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UM LEGADO DE TRADIÇÃO E MODERNIDADE
Desde sua fundação em 1977, na cidade paulista de Mogi das Cruzes, a Helbor se firma em uma sólida base familiar, que atravessa gerações dentro da empresa e evolui junto com o mercado imobiliário, apostando em projetos com tecnologia e conceitos de bem-estar
Por Nathalia Molina
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“Quando nós começamos, Mogi das Cruzes não tinha um prédio. Hoje em dia, já são quase 40 empreendimentos nossos, com mais de 80 torres e 7400 unidades”, relembra Henrique Borenstein, fundador e presidente do Conselho de Administração da Helbor. Desde que iniciou sua atividade, a empresa atua na gestão de todo o processo imobiliário, como coordenadora das etapas que envolvem construtoras e imobiliárias. “A Helbor é uma incorporadora pura e assim seguiremos”, diz Borenstein.
Já são 268 projetos, em um total que ultrapassa 7,8 milhões de m2 de área construída e 41 mil unidades entregues, entre apartamentos, casas, conjuntos comerciais, hotéis e lotes urbanizados em 30 cidades do Brasil, sendo dez estados e no Distrito Federal.
A companhia de capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo, fundada em 1977, tem hoje cerca de 30 mil acionistas. Mesmo com tanta bagagem, Henrique Borenstein segue aberto ao aprendizado. “Estou com 87 anos e aprendo todo dia. Vou estar sempre aqui”, afirma, apontando para a cadeira em sua sala na filial da Helbor em São Paulo, lugar que ocupa às terças e quintas-feiras.
História
No restante da semana, ele continua trabalhando em Mogi das Cruzes, cidade aonde seu pai, Hélio Borenstein, chegou da Ucrânia, em 1917. O nome da empresa homenageia o patriarca, que chegou na cidade paulista após fugir da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa. Um erro ao descer do trem o levou a Mogi e deu inicio à história de sucesso da família nos negócios. “Ele se enganou sobre a estação onde deveria descer e aconteceu isso. Os historiadores da cidade dizem que foi o erro que mais deu certo”, conta o fundador da incorporadora. “Na estação, tinha uma loja de móveis de um israelita. Meu pai começou ali, trabalhando de mascate, como todos naquele tempo, carregando e vendendo cobertor, camisa, gravata. Até juntar uma reserva e montar sua pequena loja de móveis.”
Anos separam aquela primeira loja dos empreendimentos imobiliários da Helbor. “Naquela época, se meu pai ganhava um dinheirinho, fazia um conjunto de casas, um predinho, sempre focando no mercado imobiliário”, lembra o fundador da Helbor. Porém, o pai, Hélio, faleceu em 1964 sem ver o surgimento da companhia na cidade onde se casou e teve seus filhos. “Minha mãe era de uma família tradicional de Mogi. Era conhecida como dona Loloya. Ela foi pianista do Teatro Municipal de São Paulo durante anos. A perimetral de Mogi tem o nome dela: Valentina Mello Freire Borenstein.”
A família nunca deixou Mogi das Cruzes. “ As pessoas me perguntam por que eu trabalho tanto. Só faço o que eu gosto. Levanto às 5h todo dia. Leio o jornal inteiro, vou tomar banho, faço a barba. Às 8h30, 9h, já estou no escritório. Aí não tem hora para sair. Tem dias em que vou até as 23h. ” Com três filhos, oito netos e uma bisneta, o fundador da incorporadora conta com a contribuição de seus familiares entre os funcionários da Helbor. Seu filho, Henry Borenstein, é o sucessor e atual CEO da companhia. “ Meu avô foi, na época, uma figura muito conhecida na cidade de Mogi das Cruzes e meu pai seguiu seus passos com coragem e determinação ”, pontua Henry.
Cuidar Das Pessoas
O padrão dos empreendimentos da Helbor também foi aumentando ao longo do tempo, junto à tendência do luxo em alta nos últimos anos. Outra mudança é o foco em alguns mercados, com o objetivo de se dedicar mais a certas regiões do Sudeste, como Mogi das Cruzes, São Paulo e o entorno das duas cidades. “Nós estamos em 30 cidades, em dez estados e Distrito Federal”, afirma o fundador da empresa.
No centro dos negócios da incorporadora, lembra Roberval Toffoli, Vice-Presidente da empresa, está o desenvolvimento de soluções e espaços para atender às necessidades de milhares de famílias. “Em seus 45 anos de história, a Helbor já entregou mais de 41 mil unidades, proporcionando moradia de qualidade em endereços estratégicos e oportunidade de emprego a milhares de trabalhadores em nossas obras”, afirma o vice-presidente. “Nossa missão é continuar e perpetuar esse trabalho com a ênfase que sempre tivemos nas pessoas e no meio ambiente”, diz Toffoli.
Desde outubro de 2007, a Helbor está na lista do Novo Mercado da B3, da qual fazem parte companhias que adotam um conjunto de regras de boas práticas e os mais avançados procedimentos de governança corporativa, de ESG (sigla proveniente do inglês Environmental, Social and Corporate Governance). A intenção da empresa, como uma organização responsável, é gerar impacto positivo não só para o mercado imobiliário, mas para a sociedade como um todo. “A entrada na B3 exigiu cautela e os resultados foram muito positivos. A companhia ganhou mais visibilidade, além de proporcionar credibilidade maior com os stakeholders. Em 2022, inclusive, completamos 15 anos de IPO com muito orgulho”, explica o CEO Henry.
Estar sempre em sintonia com as tendências de mercado é outra diretriz seguida pela Helbor. “Nos últimos anos, as pessoas começaram a valorizar muito o tempo passado em suas próprias casas, e várias novas necessidades surgiram”, analisa Henry. “Assim,
À esquerda, o imigrante ucraniano Hélio Borenstein, patriarca da famíla, que chegou ao Brasil em 1917. À direita, perspectiva artística do W Residences, novo empreendimento da Helbor a nossa concepção dos projetos imobiliários também foi adaptada, com a adição de áreas como coworking, lavanderia de uso coletivo, sala delivery, espaços para relaxar e pet place.”

Além disso, recentemente, a Helbor deu um dos seus maiores passos ao assumir a incorporação do W Residences São Paulo, complexo que reunirá hotel e residências em uma estrutura arrojada com spa e fitness center. O terreno de 6 mil m2 na Vila Olímpia, bairro na zona sul paulistana, terá ainda um centro de convenções para até 500 pessoas, um teatro e um restaurante de cozinha internacional. “O teatro se chamará Sala Hélio Borenstein”, conta o fundador da incorporadora. Para seu filho Henry, a chegada do W marca um novo momento para a Helbor. “Trazer o primeiro empreendimento com a marca W do Brasil é, sem dúvida, uma grande satisfação e um marco muito importante para o país, em especial para a cidade de São Paulo. Temos muito orgulho de fazer parte dessa concepção.”
Além de grandes projetos, a Helbor teve como premissa valorizar as pessoas que ajudaram a escrever sua trajetória. “Minha secretária está trabalhando comigo há quase 50 anos, antes mesmo de fundar a Helbor, assim como meu vice-presidente. Tenho gerentes que estão há décadas na empresa. E tem gente que não é de Mogi, mas levei para lá”, lembra Henrique Borenstein. Construir vínculos entre pessoas e entre empreendimentos imobiliários e comunidades foi uma missão assumida pela Helbor há 45 anos e que segue como missão para futuro de suas próximas gerações.
