Revista Empreende | Capa Nathalia Arcuri

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Março/Abril 2020 | Ano 02 | Edição 09

Nathalia Arcuri Especialista em Finanças

ELA VAI TE ENSINAR A GANHAR O SEU PRIMEIRO MILHÃO

CROWDFUNDING Paulo Deitos, diretor da ABFintechs, fala sobre crowdfunding , a porta de entrada no mercado de capitais

YOUTUBER E EMPREENDEDORA Talentosa e determinada, Gabi Luthai toma as rédeas da própria carreira e diversifica atividades

AGRICULTURA 4.0 Drones, satélites, análise de dados, sistemas automatizados de plantio. Agricultura 4.0 já é realidade no Brasil.




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O Futuro do Trabalho

Terra, Água, Sol e Tecnologia, Muita Tecnologia Drones, satélites, sistemas automatizados de plantio, análise de dados. Veja como a agricultura 4.0 já é uma realidade no campo brasileiro.

Especial Finanças para Freelancers

Vamos Falar sobre Dinheiro?

Para o especialista em educação financeira Eduardo Amuri, precisamos incluir o dinheiro nas conversas do dia a dia para poder entendê-lo melhor.

22 #oMelhorProfissional - Saúde

Tradutor da Linguagem Médica na Internet O médico Dayan Siebra, sucesso de público no YouTube e mídias sociais, conta a razão de ter trocado o jaleco e o consultório médico pelas lentes de sua câmera de celular.

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16 #oMelhorProfissional - Gastronomia

‘Não existe churrasco errado, errado é não fazer churrasco’ Um dos assadores mais conhecidos do País, Rick Bolzani dá dicas de como fazer um bom churrasco e explica porque prefere assar à moda argentina.

30 #oMelhorProfissional - Construção Civil

Sofisticação nos Detalhes Dona de um estilo fresh e atemporal, a paulistana Roberta Banqueri tornou-se nome de peso na produção moveleira nacional e em premiações de design.


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#oMelhorProfissional – Tecnologia

Um Papo da Hora sobre Tecnologia nas Periferias

Nascida e criada na Baixada Fluminense, Nina da Hora fala sobre as experiências tecnológicas que envolvem cada vez mais jovens nas periferias brasileiras. Entrevista de Capa

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Poupadora Profissional Descubra quem é a mulher por trás do maior canal de finanças pessoais do mundo, capaz de te ensinar macetes para ganhar o seu primeiro milhão.

50 #oMelhorProfissional – Música

Gabi Luthai dá Show como Cantora, YouTuber e Empreendedora Talentosa e determinada, a jovem influenciadora recusa rótulos, toma as rédeas da própria carreira e diversifica atividades.

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#oMelhorProfissional – Cultura e Arte

Luiz Escañuela, o artista que extrapola o real em suas obras Conheça quem é o pintor hiper-realista que potencializa as emoções humanas em suas obras artísticas.

56 #Crowdfunding

Crowdfunding de investimentos: a busca pelo próximo unicórnio Paulo Deitos, diretor da ABFintechs, fala sobre crowdfunding de investimentos como uma espécie de porta de entrada no mercado de capitais.

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Nosso Propósito

Conhecimento é Poder por Déborah Dorascienzi e Thiago Luzzi

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eja a descrição desta cena: uma pessoa dorme em 1995 e acorda depois de 25 anos, no ano de 2020. Essa pessoa certamente ficará surpresa com as mudanças tecnológicas, especialmente com a maneira como acessamos o conhecimento e nos comunicamos. Há 25 anos, não era possível fazer uma pesquisa no Google, não podíamos nos comunicar com tanta gente ao mesmo tempo, como fazemos hoje nos grupos de WhatsApp. Telefone sem fio era para poucos, e esse aparelho era usado apenas para fazer ligações. Hoje, com os smartphones, tiramos fotos, compartilhamos nossas experiências nas redes sociais, gerenciamos nossa agenda, trocamos e-mails, fazemos chamadas de vídeos e, eventualmente, realizamos ligações.

Se em 2020 essa pessoa resolver empreender, todo o conhecimento que ela adquiriu sobre administração não será suficiente para criar e manter um negócio. É preciso aceitar que a forma como acessamos o conhecimento, hoje, não é mais como antigamente. Ou seja, o conhecimento não é mais fixo e estático, o conhecimento agora é dinâmico, e por isso muda a todo momento, conforme os avanços da ciência moderna. Entretanto, o que não mudou é o fato de que conhecimento é poder. Sendo assim, é preciso aprender onde buscar conhecimento, como ter acesso a conteúdo de qualidade e como transformar a informação em algo útil para sua vida.

foto: Guilherme Bordini

É claro que sempre houve mudança, mas não na quantidade e velocidade que nós experimentamos nos últimos 25 anos.

Agricultura 4.0

Por falar em propósito, nossa entrevistada de capa, Nathalia Arcuri, abandonou uma carreira de sucesso na televisão para seguir seu propósito de ensinar o povo brasileiro a ter uma vida financeira saudável. “Meu principal objetivo sempre foi transformar a vida financeira de todos os brasileiros e diminuir – e quem sabe, um dia, acabar com – a desigualdade social”, diz.

Seguindo o ritmo atual de mudanças, a agricultura 4.0 está causando uma verdadeira revolução no campo. “As tecnologias permitem a otimização dos insumos e a melhora da produtividade, com análise conjunta de todas as variáveis disponíveis em tempo real. A utilização de Blockchain, por exemplo, permite a rastreabilidade do campo para a mesa. Outros recursos mostram o campo por cima, com imagens enviadas por satélites cada vez menores e mais baratos. A tecnologia permite monitorar as plantações por meio de aplicativos para smartphone, com relatórios acessados a qualquer momento pelo produtor. Estes recursos, que transformam nossas fazendas em coloridas figuras geométricas nas telas de computadores, tablets e celulares, modificam rapidamente a produção agropecuária no Brasil”, analisa João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

Nathalia é do tipo que não deixa o medo da mudança ser maior que a coragem de fazer algo que realmente valha a pena. Ou seja, entre ficar rica e salvar o mundo, ela opta pelos dois.

Confira nesta edição a matéria especial sobre as inovações no agronegócio. Você vai se surpreender com as tecnologias de ponta que estão sendo aplicadas no campo brasileiro.

A Revista Empreende é mais um canal onde você pode aprender com empreendedores que sabem lidar com essa nova era e estão inovando ao criar novas maneiras de trabalhar e diversificar seus negócios, sempre aproveitando o máximo de seu potencial intelectual para usufruírem de uma vida mais rica em experiências e propósito.

Bora iniciar a leitura para turbinar o cérebro e obter novos insights?

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Expediente

Déborah Dorascienzi Diretora de Conteúdo

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Thiago Luzzi

Diretor Executivo

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Angelo Davanço Jornalista e Revisor

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Jornalista

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Renata D’ Elia Jornalista

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Jornalista

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Henrique Moretto

Projeto Gráfico e Diagramação

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Guilherme Bordini

Fotógrafo

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Lia Verônica Dorascienzi

Social Media

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Av. Wladimir M. Ferreira 1660 sl 607 Jd. Botânico – Ribeirão Preto CEP 14021-630

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Colunistas

Amanda Salomão Augusto Carminati Leopoldo Andretto Pedro Custódio Pedro Deitos Thiago Franco

Foto de Capa

Marcelo Spatafora

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Conteúdos elaborados por empresas que anunciam na revista estão referenciados por expressões como “apresenta”, “apresentado por”, “oferecimento”, “especial publicitário”, “conteúdo publicitário”, publieditorial”, “publi” e “promo”. A Revista EMPREENDE é uma publicação bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial. As colunas e matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos autores, bem como conteúdos dos anúncios e mensagens publicitárias.

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O Futuro do Trabalho

Terra, Água, Sol e Tecnologia, Muita Tecnologia por Angelo Davanço

Drones, satélites, sistemas automatizados de plantio, análise de dados. Veja como a agricultura 4.0 já é uma realidade no campo brasileiro

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á vai longe a época em que o produtor rural olhava para o céu em busca de sinais do tempo para decidir o melhor momento para o plantio, para o combate às pragas ou para a colheita. Hoje, muitos sinais continuam vindo do céu, mas não apenas os enviados pela natureza. Cada vez mais, o agricultor conta com informações precisas coletadas e transmitidas por satélites, drones, blocos de dados armazenados em nuvem. É a agricultura 4.0 que está causando uma verdadeira revolução no campo brasileiro. “As tecnologias permitem a otimização dos insumos e a melhora da produtividade, com análise conjunta de todas as variáveis disponíveis em tempo real. A utilização de Blockchain, por exemplo, permite a rastreabilidade do campo para a mesa. Outros recursos mostram o campo por cima, com imagens enviadas por satélites cada vez menores e mais baratos. A tecnologia permite monitorar as plantações por meio de aplicativos

“O resultado de uma agricultura mais precisa é uma mesa sem dúvida mais barata, mais sustentável, mais rastreável e mais customizada ao desejo do consumidor, que se encontra na ponta final da cadeia de produção agrícola”

João Carlos Marchesan

Presidente do Conselho de Administração da Abimaq

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O Futuro do Trabalho

foto: shutterstock

Drone com Tecnologia de varredura de terreno, monitoramento de hidratação do solo. Tira fotos e envia dados para a nuvem.

Desafio é beneficiar o maior número de Produtores Rurais

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or sua área continental, o Brasil possui uma diversidade imensa de propriedades rurais - em torno de cinco milhões de unidades, de acordo com os dados levantados em 2017 pelo último censo agropecuário do IBGE. Neste cenário, pequenas propriedades e produtores familiares ainda sentem dificuldades em sua capacidade de investimento e de uso de informações das tecnologias disponíveis. Porém, aos poucos, começam a surgir alternativas, muitas delas ligadas ao trabalho desenvolvido pelas cooperativas do setor. “Você só consegue levar impacto positivo das tecnologias digitais para propriedades de todos os portes quando aterrissa todos estes conceitos no campo, quando possibilita o uso pelo produtor. Nós trabalhamos com nossos cooperados em uma plataforma de inteligência que agrega mais de 40 mil propriedades rurais, combinando dados e algoritmos, por meio de imagens de satélite, para fornecer coordenadas de ação. Lá na sua propriedade, o produtor baixa estas informações, baixa um plano de voo, por exemplo, para que o drone execute da melhor maneira uma etapa de pulverização. Isso cria um impacto e isso é possível de ser feito”, explica Fernando Degobbi, diretor presidente da Coopercitrus, cooperativa de produtores rurais que atua em São Paulo, Minas Gerais e Goiás e que conta com uma equipe de mais de 70 pessoas dedicadas aos trabalhos em agricultura de precisão.

Além de “traduzir” os dados para o produtor, a cooperativa também disponibiliza, a custos reduzidos, equipamentos transitórios para que a tecnologia possa se tornar uma realidade no campo. “Hoje, um drone de pulverização custa entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, então o pequeno e o médio produtor não têm condições de investir em um equipamento destes”, aponta Fernando, que acredita também em um outro caminho para impactar o maior número possível de produtores, que é “desembarcar” as tecnologias. “Você tem, por exemplo, um sistema de piloto automático para executar um plano de plantio com precisão, que é possível ser acoplado no equipamento que o produtor já tem, mesmo um trator de 30 anos, e causar o mesmo impacto, não havendo a necessidade de se investir em um novo veículo, muito mais caro, com esta tecnologia embarcada”, exemplifica. Foi o que fez o produtor de cana-de-açúcar Eduardo Palma, com terras em Paraíso (SP). “Com o plano de plantio automático desenvolvido pela cooperativa e seus equipamentos, conseguimos aumentar o rendimento do trabalho devido à diminuição de quase um terço nas manobras, o que significa ganho no custo da hora/máquina, no custo do combustível, além de proporcionar ganhos também na colheita, ao compartilhar os dados das linhas de plantio georreferenciadas com as colheitadeiras da usina”, relata.

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O Futuro do Trabalho para smartphone, com relatórios acessados a qualquer momento pelo produtor. Estes recursos, que transformam nossas fazendas em coloridas figuras geométricas nas telas de computadores, tablets e celulares, modificam rapidamente a produção agropecuária no Brasil”, analisa João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. “As ferramentas atualmente disponíveis e suas adoções estão impactando o campo, mas estamos vendo somente uma pequena parte do iceberg, muito ainda está por vir e impactar mais fortemente a maneira como o campo vai produzir no futuro”, completa Ladislau Martin Neto, pesquisador da Embrapa Instrumentação e co-coordenador do Grupo de Terras Cultiváveis da Aliança Global de Gases do Efeito Estufa na Agropecuária. Para o engenheiro agrônomo Sérgio Marcus Barbosa, gerente executivo da ESALQTec Incubadora Tecnológica, o Brasil está vivenciando “o maior movimento Agtech do mundo”. Para ele, este fato não se dá apenas pelo número expressivo de empresas de tecnologia para a agricultura presentes no País, mas sim pelo desenvolvimento de diversos ecossistemas tecnológicos voltados ao setor em várias regiões brasileiras. Segundo Sérgio, este movimento teve início há quatro anos, no ecossistema do Vale do Piracicaba, e se espalhou por outros

A Evolução da Agricultura através dos Tempos Agricultura 1.0 A produção agrícola sempre existiu, desde os tempos primórdios, mas antigamente ela era vista como um trabalho de subsistência. Devido aos baixos recursos tecnológicos e à baixa produtividade, ela ficou reconhecida como Agricultura Feita à Mão. Agricultura 2.0 Uma segunda fase chegou com as máquinas e a ciência por volta da década de 1950. Neste contexto, destacam-se o início da produção em escala, o comércio global e o fornecimento de insumos, entre outros. Agricultura 3.0 A partir da terceira etapa (entre 1990 e 2010), começou-se a introduzir no mercado a automação e a sustentabilidade. É aí que entra também a coleta de dados que contribuem com a produtividade do campo e ajudam os agricultores a tomarem as melhores decisões. Agricultura 4.0 O boom da nova era digital veio a partir de 2010. Desde então, a cada dia surgem novas tecnologias e pesquisas que potencializam ainda mais o agronegócio, abrindo inúmeras possibilidades para o futuro.

Robô assistente de fazenda para detectar a erva daninha

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foto: shutterstock

Fonte: ConectarAgro


O Futuro do Trabalho

Conectividade é o maior entrave para a Expansão

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odos os especialistas ouvidos pela revista Empreende são unânimes em afirmar que o maior entrave para uma expansão maior e mais acelerada da presença da tecnologia no campo é a conectividade. “Apenas 14% das propriedades rurais têm alguma cobertura para internet. Como ampliar para as demais 86% que não dispõem desta tecnologia, condição fundamental para a utilização plena de todas as possibilidades que a tecnologia proporciona?”, questiona João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq. Parte da solução deste problema pode estar em iniciativas como as desenvolvidas pelo projeto ConectarAgro, apresentado na edição 2019 da Agrishow e que reúne oito empresas: AGCO, Bayer/Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble. No ano passado, o projeto levou conectividade banda larga 4G para 5,1 milhões de hectares de áreas rurais no Brasil, superando a meta inicialmente estabelecida em 100 mil ha.

“Até pouco tempo, a conectividade vinha sendo implantada de uma forma proprietária, de uma forma exclusiva, para resolver um problema específico de um único produtor, ou grupo de produtores, criando suas próprias redes. Isso acaba onerando o produtor, pois é complexo, é caro, é uma dor de cabeça operar esta rede, só os maiores suportam. O grande desafio que encontramos foi avançar nestes espaços com o conceito de tecnologia aberta e acessível, e a solução a que chegamos inicialmente usa a faixa de 700 MHz, padrão global que permite um melhor compromisso entre cobertura e capacidade”, explica Gregory Riordan, diretor de tecnologias digitais da CNH Industrial para a América do Sul, uma das empresas integrantes do ConectarAgro.

“O campo mudou e vai mudar muito mais em um futuro próximo. Para a chamada indústria a céu aberto, mais do que uma opção, é uma necessidade, em tempos de mudanças climáticas, oscilações de mercado, entre outros fatores impactantes no setor produtivo agropecuário” Ladislau Martin Neto

foto: shutterstock

Pesquisador da Embrapa Instrumentação

Sistema automatizado de irrigação agrícola

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O Futuro do Trabalho

O que já é Realidade no Emprego da Tecnologia no Campo? • Tratores autônomos, que dispensam motoristas e são guiados por GPS; • Sistemas de irrigação automatizados, que reduzem o custo, aumentam a média da produção e diminuem os impactos ambientais; • Sensoriamento remoto, utilizado no monitoramento de equipamentos que cuidam da saúde das plantas, economizam tempo e fornecem análise mais precisa que a fornecida pelo olho humano; • Reconhecimento biométrico no manejo do gado, que com base em certas características pode dizer como o animal prefere se alimentar, reduzindo desperdícios e gerando mais resultados ao produtor; • Sensores nas colheitas automatizadas para certificar a umidade ideal do solo, ou então na seleção de frutas que estão maduras o suficiente para a colheita; • Drones para monitoramento de plantio e de infestações de pragas e doenças em culturas, com dados georreferenciados; • Robôs programados para remover determinados tipos de ervas daninhas, tomando decisões sobre quais herbicidas, pesticidas, fertilizantes e métodos de rega e poda podem funcionar melhor para cada tipo de cultura;

locais, como outros municípios paulistas - Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos, Botucatu, São José dos Campos -, norte e sudoeste do Paraná, Cuiabá e Goiânia, entre outras regiões. “Observamos o envolvimento em harmonia das empresas, universidades, centros de pesquisa, startups, ambientes de inovação, investidores, com políticas públicas direcionadas. É por esta razão que o Brasil está no centro das atenções no âmbito mundial, tanto pela qualidade de soluções, como pelo tamanho do nosso agronegócio”, avalia Sérgio, antes de prever o que vem por aí: “Nos posicionamos com destaque na agricultura 4.0, mas acredito que teremos uma nova fase, a 5.0, baseada nos conceitos da inteligência artificial”.

“Cada vez mais veremos uma menor interferência humana em operações com máquinas e equipamentos que exerçam atividades repetitivas, insalubres ou que requeiram precisão. Mas é claro que o conhecimento e a intuição do produtor terão papel fundamental ao propor soluções integradas e fáceis de operacionalizar” Sérgio Marcus Barbosa

Gerente Executivo da ESALQTec Incubadora Tecnológica

• Smartphones, possibilitando o rastreamento de padrões climáticos, inventário de equipamentos e suprimentos, gerenciamento de pessoal, controle de equipamentos de agricultura de precisão, entre outras possibilidades.

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foto: shutterstock

Fonte: Abimaq



Especial Finanças para Freelancers

Vamos Falar sobre Dinheiro? Entrevista a Angelo Davanço

Para o especialista em educação financeira Eduardo Amuri, precisamos incluir o dinheiro nas conversas do dia a dia para poder entendê-lo melhor

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ocê tem dinheiro sobrando ou sente falta dele? Seja qual for a sua situação, tem o costume de conversar sobre finanças com os familiares, na mesa de jantar, ou com os amigos, na mesa do bar? Pois esta familiaridade com o tema, de acordo com o especialista em educação financeira Eduardo Amuri, pode fazer toda a diferença no trato com o dinheiro, para quem está tranquilo em relação a ele ou chega a perder o sono pensando em como alcançá-lo. “O dinheiro perpassa todas as áreas de nossa vida e é uma loucura a gente não falar sobre ele, pois quando falamos sobre um assunto com frequência, aprendemos sobre este assunto de maneira rápida e fácil, mas se a gente deixa esse assunto de lado, deixa de falar sobre, com certeza ele vai ganhando esse aspecto meio mítico, meio maluco, que ninguém entende muito bem como é que funciona”, defende Amuri, colunista do jornal Valor Econômico e autor dos livros “Dinheiro sem Medo” e “Finanças para Autônomos”.

Empreende – Como você se interessou pela educação financeira, como isso surgiu em sua caminhada profissional? Eduardo Amuri – Sou formado em Ciência da Computação, trabalhava na área, e em um determinado momento percebi que não queria trabalhar com desenvolvimento de

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Especial Finanças para Freelancers Empreende – Hoje, como são formatados seus projetos de atendimento em educação financeira? Amuri – Meu trabalho vai tomando corpo nas mais diversas formas, passam por textos, publicados quinzenalmente no Valor, o site (www.amuri.com.br) onde publico muito conteúdo relacionado a inteligência financeira, os dois livros que lancei nos últimos dois anos pela editora Saraiva, e minha principal aposta hoje, em termos de escala, de produtividade, são dois programas de acompanhamento, que funcionam 100% on-line, bem individualizados e pensados de maneira contínua. Acredito muito que se a gente deseja provocar um impacto significativo em nossa vida financeira, é preciso fazer uma aposta em processos mais contínuos, não acredito em uma única palestra, numa aula que vai mudar a vida financeira de alguém.

“O dinheiro hoje é um grande tabu, temos vergonha, ele é um assunto sujo, ele é um assunto que não se deve falar, ele é um assunto velado e isso é uma das causas desse estigma que o dinheiro tem”

Empreende – Como ensinar alguém a lidar com o próprio dinheiro? Amuri – A principal mudança, capaz de gerar o maior impacto e alterar da maneira mais drástica possível a maneira como alguém lida com o dinheiro, se relaciona com o dinheiro, é falar sobre ele. O dinheiro hoje é um grande tabu, temos vergonha, ele é um assunto sujo, ele é um assunto que não se deve falar, ele é um assunto velado e isso é uma das causas desse estigma que o dinheiro

imagem: Freepik

software, eu queria trabalhar diretamente com pessoas, e então busquei coisas que eu achava que fazia bem e poderia oferecer para os outros. Há nove anos me interessei pela psicologia econômica e como utilizar descobertas de pesquisas, que no geral vêm com uma linguagem acadêmica, na nossa vida prática, como fazer a ponte entre a psicologia econômica e a economia comportamental para a nossa vida. Começou de uma maneira muito informal, oferecendo para os amigos, eu experimentava com eles coisas que funcionavam para mim, e aí eu vi que isso funcionava para eles também, então a coisa evoluiu, um amigo foi indicando para o outro e em pouco tempo, menos de um ano, talvez, eu estava atendendo pessoas que eu não conhecia e começou a fazer sentido cobrar por este atendimento.

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Especial Finanças para Freelancers tem. Por conta desse tabu, passamos a acreditar que não é um assunto do nosso dia a dia, que não é um assunto importante, que é um assunto somente para gente rica, para quem é muito bom com números, mas não tem nada disso, na verdade o dinheiro perpassa todas as áreas de nossa vida e é uma loucura a gente não falar sobre ele, pois quando falamos sobre um assunto com frequência, aprendemos sobre este assunto de maneira rápida e fácil, mas se a gente deixa esse assunto de lado, deixa de falar sobre, com certeza ele vai ganhando esse aspecto meio mítico, meio maluco, que ninguém entende muito bem como é que funciona. Um negócio meio de gente engravatada, gente do banco e tudo mais, então quando colocamos o assunto na mesa, ganhamos a chance de aprender muito facilmente sobre ele, e isso costuma ser muito bom.

“A principal mudança, capaz de gerar o maior impacto e alterar da maneira mais drástica possível a maneira como alguém lida com o dinheiro, se relaciona com o dinheiro, é falar sobre ele”

Empreende – Você acredita que se joga muita responsabilidade sobre o indivíduo na questão do dinheiro, de como ele é usado? Como ficam as questões sociais nesta história, como baixos salários, juros abusivos, o poder da propaganda? Amuri – A educação financeira é importantíssima, é vital para o bom funcionamento de uma sociedade, mas ela sozinha não vai resolver todas as mazelas sociais que a gente enfrenta, e é uma desculpa muito cômoda, é um posicionamento muito confortável para quem tem uma posição muito privilegiada. É muito cômodo falar que o pobre segue pobre porque não tem educação financeira. Isso é uma grande mentira, é uma falácia sem fim. Para o governo também é muito confortável falar que o pobre está lá porque não sabe gerir o dinheiro, ele não guarda o dinheiro dele e tudo mais. Com certeza não vamos resolver todos os problemas do país com educação financeira, seria muito bom se de fato o que faltasse fosse apenas isso, meu Deus, a gente estaria muito bem! Mas, com certeza, uma mudança estrutural, significativa, profunda, na nossa sociedade, auxiliaria a educação financeira como ferramenta, entre tantas outras. Empreende – O Brasil vê aumentar, dia a dia, o número de pessoas levadas a uma carreira autônoma. Quais devem ser as principais pre-

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ocupações deste perfil de trabalhador quando o assunto é o dinheiro? Amuri - Estamos enfrentando um processo de sucateamento das condições de trabalho, que está sendo glamourosamente chamado de pejotização, mas é um sucateamento mesmo. Quando a gente passa a trabalhar como autônomo, passa a ter que gerir as entradas e as saídas, e isso tem uma diferença essencial. Uma pessoa assalariada gere somente o jeito que o dinheiro dela vai sair, ela não se preocupa em como ele vai entrar, já o autônomo lida com as duas pontas, e isso é muito complexo, existe uma série de medidas a serem tomadas, existe uma curva de aprendizado que não é curta, não é um aprendizado rápido, mas é muito necessário. O trabalhador autônomo vai ter que equilibrar muitos pratos, ele vai ter que lidar com a execução do trabalho dele, que é a parte mais básica, então se você é um jornalista, vai ter que se preocupar com o seu texto, sua narrativa e todo o resto, mas também vai ter que se preocupar em prospectar novos clientes, em gerir as notas fiscais e toda a parte burocrática que envolve uma empresa, que não é pouca, vai ter que gerenciar as suas reservas para a aposentadoria, vai ter que gerenciar uma série de outras questões que antes ficavam delegadas a outras pessoas e outras instituições, então com certeza sua vida financeira fica complexa e é necessário um movimento e uma preocupação de simplificação, caso contrário vai se atolar em controles e planilhas coloridas e não vai conseguir sair do lugar. Mais importante que relatórios, planilhas, aplicativos, startups e fintechs que prometem soluções mirabolantes, é entendermos que temos que conseguir ter uma visão clara e simplificada da nossa vida financeira. Se tivermos mecanismos de controle e análise muito rebuscados, em especial para o profissional autônomo, vamos deixar de lado uma semana, depois deixar de lado mais uma semana, e depois de três semanas, não vai dar mais para correr atrás e a gente só vai deixar a coisa seguir, então tem que ser um processo muito simplificado de gestão. Você pode tentar trabalhar com perguntas simples. Por exemplo: Hoje eu tenho x reais na conta. Quanto eu terei na conta daqui a uma semana? São per-

“É muito cômodo falar que o pobre segue pobre porque não tem educação financeira. Isso é uma grande mentira, é uma falácia sem fim”


guntas simples que vão desencadear uma necessidade de planejamento um pouco mais detalhado. Uma coisa muito importante, que o autônomo eventualmente vai ter que chegar neste ponto, é quando ele separa as contas correntes. Ele separa a vida financeira pessoal da vida financeira profissional, quase como se tivesse uma empresa cujo único funcionário seja ele mesmo. Esta separação entre os fluxos financeiros é muito positiva, é muito importante e todo profissional autônomo deveria almejar chegar a esta posição.

“Estamos enfrentando um processo de sucateamento das condições de trabalho, que está sendo glamourosamente chamado de pejotização, mas é um sucateamento mesmo”

rabilidade social têm condições de iniciar suas próprias reservas. É sempre mais interessante que o processo de formação de reserva aconteça de maneira automática e recorrente, então, em vez de guardar quando sobrar, a ideia é a formação de reserva numa conta fixa, de preferência que seja paga de maneira automática. A maior parte dos bancos oferece isso, a maior parte das fintechs oferece isso. É como se você pudesse formar a sua poupança considerando que todo dia 15 vão sair x reais de sua conta e vão para este investimento. É muito importante que sejam parcelas que caibam no seu bolso mesmo em um mês ruim, e que as transferências sejam feitas de maneira automática e recorrente, então a gente aproveita um dia em que está mais disposto a lidar com estas questões e já agenda as transferências do ano inteiro, e estas transferências vão acontecer, não importa a situação, não importa o humor, não importa o momento que a pessoa está enfrentando.

foto: Divulgação

Empreende – Mesmo para quem ganha pouco, é possível guardar dinheiro para uma reserva? Como iniciar este movimento? Amuri – É muito complicado afirmar que todas as pessoas podem de fato iniciar uma reserva num momento tão delicado econômica e politicamente no nosso país, mas eu diria que sim, a maior parte das pessoas tem condições, as que não estão numa posição de extrema vulne-

Especial Finanças para Freelancers

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Todos os ingredientes se combinando em busca do inusitado, da novidade que transforma os clássicos e reinventa o frugal. Um sabor especial mesmo quando é dia a dia. Sabores inesquecíveis para a sua vida acontecer.


#oMelhorProfissional – Gastronomia

‘Não existe churrasco errado, errado é não fazer churrasco’ por Angelo Davanço

Um dos assadores mais conhecidos do País dá dicas de como fazer um bom churrasco e explica porque prefere assar à moda argentina

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frase que dá título a este texto é de Rick Bolzani, 39 anos recém-completados, um dos mais conhecidos assadores de carne em eventos gastronômicos e nas redes sociais do País. Como quase todo brasileiro, foi no quintal de casa, observando o pai nos finais de semana, que ele aprendeu os primeiros truques da arte de manejar uma churrasqueira. “Digo humildemente que não tenho formação alguma na área da gastronomia, nunca trabalhei em restaurantes ou algo do tipo, sou apenas um apaixonado por churrasco, como a maioria dos brasileiros”, explica o tecnólogo em eletrotécnica, nascido Carlos Henrique, no interior do Paraná, e que hoje vive com os pais e uma irmã em Sorocaba (SP), onde administra a empresa da família ligada ao ramo madeireiro. As experiências que teve ao iniciar os trabalhos na churrasqueira o levaram a preferir a tradição argentina da parrilla. Uma heresia para quem vive em disputa para saber quem é melhor? Nem tanto. “No futebol, prefiro o Pelé ao Maradona, lógico, mas nos assados, minha paixão por grelhar na parrilla

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#oMelhorProfissional

Eventos de Assados estão em Alta

foto: Divulgação

Como o churrasco é uma das preferências nacionais, eventos de assados, os chamados BBQ, são realizados em diversos espaços espalhados pelo País, como shoppings, estacionamentos, áreas externas de estádios e conjuntos de quadras esportivas. O próprio assador Rick Bolzani organiza um, junto ao sócio Marco Bianchi. “O Let’s Grill é realizado regularmente em grandes redes de shopping e o público está cada vez maior e mais apaixonado. No ano passado, em Sorocaba, reunimos quase 25 mil pessoas em um único evento BBQ”, comemora.

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#oMelhorProfissional – Gastronomia me faz preferir o churrasco argentino”, diverte-se, antes de explicar o quê, afinal, nos diferencia dos hermanos: “Aqui no Brasil, tradicionalmente, temos os assados de fogo de chão, a costela, por exemplo, aquela que a gente coloca num espeto apropriado com suporte, põe fogo em volta e fica horas e horas assando lentamente, temperada com sal grosso, muitas vezes com cerveja e tal. E temos, também, as churrasqueiras das casas, que têm um coxo fundo, enchemos de carvão e assamos as carnes com espeto ou na grelha. O churrasco argentino, e também o uruguaio, além de terem os assados de fogo de chão igual aos nossos – eles fazem muito os cordeiros patagônicos, aqueles abertos ao meio e amarrados em um espeto cruz, que também ficam no fogo por horas e horas –, existem as churrasqueiras tradicionais deles que chamamos de parrilla, uma churrasqueira de grelha, onde as barras são de ferro, em formato de canaleta V ou U, com um coletor de gordura no final. A brasa é feita toda em uma caixa lateral, às vezes no meio da parrilla se ela for grande, que chamamos de caixa de fogo ou braseador, e toda a brasa que é feita ali é puxada para baixo da grelha, que fica a uma distância de 15 a 20 centímetros, fazendo um assado bem mais puro, onde se aproveita melhor o sabor da carne e de outros alimentos,

Assador dá Dicas nas Redes Sociais Rick Bolzani usa o YouTube e o Instagram para difundir as boas práticas churrasqueiras. Para ele, lidar com as redes sociais surgiu naturalmente. “Eu sempre fui muito natural nas redes sociais, até mesmo porque, pouco tempo antes disso virar um trabalho, tudo era só uma paixão e um hobby, então, sempre foram postagens naturais, eu nunca usei aplicativos para conseguir seguidores, aqueles para curtir fotos automaticamente para influenciar alguém a vir até meu canal, e acho que isso me deixou muito tranquilo, porque hoje tenho um público bem real, fiel e participativo, já que eu compartilho receitas que qualquer pessoa consegue reproduzir em suas casas. Claro que, eventualmente, uso equipamentos dos meus patrocinadores que são difíceis de ter em um apartamento, mas sempre posto alternativas para todos terem a oportunidade de fazer seus assados”, conclui.

porque não tem incidência de fogo nem labaredas, ou muita fumaça”. Resumindo, como na parrilla a gordura escorre pela canaleta e cai no coletor, ela não pinga no carvão, o que ajuda a conferir um resultado muito mais saboroso ao servir a carne. Ponto para os argentinos.

Carne de Segunda

foto: Divulgação

Sabe aquele corte mais barato, que você nunca levaria para casa para servir um churrasco aos amigos? Pois a chamada carne de segunda tem lugar especial na lista de ingredientes de Rick Bolzani. “O meu preferido é um corte desses ‘de segunda’, da parte do dianteiro do animal que faz parte do acém, chamado de short rib. Para mim a textura e o sabor desse corte se diferenciam. Existem diversos outros cortes taxados como ‘de segunda’ e que estão em alta no momento, um deles é outro corte do dianteiro do animal que faz parte da paleta, chamado de flat iron. É o segundo corte mais macio do animal, só não tão macio quanto o filé mignon, porém, com muito mais sabor”, revela.

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Definido o melhor corte (ou o mais viável no momento), vem outra polêmica que envolve o mundo dos churrasqueiros de plantão: o sal. Com a palavra, o especialista: “O sal existe para realçar o sabor do alimento, neste caso, a carne. Uso ‑pouco sal nos meus grelhados, porque opto sempre por valorizar o sabor da proteína e não gosto que o sal se destaque”, finaliza Rick.


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foto: Divulgação

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#oMelhorProfissional – Franquias

Uma Doce Lição de Empreendedorismo por Angelo Davanço

Cleusa Maria da Silva, da Sodiê Doces, lembra como deixou a vida de boia-fria para criar a maior franquia especializada em bolos artesanais do País

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os 53 anos, a empresária Cleusa Maria da Silva comanda uma marca que produz 400 toneladas de bolos por mês, com 315 lojas espalhadas por 13 Estados do País e o Distrito Federal, além de uma unidade em Orlando, nos Estados Unidos. Com faturamento de R$ 290 milhões em 2018, a projeção para fechamento dos números de 2019 é de crescimento de 7%. Dona da Sodiê Doces, Cleusa e sua família podem, hoje, aproveitar melhor a vida, mas nem sempre foi assim.

De família pobre e numerosa, Cleusa aprendeu desde cedo a ajudar a mãe no interior do Paraná. Limpar a casa e cuidar dos irmãos mais novos não era tarefa fácil para uma garota com apenas sete anos. Aos 12, perdeu o pai em um acidente e foi para Salto, no interior paulista, seguir a sina da família: trabalhar como boia-fria, acompanhando a mãe e outros cinco irmãos. “Foram quatro anos cortando cana, com as mãos inchadas de tantas picadas de abelhas”, relembra. Já adolescente, foi levada por um tio para São Paulo, para trabalhar como empregada doméstica. Não se adaptou

e voltou para Salto, onde conseguiu emprego em uma fábrica de componentes para alto-falantes. A esta altura, já havia reiniciado os estudos, cursando o supletivo. A reviravolta em sua vida ocorreu quando o patrão morreu e ela ficou próxima da viúva, que fazia bolos por encomenda. Um dia, para ajudar a patroa, Cleusa fez seu primeiro bolo. E não parou mais. Animada com a boa aceitação de quem experimentava suas receitas e com a ajuda da mãe, a empresária abriu seu primeiro negócio, em um imóvel de 20 metros quadrados. Para ela, uma decisão difícil de tomar. “Eu precisava decidir, ter que parar com uma carteira assinada, sair de um emprego e começar um negócio, sem dinheiro, eu estava separada, tinha um filho de oito anos. No começo, foi muito complicado, trabalhava o mês todo e, às vezes, no final, eu não tinha dinheiro para pagar a energia que consumia, mas eu sempre pensei em manter o negócio saudável, e tudo o que eu ganhava, investia na própria empresa, não sobrava nada. Eu trabalhei praticamente cinco anos sem folgar um único domingo, trabalhei todos

Empresária buscou Conhecimento em Livros e Revistas Cleusa relembra que, há 20 anos, quando começou a estudar sobre negócios e franquias, a informação não era tão fácil de ser acessada. “Sempre gostei de ler, de aprender, então, me acostumei a buscar informação onde quer que ela estivesse. Fiz cursos, comprei vários livros, toda revista com matérias sobre empreendedorismo eu lia. Nos livros e revistas, eu encontrei as informações que precisava e coloquei em prática tudo aquilo que aprendi. Hoje, penso que

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as informações deveriam chegar mais cedo para as crianças, elas deveriam aprender já na escola questões de empreendedorismo, a ser mais independentes financeiramente e não achar que apenas o governo vai resolver os nossos problemas, pois ele não vai. Quando a gente entender que a nossa vida está na palma das nossas mãos e cabe a nós dar um direcionamento diferente para nossa existência, isso vai ser bom para todo mundo”, acredita.


#oMelhorProfissional

Determinação é a Chave para Realizar Sonhos Para a empresária Cleusa Maria da Silva, a maioria das pessoas desiste de seus sonhos logo nas primeiras dificuldades. “Um sonho só se realiza se você agir, se tiver perseverança, com foco e determinação para vencer”, diz. “Para empreender, primeiro, é preciso entender que não é fácil, depois tem que estar disposto a lutar, a abrir mão do final de semana, de uma roupa nova, é preciso abrir mão de algo menor para conquistar algo maior. Pessoas com determinação estão alguns passos à frente para vencer qualquer dificuldade que o mundo do empreendedorismo nos impõe todos os dias”, completa.

os dias, tinha domingo que eu começava às 7 da manhã e parava às 10 da noite, mas nunca desisti, eu trabalhava, trabalhava e trabalhava”, conta.

Novo Nome

Outro momento difícil foi quando descobriu que teria que mudar o nome do negócio. Com as coisas caminhando melhor após 12 anos de atividades e já com 74 lojas franqueadas da marca Sensações Doces, Cleusa descobriu que teria que mudar o nome por conta de um chocolate famoso no mercado. “Eu já havia pago as minhas dívidas

iniciais, estava bem financeiramente e, de repente, do dia para a noite, soube que precisaria trocar de marca. Sofri muito com isso, até que, um dia, minha gerente de produção me mostrou uns rabiscos que juntavam os nomes dos meus filhos, Sofia e Diego, e assim surgiu a Sodiê Doces”, relembra. Temendo perder a confiança de quem havia apostado em seu negócio, ela assumiu todos os custos da troca de identidade nas lojas. “Para não assustar os franqueados eu assumi toda a dívida, contratei uma grande assessoria, troquei toda a marca, tapete, comunicação visual, tudo por minha conta. Passei mais três anos pagando dívidas para superar esta situação, mas consegui e a coisa começou a fluir melhor”, comemora. Hoje, Cleusa se orgulha por ter quebrado um ciclo na família - ela foi a terceira geração a encarar o trabalho pesado de boia-fria no campo. “Não ver mais a minha mãe com o rosto sujo do carvão da cana e poder dar uma casa para ela foram as minhas maiores realizações”, garante. Dona da maior franquia especializada em bolos artesanais do País, Cleusa diz que, hoje, não vai mais para a cozinha munida de ovos, farinha, leite e outros ingredientes. “Fazer bolo é uma terapia para mim, mas dá muito trabalho, suja muita louça, prefiro comprar”, diverte-se.

“Nunca tive um bolo de aniversário quando criança, mas hoje vejo a importância que ele tem em uma comemoração. Você nasce, cresce, casa... em qualquer festa, o bolo está lá, simbolizando a alegria da vida”

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#oMelhorProfissional – Saúde

O Tradutor da Linguagem Médica na Internet por Camila Rodrigues

O médico Dayan Siebra, sucesso de público no YouTube e mídias sociais, conta a razão de ter trocado o jaleco e o consultório médico pelas lentes de sua câmera de celular

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cearense natural de Crato, Dr. Dayan Siebra, se denomina como “tradutor da linguagem médica”. Isso porque, o profissional é responsável por produzir conteúdo de qualidade, de forma divertida e sem, como ele mesmo diz, palavreados difíceis e científicos, com intuito de ajudar o maior número de pessoas a mudar seu estilo de vida e não se tornarem reféns de remédios e alimentos ultraprocessados. “Eu me reconheço como médico do povo. Hoje em dia, não atuo mais como cirurgião vascular e ortomolecular, mas me dedico à comunicação médica”, conta Dayan e confessa que os vídeos disponíveis são gravados por ele, com o auxilio de sua câmera de celular. O interesse pela medicina desabrochou ainda na infância, ao descobrir o amor e cuidado que sua mãe tinha pelas pessoas. “Via ela, apenas uma dona de casa, cuidando de todos que moravam perto de casa. Passava chás e prescrevia remédios. Comecei, desde muito cedo, a entender que era muito gratificante ajudar o próximo, especialmente aqueles que mais carecem de atenção”, lembra com carinho. Além de sua mãe, Dayan contou com a influência de seu tio, Toinho Siebra, para afirmar sua real vocação. “Ele matava bode e cabras, e eu achava muito bonito o ofício de lidar com a anatomia, mexer com carne, estancar o sangramento e retirar o couro do animal. Pensei que poderia usá-lo, de alguma forma, para ajudar as pessoas, da mesma forma que minha mãe fazia”, completa. A fusão das experiências presenciadas nos primeiros anos de vida ajudou Dayan a trilhar seu caminho para a medicina. O profissional, fascinado por desafios, descobriu, ainda na faculdade, sua aptidão com o manuseio das áreas mais delicadas do corpo humano. “Gostava de dissecar cadáveres, principalmente as partes mais

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desafiadoras, como vasos, veias e artérias; para mim era algo muito empolgante”, diz, e salienta que após 10 anos como cirurgião vascular, resolveu se especializar também na área da medicina ortomolecular. “Notei que só operar não resolvia a vida dos pacientes. Eu tinha que ir mais a fundo, por isso busquei conhecimento na biologia molecular, vitaminas e minerais”.

Mudança Extrema Já estabelecido profissionalmente, Dayan passou por um divisor de águas, que viria mudar todo o seu estilo de vida e como ele enxergava sua profissão. “Levava uma vida comum à de muitos colegas. Trabalhava muitas horas por dia, por conta de atendimento particular, planos de saúde e SUS. Contudo, vendia saúde às pessoas, mas, eu mesmo, estava me descuidado. Me tornei obeso, hipertenso, estressado, ansioso, sem falar nas taxas elevadas que sempre apareciam nos meus exames”, conta, enfatizando que essa rotina não lhe proporcionava nenhuma melhoria. “Não tinha tempo para cuidar de mim mesmo, só trabalhava e não crescia nem profissionalmente e nem financeiramente”.

“Comecei, desde muito cedo, a entender que era muito gratificante ajudar as pessoas, especialmente aquelas que mais carecem de suporte”

Até que um dia, a rotina desenfreada e a negligência com sua saúde foi cobrada. “Fui vítima de um ataque de pânico quando dirigia com minha mãe ao meu lado. Tive um mal súbito, onde meu coração começou a palpitar muito forte; eu quase sofri um AVC. Naquele momento, soube que era hora de mudar drasticamente tudo que estava fazendo”, conta. Para minimizar os riscos e não passar por esse mesmo problema, o médico optou por fazer uma mudança drástica, porém necessária, segundo ele, para se tornar quem realmente desejava ser. “Larguei o modelo tradicional de tra-


#oMelhorProfissional balho e tudo que me prendia. Fui atrás de conhecimento com Tony Robbins, coach americano, que trata de inteligência emocional e negócios”, compartilha a mudança, com intuito de ajudar outras pessoas a tomarem decisões mais assertivas sem ter que passar pelo susto que passou.

Um Novo Recomeço Os números são surpreendentes: 4,77 milhões de inscritos e 332.261.440 visualizações em seu canal do YouTube, sem falar nos vídeos de linguagem fácil e descontraída, como, por exemplo, “O que comer no café da manhã?” que somam, aproximadamente, 2,3 milhões de visualizações. Mas, segundo o profissional, mudar de carreira não foi algo fácil. “Estava insatisfeito com a minha profissão. Queria levar todo o meu conhecimento para mais pessoas. Até que um belo dia, vendo os vídeos do Felipe Neto e do Whindersson Nunes, percebi que eles conseguiam, ao mesmo tempo, passar uma mensagem, divertir as pessoas e ganhar dinheiro. Isso me deixou muito curioso e pensei: por que eu não posso fazer isso também com a medicina?”, lembra.

foto: Molla

Mesmo superando desafios pessoais, como a mudança de estilo de vida e carreira, Dayan precisou enfrentar outro embate. “Precisava de dinheiro para sobreviver, porque tinha uma renda boa no consultório. No começo, não ganhava o bastante para sobreviver e tive que contar com a ajuda da minha esposa. Além do quesito financeiro, tive que enfrentar as críticas de alguns familiares e colegas de profissão”, relata, mas frisa que contou com a aceitação do público e de seus clientes no começo da nova carreira profissional.

Muito Mais que um Canal Sucesso à parte, Dayan comenta que sua missão é passar todo conhecimento aprendido em graduações, cursos de coach e ensinamentos passados pela sua mãe, para pessoas que almejam mudar, mas, por algum motivo, são impossibilitadas de realizar tal ato. Para isso, ele, incansavelmente, trabalha em conjunto com uma equipe de profissional que planejam conteúdo e ações gratuitas na internet para tornar a vida mais saudável. “Procuro juntar a minha expertise de medicina, vascular e molecular, com ensinamentos de coach para produzir vídeos”, diz, frisando que toda fama adquirida é um ponto positivo e importante. “As pessoas me param na rua para falar do impacto que os vídeos fizeram em suas vidas. É muito gratificante e fator indispensável para ter um negócio duradouro”. Segundo Dayan, só conseguimos, de fato, ter fãs na nossa empresa, quando nos dedicamos, damos amor e entregamos o que eles, no caso os seguidores, realmente necessitam. “Não adianta ser um personagem falso e ser maravilhoso na internet, se você não abre as portas da sua vida para eles. As pessoas precisam entender que você é uma pessoa de verdade, gente como eles”, enfatizando que para cumprir essa missão dedica-se de 8 a 10 horas de seu dia estudando e à procura de novos meios de passar conteúdo de qualidade. “Os vídeos não são trabalho para mim, são diversão”, finaliza.

“Eu me reconheço como médico do povo. Hoje em dia, não atuo mais como cirurgião vascular e ortomolecular, mas me dedico à comunicação médica”

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#oMelhorProfissional – Construção Civil

Sofisticação nos Detalhes por Camila Rodrigues

Dona de um estilo fresh e atemporal, a paulistana Roberta Banqueri tornou-se nome de peso na produção moveleira nacional e em premiações de design

oucos profissionais são capazes de lançar um olhar atencioso aos detalhes. Saber projetar com sensibilidade e prever necessidades de seus clientes são fatores preponderantes para aqueles que querem um lugar de destaque no setor, mais que concorrido, da arquitetura. Por ter esses valores bem consolidados em sua trajetória profissional e dona de um estilo fresh e atemporal, Roberta Banqueri, de São Paulo é nome de peso na arquitetura e design de objetos brasileiros. Porém, para conquistar tais honrarias, a paulistana ganhadora da menção honrosa no Prêmio Salão Design, de 2020, teve que vencer desafios e se reinventar, por diversas vezes, como profissional. Para saber mais, nós, da revista Empreende, conversamos com a arquiteta, que compartilhou sua trajetória e inspirações que a acompanham há mais de 20 anos.

Começo de uma Trajetória

Antes de vislumbrar a carreira de arquiteta, Roberta, ainda criança, cogitou pleitear uma vaga de juíza, mas, para sorte de seus futuros clientes, a paulistana seguiu determinada em sua vocação. “Sempre acreditei na Justiça. Porém, com 14 anos, decidi que queria ser arquiteta e fui focada a seguir meu sonho”, lembra. Para que tal desejo fosse cumprido, a profissional contou com os aconselhamentos de um primo, que, na época, trabalhava na área de design de interiores. “Ele me aconselhou a fazer um curso técnico de interiores para, posteriormente, fazer uma faculdade de arquitetura – algo que a realidade da minha família não contemplava. Fui pesquisar e adorei a ideia, pois eu amava arte e desenhar, mesmo sem habilidade alguma”, frisa. Com o caminho traçado, Roberta

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entrou na ETE Carlos Campos, em 1999, e deu início aos primeiros passos de sua longa trajetória profissional. Após a conclusão do curso profissionalizante e já cursando a graduação de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Bandeirantes de São Paulo, a paulistana, aos 21 anos, deu mais um passo importante na construção de seu nome no setor, a abertura de seu primeiro escritório. “Foram anos muito desafiadores. A captação era algo que minha sócia e eu sabíamos fazer bem, pois estávamos acostumadas a desempenhar esse papel na loja de móveis planejados que trabalhávamos. Contudo, o maior desafio foi ser empreendedora. Gerir sem ter muitos projetos e fazer com que os clientes pagassem bem, mesmo sendo desconhecidas no ramo. Foi desafiador ter o discernimento de fazer boas escolhas, mas a vida ensinou”, diz, enfatizando que o traço empreendedor, por algum tempo, não foi muito levado a sério. “Sempre achei que não era boa o suficiente. Hoje sei que sou uma mulher empreendedora e que tenho força e coragem para fazer e recomeçar”, pontua.

O buffet Pele é um dos premiados na categoria Silver do Prêmio A’ Design Award, de 2018, e ganhou menção honrosa no Prêmio Salão Design, 2020.

foto: Divulgação

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#oMelhorProfissional

foto: Henrique Padilha

“Sempre achei que não era boa o suficiente. Hoje sei que sou uma mulher empreendedora e que tenho força e coragem para fazer e recomeçar”

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#oMelhorProfissional – Construção Civil

Segundo a designer, não é possível escolher apenas uma escola artística que defina seu trabalho ou que auxiliou na composição de seu estilo próprio. “Admiro o modernismo das soluções, a acessibilidade de Le Corbusier, do movimento questionador da Bauhaus, a perfeição italiana e a despretensão escandinava. Acredito que todos eles aparecem, de alguma maneira, nos meus projetos”, confessa. “É a água que eu bebi e bebo. Então, com certeza, terei sempre essas referências, mesmo tendo de consolidar a minha base”, pontua a profissional, que se permite acertar e errar, como forma de constante aprendizado. Admiradora de movimentos, a designer aposta também em um mix de referências pessoais, que se desenvolveu, segundo ela, durante sua convivência com clientes e os anos trabalhando com arquitetura, para a construção de sua marca. “Era incansável, da minha parte, entender os clientes e fazer algo que os agradassem. Porém, recentemente, olhei para dentro de mim e para o que eu gostaria de fazer, e me vejo produzindo algo que remete ao meu tempo, de forma contemporânea, mas, também, com referências fortes do modernismo, que eu adoro”, confessa.

Ambientes Desafiadores

Para complementar sua formação e explorar segmentos diferenciados, Roberta fez pós-graduação em Arquitetura Hoteleira. “Nos projetos dessa magnitude, temos que ter uma preocupação redobrada com o bem-estar e segurança dos hóspedes. Priorizamos, nesse tipo de empreendimento, durabilidade e funcionabilidade de produtos e espaços, desempenho dos materiais, eficiência energética, sustentabilidade das ações e percepção do público”, salienta a designer e complementa que esses fatores permeiam projetos de hotéis de luxo ou de caráter mais econômico. “Não é só ser belo”. Os desafios que permeiam seus projetos ligados a redes hoteleiras, em alguns aspectos, como segurança, são os mesmo que norteiam a construção de ambientes hospitalares – algo que também está presente em seu portifólio. “Cada ambiente tem um uso específico, contudo eles se interligam e, por isso, é preciso estudar normas que regem esses locais, conversar com os profissionais

foto: Divulgação

Sofá Pedras (vermelho) ganhou na categoria Silver do Prêmio A’ Design Award 2018, na categoria Móveis, Artigos Decorativos e Design de Artigos para Casa

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foto: Divulgação

Construção de uma Marca Autêntica

A liberdade dada aos clientes é um dos diferenciais de Roberta, que prioriza o conforto e funcionabilidade de seus projetos

atuantes na saúde, entender todas as necessidades dos pacientes, além de conhecer a funcionabilidade de cada equipamento. É um trabalho para uma equipe enorme de arquitetos e engenheiros especialistas na área”, conta sua experiência no setor.

Transição Profissional

Movida por desafios, seja criar espaços funcionais e confortáveis para hóspedes de um hotel ou centros cirúrgicos, Roberta, depois de anos de profissão e um nome consolidado no ramo de arquitetura, está colocando em prática seu amor pelo design de produtos. A transição para a nova área aconteceu de forma orgânica e, ao mesmo tempo, muito intensa. “Foi algo visceral, que contou com uma evolução e reforço espiritual muito grandes. Para quem vê de fora, parece que surgiu do nada, porém foi um processo que começou em 2016. Me sinto muito feliz em me possibilitar a oportunidade de arriscar e ter tido coragem para mudar. Tudo é diferente, mas conto com a experiência”, diz. Com a mudança de ares, Roberta, por meio de seu cuidadoso trabalho, foi agraciada com importantes premiações. Uma delas é o A’Design Award na categoria Silver com três peças: Sofá Pedras, Linha Pele, Luminária Urbana, que também lhe renderam o short list do Brasil Design Award, em Design de Produto. “Não tenho como expressar a felicidade por essas premiações. Foi uma carga de encorajamento e da validação do caminho escolhido; é um reforço de fé e um sinal para seguir em frente”, emociona-se. Em meios a tantos projetos realizados e premiados, a designer afirma que não tem como mensurar, dentro de seus 20 anos de profissão, qual peça ou projeto é mais importante. Para ela, todos, sem titubear, possuem uma peculiaridade especial e significância dentro da sua história profissional – seja pelo seu material arrojado ou funcionabilidade. “Amo todas demais. Olho para cada uma delas com carinho e me sinto realizada. Algumas me comovem, como o Aparador Vó – amo o que ele representa. Agradeço a Deus por toda inspiração”, finaliza.



#oMelhorProfissional – Tecnologia

Um Papo da Hora sobre Tecnologia nas Periferias por Angelo Davanço

Nascida e criada na Baixada Fluminense, Nina da Hora fala sobre as experiências tecnológicas que envolvem cada vez mais jovens nas periferias brasileiras

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na Carolina da Hora, a Nina, tem 24 anos e estuda Ciência da Computação, primeiro em uma faculdade pública de Petrópolis (RJ), depois veio a transferência para a PUC do Rio de Janeiro. Nascida em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ela vem de uma família de professoras e gosta de dizer que tem cinco mães: a mãe, propriamente dita, a avó e três tias, todas professoras. “O estudo sempre esteve presente na minha vida, no meu ensino fundamental e médio, eu fui fazendo cursos, fiz cursos de computação gráfica, web design, depois fiz curso técnico de informática, isso me ajudou muito a trabalhar como freelancer, fazendo sites, dando aulas”, relembra. Ainda durante a primeira faculdade, iniciou um estágio em uma escola particular na zona Sul do Rio de Janeiro. Após um ano, já estava dando aulas no colégio. “Foram três anos sensacionais, pois ajudei a construir uma cultura maker na escola. Fiz um projeto de tecnologia criativa com os alunos, que era pegar os conteúdos das disciplinas e transformar em algum jogo, em algum projeto tecnológico”, explica. Um dos projetos foi na área de literatura. Os alunos do fundamental 2 deveriam ler um livro e, ao final do ano, fazer uma encenação sobre a obra para os pais e professores. O que era para ser mais uma peça teatral no festival escolar, virou muito mais nas mãos de Nina e seus alunos. “Em vez de encenarmos uma peça de forma física, a gente fez uma encenação no Minicraft. Dividi a turma entre ilustradores, cenógrafos, roteiristas. Exploramos uma nova

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#oMelhorProfissional

foto: Divulgação

“Quando os jovens de periferia conseguem ser protagonistas do uso da tecnologia, eles pensam muito em como compartilhar isso com outras pessoas, e isso de fato é que gera a mudança na economia, que ajuda a diminuir um pouco a desigualdade”

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#oMelhorProfissional – Tecnologia Engajada nas coisas ligadas à informática e às comunidades periféricas, Nina da Hora logo começou a participar de organizações cariocas destinadas a democratizar o acesso à tecnologia. Neste movimento, criou o projeto Computação da Hora. “É um trabalho que mantenho até hoje, com o objetivo de ensinar conceitos de computação de forma acessível para a galera, então eu visito escolas públicas, faço oficinas, estou construindo todo o material que as escolas vão poder utilizar de forma gratuita, por conta de parcerias que fui conseguindo”, explica. Após dois anos de treinamento na Apple, que lhe rendeu uma viagem ao Vale do Silício, Nina trabalhou no desenvolvimento de dois apps. O Sami, já disponível, é focado em ensinar conceitos de programação para os jovens, mostrando principalmente referências de mulheres na Ciência da Computação. “Existe uma faixa etária, dos 8 aos 12 anos, em que as meninas precisam de referências para saberem que área vão seguir, e normalmente elas não

encontram referências em exatas, então acham que é um ambiente masculino. E dos 8 aos 12 anos, as mulheres são muito boas na área de exatas, existem pesquisas que provam isso e, de repente, por não terem referências, elas acabam não seguindo”, avalia. Ogunhe, o outro projeto desenvolvido por Nina graças ao treinamento da Apple, é um site interativo que mostra a história das cientistas de origem africana. “Comecei a construir este projeto há três anos e agora ele está caminhando para chegar na rua, com algumas parcerias já feitas”, diz.

“Vivemos num país em que mais de 40% da população não tem acesso à internet de qualidade, então, basta ter acesso à internet para você já estar em um outro nível”

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foto: Ricardo Borges

possibilidade permitida pela tecnologia”, aponta.


foto: Ricardo Borges

#oMelhorProfissional

Grupos se Multiplicam nas Periferias Brasileiras Entre os projetos ligados à tecnologia nascidos na periferia, Nina da Hora cita iniciativas como PerifaCode, Tecnogueto e Minas Programam. “São movimentos iniciados por jovens que estão na periferia, aprenderam tecnologia, são ótimos programadores, ótimos desenvolvedores, sabem muito bem do que estão falando e criaram estes grupos justamente para ensinar para outros jovens como eles e tentar fazer com eles tenham os mesmos acessos que eles tiveram ao longo de suas vidas, de experiências na área de tecnologia”, diz. “São exemplos de como você pode utilizar o conhecimento em prol da própria comunidade e ajudar as pessoas a serem protagonistas e não só ser consumidoras da tecnologia”, finaliza.

Democratização da Tecnologia Para Nina da Hora, a tecnologia, em um país como o Brasil, acaba reproduzindo o que ocorre em outras esferas da sociedade. “As dificuldades, as desigualdades que vemos no mundo real, estão se transportando para o mundo virtual, e o desafio é entender como fazer para estes dois lados se cruzarem. O meu maior medo é este, de a gente estar construindo dois futuros na tecnologia. A partir do momento em que a gente faz com que pessoas que vivem problemas reais consigam acesso a infraestrutura de qualidade e possam conversar com pessoas que estão vivendo um outro mundo com muito mais acesso, é um lance de você juntar dois lados que vão conseguir resolver os mes-

mos problemas que, querendo ou não, atingem os dois, mas de formas e intensidades diferentes”, analisa, antes de dar um recado para quem produz tecnologia no País: “Precisamos ter cuidado com as tecnologias que estamos criando, porque é preciso olhar para o nosso time, ver se a equipe que está pesquisando, que está criando, que está desenvolvendo, que está inovando, é uma equipe que tem olhares diferentes, perspectivas diferentes, vem de experiências diferentes, porque se a gente vier do mesmo lugar, não houver diversidade, aí vamos criar mais do mesmo. Não terá inovação de fato e nem a resolução de problemas reais”.

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Entrevista de Capa

Poupadora Profissional por Camila Rodrigues

Descubra quem é a mulher por trás do maior canal de finanças pessoais do mundo, capaz de lhe ensinar macetes para ganhar o seu primeiro milhão

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paixonada por finanças e com uma desenvoltura de dar inveja, Nathalia Arcuri, diretora de conteúdo do Me Poupe!, primeira plataforma de entretenimento financeiro do Brasil e maior canal de finanças pessoais do mundo, é uma daquelas mulheres surpreendentes e inspiradoras. A admiração gerada não é fruto, apenas, de sua capacidade de empreender e mostrar que, sim, é possível alcançar metas e transformar sonhos em realidade – mesmo aqueles que nutrimos durante a infância –, mas, por ser capaz de indicar um caminho de sucesso para todos que querem mudar de vida. “Meu principal objetivo sempre foi transformar a vida financeira de todos os brasileiros e diminuir – e quem sabe, um dia, acabar com – a desigualdade social”, diz. “Recebemos centenas de histórias todos os dias e é sempre muito emocionante ver o impacto positivo na vida de tantas pessoas. O dinheiro veio como consequência do valor que oferecemos. Isso é natural. Hoje, esse dinheiro é usado para fazer a empresa crescer e dar oportunidades de trabalho. A minha vida financeira já está bem encaminhada. Não trabalho mais porque preciso. Hoje, só faço o que eu amo”, afirma.

De Pequena que se Aprende

Diferente de muitas crianças que sonham em ter o brinquedo da moda, a pequena Nathalia tinha outras predileções - bem peculiares para sua pouca idade. “Sim, comecei cedo. Com oito anos, resolvi juntar o dinheiro do lanche (quando tinha) e pedia dinheiro em vez de presentes de Natal e aniversário, tudo com o intuito de economizar para concretizar o meu sonho de ter um carro com 18 anos. O carro, na verdade, era apenas um símbolo de liberdade para mim”, conta.

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Entrevista de Capa

foto: Marcelo Spatafora

“Quando focamos no que queremos, é bem mais fácil nos mantermos firmes”

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foto: Marcelo Spatafora

Entrevista de Capa


Essa consciência, um tanto quanto precoce, desabrochou depois de saber que uma de suas colegas de escola já tinha um investimento no seu nome. “Seus pais estavam fazendo uma poupança para as filhas terem um carro quando completassem a maioridade”, diz. Animada com a ideia de também ter uma poupança para chamar de sua, Nathalia fez, então, a temida pergunta dentro de casa: “Eu também tenho uma poupança? Ganhei um grande não”, lembra. Mas essa resposta foi responsável por dar o impulso que precisava.

“Quem empreende não vende apenas um produto ou serviço. Esses fatores são um meio para passar ao cliente o seu propósito, a essência da marca.”

Certa de sua “metona”, como denomina meta de longo prazo, a investidora conseguiu concretizá-la, mas, segundo ela, não foi uma tarefa muito fácil. Precisou de muita dedicação, além de ter seus objetivos muito bem traçados. “Sempre foi muito claro na minha cabeça o que, de fato, é mais importante para mim. Quando focamos no que queremos, é bem mais fácil permanecermos firmes”, diz. Entretanto, ela sabe que esse autocontrole não é um traço característico em todas as pessoas, por isso, dedica-se a ajudar os menos disciplinados que, por algum motivo, se perderam no meio do caminho.

Mudança de Carreira

A musa das finanças, apelido carinhoso dado por seus seguidores, sempre foi uma apaixonada por dinheiro e tudo o que diz respeito a esse universo. Contudo, a adversidade encontrada era decifrar todo aquele “economês” contido em sites e publicações relacionadas ao assunto, já que, de alguma forma, esse tipo de conteúdo excluía grande parte da população. “O problema era entender aquilo tudo. Era como se fosse outra língua. À medida que fui quebrando a barreira da linguagem, comecei a questionar por que não tinha uma linguagem mais clara, uma forma mais interessante e simples de explicar os investimentos e as oportunidades que estavam ao alcance de todos”, explica. Decidida a descomplicar o assunto e torná-lo interessante aos olhos de todos, Nathalia planejou um quadro televisivo sobre educação financeira para o programa que trabalhava na época. “Os responsáveis pela programação acharam a ideia tão boa, que passaram para o apresentador principal conduzir. Mas, no final, o quadro acabou não acontecendo”, conta. Mesmo sem espaço na televisão, a empreendedora optou por dividir seu conhecimento em outra plataforma de comunicação. “Em 2012, criei um blog que tinha como objetivo dar dicas e ajudar as pes-

Entrevista de Capa soas a cuidarem do próprio dinheiro, o ‘Poupe com a Sara’”, lembra, revelando que o nome escolhido foi fruto de um apelido dado por colegas, devido a sua capacidade de poupar centavo por centavo.

Ferramenta de Empoderamento

Segundo Nathalia, saber “mexer com dinheiro” é uma forma de empoderar mulheres, especialmente aquelas que estão à mercê de companheiros abusivos, que usam a situação financeira como forma de chantagem. “Eu fiz uma matéria falando que, no Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é violentada, e 70% delas continuam com os agressores por serem dependentes financeiramente deles”, lembra. “Isso mexeu tanto comigo, que eu queria possibilitar a essas mulheres a mesma sensação de liberdade que eu tinha, por ter controle absoluto sobre o meu dinheiro”, emociona-se, destacando que essa foi uma das razões que a motivaram a criar o Me Poupe! “A minha intenção era transformar a vida de algumas dessas pessoas e, hoje, me emociono em saber que impactamos milhões”, diz. O canal, que nasceu em 2015, tem mais de 22 pessoas empregadas na equipe, trabalhando nas mais diversas áreas do empreendimento. A investidora garante que migrar de carreira foi um grande desafio em sua vida, por isso, precisou fazer de forma muito responsável e consciente. “Mudar de profissão foi um grande passo, mas me preparei para isso. Poupei um valor que me permitiria ter o mesmo estilo de vida por dois anos, caso as coisas não corressem como o planejado. Isso me deu segurança para escolher o caminho que iria seguir”, completa.

Uma Câmera e uma Colher de Pau Todo projeto necessita de investimentos, sejam eles imponentes ou não. “Eu gravava os vídeos em casa. Para isso, comprei uma câmera digital de segunda mão e fazia as edições. Somando todos os gastos, foram menos de cinco mil reais de investimento inicial, sem falar que a minha primeira funcionária foi um colher de pau, que usava para regular o foco e desligar a câmera”, explica para aqueles que ainda não sabiam o motivo de vê-la sempre empunhando uma colher durante os seus vídeos. Para ela, a maior dificuldade foi chegar nos primeiros mil seguidores. “Tive que me reinventar. A Nathalia repórter ‘não prestava’ como criadora de conteúdo da internet; tive que reaprender a falar com a câmera”, lembra.

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Entrevista de Capa Hoje, segundo a fundadora, o Me Poupe! faz parte de um grande ecossistema de matérias pagas e gratuitas. “Tem 90% do nosso conteúdo disponível de graça na internet. Monetizamos os materiais gratuitos no YouTube, redes sociais e rádio, por meio de patrocínios de empresas que têm propósitos alinhados com os nossos”, diz, enfatizando que a receita da marca advém, também, de outros trabalhos realizados, como licenciamento de imagens, palestras apresentadas por todo o Brasil e cursos – como, por exemplo, o “Jornada da Desfudência”, curso on‑line de finanças pessoais, mindset e investimentos. Desafios à parte, o conteúdo gerado pelo Me Poupe! alcançou tamanho posto de relevância, que é considerado o precursor em sua área de atuação. “É uma responsabilidade e tanto e, ao mesmo tempo, uma pressão enorme por superação. Quando comecei, quatro anos atrás, ouvi que meu material não tinha credibilidade, pois era ‘engraçado’. Hoje, me orgulho em ver grandes bancos e corretoras usando o Me Poupe! como referência de sucesso e benchmark de conteúdo”, orgulha-se.

Me Poupe! Dessa Falta de Informação

Para Nathalia, a falta de conhecimento de boas práticas financeiras é uma das principais razões que faz as pessoas tomarem atitudes equivocadas. Pensando, nas suas próprias palavras, em “desfuder”, diminuir o número de inadimplentes no País, que gira em torno de 60 milhões, e transformar todo brasileiro em investidor, o Me Poupe! tem como uma de suas missões ensinar educação financeira descomplicada e acessível para todos. “Quando não sabemos algo, é provável que usemos de forma errada, e é o que acontece com as pessoas que têm acesso ao crédito e não sabem usar, elas se endividam”, explica. Para Nathalia, as crianças precisam entender o dinheiro, como funcionam os juros e todo o conceito. “Isso gera uma vida financeira saudável lá na frente”, pontua. Para tal feito, Nathalia, junto a sua equipe, gera material informativo de qualidade, mas sem aquele tom complexo e cheio de termos específicos, atrelado ao bom humor. Um dos exemplos é o vídeo “30 hábitos pra economizar e enriquecer!”, no qual a empreendedora, de forma divertida e didática, exemplifica ações rotineiras que podem mudar, drasticamente, suas finanças. O vídeo foi tão bem aceito pelo público que conta com mais de 2,3 milhões de visualizações. “Ninguém quer falar de dinheiro. Se não fosse o entretenimento e a embalagem divertida que criamos, certamente, não teríamos o maior canal de finanças pessoais do mundo no YouTube”, afirma. A empreendedora ainda destaca que são mais de 4,6 milhões de inscritos e 232,3 milhões de visualizações, desde 2015, no canal da plataforma, desde quando começaram os primeiros vídeos. “Minha intenção sempre foi mostrar para as pessoas que investir é uma coisa incrível, apaixonante e superdivertida”, completa.

No Caminho Certo

Além da popularidade de seu canal, o Me Poupe! tem os números a seu favor como forte indicador de qualidade e sucesso. Para Nathalia, tudo isso mostra que eles estão no caminho certo. “Por trás de cada número existe uma história de vida, de superação. No Me Poupe!, a gente ajuda a mudar a história de vida das pessoas dando a elas o poder da informação. O objetivo do Me Poupe! é espalhar a educação financeira pelo País. Hoje, impactamos mais de 14 milhões de pessoas todos os meses e eu acredito que é assim que vamos mudar o Brasil”, conclui.

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Entrevista de Capa

“Não trabalho mais porque preciso. Hoje, só faço o que eu amo”

foto: Marcelo Spatafora

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#oMelhorProfissional – Cultura e Arte

Luiz Escañuela, o artista que extrapola o real em suas obras por Camila Rodrigues

Descubra quem é o pintor hiper-realista que potencializa as emoções humanas em suas obras artísticas

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iante da grandiosidade de suas obras – não só pelo tamanho, mas pela quantidade de detalhes vívidos que, muitas vezes, extrapolam o real – é possível captar, segundo o artista plástico Luiz Escañuela, de 26 anos, pequenas nuances e histórias de vida, que podem gerar uma infinidade de interpretações, fazendo o espectador se questionar se está diante de uma pintura a óleo ou uma fotografia. Isso porque, o paulista natural de São Caetano do Sul, região do Grande ABC, retrata, com maestria, a anatomia humana usando técnicas pertencentes ao movimento do hiper-realismo. “Sempre nutri uma atração muito forte de como podemos ressignificar a nossa própria realidade”, compartilha. O artista confessa que foram as obras produzidas pela britânica Jenny Saville que fizeram ter a certeza de trabalhar com a pele e as massas corporais de um jeito poético. Contudo, há outros nomes que ajudaram Luiz a desenvolver um estilo próprio dentro desse nicho artístico. “A brasileira Adriana Varejão também é uma grande inspiração. Ela intersecciona anatomia com iconografia e faz uma releitura incrível de obras do período colonial brasileiro”, conta, e diz que não se prende apenas em agentes artísticos que dialoguem com sua estética. “Todos os dias ganho uma inspiração nova. Estou sempre acompanhando o que tem sido produzido na pintura contemporânea; artistas que trabalham com diferentes materiais e linguagens”. Ele ainda destaca os nomes de peso: Kit King, Marco Grassi, Jaime Lauriano, Ai Weiwei, Marina Abramovic, Ron Mueck, Li Songsong, Jeremy Geddes, Marco Beccari, Eloy Morales e Paulo Piota, como agentes de cultura importantes em sua trajetória profissional.

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Despertar da Vocação Antes de conquistar seu espaço no meio das artes plásticas, Luiz vislumbrou a carreira de designer gráfico. “Fiz curso de Design Gráfico e Arte, mas não conclui a formação em artes. Sempre soube que gostaria de trabalhar com criação e, durante a adolescência, optei pelo design, onde imaginava que encontraria um equilíbrio entre o mercado de trabalho e a minha liberdade criativa”, salienta, frisando que sua relação com a produção artística começou cedo. “Acho que ‘crio’ desde os meus 6 anos de idade. Desenhos, histórias e maquetes. Sempre gostei muito de trabalhos manuais e, de certa forma, essa predileção foi se aperfeiçoando e eu passei a reproduzir coisas mais íntimas com as minhas criações”, diz. Em paralelo com os estudos de design, Luiz não deixou de colocar em prática novas técnicas e produzir estudos. Uma dessas produções, foi a séria autoral SÍMIO - espécie da ordem dos primatas mais próximos da evolução do homem -, que contemplava dez obras de caráter intimista e questionadora. “Foi a primeira vez que usei a técnica para expressar algo extremamente íntimo para mim. Usei a figura de símio para abordar aflições e dores nas relações humanas”. “Por meio desse trabalho ganhei uma bolsa para estudar Artes no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e iniciei, de fato, a minha carreira artística com uma exposição coletiva”, relembra.

Extrapolar o Real

Luiz orgulha-se ao falar de seu trabalho e seu processo criativo. “Primeiro escrevo bastante sobre o trabalho para fixar a minha pesquisa. Depois parto para uma sessão de


#oMelhorProfissional

Obra: “Manto“ é uma releitura da gravura “Carte du Brésil“, feita por JeanBaptiste Debret em 1834.

foto: Divulgação

O mapa é “invadido“ por pele nas áreas mais costeiras do País, os rios e afluentes são colocados na composição como veias e artérias que percorrem e “sangram“ o território.

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fotos com modelos – estipulando as partes do corpo que serão fotografadas –, acertando a luz e dramaticidade. Após edição da imagem base, faço a reprodução para a tela e pintura óleo. O que pode levar de dois a seis meses de produção”, explica.

Óleo sobre tela

#oMelhorProfissional – Cultura e Arte

Ainda segundo o artista, suas obras são passíveis de provocações. “Acredito que o hiper-realismo pode aproximar com mais facilidade e introduzir novas discussões para o debate artístico. Dentro das possibilidades posso reproduzir o real, deformá-lo, representar algo de maneira literal ou completamente metafórica”, explica, frisando que essas características pertencentes ao seu trabalho possibilitam o entendimento de leigos e especialistas.

Óleo sobre tela

Esse conjunto de ações que nortearam a produção de DISRUPTO, sua primeira exposição profissional, que aconteceu em 2019 na galeria Luis Maluf, em São Paulo. “Esse trabalho foi resultado de três anos de pesquisa e experimentos. Foi nele que consegui mostrar o meu trabalho com diálogos entre as obras e a coerência conceitual, que procuro inserir como um todo”, conta. “Foi uma experiência incrível poder conversar com todas as pessoas presentes e ter contanto com os elogios e críticas. Também é um momento de laboratório para mim, como artista, porque é na recepção e na reação dos espectadores que posso captar interpretações para as obras que crio”, complementa.

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O interesse pelo hiper-realismo, estilo adotado em suas obras, surgiu pelo interesse em captar detalhes, muitas vezes, imperceptíveis a olho nu, do corpo humano e como eles podem carregar uma carga repleta de interpretação

A Rentabilidade da Arte no Brasil/Arte como Profissão

O artista elabora estudos complexos da anatomia humana para compor suas obras

Para Luiz, para viver de arte no Brasil é preciso ter, com toda certeza, um planejamento prévio e muita paciência. “Começar a vender seus trabalhos ou sua pesquisa é como ser contratado por uma empresa, onde você receberá um salário mensal com benefícios. O processo pode ser lento, mas acredito na importância de ter uma outra fonte de renda para ter segurança nos primeiros meses e anos”, relata. “É preciso circular entre as galerias, fazer leituras de portifólio e trocar vivências com outros artistas”, conta o artista que tem, em sua conta pessoal no Instagram, 241 mil seguidores e foi considerado um dos brasileiros com menos de 30 anos mais influentes no país pela revista Forbes, que listou 90 nomes em 15 diferentes áreas. Óleo sobre madeira

foto: Divulgação

#oMelhorProfissional

A estratégia adotada por ele trouxe resultados frutíferos. “Já expus nos Estados Unidos e, no ano passado, ministrei um workshop na Alemanha, que irei repetir, também, na cidade de Munique”, frisa, e diz que esse intercâmbio cultural só é possível pela troca com outros artistas e pessoas.

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E X C L U S I V I D A D E T E R

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bild.com.br/tayga (16) 99622-9750 Registro de Incorporação Nº R.8/160075, Matrícula 160.075 do 2° OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS DE RIBEIRÃO PRETO. Todos e quaisquer móveis, objetos de decoração e paisagens, vinculados em materiais com o descritivo “perspectiva ilustrada” são meramente ilustrativos e não fazem parte do objeto do contrato. Na entrega do empreendimento, as ilustrações, os desenhos e os modelos poderão apresentar diferenças. A vista apresentada nas imagens é meramente elucidativa, não sendo a fotografia exata do local do empreendimento. Material impresso em janeiro/2020.


#oMelhorProfissional – Música

Gabi Luthai dá Show como Cantora, Youtuber e Empreendedora por Renata D’elia

Talentosa e determinada, a jovem influenciadora recusa rótulos, toma as rédeas da própria carreira e diversifica atividades

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ompletando 27 anos no mês de março, Gabi Luthai se destaca na multidão de rostinhos bonitos e memes típicos das celebridades digitais, indo muito além dos números para se consolidar como uma influenciadora de credibilidade. Ela pode cantar, compor, dançar, atuar, falar do seu próprio estilo de vida, criar estratégias digitais e gerir a própria carreira na cultura e no mundo da beleza. Suas redes sociais são valiosas e ela tem mais de 2 milhões de seguidores no Instagram e 2,5 milhões de inscritos no YouTube, com direito a parcerias e patrocínios de marcas importantes. Sua carreira está em curva ascendente. Gabi nasceu em Araxá (MG), tem apenas 1,56 m de altura, mas é dona de ideias grandes e de uma energia realizadora. Fala com bastante rapidez, clareza, embasamento e força de opinião. Como uma típica representante dos millennials, ela praticamente nasceu digital e multiplataforma, com o trunfo de diferentes talentos. Sempre gostou de cantar e teve sua primeira experiência musical com uma banda de pagode no colégio. Aos 14 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo fixo de estudar para passar no vestibular de uma universidade federal. Acabou entrando em Engenharia Civil, mas não se formou. “Eu era bastante inteligente, mas também cantava e tocava violão. Tinha um lado criativo. Por isso, com 17 anos, criei meu canal no YouTube”, conta Gabi. De Marisa Monte a Luan Santana, passando por Mc Guimê, Thiaguinho, Demi Lovato e Anitta, suas covers versáteis passam por diversos gêneros musicais e hoje convivem com composições próprias ou feitas

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foto: Divulgação

“Não gosto de ser rotulada como uma cantora sertaneja ou de qualquer estilo. Se qualquer pessoa passar 30 minutos ouvindo minhas canções, vai perceber que eu tenho várias influências”

#oMelhorProfissional

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#oMelhorProfissional – Música para ela. “Não gosto de ser rotulada como uma cantora sertaneja ou de qualquer estilo. Se qualquer pessoa passar 30 minutos ouvindo minhas canções, vai perceber que eu tenho várias influências”, afirma.

Foco, Persistência e Intuição

O fato é que o canal demorou um pouco para decolar. “Eu recebia tanto críticas quanto elogios e tive que aprender a filtrar as coisas e seguir em frente, sem desistir. O artista e o empreendedor têm em comum a necessidade de se expor e assumir riscos. Pensei em desistir algumas vezes, mas ouvi a minha própria intuição e segui adiante”. Muito exigente, ela se cobrava pela perfeição, mas teve que desapegar de algumas “neuras” para deixar seu trabalho fluir. Suas inspirações? Os canais de outros artistas da mesma geração, como Justin Bieber, que estava começando na mesma época. Se ela teve algum tipo de educação formal para conseguir tanta atenção e

engajamento? Nenhuma. O aprendizado se deu com base na observação de outros youtubers de sucesso. Gabi tinha uma meta clara: ser descoberta por algum empresário ou agente do mundo da música. Isso aconteceu em 2013, quando ela atingiu 500 mil seguidores. Seus primeiros publiposts (post patrocinados) chegaram em 2013 por meio da BR Media, uma das maiores agências especializadas em marketing de influência no País, justamente no momento em que essa modalidade começava a despontar no Brasil. “O influenciador fala direto com o público. Ele tem a credibilidade e a autenticidade de quem cria o próprio conteúdo. Não é como um artista de TV sendo pago para fazer um comercial que não tem a ver com ele”, diz ela. Seis anos depois do seu primeiro álbum, seu sucesso mais recente é a balada “Respire Fundo”, cujo clipe tem participação de Gabriela Luz e Thiago Mart, do duo Mar Aberto. A música foi composta por ela em parceria com três outros compositores e tem uma letra motivadora. Apesar de ter feito sucesso no Rock In Rio 2017, Gabi conta que passou por uma fase de instabilidade naquele período, quando o número de shows caiu devido à crise econômica no País. Foi a hora de respirar fundo e persistir! “Se eu dependesse unicamente de shows, teria me dado mal. Por isso a minha dica para artistas e empreendedores é diversificar! Jamais apostar todas as fichas em uma coisa só!”

Gabi Luthai com o duo Mar Aberto

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foto: Divulgação

Gestão da Própria Vida Hoje, Gabi se divide entre São Paulo e Campo Grande (MS). Ainda este ano, deve se casar com o noivo Téo Teló, irmão do cantor sertanejo Michel Teló, e está produzindo uma websérie no YouTube sobre os preparativos para o casório. Ela faz questão de cuidar do conceito de todos os projetos e acompanha todos os resultados de perto. “Mantenho a gestão de tudo, mas delego as coisas que outras pessoas podem fazer melhor que eu. Tenho um advogado que cuida dos contratos, um contador que cuida do meu financeiro, produtores e técnicos de som e de vídeo. Assim, libero meu tempo para focar naquilo que só eu posso fazer”, diz Gabi.


#oMelhorProfissional

Ela também está à frente da Fresh Blends, uma marca de cosméticos e produtos funcionais que já está fazendo sucesso nas redes sociais. Como se não bastasse, quer lançar também mais canções autorais em 2020. Para manter a cabeça em ordem e dar conta de tudo, ela aposta em autoconhecimento, faz meditação, vai a retiros e não abre mão da sua sessão semanal de psicoterapia. Como resultado, Gabi tem uma boa projeção de si mesma sobre o futuro, mas não quer se limitar demais. “Penso muitas coisas para os próximos 3 anos, mas nem tanto no longo prazo. Como artista, quero estar livre para seguir caminhos diferentes. Prefiro estar aberta a tudo o que ela pode me oferecer”.

foto: Divulgação

“Mantenho a gestão de tudo, mas delego as coisas que outras pessoas podem fazer melhor que eu.”

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Fotografia #oMelhorProfissional – Fotografia

“A Beleza do Balett” foi o primeiro projeto de fotografias de balé no Rio de Janeiro, valorizando a arte da dança e se tornando uma grande inspiração e referência para muitos artistas e fotógrafos na sua região. Informações de contato: @marinhofotografia @a_beleza_do_ballet https://www.alessandromarinho.com

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fotos: Alessandro Marinho

Alessandro Marinho, fotógrafo há sete anos, especialista em retratos de pessoas, moda e dança, baseado na cidade do Rio de Janeiro. Sendo um grande fã de fotos com movimentos, impacto e expressão corporal, em 2017, Marinho decidiu criar um projeto de fotografias de balé com o objetivo de mostrar a imensurável beleza dessa dança através das suas fotos.


#oMelhorProfissional

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#oMelhorProfissional – Fotografia

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fotos: Alessandro Marinho

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#LookdoDia

Peças para investir de acordo com seu ambiente de trabalho Amanda Salomão Consultora de Moda, Imagem e Estilo. @amandasalomao Mais informações de contato: abeeon.com.br/ amanda-salomao

O

ano começou e você, certamente, está pensando em fazer umas comprinhas para ampliar suas opções no guarda-roupa profissional, e eu estou aqui para te dar umas dicas.

dados. Quanto mais lavado for o seu jeans, mais a mensagem de jovem e moderna você irá passar e, consequentemente, estará distante da mensagem de profissional elegante.

Nas minhas consultorias de imagem, frequentemente recebo perguntas relacionadas a peças nas quais seria importante investir para o trabalho. A minha resposta é que é preciso sempre pensar em cada ambiente profissional, nos perfis dos clientes, se a empresa ou profissão tem um dresscode (código de vestimenta) já estabelecido, pois, muitas vezes, a dica de uma roupa pode funcionar para uma determinada profissão, mas não para outra.

Na escolha dos sapatos, prefira os mais fechados e menos esportivos. Sim, os tênis com uma pegada casual estão em alta, porém, eles podem deixar o seu look de trabalho com um aspecto muito despojado e menos responsável.

Porém, pensando sempre em te ajudar a ser uma empreendedora de sucesso e com uma imagem profissional exemplar, separei algumas dicas de peças para investir que são bem-vindas em MUITOS ambientes de trabalho e deixam a imagem profissional mais elegante. Vamos começar com os tecidos. Para o trabalho, pense sempre nos mais planos e estruturados. Deixe um pouco de lado os “molinhos”, como as malhas, ou os mais agarradinhos. A seda, o crepe e a alfaiataria caem muito bem em composições profissionais e dão mais credibilidade e maturidade ao seu perfil. O jeans é uma peça queridinha no guarda-roupa da maioria das pessoas. Se no seu dresscode o denim se encaixar, prefira os que possuem uma lavagem mais escura e com menos detalhes de rasgos ou marcas de tendências, como bor-

Pense também nas cores das peças que você elege para o seu guarda-roupa profissional. As cores neutras, como azul-marinho, preto, cinza, tons de bege, marrom, off white, rosé e verde militar, passam uma mensagem mais séria. Já as cores mais intensas e vibrantes possuem um ar mais animado, alegre e comunicativo. O importante é que você consiga fazer um mix delas na hora de sair para trabalhar e equilibrar a mensagem que quer passar com o seu visual. Além das roupas, é importante tomar cuidado com os acessórios, seus tamanhos e os temas escolhidos. Muitas vezes, uma temática de caveira, por exemplo, pode não cair bem naquela reunião com um novo cliente. Até mesmo os de tamanhos muito exagerados. Prefira os clássicos, como as pérolas, temáticas mais arredondadas e os de tamanho mais discreto, eles deixarão a sua imagem profissional mais séria. Espero que você, como empreendedora, invista nas peças certas e arrase por aí!

Um super beijo, bons looks e bons negócios!

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#Etiqueta&Negócios

Como fazer uma reunião de sucesso por Andréa Staciarini

Andréa Staciarini

Consultora de Etiqueta @mesaetiqueta Mais informações de contato: mesaetiqueta.com.br

Às vezes, parece uma sessão de tortura, mas é apenas uma reunião. Qual é o limite, então, entre a enrolação e a reunião produtiva?

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utro dia, ouvi a seguinte frase de um empresário: “As reuniões não me deixam mais trabalhar!” Embora se pressuponha, na rotina empresarial, que é durante uma reunião que se consolide o trabalho, muitas vezes, esta o torna lento, improdutivo e cansativo, e o encontro não resulta em solução para nada. Por sua vez, é correto afirmar que as convenções, reuniões e assembleias que funcionam têm as mesmas três características: são administradas com firmeza, possuem um propósito claro e possuem suas regras respeitadas pelos participantes. Administrar com firmeza é papel do coordenador da reunião e, consequentemente, o sucesso ou o fracasso do encontro depende de sua atuação. Será ele quem oportunizará a todos a vez de falar e quem diplomaticamente acalmará os egos exaltados pelas opiniões divergentes. Possuir um propósito é ter em mente um objetivo sério, uma meta. Parece simples, mas é aqui que as reuniões se complicam. Quando os participantes têm a palavra, muitas vezes, divagam e perdem o foco das questões centrais, por isso, ter uma pauta e manter-se nela são os elementos mais importantes do debate.

E, por fim, garantir que as regras sejam respeitadas pelos participantes evita desgastes e falta de educação. Parece assunto da educação infantil, mas esperar a vez de falar, não interromper a vez do outro, permanecer na sala sem desviar a atenção para conversas paralelas ainda são um desafio para executivos menos preparados.

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#Etiqueta&Negócios Aqui, estão algumas dicas para você brilhar com etiqueta em suas próximas reuniões:

1. Prepare-se para uma reunião informando-se antes sobre a pauta e listando suas contribuições e percepções a respeito do tema a ser discutido. Assim, poderá falar com foco e objetividade sobre o que for pertinente. O ditado “não existe negócio bom com gente ruim” é a mais pura verdade e, no mundo dos negócios, segurança e confiabilidade são pré-requisitos para bons relacionamentos e boa escalada profissional. 2. Às vezes, falar é prata e calar é ouro, principalmente se você é novo na empresa e não está totalmente inteirado do problema. Informe-se antes de emitir uma opinião precipitada, embase-se em pesquisas para reforçar suas ideias e use um tom não pretencioso para expô-las.

3. Discordar é uma arte. Nem todos conseguem expressar sua discordância com diplomacia. Por isso, se você souber que será necessário discordar de uma opinião para colaborar com a solução da questão, faça em bom tom, usando o “nós” em vez do “eu”. Por exemplo: “Talvez pudéssemos considerar esse assunto de outro ângulo...” 4. Ouça os conselhos da mamãe, seja educado! Seja pontual, apresente-se para as pessoas, ouça antes de falar, olhe para os outros quando estiverem falando, apresente suas ideias como recomendações, não ordens, não demonstre tédio, esqueça um pouco o celular, ajude o grupo a chegar a um consenso e se vista de acordo com os requisitos de sua profissão.

Transformar reuniões enfadonhas em momentos de aprendizagem corporativa é possível e salutar. E, antes da próxima reunião, lembremos: mais necessário do que se dizer tudo que se pensa, é pensar antes de se dizer.

foto: Rafael Cautella

Boas reuniões e bons negócios!

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Faça Acontecer

Mão-de-vaca? Não, Financeiramente Racional! Thiago Franco Especialista em liderança e CEO da Turnus, startup de gestão de escalas de trabalho. Atua como coach, professor e consultor, desenvolvendo pessoas para pensar de maneira mais estratégica e se conectar melhor com outras pessoas.

@thiagofranco.coach Mais informações de contato: abeeon.com.br/ Thiago-Franco

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ão-de-vaca!” Eu prefiro “financeiramente racional”, mas me chamam disso desde criança. Nunca fui de gastar dinheiro e sempre me senti mais satisfeito economizando do que comprando. Eu guardava praticamente tudo o que ganhava e falava com orgulho do tanto que eu tinha economizado. Já adulto, por muito tempo, consegui trabalhar e poupar (literalmente guardar na poupança) todos os meses, religiosamente, atitude que salvou minha pele várias vezes. Vi muita gente se esborrachando exatamente do outro lado da moeda. “Eu mereço!” A afirmativa é uma lança afiada que atravessa o coração do bom senso e justifica a compra de coisas que, no fundo, já sabemos de antemão que não precisamos realmente. “Mas eu trabalho tanto! Eu tive um dia tão difícil!” O que de fato está acontecendo aqui? A compensação. Compramos para nos sentir bem e compensar um sentimento de falta (seja do que for), o que não dura muito, por isso, a necessidade de comprar mais e mais. Não eu, claro, eu sou mão-de-vaca. E, como todo bom mão-fechada, eu tinha planos maiores. Minha meta era comprar uma casa, porque disseram que eu tinha que ter o sonho da casa própria. Mas algo me incomodava nessa história. Pela janela do avião, fiquei olhando as minúsculas caixinhas brancas lá embaixo e me veio a pergunta: “Qual é o sentido de me enfiar em uma dívida de 30 anos pra comprar uma dessas?” BUM! “Que sonho é esse?! Olha só, Thiago, esse sonho não é seu!”. Pode soar estranho, mas como o sonho, o valor do dinheiro é uma ideia. Não faz sentido amarrar 30 anos de trabalho em uma casa, mas faz sentido gastar alguns milhares de reais numa bicicleta. PRA MIM. Comprar só vai te trazer um benefício real e duradouro quando você se conhece e sabe o que traz a alegria que você quer. No final das contas, tudo se resume em saber o que quer e usar bem o que tem. Usar bem não é apenas gastar sabiamente, mas fazer o dinheiro valer mais em suas mãos. Poupar me trouxe disciplina, mas se eu conhecesse mais sobre mercado financeiro antes, não teria só um 13.º; poderia ter um 14.º ou 15.º com muito menos esforço do que fazendo hora extra. Quando aprendi sobre como fazer o dinheiro render, pude recusar trabalhos que pagavam mal ou que não estavam alinhados com meu plano de futuro. Deixo aqui um único conselho de uma amiga e coach que me ensinou muito: o dinheiro é uma moeda de troca. Para usá-lo bem, é preciso aceitar que ele é consequência de um trabalho bem feito e de uma visão de futuro inabalável.

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#Crowdfunding

Crowdfunding de investimentos: A busca pelo próximo unicórnio

U

m empreendedor trabalha com uma ideia inovadora. Há sinais de um futuro promissor, mas não consegue crescer por falta de recursos. Então pessoas colocam valores em troca de retorno financeiro. Essa operação de oferecer a possibilidade de investimentos em empresas como as startups se chama crowdfunding de investimentos, regulamentada no Brasil em 2017.

Paulo Deitos Co-fundador da CapTable e da Cap Rate (investimentos coletivos no mercado imobiliário) e diretor da ABFintechs.

@paulodeitos Mais informações de contato: https://www.captable.com.br/

Em 2014, uma empresa chamada Gimlet Media, ofertou US$ 200 mil em quotas de US$ 1 mil que podiam ser adquiridas pelos seus ouvintes. No ano passado, o Spotify a comprou por US$ 230 milhões. Dá para imaginar que os retornos atingiram uma cifra que nenhum outro tipo de investimento alcançaria. O mesmo aconteceu com quem apostou na 99, iFood, Nubank. Em 2019, foram movimentados cerca de R$ 78 milhões no Brasil em aportes coletivos, um aumento de 71% em relação a 2018. Nos últimos quatro anos, o índice de crescimento da modalidade bateu incríveis 844%. É válido dizer que o crowdfunding de investimentos é uma espécie de porta de entrada no até então fechadíssimo mercado de capitais para pequenos negócios que têm potenciais de serem grandes um dia. Entretanto, é preciso estar ciente que se trata de um investimento de risco, o caminho inevitável a se percorrer para quem quer ganhar dinheiro em época de taxa SELIC baixa. Como facilitar o processo de escolha da empresa para investir? Por meio de plataformas especializadas como a CapTable. A triagem de startups envolve especialistas que conferem múltiplos fatores nesta busca pelo próximo unicórnio (empresas com valor de mercado de US$ 1 bi). A CapTable tem se destacado no País por ser uma das que mais arrecadam mesmo sendo uma das mais novas do mercado: R$ 5,25 mi de 1.500 investidores que colocaram valores a partir de R$ 500,00 em 8 startups, incluindo as do agronegócio. A expectativa é que em 2020 uma série de melhorias regulatórias favoreça o amadurecimento deste mercado. O que é novidade hoje tende a se tornar um expediente usual para que empreendedores focados em inovação possam ser os próximos unicórnios.

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Inovar para Continuar

Prof. Leopoldo

Andretto

Graduado e pósgraduado pela FGV, com cursos de especialização na Universidade da Califórnia, San Diego, que possui 16 Prêmios Nobel (dois em Economia), onde é palestrante convidado e coordenador dos cursos de Gestão Estratégica e Inovação para executivos do Brasil. Foi coordenador dos MBAs da FGV Management, sendo atualmente consultor empresarial nas áreas de Estratégia e Gestão de Inovação.

Mais informações de contato: abeeon.com.br/ andretto

Megatendências dos Negócios A

nalistas apontam com alto grau de concordância as principais tendências dos negócios para os próximos anos: 1. Inteligência emocional no ambiente empresarial Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e entender as emoções de si mesmo e as dos outros, e a capacidade de utilizar essa informação para gerenciar o comportamento e as relações. Somente 35% das pessoas são capazes de identificar corretamente suas emoções quando as estão experimentando, não conseguindo utilizá-las a seu benefício, incluindo numa reunião ou negociação. Passa a ser, portanto, um importante diferencial competitivo para aqueles que o possuem naturalmente ou o desenvolveram. A inteligência emocional pode, sim, ser desenvolvida, e esse aprendizado começa com o autoconhecimento e a consciência social para, depois, desenvolver a autogestão e a gestão das relações sociais.

2. Intraempreendedorismo A habilidade de empreender dentro das empresas passou a estar no radar dos recrutadores. Trata-se de viver e cuidar da empresa como se fosse sua. Apesar de algumas resistências conservadoras a esse perfil de profissional, estão comprovados seus benefícios: os intraempreendedores se empenham em analisar cenários, sugerir ideias e inovações, além de terem faro para encontrar oportunidades e falhas na empresa. 3. Transformação digital Como afirma o CEO da Starbucks, Kevin Johnson: “A empresa tem que ter presença física e digital, ter estreito relacionamento com o cliente, e deve acrescentar a genética digital se quiser sobreviver”. Lembrando, porém, como diz Satya Nadella, CEO da Microsoft: “A transformação digital não é apenas tecnologia, é também sobre pessoas (clientes, funcionários e acionistas)”. 4. Nova criação de valor O papel da corporação está mudando. Não

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é mais apenas criar valor para o acionista, é criar valor social e compartilhado para funcionários, clientes e acionistas. As empresas devem levar relevância para seus clientes: produto e preço são importantes, assim como tornar a vida do cliente mais fácil. 5. Principais tendências apresentadas na NRF 2020 Em Nova Iorque, em janeiro deste ano, a maior feira de varejo do mundo apresentou como tendências: a) Ressignificação das lojas:

Antes Varejo é loja física. Loja é para vender. Loja vende o que tem. Loja vive sozinha.

Depois Varejo também é loja física. Loja é para atrair e se relacionar. Loja vende o que o cliente quer. Loja depende de integração.

b) Tecnologia aplicada ao varejo é cada vez mais constante, no entanto, quando existe interação com alguém real, a taxa de conversão é bem maior. c) Omnichannel (integração das lojas física e virtual) continua sendo a principal tendência do varejo. d) Grandes “pavões que viraram espanadores”: A miopia de mercado quanto à necessidade de transformação digital levaram à falência grandes ícones do varejo norte-americano: Sears, ToysRus, Nine West, The Limited, Circuit City, Sport Authority, entre outros. e) Futuro do varejo físico: Será ótimo, mas também doloroso, porque muitas empresas sofrerão e até desaparecerão. A boa notícia, no entanto, é que os players digitais agora entendem que precisam das lojas físicas. E quando bem executada, a experiência da loja física é incomparável.


Escritório na Mochila

Como se Diferenciar num Mar de Produtos e Serviços Iguais? E

m um mercado tão competitivo, muita gente se pergunta como se diferenciar. O que fazer para que minha empresa seja destaque? Como ganhar seguidores no meu perfil? O que posso fazer para as pessoas conhecerem e comprarem o meu produto ou serviço? Se você pesquisar algo do tipo no Google, verá uma infinidade de dicas dos mais variados tipos e sobre os mais diversos nichos de mercado. E a diferenciação é, realmente, um elemento-chave num mercado tão competitivo. As pessoas já têm praticamente tudo e há muitos produtos iguais.

Pedro Custódio Advogado que carrega o escritório na mochila, escreve e ajuda outros advogados a terem mais tempo e mobilidade.

Mais informações de contato: abeeon.com.br/pedro custodio-advogado

Então, como se diferenciar? Como ser notado nesse oceano azul de pessoas e negócios? A minha resposta é: não sei, me responda você. Qual é o seu diferencial? Lembro-me do meu primeiro dia de aula no curso de Direito. Eu fui com um boné na cabeça, enquanto os professores – e até alguns alunos – se apresentavam de terno e gravata. Esse meu jeito diferente de ser me fez sair, mais tarde, de uma rotina comum de escritório, das 8h às 18h, para trabalhar em casa, nos meus próprios termos e horários. Tendo uma profissão originalmente tradicional, eu achava que tinha feito a coisa mais inovadora – ou diferente – do mundo quando comecei a trabalhar em casa, até que conheci as histórias de vários outros advogados e advogadas que também carregam seus escritórios na mochila, moram em outros países ou rodeados pela natureza. A diferença é que eu escrevi sobre isso. E só. Por isso, eu acho que não tem fórmula mágica e a resposta está com você. O seu diferencial vai ser encontrar um jeito diferente de fazer as coisas. Já pensou como a vida seria entediante se todo mundo fizesse sempre as mesmas coisas? A gente tem a tendência de fazer o que é comum e o que todo mundo está fazendo. O comum é menos arriscado e mais confortável, eu sei. Mas tudo o que ganhou alguma notoriedade um dia partiu de ideias e jeitos diferentes de fazer as coisas. Não é só sobre fazer um bom trabalho. Tem muita gente fazendo isso também. O tempo todo você encontra um texto bem escrito, um vídeo bem editado, uma música linda e bem produzida. Estamos na época em que tudo é alto nível e alta performance e, provavelmente, seu trabalho já é muito bom. Mas, ao mesmo tempo em que o mercado exige excelência em tudo, somos seres únicos e nada sai exatamente igual. Alguma coisa diferente você tem. Algum detalhe você sabe. Talvez uma forma diferente de enxergar o mundo e o mercado à sua volta. E a sua chance, provavelmente, está aí, dentro de você.

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Marca de Ouro

A Percepção da Realidade Barulhenta Augusto Carminati

Pós-Graduado em História: Cultura e Sociedade e, também, em Antropologia Comportamental. Especialista em Branding (a criação e conceituação de marcas) pela Curtin University, da Austrália. Professor, mentor e consultor de marcas, além de sócio-diretor do Núcleo Imm. @augustocarminati Mais informações de contato: abeeon.com.br/ Augusto-Carminati

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or mais que a gente diga que não, percebemos as coisas de forma muito esquisita. Uma destas percepções é a da realidade. Por exemplo, a maioria de nós tende a achar que é mais pobre ou mais rico do que gostaria. Talvez seja um efeito que o Instagram nos causou, sei lá. A verdade é que, se sua renda familiar é de pouco mais de três mil reais, você está na famigerada classe C, que, muitas vezes, você também tende a achar que é um bando de pobre, ou seja, aquela galera que você provavelmente chama de “povão”. Por outro lado, se você ganha cinco mil reais, faz parte dos 10% mais ricos do País. Ou seja, muito provavelmente, sua percepção sobre si de ser pobre ou de ser rico está errada em qualquer vertente. Você é pobre sim, pois vive na realidade de um país pobre, mas pobre dentro dos mais ricos do País. Esquisito né? O Brasil é estranho, não tem uma percepção muito precisa sobre si mesmo. Outro dia, eu estava dando uma consultoria e a dona do restaurante que eu estava atendendo me alertou que seria preciso reestruturar seu “espaço kids”, pois a maior parte de seus clientes eram famílias constituídas por um casal e dois filhos pequenos. Antes de qualquer coisa, eu fiz o que todo mundo sempre deve fazer: pesquisa. Pesquisa é a fonte de tudo. Foi

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aí que a pesquisa do público de primeiro círculo, ou seja, o público que o restaurante já possui, demonstrou que toda a percepção da dona estava errada: 70% do seu público era constituído por mulheres solteiras e sem filhos. Por isso, não podemos confiar na percepção. Feeling é coisa para os artistas e exotéricos; quem quer resultados pragmáticos não pode depender disso. A gente sempre tende a ter uma percepção da realidade baseada no que faz mais ruído. Uma criança dentro de um restaurante faz barulho, corre, ou seja, parece que ela ocupa todo o espaço da casa. Isso causa a percepção de que tem criança a toda hora, tem criança pra caramba. Só tem criança. E não é bem assim, como muito claramente demonstrou a pesquisa. Quase a dona investe rios de dinheiro em um elemento completamente errado de seu estabelecimento. Mas isso também não é uma exclusividade do meu cliente. E nem do Brasil. Na Inglaterra, por exemplo, uma pesquisa recente perguntou aos londrinos qual era a porcentagem que eles imaginavam que havia de muçulmanos em seu país. A resposta majoritária? 25%. Para os londrinos, um quarto da população de Londres é formado por muçulmanos tradicionais, paramentados, cultural e etnicamente distintos dos ingleses tradicionais.


Invista em Você

Aproveite as Oportunidades que tem para Aprender cada Vez Mais

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esta edição, trouxemos a história de Cleusa da Silva, dona da marca Sodiê Doces. Com os estudos interrompidos no supletivo e diante do desafio de iniciar o seu próprio negócio, a empreendedora teve que buscar, no final dos anos 1990, o conhecimento de que precisava para criar e expandir o seu negócio. Com pouco acesso às informações, que ainda eram incipientes no mundo virtual, Cleusa foi à luta e encontrou o

que precisava em livros, revistas e cursos presenciais. Não foi pouco. Vinte anos depois, ela comanda a maior franquia especializada em bolos artesanais do País. Hoje, não se pode perder as inúmeras chances para aprender cada vez mais e evoluir na carreira. Confira a seguir as dicas de eventos e cursos que a revista Empreende separou para você e aproveite todas as oportunidades pela frente!

Cursos On-line Planejamento Estratégico para Empreendedores Data: O ano todo Escolha o melhor caminho para guiar o seu negócio: por meio de algumas técnicas, no curso Planejamento estratégico para empreendedores você conhecerá quais são as ações estratégicas que devem ser consideradas na hora do planejamento e como aplicá-las. A capacitação auxilia na definição dos objetivos do seu negócio. Além de estudar o que é planejamento estratégico, conhecer as metodologias e etapas para a elaboração, você aprenderá também como construir um plano de ações, desdobrar metas e entender o papel do empreendedor para o sucesso da estratégia.

Saiba mais: http://www.sebrae.com. br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Desenvolvedor Wordpress Data: O ano todo O WordPress é o Content Management System (CMS) cada vez mais usado mundialmente. Além de ser muito popular para a criação de blogs, o WordPress pode ser facilmente transformado em uma loja e-commerce. Neste curso, você vai aprender a criar temas personalizados para o WordPress. Você pode também aplicar os conhecimentos deste curso para fazer customizações em templates de temas gratuitos ou pagos que você já utiliza. Para a realização do curso, é recomendável ter noções básicas de PHP, que é a linguagem de programação utilizada nesse CMS.

Saiba mais: https://university.rockcontent.com/

Como Funciona uma Franquia

Exportação: Seu Negócio Cruzando Fronteiras

Data: O ano todo

Data: O ano todo

Abrir uma franquia tem sido comum, atualmente, para pessoas que querem empreender e ter o próprio negócio. No entanto, levar o nome de uma empresa já reconhecida no mercado requer alguns cuidados e exigências: estar totalmente alinhado às condições estabelecidas, por exemplo, é fundamental. Por isso, é muito importante saber como funciona uma franquia, para não começar seu negócio às cegas.

Exportar é literalmente expandir horizontes. E isso pode ser uma realidade no seu negócio. O curso Exportação: seu negócio cruzando fronteiras ensinará a planejar suas vendas no mercado internacional. Mas, para isso, é essencial conhecer bem esse mercado. Você será orientado sobre o que diz a legislação específica para exportação e saberá como receber e despachar mercadorias ou serviços de clientes de fora do país.

Saiba mais: http://www.sebrae.com. br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Saiba mais: http://www.sebrae.com. br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Service Blueprint: como Mapear e Potencializar a Jornada do seu Cliente Data: O ano todo Se você quer empreender ou mesmo criar um novo serviço ou produto para sua empresa, é muito provável que já tenha ouvido falar sobre a necessidade de mapear e entender a dor do cliente antes de pensar numa solução. O Service Blueprint é como uma planta baixa do seu serviço ou como um fluxograma de cada ação e reação do cliente com o seu produto. É o famoso “Aconteceu isso, faça aquilo”. Neste curso, você vai aprender a fazer esse mapa, identificando cada necessidade, cada acontecimento, para programar atividades adequadas para todas as etapas do seu serviço.

Saiba mais: https://descola.org/

Faça um

Curso Novo! 73


Invista em Você

Eventos Presenciais Liderança para Times Inovadores

Conquiste o Cliente pelo Atendimento

Data: 21 de março

Data: de 31 de março a 2 de abril

Torne-se um líder que inspire sua equipe. O curso apresenta práticas de liderança que facilitam as entregas e garantem a execução dos processos. Com conteúdo especializado e dinâmicas que remetem a situações reais vividas por líderes, o curso é voltado a gestores que assumem um papel de facilitador em seus times, garantindo a sustentabilidade do trabalho.

Mais informações: (16) 3603-9900.

Supermei – Organize seu Negócio Data: de 23 a 26 de março Local: Sebrae Aqui (Av. Dom Pedro I, 642, Ipiranga, Ribeirão Preto/SP) Atividade exclusiva para CNPJ ativo na condição de MEI, com aulas sobre formação de preço, fluxo de caixa, marketing digital, atendimento ao cliente e casos de empreendedorismo de sucesso.

Mais informações: (16) 3512-8084 ou 3512-8085.

Administração Financeira nas Pequenas e Médias Empresas Data: de 30 de março a 2 de abril Local: Acirp (rua Visc. de Inhaúma, 489, Centro, Ribeirão Preto/SP) A administração financeira de uma empresa passa pela implantação de uma série de controles financeiros e econômicos e pela leitura correta das informações destes controles. Este curso, coordenado pelo mestre em Administração de Empresas Ariovaldo da Costa Botelho Junior, tem o objetivo de desenvolver competências para compreender a importância de implantar e analisar os controles financeiros e econômicos para uma gestão mais eficaz, com destaque para análise dos custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, cálculo do ponto de equilíbrio contábil e econômico, além da importância do capital de giro e fluxo de caixa.

Mais informações: (16) 3512-8000.

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Local: Acirp (rua Visconde de Inhaúma, 489, Centro, Ribeirão Preto/SP) Uma das maiores dificuldades que uma empresa enfrenta é capacitar a sua equipe de atendimento para prestar serviços com excelência aos seus clientes. Estamos em novos tempos em que o cliente deve ser valorizado como um dos principais bens da empresa. A excelência no atendimento é a maneira que devemos buscar para conquistar e fidelizar os clientes. O objetivo deste curso é aumentar as vendas da empresa por meio da excelência no atendimento. Coordenação de Jeanne Pimentel, graduada em gerência de marketing e vendas e MBA em estratégia de vendas, compras e serviços.

um Curso Novo!

Mais informações: (16) 3512-8000.

Formação de Preços no Varejo Data: de 13 a 16 de abril Local: Acirp Distrital Sul (Av. Braz Olaia Acosta, 727, Jd. Califórnia, Ribeirão Preto/SP) Ter um preço competitivo e maximizar o lucro, este é o objetivo deste curso, apresentado pelo mestre em Administração de Empresas Ariovaldo da Costa Botelho Junior e destinado ao comércio varejista. Por meio da compreensão do processo de formação de preço e o modo de calculá-lo com base na composição dos custos e despesas da empresa, este curso traz ferramentas necessárias para que você possa formar seus preços de venda, entender a estrutura dos gastos do seu negócio e, assim, ter informações e dicas para que sua empresa possa ser rentável.

Mais informações: (16) 3512-8000.

Atualização é a Palavra de Ordem

foto: shutterstock

Local: Pluris Aceleradora Instituto SEB (rua Mariana Junqueira, 33, Centro, Ribeirão Preto/SP)

Faça


Invista em Você

A Comunicação como Ferramenta para a Liderança Data: de 9 a 30 de maio Local: FAAP (rua Adolfo Mantovani, 395, Residencial Flórida, Ribeirão Preto/SP) Indicado para gestores ou profissionais que estejam sendo preparados para cargos de liderança, o curso tem por objetivo reconhecer o poder da comunicação entre o gestor e sua equipe, analisar o modo como o gestor se comunica com o seu time e aperfeiçoar a habilidade de comunicação no ambiente de trabalho. Atividade coordenada pela profes-

sora Maria Luiza Costa, psicóloga organizacional, com doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Mais informações: (16) 3913-6300.

Startups: Modelos Societários e Capitalização para uma Boa Governança Data: Dia 23 de maio Local: FAAP (rua Adolfo Mantovani, 395, Residencial Flórida, Ribeirão Preto/SP) Após este curso, apresentado por Andréa Silva Rasga Ueda, advogada com especiali-

zação em Administração de Empresas pela FGV-SP, o aluno poderá entender as necessidades gerenciais e jurídicas de uma startup, conhecer e aplicar os modelos societários e as formas de capitalização de uma startup e definir estratégias que permitam gerir pessoas, recursos tecnológicos, processos financeiros e eventuais conflitos. Indicado para estudantes de Direito, Comunicação, Administração e Engenharia, e jovens empreendedores que desejam criar uma startup.

Mais informações: (16) 3913-6300.

Atualização é a Palavra de Ordem

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PIX – Transações Financeiras em menos de 10 segundos

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erviço inovador possibilitará que o dinheiro vá de uma conta para outra em poucos segundos, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, inclusive entre contas de diferentes instituições. Pagamentos e transferências iniciados com um simples toque no celular, por exemplo, realizados de forma intuitiva, rápida e segura, a qualquer dia do ano, sem limite de horário, e com o dinheiro imediatamente disponível ao recebedor. Isso é o que o PIX, que teve sua marca lançada numa quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020, pelo Banco Central, em São Paulo, traz para toda a população brasileira. Inserido na dimensão competitividade da Agenda BC#, o PIX, que estará disponível a partir de novembro, tornará mais fácil e rápida a realização de pagamentos e transferências entre pessoas, empresas e entes governamentais. Com a implantação do PIX, o País ganha mais uma alternativa para efetuar transações, além dos modelos tradicionais já existentes, como TED, DOC, boleto, cheque e cartões. “Para além da rapidez e praticidade dos pagamentos instantâneos, a sociedade poderá sentir os benefícios da maior competição no mercado de pagamentos de varejo, com redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços. Além disso, essa iniciativa, em linha com a revolução tec-

nológica em curso, possibilita a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio e promove a eletronização dos pagamentos, reduzindo o risco operacional e as dificuldades relacionadas ao uso do dinheiro em espécie” ressaltou João Manoel Pinho de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução. Para usar o PIX, será preciso que o pagador e o recebedor tenham conta em um banco, em uma instituição de pagamento ou em uma fintech – não necessariamente uma conta corrente, as transações também poderão ser feitas usando uma conta de pagamento ou poupança. O dia e a hora da transação não importarão, nem se o solicitante e o recebedor da operação possuem relacionamento com o mesmo banco ou instituição. A liquidação será imediata, ou seja, o recebedor terá em poucos segundos os recursos disponíveis em sua conta. Fonte: Banco Central

Rede de pet shops Petz pede registro para IPO

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Pet Center, dona da rede de produtos para animais de estimação Petz, protocolou no dia 19 de fevereiro o pedido de registro para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A empresa afirmou que usará recursos da oferta primária – ações novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia – para abertura de lojas e hospitais e tecnologia digital.

A operação, que envolve ofertas primária e secundária de ações, será coordenada por Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, JPMorgan e BTG Pactual, segundo o prospecto preliminar da operação.

O grupo, fundado em 2002 e que se apresenta como a plataforma de soluções para animais de estimação mais abrangente do País, com 105 lojas em 12 Estados, teve receita líquida de 986 milhões de reais em 2019, um aumento de 28,4% sobre o ano anterior.

A gestora norte-americana de fundos de private equity Warburg Pincus, com 55% do negócio, e o fundador da Petz, Sergio Zimerman, com outros 45%, serão os vendedores na oferta secundária de ações da companhia.

O Ebitda deu um salto de 130% no ano passado, para 191,1 milhões de reais, mas o lucro líquido caiu 24%, para 23,6 milhões de reais. No documento, a empresa afirma que o Brasil é o quarto mercado do mundo de produtos para pets, movimentando cerca de 23,5 bilhões de reais por ano.

foto: Divulgação

Fonte: Reuters, por Aluisio Alves.

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Destaques do Allianz Risk Barometer 2020

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esquisa anual, sobre os principais riscos para empresas, aponta pela primeira vez os Incidentes Cibernéticos (39% das respostas) como o risco comercial mais preocupante, tendo Interrupção nos Negócios (BI) (37%) na segunda posição. Mudanças de Legislação e Regulamentações (3º lugar com 27%) e Mudanças Climáticas (7ª posição – 17%) foram as ameaças que tiveram as maiores arrancadas, principalmente em decorrência da guerra fiscal entre China e EUA, Brexit e pela preocupação das empresas e nações também com o aquecimento global. A pesquisa anual que mapeia os riscos aos quais empresas do mundo todo estão sujeitas, é realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) e mostra, este ano, a visão de um recorde de 2.718 especialistas, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e profissionais da área de seguros. “O Allianz Risk Barometer 2020 destaca que riscos cibernéticos e as mudanças climáticas são dois desafios importantes para os quais as empresas precisam voltar sua atenção nesta nova década, ” afirma Joachim Müller, CEO AGCS. “Existem muitos outros riscos, porém se os executivos e gestores de risco não cuidarem especialmente de cyber e da questão climática, isso terá um impacto significativo na performance das companhias, nos resultados financeiros e na reputação da empresa. O planejamento frente a essas ameaças demonstra tanto uma vantagem competitiva quanto uma questão de resiliência em uma era de digitalização e aquecimento global”.

América do Sul: planejamento contra imprevistos Ao passo em que, mundialmente, o principal perigo às empresas são os ataques cibernéticos, companhias sul-americanas estão mais preocupadas com a Interrupção nos Negócios. Primeiro colocado no ranking Brasil (33%) e Colômbia (35%), este é um risco que reflete a necessidade de as empresas pensarem em planos de prevenção e de contingência para os mais diversos incidentes. “BI pode muitas vezes ser somente a ponta do iceberg em termos de perdas para uma empresa. Um sinistro de Interrupção de Negócios pode desencadear diversos outros, levando uma companhia a perdas inimagináveis”, comenta Glaucia Smithson, CEO AGCS América do Sul.

Ameaças cibernéticas continuam a evoluir Além de ser o risco número 1 no mundo, Incidentes Cibernéticos estão no top 3 de muitos dos países entrevistados: Áustria, Bélgica, França, Índia, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. As empresas enfrentam quebras de dados cada vez maiores e mais custosas, um aumento nos casos de ransomware e spoofing, além de multas e litígios decorrentes desses incidentes. “Os incidentes estão se tornando cada vez mais prejudiciais, visando cada vez mais empresas grandes, com ataques sofisticados e demandas pesadas de extorsão. Cinco anos atrás, uma demanda típica de ransomware estaria na casa das dezenas de milhares de dólares. Agora eles podem estar na casa dos milhões, ” afirma Marek Stanislawski, Vice Diretor Global Cyber AGCS.

foto: shutterstock

Fonte: Allianz Global Corporate & Specialty

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Robô Snake promete aumentar produtividade da indústria automotiva

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om movimentos flexíveis, semelhantes ao de uma cobra, a tecnologia do robô Snake promete revolucionar a indústria automotiva. Diferentemente de outros robôs que, atualmente, operam na linha de montagem, ele é capaz de alcançar locais de difícil acesso em espaços restritos para desempenhar diferentes funções como inspeção de soldas, aplicação de selantes, pinturas e outros tipos de análises de vídeo, por meio de uma câmera instalada em sua extremidade.

sas e empresas tem se mostrado positivo para o crescimento da industrial nacional. “A experiência deste projeto envolvendo Instituto Senai de Inovação (ISI), que é uma Unidade EMBRAPII, e a GM é uma ação significativa na área da indústria 4.0. Estamos caminhando para a inserção do setor produtivo em uma economia digital. Em paralelo, o processo garante geração de conhecimento, formação de recursos humanos, patentes, startups, ou seja, todo o conjunto que se espera desta interação em um ecossistema eficiente.”

O projeto é uma iniciativa da multinacional General Motors, que buscou o modelo da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) para viabilizar a ideia. Ele foi desenvolvido por pesquisadores da Unidade EMBRAPII ISI Laser, em Joinville, Santa Catarina. O resultado chamou a atenção da GM americana e já gera interesse de investidores brasileiros.

Tecnologia Nacional

Segundo o gerente de inovação da GM América do Sul, Carlos Sakuramoto, nesta concepção, o robô é uma solução global inédita. “Existem robôs snake no mundo, mas as características que desenvolvemos neste projeto são únicas”, destaca. Segundo o executivo, o modelo, que tem a capacidade de ultrapassar obstáculos, poderá substituir até quatro robôs, dependendo da operação. Assim, ele representará economia no processo produtivo, com a redução de ciclos e de área de produção. A previsão é que até o meio do ano ele seja inserido para testes na linha de montagem. Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Paulo Alvim, o resultado de um projeto concreto que demonstra a integração entre institutos de pesqui-

O robô foi idealizado com uma concepção de modularidade, podendo possuir mais ou menos eixos a depender da funcionalidade requerida. Ele se caracteriza pela agilidade e flexibilidade nas suas operações e sua versatilidade garante que ele possa atuar, além da indústria automotiva, na inspeção de máquinas e equipamentos da indústria aeronáutica, petróleo e gás. De acordo com o diretor de planejamento e gestão da EMBRAPII, José Luis Gordon, não há nada igual no mundo com esta tecnologia de Ferramentaria 4.0 e, além dos avanços para a indústria, o incentivo à inovação, por meio deste projeto, possibilita benefícios para alunos de mestrado e doutorado que participam deste trabalho de desenvolvimento. “O projeto é uma demanda do setor produtivo, sendo realizado aqui no Brasil por uma empresa de grande porte, ou seja, o País está se tornando referência em tecnologias de Manufatura 4.0”, destaca. “Além disso, é interessante que pesquisadores, que são alunos em formação, muitos estão começando a abrir startups, ou seja, gera também uma oportunidade para novos negócios.”

foto: Marcelo Kupicki

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial

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Oba Hortifruti inaugura a 1ª loja em Ribeirão Preto com conceito diferenciado

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Além disso, a ocasião contou com outra atração especial: o renomado chef Felipe Bronze esteve presente na loja, das 14h às 16h, e preparou receitas ao vivo com produtos Oba para a degustação do público.

foto: Divulgação

“Essa inauguração é motivo de felicidade em dobro para nós. Além de ser a primeira abertura do Oba em 2020, é a nossa estreia em Ribeirão Preto, um dos polos comerciais mais importantes do interior. Estamos extremamente animados em poder levar mais saúde e frescor para a cidade, e oferecer uma opção de compra completa e que possui uma proposta nunca vista antes”, ressalta Janaína Borges, gerente de marketing do Oba Hortifruti.

foto: Divulgação

rede Oba Hortifruti comemorou, no dia 15 de fevereiro, a sua chegada em Ribeirão Preto, trazendo o conceito inédito do “Oba Farm”, que é inspirado em fazendas de todo o mundo. A loja recebeu os clientes com um delicioso café da manhã - como é habitual nos eventos de inauguração da marca, ofertas exclusivas e brindes para quem fizesse compras no dia.

Proposta Inovadora Pensada especialmente para proporcionar um ambiente divertido para as crianças, a ambientação da loja conta com personagens lúdicos interativos da marca, como o Galo Viajante – o anfitrião do projeto, a Banana Esportista, o Papagaio Contador de Histórias, o Tomate Bombadão, o Sapo Cantor, entre outros. “Queremos que todo momento em família seja prazeroso, desde a escolha dos alimentos até a hora da refeição à mesa. Levar os filhos às compras não deve ser um contratempo, por isso, enxergamos no conceito do “Oba Farm” uma oportunidade de envolver as crianças em nosso universo e incentivá-las desde cedo a ter uma vida mais saudável e colorida. Promover o bem-estar de toda a família através da alimentação equilibrada é um dos nossos principais objetivos”, explica Janaína. O Oba Hortifruti Farm de Ribeirão Preto está localizado na avenida Pres. Vargas, 2265 – Jd. Santa Ângela.

Petrobras tem lucro recorde de R$ 40 bi

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m fevereiro de 2020, a Petrobras apresentou seus números do 4T19 e, apesar do maior lucro contábil da história da empresa no ano de 2019, boa parte da evolução nos números veio do reconhecimento da venda de ativos durante o ano. Nesse quarto trimestre, por exemplo, a receita líquida da companhia teve leve retração na comparação com o 4T18, principalmente pelo preço do petróleo no mercado internacional ainda abaixo do observado doze meses antes.

de caixa futura desse ativo. No 4T19, houve a reavaliação para baixo, em mais de R$ 6,5 bilhões de campos de produção, pela redução na expectativa futura para o preço do petróleo (que reduz a expectativa de receita gerada por esses campos) e de mais de R$ 2 bi pelo atraso na entrega de uma expansão de uma refinaria. Fonte: Capital Research

Os números do trimestre ainda foram impactados por mais de R$ 9 bilhões de impairment, que é um ajuste que as empresas fazem quando o valor contábil de um ativo é maior que o seu valor recuperável, seja através de uma venda ou da geração

foto: Divulgação

O câmbio ainda ajudou, como fica claro na evolução de 43% na receita com exportação de petróleo e derivados. Ainda assim, o Ebitda ajustado da Petro veio um pouco abaixo do esperado pelo mercado, considerando o consenso Bloomberg. Destaque positivo no 4T19 para a redução na alavancagem, em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

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Empresas de telecomunicações se juntam a Alphabet e SoftBank em lobby para antenas na atmosfera

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foto: REUTERS

s tentativas da Alphabet e do SoftBank de lançar antenas celulares na atmosfera receberam apoio de empresas de telecomunicações globais, incentivando os esforços de lobby para obter aprovação regulatória para a tecnologia emergente.

A Loon, que surgiu na incubadora de empresas da controladora do Google, Alphabet, e a HAPSMobile, uma unidade do SoftBank, planeja fornecer internet de alta velocidade para áreas remotas com equipamentos de rede lançados em grandes altitudes. Os esforços de lobby das duas empresas, que formaram uma aliança no ano passado, estão recebendo o apoio de empresas como Airbus, Nokia e Ericsson, China Telecom, Deutsche Telekom, Telefónica e Bharti Airtel. O apoio é um voto de confiança na tecnologia depois que a Alphabet encerrou em fevereiro outra de suas grandes apostas, a Makani, que pretendia gerar energia eólica com pipas, em um movimento amplamente visto como sinal de pressão do presidente-executivo Sundar Pichai para empresas que ainda não se provaram, como a Loon, para começar a entregar resultados. A aliança expandida anunciada em uma declaração conjunta visa garantir as frequências e promover uma regulamentação uniforme e padrão de toda a indústria para os veículos de grande altitude, que transportam equipamentos de rede em balões no caso da Loon, ou em drones na HAPSMobile. Ambos os sistemas são movidos a energia solar. A Loon já fechou acordos com operadoras de telefonia móvel no Quênia e no Peru. Essa tecnologia permite que as empresas de telecomunicações estendam a cobertura para áreas de difícil acesso, onde há baixa densidade populacional ou obstáculos geográficos, como montanhas, e mantenham o serviço funcionando após desastres.

Os dispositivos voam na estratosfera, que oferece clima ameno durante o ano inteiro, baixa latência, que fica a apenas 20 quilômetros acima da superfície da Terra, em comparação com satélites que, mesmo em órbita baixa, estão a 1.200 quilômetros de altitude. Fonte: Reuters, por Sam Nussey

Caixa registra lucro líquido de R$ 21,1 bilhões

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Caixa Econômica Federal, o maior banco brasileiro em número de clientes, anuncia o seu resultado consolidado do quarto trimestre de 2019 (4T19) e ano completo de 2019. Os destaques são:

foto: Divulgação

• Lucro líquido de R$ 21,1 bilhões em 2019, um crescimento de 103,3% comparado a 2018.

• Mais de R$ 15,5 bilhões em vendas de ativos, em 2019. • Assinatura de R$ 9,5 bilhões em parcerias nos ramos de seguros e capitalização. • Redução de 63,5% na taxa do cheque especial em 2019, com mínima de 4,95% a.m. • Redução de 29,7% na taxa de habitação TR para PJ em 2019, com mínima de 6,50% a.a. • Nova linha de Crédito Imobiliário IPCA, com taxas a partir de 2,95% a.a. + IPCA. • Mais de 60 milhões de pessoas receberam o saque imediato do FGTS e o pagamento do PIS, totalizando R$ 28,9 bilhões, o maior pagamento da história (posição de 14/02/2020). Fonte Caixa Econômica Federal

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#HeadLine

Investimentos coletivos em 2019 tiveram aumento de 71,19%

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brasileiro está apostando mais em investimentos coletivos. Em 2019 foram contabilizados R$ 78.758.300,00 em aportes na modalidade, um número 71,19% maior em relação ao aportado em 2018. Os números foram levantados pela CapTable, a plataforma de investimentos em startups da StartSe, e levou em consideração as informações de rodadas concluídas em 13 plataformas de crowdfunding de investimentos com atuação no Brasil registradas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Indicadores de crescimento – De acordo com um dos co-fundadores da CapTable, Paulo Deitos, os números deste mercado nos últimos quatro anos e o atual momento econômico possibilitam traçar um cenário otimista para este ano. “Se compararmos os resultados anuais de 2016 e 2019, tivemos um aumento de 844% em quatro anos. Houve uma descoberta da modalidade pelas startups e a tendência é que os volumes a serem captados tornem-se maiores”.

O próximo unicórnio – De acordo com Giácomo Diniz, professor de Finanças no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) de São Paulo, a opção de buscas por investimentos coletivos – em que qualquer pessoa pode se tornar investidora de uma startup com valores relativamente baixos – começa a ser vista como real por diversos empreendedores digitais. “Em 2016 praticamente não existia. Em 2017 os números eram incipientes. Mas houve um crescimento gigantesco em dois anos. O que pode ter dado um impulso foi a descoberta da modalidade pelas pessoas. Há uma tendência no aumento dos volumes pleiteados”. Novo momento de investimentos – Entre as fintech, e-commerce, healthtech e agritech que conseguiram captar dinheiro com a CapTable, se destaca a socialtech Trashin. A proposta

de transformar lixo em dinheiro animou 460 pessoas que aportaram um total de R$ 1,1 mi por 10% da empresa. De acordo com o CEO da startup, Sérgio Finger, entre as diversas opções para busca por investimentos, o que pesou na escolha de uma plataforma de crowdfunding de investimentos foi a facilidade e rapidez com que o dinheiro é levantado. “Esse aporte está acelerando nossos planos de tornar o nosso modelo de negócio em referência na América Latina”. Ao analisar os números, o professor de Finanças do IBMEC aponta que a taxa de juros SELIC em sua mínima histórica pode ser um dos fatores que explicam o aumento por essa demanda. “É possível desenhar um cenário de pessoas mais interessadas nesse mercado em razão do perfil de risco ter aumentado para se conquistar ganhos financeiros maiores”. Paulo Deitos conta que percebeu esse movimento e disponibilizou cursos on-line de investimentos alternativos para democratizar o conhecimento sobre opções como as oferecidas pela CapTable neste momento de mudanças na economia. O chamado crowdfunding de investimentos (por um bom tempo chamado de equity crowdfunding, hoje em desuso) foi regulamentado pela CVM em 13/07/2017 através da Instrução Normativa CVM 588. De acordo com normas regulatórias, as empresas que querem fazer oferta pública de investimentos coletivos podem arrecadar um montante de até R$ 5 mi. Em plataformas como a CapTable, é possível que qualquer pessoa se torne investidora de startups com valores a partir de R$ 500,00. A CapTable faz parte da joint-venture CFG sediada em Porto Alegre (RS) e também abriga em sua estrutura a Cap Rate (investimentos coletivos no ramo imobiliário).

foto: Divulgação

Fonte: CapTable

Sérgio Finger ao centro – CEO da Trashin – Captação de R$ 1.1 mi via CapTable

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