its Teens Brusque - 08

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Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

Nesta edição da revista its Teens, vamos explorar curiosidades e aprender de um jeito divertido, descobrindo como pratos famosos, como pizza e cachorro-quente, ganharam versões bem brasileiras. Você também vai ler sobre a diferença entre bactérias, vírus e fungos, e ficar por dentro do mundo microscópico. Aproveite para conhecer o projeto de afroletramento, da Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto, que valoriza a cultura negra e a criatividade das crianças. Veja também como as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil Marli Teresinha Benvenutti Buss investigam a história “O caso do bolinho” usando brincadeiras, teatro e receitas.

Confira os vilões mais marcantes da Disney, de Malévola a Scar, e descubra porque eles conquistaram o cinema, e saiba como as mudanças climáticas afetam a tecnologia e o funcionamento de satélites. Aproveite para aprender a importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo, protegendo a vida no planeta.

Divirta-se com mais esta edição que chega à sua escola. Boa leitura!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

BRUNA FACCIN

DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL

SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Brusque

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO

GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR

GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES

GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter
DAIARA CAMILO
Estagiária
LETÍCIA MARTENDAL
Assistente de Mídia

/conteúdo

Qual é o nome do pet?

Marcelo, marmelo, martelo

Identidade em movimento

Vilania de sobra

Como a fúria do Sol pode afetar a tecnologia?

A receita mágica da educação

Pratos do mundo, gosto do Brasil

O coração verde do planeta: qual é a importância da floresta amazônica?

brasilidades

As faces do boi: tradição e alegria pelo Brasil galerias alfabetização diário escolar conhecimentos gerais

Matemática em cena: quando números ganham vida

Qual é a diferença entre bactérias, vírus e fungos? #06 #12 #32 #18 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #16 #08 #10 diversão afroletramento como funciona? capa spoiler homenagens cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta

O meu amigo vagalume Magnetismo em ação: seu próprio superpoder

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Qual é o nome DO PET?

Bela e Fred têm apenas uma cor de pelagem.

Max, Zoe, Bolt e Fred estão usando acessórios.

Bela, Max, Fred e Bolt estão sentados.

Max, Fred, Mel e Bolt estão com a língua de fora.

Enquanto Bela carrega flores, Mel brinca com outro animal e Zoe está deitada.

Marcelo, marmelo, martelo

No mundo atual, as crianças têm a curiosidade aguçada e questionam tudo ao seu redor, principalmente o porquê de algumas coisas serem o que são. É nesse contexto que surge “Marcelo, marmelo, martelo”, de Ruth Rocha, obra que retrata esse universo infantil por meio do personagem principal, Marcelo, um menino curioso e questionador, que não se conforma em apenas aceitar “as coisas como elas são”.

Inconformado com os nomes dos objetos e das situações, ele decide inventar novas palavras que façam mais sentido para ele. Assim, ao brincar com a linguagem, Marcelo convida o leitor a refletir sobre a importância das palavras, da comunicação e da criatividade.

O livro é composto por pequenas histórias que apresentam outros personagens marcantes, como Gabriela e Teresa, em situações do dia a dia: a vontade de crescer depressa, o sentimento de pertencimento à rua e à vizinhança, as pequenas disputas e as alianças típicas da infância. Cada enredo é independente, mas todos se entrelaçam por um fio comum: a escuta da infância, com seus conflitos e descobertas.

Publicado em 1976, este clássico da literatura infantil brasileira consolidou Ruth Rocha como uma das autoras mais influentes para os leitores iniciantes. Sua escrita é simples, envolvente e bem-humorada, aproximando-se da forma como as crianças pensam e se expressam. Ao mesmo tempo, o livro traz uma crítica sutil à rigidez do mundo adulto, enquanto celebra a liberdade e a inventividade da infância.

“Marcelo, marmelo, martelo” é uma obra atemporal, que diverte e ensina ao mostrar como as crianças podem enxergar o mundo de maneira diferente e criativa. Indicado tanto para leitores iniciantes quanto para adultos que desejam revisitar a magia da infância, o livro segue sendo uma porta de entrada para o universo da leitura e da imaginação.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

O grande rabanete

Tatiana Belinky

A casa sonolenta

Audrey Wood

O duende da ponte

Patricia Era Wolff

POR ROSANGELA MAÇANEIRO CUCHI
Gestora escolar da EEF Prefeito Alexandre Merico

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Para além de roupas típicas e figuras históricas, a trajetória de um país pode ser contada por meio da culinária. O modo de preparo, a escolha dos ingredientes nativos e os costumes à mesa são espelhos dos hábitos e tradições de uma população. Com influências de povos indígenas, africanos, europeus, asiáticos e árabes, a gastronomia brasileira é um reflexo da nossa diversidade. A feijoada, por exemplo, possui raízes portuguesas mas se tornou tipicamente brasileira ao receber influências da culinária africana. A moqueca é resultado da fusão de um prato já consumido pelos indígenas com ingredientes comuns da África. Já o pão de queijo, quitute que veio de Minas Gerais e conquistou todo o país, se originou do costume de usar farinha de mandioca e polvilho nas receitas. Além da cultura, a geografia e o clima de cada região são peças-chaves na escolha dos pratos. Enquanto nos locais mais frios a preferência é por receitas quentes e calóricas, nos Estados mais quentes, como os do Nordeste, a pedida são refeições leves e refrescantes. Ainda há outro fator que se destaca na culinária brasileira: a habilidade de adaptar pratos típicos de outros países, seja os que vieram com os imigrantes para o Brasil ou os que se popularizaram nos últimos tempos. Conheça cinco receitas que ganharam novas versões:

1. PIZZA

Originário da Itália, o prato passou por grandes transformações ao chegar em solo brasileiro. Diferente da versão italiana, com uma massa fina, coberturas simples e geralmente servidas em porções individuais, as pizzas do Brasil ganharam sabores variados, uma grande quantidade de ingredientes e bordas recheadas, perfeitas para compartilhar com a galera.

2. SUSHI

Com poucos ingredientes, os sushis japoneses se destacam por seus peixes frescos e magros, peças pequenas e acompanhamentos simples — apenas shoyu, gengibre e wasabi. Já a versão brasileira possui cortes mais espessos, uma variedade maior de peixe, o uso de legumes e frutas e o amado cream cheese. A receita foi adaptada para agradar o paladar local.

3. PASTEL

Inspirados nos rolinhos primavera chineses e nas guiozas japonesas, o pastel se tornou um lanche clássico dos brasileiros — muito consumido nas feiras acompanhado de um copo de caldo de cana. Na culinária asiática, a massa é mais fina, os recheios são feitos com vegetais, carne de porco ou camarão, e o preparo de cozimento é preferencialmente a vapor. A versão brasileira ganhou uma massa mais espessa e uma variedade de recheio maior, e é frita em óleo quente para garantir a textura crocante.

4. CACHORRO-QUENTE

O cachorro-quente é um dos pratos que passaram por transformações mais drásticas. De origem americana com influências alemãs, a receita geralmente consiste em um pão alongado recheado com uma salsicha cozida coberta com mostarda e ketchup. No Brasil, a quantidade de ingredientes é muito maior: vinagrete, ervilha, milho, queijo, bacon, repolho e o polêmico purê de batata são algumas das opções de acompanhamento, além de ter o marcante molho de tomate com salsicha.

5. ESTROGONOFE

Apesar de ser um prato clássico do almoço brasileiro, a versão original é russa e se chama befstroganov. O nome não é a única diferença: enquanto por lá a receita é preparada com cortes bovinos, creme azedo e caldo de carne, por aqui novos ingredientes foram acrescentados. Creme de leite, diferentes tipos de carne e até mesmo ketchup são algumas das mudanças.

PRATO GRINGO?

Quando chegam por aqui, diversas receitas ganham novos nomes, porém, há também aquelas que são acompanhadas por alguma nacionalidade: torta holandesa, limonada suíça, palha italiana e pão francês são apenas alguns exemplos. Apesar de serem chamados assim, esse exemplos são, na verdade, invenções brasileiras.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Quem nunca ouviu a mãe ou algum outro responsável pedir para colocar o casaco ou não andar descalço quando está frio para não pegar gripe? Apesar de ser uma crença passada por gerações, esses fatores não são os causadores diretos dos resfriados. Na verdade, a doença é causada por um vírus e não tem relação apenas com os ambientes gelados.

Embora a temperatura fria deixe o corpo mais vulnerável e faça com que as pessoas passem mais tempo em lugares com pouca ventilação, é o vírus que causa o mal-estar. Ao ouvir alguém espirrando, é ideal não ficar muito próximo, porque isso indica que você também pode ser contaminado, certo? Mas você sabia que não são apenas os vírus que provocam enfermidades? Infecções por fungos e bactérias também podem resultar em patologias graves.

PEQUENOS, MAS PODEROSOS

Todos esses seres fazem parte de um grupo maior: os microrganismos. Invisíveis a olho nu, eles existem há bilhões de anos, muito antes do surgimento dos humanos e até das plantas. Apesar de serem muito pequenos, são eles que constituem a maior parte da biomassa da Terra e são essenciais para o funcionamento da natureza e até mesmo do nosso corpo.

Ainda que esses microrganismos estejam associados a doenças perigosas, eles estão por toda parte e também são aliados da nossa saúde — ao entrar em contato com esses seres, nosso sistema imunológico é incentivado e identifica os bons e os ruins; algumas bactérias ajudam a digerir os alimentos; e a produção de células e substâncias que protegem o corpo também são estimuladas.

O problema está quando altas cargas virais ou organismos infectados entram em contato com nosso corpo. Por isso é importante ter hábitos de higiene e evitar ambientes aglomerados. Agora que você já entendeu essa parte, que tal conhecer a diferença entre os vírus,

VÍRUS

Enquanto os outros seres vivos são formados por células, os vírus não possuem organização celular, por isso precisam de um hospedeiro para se reproduzirem — e apenas uma única partícula viral pode originar centenas de outras.

Com uma estrutura simples, constituída por material genético envolto em uma cápsula proteica, os vírus são mutáveis, ou seja, podem sofrer alterações que os tornam mais perigosos, como aconteceu com a influenza. Por isso as vacinas são atualizadas todos os anos.

Doenças virais mais comuns: gripe; sarampo; dengue; poliomielite; e hepatite.

De onde vêm? Toda doença viral é transmissível, mas isso não quer dizer que uma pessoa pode contaminar outra em todo caso. A dengue comprova isso: o Aedes aegypti é o único que propaga o vírus. Além da picada do mosquito, as enfermidades, em outros casos, podem ser disseminadas pelo ar (com tosses, por exemplo); pelo contato com indivíduos infectados ou objetos manuseados por alguém doente; compartilhamentos de seringas usadas; relações sexuais não protegidas; e o consumo de água e alimentos contaminados.

BACTÉRIAS

Encontradas em diferentes ambientes, como ar, água e solo, as bactérias são seres procariontes unicelulares, ou seja, possuem células simples e não contêm núcleo. Com milhares de espécies, elas apresentam múltiplas formas, desde esferas, vírgulas e com aparência espiral.

A reprodução é feita de forma assexuada (a célula se divide em duas iguais), e podem existir milhares de clones idênticos. Enquanto algumas ajudam o planeta, seja transformando o nitrogênio do ar em um nutriente para plantas ou limpando a água contaminada por produtos tóxicos, outras podem causar grandes problemas — assim como os vírus, elas podem evoluir e se tornar resistentes a medicamentos.

Doenças virais mais comuns: tuberculose; pneumonia bacteriana; infecção urinária; meningite; e cólera.

De onde vêm? A forma de transmissão é muito parecida com a dos vírus: pelo ar, contato com pessoas e superfícies contaminadas, feridas ou cortes; e relações sexuais sem proteção.

FUNGOS

Provavelmente, a primeira imagem que vem à mente quando se pensa em fungo são alimentos mofados. Acertei? Apesar de estarem associados a algo estragado, os fungos podem ser encontrados de diferentes maneiras, como também em ingredientes de receitas famosas. Exemplo disso são os cogumelos shitake e champignon. Ou seja, nem toda espécie é microscópica, já que eles podem ter tamanhos diferentes. Eles geralmente são eucariontes e pluricelulares (possuem núcleo celular), e não produzem o próprio alimento, por isso podem prejudicar tanto os humanos quanto animais e plantas. Apesar disso, são utilizadas para produzir remédios (como no caso da penicilina) e na fermentação de bebidas. O maior problema está quando eles se proliferam em ambientes quentes e úmidos.

Doenças virais mais comuns: frieira; micose; onicomicose; rinossinusite; e histoplasmose.

De onde vêm? Aqui a transmissão é diferente. Além do contágio por meio do contato com as pessoas infectadas, fazer carinho em animais que abrigam fungos; andar em pisos contaminados (principalmente em lugares úmidos, como piscinas e vestiários); compartilhar roupas e toalhas molhadas; e até mesmo respirar esporos presentes no ar são maneiras de contrair as doenças.

Identidade em MOVIMENTO

História, cultura e memória ancestral ajudam estudantes a entender e respeitar a diversidade

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você já parou para pensar que dentro de uma única cidade existem milhares de pessoas com vivências singulares? Ainda que dois amigos nasçam no mesmo lugar, frequentem a mesma escola e convivam todos os dias, cada indivíduo tem sua própria história e um jeito de ver o mundo.

E é com a troca de experiência e conhecimento que passamos a enxergar além da nossa realidade e crescemos como comunidade.

Além de conversar com vizinhos, fazer amizade com colegas de outras turmas e ouvir opiniões diferentes da nossa, é conhecendo obras de arte, músicas, filmes e

livros de pessoas de diversos lugares e etnias que ampliamos a visão do mundo. Fazendo isso, o repertório cultural é expandido, identidades são fortalecidas e preconceitos são combatidos.

Na rede municipal de Brusque, os estudantes têm contato com a história e cultura africana e afro-brasileira por meio da coleção de livros Afroletramento, dos autores Edergênio Negreiros e Raissa de Melo Goes.

Na Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto, turmas do primeiro ao quinto ano estão aprendendo com as obras as memórias ancestrais de diferentes povos e a diversidade nas tradições no nosso país.

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

leitura de livros incentiva turmas a valorizar as raízes e a identidade negra.

Tempo de leitura: 6 minutos

E os impactos do projeto já podem ser sentidos. “Com o aprofundamento desses temas em sala de aula e nos espaços coletivos, diminuíram os casos de brincadeiras ofensivas e atitudes discriminatórias. Muitos alunos passaram a se posicionar de forma mais crítica diante de situações de preconceito, demonstrando uma postura ativa na defesa da igualdade”, relata a diretora da unidade, Amanda Cavichioli.

RAÍZES E SABERES

Durante as aulas da professora Cenilde de Almeida Outeiro Ribeiro, as turmas de segundo ano A e B exploraram o livro “A hora da vovó Linda”, uma história sobre ancestralidade, saberes tradicionais passados entre gerações e memória afetiva. Nas atividades baseadas na obra, os pequenos fizeram pesquisas com as famílias sobre chás que costumavam preparar e plantas medicinais — as informações foram compartilhadas com os colegas, juntamente com o plantio de mudas de erva trazidas de casa.

Outro momento especial foi a confecção de uma boneca Abayomi, considerada um símbolo de resistência, memória histórica e valorização da identidade negra. A experiência foi uma oportunidade de se conectar com as raízes culturais e falar sobre a importância dos laços familiares.

ARTE E RESISTÊNCIA

Na década de 1970, em Nova York (EUA), os jovens negros de bairros periféricos acharam um novo jeito de se expressar artisticamente e lutar contra a desigualdade social e a violência urbana: o hip hop. Por meio do rap, das danças e do grafite, os moradores contavam histórias e reforçavam a identidade daquele local. Foi exatamente isso que as turmas de terceiro ano A e B, da professora Letícia Tomasi, aprenderam.

Após a leitura da obra “O menino que escrevia na parede”, os estudantes conheceram a fundo a cultura do hip hop, participaram da produção de textos autorais e novos desenhos para a capa do livro, conversaram sobre os direitos humanos e fizeram apresentações sobre o que foi aprendido nas aulas.

A turma participou de uma oficina para aprender a usar turbante

RITMO E HISTÓRIA

Seja no Brasil, na Nigéria ou na Coreia do Sul, a música é uma potente forma de arte que reflete diretamente a cultura presente naquela região. A turma do quarto ano, da professora Rubia Cibeli Scoz Maçaneiro, leu o livro “Africalidades” e descobriu mais sobre a musicalidade e o ritmo da amarelinha africana. A obra conta a trajetória dos povos vindos da África, reflete sobre a desigualdade ainda vivenciada e exalta a influência da cultura africana e afro-brasileira no país.

HERANÇA E IDENTIDADE

Para formar cidadãos que respeitam as diferenças e apreciam outras culturas, é preciso combater os preconceitos e apresentar novas formas de expressão. Por muito tempo, a discriminação contra estilos que valorizam a beleza negra foi normalizada na nossa sociedade, afetando profundamente a autoestima de meninas e meninos. Seja em um penteado ou na escolha de adereços, a moda cumpre um grande papel na conexão com as raízes culturais e na identidade de um povo.

A turma do quinto ano, da professora Adriana Menas Fidelis, se aprofundou nessa temática com a história do livro “Abidemi: a força da superação”. A narrativa fala sobre Florzinha, uma menina que busca a realização dos seus sonhos após enfrentar dificuldades e limitações desde muito nova. Durante as aulas, os estudantes participaram de oficinas para aprender a usar o turbante, confeccionaram uma compota com frases de superação e aprenderam sobre a história dos povos originários.

Fotos: EEF Cedro Alto/Divulgação
O ritmo da amarelinha africana foi um dos temas abordados no projeto

Para celebrar o Dia do Professor, reunimos alguns profissionais que, diariamente, se dedicam à educação de crianças e adolescentes. Obrigada a todos os educadores por acreditarem nos alunos e fazerem a diferença dentro e fora da sala de aula!

“Ser professora alfabetizadora é lidar diariamente com grandes desafios e muitas recompensas. No início do ano, muitos alunos chegam sem reconhecer letras ou sons, o que exige paciência, dedicação e criatividade para despertar neles o gosto pela leitura e pela escrita. Cada pequena conquista, como escrever o próprio nome ou ler a primeira palavra, se torna uma vitória compartilhada. Acompanhar esse progresso é ver nascer leitores e escritores. Essa transformação é o que torna a profissão tão especial e gratificante.“

Sirlei Aparecida Bom Fogo Feitoza (Escola de Educação Básica João Hassmann)

“Meu nome é Gabriele e sou professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da rede municipal Brusque. Escolhi trabalhar nesta área porque acredito no poder transformador da educação. No AEE, meu papel é olhar para cada criança em sua singularidade, criando estratégias e adaptações que lhes permitam aprender, se desenvolver e acreditar em si mesmos.

Minha atuação é marcada pela escuta, por estratégias e pela construção de vínculos. Trabalho em parceria com professores e famílias, sempre com o objetivo de romper barreiras e ampliar possibilidades, para que cada criança possa viver sua trajetória escolar de forma plena.

Acredito que ser professor significa se entregar. Mais do que ensinar e aprender, é acolher, escutar atentamente e acreditar nas possibilidades. Fomentar um futuro promissor, quebrando barreiras e construindo novos caminhos. É acreditar no que está por vir!”

Gabriele Nascimento Alves (Centro Educacional Infantil Raio de Sol I)

Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação

“Ser professora na Educação de Jovens e Adultos é viver o encontro entre ensinar e aprender, é acolher e, ao mesmo tempo, sentir-se acolhida. Cada palavra escrita, cada leitura conquistada carrega a força de uma vida que se transforma. Alfabetizar adultos é um gesto profundamente humano e nobre, que revela a grandeza e a importância do papel do professor, alguém que não apenas ensina, mas caminha junto na construção de um novo amanhã!”

Ana Paula de Souza (Escola de Ensino Fundamental Lions Clube Companheiro Oscar Maluche)

“Iniciei minha trajetória na área da Educação Infantil em 1992. Em 1994, atuei como ACT na Escola de Educação Infantil Tia Laura. No ano seguinte fui aprovada em concurso público, tornando-me efetiva. Desde então, desenvolvi meu trabalho com dedicação no Centro Educacional Infantil Tia Laura, onde permaneci até o mês de agosto de 2025, sempre comprometida com o cuidado, a educação e o desenvolvimento integral das crianças. Naquela época, a educação tinha características bem diferentes das atuais: pesquisas e estudos eram realizados, em grande parte, nas bibliotecas, com consulta a livros, enciclopédias e materiais impressos. Hoje, a era digital trouxe uma grande transformação, facilitando o acesso à informação e ampliando as possibilidades de atualização, estudo e prática pedagógica.

Chegou o momento de me despedir da escola, dos corredores cheios de risadas, dos olhares curiosos e dos abraços sinceros que fizeram parte da minha rotina por tantos anos. Estou encerrando, após 33 anos dedicados à educação, um ciclo com o coração cheio de gratidão e memórias que levarei comigo para sempre.

Agradeço a todos os profissionais da educação, às famílias, aos colegas de trabalho e, sobretudo, às crianças, que foram a maior inspiração da minha caminhada.”

Tania Maria Wenturini Pinotti (Centro Educacional Infantil Tia Laura)

A RECEITA MÁGICA DA EDUCAÇÃO

Iniciativa na Educação Infantil usou a culinária e o teatro para desenvolver a criatividade e a autonomia das crianças

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Aniversário, casamento, comemoração, café da tarde. Sabe o que esses momentos têm em comum? Em todos pode ter um delicioso bolo! Imagine uma festa de aniversário sem o prato principal com velinhas para assoprar enquanto você faz um desejo? Não faz sentido. Em qualquer comemoração, ou até mesmo em um cafezinho da tarde, um doce torna tudo mais especial.

Agora visualize a seguinte cena: sua avó faz um bolo do seu sabor favorito. Ela o tira quentinho do forno, o cheiro inunda toda a casa e você corre até ela, pronto para comer, mas ouve a famosa frase: “Tem que esperar esfriar para não ter dor de barriga!” Para acelerar o processo, ela coloca o prato próximo à janela, e agora só resta esperar. Passados alguns (eternos) minutos, você volta para conferir se já é possível lanchar. Eita! Cadê o bolo? Ele sumiu! Será que sua avó comeu sozinha? Será que foi sequestrado? Ou será que fugiu? Mas seria impossível fugir, não é mesmo? Não é isso que diz o conto “O caso do bolinho”, da autora Tatiana Belinky. No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Marli Teresinha Benvenutti Buss, a história do bolinho que fugiu dos avós e encontrou obstáculos pelo caminho foi a inspiração para um projeto de linguagens desenvolvido com as crianças do berçário 1 ao pré 2, misturando diversão, culinária e muita criatividade.

O QUE VOCÊ

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projeto de linguagens apresenta o letramento às crianças do berçário ao pré.

Tempo de leitura: 4 minutos

O projeto garantiu que as crianças tivessem seu primeiro contato com as letras e números

As crianças participaram da produção dos bolinhos

O conto foi representado pelas profissionais da unidade

Todas as turmas participaram das atividades

ONDE O BOLINHO ENCONTRA O APRENDIZADO

Buss/Divulgação

Teresinha Benvenutti

Marli

Fotos: CMEI

O objetivo era simples e poderoso: permitir que as crianças aprendessem as diferentes formas de se comunicar. Usando linguagem corporal (com o teatro), musical, plástica (fazendo arte), matemática (na receita) e oral, o projeto estimulou a criatividade, a imaginação e a autonomia de cada criança.

Tudo começou com a história “O caso do bolinho”, escolhida de forma muito natural pelas crianças. Depois de ouvirem vários contos, foi esse bolinho fujão que chamou mais a atenção delas. E assim a aventura começou.

DA TEORIA À PRÁTICA

As crianças menores, do berçário 1 ao infantil 1, se apaixonaram pelo teatro da história, encenado pelas professoras. Já as turmas maiores (infantil 2, pré 1 e pré 2), amaram a parte de colocar a mão na massa e fazer a receita do bolinho de verdade! A produção dos bolinhos foi um sucesso, feita em três etapas e dividida entre as turmas, garantindo a participação de todos.

O projeto foi coordenado pelas professoras de hora-atividade da Educação Infantil: Jucimere da Silva Teske, Suellen Cordeiro e Jacqueline Miranda Santana, que transformaram a história do bolinho em uma experiência inesquecível para todos.

Para Raquel Silveira Ferreira, coordenadora da unidade, a proposta vai além da culinária.

“Favorece a alfabetização e o letramento de forma lúdica, estimula a matemática inicial, fortalece a convivência social e proporciona uma experiência marcante de aprendizagem significativa.”

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

Feira Regional de Matemática movimenta estudantes em Brusque. Tempo de leitura: 8 minutos

POR CELIO BRUNS

Fotos: Bruno Golembiewski

O conhecimento do livro foi transformado em atividade

Desde os dígitos em um relógio até a quantidade de ingredientes em uma receita, os números estão por toda parte, ajudando a organizar o mundo de maneiras que muitas vezes passam despercebidas. Aprender matemática nem sempre é fácil, mas é ao notar como os conceitos vistos nos livros estão presentes no cotidiano que as contas e os desafios ganham sentido.

Na Feira Regional de Matemática, em Brusque, os números deixaram de ser abstrações e se transformaram em histórias, jogos e descobertas. Foi um encontro em que crianças e adolescentes mostraram que aprender matemática pode ser, ao mesmo tempo, lúdico, criativo e profundamente significativo.

Entre medalhas, troféus e muitos sorrisos, duas escolas do município se destacaram ao dar vida ao conhecimento dentro e fora da sala de aula. A matemática, muitas vezes vista apenas como números frios e operações rígidas, ganhou cores, sons e histórias.

As crianças aprenderam como a matemática pode ser divertida

A turma foi desafiada em um jogo lúdico que tinha como personagem principal uma galinha

Pequenos grandes matemáticos

O Centro de Educação Infantil (CEI) Benta Vanolli levou à feira um projeto encantador, voltado para crianças de quatro e cinco anos, com o objetivo de despertar a consciência numérica. Por meio de jogos didáticos, os alunos identificaram números, associaram quantidades e brincaram com formas geométricas e cores, além de darem os primeiros passos em subtração e adição.

Tudo nasceu a partir de uma história sobre uma galinha que botava ovos em diferentes quantidades e cores. Inspirados pela narrativa, os pequenos mergulharam em desafios matemáticos criados com material reciclado. “Os jogos trazem pequenos problemas que instigam os alunos. Eles explicaram todos os jogos muito bem e utilizaram termos que já aplicamos em sala. Além disso, tiveram contato com outros estudantes e viveram uma troca enriquecedora”, explica a professora Dirlaine Pereira Fritz.

O pequeno Michel Vicente Benke, 5, contou que explicou todos os jogos e que eram fáceis de jogar, acrescentando com entusiasmo: “Meu preferido é o ‘Tapatan’, que é igual ao jogo da velha”. A brincadeira

citada pelo aluno é de estratégia, em que cada jogador tem três peças e precisa alinhar as três na horizontal, vertical ou diagonal, movendo-as pelo tabuleiro.

É simples e divertida e ajuda a desenvolver concentração e pensamento estratégico, mostrando que conceitos matemáticos podem surgir até mesmo nas brincadeiras.

Mais do que números, o aprendizado foi de vida: oralidade, raciocínio lógico e até empatia.

E o reconhecimento veio em forma de medalhas para os alunos e troféu para a professora. A conquista, porém, vai além. A escola representará Brusque na Feira Estadual de Matemática, em novembro, em Pouso Redondo, na região do Alto Vale do Itajaí,.

A diretora Monica Soares ressalta o valor da experiência. “A premiação é reflexo do que acontece dentro da sala de aula. Nosso objetivo não era ganhar, mas proporcionar vivências ricas às crianças. Eventos como este transformam a prática pedagógica e mostram que cada aluno e professor têm um enorme potencial”, observa a diretora.

Foi por meio do tabuleiro que os pequenos compreenderam a lógica dos cálculos

Decibéis que ensinam

Outra unidade a marcar presença foi a Escola de Educação Básica (EEB) João Hassmann, com o projeto “Decibéis em foco: aprimorando saberes com o jogo e a matemática”. A proposta surgiu da continuidade de uma experiência de 2024 e foi ampliada neste ano com a criação do jogo pedagógico “Trilha dos decibéis”.

De acordo com a professora Ana Carolina da Conceição, todo o processo foi coletivo. Os estudantes revisaram conteúdos, elaboraram perguntas, organizaram o tabuleiro e ensaiaram a apresentação. “Foi uma oportunidade de socializar experiências pedagógicas, dar visibilidade ao protagonismo dos alunos e reforçar o compromisso da escola com uma educação criativa e significativa”, destaca.

A escolha do projeto, segundo a docente, partiu da relevância do tema e do envolvimento dos alunos. O excesso de ruído no recreio foi identificado como um problema real no cotidiano escolar, e a proposta de transformar essa observação em um projeto interdisciplinar foi muito bem aceita. A continuidade com o jogo reforçou a pertinência do tema e o potencial pedagógico da proposta.

Mais do que cálculos, o projeto conectou Matemática e Ciências a situações reais do cotidiano, mostrando que o aprendizado ganha força quando dialoga com o mundo lá fora. Para a professora, a feira também é um espaço de desenvolvimento socioemocional. “Os alunos aprendem a comunicar suas ideias, a cooperar, a ganhar autonomia e confiança. É um momento que valoriza a voz e a autoria deles”, aponta a docente.

A diretora Maria Carolina Diegoli Hildebrand destacou o valor pedagógico do evento e o envolvimento dos estudantes no evento. “A participação na Feira Regional de Matemática foi uma oportunidade de mostrar o compromisso da nossa escola com uma educação inovadora e significativa. Esse espaço valoriza o protagonismo dos alunos e dá visibilidade ao trabalho coletivo desenvolvido em sala de aula. Ver nossos estudantes apresentando com segurança e entusiasmo é a prova de que estamos no caminho certo, unindo teoria e prática em experiências que marcam a vida escolar. Mais do que o reconhecimento, fica o aprendizado e o orgulho de representar a instituição em um evento tão importante”, celebra a diretora.

A diversão também pode ser uma forma de aprendizagem

Números que contam histórias

Seja na história da galinha que botava ovos coloridos ou nos sons transformados em desafios no tabuleiro, a matemática revelou seu lado mais humano e próximo do cotidiano. Nos projetos apresentados, ficou claro que aprender vai muito além de decorar fórmulas: é explorar, criar, compartilhar e descobrir. É sentir a matemática pulsando no dia a dia, tornando cada número uma história, cada problema uma oportunidade de imaginar e cada vitória um motivo de orgulho.

A Feira Regional de Matemática mostrou que a educação ganha força quando abre espaço para a curiosidade, o protagonismo estudantil e a criatividade. Entre jogos, tabuleiros, histórias e experiências compartilhadas, os alunos aprenderam a transformar números em experiências vivas, reforçando que o conhecimento se constrói com emoção, troca e dedicação.

Além disso, eventos como a feira incentivam o diálogo entre escolas, promovendo trocas de metodologias, boas práticas pedagógicas e a possibilidade de novas ideias surgirem. Cada aluno, professor e instituição participante contribui para a construção de uma rede de aprendizagem mais colaborativa, mostrando que a matemática pode ser um instrumento de integração, cooperação e desenvolvimento social.

No final, mais do que medalhas ou troféus, o que ficou foi a certeza de que aprender pode ser divertido, significativo e transformador, e que experiências assim fortalecem não apenas o conhecimento acadêmico, mas também habilidades sociais e emocionais que acompanharão os estudantes ao longo de toda a vida.

As crianças também desenvolveram habilidades como interpretação e raciocínio lógico

A disputa foi para entender o papel da matemática

Vilania de sobra

De 1937 até hoje, os antagonistas de filmes da Disney ajudaram a moldar o legado dos clássicos animados

POR GUSTAVO BRUNING

Eles não costumam estar no centro dos pôsteres dos filmes, nas camisetas e canecas ou entre os personagens mais queridinhos do público. No entanto, têm papel fundamental nas histórias e nos mostram, definitivamente, como não devemos agir. Os vilões dos filmes da Disney, há quase 100 anos, deixam sua marca no cinema e são conhecidos pela originalidade. Enquanto alguns são tomados pela histeria e impulsividade, como Cruela Cruel e Capitão Gancho, há aqueles mais maquiavélicos e amedrontadores, como Malévola e Scar. Conheça seis antagonistas de desenhos clássicos da Disney que se tornaram ícones da vilania!

Um encontro de vilões

Você sabia que diversas figuras malvadas já se reuniram em um especial animado? “Os vilões da Disney”, lançado em 2002, mostra o que acontece quando Mickey prepara uma festa de Halloween e toda a turma do mal dá as caras. Personagens dos mais variados filmes se acomodam como convidados no Point do Mickey e, eventualmente, tentam acabar com a diversão. O filme não está disponível em nenhum lugar atualmente, mas trechos podem ser encontrados no YouTube.

Rainha Má

De “Branca de Neve e os sete anões” (1937)

Responsável por amedrontar gerações, a primeira vilã de um clássico do estúdio deu as caras em 1937, no primeiro longa-metragem de animação de Walt Disney, “Branca de Neve e os sete anões”. A obsessão pela beleza fez com que a Rainha Má não medisse esforços para atormentar a protagonista — tudo em nome da vaidade e do poder. Ela chegou até a usar a feitiçaria para mudar de aparência, fingindo ser uma senhora oferecendo maçãs, para colocar em prática seu plano maligno. É a prova de que não devemos nos importar tanto com o que o espelho reflete, e sim no que há por dentro.

Capitão Gancho

De “Peter Pan” (1953)

A elegância e as ocasionais risadas que o Capitão Gancho proporciona não escondem sua verdadeira vilania. Esse pirata icônico faz de tudo para capturar Peter Pan e os Meninos Perdidos, mas o medo do crocodilo que devorou sua mão acaba sendo um obstáculo. O narcisismo e a obsessão pela vingança são características que o corrompem e provocam sua ruína. Enquanto as crianças do filme são exemplares e amadurecem, esse adulto fica preso no passado e é escravo do próprio rancor.

Malévola

De “A Bela Adormecida” (1959)

Quem só conhece a versão em live-action de Malévola nem tem ideia do que a vilã original do desenho “A Bela Adormecida” é capaz de fazer. Enquanto a personagem interpretada por Angelina Jolie traz um passado complexo e um olhar doce sobre o mundo, a do clássico de 1959 é pura maldade e amargura. Com seus chifres e silhueta icônica, essa poderosa figura domina a magia e tem o poder de se transformar em um dragão. Motivada pelo ressentimento, amaldiçoou Aurora e o reino inteiro por não ter sido convidada para o batizado da garota. A lição aqui é clara: guardar mágoas só leva a um caminho sombrio, e às vezes basta simplesmente fazer como a Elsa, de “Frozen: uma aventura congelante” e “Let it go”.

Cruela Cruel

De “101 dálmatas” (1961)

O nome dela já entrega a personalidade perversa que tumultuou a vida de Pongo, Perdita e os demais cachorrinhos de “101 dálmatas”. Cruela não esconde a excentricidade e, dona de um comportamento temperamental, tem atitudes invasivas e desumanas. Não há como defender uma personagem que vai até o fim para transformar animais em casacos de pele, certo? A risada histérica complementa seu comportamento insano, dirigindo loucamente pelas ruas e tramando o sequestro dos cães. Tudo isso realça como a manipulação e a impulsividade só trazem encrenca.

Gaston

De “A Bela e a Fera” (1991)

Orgulhoso como mais ninguém, o antagonista de “A Bela e a Fera” foi revelando as camadas da sua vilania com o passar da história. Gaston é vaidoso e narcisista ao extremo, o que faz com que ele não se coloque no lugar dos outros e não enxergue além do próprio ponto de vista. Apesar de ser admirado pelo povo do vilarejo, é arrogante e manipulador. Só nós, como espectadores, percebemos o quão problemático é o seu ego gigante. Seu objetivo é se casar com a Bela — e Gaston não se importa com o fato de ela não ter interesse nele. A perfeição da qual o vilão tanto se vangloria, no fim das contas, não existe.

Scar

De “O rei leão” (1994)

A inveja pode despertar o pior dos vilões — e Scar, de “O rei leão”, é a prova disso. Por não conseguir o trono que tanto desejava, guarda uma mágoa do irmão, que comanda as Terras do Reino, e do sobrinho, futuro sucessor. Isso faz com que o vilão perca a empatia e se torne amargurado, traindo a família e bolando um plano para se tornar rei. Scar é esperto e performático, repleto de ironias, mas que prova do próprio remédio e acaba sendo traído.

Todos os clássicos citados nesta matéria estão disponíveis no Disney+ e têm classificação indicativa livre.

De cadeias montanhosas e majestosas cataratas a paisagens glaciais e praias tropicais, a América do Sul impressiona com sua diversidade única. Para além de monumentos entre as novas maravilhas do mundo, como Machu Picchu (Peru) e o Cristo Redentor (Brasil), há outro destaque considerado um tesouro mundial: a floresta amazônica.

Localizada em nove países do continente (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), a floresta tem aproximadamente 6,7 milhões de quilômetros quadrados, onde abriga milhares de espécies de plantas e animais — muitos dessas são consideradas endêmicas, ou seja, só existem naquela região, como o boto-cor-de-rosa, a arara-vermelha e a ariranha.

Apesar de os verdadeiros “pulmões do mundo” serem os oceanos, com organismos que produzem grande parte do oxigênio, a floresta amazônica tem um papel crucial não apenas para as comunidades que ali habitam, mas para toda a população sul-americana e o planeta.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Mais que uma floresta

Regulação do clima: por absorver grandes quantidades de dióxido de carbono, um dos gases do efeito estufa, a floresta ajuda a estabilizar as temperaturas e amenizar as mudanças climáticas.

Ciclo da água: influenciando os padrões de chuva na América do Sul, o ciclo hidrológico é regulado, ajudando no abastecimento de água para milhões de pessoas.

Proteção do solo: as raízes das árvores contribuem para a proteção do solo contra erosões, impedindo a sedimentação de rios e a perda de fertilidade no local.

Biodiversidade: por abrigar a maior biodiversidade do planeta, a rica variedade contribui para o equilíbrio dos ecossistemas e também no desenvolvimento de medicamentos.

Conhecimento cultural: lar de diversos povos originários, essas comunidades aperfeiçoaram o uso de plantas e os elementos químicos encontrados em animais nas propriedades medicinais. As línguas e tradições dos indígenas mostram a riqueza cultural do continente sul-americano.

Uma ameaça global

O desmatamento e as queimadas pela floresta trouxeram diversos impactos negativos, transformando a preservação da floresta amazônica em um dever de nível global. Ameaçando a biodiversidade e os benefícios que a região proporciona para todos, gerando um ciclo vicioso de aquecimento global — com a maior liberação de carbono na atmosfera, o aquecimento global se intensifica, aumentando as frequências dos incêndios e das secas.

As consequências são diversas, afetando não somente os moradores locais como todo o planeta:

Perda da biodiversidade: com os hábitats dos animais prejudicados, inúmeras espécies de animais e plantas correm o risco de extinção;

Desertificação: a degradação florestal pode tornar o solo árido e improdutivo;

Efeito estufa: os incêndios e a decomposição da biomassa liberam gases como o metano e o dióxido de carbono, substâncias do efeito estufa;

Raízes ameaçadas: os povos indígenas que moram na região sofrem com a perda de territórios e das matérias-primas da floresta, impactando na cultura e no modo de vida das comunidades;

Saúde em risco: a fumaça das queimadas piora a qualidade do ar pelas regiões próximas, causando problemas respiratórios e outras doenças.

5 curiosidades sobre a floresta amazônica

1. Atravessando a floresta, o Rio Amazonas é um dos maiores e mais importantes da Terra. Aliás, a bacia hidrográfica amazônica concentra cerca de 20% da água doce do planeta, sendo considerada a maior do mundo.

2. Uma das plantas características da região é a vitória-régia, com folhas que podem chegar a até dois metros de diâmetro.

3. Com diversas espécies de peixe, o maior de água doce do mundo vive nos rios amazônicos: o pirarucu, com três metros de comprimento e mais de 200 quilos. Aliás, a floresta também é lar do peixe elétrico poraquê, capaz de gerar descargas de até 600 volts.

4. Muitas das plantas encontradas na floresta possuem propriedades medicinais. Estima-se que 25% dos medicamentos são derivados da região.

5. Além dos animais e das paisagens verdes, é na Amazônia brasileira que está o maior sistema de cavernas em arenito do Brasil: a Caverna de Aroe Jari, com 18 quilômetros de extensão.

Se você já esteve perto de alguém que estava jogando online, deve ter escutado alguns termos que parecem estranhos para o vocabulário brasileiro. No universo dos games, majoritariamente feitos em línguas estrangeiras, é normal que o inglês e o português se misturem e passem a fazer parte do cotidiano dos players.

Além de utilizar palavras inteiramente em inglês, como “level” e “hack”, cada vez mais é possível encontrá-las com alterações abrasileiradas, quando se usa o verbo em ação — “rush” virar “rushar”, por exemplo, anunciando que os jogadores estão avançando rapidamente no território adversário. Conheça mais alguns termos:

Buffar: apesar de ser parecido com o “bufar”, em português, aqui o termo significa “aprimorar”, e é usado após um personagem ou item ser melhorado;

Camperar: a palavra vem de “camper” — a estratégia de se esconder para pegar os inimigos de surpresa;

Cheatar: seja para conseguir turbinar as habilidades, aumentar a vida ou até mesmo fazer truques, o termo é usado quando os jogadores estão se beneficiando de uma ação ilegal;

Farmar: a palavra lembra fazenda em inglês, mas aqui é usado como “to farm”, que representa cultivar. O termo é usado quando os jogadores estão procurando meios de fortalecer os personagens, como procurar itens raros ou colecionar materiais para construir bases de proteção;

Dropar: vem de “drop”, que significa “derrubar” ou “deixar de lado”;

Tankar: uma das palavras que entrou no vocabulário dos usuários mais antenados nas redes sociais, “tankar” não vem de um termo em si, mas sim da classe de personagens tank, que possuem características imponentes e sofrem poucos danos. Essas figuras geralmente estão na linha de frente da batalha, são os que “aguentam” e “suportam”;

Lagar: quando o jogo está apresentando problemas de lentidão e atraso devido a problemas de conexão, é comum escutar os jogadores falando que ele está “lagado”;

Lootear: outro termo que está relacionado a coletar itens — dessa vez, os jogadores saqueiam objetos guardados em baús ou que foram deixados por inimigos.

Seja na hora de se divertir com os colegas ou quando estamos definindo os times que vão disputar um campeonato na escola, é fato que existem diversas brincadeiras que ganharam um novo sentido e até mesmo novas regras por aqui, aquele famoso “jeitinho brasileiro”.

O futebol, por exemplo, incorporou novas opções, ganhando atenção com as disputas de várzea e até mesmo com o futsal, na disputa em quadra. A queimada, praticada por muito tempo na infância, por aqui apresenta regras diferentes quando o assunto é salvar o integrante do mesmo time, além de contar, em muitos casos, com adaptações e mudanças na bola escolhida para o jogo.

No truco, assim como nas brincadeiras cantadas, os orientações e o passo a passo podem variar de acordo com cada grupo e até mesmo localidade de jogo. O mesmo vale para as partidas com bolinha de gude, já que o objetivo e a pontuação também podem ser criadas pelos participantes, mostrando como a criatividade pode fazer parte de cada brincadeira.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

POR REDAÇÃO ITS TEENS

O boi é um personagem que atravessa o Brasil de Norte a Sul, carregando história, música, dança e muita tradição. Em diferentes Estados, ele aparece em festas e celebrações de formas únicas, mas sempre trazendo alegria e conectando as pessoas às suas raízes culturais. Que tal conhecer algumas dessas representações e descobrir o que faz dele tão especial?

BOI-BUMBÁ: UMA LENDA

QUE ENCANTA O NORTE

No Norte do Brasil, principalmente no Amazonas, o Boi-Bumbá é uma das festas mais famosas. O Festival de Parintins é o grande palco dessa celebração, onde dois bois, o Garantido e o Caprichoso, disputam para ver quem conta melhor a lenda do boi. Essa história fala sobre o boi que foi sacrificado para satisfazer o desejo de uma grávida e depois foi ressuscitado com a ajuda de pajés. Parece um enredo simples, mas o festival transforma isso em um espetáculo grandioso, com dançarinos, fantasias gigantes e músicas que fazem todo mundo vibrar.

O mais incrível do Boi-Bumbá é como ele mistura elementos indígenas, africanos e europeus, criando uma identidade única. No festival, as cores, os cantos e as coreografias são tão emocionantes que até quem nunca ouviu falar da festa se encanta. É uma verdadeira explosão cultural que faz o boi ser muito mais do que um personagem simples: ele vira um símbolo de resistência e celebração.

BOI DE MAMÃO: UMA TRADIÇÃO DIVERTIDA DO SUL

Agora, descendo para o Sul, encontra o Boi de Mamão, uma versão mais lúdica e cheia de humor dessa tradição. Popular em Santa Catarina, especialmente nas comunidades do litoral, o Boi de Mamão é uma dança folclórica em que um boi (geralmente feito com materiais simples, como madeira e tecido) é o centro da encenação. Assim como no Boi-Bumbá, há uma história sendo contada, mas aqui o tom é mais leve e divertido.

Durante as apresentações, o boi “morre”e depois “ressuscita”, enquanto personagens como o médico e a benzedeira entram em cena para tentar ajudar. Além disso, outros bichos participam da brincadeira, como a Bernunça (uma espécie de dragão) e o cavalinho. A interação com o público é o ponto alto, tornando o Boi de Mamão uma festa alegre e cheia de gargalhadas.

Essas formas de representar o boi mostram como a cultura brasileira é diversa e criativa. Cada região coloca seu toque especial, mas o que todos têm em comum é o poder de unir as pessoas por meio da arte e da tradição. Então, que tal conhecer essas festas e deixar o boi te levar nessa dança cultural incrível?

Confira alguns registros dos trabalhos apresentados na Feira Regional de Matemática.

Fotos:
Taiani
Vicentini
Fotos:
Taiani
Vicentini
Fotos: Franciele Márcia Mayer

POR CAMILA HAUPENTHAL QUERINO

ESTUDANTE DO QUARTO ANO A DA EEB JOÃO HASSMANN

Na noite aparece uma luz pequenininha, com seu tom de amarelo brilha sozinha. Tão linda, ilumina o meu chão, entre as florzinhas, clareia a escuridão.

É o vagalume que vaga sem rumo, iluminando o meu mundo, num instante, num segundo, me desperta um amor mais que profundo.

Pela noite anda comigo, sempre sendo o meu amigo.

Para a minha vida traz claridade, e é sincera a nossa amizade.

O MEU AMIGO VAGALUME ORQUÍDEA

POR HELOISA RODRIGUES FERNANDES

ESTUDANTE DO QUARTO ANO C DA EEB JOÃO HASSMANN

Mãe, você é uma orquídea.

Se você fosse para a floricultura, seria a mais concorrida na vitrine da vida.

No jardim, uma flor a brilhar, perfume leve a me encantar.

Pétalas em verso a se revelar, beleza eterna a me inspirar.

Orquídeas no galho vêm florescer, com amigos para ajudar a crescer. Eles trocam nutrientes que fazem brilhar, e juntas, na árvore, um lar para aperfeiçoar.

Orquídeas no galho começam a desabrochar, com cores e formas que fazem encantar.

Beleza que a natureza sabe mostrar, flores que, no jardim, nos fazem sonhar.

MAGNETISMO EM AÇÃO: SEU PRÓPRIO SUPERPODER

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Se você gosta de histórias de heróis e vilões já deve ter ouvido falar do poderoso Magneto, vilão de X-Men, que tem poder de controlar campos magnéticos. E também deve conhecer o Homem de Ferro, que não possui poderes mas usa a tecnologia — e sua armadura — para proteger sua cidade e o mundo. E se a gente juntasse as duas histórias?

Imagine que você é o Tony Stark deste multiverso e precisa criar um novo equipamento para combater um supervilão, então lembra do poder do Magneto. Por que não criar algo que faça você controlar o magnetismo? Vamos fazer um eletroímã!

peça ajuda e orientação de um adulto!

Materiais:

1 parafuso grande; Moedas (para testar o magnetismo);

Fio de cobre esmaltado (pode ser encontrado dentro de eletrodomésticos antigos e/ou estragados — peça ajuda a um adulto nessa etapa);

2 pilhas (quanto mais forte a pilha, melhor);

Montagem:

1. Deixe duas pontas livres do fio de cobre e o enrole até o meio do parafuso. Faça outra camada enrolando de volta ao ponto que iniciou da primeira vez.

2. Raspe com uma lixa a ponta do fio, para retirar o verniz.

3. Posicione as duas pilhas uma em cima da outra. Deixando os lados opostos (lado positivo e lado negativo) juntos.

4. Conecte uma ponta do fio no extremo da pilha que está em contato com a superfície (lado negativo) e na outra ponta (polo positivo) posicione o fio e segure com o dedo.

5. Agora é só aproximar o parafuso das moedas e ver o poder do magnetismo acontecer. Atenção: não faça o experimento por um período contínuo, pois as extremidades das pilhas esquentam e podem machucar.

Reação explicada

Este tipo de eletroímã é chamado de solenoide – um fio enrolado tipo mola em um cilindro. Toda corrente elétrica tem magnetismo e quando aplicada ao solenoide, um campo magnético praticamente uniforme é gerado no interior, fazendo com que materiais metálicos sejam atraídos por essa força.

Ímã X eletroímã

A principal diferença entre um ímã e um eletroímã é a possibilidade de ligar e desligar o campo magnético por meio de um interruptor de energia. Já o ímã, natural ou artificial, mantém o magnetismo havendo ou não energia elétrica.

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