque a mudança no processo de produção fez com que as empresas tivessem a possibilidade de fazer mais em menos tempo, mostrando ao mundo a velocidade do consumo. Com um estoque cheio, o passo seguinte foi comercializar os itens para o maior número possível de pessoas, ações que permanecem nos dias atuais — seja durante uma promoção
ou quando um influenciador divulga uma novidade. Porém, foi após a Segunda Guerra Mundial que o compartilhamento entre os continentes começou a fazer parte da rotina. Nessa época os países descobriram que era possível produzir itens em um local e comercializar no outro, ou até mesmo contar com linhas de produção em diversas partes do globo e um comércio focado em cada público (movimento que direciona aquilo que chamamos de importação e exportação).
A facilidade de comprar em POUCOS CLIQUES
Se no início o ato de viajar para outros pontos era um mecanismo de trocar aquilo que era tradicional em um ponto e levar consigo as marcas de outros lugares, como as trocas entre a coroa portuguesa e os povos indígenas, agora trocamos o dinheiro por diversos produtos que são idealizados e produzidos em outros países. Isso porque as necessidades, em grande parte, passaram a ser
compartilhadas, possibilitando que as soluções fossem distribuídas. Sendo assim, basta acessar um aplicativo para encontrar uma roupa ou um jogo que você tanto queria, mas que está do outro lado do mundo — feito que só é possível por causa da globalização.
Papel do comércio EXTERIOR
Se existe uma área que entende bem do assunto é o comércio exterior, considerado um dos pilares da globalização. “O comércio exterior é a troca de bens e serviços entre diferentes países e desempenha um papel essencial em cidades litorâneas, como Navegantes, pois o mar possibilita a conexão com mercados globais. Isso amplia as oportunidades de negócios, fortalece a economia regional e posiciona o município como um elo estratégico nas cadeias logísticas internacionais”, explica Carlos Lima Neto, supervisor comercial da Portonave, o primeiro terminal portuário privado de contêineres do Brasil.
O setor é quem ajuda a impulsionar o crescimento econômico pela troca de bens, serviços e tecnologias. Assim, as empresas conseguem obter matérias-primas
e recursos que não são produzidos internamente ou que são mais caros de produzir, assim como aumentar o mercado global e o potencial de vendas.
Outro fator para o qual o comércio exterior contribui é o fortalecimento diplomático entre as nações, promovendo uma estabilidade política e criando condições favoráveis para o diálogo, a cooperação internacional e relações mais sólidas no cenário global. E não precisa ir muito longe para ver os impactos, já que essa é uma das áreas que mais colabora no desenvolvimento do município. “O comércio exterior movimenta toda uma cadeia de serviços que vai além do porto.
A atividade portuária movimenta a economia, atrai investimentos e fortalece o comércio e a indústria da região”, afirma o supervisor.
O objetivo é incentivar a proximidade com a profissão
As crianças aprenderam as principais funções da pesca
O aprendizado é para não deixar a tradição cair no esquecimento
Fotos: EM Professora Maria Tereza Leal/Divulgação
Existem costumes e tradições que permanecem mesmo com a evolução da sociedade e a mudança das décadas. Seja algo feito por uma família ou até mesmo aquilo que é compartilhado com mais pessoas, existem atividades que parecem sobreviver ao tempo, carregando as características de determinados povos e, muitas vezes, a forma como nossos antepassados sobreviveram. No caso das cidades que estão próximas do mar, a pesca foi, por muito tempo, a principal forma de economia e até mesmo de sobrevivência — era assim que conquistavam o mantimento que era vendido, mas também o que garantia o sustento da própria família. Porém, com a evolução e os novos trabalhos e carreiras, muitos deixaram de lado esse costume, que virou profissão, dando preferência para atividades alternativas.
Entretanto, para que essa tradição não seja deixada de lado,
Experiência única
Por meio de palestras e atividades, alunos estão se conectando com o estilo de vida e sobrevivência dos antepassados
em Navegantes os estudantes estão aprendendo com um pescador que está indo até as escolas para contar um pouco dessa vida em alto-mar e a importância da profissão. “O objetivo do projeto é levar nosso setor econômico e cultural às crianças, além de educação ambiental e também, a longo prazo, melhorar o mercado de mão de obra no setor, que não está deixando sucessores”, explica o assessor especial de assuntos pesqueiros e o responsável por levar às salas de aula as tradições da pesca, Fabiano Veloso.
Com a interação entre os jovens e as crianças, é perceptível que muitos deles aprendem durante a apresentação, além de compartilharem com os familiares o que foi abordado. “A palestra foca na atividade pesqueira, nos apetrechos, embarcações, espécies e também no compromisso do pescador com o meio ambiente", diz Veloso.
As turmas da Escola Municipal Professora
Maria Tereza Leal já tiveram a visita do pescador-ator. Com interações e explicações que envolvem os participantes, a diretora Valíria Caviglia enxerga a relevância de momentos como esse. “É muito importante que eles conheçam e valorizem a pesca artesanal, que faz parte da história e da identidade de Navegantes.”
Na visão da profissional, a experiência vivenciada pelos 328 alunos, do primeiro
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
estudantes aprendem sobre a pesca artesanal e sua importância para a cultura local. Tempo de leitura: 5 minutos
ao nono ano do Ensino Fundamental, vai ao encontro dos assuntos que foram abordados na unidade em agosto, fazendo alusão ao mês de aniversário da cidade. “Nosso objetivo é fortalecer esse vínculo entre escola e comunidade, trazendo experiências que marcam a vida das crianças”, finaliza Valíria.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Foto: CEM Professora Leonora Schmitz/Divulgação
FEIRA CULTURAL LEVA ESTUDANTES A UMA VIAGEM PELA LITERATURA INGLESA
Além de ir bem nas provas e perceber a evolução no aprendizado, outra conquista especial para os estudantes é nos momentos de expor para os colegas, e toda a comunidade escolar, o que foi desenvolvido na escola. No Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Leonora Schmitz, os estudantes puderam viver essa experiência durante a Feira Cultural de Língua Inglesa, que ocorre anualmente na unidade. O evento ocorreu no dia 28 de agosto, mas as preparações começaram já no primeiro bimestre. Com o tema “Great classics: uma viagem pela literatura inglesa”, neste ano os estudantes fizeram uma imersão nos livros originalmente escritos em inglês que foram sucesso mundialmente, e também conheceram autores renomados. Alunos das turmas do terceiro ao oitavo ano do Ensino Fundamental foram responsáveis por criar um cenário do livro escolhido e apresentar, em inglês, o resumo da história. Algumas das obras abordadas foram “Cinderela”, “Alice no país das maravilhas”, “Sherlock Holmes” e “Drácula”. Os melhores trabalhos receberam uma premiação — as avaliações levaram em conta o domínio da língua inglesa, o conhecimento do conteúdo, trabalho em equipe, organização e criatividade.
Foto: Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral –CAIC/Divulgação
ESCOLA
PROMOVE AULÕES PREPARATÓRIOS PARA O SAEB
Obter um bom resultado no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é mais do que garantir uma excelente nota, é mostrar que o conhecimento vai além da sala de aula e contribuir para que a educação do município (e do país) continue avançando. Para ajudar os estudantes no processo de aprendizagem, o Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral – CAIC está promovendo aulões para as turmas de quinto e nono ano.
A iniciativa partiu dos gestores e conta com a participação dos professores da unidade, que auxiliam os alunos a entender a avaliação, interpretar as questões e a desenvolver segurança e autonomia. E os resultados já podem ser observados: os estudantes se sentem mais preparados, assumindo o papel de protagonistas do próprio aprendizado.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O QUE VOCÊ
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POR AQUI:
adolescentes participam de jogos escolares.
Tempo de leitura: 5 minutos
Com competições e desafios, jovens desenvolvem habilidades que vão além das quadras
Aproveitar os momentos em campo ou em quadra com os amigos é sempre uma chance de unir a técnica e a diversão. Isso porque quando estamos praticando qualquer tipo de atividade com nossos colegas, o corpo está em movimento, desenvolvendo a coordenação e liberando componentes importantes para o bem-estar, como a dopamina.
Em Navegantes, os alunos da rede municipal participaram dos Jogos Escolares de Navegantes (JEN). Foram nove modalidades: atletismo, badminton, basquete, futsal, handebol, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia e xadrez. A organização foi uma parceria entre a Fundação Municipal de Esporte e a Secretaria Municipal de Educação (SED).
Para aqueles que acompanham a evolução dos atletas e dos jogos, esse é um momento de
desenvolvimento coletivo. “Os jogos escolares são muito mais do que uma competição. Eles são uma ferramenta de formação cidadã, fortalecem os laços entre escola e comunidade e promovem a cultura esportiva na cidade”, conta a coordenadora de esporte da SED, Silvete Benta do Nascimento da Silva. Além da emoção de representar a escola e acreditar no potencial daqueles que estão ao nosso lado para conseguir os resultados, é por meio de atividades como essas que os estudantes podem aprimorar capacidades que vão além daquelas treinadas em sala de aula. “Mais do que resultados em quadra, os jogos desenvolvem habilidades cognitivas, sociais e emocionais, além de incentivar valores como disciplina, respeito e trabalho em equipe”, pontua a profissional.
Os participantes se preparam por meses para a competição
PLANEJAMENTO
E PREPARAÇÃO
Para que todos os estudantes pudessem participar e desenvolver as habilidades esportivas de forma completa, o planejamento e a organização começaram muito antes, com o objetivo de proporcionar aos atletas o cenário ideal para as disputas. “Foram cinco meses de planejamento envolvendo diretores, professores, a secretaria e a Fundação Municipal de Esporte para garantir um evento seguro e organizado para todos os alunos”, complementa a coordenadora.
A profissional comenta que a logística do transporte e a escolha dos locais, por exemplo, são algumas das responsabilidades, mas que o esforço vale a pena pela satisfação dos jovens.
O trabalho em equipe é uma das habilidades desenvolvidas no esporte
Fotos:
Habinasilva/Divulgação
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
alunos criam experiências imersivas sobre a Segunda Guerra Mundial.
Tempo de leitura: 9 minutos
Luzes, sons, cenários e até gravações de vídeos: essas foram algumas das atividades que fizeram parte da rotina dos estudantes da Escola Municipal Professora Maria Ivone Muller dos Santos. Nos últimos meses, a turma transformou a sala de aula em um espaço interativo, como se fosse um museu vivo, contando e recriando momentos históricos por meio das tecnologias e também da dramatização. Encenar e dar vida a personagens conhecidos é um desafio que exige conhecimento e muito preparo. Como o tema escolhido foi a Segunda Guerra Mundial, os participantes tiveram que incluir a empatia e o senso crítico entre as habilidades, trazendo para a realidade aquilo que foi vivenciado no mundo entre os anos de 1939 e 1945. O desafio foi proposto pela professora de História Benta Cristina Souza.
de forma teórica, a saída foi criar experiências imersivas. “Buscamos aproximar a história da realidade deles, utilizando literatura, memória de sobreviventes e a própria história de Santa Catarina como caminhos para conectar passado e presente”, afirma Benta. Além da empatia para representar momentos que ficarão para sempre na história, a turma também encontrou outras barreiras, como destaca a educadora. “O maior desafio foi traduzir a complexidade e a dureza do tema para uma linguagem acessível e sensível. Precisávamos evitar a banalização do sofrimento, mas sem deixar de mostrar a realidade."
Para mostrar aos outros esse momento histórico e todas as consequências após os confrontos, os alunos foram responsáveis por pesquisar os temas principais, incluindo o papel de Santa Catarina — refúgio para muitos que fugiram da guerra. “O objetivo foi despertar a consciência histórica, permitindo que percebessem as consequências de regimes ditatoriais e das guerras. Ao mesmo tempo, buscamos incentivar a leitura, a pesquisa, a produção artística e a expressão criativa, porque acreditamos que tudo isso fortalece a formação cidadã e o senso crítico”, destaca a professora.
Para que a exposição, que fez parte de uma das feiras da escola, não fosse recriada apenas
Também houve um grande esforço de planejamento logístico, já que os cenários e dramatizações exigiram criatividade, recursos e muito cuidado para que fossem construídos de forma pedagógica e respeitosa.
Débora dos Santos Pereira foi responsável por interpretar uma enfermeira
O DESEJO PELO CONHECIMENTO
Para quem propôs a atividade, acompanhar o desenvolvimento dos jovens foi a prova de que esse tipo de interação também pode servir como motivação para o aprendizado, fator que fica evidente ao observar a entrega e o desejo da turma em continuar com a ação.
“Eles demonstraram mais interesse pela leitura, pela pesquisa e pelo debate histórico. Mais do que aprender conteúdos, desenvolveram senso crítico e participaram ativamente de dramatizações, produções audiovisuais e apresentações que tornaram a aprendizagem muito mais significativa.”
Os alunos aprenderam a importância do momento
Foto: Bruno Golembiewski
Foto:BrunoGolembiewski
APRENDENDO NA PRÁTICA
Entre as produções, os adolescentes fizeram a representação literária de Anne Frank e outros personagens da época, além de trazer relatos de sobreviventes, um teatro e exposição sobre os refugiados. Para Isabely Patricia Pereira Cavalcante, a atividade foi uma ligação com aquilo que ficou na história. “Saber sobre o passado é essencial para que haja um futuro melhor. A reflexão que este tema traz para aqueles que se dispõem a aprender é algo vital para termos mais empatia e conseguir mudar a sociedade para um lugar mais amável e sem tanto ódio e discriminação”, diz a aluna.
Para Jenifer Emily Theiss, a vivência foi cheia de descobertas que ficaram marcadas. “Não sabia bem do envolvimento do Brasil e de Santa Catarina na guerra e fiquei surpresa com a história da vida cotidiana na época.” Além do desenvolvimento sobre o assunto, o trabalho das habilidades também foi algo que despertou o interesse de Rhianna Emanuelle Rocha Ambrozio. “O que mais me chamou atenção no projeto foram os efeitos especiais e a intensidade em que as histórias eram contadas em cada sala”, relata a estudante.
Os estudantes
Peterson
Ruan de Souza, Isabely
Patricia Pereira Cavalgante e
Mariana Peron Correa representaram personagens
Foto: Marcos Porto/SECOM PMN
Reconhecimento na CÂMARA DOS VEREADORES
Por ser um trabalho que transportou os estudantes da teoria para a prática, instigando diversas técnicas e apresentando novas metodologias de conhecimento, a atividade foi destaque na Câmara Municipal de Navegantes. Para Benta, esse é o retorno por algo que envolveu a todos e que foi significativo para cada um dos participantes. “Foi uma experiência de grande satisfação e reconhecimento. Os alunos ficaram orgulhosos e valorizaram o esforço que eles colocaram em cada detalhe. Esse momento mostrou que a educação tem força para mobilizar a comunidade e que nossos estudantes podem ser protagonistas de algo maior, capazes de contribuir para manter viva a memória coletiva e refletir sobre o passado”, finaliza a professora.
Miguel Nascimento
Glória foi o responsável por compreender o papel dos soldados na época
MAIS FORTE DO QUE NUNCA
Após o sucesso dos livros
e tropeço no cinema, Percy Jackson se prepara para retornar na segunda temporada da série
Houve uma época, não tão distante, na qual a angustiante espera entre as temporadas de uma série não passava de poucos meses. Até alguns anos atrás, antes da era do streaming, uma nova leva de episódios — mais de 20, por vezes — chegava todos os anos, assiduamente. Isso permitia que logo matássemos a saudade dos nossos personagens favoritos.
O tempo passou e, hoje, as temporadas são bem espaçadas — e tidas como verdadeiros eventos. A quantidade de episódios diminuiu, mas isso não foi ruim: a qualidade, em muitas produções, foi ampliada. Com arcos de seis episódios, por exemplo, muitas histórias ficam mais costuradas e sem fillers, aqueles capítulos que serviam basicamente para “encher linguiça” e não faziam a trama avançar.
E é assim, na expectativa por mais uma temporada surpreendente, que nos preparamos para o segundo ano de “Percy Jackson e os Olimpianos”, que chega ao Disney+ em 10 de dezembro. O seriado estreou no fim de 2023, com oito episódios fielmente baseados nos livros de Rick Riordan, que também produziu e assinou os roteiros da adaptação. Conheça o passado da franquia e saiba como ela anda!
REIMAGINANDO LENDAS MILENARES
Se você não está habituado ao universo de Percy Jackson e os Olimpianos, uma boa forma de conhecê-lo é pelos livros. A saga principal, com cinco volumes, foi publicada entre 2005 e 2009. O primeiro, “O ladrão de raios”, nos introduz a um garoto de 12 anos, criado pela mãe, que descobre que é filho de um deus grego, o que o torna um semideus.
Ambientada no mundo moderno, a trama revela que as histórias envolvendo Poseidon, Afrodite, Hermes e outras figuras mitológicas ocorreram de fato. Neste divertido exercício de ficção, temos o primeiro contato com o Acampamento Meio-Sangue, onde filhos de deuses são agrupados por casas, treinam para batalhas e desenvolvem habilidades específicas.
Tomado por coragem e dedicação, Percy tem dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), comuns em semideuses. Ao lado de dois amigos, Annabeth e Grover, o herói eventualmente parte em uma jornada para recuperar o RaioMestre de Zeus, que alguns suspeitam ter sido roubado por ele.
Após a conclusão dos cinco primeiros volumes, Rick Riordan decidiu dar continuidade à saga, desta vez mostrando a preparação de Percy para a faculdade. Daí surgiram a sexta história, “O cálice dos deuses”, publicada em 2023, e “A fúria da deusa Tríplice”, de 2024. Além disso, o escritor lançou diversos derivados e livros extras, resgatando personagens secundários da trama principal e contando aventuras complementares.
“Percy Jackson e o ladrão de raios” (2010)
“Percy Jackson e o mar de monstros” (2013)
ADAPTAÇÕES QUESTIONÁVEIS
O sucesso de vendas dos livros fez com que Hollywood não pensasse duas vezes antes de apostar em uma adaptação para o cinema. Com a ascensão da saga Harry Potter, foi dado sinal verde para o primeiro longa-metragem, inspirado em “O ladrão de raios”. O escolhido para a cadeira de diretor foi Chris Columbus, que comandou os dois primeiros filmes inspirados nos clássicos de J.K. Rowling.
O projeto chegou às telonas em 2010, com Logan Lerman no papel do herói. No entanto, apesar de ser divertido, o longa corre contra o tempo para ambientar cenários e personagens, passando rápido demais por momentos que deveriam ser bastante significativos.
As alterações em relação ao material original, por sua vez, deixaram muitos fãs insatisfeitos.
Em vez de ter 12 anos, o Percy do filme surge, logo de cara, com 16. Outros detalhes, como a caracterização dos deuses, também frustraram os mais detalhistas.
Uma continuação foi lançada, em 2013, como uma cartada do estúdio para testar se ainda havia chance de salvar a franquia no cinema.
O resultado foi ainda pior, com um filme que frustrou tanto os que haviam lido “O mar de monstros” quanto os espectadores casuais.
SALVO PELO STREAMING
Foi graças à Disney que a franquia ganhou um novo respiro. A repaginada veio por meio da série, cuja produção contou com o envolvimento direto do escritor Rick Riordan em todas as etapas. A possibilidade de contar a história de cada livro ao longo de oito episódios garantiu uma fidelidade ainda maior, explorando consequências de ações e jornadas emocionais complexas detalhadamente.
A série não é apenas um compilado de cenas de ação ou paralelos engraçadinhos entre o mundo contemporâneo e o dos deuses gregos. Além de reforçar valores positivos, somos apresentados a lugares como o acampamento, um espaço acolhedor e seguro, que mostra como é possível se encaixar e estar entre os seus. Nesse percurso, refletimos sobre o valor da paciência, tanto para saber o momento preciso de agir quanto para entender quando o mais adequado é simplesmente esperar.
A escolha assertiva dos protagonistas (Walker Scobell como Percy, Leah Sava Jeffries como Annabeth, e Aryan Simhadri como Grover) não é o único mérito do seriado.
O percurso do trio por diferentes cidades os coloca em situações desafiadoras, como uma visita à Medusa e um encontro com a Quimera (em forma de chihuahua). Os conceitos criativos estão por toda a parte, desde a razão que faz os clientes de um cassino em Las Vegas perderem a noção do tempo à localização no mundo real do icônico
Monte Olimpo.
O sucesso da primeira temporada foi tão estrondoso, desde a ótima audiência até o apoio dos fãs, que a continuação não demorou a ser confirmada. A espera de dois anos chega ao fim em dezembro, com oito episódios inéditos. Na trama, o herói lida com o sumiço de Grover e a descoberta de que tem um irmão ciclope. Veremos também o que acontece quando a proteção do acampamento é interrompida e os heróis precisam encontrar uma maneira de salvar o lugar. De quebra, a Disney já confirmou uma terceira temporada!
O QUE SÃO AS CRIPTOMOEDAS?
Em uma época em que o dinheiro em espécie está cada vez mais em desuso, diferentes formas de pagamento surgiram para atender às necessidades de compra e venda. As cédulas deram espaço aos cartões, às transferências e, agora, existe até mesmo uma moeda que não faz parte daquelas registradas como oficiais em cada país, mas que circula o mundo digital: as criptomoedas. Diferentemente do dinheiro que possui uma forma física — seja papel
ou metal —, as criptomoedas só existem na internet. Para garantir que não ocorram golpes ou fraudes durante as transações, elas são criadas em uma rede blockchain, ou seja, as informações são registradas em “blocos” em ordem cronológica em um local seguro, como se fosse um livro público, mas que ninguém pode apagar ou alterar.
O MUNDO DAS CRIPTOMOEDAS
Um dos nomes mais conhecidos quando se fala em criptomoedas é o Bitcoin — a primeira a ser criada nesse estilo, em 2009. Durante a mineração, computadores resolvem problemas matemáticos complexos, o que resulta na geração de novas moedas. Porém, nem todo aparelho é capaz de obter boas produções, por isso muitos investidores adquirem máquinas específicas. Outro fator que deve ser levado em conta por aqueles que se interessam pela área é que existe um número limite de Bitcoins no mundo: 21 milhões. Outra moeda que tem ganhado destaque recentemente é o Tether.
Ao contrário do exemplo anterior, ela está atrelada a uma moeda “comum”, como o dólar americano, o que evita grandes variações no valor, tornando-a mais estável e previsível — modelo conhecido como stablecoin. Mas opção é o que não falta neste ramo: Ethereum, Binance Coin, Cardano, Solana e Ripple são alguns exemplos. Cada um deles possui especificidades que chamam a atenção dos investidores, como a execução de contratos inteligentes, negociação, alta velocidade de transação e o baixo custo.
CÉDULAS OU CRIPTOGRAFIA?
Seja o real, o dólar ou o euro, cada país possui uma moeda oficial, em forma de cédula, moeda metálica e até mesmo no acesso digital, como o saldo em conta bancária, por exemplo. Esse dinheiro é controlado pelo Banco Central de cada local, buscando garantir a estabilidade da economia, evitar a falsificação, regular o sistema financeiro, definir taxas de juros e proteger a moeda no cenário internacional. No caso das criptomoedas, a situação é diferente. Como
são criadas por algoritmos de computador, em um processo chamado de mineração, não existe uma instituição oficial que as emita, fiscalize ou regule — isso faz com que seja mais difícil falsificar o dinheiro, já que está protegido de forma criptografada na rede blockchain. Para que aconteçam atualizações e mudanças, é preciso que as milhares de pessoas ao redor do mundo que utilizam a plataforma entrem em consenso.
CRIPTOMOEDAS EM AÇÃO
Além de comprar serviços e produtos online, as criptomoedas podem ser usadas para diferentes funcionalidades. A transferência sem intermediários é uma delas, já que é possível enviar as moedas para qualquer pessoa do mundo dentro da rede, sem depender da aprovação de outra empresa para isso.
A potência da tecnologia usada para criar as moedas é outro fator que atrai os usuários. O uso dessa técnica é essencial para quem busca aprimorar o potencial de solução de problemas e investimento no mercado. A reserva de valor também é um diferencial, já que pode ajudar aqueles que desejam guardar dinheiro a longo prazo para proteger o patrimônio ou até mesmo comprar outras moedas.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
Apesar de muitas pessoas estarem investindo nas criptomoedas com o intuito de reservar dinheiro, a prática ainda não é considerada 100% estável e segura, já que existe uma alta volatilidade, ou seja, o valor dessas moedas pode subir ou cair rapidamente em pouco tempo. A falta de regulamentação é outro ponto a ser discutido, pois, em casos de perdas financeiras, os investidores não terão proteção oficial.
A descentralização das transações, a proteção por criptografia, a privacidade, o acesso digital e a possibilidade de investimento são alguns dos pontos positivos para aqueles que vivenciam o mundo do dinheiro digital. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para evitar danos no futuro — além dos exemplos citados anteriormente, a aceitação limitada da moeda como forma de pagamento, o impacto ambiental e a complexidade tecnológica são outros fatores que podem dificultar o uso e aumentar os riscos para os investidores.
o que esta acontecendo com o mar?
Imagine que o oceano é como uma grande sopa que todos ajudam a cozinhar. Só que, ultimamente, alguém andou exagerando no “tempero” e a receita está mudando (não para melhor). O Oceano Atlântico, que sempre foi um lugar de vida vibrante e cheia de cor, está enfrentando um desafio invisível, mas muito sério: sua acidez está aumentando. E isso pode mudar tudo para as criaturas que vivem lá. O que está acontecendo com o mar e como é possível ajudar a salvar essa sopa gigante? Vamos mergulhar nesse assunto!
O oceano não é apenas uma grande massa de água salgada. Ele também contém gases, minerais e substâncias químicas que mantêm o equilíbrio
necessário para a vida marinha. A acidez do oceano se refere ao nível de pH da água, que indica se ela é mais ácida ou mais alcalina. Um pH equilibrado é essencial para que os peixes, corais e outros seres marinhos possam viver e se desenvolver.
O problema é que a acidez do Atlântico está aumentando, e a principal causa disso é a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Quando queimamos combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, liberamos CO2 no ar. Parte desse gás é absorvida pelo oceano, onde se dissolve e forma ácido carbônico. Esse ácido reduz o pH da água, tornando-a mais ácida.
QUEM SENTE SÃO OS ANIMAIS
Essa mudança no pH é uma ameaça real e preocupante para a vida marinha. Muitos organismos, como corais, moluscos e até plânctons, dependem de um ambiente estável para sobreviver. Os corais, por exemplo, constroem seus recifes a partir de carbonato de cálcio, mas em águas mais ácidas essa tarefa se torna quase impossível. Isso não só enfraquece os recifes, que são hábitats para milhares de espécies, como também ameaça a biodiversidade marinha de forma geral. Sem os recifes, muitos peixes perdem suas “casas” e fontes de alimento, o que pode levar a uma drástica redução nas populações de várias espécies.
Além disso, organismos menores, como o plâncton, que são a base da cadeia alimentar marinha, também são afetados pela acidificação. Se o plâncton for prejudicado, toda a cadeia alimentar pode entrar em colapso, impactando peixes, aves marinhas e até mamíferos oceânicos. Isso significa que a pesca, uma importante fonte de alimento e sustento para milhões de pessoas, também está em risco. E mais, a acidificação dos oceanos pode influenciar os ciclos de nutrientes e até agravar o aquecimento global, já que o oceano desempenha um papel crucial na regulação do clima da Terra.
AINDA HÁ ESPERANÇA
Apesar da situação ser preocupante, ainda dá tempo de salvar a vida do oceano em apenas três passos:
• Reduzir a emissão de CO2 é o primeiro passo para ajudar a proteger da acidez.
• Usar menos combustíveis fósseis, optar por energias renováveis, como a solar e a eólica, e preservar as florestas são ações que podem fazer a diferença.
• Todos podem contribuir para a saúde do planeta economizando energia, reciclando e apoiando iniciativas de proteção ambiental.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Com uma área que se aproxima do tamanho de muitos países, há no Oceano Pacífico um espaço dominado apenas por plásticos e lixos que foram jogados de forma irregular. Conhecida como “Ilha do plástico”, a explicação para o acúmulo dos itens, além do descarte incorreto, está nas correntes oceânicas, capazes de criar o Giro Subtropical do Pacífico Norte, acumulando os resíduos.
O material mais comum é o microplástico, constituído por pequenos pedaços de plástico, rede de pescas e embalagens. A maioria dos itens está boiando na superfície, mas alguns lixos acabam afundando no mar, processo que compromete ainda mais a limpeza e a saúde do meio ambiente.
A região fica entre o Havaí e a Califórnia, e acredita-se que os resíduos venham principalmente do continente asiático, já que muitos objetos continham embalagens em japonês e chines, e são resultados do aumento da pesca industrial. O consumo excessivo de objetos plásticos, a falta de consciência e de educação ambiental são as principais razões para o acúmulo, que afeta a fauna e a flora, além da liberação de componentes químicos nas águas.
Durante o Congresso da Associação Internacional de Resíduos Sólidos, em 2019, o capitão Charles Moore, que navegou pela “ilha”, informou que acredita que o plástico invadirá as praias no futuro. Os animais marinhos e as aves aquáticas são os mais afetados, seja por consumir o lixo ou por ficarem presos nas redes abandonadas — um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) demonstrou a presença de microplásticos em até 800 espécies.
E os humanos não passam ilesos. Quando consumimos peixes contaminados, e até mesmo o sal de algumas marcas, os microplásticos chegam ao nosso corpo. A presença desse material pode causar consequências danosas, como efeitos inflamatórios, hormonais e cardiovasculares.
DO LITORAL À MESA: sabores do mar brasileiro
Com um litoral de uma extensão de 7.491 quilômetros, o Brasil é reconhecido internacionalmente pelas belezas naturais e praias que recebem turistas de todo canto do mundo. Para além dos destinos paradisíacos, há outro aspecto que merece atenção: a culinária. Opção é o que não falta quando se fala em pratos típicos com frutos
do mar. Existem aquelas comidas que são amadas em qualquer Estado, seja camarão ou peixe, mas, assim como as tradições locais, cada região possui uma gastronomia única, com ingredientes e temperos que refletem a cultura daquela parte do país. Conheça alguns exemplos.
Norte
Abrigando apenas dois Estados (Amapá e Pará), o litoral dessa região é considerado pequeno, mas não fica para trás na gastronomia. Tema de canções populares, o tacacá é exemplo disso. Feito com camarão, tucupi, jambu, polvilho azedo e outros temperos, o prato é um dos principais nomes da culinária do Norte.
O camarão no bafo é outro prato amado pelos moradores do Amapá, que também costumam consumir o açaí como acompanhamento para peixes. No Pará, outras opções são a caldeirada paraense — um ensopado com frutos do mar — e o caruru, uma receita de origem africana, que costuma ser servida em festas religiosas e familiares, com ingredientes como quiabo, camarão, azeite de dendê e temperos.
sul
Embora alguns pratos sejam compartilhados entre os três Estados — como peixes grelhados, camarão à milanesa e lula recheada —, Santa Catarina é a região que mais se destaca quando se fala na culinária com frutos do mar.
É quase impossível falar do litoral catarinense sem lembrar de um dos personagens principais da cultura local: a tainha. Seja assado, recheado, frito ou ensopado, o peixe é figura frequente no prato dos moradores, e até ganhou uma festa para chamar de sua. O mesmo acontece com as ostras, que têm a Fenaostra, que acontece anualmente em Florianópolis.
Por aqui também é comum encontrar receitas de arroz de marisco, camarão na moranga e pirão de peixe. Em Navegantes há outro prato que chama a atenção: a sororoca com pirão, feita com o peixe típico da região que dá nome à iguaria, farinha de mandioca, suco de limão e hortaliças.
Nordeste
Região com os dois Estados que abrigam a maior extensão litorânea (Bahia e Maranhão), o Nordeste é sempre lembrado quando se fala da gastronomia brasileira. Os pratos baianos são aqueles que ganham mais atenção, como moqueca, acarajé, vatapá e bobó de camarão. Todos possuem origens africanas, indígenas ou influências portuguesas e podem ser encontrados em barracas de rua, restaurantes à beira-mar e no dia a dia dos moradores.
No Ceará e no Maranhão, outro fruto do mar que conquista o paladar é o caranguejo. Além disso, os cearenses costumam preparar o baião de dois com peixe e a caldeirada — a receita também é amada em Pernambuco, que igualmente consome o peixe na telha. Já os maranhenses aproveitam para usar o camarão na receita do arroz de cuxá, que conta também com gergelim, castanha de caju e vinagreira, uma folha ácida.
sudeste
Apesar de São Paulo e Rio de Janeiro serem lembrados por outros pratos, como o virado à paulista e a feijoada, as iguarias com frutos do mar também estão presentes na região. Enquanto os cariocas curtem o camarão no espeto e o bolinho de bacalhau nas praias, os paulistas aproveitam as casquinhas de siri e o arroz com polvo.
Mas ainda há um Estado que sai na frente nesse tipo de culinária: o Espírito Santo. Com sua própria versão da moqueca, com um sabor mais leve, os moradores também costumam preparar torta capixaba — com peixes e frutos do mar —, sururu e caldos.
Os estudantes do Centro Educacional Municipal Professora Giovana Soares da Cunha criaram um livro com receitas típicas de Navegantes. Leia o QR Code e confira!
Confira
o que algumas escolas prepararam em comemoração ao aniversário de Navegantes.
EM Professora Maria Tereza Leal
CMEI Professora Alciréia Da Conceição Couto
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CEM Professora Giovana Soares da Cunha
EM Professora Rosa Maria Xavier de Araújo
CMEI Professora Regina Marly da Costa
CMEI Professora Alciréia Da Conceição Couto
CMEI Professora Rosana De Fátima Gaya Barreto
CMEI Professora Didymea Lazzaris de Oliveira
EM Izilda Reiser Mafra
CMEI Professora Julieta Pereira Muller
CMEI Professora Natalina Sabel do Amaral
CMEI Professora Natalina Sabel do Amaral
CMEI Professora Maria dos Navegantes Ramos
CMEI Professora Alciréia Da Conceição Couto
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
Veja o registro de diversas atividades realizadas pelas unidades da rede municipal.
Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC
EM Professora Vilna Corrêa Pretti
CMEI Professora Didymea Lazzaris de Oliveira
CMEI Professora Adélia de Souza Fernandes
EM Professora Eni Erna Gaya
CEM Professora Maria de Lourdes Antunes
CMEI Professora Bernardete Maria Sedrez da Silva
CMEI Professora Alciréia Conceição Couto
EM Professora Rosa Maria Xavier De Araújo
CMEI Professora Alciréia Conceição Couto
Navegantes
avegadores moram aqui, colhedora é nossa terra.
amos cuidar de Navegantes, u amo este lugar.
rande ela está,
cidade é bela.
ão especial,
avegantes tão linda, com muito valor.
ó tenho a agradecer.
SEGUNDO ANO 1
SEGUNDO ANO 5
avegantes, linda cidade. mamos nossa terra, emos belas praias muito verde.
ostamos de Navegantes.
Os acrósticos foram desenvolvidos pelos estudantes do segundo ano do CEM Professora Giovana Soares da Cunha.
emos lugares lindos.
avegantes é especial, stamos orgulhosos, viões tem aqui.
empre te amaremos.
super-heróis de sucata em ação
Silêncio no set! Claquete! Ação! Estas são as famosas palavras ditas para dar início às gravações de uma cena de filme. Se você deseja estar atrás das câmeras direcionando uma produção, saiba que pode começar agora mesmo. Mas nada de ficar no óbvio, vamos começar usando a criatividade na pré-produção: um stop-motion com materiais reciclados.
Pré-produção
1) Pense no roteiro: não precisa exagerar, tente focar no tema (gênero cinematográfico) e na mensagem que quer transmitir. Por exemplo: um herói que precisa salvar seu bairro do vilão (ação).
2) Construa o cenário: você pode explorar as suas habilidades manuais e construir uma maquete com papelão (para ser a base), garrafas PET (se cortadas, podem ser casas) e caixas de leite (podem ser os prédios). Caso não queira testar essas habilidades, tudo bem, seu cenário pode ter um fundo de tecido (que pode ser um lençol, ou até mesmo uma fronha).
3) Crie os personagens: utilize tampinhas das garrafas PET e latinhas para montar seus personagens. Pense em uma aparência totalmente diferente, não tenha medo de usar e abusar da criatividade. Observação: não esqueça que todo protagonista precisa de uniforme e um nome de super-herói.
Produção
1) Paciência e ação: posicione o celular/ câmera de forma que fique bem fixo, para não correr o risco de mudar de posição, pois qualquer desestabilização pode mudar o rumo do seu stop-motion
2) Dê vida aos personagens: tire uma foto, mexa um pouquinho o personagem e faça outro registro (quanto menor o movimento a cada clique, mais fluida será a animação).
Dica extra
Não sabe que tipo de história criar? Que tal um monte de tampinhas que vivem em uma caixa, até que uma delas descobre que consegue rolar sozinha. Logo começa uma fuga maluca, no estilo de filmes de corrida, e, no final, a tampinha protagonista salva todas as outras de irem para o lixo.