Nesta edição de setembro da revista its Teens, convidamos você a descobrir como a escola pode ser um espaço ainda mais acolhedor, onde cada estudante se sente respeitado e motivado a aprender. É nesse ambiente de confiança que o conhecimento, a criatividade e o desenvolvimento pessoal florescem.
Também mergulhamos em culturas fascinantes, como a dos maias e astecas, povos que deixaram legados que até hoje despertam curiosidade.
Trazemos histórias inspiradoras de escolas da nossa rede: práticas de aprendizagem inovadoras, lideranças pedagógicas que fazem a diferença e projetos que unem alunos e professores em torno do cuidado com a natureza, da saúde e da vida em comunidade.
A tecnologia também tem espaço: mostramos como ferramentas digitais — de aplicativos de organização a plataformas de videoaulas, passando por jogos educativos e até a inteligência artificial — podem apoiar no aprendizado diário.
Entre conhecimento, diversão e curiosidade, aproveite mais esta edição que chega até a sua escola, parceira para contribuir no seu conhecimento escolar. Boa leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL Repórter
Estagiária
Assistente de Mídia
/conteúdo
Verdadeiro ou falso Liderança que ensina
Bem enquadrados
Folclore e mitos do Brasil: uma viagem pelas regiões
Ferramentas para ajudar na hora do aprendizado
Cartas entre Marias: uma viagem à Guiné-Bissau
Mais que ensino: o valor de uma escola acolhedora #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #08 #10 diversão aprendizado capa como funciona? ensino spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta brasilidades galerias diário escolar conhecimentos gerais
Maias vs. Astecas: o grande jogo da história
Em busca de conhecimento
Frequência que faz a diferença
5 animais extintos no Brasil
Como os videogames são feitos?
Gamificação nas escolas: uma estratégia para aumentar a frequência e o engajamento dos estudantes
Laboratório das cartas: faça suas próprias folhas
ESCANEIE O QR CODE e faça parte da próxima edição da revista its Teens
Acompanhe a revista its teens nas redes sociais
VERDADEIRO FALSO
Leia as perguntas e teste seus conhecimentos!
O Sol é uma estrela.
VERDADEIRO FALSO
A maior cidade de Santa Catarina é Florianópolis. 2
VERDADEIRO FALSO
A bandeira do Brasil tem 27 estrelas, representando os Estados e o Distrito Federal.
VERDADEIRO FALSO
Os morcegos são cegos.
VERDADEIRO FALSO
O deserto do Saara é o maior do mundo. 1 6 7 9 10 8 3 4 5
O camaleão muda de cor apenas para se camuflar.
VERDADEIRO FALSO
VERDADEIRO FALSO
O Monte Everest é o ponto mais alto do planeta.
VERDADEIRO FALSO
As formigas podem levantar até dez vezes o peso do próprio corpo.
VERDADEIRO FALSO
O som se propaga mais rápido na água do que no ar.
VERDADEIRO FALSO
O panda é nativo do Japão.
VERDADEIRO FALSO
Gerente
Você já imaginou como seria viver uma amizade apenas por cartas? Sem internet, sem mensagens rápidas no celular… apenas palavras escritas à mão, cheias de segredos, sonhos e descobertas.
O livro “Cartas entre Marias: uma viagem à Guiné-Bissau”, escrito por Maria Isabel Leite e ilustrado com fotografias de Virgínia Maria Yunes, é um convite para viver a aventura da leitura e da escrita como pontes que aproximam pessoas e mundos diferentes.
A narrativa se constrói a partir das cartas trocadas entre duas adolescentes, Ana Maria (a Naná) e Maria Cristina, que vivem em Florianópolis. Quando a família de Naná viaja para uma aldeia no interior da Guiné-Bissau, as amigas só conseguem se comunicar por meio de cartas, já que naquele lugar não havia internet. Cada palavra escrita e lida se transforma em um elo precioso, capaz de manter viva a amizade e de compartilhar descobertas.
É por meio da leitura das cartas que o leitor também viaja: descobre costumes, danças, sabores e línguas de uma aldeia africana, percebendo que o ato de escrever e ler não é apenas uma habilidade escolar, mas uma forma de conhecer o outro e ampliar horizontes.
A grande riqueza da obra está justamente nessa valorização da leitura e da escrita como ferramentas de troca, acompanhadas das imagens fotográficas que tornam tudo ainda mais vívido.
“Cartas entre Marias” mostra que saber ler e escrever abre portas para a imaginação, para o conhecimento e para amizades que resistem até mesmo à distância.
POR Waleska Regina Becker Coelho De Franceschi
de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação
Um certo livro de areia
Adriano Bitarães Netto
A língua de fora Juva Batella
O espelho dos nomes Marcos Bagno
O voo da pandorga mágica
Eliane Veras da Veiga
MAIS QUE ENSINO: O VALOR DE UMA ESCOLA ACOLHEDORA
Para muitos estudantes, a escola é como uma segunda casa. Desde o pré até o Ensino Médio, esse é o ambiente onde crianças e adolescentes passam grande parte da juventude. Entre as explicações na sala de aula e a diversão no parquinho, é ali que os alunos fazem amizades, enfrentam desafios, exploram a criatividade e aprendem habilidades que vão além dos conteúdos vistos dentro dos componentes curriculares, como a empatia, o pensamento crítico e a responsabilidade.
E para que os estudantes possam florescer suas competências pessoais e irem bem nos estudos, é importante que a escola seja um espaço acolhedor e seguro, no qual se sintam ouvidos e respeitados. Ao estar em um ambiente que os valoriza, crianças e adolescentes podem expressar suas ideias e sentimentos e ter uma trajetória escolar significativa.
A escola acolhedora é aquela que proporciona uma atmosfera saudável, que dá apoio e suporte tanto para os estudantes quanto para os colaboradores e toda a comunidade. Para isso, é preciso de espaço adequado, abertura para diálogo com pais e alunos, envolvimento em pautas sociais, incentivo ao respeito e à empatia e desenvolvimento de métodos que facilitem o aprendizado.
VANTAGENS DE TER UMA ESCOLA ACOLHEDORA
Bem-estar: o ambiente em que mais passamos tempo reflete diretamente na nossa saúde mental. Para garantir que os alunos estejam bem para crescer e aprender, é preciso que se sintam seguros e aceitos, sem que o estresse tome conta — afinal, um lugar que oferece afeto e cuidado torna a convivência mais leve.
Vínculos afetivos: seja os amigos, os colegas de classe, os professores, gestores ou funcionários da limpeza e cozinha, é na escola que vemos as mesmas pessoas cinco dias na semana. É importante que desenvolvam projetos contra o bullying e qualquer tipo de preconceito, enquanto promovem atividades que incentivem a amizade e o cuidado.
Aprendizado: sem medo de errar e por estarem em processo de aprendizagem, os alunos se sentem acolhidos e livres para perguntar, errar e tentar de novo sem serem julgados ou repreendidos. É nesses momentos que a criatividade e o pensamento crítico são aprimorados.
Engajamento: quando o estudante se sente acolhido, a motivação para participar das aulas e dos projetos escolares cresce de forma significativa. Uma maior frequência também é perceptível, afinal, o aluno passa a querer estar naquele ambiente, conviver com os colegas e aproveitar as oportunidades de aprender.
Autoconfiança: ao estar em um espaço em que se sente bem e confortável para se expressar, o estudante começa a acreditar mais em si mesmo. Com mais confiança, se sente pronto para enfrentar desafios e crescer em habilidades diferentes, dentro e fora da escola.
O GRANDE JOGO DA HISTÓRIA
Time maia: os gênios da ciência e da arquitetura
Se existisse um ranking de civilizações antigas, os maias certamente estariam no topo da categoria astronomia e matemática. Eles viveram em regiões onde hoje estão o Sul do México, Guatemala, Belize e Honduras, construindo cidades impressionantes no meio da floresta. Suas pirâmides, como as de Chichén Itzá, eram obras-primas arquitetônicas e tinham uma função muito além de templos religiosos: serviam como observatórios astronômicos!
Os maias eram mestres na observação do céu. Eles desenvolveram um calendário tão preciso que, se comparado ao nosso, mal precisaria de ajustes. Sabiam prever eclipses e mudanças nas estações sem precisar de telescópios ou aplicativos. Além disso, criaram um sistema numérico avançado, que incluía o conceito de zero muito antes dos europeus — sim, eles já usavam matemática de um jeito que faria qualquer aluno suar na prova!
Já imaginou um crossover épico entre duas civilizações antigas, cada uma com suas habilidades, estratégias e estilos de vida? Se a história fosse um jogo de videogame, os maias e os astecas seriam dois times lendários, disputando quem dominava melhor a arquitetura, a ciência e as batalhas.
Eles não tinham wi-fi, redes sociais ou fast food, mas criaram cidades gigantes, desenvolveram sistemas matemáticos complexos e inventaram um dos esportes mais radicais da antiguidade. Então, prepare-se para conhecer esses verdadeiros pro players da história!
Time asteca:
guerreiros, engenheiros e mestres da
cidade flutuante
Se os maias dominavam a ciência e a arquitetura, os astecas eram os reis da guerra e da engenharia urbana. Sua capital, Tenochtitlán, era uma cidade gigantesca construída sobre um lago — basicamente uma Veneza da antiguidade, mas com pirâmides e mercados lotados. Para se locomover, as pessoas usavam canoas, e havia pontes retráteis para defesa. Era um verdadeiro centro tecnológico da época! Os astecas eram guerreiros temidos e expandiram seu império por meio de batalhas estratégicas. Mas não era só força bruta – eles também foram inovadores na agricultura. Como viviam em uma área cheia de água, criaram as chinampas, ilhas artificiais flutuantes onde cultivavam milho, tomate e feijão. Se hoje o México é conhecido por sua culinária incrível, deve muito a esses antigos agricultores.
E QUEM VENCEU ESSE DUELO ÉPICO?
Infelizmente, tanto maias quanto astecas tiveram um destino parecido: a chegada dos europeus mudou tudo. Os maias já estavam em declínio quando os espanhóis chegaram, e os astecas, apesar de sua força militar, foram derrotados pelo conquistador Hernán Cortés no século 16. Mas mesmo que seus impérios tenham desaparecido, suas influências continuam vivas até hoje.
Os números e calendários maias ainda impressionam os cientistas, e os astecas deixaram um legado na culinária e na organização urbana. Além disso, muitos descendentes dessas civilizações ainda preservam sua cultura e tradições.
O QUE VOCÊ
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liderança pedagógica transforma a prática dos professores e potencializa a aprendizagem.
Tempo de leitura: 5 minutos
Com autonomia e suporte, unidade encontra forma de impulsionar o aprendizado em sala de aula
Antes de apresentar um novo conteúdo para a turma e mostrar as novidades sobre um tema ou até mesmo a descoberta de um jeito inovador de ensinar, os professores passam por processos que os auxiliam nessa abordagem pedagógica, sempre pensando na melhor forma de apresentar o conteúdo para cada turma.
São eles os responsáveis por encontrar as metodologias adequadas para transformar aquilo que está nos livros em algo que seja atrativo no dia a dia — e aqui você já deve ter lembrado de algum professor que marcou
você em algum momento, seja pela facilidade em ensinar ou pelos desafios que ele sempre organizava.
Na Escola Básica Municipal (EBM) Luiz Cândido da Luz, a equipe da gestão já compreendeu a importância de oferecer aos educadores um ambiente que estimule o desenvolvimento e o aprimoramento das técnicas, como reforça a diretora Bárbara dos Santos quando questionada sobre a importância da liderança. “É fundamental proporcionar liberdade e autonomia aos professores para que possam desenvolver seu trabalho de maneira
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Guiados pelas evidências
Além de ofertar o acompanhamento que os educadores precisam para a definição dos temas e como será o ano letivo em sala de aula, é preciso que as evidências e os dados sejam usados em favor da unidade, direcionando o que deve ou não ser feito para aprimorar o ensino, como reforça a diretora.
“A principal evidência para avaliarmos o sucesso da escola está relacionada ao aprendizado dos estudantes, seja por meio de avaliações externas e internas ou pelos relatos dos próprios alunos, professores e famílias.”
inovadora, sempre com um suporte próximo e constante, garantindo que não nos afastemos do nosso objetivo comum.”
Para que os estudantes aprendam o que é esperado de acordo com cada ano, a liderança pedagógica está ligada ao suporte que é oferecido aos professores, seja durante o planejamento ou na construção de estratégias coletivas. “Para exigir determinadas ações, é imprescindível oferecer o suporte adequado para que essas ações possam ser efetivamente realizadas. Cobrar sem oferecer o retorno ou o apoio necessário torna-se uma prática injusta
e desmotivadora para os docentes e toda a equipe”, opina a profissional. Com a mudança para a unidade em que está atualmente, a chegada foi uma oportunidade de pontuar o desejo de fazer diferente e de oferecer à equipe os instrumentos necessários para tornar a educação atrativa. “Meu maior desafio foi chegar à unidade no meio do ano letivo, sem um conhecimento aprofundado sobre a comunidade escolar, e, ao mesmo tempo, mostrar a todos que meu objetivo era o mesmo dos demais: nosso crescimento e fortalecimento”, afirma a diretora.
As saídas de campo fazem parte do aprendizado da turma
Os professores recebem o suporte necessário para desenvolver as atividades
Fotos:
EBM
Luiz
Cândido da Luz/Divulgação
TURMA APRENDE A PRESERVAR A NATUREZA EM
PROJETO AMBIENTAL
Em um ambiente rodeado pela natureza, é possível aprender em espaços que vão além da sala de aula — prova disso é a Escola Básica Municipal José Amaro Cordeiro. Por lá, os estudantes estão participando de projetos pedagógicos que envolvem a compostagem, o plantio de árvores nativas e o monitoramento da fauna.
A turma do quinto ano 2 foi intitulada “Exploradores da natureza” e, junto com a professora regente Ana Carolina Morgado, está indo a fundo nas pesquisas realizadas no Bosque da Capivara Encantada, localizado na própria unidade. A atividade está sendo desenvolvida em parceria com o setor de educação ambiental da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) e tem o objetivo de conscientizar sobre a importância da conservação da Mata Atlântica. Os estudantes também participam de encontros quinzenais com educadores da Floram e da própria escola. A turma está preparando um inventário da flora, da fauna e dos fungos da região, o plantio de árvores no bosque, a instalação de armadilhas fotográficas e um estudo dos ecossistemas da ilha, além de aprender a importância das unidades de conservação da Lagoa do Peri.
PROFESSORES DE FLORIANÓPOLIS RECEBEM FORMAÇÃO
EM PRIMEIROS SOCORROS
Além de ensinar os componentes curriculares, é preciso que os professores estejam preparados para lidar com diferentes situações envolvendo os estudantes. Por isso, 5.300 profissionais da rede municipal de ensino de Florianópolis estão participando de formações de primeiros socorros. Promovidos pela Secretaria Municipal de Educação, os cursos serão até novembro deste ano e englobam ensinos de prevenção e primeiros socorros. As inscrições podem ser feitas no Portal de Formação Continuada da secretaria. O objetivo é formar os educadores para agir em casos de emergência e acidentes no cotidiano da comunidade escolar. O projeto atende a Lei Federal nº 13.722/2018, também conhecida como Lei Lucas. Cada turma participará de encontros no prédio da Gerência de Formação Continuada. As reuniões são ministradas pelos professores e bombeiros comunitários Charles Schnorr e Rafael Gonçalves e pelo policial científico Marcos Lima, especialistas em urgência e emergência.
SEMINÁRIO DEBATE SAÚDE ESCOLAR
E BEM-ESTAR DE ESTUDANTES
Para celebrar o Mês da Saúde Escolar, a Secretaria Municipal de Educação promoveu o Seminário Saúde na Escola, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O evento ocorreu no mês de agosto e proporcionou um ambiente para educadores trocarem experiências e se envolverem em temas importantes da vida dos estudantes. Supervisores escolares da Educação Infantil, orientadores educacionais,
profissionais da rede de atenção básica e demais interessados participaram do seminário. Alguns dos temas abordados foram as boas práticas em saúde escolar e articulação intersetorial; saúde ambiental; incentivo à atividade física e lazer; alimentação saudável e prevenção de obesidade; direitos humanos e prevenção de violências; prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas; saúde bucal e promoção da saúde mental e apoio emocional.
conhecimento Em busca de
O QUE VOCÊ
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escola cria projetos externos para fortalecer o aprendizado. Tempo de leitura: 5 minutos
Com atividades pensadas fora da sala de aula, aplicando o conhecimento teórico, alunos aprendem de forma prática
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Para que o aprendizado seja significativo e gere resultados, é importante se sentir motivado, com vontade de estar na escola e ao lado dos professores e responsáveis. Esse é o local onde podemos testar novidades e colocar o aprendizado em prática, sendo a ponte para o conhecimento e para aquilo que levaremos até mesmo na fase adulta. Porém, antes mesmo de colocar o conhecimento no papel, existem diversas atividades que garantem uma educação de qualidade.
Ter uma equipe alinhada, com ideias e planejamentos, colocando em foco os estudantes é o primeiro passo para que o desenvolvimento seja possível, medida conhecida por aqueles que fazem parte da Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro. Por lá, o ensino é pensado dentro e fora de sala de aula, com atividades interativas que instigam o desejo de estar no espaço. “Nossa escola é muito diferente, porque utilizamos metodologias que respeitam a integralidade de cada aluno.
Um exemplo é o bosque dentro da unidade, que funciona como uma sala de aula a céu aberto”, explica a diretora Neli de Fatima Conginski Giotto. A frequência nos encontros e a forma de avaliação também são vistas com bons olhos pela profissional, que elenca a medida como diferencial. “Realizamos planejamento pedagógico semanal com os professores, avaliando constantemente quais alunos estão alcançando as metas e quais precisam de apoio. Esse planejamento é mutável e se adapta às necessidades dos estudantes.”
A professora Ana Carolina Reis Morgado, que acompanha os estudantes, consegue identificar o aprendizado quando os jovens aplicam e explicam os conceitos que foram apresentados, mostrando a ligação com os casos do dia a dia. “Conciliar o currículo e o ritmo de aprendizagem de cada criança é um dos maiores desafios na sala de aula. É um exercício exaustivo e ininterrupto, que exige flexibilidade, escuta e avaliações diagnósticas contínuas”, diz a profissional.
E esse olhar atento às necessidades de cada um é algo que já faz parte do perfil de Ana, que sabe o papel que o aluno deve ocupar quando o assunto é a educação. “Gosto das práticas em que os estudantes são protagonistas da construção do próprio conhecimento. Nos trabalhos em grupo, compartilham criatividade, criticidade e respeito, abordando a diversidade de pensamentos e contribuindo para um bem-estar coletivo.”
Escola como espaço acolhedor
Para quem tem o desafio de aprender e memorizar algo novo todos os dias, o tempo na escola é a oportunidade para ampliar o repertório, como no caso de Serena Ventura dos Santos. “O que me motiva é que eu acordo todos os dias e me sinto feliz, sabendo que posso aprender algo novo ou reforçar algo que ainda não sabia”, menciona a estudante.
Um dos pontos ressaltados por ela é a forma como a professora apresenta o conteúdo, mostrando que é possível aprender por meio de atividades. A interação com o meio ambiente também chama a atenção. “No bosque a gente observa as plantas, coloca câmeras para estudar os animais e aprende a registrar tudo corretamente. É uma forma divertida e prática de aprender.”
Cuidado com a saúde mental
A atenção aos sentimentos e ao que está sendo vivenciado pelas turmas também faz parte do planejamento das profissionais, como conta a diretora. “Temos um projeto voltado à saúde mental, no qual os alunos aprendem sobre respiração e controle das emoções. Isso os ajuda a lidar melhor com provas e desafios, acalmando a mente para avaliar as questões com mais clareza”, relata Neli.
Os alunos também aprendem em atividades fora da sala
O contato com a natureza faz parte do aprendizado
O QUE VOCÊ
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iniciativa mostra como a presença em sala fortalece o aprendizado.
Tempo de leitura: 10 minutos
O relógio toca todos os dias no mesmo horário, faça chuva, faça sol. Seguindo os mesmos passos do dia anterior, você se arruma e confere se todos os materiais estão na mochila, saindo de casa pronto para mais um dia na escola. No caminho, o pensamento está naquele trabalho que precisa ser entregue ou na atividade que vai fazer nas próximas horas. Tudo caminha tranquilamente para mais um dia com os colegas, aproveitando os momentos de conteúdo novo apresentado e diversão.
Ainda que essa descrição pareça simples ou até mesmo repetitiva, há algo que acontece, quase sem percebermos, e que garante a efetividade da educação: é assim que aprendemos aquilo que vamos levar para a vida, tanto em conteúdo como em comportamentos, já que desenvolvemos diversas habilidades quando estamos em parceria com nosso grupo e até mesmo durante uma conversa com os professores.
Mas e se essa presença na escola for motivada por algo a mais? E se houver uma forma de incentivar os grupos, mostrando que a presença é fundamental para manter o aprendizado? Esse é o objetivo do projeto “Sua presença faz diferença”, criado pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis e que está disponível nas unidades da Capital. A iniciativa tem como ferramenta cartazes que foram pendurados e que mostram a frequência de cada turma. Ou seja, todos os dias os profissionais
são responsáveis por mapear os alunos que compareceram e aqueles que faltaram, gerando uma média por turma. Na sexta-feira, o passo seguinte é o levantamento para acompanhar as salas que tiveram a maior presença — aquelas que atingirem mais de 95% de frequência são premiadas. As retribuições podem ser escolhidas pela turma, com opções que incluem um intervalo prolongado, escolher a playlist do dia, fazer uma decoração temática na sala ou até mesmo uma aula na praia, além de medalhas e certificados simbólicos. O projeto começou no mês de agosto, e quem convive com os alunos já está acompanhando de perto a evolução e o desejo dos jovens em conquistar o primeiro lugar em cada semana. “Eles querem ganhar, estão a todo vapor, e isso é ótimo, porque todos estão presentes e fica muito mais fácil desenvolver o conteúdo”, conta a professora regente do terceiro ano da Escola Básica Municipal (EBM) Acácio Garibaldi São Thiago, Ana Luiza Amoêdo. Antes mesmo da iniciativa, a educadora já acompanhava de perto o comparecimento dos alunos — uma das técnicas utilizadas é observar os estudantes logo que entram na sala e quando estão indo embora, reforçando o laço e a importância de cada um na escola. “Sempre que um aluno falta, eu pergunto o motivo. Eles se sentem responsáveis e até os pais precisam justificar. Isso cria um compromisso maior com a escola.”
Tharcisio está engajado para atingir o resultado, com mais de 95% de presença
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Educação e presença
Para quem está todos os dias na unidade, acompanhando o desenvolvimento de cada turma, a iniciativa foi uma forma de reacender o desejo das crianças e jovens pela escola e o desejo de estar em sala de aula. As primeiras semanas foram de euforia, com o acompanhamento diário da presença e a cobrança entre os amigos para que ninguém faltasse. “Quando o projeto chegou, a nossa preocupação inicial era não estigmatizar os estudantes que faltam, já que cada ausência tem um motivo. Por isso, explicamos que se alguém souber de uma dificuldade do colega, deve procurar a equipe escolar para ajudar, e não expor a criança”, reforça a diretora Jerusa Maria Coelho . Na visão da supervisora Ana Falcão Cavalcante Lins, existem outros atrativos na unidade que fazem o período na escola ser interessante para os jovens. “Apostamos em saídas de estudo, parcerias com a universidade e projetos diferenciados. Não adianta o aluno vir só por vir, ele precisa vir para aprender”, diz a especialista, que reforça a comunicação como um dos pilares entre profissionais e estudantes.
As meninas acompanham de perto o desenvolvimento das turmas
Em busca do primeiro lugar
O desejo de mostrar a presença da turma e o encantamento pelo aprendizado são alguns dos motivos que impulsionam o trio de amigos Murillo Nunes Macedo Lino, 14, Lucas Machado Scheer, 14, e Tharcisio André Fortes Saldanha Holuboski, 15, todos do nono ano. Eles compartilham o mesmo pensamento: faltar apenas quando não estão bem de saúde. Caso contrário, a educação continua sendo uma prioridade. “Eu achei bem legal, até porque motiva os alunos a virem pra escola”, diz André. Na visão de Murillo, a iniciativa foi vista como um encorajamento. “O mural é
um incentivo para as turmas virem todos pra aula e continuar assim, todo mundo participando”, comenta o adolescente. Quem também está de olho nos números é Maria Flor Rodrigues Dutra, 8, terceiro ano do Ensino Fundamental. “Estamos ansiosos, fazendo de tudo para não faltar. Eu espero que a gente consiga ganhar.” Além do desejo de ter um dia diferente na escola, a menina já sabe o motivo do aprendizado ser tão importante. “É muito legal estudar, porque você fica mais inteligente, com mais saúde e mais forte. Por isso eu quase nunca falto”, pontua a criança.
Stephany Costa Maia e Maria Flor Rodrigues Dutra aproveitam o tempo na escola para aprender e se divertir
Parceria institucional
Acompanhar a frequência dos estudantes é o primeiro passo para identificar quando algo está errado. É por meio do número de faltas e das tentativas de contato com a família que a escola é capaz de mapear quando algo pode estar acontecendo, pensando na saúde e segurança do adolescente.
Após cinco faltas consecutivas ou sete alternadas, o próximo passo é avisar os órgãos responsáveis pela garantia dos direitos dos menores.
“Temos o Projeto Apoia, em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina e o Conselho Tutelar, que acompanha os casos de ausência. É um reforço importante, porque mostra que a frequência não é apenas uma questão da escola, mas de toda a comunidade e da família”, finaliza a orientadora Lúcia Maria dos Santos Machado.
A ação é uma forma de mapear aqueles que precisam de mais atenção e de reforçar o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), medidas importantes em um país que conta com 9,1 milhões de jovens que não concluíram a educação básica, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A iniciativa de incluir os cartazes nas unidades faz parte de uma série de atividades promovidas pela Secretaria Municipal de Educação, com foco na aprendizagem das turmas.
Lucas reconhece a importância de sempre participar
Há infinitas maneiras de nos conectarmos com diferentes culturas. As músicas pop norte-americanas estão sempre bombando, os doramas conquistam cada vez mais espectadores, e o tango, dança com raízes argentinas, é considerado um patrimônio cultural da humanidade. Da mesma forma, o Brasil encanta os estrangeiros com um pouco de tudo: da rica literatura à encantadora Música Popular Brasileira (MPB). Não podemos esquecer um tipo de publicação, com o qual temos contato desde pequenos, que está presente por todo o mundo: as histórias em quadrinhos. Também apelidadas de HQs ou, em inglês, comicbooks, introduzem temas sociais, culturais e cotidianos. O tom varia: há aquelas com proposta educativa, as que são dominadas pelo sarcasmo, as que apresentam aventuras de heróis e as que miram as críticas.
Independentemente da pegada, não faltam personagens que se tornaram referências no segmento das HQs. Conheça um pouco sobre seis ícones de histórias em quadrinhos, de diferentes países, que já deixaram suas marcas!
POR GUSTAVO BRUNING
Tintim
Quando criança, o belga Georges Remi amava desenhar nos cadernos e já mostrava sinais de um grande talento. Seus primeiros desenhos foram publicados em uma revista da escola e ele adotou eventualmente o nome artístico de Hergé. O ano de 1929 marcou o surgimento de seu personagem mais famoso: o jovem repórter Tintim, um aventureiro inteligente e corajoso. O jovem viaja por diversos países resolvendo mistérios e se metendo em intrigas, combinando tramas policiais, espionagem e ficção científica. Além de ser traduzido para mais de 110 idiomas, “As aventuras de Tintim” virou desenho animado, jogos de videogame e um filme dirigido por Steven Spielberg.
A curiosidade e a sagacidade de Mafalda a tornaram uma das personagens de quadrinhos mais icônicas da América Latina. A garotinha, que deu as caras pela primeira vez em 1964, foi criação do argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón. Assinando como Quino, o cartunista deu vida a uma menina de opinião firme, preocupada com o meio ambiente, os direitos humanos e a justiça social. As tirinhas de Mafalda, em jornais e revistas, se popularizaram por abordar questões globais e políticas, com reflexões sobre a sociedade banhadas em uma pitada de humor. O legado e os valores da garota, aliados a sua preocupação com a paz mundial, foram até mesmo reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Mafalda
Batman
Mais de oito décadas após sua criação, um dos super-heróis mais populares mundialmente segue com um frescor invejável. O Batman, uma das caras da DC Comics, foi criação de Bob Kane e Bill Finger e apareceu pela primeira vez em 1939, em uma HQ publicada nos Estados Unidos. De origem trágica, o herói é alter ego de Bruce Wayne e dedica a vida para combater o crime. Ambientadas na sombria e corrupta cidade de Gotham, as histórias tratam de moralidade e vingança. No fim das contas, o Homem-Morcego é uma pessoa comum, sem superpoderes, que se tornou símbolo de justiça. O personagem já estrelou milhares de HQs, teve várias adaptações para a telona e protagonizou seriados em live-action e desenho.
Astro Boy
Não há como falar de HQs sem trazer um representante dos mangás, quadrinhos criados no Japão, com traços e narrativas características. Um dos personagens mais marcantes no segmento foi o Astro Boy, idealizado pelo japonês Osamu Tezuka, em 1952. Considerado um dos mais importantes mundialmente, o quadrinista empregou um estilo de arte repleto de expressividade e que influenciou artistas por gerações. As histórias do robô que tem emoções e aparência humana misturam aventura e ficção científica. O protagonista surpreende com seus poderes e encanta pela inocência e curiosidade, ao mesmo tempo em que aprende a viver como robô em um mundo de pessoas.
Mônica
Valente, determinada e leal. Não são poucas as qualidades da Mônica, a personagem de quadrinhos mais amada do Brasil. A moradora do bairro Limoeiro foi vista pela primeira vez em 1963, nas páginas do jornal Folha de S. Paulo, e suas aparições iniciais foram ao lado dos já populares Bidu, Franjinha e Cebolinha. Foi só em 1970 que conhecemos, de fato, a Turma da Mônica, que mais tarde migrou para a TV, cinema, parques e tudo mais. A garota foi inspirada na filha de seu criador, o cartunista Mauricio de Sousa, e protagoniza, principalmente, histórias sobre amizade. Com seu tradicional vestidinho vermelho, Mônica não leva desaforo para casa e está sempre girando seu coelho de pelúcia, o Sansão, para acertar coelhadas em quem merece. No entanto, seu lado carinhoso é ainda maior e ela não pensa duas vezes antes de apoiar os amigos.
Asterix
Quem disse que tirinhas ambientadas por volta de 50 a.C. não podem soar contemporâneas? Uma vila fictícia na antiga Gália, território que hoje corresponde, em parte, à França, é cenário das peripécias do guerreiro Asterix. O esperto gaulês estreou em 1959, na revista Pilote, e foi criação dos franceses René Goscinny e Albert Uderzo. Com estratégias afiadas para enfrentar os romanos, o pequeno herói é resiliente e vive defendendo sua aldeia, um exemplo de resistência à invasão de territórios. As histórias são marcadas por um estilo satírico e bem-humorado, com referências e cutucadas sociais e políticas.
FERRAMENTAS
PARA AJUDAR NA HORA DO
aprendizado
No meio de tantos trabalhos para entregar, avaliações marcadas e rotinas de estudo, é normal se sentir confuso e sobrecarregado. Mas calma, nem tudo está perdido! O que antes exigia papel e caneta agora pode ser feito de maneira muito mais prática: com os aplicativos no celular. Os estudos não terminam assim que o sinal toca e é hora de voltar para casa — é preciso reservar alguns momentos do dia para revisar os conteúdos, fazer as atividades e se preparar para as provas. E para facilitar o dia a dia, existem ferramentas que podem contribuir tanto na aprendizagem quanto na organização dos materiais, ajudando você a lembrar de datas importantes e a montar uma rotina mais produtiva. Conheça alguns sites e aplicativos:
Para os estudos
Ainda que os conteúdos vistos em sala sejam a base para o aprendizado, existem tópicos que precisam de um reforço a mais quando o estudante tem dificuldade naquele componente curricular. Por isso é essencial revisar esses assuntos com materiais de estudo, em videoaulas, simulados e tutoriais interativos, e é exatamente isso que a plataforma Khan Academy propõe. Outro aplicativo que contribui nessa ajuda extra é o Quizlet, que disponibiliza questionários, flashcards digitais, planos de estudo personalizados e jogos de memória. Já o TutorMundi é uma ferramenta de reforço online, com tutores para tirar dúvidas e orientar os estudantes.
Para quem quer aprender de forma divertida, o Ludo Educativo é um site que fornece jogos para treinar diversos componentes curriculares e auxilia na alfabetização. Focado na Matemática, o Matific utiliza conteúdos do currículo escolar para criar atividades lúdicas que tornam o estudo mais prático. Agora, se você busca desenvolver as habilidades na Língua Portuguesa, o Language Tool utiliza a inteligência artificial para assistir na correção de erros gramaticais e ortográficos, assim como reformular frases. Já se você quer se aproximar de um novo idioma, o Duolingo oferece atividades curtas e interativas, exercícios de leitura e escrita e um sistema de recompensa para estimular os usuários a aprender o vocabulário e a pronúncia da língua estudada.
Para a organização
Para além das anotações nos cadernos, alguns aplicativos ajudam a organizar os pensamentos e criar resumos interativos, que facilitam na hora de estudar os conteúdos. Exemplo disto é o MindMeister, uma ferramenta que desenvolve mapas mentais e diagramas visuais.
Outra plataforma que permite organizar materiais e cronogramas de estudo, tudo de forma visual, é o Notion, com a criação de páginas, quadros e calendários. Para elaborar listas, salvar textos, imagens e áudios em um único lugar, o Evernote é a opção certa, já que auxilia a estruturar tarefas, resumos e anotações.
Se você tem dificuldade com datas, o Google Agenda é quem pode te ajudar. A agenda digital tem algumas funções que podem facilitar o planejamento do tempo, como a criação de lembretes que irão te avisar quando as avaliações e entregas de trabalhos estão chegando.
A apresentação de trabalhos é uma das partes mais divertidas para aqueles estudantes que gostam de explorar a criatividade. Se esse é o seu caso, o Canva é o ideal para criar trabalhos visuais, cartazes, infográficos e também editar vídeos — neste último tópico, o CapCut também é uma opção.
O segredo por trás dos aplicativos
Muitas dessas ferramentas utilizam o mesmo recurso para desenvolver as funções: a inteligência artificial. Cada vez mais presente no nosso dia a dia, essa tecnologia contribui nos exercícios personalizados e na criação de resumos e simulados, além de sugerir um cronograma conforme as necessidades de cada um.
A correção na ortografia e gramática de forma rápida também é um dos benefícios, assim como a criação de jogos baseados nos assuntos previstos nos componentes curriculares e ao sinalizar os aspectos que precisam de mais atenção e que você pode melhorar. No entanto, é importante ter em mente que a inteligência artificial deve ser um complemento —ela não substitui as explicações dos professores e não deve fazer todo o trabalho por você. Em aplicativos de chat, lembre-se de verificar a informação, pois algumas vezes as respostas podem vir incompletas. Fazendo isso, a autonomia e o pensamento crítico, assim como a criatividade, são estimulados, o que é essencial para resultar em boas notas na escola e desenvolver habilidades importantes para a vida.
5 animais extintos
no Brasil
Das onças-pintadas ao boto-cor-de-rosa, a fauna brasileira é repleta de espécies únicas que habitam nossas florestas tropicais, rios e praias. Mas essa riqueza natural também está em risco. Por causa da ação humana, alguns animais desapareceram ao longo dos anos, algumas criaturas estão em risco de extinção e outras já não possuem nenhum registro vivo identificado.
Um animal é considerado extinto quando já não é mais encontrado nem na natureza nem em cativeiros. Para que uma criatura entre para esta lista, são necessárias diversas pesquisas que podem levar vários anos. Os maiores fatores que levam a isso são: o desmatamento; expansão das cidades e da agricultura; caça e pesca predatória; poluição; mudanças climáticas; e a chegada de espécies invasoras de outras regiões. O aumento do número de espécies em extinção tem gerado um alerta — e algumas ações estão sendo aplicadas para que mais animais não desapareçam da nossa fauna. Reservas nacionais, programas de reprodução em cativeiro, monitoramento, iniciativas de proteção em comunidades locais e leis que combatem a caça ilegal são algumas estratégias. Outro ponto que não pode ficar de fora é a educação ambiental, essencial para conscientizar crianças e adultos sobre a importância do cuidado com o meio ambiente e as espécies. Enquanto ainda conseguimos proteger algumas criaturas, outras já não podem ser encontradas no nosso país. Conheça cinco delas:
extintos
1 Rato-de-noronha
Como o próprio nome indica, o mamífero habitava o arquipélago de Fernando de Noronha e desapareceu por volta da época da chegada dos primeiros colonizadores ao Brasil.
A existência desse animal só foi descoberta graças a estudos dos fósseis encontrados — a teoria é que a introdução de outras espécies de roedores no país, vindas nas embarcações, tenha causado o desaparecimento desta.
2 3 4 5
Caburé-de-pernambuco
É comum encontrar diversas espécies de corujas pelo Brasil, no entanto, esta pequena coruja que vivia na Mata Atlântica não é detectada desde 2002. Presentes nas florestas de Pernambuco, a ave foi extinta com a destruição de seu hábitat.
Perereca-verde-da-fímbria
Vista pela última vez em 1923, a espécie costumava viver na Serra de Paranapiacaba, em São Paulo. O anfíbio, com uma coloração verde vibrante, ainda está sendo investigado pelos pesquisadores, por isso a causa do desaparecimento não foi determinada até o momento.
Arara-azul-pequena
Uma das aves mais bonitas da fauna brasileira, que teve uma espécie parecida como protagonista na famosa animação “Rio”, está extinta na natureza e em cativeiros. Já faz mais de 60 anos desde que foi avistada pela última vez, e o motivo foi a caça ilegal e destruição do hábitat.
Tubarão-lagarto
A espécie endêmica do continente sul-americano, ou seja, exclusiva deste local, ainda é encontrada nos litorais de outros países, mas no Brasil é diferente. As principais causas do desaparecimento do animal são a poluição nas áreas costeiras e os equipamentos utilizados na pesca industrial — como as redes de arrasto de fundo, que capturam acidentalmente o tubarão.
COMO OS VIDEOGAMES SAO FEITOS?
Criar um videogame é como montar um mundo inteiro do zero, onde tudo precisa ser pensado: as paisagens, os personagens, as regras e até os sons que você ouve enquanto joga. É uma mistura de arte, ciência e muita criatividade, com equipes inteiras trabalhando para transformar ideias em realidade.
Tudo começa com uma grande ideia, que pode ser sobre salvar o mundo, explorar galáxias distantes ou até transformar objetos comuns, como um pão, em heróis de uma jornada inusitada. Depois dessa ideia inicial, entra o planejamento, que funciona como o mapa do jogo, definindo cenários, personagens, desafios e o que é permitido ao jogador fazer.
Com o plano traçado, a mágica acontece na programação, em que os desenvolvedores escrevem os códigos que fazem tudo funcionar, desde os movimentos dos personagens até os efeitos de luz e som. Enquanto isso, os artistas desenham o mundo do jogo, criando
cenários incríveis, personagens expressivos e até os pequenos detalhes que tornam tudo mais vivo, como o brilho de uma poção ou o balanço das folhas ao vento.
Os sons e as músicas entram para transformar a experiência, dando intensidade às batalhas, emoção às cenas importantes e até um toque de humor nos momentos certos. Mas nada disso chega ao jogador sem ser testado à exaustão. Testadores jogam, encontram falhas e ajudam os criadores a ajustar tudo, para que nenhuma explosão fique sem som ou que os personagens não fiquem presos em uma parede invisível. Quando o jogo finalmente está pronto, ele é lançado para o mundo, mas o trabalho não acaba aí.
As equipes continuam melhorando, ajustando detalhes e, muitas vezes, adicionando novidades para manter os jogadores engajados. Fazer um videogame é uma mistura de criatividade, tecnologia e trabalho em equipe, que transforma sonhos em aventuras que você pode viver apertando alguns botões.
SAO INSPIRADOS EM ANIMAIS REAIS?
Um dos personagens mais emblemáticos das animações e do mundo dos jogos, o Pikachu, começou a fazer sucesso no Brasil no fim dos anos 90 e continua conquistando fãs até hoje. Suas bochechas vermelhas e arredondadas, orelhas pontudas e sorriso amigável o destacam como uma das figuras mais fofas entre os Pokémons. Ainda há outro fator que chama a atenção, afinal, as características foram inspiradas em algum animal real?
É um coelho ou é um rato elétrico?
Na verdade, nenhum dos dois! Apesar do nome, diferente do que as pessoas costumam acreditar, Pikachu não foi baseado no roedor “pika-de-Ili”. Em uma entrevista a um jornal japonês, a ilustradora
Atsuko Nishida informou que o
design do carismático personagem foi influenciado pelos esquilos.
Mas ele não é o único Pokémon que teve como fonte de inspiração criaturas da vida real. O Caterpie, por exemplo, teve como base a lagarta Papilio troilus. O famoso Charmander possui semelhanças com salamandras, como a cor alaranjada, e com os dinossauros. Já a charmosa Evee é parecida com os fenecos, também chamados de raposas-do-deserto.
No mundo das plantas, Victreebel foi inspirada na planta carnívora Nepenthes, com folhas em forma de jarro. A aparência fofa do Vileplume vem da espécie Rafflesia arnoldii Baseado nos girassóis, a personagem Sunflora possui a cabeça em forma de flor e a capacidade de absorver energia solar.
E MITOS DO BRASIL: UMA VIAGEM PELAS REGIÕES
Transmitidas de geração em geração, as lendas do folclore fascinam — e muitas vezes intrigam — com histórias extraordinárias. Mais do que simples contos, as narrativas refletem a identidade e cultura dos locais onde surgiram. No Brasil, por exemplo, a mistura de crenças africanas, europeias e indígenas deu origem a mitos que permanecem vivos até hoje.
O folclore brasileiro retrata histórias, convicções e costumes de cada povo. No Norte, personagens como o Boto-cor-de-rosa e a Cobra Grande fazem parte dos mitos locais, enquanto no Sul lendas de bruxas revelam as raízes e mistérios de diferentes cidades.
Conheça alguns personagens folclóricos de cada região:
NORTE
• Iara: dona de uma beleza encantadora, com longos cabelos negros e uma voz suave, a sereia vive em rios e lagos. A criatura utiliza seu canto irresistível para atrair homens e levá-los para a profundeza das águas.
• Vitória-régia: em uma aldeia indígena, uma jovem chamada Naiá se apaixonou pelo deus da Lua, Jaci. Quando olhava para o brilho lunar, sonhava em se tornar uma estrela e estar ao lado de seu amado no céu, até que, em um momento de impulso, ela se joga nas águas do rio em busca do reflexo da Lua. Comovido pela paixão, o deus decidiu recompensá-la e transformá-la em uma flor que encantasse as águas, e assim nasceu a vitória-régia.
NORDESTE
• Comadre Fulozinha: muito presente nas áreas rurais do Nordeste, a representação mais comum da personagem é de uma criança ágil e aventureira, com cabelos que cobrem quase todo seu corpo. Por habitar as matas e os campos, a menina defende os animais e a natureza — uma de suas características é a prática de travessuras com aqueles que não respeitam o meio ambiente.
• Barba ruiva: a lenda conta a história de um homem que foi abandonado pela mãe ao nascer, que se transforma de menino em um homem mais velho, de barba ruiva, ao longo do dia. O personagem está sob um encanto e se aproxima de mulheres na esperança de que uma delas possa quebrar o feitiço.
CENTRO-OESTE
• Mãe-de-ouro: a origem da personagem está ligada ao período colonial brasileiro, na época do Ciclo do Ouro. A Mãe-de-ouro é representada como uma guia e protetora dos garimpeiros com boas intenções, que os conduz para locais onde o ouro está escondido.
• João-de-barro: a lenda conta a história de amor de um jovem indígena, Jaebé, que se apaixona pela mulher mais bonita de sua tribo. Para provar seu amor, aceita o desafio de ficar nove dias sem comer nem beber, enquanto está enrolado em um couro. Ao concluir a provação, Jaebé reencontra sua amada, e a intensidade dos sentimentos dos dois comove os deuses, que os transformam em pássaros.
SUL
• Bruxas de Itaguaçu: segundo a lenda, as bruxas de Florianópolis planejaram uma grande festa secreta para se divertirem, na Praia de Itaguaçu. Contudo, cometeram o erro de esquecer de convidar o diabo. Ofendido, ele decidiu se vingar das bruxas e transformá-las em pedras.
• Boi de Mamão: uma das principais figuras do folclore catarinense, o Boi de Mamão une música, dança e teatro. A tradição narra a história do vaqueiro Mateus, que se desespera ao ver que seu boi de estimação havia morrido. Em busca de ressuscitá-lo, procura um médico e um curandeiro, que conseguem trazê-lo de volta à vida. Outros personagens também têm grande papel na apresentação, como a Bernunça e a Maricota.
• Erva-mate: ao sentir a chegada da velhice, um sábio pajé começou a se preocupar com o futuro de sua tribo e com a escolha de seu sucessor. O designado foi o mais importante guerreiro da comunidade, por quem sua filha, CaáYari, estava apaixonada. O líder, no entanto, vivia triste ao pensar que iria ficar longe de sua primogênita, que, ao perceber a tristeza do pai, decidiu abrir mão de seu grande amor para
acompanhá-lo. Em certo momento, um homem desconhecido chegou à tribo e perguntou à jovem o que ela precisava para voltar a ser feliz. Caá-Yari respondeu que sua alegria seria ver o seu velho pai ter as forças renovadas. Para atender ao pedido, o mensageiro entregou ao pajé um galho de uma árvore especial. Ao preparar e consumir a erva-mate, o líder sentiu sua energia revigorada.
SUDESTE
• Lobisomem: presente em diversas culturas europeias, a lenda do lobisomem chegou ao Brasil com os portugueses e se popularizou na região Sudeste. O mito conta a história de um homem que se transforma em um lobo feroz sob a influência da Lua cheia.
• Curupira: considerado o protetor das florestas e dos animais, o Curupira é descrito como um menino pequeno com cabelos ruivos e pés virados para trás. Essa última característica tem o objetivo de desorientar os caçadores com suas pegadas ao contrário.
A unidade inaugurou o Campinho de Futebol, um momento muito aguardado pelas crianças, que comemoraram com brincadeiras e muita diversão. O campinho representa mais do que um local para jogar futebol: é uma oportunidade para o desenvolvimento motor, social e emocional dos pequenos.
NEIM CAETANA MARCELINA DIAS RIBEIRÃO DA ILHA
Durante o projeto coletivo “Parque Diferente”, os pequenos da turma G5/4 descobriram novas habilidades: criar, consertar e construir.
NEIM STELLA MARIS PONTA DAS CANAS
Estudantes do sexto ao nono ano participaram de jogos de altinha, futsal, tênis de mesa, uno, vôlei e xadrez. As competições tiveram direito a torcidas organizadas e muita diversão.
GAMIFICAÇÃONAS
ESCOLAS: UMA ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A FREQUÊNCIA E O
ENGAJAMENTO DOS ESTUDANTES
POR PATRÍCIA NAIDON KELLER
DIRETORA DE PLANEJAMENTO E DADOS EDUCACIONAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Em um mundo cada vez mais conectado e digital, a educação também se reinventa para tornar o aprendizado mais motivador e eficaz. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Educação está implementando um projeto inovador “Sua presença faz diferença!” nas escolas da rede municipal de Ensino Fundamental, que utiliza a gamificação para estimular a frequência escolar e fortalecer o processo de aprendizagem.
Gamificação é o uso de elementos de jogos em contextos não lúdicos, como na educação, para incentivar a participação, o engajamento e o desenvolvimento de habilidades. No caso das escolas municipais, essa abordagem está sendo usada para transformar a rotina de frequência num verdadeiro desafio coletivo, em que as turmas se engajam coletivamente para alcançar metas semanais de presença.
O foco principal é estimular a melhora dos índices de frequência escolar, incentivando os alunos a permanecer nas unidades de ensino e, assim, garantir a consolidação do ensino-aprendizagem. O monitoramento é diário, com fechamento das metas a cada semana, mantendo a dinâmica do jogo ativa durante todo o ano letivo.
A turma com a maior frequência semanal recebe uma recompensa extra, aumentando a motivação para que todos participem ativamente. Professores informam aos alunos, diariamente, o percentual de frequência
da turma, promovendo a transparência e o engajamento. Já os secretários escolares atualizam os resultados em painéis visíveis nas unidades, funcionando como um placar de desempenho que todos podem acompanhar.
A gamificação não fica apenas na frequência. O projeto envolve famílias, gestores, professores e funcionários, criando uma rede de apoio para que o “time” das escolas conquiste a vitória. Reuniões periódicas com gestores e a divulgação nas redes sociais da secretaria ampliam o alcance da iniciativa, promovendo um verdadeiro movimento de valorização da presença escolar.
Para tornar o jogo ainda mais atraente, as turmas que atingem as metas semanais são premiadas com recompensas criativas, que não envolvem recursos financeiros, mas são altamente valorizadas pelos estudantes. Esse reconhecimento reforça a sensação de conquista e pertencimento, fazendo com que os estudantes queiram participar e frequentar ativamente as aulas.
O projeto de gamificação da frequência escolar busca criar uma cultura de valorização da presença, da disciplina e do comprometimento com o aprendizado. Com essa iniciativa, a rede municipal transforma o cotidiano escolar em uma experiência coletiva, divertida e motivadora, preparando os estudantes para serem protagonistas de sua própria história.
Laboratório das cartas: faça suas próprias folhas
Se você é daquelas pessoas que gosta de fazer trabalhos manuais, vai querer ter sua própria folha de papel personalizada para dar ainda mais significado aos recadinhos feitos com carinho — e não estamos falando de simples customizações.
Materiais:
Papéis (pode ser qualquer tipo de papel, mesmo riscado, desde que não esteja sujo); Água; Duas bacias; Esponja; Quadro com peneira ou tecido; Corante (opcional);
Pétalas de flor ou glitter (opcional);
• PASSO 1: rasgue os papéis em pedaços pequenos e coloque em uma bacia com água até cobrir. Deixe de molho por até três dias para amolecer as fibras.
• PASSO 2: bata a mistura no liquidificador até formar uma massa homogênea, sem pedaços visíveis.
• PASSO 3: despeje essa massa em outra bacia com água suficiente para deixá-la líquida. Se quiser, adicione corante, pétalas secas ou glitter. Misture bem.
• PASSO 4: mergulhe o quadro com peneira ou tecido na bacia para “pescar” a massa. Balance suavemente até que a camada fique uniforme.
• PASSO 5: levante o quadro, deixe escorrer o excesso de água e pressione com uma esponja, usando um tecido ou TNT por cima para ajudar na absorção.
• PASSO 6: vire o quadro sobre outro pano, retire a peneira e deixe a folha úmida sobre o tecido. Cubra com outro pedaço de pano e pressione levemente.
• PASSO 7: deixe secar em local ventilado de um a dois dias, dependendo da espessura.
Resultado: você terá uma folha reciclada e personalizada, perfeita para cartas, cartões ou artesanato. Uma forma simples de unir criatividade e cuidado com o meio ambiente!