Revista Empreende | Alice Salazar

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Julho/Agosto 2019 | Ano 01 | Edição 05

Alice Salazar

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Maquiadora e Influenciadora Digital

A STARTUP ALICE NO MUNDO DAS MAQUIAGENS HISTÓRIA QUE INSPIRA Criada numa comunidade fechada, a Chef Heaven Delhaye vê as possibilidades de um mundo novo

SEJA UM ANJO Gustavo Di Risio conta como você pode se tornar um investidor Anjo e lucrar com Startups

O FUTURO DO TRABALHO A hora e a vez das Startups. Você está pronto para a jornada?





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Nosso Propósito

Daqui pra frente todos os Negócios serão Startups E

m algum momento da sua vida você já ouviu falar alguma coisa sobre Startup e não entendeu muito bem o que isso significa? Segundo Eric Ries, empreendedor do Vale do silício e autor do livro “The Startup Way”, Startup é uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza. Por ser uma instituição e não um produto, requer um novo tipo de gestão. Dessa maneira, uma Startup só pode ser gerida por pessoas empreendedoras, que são capazes de administrar com mais versatilidade, agilidade e inovação.

Há décadas as empresas se projetavam para crescerem de forma consistente. Para isso, desenvolviam mecanismos de gestão de governança para saberem lidar com o tamanho gigantesco que alcançavam. As equipes de inovação trabalhavam por anos num determinado projeto. Entretanto, com o advento da internet, novas tecnologias e a facilidade de informação sobre os mercados, o empreendedorismo foi democratizado. Com isso, o processo de inovação não pode mais se manter nos mesmos moldes. Numa empresa tradicional, o departamento de inovação precisa apresentar projetos que têm pouca chance de dar errado e com alto retorno de investimento. Nesse sentido, fica difícil surgir boas ideias, afinal, se a ideia tem grande chance de dar certo, ela pode ser óbvia demais. A Amazon, por exemplo, sabe bem como ser uma Startup. Ela consegue manter uma cultura disruptiva, não se limitando ao seu “business”, ou seja, ela já nasce com a característica de explorar várias frentes de mercados, e tem claramente a visão de que tudo que ela faz não será para sempre. Devido a esse mindset, ela consegue se manter como uma grande organização moderna, inovando sem medo de falhar. A regra é: se o projeto tem uma mínima chance de dar certo, é nele que vamos apostar. Afinal, eles estão atentos que o estado natural das coisas é a mudança, portanto inovar rapidamente é fundamental e lucrativo.

foto: Raael Cautella

A boa notícia é que sempre viveremos em meio a grandes transformações. Diante disso, basta aceitar que as mudanças são eventos, que em sua maioria são positivos e entender que mudar pode ser no mínimo interessante. É por vivermos neste ambiente que perfis empreendedores se fazem tão necessários. Por isso, nós da Empreende queremos que você entenda tudo o que está acontecendo no mercado e adapte-se às mudanças com facilidade. Pensando nisso, preparamos para esta edição uma matéria sobre Startups, e trazemos várias histórias de empreendedores para te inspirar, como a da Alice Salazar, nossa entrevistada de capa.

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A Startup Alice atinge milhões de seguidores na internet e diversifica seus negócios em várias frentes, estando presente tanto no universo on-line como no mundo físico, através de suas unidades franqueadas e produtos com a sua marca própria. Veja como a democratização do empreendedorismo abre oportunidades para todo mundo. E você, vai empreender no quê?



O Futuro do Trabalho

A Hora e a Vez das Startups. Você está Pronto para a Jornada? por Angelo Davanço

Especialistas da área garantem: este é o melhor momento para tirar ideias de negócios do papel, não importa em que região você esteja. Mas fazem um alerta: estude muito, se dedique mais ainda e aguarde os bons resultados

“Este é o melhor momento para tirar sua ideia do papel. Faça isso ainda na universidade. Faça isso agora! Não tenha medo de deixar sua carreira corporativa se você realmente acredita em um produto. Muitas Startups precisam da experiência e dos ‘cabelos brancos’ de executivos. Esse novo ‘mix’ de profissionais tem sido vitorioso. Mergulhe nesse novo mundo. Procure parceiros experientes e estude. As Startups estão em todas as partes e mudarão o Brasil!”. A avaliação, para lá de otimista, é de Fabricio Federici, responsável pelo desenvolvimento de negócios na Bossa Nova, a maior Venture Capital em número de investimentos na América Latina, com mais de 450 investimentos no Brasil, Estados Unidos e, agora, em Portugal.

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o que é melhor, não existem barreiras para uma Startup surgir, crescer e despontar. “Temos boas iniciativas, principalmente em Campinas, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Franca, São José do Rio Preto. Cidades que estão se juntando e criando uma denominação chamada Black Valley, que se refere à esta região integrada. De uma forma geral, as coisas estão florescendo bastante e há uma clara evolução e desenvolvimento da organização das comunidades e do ecossistema das Startups no Brasil”, aponta Daniel Abbud, fundador e diretor de marketing da Beblue, fintech especializada em cashback para consumidores em compras realizadas em rede pré-cadastrada de estabelecimentos, e que surgiu em Ribeirão Preto, há três anos. “Isso é o mais interessante das Startups: Essa revolução não tem fronteiras e não está limitada aos grandes centros”, completa Fabricio.

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O Futuro do Trabalho

Potencial Inovador Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Startups Em 2012, (ABStartups), o maior número de iniciativas brasileiexistiam 2.519 ras do tipo está concentrado nos estados de São Paulo (41%), Minas Gerais (12%) e Rio de Janeiro (9,7%). Startups cadastradas Em todo o território nacional, estima-se que existam na Associação Brasileira cerca de 6 mil Startups, porém, segundo a associação, o número pode ser ainda maior, entre 10 mil e de Startups (ABStartups). 15 mil, já que muitas ainda se encontram em fase Em 2017, o número inicial de validação de ideias e não possuem o CNPJ. saltou para 5.147. “O brasileiro tem um potencial imenso para inovar. Agência Brasil O que nós estamos fazendo é criando ambientes que favoreçam essa capacidade de inovar que o brasileiro tem. O resto é consequência”, garante Anderson Criativo, CEO do Onovolab, centro de inovação criado no início do ano passado em São Carlos (SP). E quando se fala em Startup, inovação, logo vem à mente questões ligadas puramente à tecnologia, mas não é apenas isso. “Startup é sinônimo de modelo de negócio escalável. E é possível escalar negócios em diferentes setores”, explica Anderson. De acordo com a base de dados da ABStartups, as áreas que mais se destacam no setor de Startups são educação (edutechs), agronegócio (agtechs), finanças (fintechs), internet, propaganda, comunicação, comércio eletrônico e saúde e bem-estar. Há, ainda, um número expressivo de Startups nas áreas de logística e mobilidade urbana, entretenimento, eventos e turismo.

foto: Helena Lopes - Pexels

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O Futuro do Trabalho

Quero abrir uma Startup. Por onde começo? O cenário é favorável, as grandes companhias estão de olho, mas não é apenas ter uma boa ideia que garante o surgimento de uma Startup. “A pessoa interessada em entrar neste meio precisa entender que ideia não é empresa. Startup é execução. Ideia todo mundo tem, disposição para trabalhar e transformar a ideia em um negócio, poucos têm. Também é preciso estar consciente que empreendedorismo não tem glamour. É trabalho pesado. E que o sucesso pode demorar muito”, diz Anderson Criativo, do Onovolab.

A partir daí, não pense que o sucesso vem do dia para a noite. “É preciso estudar bastante o mercado, frequentar os ambientes, estabelecer contatos. Tem muita informação disponível para isso. E tem algo que é fundamental: dedicação integral”, alerta Fabricio Federici, da Bossa Nova. “Sem dúvida alguma, com dedicação, em algum momento você vai chegar lá. E você tem que ser muito sensível e muito humilde para aprender de maneira rápida. Quanto mais rápido você aprender, mais rápido você vai crescer”, finaliza Daniel.

ilustração: Freepik.com

“Antes de iniciar, você tem que estar muito ciente de que está entrando numa jornada de longo prazo, ou seja, você não vai ganhar dinheiro no curto prazo, não é em um, dois anos, que você vai ganhar dinheiro. Se prepare para uma jornada de, no mínimo, dez anos. E saiba que vai passar por apuros nesta jornada”, aconselha Daniel Abbud, da Beblue.

Identificada a ideia e verificada a disposição para encarar a caminhada empreendedora, surgem as questões práticas. “Antes de gastar dinheiro e tempo, monte um piloto, teste a sua ideia com potenciais clientes reais, encare-os e apresente o seu projeto. Eles lhe ajudarão a lapidar seu produto ou serviço. Esses são apenas os primeiros passos”, diz Anderson.

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imagem: Freepik.com

O Futuro do Trabalho

Onde buscar recursos para iniciar uma Startup? Antes de pensar no dinheiro necessário para iniciar uma Startup, é preciso pensar na preparação, na capacidade do empreendedor que está começando o negócio. Também é necessário entender que o acesso ao capital virá na medida em que se estiver preparado para receber o capital. Muitas vezes, é preciso fazer as coisas com o mínimo de dinheiro possível. E nestas horas, não é vergonha alguma pedir ajuda. “Normalmente, você vai precisar do capital próprio que tiver, mesmo sendo financiado pela família, pelos amigos, pelas pessoas próximas que se interessam em investir, que acreditam no seu negócio. Esse é o primeiro passo de investimento que você vai conseguir, são as pessoas próximas de você e não investidores

profissionais, porque esse tipo de investidor já olha para um time que tenha uma capacidade, uma experiência muito grande, ou que tenha, no mínimo, muito fundamento, que tenha uma carreira executiva, que tenha empreendido mais de uma vez”, avalia Daniel Abbud, da Beblue. Para Fabricio Federici, uma vez iniciado um negócio promissor, “dinheiro não tem sido problema”. Ele relaciona a existência de muitos investidores Anjo, muitas Venture Capital e muitos programas sendo abertos por grandes companhias. “Esse é um mercado muito colaborativo. Busque o investidor que, além do dinheiro, ajude com relacionamento, clientes, conhecimento. Isso é fundamental”, completa.

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O Futuro do Trabalho

O que é uma Startup? O empreendimento se caracteriza pela inovação do serviço produzido, geralmente de base tecnológica, desenvolvido a custos menores e processos mais ágeis. O termo também é sinônimo de pequenas empresas que estão no período inicial de desenvolvimento em condições de alto risco e incerteza. As Startups tanto

podem oferecer serviços e produtos diretamente para o consumidor, quanto para outras Startups. Quando alcançam maturidade, elas se sobressaem na oferta de serviços para grandes empresas que terceirizam as atividades relacionadas a inovação, pesquisa e desenvolvimento. (Agência Brasil)

Dicionário de Startups Veja o que significam os principais termos deste mercado: Aporte: Apoio (financeiro, capital, de conhecimento) dado a novos negócios. Business Model Generation: Consiste na geração de modelos visuais que exemplifiquem planos de negócios. Business Plan: Trata-se do modelo de negócios da empresa formalmente descrito e geralmente feito pelo founder. Entrepreneurial Angels: Investidores-anjos que possuem e operam outras empresas que já contam com um bom fluxo de capital e podem realizar investimentos mais altos e de maior risco. Equity: Etapa em que a Startup atinge relevante estabilização e tem seu capital aberto, tornando-se atrativa para venda. Founder e Co-founder: Criadores da empresa. Incubadora: Companhias ou projetos que “acolhem” empresas recém-lançadas, como Startups. Investidor-Anjo: Empreendedor com capital acumulado para investir em novos negócios dos quais ele “compre” a ideia.

Lean Startup: Conceito adaptado da linguagem industrial que consiste em enxugar ou otimizar e simplificar as operações e a gestão de uma empresa. MVP (Minimum Viable Product): É o coeficiente mínimo de viabilidade de um produto. Estratégias e testes específicos podem demonstrar o quanto um projeto será viável em termos de implantação e comercialização. Pitch: Discurso utilizado para apresentar, sobretudo a prováveis investidores, o escopo do projeto da Startup. Seed Money/Seed Funding: Primeiros investimentos externos em uma Startup. Startup: Empresa recém-lançada que busque um modelo de negócio repetitivo e escalável por meio de uma ideia inovadora. Unicórnio: Empresa que chegou a US$ 1 bilhão de valuation. O termo é muito utilizado no Vale do Silício. Valuation: Valor que um investidor oferece pela Startup.

Fonte: Conecta - Programa de impulso a Startups desenvolvido pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e pelo BMG UpTech

Os Grandes estão de Olho

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cio. “Inovação se tornou uma questão de vida ou morte para grandes empresas e grande parte delas já está em processo de conscientização de que inovar é uma questão urgente”, diz Anderson. “Começamos a sentir um forte envolvimento e interesse da velha economia, das empresas tradicionais, em patrocinar, em apoiar estas iniciativas e estar presentes para fazer parte dessa mudança e evolução da velha para a nova economia”, completa Daniel.

Foto Shutterstock

Tamanha movimentação já chama a atenção de grandes companhias e está cada vez mais comum ver corporações criando áreas de inovação. “Os chamados corporates estão fomentando o mercado com investimento. Isso é muito bom para todos os lados. Alguns anos atrás as Startups buscavam os corporates. Hoje é muito comum o contrário. Tem muita Startup dentro das grandes corporações e muitas nascendo lá dentro, através de incentivos de intraempreendedorismo”, avalia Fabri-


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#oMelhorProfissional – Tecnologia

Zaima Milazzo: ‘Mulheres devem ter Coragem para Mudar o Mindset’ por Angelo Davanço

Para a presidente do Brain, Instituto de Ciência e Tecnologia da Algar Telecom, a mulher tem que esquecer o pensamento fixo de que não pode exercer um cargo de liderança, especialmente no mercado de tecnologia

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oragem para mudar o mindset fixo. Deixar de lado o pensamento único de que as mulheres não podem fazer e acontecer no meio da tecnologia, marcado fortemente pela figura masculina. Este é o principal conselho de Zaima Milazzo, que desde dezembro de 2018, preside o conselho do Brain, Instituto de Ciência e Tecnologia criado pela Algar Telecom. E ela fala com conhecimento de causa. Zaima é formada Engenheira Eletricista com especialização em Telecomunicações pela UFU – Universidade Federal de Uberlândia (MG), e em Gestão de Empresas pelo INSA/Lyon, França. Tem mais de 20 anos no setor de telecomunicações, abrangendo desde a área comercial, como consultora de clientes corporativos, até a direção de uma unidade de negócios de mídia, na Algar Telecom. A maior parte de sua carreira foi dedicada para o desenvolvimento de novos produtos e inovação, liderando equipes que fizeram lançamentos comerciais de diversos produtos, ajudando a empresa a se posicionar como uma das mais inovadoras do setor. “Nunca encarei o fato de ser mulher como um obstáculo, sempre vivi a minha carreira de uma maneira tranquila. Para mim, a diversidade só tem a agregar nos ambientes de trabalho”, avalia Zaima. Mas ela sabe que o desafio é grande. Uma pesquisa mundial da Harvard Business Rewiew aponta que 41% das mulheres que atuam na área de tecnologia desistem de suas carreiras, contra apenas 17% dos homens. Segundo um levantamento feito em 2018 pelo Instituto Ethos, apenas 12% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no Brasil, o segundo pior desempenho na América Latina, atrás apenas do México, com 11%.

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foto: Raael Cautella

#oMelhorProfissional

Mas, afinal, o que é mindset? Qualquer um de nós, não apenas as mulheres, em qualquer área de nossas vidas, podemos trabalhar a mudança de conceitos em relação ao que pensamos para alterar nossa maneira de encarar os fatos. Mudar o tal mindset, ou seja, como funciona a nossa mentalidade. Mas, afinal, o que é mindset? Segundo o portal Endeavor Brasil, as pessoas de mentalidade fixa acreditam que nasceram com uma “cota” de inteligência que não irá mudar. “Errar para elas é algo insuportável. Por essa crença limitante elas tendem a evitar desafios e experiências novas com medo de parecerem menos inteligentes”. Já as pessoas de mentalidade de crescimento “acreditam que sua inteligência melhora cada vez mais pela aprendizagem e que o caminho do sucesso está no resultado do seu trabalho intenso e do seu esforço”. Para saber mais sobre o assunto, no livro “Mindset - A nova psicologia do sucesso”, a autora Carol Dweck mostra como o sucesso pode ser alcançado pela maneira como lidamos com nossos objetivos e apresenta o mindset como um elemento decisivo para que todo o potencial do ser humano seja explorado, tornando as pessoas otimistas ou pessimistas, bem-sucedidas ou não.

Para melhorar este cenário, Zaima tem um conselho na ponta da língua: coragem! “A mulher tem que esquecer o mindset fixo de que não pode exercer um cargo de liderança, especialmente no mercado de tecnologia. Ela tem que abraçar o seu desejo de crescer. Entender que, quando se arrisca, a mulher tem enormes chances de sucesso”, aconselha. “As mulheres podem entender de tudo, sobre qualquer coisa. Basta se livrarem do pensamento fixo que diz que elas não podem”, completa.

Carreira Atuando na Algar Telecom desde 1998, dois anos após se formar na UFU, Zaima começou na área comercial da empresa, no atendimento aos clientes, passou pelo desenvolvimento de produtos, consultoria de clientes corporativos, ingressou no Brain, onde ocupou o cargo de diretora de inovação e operações, até ser eleita presidente do conselho no final do ano passado. “O grupo Algar tem uma tradição de contar com mulheres em cargos de liderança”, diz Zaima. O Brain é um instituto de ciência e tecnologia que promove o desenvolvimento de soluções disruptivas com foco em três grupos principais: Internet das Coisas (interconexão digital de objetos cotidianos com a internet), Telco Cloud (serviços de infraestrutura em nuvem) e Digital. Os times de trabalho são divididos em squads e para a execução das novas soluções o Centro de Inovação utiliza a metodologia Scrum para implementar o desenvolvimento ágil, que possui princípios relacionados à colaboração, à auto-organização e a equipes interdisciplinares. “Temos um ambiente dinâmico, mas costumo dizer que o colorido do ambiente, por si só, não gera inovação, o mais importante é como desenvolver a melhor solução para as dores dos clientes. É preciso trazer o cliente para desenvolvermos as melhores soluções em conjunto”, acredita Zaima.

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#oMelhorProfissional – Educação

Ensino Quadro a Quadro por Angelo Davanço

Professor utiliza charges, caricaturas, histórias em quadrinhos e fanzines para ensinar seus alunos em Ribeirão Preto (SP)

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abe aquelas aulas em que você tem que escrever no caderno milhares de palavras copiadas do quadro negro? Pois bem, com o professor Arnaldo não é nada disso o que acontece. Aos 39 anos, Arnaldo Martinez de Bacco Neto usa e abusa das histórias em quadrinhos, das charges, das caricaturas e dos fanzines em sala de aula. Formado em Administração de Empresas, História e Pedagogia, pós-graduado em História Cultural, Psicopedagogia e Docência do Ensino Superior, e doutorando em Educação, Arnaldo é professor universitário, dá aulas no ensino médio na rede privada e atua como coordenador pedagógico na rede estadual de ensino. E ainda encontra tempo para produzir zines e participar de atividades culturais ligadas aos quadrinhos e à literatura, como os trabalhos desenvolvidos pelo Coletivo Z, pelo selo RP HQ e o projeto Recortando Palavras, dentro da programação da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Na entrevista a seguir, o professor Arnaldo Neto fala sobre como começou a utilizar estes recursos em sala de aula e como a produção de histórias em quadrinhos e fanzines atua na transformação dos alunos em protagonistas nos processos educativos.

Empreende - Como foram suas primeiras experiências com histórias em quadrinhos em sala de aula? Arnaldo - Eu desenho desde criança e desenhava muito em sala de aula. Meus cadernos eram cheios de ilustrações e isso me ajudava muito a lembrar dos conteúdos na hora das avaliações. Era uma forma de aprender por associação. Quando comecei a lecionar, senti a necessidade de fazer algo diferente, que prendesse a atenção dos alunos, e assim comecei a ilustrar minhas aulas com charges e desenhos. Percebi que os alunos não apenas gostavam, mas também reproduziam em seus cadernos. Foi então que resolvi juntar a minha experiência enquanto aluno, com as ilustrações que eu já estava desenvolvendo na lousa e a criatividade que emergia dos alunos. Assim foi surgindo, aos poucos, a metodologia que utilizo hoje em sala de aula. Como educador, eu acredito na potencialidade do aluno em buscar o conhecimento de modo prazeroso, mas bem fundamentado e mediado pelo professor. Não se trata de modo algum de abrir mão do conteúdo, mas abordá-lo com outra linguagem, usando os quadrinhos e zines como ferramenta pedagógica. De forma lúdica, o aluno aprende como se estivesse brincando.

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O que é um fanzine? Fanzines, ou simplesmente zines, são publicações que se utilizam de materiais de baixo custo, como papel sulfite, tesoura e cola, para a expressão de ideias e divulgação de trabalhos autorais, como histórias em quadrinhos, textos e colagens. Depois de montado, o zine geralmente é fotocopiado e distribuído aos seus públicos de interesse.

Empreende - Como você avalia a participação dos alunos neste tipo de atividade? Arnaldo - Quando o aluno aprende de modo passivo, apenas como receptor, este conhecimento rapidamente vai se apagando na sua mente. Porém, quando o aluno se envolve ativamente no aprendizado, por meio de uma atividade artística e até mesmo literária, porque ele também produz textos enquanto faz quadrinhos, este conhecimento permanece. Para fazer quadrinhos ou mesmo um zine, que aparentemente é um momento de diversão na sala de aula, o aluno precisa buscar informações em livros, revistas, sites confiáveis, enfim, precisa fazer uma boa pesquisa. Este envolvimento promove, certamente, um ganho qualitativo no aprendizado. Empreende - As direções das escolas costumam ser abertas a este tipo de proposta? Arnaldo - No início, confesso que tive um pouco de receio. Mas a seriedade desta metodologia e os resultados por ela obtidos não só contribuíram para a aceitação, como se reverteram em apoio, tanto por parte do corpo gestor, quanto pelas famílias dos alunos e, claro, princi-


palmente pelos alunos. No momento em que estou atuando na coordenação pedagógica de uma escola da rede pública, a Escola Estadual Alcides Corrêa, com aproximadamente mil alunos, e com apoio da direção e da equipe gestora da escola, além da colaboração dos professores, tenho conseguido ampliar essa metodologia para outras disciplinas.

“O adolescente não quer apenas ouvir, ele também quer ser ouvido e a expressão por meio da arteeducação permite que o aluno seja o protagonista”

Empreende - Como você usa os fanzines em sala de aula? Arnaldo - Na minha arte, quadrinhos e zines andam juntos, até porque eu uso os zines como um meio de publicação dos meus quadrinhos. Então, quando eu trabalho quadrinhos na sala de aula, consequentemente trabalho zines também. O zine acaba se transformando numa atividade multidisciplinar, trabalhando Ciências Humanas, por conta das temáticas utilizadas nos materiais produzidos; Linguagens, na produção dos textos, poesias, frases de efeito, colagens e ilustrações; Ciências da Natureza, no auxílio dos conteúdos e Ciências Matemáticas, na paginação, na utilização das margens e na diagramação das páginas.

Empreende - Quais as principais características do fanzine como instrumento pedagógico? Arnaldo - Além de ser um instrumento multidisciplinar e de ajudar a desenvolver a criatividade do aluno, o maior ganho do seu uso na sala de aula é o desenvolvimento das

#oMelhorProfissional

relações interpessoais. A elaboração do zine é uma atividade coletiva, na qual cada aluno tem a oportunidade de expressar suas ideias. Na prática é assim: um faz a colagem, outro faz o roteiro, outro cria uma história em quadrinhos, e no final todo mundo comunica e todo mundo compartilha. Como eu sempre digo, o adolescente não quer apenas ouvir, ele também quer ser ouvido e a expressão por meio da arte-educação permite que o aluno seja o protagonista. Os zines e os quadrinhos, por seu envolvimento com a imagem, a arte e a palavra, abrem caminho para outros recursos, como a elaboração de cordéis temáticos. Além disso, também uso como recursos pedagógicos, batalhas de rimas e vídeos produzidos pelos próprios alunos. Empreende - Em meio a tanta tecnologia, você acredita que o simples, como as HQs e os zines, tem o poder de surpreender e transformar? Arnaldo - Há um mito de que os alunos hoje são exclusivamente digitais. Claro que as mídias eletrônicas e redes sociais exercem um grande fascínio, mas quando estão trabalhando com zines e quadrinhos, o envolvimento é tão grande que os celulares acabam relegados a um segundo plano e só vêm à tona quando o aluno precisa de uma pesquisa ou referência para enriquecer o seu trabalho, produzido de maneira totalmente manual.

foto: Rafael Cautella

“Como educador, eu acredito na potencialidade do aluno em buscar o conhecimento de modo prazeroso, mas bem fundamentado e mediado pelo professor”

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#oMelhorProfissional – Gastronomia

O Admirável Mundo Novo de Heaven Delhaye por Angelo Davanço

Chef carioca conta como a experiência de ter sido criada em uma comunidade fechada lhe abriu as possibilidades de um mundo totalmente novo, especialmente na cozinha

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magine você, ainda criança, vivendo em uma comunidade religiosa sem luxo algum, em que tudo é dividido, das roupas aos brinquedos, e em que todos os pequenos se tratam como irmãos? Assim foi a infância da chef Heaven Delhaye (leia “delé”), até os nove anos de idade, em Petrópolis (RJ) e em outras cidades brasileiras. Um dos destaques da edição 2018 do programa MasterChef Profissionais, da Band, ela conta que este início de vida, no mínimo curioso, influenciou no modo como encara os desafios. “Vivíamos de uma forma muito diferente, a gente era retirado do mundo, havia nossas próprias músicas, nossos próprios livros, filmes, não participávamos do mundo como a maioria das pessoas conhece. Então, uma vez que eu saí deste grupo e vi um mundo tão diferente do que eu conhecia, isso me levou, desde muito cedo, a questionar, procurar, estudar e criar uma maneira muito minha de enxergar todos os desafios, por ter visto duas realidades tão diferentes logo cedo na minha vida”, explica. Conhecido como “A Família”, o grupo religioso surgiu no final dos anos sessenta, época do flower power e da contracultura, nos Estados Unidos, e logo se espalhou pelo mundo. O pai de Heaven é português, a mãe é francesa, e os dois sempre buscaram um outro sentido para a vida após os horrores sofridos pelo continente europeu no pós-guerra. Daí a entrada na comunidade e a vinda para o

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#oMelhorProfissional

Brasil, onde a chef nasceu, há 34 anos. Mas quando um dos três irmãos mais velhos cansou de viver em comunidade, aos 14 anos, e abandonou o grupo, os pais também decidiram partir para manter o núcleo familiar. Como ninguém tinha nada que fosse seu, só foram levadas as roupas do corpo e 50 dólares. Casal e quatro filhos se instalaram em Joinville (SC), onde o pai começou a dar aulas de inglês e a mãe, a cozinhar. Foi aí que tudo teve início para a futura chef. “Minhas primeiras memórias da minha mãe são dela cozinhando. Dentro desse grupo religioso ela era a chef, ela direcionava a cozinha, fazia comida para todo mundo. Ela já tinha muita experiência, inclusive na França. Então, quando a gente saiu desse grupo e meus pais decidiram abrir um pequeno bistrô, a gente carregou isso, de estar a família toda lá trabalhando, e é algo que a gente leva até hoje em dia, com o Chez Heaven (restaurante da chef no Rio de Janeiro). A ideia foi resgatar essa nossa história”, diz. E tudo era novo para uma menina que, até então, não tinha contato com o mundo exterior. “Aos 11 anos comecei a frequentar aulas em escolas comuns, mas eu ia para a escola e ficava pensando sobre o pequeno restaurante da minha mãe, sobre o que a gente estava fazendo, sobre os sabores, as combinações, os novos produtos que eu finalmente tinha acesso, porque dentro da comunidade onde a gente morava, era tudo muito restrito, muito simples, então este contato que eu comecei a ter, por meio da gastronomia, foi algo que realmente abriu muito meus olhos e é algo que desde criança me emociona muito”, lembra.

foto: Rio Art Com

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foto: Rio Art Com

#oMelhorProfissional – Gastronomia

“Com o MasterChef aprendi a ter mais controle sobre mim, a confiar mais em mim mesma, aprendi testando os meus limites e conquistei um carinho do público que me surpreendeu bastante”

Pelas cozinhas da Europa Após as primeiras experiências culinárias ao lado da mãe, aos 17 anos, Heaven partiu para voos mais altos na Europa. Viveu com tias no norte da França e com a avó em Portugal. Segundo ela, foi um divisor de águas, pela quantidade de informações, das novas maneiras de trabalhar, dos novos produtos que conheceu. “A Europa é sempre muito importante para um jovem chef, para abrir seus olhos ao mundo. A culinária europeia é algo absurdo, fora do comum, algo que as pessoas levam muito a sério, então poder ver isso, poder trabalhar nestas cozinhas, que são muito organizadas, realmente entender a teoria, a prática, todo o conceito que envolve, foi muito importante para o meu desenvolvimento como chef”, avalia. Mas não pense que a jovem Heaven teve vida fácil nas cozinhas do Velho Mundo. “Um chef é feito na cozinha, você pode ter todos os cursos que for, mas você só será um chef em uma cozinha profissional, batalhando, trabalhando de 12 a, às vezes, mais horas por dia. Isso eu sempre fiz, desde muito jovem, e na Europa levei ao extremo. Ficava quase todos os dias, nos dois turnos,

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no restaurante. Foi uma época em que aprendi muito”, recorda. E a rotina que ela teve serve de conselho para quem quer entrar no mundo da culinária. Segundo Heaven, é preciso trabalhar duro. “Um chef só se forma realmente trabalhando muito, com muita paixão, muita dedicação, muito empenho, muita curiosidade. E é preciso estar dentro de uma cozinha profissional. Existe uma glamourização da cozinha, que não é real. Na cozinha são longas horas em pé, é estressante, é cansativo, é quente, tem cliente que às vezes entende seu conceito, às vezes não, ou às vezes vão te pedir para fazer uma coisa que você não concorda e você tem que lembrar que está fazendo comida para o público, não para si próprio, então, realmente é um trabalho que exige muita paixão, muita dedicação”, aconselha, sem antes fazer um alerta bem-humorado: “Antes de se meter nisso, tenha certeza que este mundo de malucos é realmente apropriado para você, e se for, seja bem-vindo, porque somos um bando de loucos, mas a gente ama muito o que faz!”


Apresentado por Casa Mediterrânea

Sinta-se em Casa! O

resgate da gastronomia mediterrânea, em um formato aconchegante e cheio de sabor, é a principal característica da Casa Mediterrânea, em Ribeirão Preto. O burburinho maior dos ambientes é na cozinha, em volta da mesa e no preparo de sugestões deixadas pelos conterrâneos: esse é o clima traduzido pela Casa Mediterrânea, que conquistou a clientela pela simplicidade e carinho no preparo de receitas mediterrâneas. A paixão pelas origens levou Carlos Secaf - filho de Assad Secaf - a abrir o espaço. A Casa, que conta com um cardápio árabe para degustar no local, o empório - com sugestões para levar para casa e eventos - e uma adega completa, se tornou ponto de encontro de alto astral e boa culinária. São opções para todos os momentos, desde o almoço até jantar e encontros especiais. O Trio Mediterrâneo - no qual o cliente monta com três opções árabes de sua preferência (coalhada, babaganuche, homus, quibe cru/assado, entre outros) e a Torre Mediterrânea são alguns dos preferidos do endereço. Além deles, as famosas esfihas e o pernil de cordeiro e o carneiro recheado já caíram no gosto dos ribeirão-pretanos. “A nossa intenção é proporcionar uma memória gastronômica, através da culinária mediterrânea, em um ambiente familiar e simples. Para isso, oferecemos, além do cardápio fixo, sugestões aos finais de semana e, é claro, vinhos e bebidas para harmonizar com os pratos. Fazer tudo com carinho é a nossa missão. Por isso, nosso nome traz o conceito CASA! A intenção é ter o aconchego e cuidado da sua família! Te esperamos!”, explica Carlos Secaf.

Pernil de Cordeiro

Torre Mediterrânea

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#oMelhorProfissional – Construção Civil

Jóia Bergamo e o seu Poder de Transformação por Camila Rodrigues

Descubra o estilo marcante da designer de interiores que está à frente de projetos icônicos e desafiadores na cidade de São Paulo

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ona de um estilo contemporâneo único, a designer de interiores Jóia Bergamo comanda o escritório de Arquitetura e Design de Interiores, em São Paulo, que leva o seu nome há quase 30 anos. A designer é persona ativa em eventos e planos arquitetônicos de grande valia para os espaços públicos e grandes empreendimentos da capital, além de participar, por mais de 18 anos, com trabalhos consistentes e inovadores na maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, a CASACOR-SP. Sob forte influência de seus pais, proprietários da Marcenaria Bergamo, a mineira natural de São Sebastião do Paraíso, e residente da capital paulista, passou a infância brincando de decorar com os objetos pertencentes ao empreendimento da família. “Nos finais de semana, minha diversão era juntar as peças, levar tudo para um outro canto e arrumar do meu jeito. Eu brincava de decoradora e às segundas-feiras, eles ficavam loucos para encontrar as coisas”, diverte-se ao lembrar dessa época, que foi fundamental para sua formação profissional. Brincadeiras de criança à parte, Jóia teve como primeira formação acadêmica a pedagogia, mas, em pouco tempo, descobriu que sua aptidão e bom gosto para decoração poderiam se transformar em um negócio de sucesso. “Comecei decorando as minhas casas e as pessoas ficavam encantadas. Aos poucos, comecei a projetar para amigos mais próximos, até montar meu primeiro

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escritório com duas amigas – o Atelier 3, que durou 15 anos. Depois apostei na carreira solo”, lembra. A profissional fez dois cursos importantíssimos para dar suporte a sua vocação: EAD (design de interiores) e também na escola Panamericana.

Toque da Jóia

Admiradora da escola artística alemã Bauhaus, a designer aposta em elementos modernos em seus projetos, como linhas simples, paleta de cores suaves e sóbrias, fora funcionalidade que, segundo ela, é fator primordial em seus projetos, principalmente para seus clientes brasileiros. “Conforto e viver. Aquela vontade de chegar em casa e querer ficar. Cada vez mais, as pessoas trazem a vida social para dentro de cada, recebendo amigos”, salienta que esse “dolce far niente”, ou seja, a delícia de fazer nada, é um estilo de vida crescente. Para atender esse estilo, a profissional procura ouvir, com atenção, seus clientes e saber exatamente como eles pretendem aproveitar cada cômodo da residência ou local de trabalho. “Sempre pesquiso a fundo os anseios, necessidades e desejos dos meus clientes. Somente a partir desse momento intenso é que começo a desenvolver meu projeto. Acredito que isso seja fundamental e um dos pilares que sustentam tantos anos de trabalho. E para fechar, amar o que você faz. Quando amamos o que fazemos tudo flui naturalmente e de forma harmônica”, acredita.


#oMelhorProfissional

foto: Divulgação

“Sempre pesquiso a fundo os anseios, necessidades e desejos dos meus clientes. Somente a partir desse momento intenso é que começo a desenvolver meu projeto”

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Foto: Divulgação

foto: Martin Gurfein

#oMelhorProfissional – Construção Civil

Na 33ª edição da CASACOR SP, Jóia Bergamo assinou o projeto do Café com Terraço, da Ofner. O espaço, de 250m², detém aspectos funcionais e acolhedores, pilares que norteiam os trabalhos da designer.

Grandes Projetos Segundo a designer, não tem como mensurar, dentro de seu trabalho e de seus 30 anos à frente do escritório de arquitetura, qual projeto é mais importante. Para Jóia, todos, sem titubear, possuem uma peculiaridade especial e significância dentro da sua história profissional – seja pelo cliente ou a proposta inovadora de mudar um espaço público devastado, ou pouco aproveitado, em um local de deleite para os olhos. “Cada projeto é especial, é único. Mesmo com tantos anos de experiencia, dá sempre um frio na barriga. Fica difícil escolher um preferido, mas, certamente, um muito importante para minha trajetória, definitivamente, é o Muro da Raia da USP. É uma entrega muito especial e importante à cidade de São Paulo, menos concreto e mais liberdade visual arquitetônica”, revela a designer, que transformou 2,2 quilômetros de concreto em uma parede de vidros temperados, totalmente recicláveis, produzidos pela Tempermax e doados pela Guardian. Jóia almeja ainda explorar um nicho desconhecido em sua caminhada. “Não tive a oportunidade, mas gostaria de fazer um hotel de frente para o mar”, alegra-se.

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#oMelhorProfissional

Empreendedora Nata Mesmo com mais de 150 projetos produzidos por ano, Jóia, há 5 anos, resolveu adentrar no mercado de designer de interiores nos Estados Unidos, abrindo um escritório em Miami, com a finalidade de atender novos e velhos clientes, que estavam estabelecendo residência por lá. “Muitos brasileiros estão comprando apartamentos, por isso abriu uma filial para atendê-los”, conta. Com um olhar atento as demandas de sua área, a profissional se considera, com toda certeza, uma mulher empreendedora. “A minha vida nem sempre foi fácil, e precisei empreender com muita garra e determinação para manter minha família unida e realizar o meu sonho profissional”, enfatiza. “De forma inconsciente e por meio da minha trajetória, acabo passando esse lado empreendedor e de força para meu filhos e pessoas próximas. Determinação é segredo”, finaliza.

Foto: Divulgação

“Fica difícil escolher um preferido, mas certamente, um muito importante para minha trajetória definitivamente é o Muro da Raia da USP. É uma entrega muito especial e importante para a cidade de São Paulo, menos concreto e mais liberdade visual e arquitetônica”, conta Jóia

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#oMelhorProfissional – Saúde

Uma Lição de Vida do outro lado do Atlântico por Angelo Davanço

Médico de Ribeirão Preto (SP) atendeu ao chamado do programa Voluntários sem Fronteiras para prestar socorro às vítimas de ciclone que devastou Moçambique. Voltou de lá com a vontade de tentar ser sempre uma pessoa melhor

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ra o dia 14 de março de 2019. Notícias começavam a aparecer aqui e ali, na Internet e nos noticiários da TV. O ciclone Idai, com ventos de até 150 quilômetros por hora, havia “varrido” países como Madagascar, Malavi, Zimbábue e Moçambique, no continente africano. A devastação contabilizou mais de mil mortes e deixou milhares de feridos e desabrigados. Poucos dias depois, a mais de 9.200 km de distância, um médico de Ribeirão Preto (SP) recebeu uma convocação do programa Voluntários sem Fronteiras, da Junta de Missões Mundiais da Igreja Batista brasileira. E lá foi o doutor Mario Angelo Cenedezi Júnior, 28 anos, iniciar sua história de solidariedade do outro lado do oceano Atlântico. Ele fez parte de uma equipe de 11 pessoas de várias regiões do Brasil que, além de médicos, possuía farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos e até um coronel do Corpo de Bombeiros. Durante cinco dias, Mario Angelo e equipe atenderam perto de 3 mil pessoas, nas localidades de Dondo, Mafambisse, Mutua, Savane e Nhamatanda. “Foi a região mais atingida pelo ciclone em Moçambique. Encontramos um povo extremamente necessitado. O pouco que tinham, acabaram de perder”, relembra o médico. Na África, os Voluntários sem Fronteiras se juntaram a outras equipes de ajuda humanitária, com os Médicos sem Fronteiras, Cooperações Portuguesa e Espanhola, Organização das Nações Unidas, Unicef, Cruz Vermelha Internacional e Força Aérea Brasileira.

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#oMelhorProfissional

foto: Arquivo Pessoal

“A gente deixa de se preocupar se o sapato combina com a roupa quando conhece pessoas sem sapato e sem roupa”

Para viver uma experiência dessas, não se pode ter medo Após sua passagem por Moçambique, para atendimento às vítimas do ciclone Idai, o doutor Mario Angelo Cenedezi Júnior aconselha os profissionais de saúde que possam vir a ter experiências semelhantes: “Você precisa se entregar de corpo e alma e ir sem medo de encontrar gente doente de verdade. É preciso ir de coração aberto para ajudar quem quer que seja, sem ter nojo das pessoas. Estas são as questões humanas. No que diz respeito ao aspecto profissional, é preciso estar muito seguro do que você sabe, pois são poucas informações disponíveis, medicamentos sem bulas, não existem livros de apoio. É preciso ter uma formação sólida, uma grande capacidade de improviso e a disponibilidade de trabalhar em equipe.”

Mario Angelo Cenedezi Jr, 28 anos Médico

Antes desta viagem, a única experiência de ajuda voluntária de Mario Angelo havia sido em 2016, quando ainda era estudante de Medicina no Centro Universitário Barão de Mauá e passou uma semana em Santa Cruz Cabrália, no interior baiano, participando do programa Voluntários do Sertão. “Mas foi completamente diferente. Na Bahia, atendemos uma população carente, é verdade, mas não em emergência ou calamidade. Em Moçambique, nos deparamos com muitos doentes, com surtos de cólera, de malária. E foi desafiador desde o início, uma vez que não sabíamos o que iríamos encontrar lá, qual a estrutura que teríamos. Chegamos a atender sob árvores, no meio das aldeias. Fizemos busca ativa por pacientes no meio do mato. Em Savane, atendemos 400 pessoas em meio a uma igreja destruída pelo ciclone”, diz.

Viagem às escuras

Quando recebeu o chamado para partir para Moçambique, Mario Angelo se viu diante de vários pontos de interrogação. Eram poucas as informações que chegavam do lugar onde ele estaria dali a alguns dias. “Uma missionária moçambicana nos enviava algumas informações, mas muito poucas, uma vez que a internet foi afetada por lá. Por ser uma nação pobre, não havia toda a questão midiática em cima, diferente, por exemplo, da cobertura que foi dada ao incêndio na Catedral de Notre-Dame, em Paris, apenas um dia após a passagem do ciclone”, compara. O médico, que custeou sua viagem e contou com a ajuda da família e de doações para levar medicamentos, partiu do Brasil em direção à África do Sul, para depois seguir para Moçambique. Ele diz que a ficha realmente caiu quando o avião se preparava para pousar em seu destino. “Da janela do avião pude observar grandes áreas alagadas, mesmo algumas semanas após a passagem do ciclone. Ali tive a noção de que realmente aquele povo precisava de ajuda”, diz.

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A imagem Símbolo da Viagem – Garoto quase morto por desidratação

Dos atendimentos que fez no continente africano, um em especial o doutor Mario Angelo guarda na memória. “Nos chegou um menino de uns 5, 6 anos, praticamente morto por desidratação. Fazia quatro dias que ele não comia ou bebia nada, antes de ser levado para barracas da ONU. Lá há uma cultura de que os adultos se alimentam antes das crianças, então ele estava em uma situação bastante precária. Mas bastou administrar um litro de soro, metade pela veia e metade por via oral, para ele se reanimar e ir embora dando tchau para a nossa equipe. Para mim, esta é a imagem símbolo de minha viagem”, garante.

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foto: Arquivo Pessoal

#oMelhorProfissional – Saúde


#oMelhorProfissional

Lições de vida E o que mudou após esta experiência? “Minha visão da medicina não mudou muito, pois me identifico, desde sempre, com a questão da saúde pública, humanitária. Sou um militante em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) e acredito no conceito de saúde para todos, independente das condições econômicas, cor da pele, local onde mora. Toda esta experiência veio de encontro ao que eu penso sobre a questão da saúde. Mas o que muda, realmente, é a nossa visão como ser humano. A gente deixa de ser ingrato, de ser mesquinho, de se preocupar com coisas tolas, para tentar ser uma pessoa melhor, com mais empatia. Entendemos que o nosso trabalho no mundo deve ser este, o de fazer com que as pessoas tenham uma vida melhor”, relata.

foto: Rafael Cautella

E você acha que o desejo de ajudar do médico para por aí? Em novembro ele pretende partir em nova missão pelos Voluntários sem Fronteira, desta vez acompanhado da mulher e da mãe. “Devemos nos unir a outros voluntários para prestar ajuda em saúde e educação junto aos refugiados de guerra no Iraque”, planeja Mario Angelo.

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Entrevista de Capa

Alice no Mundo das Maquiagens da Redação

A gaúcha que pensava em ser dentista, hoje é uma das maquiadoras mais famosas do Brasil

A

lice Caetano Salazar tem 35 anos e é casada com Maikel Santos Silva, 42. Hoje os dois moram em São Paulo. Mas antes de falarmos dessa mudança para a capital paulista, precisamos voltar ao Sul do País, onde tudo começou. Alice nasceu em Porto Alegre, mas foi criada em Santo Antônio da Patrulha, que fica entre a capital e o litoral norte do Rio Grande do Sul.

Na capital, entrou no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e já saiu empregada. “Minha professora me indicou para trabalhar na RBS TV, que é afiliada da Rede Globo, então eu trabalhei lá por cinco anos”, explica.

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Foto: Divulgação

A gaúcha iniciou os estudos em Santo Antônio. Saiu de lá aos 18 anos e voltou a Porto Alegre, para fazer cursinho pré-vestibular e trabalhar como telefonista em um escritório de advocacia. Mal imaginava que uma demissão seria o pontapé para uma carreira de sucesso: “Sem emprego, resolvi fazer um curso de maquiagem, já que tinha trabalhado com a minha mãe, que também é maquiadora. Eu já tinha ajudado ela algumas vezes nos finais de semana, só que ela morava em Santo Antônio. Para me inserir no mercado em Porto Alegre, pensei em fazer os cursos por lá, onde ninguém me conhecia”, lembra Alice.


Entrevista de Capa

Talento de Família O contato de Alice com o mundo dos glitters e dos batons começou ainda pequena, por influência da mãe, Margarete. Ela conta que ficava de olho em tudo o que a mãe fazia: “Eu ficava olhando tudo o que ela fazia e ficava atrás, ficava em volta. Sempre gostei”. E ela percebeu que tinha o dom para a maquiagem aos 15 anos. Foi num dia em que a mãe não conseguiu fazer sua maquiagem e Alice se virou sozinha. “Achei que ela iria me maquiar para uma festa, como sempre fazia, mas ela estava trabalhando e eu me maquiei, aí ela me elogiou muito e disse: ‘nossa que bonita essa maquiagem que você fez’. Aquele elogio valeu tanto para mim que me deu uma autoestima muito grande para eu começar a maquiar. Então, a partir dali, eu comecei a me maquiar muito bem e a maquiar muitas pessoas, amigas, na época”, recorda. Mesmo maquiando muito bem e recebendo vários elogios, Alice tinha vontade, desde criança, de fazer odontologia, mas quando foi procurar saber mais sobre a área, desistiu. “Na hora de fazer o vestibular eu pensei: humm... eu vou passar um dia em um consultório de uma prima minha, que era dentista, só para ver como é que é, porque eu tinha inventado de ser dentista, mas não sabia a real como é que era. E aí eu fui lá, passei uma tarde e saí sabendo que a única coisa que eu não queria na vida era aquilo”.

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Entrevista de Capa E o sonho frustrado gerou uma crise de identidade na gaúcha. Ela, que passou a infância inteira dizendo que seria dentista, precisou mudar de ideia. “Comecei a pensar o que eu gostaria de fazer, aí eu fiz Design de Produto, fiz um tempo, mas não me formei porque quando fui demitida do escritório de advocacia e fui fazer os cursos de maquiagem no Senac, eu me apaixonei por essa área e aí mudei o meu curso universitário para Estética e Cosmética”. Mas ela não chegou a se formar, por causa da ideia de um amigo de fazer um blog, na época o famoso Espelho Meu. “No meio do último ano de curso, o blog estourou e eu não consegui mais ir para a faculdade, ficou muito difícil. Então por isso que até hoje eu não tenho uma formação de terceiro grau completa”, conta.

Start para o Sucesso

O blog de Alice estourou muito rápido e, a partir daí, ela se viu envolvida no meio da maquiagem, tanto por meio de cursos como pela internet. “Eu comecei a dar cursos de

maquiagem no Brasil inteiro, que depois se transformaram em palestras e, hoje em dia, trabalhar com YouTube trouxe algumas unidades de negócios, então eu tenho os livros, uma linha de marca própria de maquiagem, tem curso on-line, trabalho com publicidade e tem a rede de franquias, que são as Alice Salazar Stores”, explica a maquiadora. Com tantos bons desempenhos, ela se considera uma empreendedora por ser uma das primeiras maquiadoras a ter um destaque tão grande no País. “Hoje eu não tenho os maiores números, não tenho o maior público entre os youtubers e instagramers, mas tenho a característica de ser pioneira em algumas coisas. Comecei a fazer vídeo numa época em que quase ninguém fazia, existiam umas duas ou três apenas que faziam no Brasil. Eu abri essa rede de lojas, coisa que ninguém fez ainda, e eu sempre estou pensando na frente, para tentar me destacar nessa área”. Alice comenta que existe muita concorrência nesse meio, por isso precisa desenvolver várias capacidades. “Eu sou youtuber, sou maquiadora, sou empresária. Só que tem muita concorrência em todos esses setores, então eu tenho que estar sempre correndo para me destacar”, avalia. O momento decisivo em que Alice decidiu realmente empreender foi quando se mudou para São Paulo. Ela contratou o próprio marido para trabalhar com ela e, juntos, decidiram ir pra cima. “Meu marido era na época um publicitário renomado dentro de Curitiba. Ele trabalhou em várias agências, então era uma pessoa importante nesse mercado. Ele morava em Curitiba, eu em Porto Alegre, a gente namorava à distância e aí a gente resolveu morar em São Paulo para os negócios irem para frente”, diz.

Maquiagem com o seu Nome

Foto: Divulgação

Um pouco antes dessa mudança, em 2012, Alice já tinha lançado a sua linha de maquiagem. Ela teve o apoio dos irmãos: “Eles são sócios. Tenho um irmão que trabalha em multinacional, então ele estava acostumado com valores maiores, quando foi para dar o passo para abrir uma linha, ele foi tranquilo. Não que ele tivesse o dinheiro, mas já era acostumado a lidar com esses números, então ele me disse: ’vamos abrir sim, vamos lá, vamos em frente’”.

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Nesse mesmo ano, um químico enviou alguns produtos para Alice testar e aí surgiu uma linha de maquiagem que não parou mais. “Ele disse: ‘O que acha disso?’ Eu disse: Nossa, sempre quis lançar um produto. Eu queria no começo lançar uma linha de glitters. Daí o químico disse: ‘não, vamos lançar mais coisas’. E aí eu cheguei num jantar em que meus irmãos estavam me esperando, apresentei para eles a ideia, e meus irmãos viram que o negócio poderia prosperar e apostaram comigo. Então foi nesse momento que tudo virou”, explica.


Entrevista de Capa

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Entrevista de Capa

Relação com a Internet A gente já contou aqui que tudo começou com o blog da Alice. Na época em que ela estava na TV RBS, além do blog pessoal, começou a participar também da página da emissora na internet. “O ClicRBS pediu para hospedar o meu blog, então eu comecei a ver que textos e fotos não eram suficientes para falar sobre maquiagem, foi aí que eu comecei a fazer vídeos, daí é engraçado que eu pensava: se eu começar a fazer vídeos eu vou contar todos os meus segredos, as mulheres não vão querer mais se maquiar comigo. Mas nada a ver, isso foi completamente ao contrário, eu decidi contar tudo o que eu sei e isso foi muito bom”, conta. Então ela partiu fazer vídeos na internet. Criou um canal no YouTube e uma página no Facebook, que hoje são suas principais ferramentas de trabalho. “Quando eu vi que o YouTube estava explodindo, automaticamente fui para o Facebook, porque no Face a gente anuncia que as coisas estão no YouTube. Então hoje em dia meu Facebook serve 100% para trabalho, eu não faço quase nada de pessoal”, explica Alice. O Instagram veio depois: “Quando eu vi que ele estava tomando corpo, entrei e também comecei. Então no começo ele servia muito para indicar o que eu colocava de vídeo novo, mas hoje em dia meu Instagram tem a sua vida própria”. O conjunto dessas ferramentas é “imprescindível”, diz Alice. “É onde a gente se manifesta, onde a gente tem voz. Rede social deu voz para muita gente, isso tem dois lados sempre: bom e ruim, mas muitos momentos melhores do que ruins, senão não iam estar tão presentes em nossas vidas como estão”, avalia.

Seguidores Essenciais

Foto: Divulgação

Falando em redes sociais, Alice diz que se dá muito bem com seus seguidores. “Lados negativos são muito poucos, porque existem os haters, que são pessoas que odeiam todo mundo. Então a gente acaba sabendo muito bem como lidar com esse tipo de pessoa. Os comentários negativos que são construtivos dá para a gente ver, diferente quando uma pessoa chega e fala: ‘Nossa que feia, ridícula essa roupa’, ou quando alguém chega: “Alice, pode maneirar um pouco nesse nome feio porque você está falando muito palavrão, eu gostaria que a minha filha visse os vídeos comigo e aí eu fico constrangida e não deixo ela olhar’. Então dá para ver como uma crítica construtiva”, reconhece.

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O lado positivo, para ela, é todo o apoio que recebe diariamente. “São tantas pessoas que torcem por mim, sem eu nem conhecer, muitos amigos sem eu nem saber, do amor que eu recebo. Em termos de negócios é bom saber que consigo ter uma influência positiva, por isso eu tenho bastante responsabilidade de falar só sobre produtos que eu gosto. Seguidores são simplesmente essenciais e eu devo muito a eles”.


Entrevista de Capa

Propósito de Vida Alice diz que tem como propósito ensinar as pessoas a se amarem através de um momento único. “Meu propósito é tentar dar capacidade para ela se amar, que é fazer um delineador, passar um rímel bem passado, uma maquiagem para ela poder se olhar no espelho e se gostar, se achar mais bonita, e eu tenho muitos relatos de pessoas que já me disseram isso e foi por meio desses relatos que eu comecei a enxergar meu propósito, porque no começo não pensava tanto nisso, eu pensava em ensinar a maquiar e ok. Tem muita gente que diz ter saído da depressão vendo meus vídeos e se maquiando, lógico que eu não me coloco como cura de depressão, precisa de tratamento, só que se elas falam isso, de alguma forma os vídeos ajudaram, e isso é muito importante”, diz.

isso, fazer os meus vídeos, passar esse conhecimento, fazer muitos cursos aqui no Brasil e fora também, para poder ter cada vez mais novidades para passar para as pessoas”, planeja. O sonho dela é ter a casa própria e aumentar a família: “Quero um apartamento bom, bem completo, com tudo o que eu quero, e ter a minha família. Não tenho filhos ainda, mas quero ter, guardei os óvulos para ter os filhos mais tarde, porque agora estou trabalhando muito e estou com 35 anos, então já fiz esse planejamento, de ter a minha família completa numa casa que eu goste muito e ser feliz”.

A maquiadora também tem muitos planos para o futuro: “Eu espero que a minha rede de lojas seja um sucesso, assim como já está sendo onde está presente, que esteja em todo o Brasil. Que a minha linha de maquiagem seja cada vez mais completa, que eu consiga fazer todos os produtos serem muito, muito bons e muito queridos pelo público também. E eu desejo continuar trabalhando com

Dica para quem quer usar a internet como ferramenta de trabalho

“Quando eu comecei a falar sobre maquiagem, eu maquiava oito pessoas por dia, tinha uma experiência muito grande e já trabalhava há anos com a minha mãe. Então eu sabia sobre o que ia falar, foi por isso que eu consegui me destacar. Tem muita gente fazendo isso, mas tem muita gente que é advogado, que é dentista, que é administrador... Tem que começar, só que partindo de um conhecimento bem vasto”, aconselha.

Foto: Divulgação

Alice Salazar é bem direta quando perguntada como usar a internet como ferramenta de trabalho: “Primeiro a pessoa tem que saber sobre o que vai falar e, só depois, vai para a internet”. Ela explica que a propriedade sobre o assunto que vai ser falado é fundamental, a pessoa precisa ser especialista em algum ramo e focar nele.

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#oMelhorProfissional – Cultura e Arte

Samuel Galli, o cineasta que viajou o mundo com o terror brasileiro “Mal Nosso” por Mari Nabor

Longa-metragem foi realizado com orçamento de 90 mil dólares e participou de mais de 30 festivais internacionais

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ascido nos anos de 1980, sua inspiração são os filmes de terror italianos. Fã de personagens como Freddy Krueger e Michael Myers, o diretor e roteirista Samuel Galli chamou atenção em importantes festivais, de críticos e recebeu prêmios com o filme “Mal Nosso”, gravado em Ribeirão Preto (SP) e produzido pela Kauzare Filmes. A admiração pelo cinema começou cedo, mas o advogado e dono de restaurante resolveu se arriscar na sétima arte em 2012, quando começou um curso na renomada New York Film Academy, no campus de Los Angeles. Apesar do interesse pela área, o início da história começou como um hobby, mas logo ele já se destacou. “Eu fiz um curta chamado ‘Dead Lovers Night’ e todos gostaram. Os diretores e alunos iam para ver o filme e começaram a me encorajar”, conta. Com o final do curso, ele voltou para o Brasil e, com o tempo, Samuel se interessou ainda mais sobre o tema e mergulhou nos estudos. “Viajava para os Estados Unidos para comprar equipamento. As pessoas chegavam na minha casa e perguntavam o que ia fazer com tudo aquilo. Eu respondia que não sabia, mas que um dia, ia realizar alguma coisa”. E foi quando ele conheceu o diretor de produção Tato Siansi e o diretor de fotografia Victor Molin, da Kauzare Filmes. Entre conversas, Samuel foi direto com os colegas, “nós vamos fazer um filme, porque é o único jeito da gente sobressair e assim comecei a escrever o roteiro”. Mas a caminhada para esse objetivo não foi fácil e ele sabia que era praticamente impossível pleitear alguma lei de incentivo. “Era nosso primeiro trabalho audiovisual e na época o terror estava em baixa, até mesmo internacionalmente. Então a única forma seria fazer com nosso próprio bolso. Eu tinha um orçamento na minha cabeça e formas de realizar a produção, mas o filme ficou tão bom, que a gente começou a apresentar para profissionais gigantes do mercado”, diz. O processo foi lento, mas com o material finalizado era preciso decidir o que fazer. O diretor mandou para agentes de venda, mas recusaram. Foi quando ele enviou o longa para o Frightfest, que “segundo Del Toro é o Woodstock do terror”, e o “Mal Nosso” chamou atenção de Alan Jones, um dos mais importantes críticos da Europa. “No dia seguinte, ele mandou um e-mail e falou que ficou apaixonado pelo trabalho e queria conversar comigo”. Samuel se encontrou com ele três dias depois na Argentina e foi apresentado para um agente de vendas internacional, da empresa inglesa Jinga Films. “A agência trabalhou em cima do filme. Ela é boa para festival e abre portas”, explica.

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#oMelhorProfissional

Ganhando o mundo

Missão quase impossível

Com críticas como “Evoca o sexto sentido e o exorcista” e “Verdadeiramente Instigante”, “Mal Nosso” conta a história de Arthur, um homem com poderes mediúnicos, que convoca os serviços de um assassino para proteger sua filha de uma possessão demoníaca. E para driblar o baixo orçamento, Samuel precisava fazer algo completamente diferente. “Quando escrevi o roteiro, eu sabia que não teria o porquê de fazer uma cópia barata de um filme americano e teria que correr alguns riscos”. E deu certo.

Fazer cinema no Brasil é muito difícil. Segundo o diretor, ele só conseguiu realizar o projeto porque tinha economias guardadas. “A verdade é essa, porque senão, eu não teria feito nada. Do ponto de vista do filmmaker, escrever e dirigir é fácil, se comparado a montar e distribuir o filme. Eu tinha um orçamento de 90 mil dólares e o “Mal Nosso” passou em festivais com outros longas de milhões de dólares”. Dentro do olhar empreendedor, a situação no nosso país também é complicada. “Por ano, geralmente as comédias dão lucro. De quem é a culpa? De todo mundo. Culpa das produtoras, que sempre pensam no mesmo gênero, dos exibidores, que dão pouco espaço para o cinema nacional e do público, porque não prestigia o próprio cinema”, diz.

O filme foi exibido em mais de 30 festivais internacionais, como Blood Window 2017 em Cannes, Moscow Film Festival, Sitges, New York Horror Film Festival, Horroran, Frightfest UK, Nightvisions, A Night of Horror (Austrália), onde recebeu o prêmio de Melhor Diretor e Melhor Ator para Ademir Esteves, Macabro Film Festival (México) com o prêmio de Melhor Filme de Terror da América Latina. O elenco é formado por 16 atores de Ribeirão Preto, entre eles, Ademir Esteves, Ricardo Casella, Antony Mello, Luara Pepita, Fernando Cardoso, Shirley Viana. “Eu precisava de um grupo fechado e que todos tivessem um sonho. Se trouxesse um figurão de fora, aquele sonho ia quebrar. Tivemos dificuldades de ter feito só aqui na cidade e isso que foi a graça. Terror não funciona com gente conhecida”, diz.

Atualmente, Samuel fechou um filme em Portugal, que será rodado em inglês, além de ter um roteiro reservado para a Kauzare Filmes. No dia 14 de março, “Mal Nosso” estreou nas salas de cinema do Brasil e, em maio, nos Estados Unidos com uma exibição limitada. O longa ganhou espaço nas plataformas digitais, iTunes, Looke e Google Play. Quais serão os próximos passos desse cineasta? Com certeza, nós ficaremos de olho!

foto: Guilherme Bordini

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#oMelhorProfissional – Personal Trainer

Com o Ricardo, não há desculpas para não malhar por Angelo Davanço

Personal trainer de Ribeirão Preto (SP) montou Fitness Truck e leva exercícios físicos onde o cliente está, seja em casa ou no trabalho

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uando se pensa em algo dentro do conceito Truck, as primeiras coisas que vêm à mente são guloseimas para lá de saborosas. Quem é que resiste a um burguer artesanal, um churros ou a um hot dog completo? Pois o educador físico Ricardo Vallada, 36 anos, tem uma proposta diferente: levar exercícios físicos e mais saúde para seus clientes por meio de um Fitness Truck.

Ricardo já atuava em diversas academias de Ribeirão Preto (SP), como coordenador e personal trainer, quando percebeu que poderia fornecer algo mais a seus alunos. Conversando com o sogro sobre esta percepção, surgiu a ideia inicial de acoplar uma carretinha ao carro de Ricardo. Mas ele queria mais do que isso. “Fui estudando e colhendo informações até chegar ao Fitness Truck. Fiquei dias e dias sem dormir pensando nesse projeto. No começo, achava impossível fazer o Truck do jeito que eu queria, mas a vontade falava mais alto e, quando estava decidido do que eu queria mesmo, comecei a ir atrás. Iniciei com a parte da carroceria e,

depois, tomando forma e cara de uma ‘Academia Móvel’ de verdade. Com muita paciência e dedicação consegui o que realmente queria, e fiquei muito satisfeito”, relata o educador físico. Todo este processo, da ideia original, até colocar o Fitness Truck nas ruas, levou 11 meses. Ricardo diz que seu negócio oferece treinamentos bem dinâmicos, circuitos funcionais individuais ou em grupos, de acordo com as limitações e objetivos de cada aluno, conforme uma avaliação prévia e a expectativa dos resultados. “Serve para todos os perfis, desde aquela pessoa que quer emagrecer quanto a pessoa que busca hipertrofia muscular, além de idosos e crianças”, diz. E não são apenas clientes individuais que se interessam pela comodidade de receber uma academia na porta de casa. “Empresas de vários ramos também estão interessadas em meu trabalho, devido à flexibilidade e disponibilidade de uma academia móvel para atender seus funcionários em grupos”, explica Ricardo, que também participa de eventos esportivos em praças e parques da cidade.

“Como visão de negócio, é preciso aproveitar o momento ‘fitness’ que a sociedade está vivendo. O profissional de educação física pode fazer a diferença na vida de várias pessoas, e isso tem sido muito valorizado atualmente”

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Ricardo Vallada, educador físico e criador do Fitness Truck


foto: Rafael Cautella

#oMelhorProfissional

@fitnesstruck_oficial

População está mais ‘fitness’ O educador físico Ricardo Vallada diz que, baseando-se nos congressos e cursos que tem frequentado, na procura por seus serviços e na percepção que se tem das pessoas se exercitando de alguma forma em academias ou ao ar livre, o pensamento da população está mudando, em direção a um caminho mais “fitness”. “Muitas pessoas estão procurando, direta ou indiretamente, alguma atividade física, seja ela academia, treino ao ar livre, algum tipo de esporte, ou lazer que movimente o corpo. Anteriormente era mais prioridade a preocupação com a estética corporal, hoje em dia não, as pessoas estão procurando essas atividades não só para a estética, mas para ampliar seus relacionamentos, melhoria na postura e mobilidade corporal, interação, e até para networks”, acredita.

Veja três benefícios de se exercitar nas ruas, em parques ou praças Contato com a Natureza A maioria das pessoas passa boa parte do tempo dentro de lugares fechados como escritórios, carros ou casas e apartamentos. É difícil ter algum tempo para olhar para o céu, andar em um parque e apreciar a paz que a natureza promove. Fazer exercícios ao ar livre irá promover esse contato, tão bom, com a natureza. Fugir da Rotina Ao praticar exercícios ao ar livre, você perceberá que todo o dia haverá algo novo para se ver e desfrutar. Haverá dias de sol, dias nublados, dias frios e outros bem quentes. Você verá o parque mudando de acordo com as estações. Nunca será monótono. foto: Divulgação

Autoconhecimento Conhecer melhor o seu corpo, seus desejos e seu ritmo não é uma exclusividade de quem pratica exercícios ao ar livre. No entanto, o ambiente natural acaba propiciando mais paz e relaxamento. O que colabora para a saúde emocional. Fonte: Hadassah Sorvillo – Unasp (Centro UniversitárioAdventista de São Paulo)

Malhação ao ar livre Para o educador físico, existe uma grande diferença entre malhar em uma academia ou ao ar livre. Para ele, por ser um ambiente fechado e estruturado, uma academia pode se tornar cansativa para alguns perfis de frequentadores. “Por outro lado, existem pesquisas que comprovam que se exercitar em um ambiente aberto e livre reduz os níveis de estresse. E nem tem como ser diferente, praticar atividades físicas apreciando uma paisagem agradável relaxa a mente. A sensação faz com que você queira repetir a dose, funcionando como um estímulo natural ao exercício. Aí, o treino deixa de ser obrigação e se torna um prazer”, avalia Ricardo. E com o Fitness Truck, acrescente outro benefício: ganho de tempo. “Imagine uma pessoa chegando do trabalho, após um dia cansativo, e se depara com uma academia móvel na porta da sua casa? Isso traz comodidade e otimização de tempo para o cliente”, comenta o educador físico, que pensa em aumentar o ritmo de seu negócio. “Hoje, com os resultados e a satisfação dos alunos e empresas que atendo, vejo o negócio como um modelo de franquias”, planeja.

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#oMelhorProfissional – Fotografia

Fotografia Noilton Pereira de Lacerda, 47 anos, é um fotógrafo autodidata da cidade de Ruy Barbosa, no interior da Bahia. Seu propósito é fotografar famílias do sertão nordestino, evidenciando de maneira artística a vida dura dessas pessoas. Seu trabalho é voluntário e, através dele, Noilton desenvolve projetos sociais que visam arrecadar dinheiro por meio de uma “vaquinha” on-line para construção de novas moradias a essas famílias. Seu trabalho é tão incrível que até mesmo a grande mídia já contou sua história. Ele já participou de programas como o Luciano Huck e recentemente no Fantástico. Conheça mais sobre o trabalho de Noilton, e ajude-o a trazer mais dignidade às famílias do sertão. Contato:

75 99978

5506 – @noiltonpop

Faça sua doação: Caixa Econômica Federal Agência 4818 Operação 013 Conta poupança 10821-9

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foto: Divulgação

#oMelhorProfissional

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#oMelhorProfissional – Fotografia

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#oMelhorProfissional

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#TimeLine

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#TimeLine

Publique seus trabalhos em www.abeeon.com/publicacoes, capriche na foto, pois você poderá aparecer aqui nas próximas edições! 55


#LookdoDia

Detalhes que Fazem a Diferença Amanda Salomão Consultora de Moda, Imagem e Estilo. @amandasalomao Mais informações de contato: abeeon.com/ amanda-salomao

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ntre os principais deslizes, em relação à aparência, que cometemos no ambiente de trabalho, estão aqueles relacionados aos pequenos cuidados de beleza e higiene pessoal. Por exemplo, maquiagem carregada, esmalte descascando, perfume muito forte, roupa amassada e tintura do cabelo por fazer são situações até comuns no dia a dia, mas que podem passar uma imagem não muito legal sobre você e sua empresa. Lembre-se que a primeira impressão se forma nos primeiros cinco segundos de contato visual, e os detalhes acima podem te associar a uma imagem de desleixo ou falta de profissionalismo. Bom, então como já é um costume por aqui, vou deixar algumas dicas para vocês evitarem essas pequenas “gafes” que todos nós cometemos. Sim, a vida é muito corrida e tem dias que não conseguimos pensar em tudo, porém, são nesses momentos que podemos esbarrar com o chefe ou surge aquela reunião surpresa com futuros investidores. Vamos lá, cuidar dessa imagem pessoal? Vou começar com as dicas sobre a maquiagem. No ambiente de trabalho, menos sempre é mais. Por isso, recomendo uma base ou corretivo para disfarçar as imperfeições e olheiras das noites mal dormidas, blush para dar um ar de saúde e um brilho labial ou batom mais neutro. Se você é do time que ama batom com cores fortes, sombras mais escuras ou aquele blush super carregado, a dica é escolher uma dessas opções para não ficar demais ou parecendo que você está indo para a balada em vez do trabalho. Ainda sobre maquiagem, vale dizer que é legal ficar de olho nos retoques. A máscara de cílios pode escorrer ao longo do dia, o batom pode atingir os dentes, a base pode manchar a gola da camisa etc. Fique atenta, sua imagem pessoal fala muito sobre você. Acho importante, também, ter um kit “primeiro socorros” com tudo duplicado dentro da gaveta do escritório ou do carro. Nele, vale colocar acetona e algodão, base para as unhas, pente, spray e elástico para o cabelo, corretivo para os olhos, lenço umedecido, além de um mini

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#LookdoDia

kit costura para os acidentes que podem acontecer. Se você achar difícil montar tudo isso sozinha, pode combinar com as suas colegas de trabalho para cada uma contribuir com um item desse estojo “S.O.S. Beleza”. Você vai ver como ele pode facilitar muito a sua vida. A última dica preciosa é fazer um “follow up” quando possível. Sei que nos dias muito corridos, não lembramos de passar no espelho mais próximo só para checar se está tudo bem, mas vale tentar. Olhe para os cabelos, maquiagem, unhas, e faça disso uma rotina. Se você não cuidar de você mesma todos os dias, quem cuidará?

foto: Rafael Cautella

Arrase na autoimagem e no autocuidado, que tenho certeza que para os seus negócios já é meio caminho andado!

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#ViajarFazBem

Riviera Maya, encantos de um Paraíso Mexicano! por Nayara Rabello

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ancún foi meu ponto de partida para conhecer um paraíso de águas azuis. Confesso que tinha um pouco de preconceito, pois achava que somente quem se hospedava em um dos vários resorts de luxo da região poderia aproveitar o local sem praias lotadas de turistas. Durante os nove dias de viagem que fiz, juntamente com uma amiga, conheci Cancún, Cozumel, Isla Mujeres e Tulum. Graças ao excelente atendimento que recebi da agência especializada em fazer roteiros personalizados para brasileiros, a TravelAhead, eu fiz passeios que saem do óbvio e curti demais, tanto que pretendo voltar em breve!

Cancún

Cozumel

A maior e mais bem estruturada cidade da região. Foi o lugar que escolhi para passar os primeiros seis dias da viagem, em um apartamento inteiro alugado pelo Airbnb, e custou aproximadamente R$ 100 a diária para duas pessoas. Foi a nossa base para sairmos para os passeios.

Foi um passeio de dia inteiro, com direito a muita música, open bar no catamarã e um mar azul turquesa de deixar qualquer pessoa de queixo caído - por isso, o nome do lugar é El Cielo! Vimos arraias, peixinhos e tartarugas durante o snorkel que já estava incluso no passeio. Quero ressaltar que o atendimento da equipe foi maravilhoso, o povo mexicano é alegre e muito cortês.

Em Cancún, fizemos um passeio que chama Jungle Tour. Foi muito divertido pilotar uma lancha através do lago que fica na zona hoteleira e, no final do passeio, fizemos snorkel com muitos peixinhos em uma água super transparente! Outro passeio de Cancún foi o Parasail, na Playa Tortugas, que, para mim, está no TOP 3 momentos mais inesquecíveis que já tive em uma viagem. Quando estava lá em cima, com aquela vista surreal e cheia de tons de azul, senti gratidão pela vida e uma paz incrível! Fui com medo mesmo e valeu a pena!

Tulum Definição de paraíso foi atualizada em Tulum, lugar mágico e conhecido pelas ruínas Mayas, que foi o primeiro lugar que conheci na cidade que fica a duas horas de carro de Cancún. O que eu mais gostei do passeio foi que o guia Gustavo, da TravelAhead, foi contando toda a parte histórica e religiosa desse povo cheio de mistérios. As ruínas são incríveis e ficam de frente para uma praia de água azulzinha! Isla Mujeres

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#ViajarFazBem

Dicas para conhecer a Riviera Maya • Os meses de março e abril têm temperaturas amenas e preços melhores. • Pesquise suas passagens com antecedência, em sites como o Momondo, e baixe o aplicativo do Passagens Imperdíveis, que sempre avisa das promoções! Paguei R$ 1.300 ida e volta para fazer Colômbia e México na mesma viagem! • Nunca se esqueça de levar o protetor solar, de preferência biodegradável, que é exigido em alguns passeios. • Leve dólar, pois a conversão será bem melhor. • Comer bem no México é acessível, então, economize na hospedagem para investir nos passeios. Não vejo muito sentido em resorts all inclusive, a não ser que seja para passar o dia curtindo o hotel.

• A comida é muito boa! Mas fique atento se está escrito que é picante no cardápio, porque eles usam pimentas muito mais fortes do que estamos acostumados no Brasil. Você pode pedir algo que talvez nem consiga comer! • Contrate transfer e evite táxi o máximo possível, eles não usam taxímetro e isso pode ser bem complicado e caro para o turista. • No México, é proibido consumir bebidas alcoólicas nas ruas, então, tem que prestar bastante atenção para não ser multado por sair do bar ou supermercado tomando uma cerveja. • Leve roupas leves e aproveite esses lugares lindos. • Sempre carregue uma garrafa de água e se hidrate muito!

Cancun

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#ViajarFazBem

A segunda parada foi no Cenote dos Ojos, que lugar sensacional! A experiência de fazer snorkel ali foi de arrepiar e o lugar é lindo demais! A terceira parada de Tulum foi na praia de águas calmas e super azuis que chama Xpu Há. Esse dia foi lindo e quero voltar com mais tempo, com certeza!

Cenote dos Ojos Catamarã – Cancún

Isla Mujeres Foi o passeio mais divertido! A equipe do catamarã que sai de Cancún mesmo é super divertida e fomos a um passeio para apenas 20 pessoas, sendo coquetéis liberados durante todo o trajeto, e paradas para snorkel. O almoço foi em um beach club super gostoso e, no final, caminhei pelo centrinho, que é cheio de vendedores de artesanato e pérolas a um preço muito bom!

Casal Nômande

Viajantes Profissionais @Casal.Nomade casalnomade.com

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Apresentado por Fisioforma

Missão pele perfeita: conheça o Clear Lift

Laser promete rejuvenescimento não cirúrgico e a uniformização da pele.

As 24h do dia parecem insuficientes para todas as tarefas do dia, e assim o tempo torna-se cada vez mais escasso. Pensando nisso, a FISIOFORMA trouxe novos protocolos chamados “Lunch Time”, que promovem resultados eficientes em um curto período de tempo. Um desses tratamentos é o Clear Lift, novidade que promete uma pele livre de olheiras, manchas e melasmas. Por meio de uma associação de laseres são alcançados pontos de estímulo à fabricação de colágeno e elastina, dando maior sustentação e elasticidade, atuando também na prevenção e no combate a flacidez. O processo completo de renovação da pele ocorre progressivamente, de acordo com a realização das sessões. Com sessões de aproximadamente 30 minutos, o tratamento pode ser realizado em qualquer tipo de pele e permite o retorno imediato às atividades. Tratamentos exclusivos proporcionam resultados exclusivos. Por isso é indispensável que antes da realização dos mesmos, o paciente passe por uma avaliação. Essa, realizada por uma especialista, garante exclusividade, conforto e o cuidado que você merece.

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#Etiqueta&Negócios

Você está Demitido por Andréa Staciarini

Andréa Staciarini

Consultora de Etiqueta @mesaetiqueta Mais informações de contato: abeeon.com/ mesaetiqueta

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ontratar e ser contratado, demitir e ser demitido são constantes (e necessárias) dinâmicas corporativas. Para que esse momento não se transforme em um deselegante ou trágico episódio, é preciso etiqueta de ambas as partes. O jargão “você está demitido” da série de TV O Aprendiz, apresentada pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início dos anos 2000, chamava atenção. Algumas pessoas se divertiam com o programa, mas eram muitos os telespectadores que sentiam empatia pelo demitido e por seu constrangimento. A polêmica foi um dos ingredientes de sucesso do programa, que acabou sendo reproduzido em diversos países. Contudo, demitir ou ser demitido jamais será um momento agradável para qualquer uma das partes.

A Etiqueta do Gestor ao Demitir

Faça a demissão em particular: A vida não é um reality show e seria de péssimo senso tornar pública sua intenção de demitir alguém para outros colaboradores, antes ou durante o ato. Escolha um lugar reservado e tranquilo, podendo ser na sua sala ou na sala do funcionário e informe sem protelar. Não estenda o assunto: Uma entrevista de emprego, via de regra, é longa, para se conhecer o entrevistado. Já a demissão deve ser breve. Não é hora de fazer avaliação de desempenho, feedback de performance ou julgamento de comportamento. Isto seria prolongar os desagradáveis minutos desse ato. Algo entre 10 e 15 minutos de conversa é tempo suficiente para não se tornar repetitivo.

foto: NBCU Photo Bank via Getty Images

Para evitar que o fatídico momento seja um completo desastre, empregador e empregado devem usar do bom senso e da ética. Quando o funcionário é bem treinado e instruído com clareza de suas funções e metas na empresa, dificilmente sua demissão por baixa performance será um choque, pois os parâmetros de avaliação de desempenho já estavam pré-definidos e autoconscientes.

Mesmo existindo parâmetros de produtividade, o padrão de etiqueta na demissão precisa ser observado, visando o bom relacionamento e até a preservação dos valores morais da empresa, o que obriga empresários e gestores a repensarem constantemente suas ações para não causarem danos aos funcionários, nem à própria empresa.

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#Etiqueta&Negócios Informe a causa: É um direito do funcionário saber quais foram os motivos, principalmente os objetivos (metas não alcançadas, excesso de faltas, indisciplina, perda de clientes importantes, descumprimento estatutário etc.). Não crie argumentos infactíveis, como “precisamos diminuir as despesas”, se isso não for verdade. Seu colaborador merece respeito. Ajude quando possível: Algumas empresas têm programas para funcionários demitidos de recolocação no mercado de trabalho, que inclui indicar a vagas em outros segmentos de empresas parceiras, carta de apresentação a terceiros, bolsas de cursos de aprimoramento e reconhecimento das habilidades que a pessoa desenvolveu. Abra espaço para o funcionário tirar suas dúvidas quanto aos direitos, benefícios e possibilidades.

A Etiqueta do Funcionário Dispensado Não faça estardalhaço: Apesar de a demissão ser uma das piores situações da vida no trabalho, respire fundo e não enlouqueça. Reagir agressivamente ou com estardalhaço, acredite, só piora tudo para você: acaba com qualquer possibilidade de indicação para um novo trabalho e apaga as coisas boas que você realizou. Por isso, não alimente ressentimentos. Aja com dignidade: Por mais frustrado que você esteja, escute o que lhe for comunicado, pode ser um momento de aprendizagem ouvir as críticas sobre seu trabalho e faça as perguntas com respeito, informando-se do tempo que terá para organizar suas coisas dentro da empresa. É justo saber sobre como seus clientes serão avisados da sua dispensa, para não ter prejuízos na sua imagem profissional. E principalmente: agir com dignidade é evitar comentários levianos falando mal da empresa e de seus colegas de trabalho por aí.

Aceite ajuda: Caso a empresa lhe ofereça uma oportunidade de recolocação, é sinal que reconhece suas qualidades. Orgulho ferido, nessa hora, pode ser uma armadilha: se a ajuda for útil para você, aceite-a e agradeça. Conte com o apoio da sua família e amigos mais próximos para aliviar o mal estar da situação e, se preciso for, apoie-se em sessões de terapia para atravessar esse período traumático. Cumpra suas obrigações: Se houver aviso prévio para cumprir, vendas para fechar, relatórios para apresentar, não deixe de fazê-los com presteza e qualidade. Apesar de se sentir desanimado com as últimas obrigações após a demissão, lembre-se que, quando deixamos um lugar, a impressão sobre nós permanece. Ser profissional exige esforços até mesmo no momento da dissolução de um vínculo.

Todos os Envolvidos devem Aprender algo com a Demissão O gestor deve, ao final de uma demissão, analisar cuidadosamente toda a trajetória daquele funcionário na empresa e tentar sanar possíveis falhas estratégicas no monitoramento, treinamento, aplicação e avaliação de seu funcionário. Muitas vezes, a culpa da demissão de um colaborador está na inabilidade de treinamento do próprio líder, que somente cobra resultados, mas não aponta caminhos para a equipe alcançá-los. O funcionário demitido, por sua vez, está sendo entregue a si mesmo, cabe a ele elaborar uma melhor versão sua e superar, com aprendizagem, a experiência do rompimento do vínculo. Muitas vezes, nessa hora difícil, novos projetos e oportunidades surgem e empreendedores nascem. Nas palavras de Winston Churchill, “ter sucesso é falhar repetidamente, mas sem perder o entusiasmo”.

foto: Guilherme Bordini

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O Novo Precisa de Amigos Thiago Franco Especialista em liderança e CEO da Turnus, startup de gestão de escalas de trabalho. Atua como coach, professor e consultor, desenvolvendo pessoas para pensar de maneira mais estratégica e se conectar melhor com outras pessoas.

@thiagofranco.coach Mais informações de contato: abeeon.com/ Thiago-Franco

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tartup, para mim, era coisa de molecada. Só de ouvir o termo eu já pensava no sonho infantil de adolescentes que achavam que poderiam ser o próximo Zuckerberg, sem estudar em Harvard ou até mesmo sem estudar nada. E quando ouvia frases como “eu fiz um pitch para os players mais disruptivos do ecossistema”, eu ria com deboche. Até que - por acidente do destino - entrei nesse mundo. De olho no dinheiro, resolvi mandar um projeto para uma entidade de fomento em inovação e, por coincidência, meu irmão conhecia um cara que já tinha aprovado vários projetos nesse programa. Ele me deu o contato e pensei: o que tenho a perder com uma conversa? Marcamos um call (já estou te colocando no clima) por videoconferência e fui surpreendido não só por alguém com grande conhecimento, mas muito aberto em reconhecer e dividir tanto erros quanto acertos. Nossa conversa terminou com “vou te mandar algumas coisas” e, para minha surpresa, ele mandou tudo! Documentos, projetos, formulários, um pacote de coisas úteis, e minha primeira reação foi pensar “eu nunca mandaria tudo isso para alguém que mal conheço!”. Aqui, minhas crenças começaram a mudar. Ao longo de vários meses, fui amadurecendo meu projeto, conhecendo pessoas e entrando no mundo das startups. Consegui um excelente sócio e entramos no programa Startup SP, do Sebrae de Ribeirão Preto, (sim, fizemos um pitch para os players!), junto com outras startups das mais diferentes áreas: automação, inteligência artificial, produtos orgânicos. E o que faz com que todas essas pessoas e ideias diferentes estejam conectadas? A vontade de inovar? De ganhar dinheiro? Sim, são pontos comuns, mas o grande diferencial do ambiente das startups é ser - fundamentalmente - uma cultura de cooperação. Como muitos, fui treinado no mundo corporativo para competir, me proteger e manter uma distância segura. Contudo, estou aprendendo que a inovação no ambiente de startups não está somente nos produtos e serviços, mas na forma de se relacionar, na cultura de compartilhamento que está sendo criada. Trabalhar em uma startup é buscar algo novo andando descalço em um terreno de incertezas onde só Deus sabe exatamente qual a direção. Como isso pode dar certo? Bem, como definiu o personagem Anton Ego, do desenho Ratatouille, “o mundo costuma ser duro com os novos talentos e com as novas criações”. Mas o mesmo personagem nos dá o caminho: “O novo precisa de amigos!”.

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Educação Inovadora

60 segundos Cris Miura

E

m 2001, eu estava terminando o Ensino Médio. Estudava em uma escola pública - David Carneiro Ewbank - na cidade de Franca, interior de São Paulo. Nessa época, o nosso processo de aprendizagem (nem se usava esse termo ainda!) era restrito a uma tríade: professor (detentor do aprendizado transmitido), escola (espaço aonde aprendíamos) e livros (meio pelo qual aprendíamos). É claro que, por meio de outros canais - como jornal, revista ou televisão - também conseguíamos ter acesso às informações. Todavia, o processo de ensino-aprendizagem estava quase que totalmente restrito ao contexto descrito. Agora, após 18 anos, será que esse cenário ainda é assim? E, para responder, vou usar um minuto do seu tempo. Pode começar a contar: neste um minuto, enquanto você lê este texto, 41,6 milhões de mensagens foram enviadas no Facebook Messenger e no WhatsApp, 4,5 milhões de vídeos foram assistidos no YouTube e 2 milhões de Snaps foram criados. Números exorbitantes e quase inacreditáveis se fossem mencionados lá na minha época, na escola. Afinal, na limitação que possuíamos, esse cenário só estaria próximo a um filme de ficção científica.

CEO & Founder da Pontue - Redação Inteligente. Líder do Grupo de Educadores do Google Ribeirão Preto (GEG - RP). Especialista em Linguística pela Unesp - Araraquara e em Tecnologia aplicada à Educação pela PUC - RS.

@crismiura

Mas, hoje, de acordo com a Cumulus Media, esses dados são reais e acontecem durante um período de 60 segundos. Ou seja: com a globalização da internet, adotamos comportamentos jamais imaginados. E é certo que isso afetou, diretamente, nossa forma de consumir, de opinar e até mesmo de nos relacionarmos. E é aí que entra a questão: se fomos impactados nesses comportamentos, por qual motivo também não seríamos transformados na nossa forma de ensinar e de aprender? E, sim: já estamos sendo. Quer saber como? É só “dar um Google” aí: Débora Aladdim. Aluna do 2º ano do curso de Licenciatura em História, pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Em 2013, postou um vídeo comentando como tinha obtido 900 pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Resultado? Mais de 2 milhões de inscritos no canal do YouTube, sendo professora de grandes plataformas educacionais, como o Descomplica. E aí você faz aquele link: há 18 anos, o professor, a escola e o livro eram os pilares para um jovem aprender. Hoje, é possível aprender na web, por meio de videoaulas, com uma jovem que nem professora ainda é. Ou seja: aquela tríade, do meu tempo, #jáera. Complicou? Então, segue comigo o raciocínio. Aprendizado já não está restrito a um espaço físico. Conhecimento já não está mais limitado ao poder de uma pessoa somente. E o livro deixou de ser um canal para a informação. Nesse sentido, a responsabilidade - e as possibilidades - viraram-se todas para nós, profissionais do século XXI. Assim, cabe a cada indivíduo ser um “empreendedor de si mesmo”, buscando atualizar-se ou aprimorar-se. E a mudança desse “mindset” nem sempre é tão fácil, já que não estamos adaptados a termos o poder de transformar nossas vidas nas nossas mãos. Portanto, não se limitar é o termo-chave. Abrir a mente para novas possibilidades é, sim, uma atitude comportamental essencial neste novo cenário social. E, você, já decidiu o que irá fazer no próximo um minuto?

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Muito Além do Provador

A Busca por Perfeição Mariela Passalacqua

Graduada em Administração com ênfase em Marketing pela ESPM, trabalhou cinco anos na área de Marketing do Itaú Unibanco. Possui uma loja de roupas multimarcas no Iguatemi Ribeirão Preto há cinco anos.

@namarimultbrand

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parte mais gostosa de ter uma loja, em minha opinião, é o atendimento. Estar junto da cliente, ouvir histórias, conhecer pontos de vista diferentes, aprender - principalmente com quem tem mais experiência do que eu. Vocês não imaginam o quanto eu aprendo dentro do provador. Mas dia sim, dia não, eu saio da loja com uma pergunta na cabeça: de onde vem essa busca tão insana por perfeição? É muito comum eu escutar várias críticas sobre o próprio corpo - algumas que me deixam até com um ponto de interrogação na cabeça - ou o quanto a roupa não vai ficar boa, porque ela - a cliente - já parte do princípio de que vai marcar, sem nem ao menos tentar prová-la. Preciso ter a sensibilidade de insistir um pouco sem que caia no erro de virar a vendedora chata. Minha insistência na prova tem um bom argumento: a indústria têxtil no Brasil não tem padrão. Cada marca tem uma modelarem diferente, digo até que cada uma se adapta melhor a um ou outro formato de corpo. Então, o ideal é SEMPRE provar. É ter o bom humor para rir quando a peça ficar estranha e entender que, na maior parte das vezes, o problema não está no corpo da cliente, nem na própria roupa. Um apenas não foi feito para o outro e temos que tentar mais algumas opções até encontrar o par perfeito. É quase um casamento. Só de falar a gente já entende que não é uma missão tão fácil assim, né? Na maior parte das vezes, a cliente não tem paciência. E por quê? Fácil! Ela espera perfeição, não só do próprio corpo, mas também da peça a ser provada. E nós temos a missão de ser ágeis, precisamos pensar realmente rápido para que ela não saia da loja sem nos dar a chance de provar outra peça. Temos que treinar o nosso olhar para entender melhor cada tipo de corpo, conhecer a fundo as marcas que vendemos, para conseguir indicar, com certeza, o que vai cair bem. A base dessa relação está na confiança. A cliente precisa confiar em mim, precisa acreditar que eu vou falar que a roupa não ficou boa quando realmente não tiver valorizado o seu corpo - e eu falo, sempre com jeito. E não estamos falando de perfeição. Cada corpo tem sua beleza e nós, turma do atendimento, temos a missão de mostrar o que pode ser valorizado e ter a sensibilidade para disfarçar aquilo que incomoda, caso contrário, ganha-se uma venda, mas perde-se a cliente. E eu prefiro esta frase invertida, perder a venda naquele dia, mas ganhar a cliente para sempre.

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Escritório na Mochila

É possível criar mais tempo? A

falta de tempo é algo comum. Provavelmente, essa semana mesmo, você ouviu algum amigo ou colega de trabalho reclamar disso. A vida agitada e as diversas tarefas que temos que cumprir fazem com que o dia fique pequeno mesmo. Acho que o pior de não ter tempo não são as tarefas que vão se acumulando, mas sim deixar de fazer as coisas que são importantes para nós, como ler um livro, fazer uma caminhada, ligar para um parente distante ou aprender a tocar aquele instrumento que você sempre sonhou. Geralmente, são coisas simples, percebe? Um paradoxo muito estranho, por sinal: aumentam-se as atividades, ganha-se mais dinheiro, mas não sobra tempo para aproveitá-lo.

Pedro Custódio Advogado que carrega o escritório na mochila, escreve e ajuda outros advogados a terem mais tempo e mobilidade.

Mais informações de contato: abeeon.com/pedrocustodio-advogado

Todo mundo tem em comum as 24 horas do dia. Apesar da contagem do tempo da forma como conhecemos hoje não ser tão antiga, acho que não vai dar para mudar isso. Pelo menos, não vejo motivos. Então, acho que a melhor maneira de encontrarmos mais tempo no nosso dia a dia é criá-lo. Eu gosto muito da história de um escritor chamado John Grisham. Antes de se tornar best-seller, com vários livros publicados, Grisham trabalhava como advogado, de 60 a 70 horas por semana, em seu pequeno escritório. Como ele queria muito escrever e os compromissos de rotina ocupavam quase todo o seu tempo, o jeito era acordar mais cedo todos os dias, às 5 horas da manhã. Enquanto a maioria das pessoas ainda estava dormindo, John tirava as histórias de sua cabeça e as colocava no papel. Depois, no horário comercial, seguia sua rotina no escritório normalmente, até que se tornou escritor em tempo integral e hoje tem mais de 40 livros publicados e mais de 300 milhões de cópias espalhadas pelo mundo em diferentes idiomas. Alguns livros, inclusive, inspiraram filmes, como o “The Firm”, estrelado por Tom Cruise, em 1993. Depois que li a história de John, fiquei inspirado a criar mais tempo em minha rotina também. Passei a acordar às 5 horas. Só aí ganhei duas horas e meia no meu dia e, enquanto a maioria das pessoas ainda está na cama, já comi uma maçã, me exercitei, fiz minha oração, assisti a alguma palestra interessante, li um trecho do livro da semana e organizei minhas tarefas. Começo o dia muito mais motivado e cheio de ideias. A gente se acostuma a reclamar da falta de tempo, mas esquecemos de que o controle disso, respeitando a realidade de cada um, está em nossas mãos. Por isso, não fique esperando o dia em que terá mais tempo. Acho que isso só vai acontecer quando você se aposentar – se é que não vai gastar todo o seu tempo com os netos. Se organize e crie tempo na sua agenda agora.

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Inovar para Continuar

Prof. Leopoldo

Andretto

Graduado e pósgraduado pela FGV, com cursos de especialização na Universidade da Califórnia, San Diego, que possui 16 Prêmios Nobel (dois em Economia), onde é palestrante convidado e coordenador dos cursos de Gestão Estratégica e Inovação para executivos do Brasil. Foi coordenador dos MBAs da FGV Management, sendo atualmente consultor empresarial nas áreas de Estratégia e Gestão de Inovação.

Mais informações de contato: abeeon.com/andretto

O varejo mudou, a solução é inovar para não sair do mercado Universalidade da Inovação Existe um mito no cenário empresarial brasileiro de que a inovação se refere apenas ao desenvolvimento de produtos ou serviços inéditos e que é somente praticada por empresas grandes que disponham de capital e tecnologia para tal. Talvez por isso nosso país amarga as últimas colocações em rankings mundiais e latino-americanos nesse quesito. No atual cenário, a criatividade e o exercício da inovação são requisitos básicos para se alinhar às expectativas do consumidor e manter a empresa relevante no mercado, seja qual for o tamanho do negócio. A maneira como o empresário entende e percebe o alcance e a importância da inovação pode fazer toda a diferença na gestão e no próprio sucesso da empresa. O varejo tradicional está com os dias contados Ocorreram três grandes impactos no varejo, e nada melhor que uma recente frase de Warren Buffett, maior investidor individual dos Estados Unidos, para exprimir esse cenário: “O fim do varejo como o conhecemos está próximo”. Em tempos de crises ou de rápidas mudanças, uns choram enquanto outros preferem vender lenços. Qual a sua opção? Não há dúvidas de que a transformação digital e a revolução tecnológica impactaram decisivamente todos os negócios ao redor do mundo, especialmente no varejo. Impactos do Varejo 4.0 O primeiro grande impacto foi o surgimento das lojas virtuais (e-commerce) que, alicerçadas em fortes aportes financeiros, fez com que grandes players tivessem capacidade de atingir clientes do mundo inteiro, vendendo de tudo, incluindo no Brasil (vide Amazon, em pouco tempo tornando-se uma das três empresas mais valiosas do mundo).

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O segundo impacto importante foi a mudança do comportamento do consumidor, que, cada vez mais familiarizado com o uso da tecnologia, especialmente a móvel, adquiriu poder que não tinha nas suas alternativas de compra. O terceiro grande impacto, que está inclusive passando pelo debate ético, é a exponencial evolução do Marketing Digital, que permite que as empresas de e-commerce conheçam cada vez mais seus clientes, rastreando seus interesses e personalizando suas ofertas de acordo com os seus desejos e necessidades. Será o fim das lojas físicas? Renomadas e tradicionais redes varejistas dos Estados Unidos, como Macy’s, Sears, Toys R Us, Circuit City, dentre muitas outras, fecharam, estão fechando ou passando por sérias dificuldades para se manterem nesse cenário do Varejo 4.0. Não será o fim das lojas físicas, mas com certeza os varejistas precisam se reinventar e isso passa, necessariamente, pelo aprimoramento dos seus recursos humanos, pelo aparelhamento tecnológico e, principalmente, pela mudança dos pensamentos estratégico, tático e operacional, que devem estar alinhados a um mundo cada vez mais digital e com consumidores mais empoderados. Em janeiro, na última edição da NRF (maior evento mundial do varejo), em Nova Iorque, confirmou-se, a partir da constatação inequívoca dos três grandes impactos acima relatados, que uma tendência irreversível é a adoção do “Omnichannel”, que integra lojas físicas, virtuais e compradores. Trata-se de uma evolução do conceito de multicanal, pois é totalmente focado na experiência do consumidor nos diferentes canais. No próximo artigo, daremos dicas de como pequenos e médios varejistas podem inovar sem grandes investimentos e com rápido retorno.


Investidor Anjo

O crescimento dos investidores anjo no Brasil O

Brasil passa por um dos seus melhores momentos no mercado de startups, tendo visto, no último ano, o nascimento dos seus primeiros “unicórnios” - startups que atingiram o valor de US$ 1 bilhão. Com o grande aumento no número de novas empresas, o país viu crescer, também, a quantidade de investidores anjo, como são chamados os investidores de startups que aportam seus patrimônios pessoais em empresas nascentes. Somos mais de 8 mil investidores e um mercado com espaço para mais de 20 mil. O investidor anjo é o primeiro investidor formal de uma startup e investe suas próprias economias em uma empresa com modelo de negócio ainda incerto, muitas vezes, motivado pela aposta no empreendedorismo e em ver nascer negócios promissores. Importante ressaltar que este investidor não financia o nascimento da empresa, mas tem o foco na aceleração e no crescimento do negócio. Os fundadores da empresa geralmente são os que empenham todo o seu esforço e reservas financeiras para criar a startup e conquistar seus primeiros clientes, afinal, ainda estão buscando o modelo de negócio e criando seu produto. Uma vez estabelecido o produto ou serviço e com os primeiros clientes já pagando, é hora de buscar o investidor para ganhar escala. Por que, então, buscar um investidor anjo e não um empréstimo bancário? Porque o investidor anjo pode aportar muito mais do que dinheiro em uma startup: conhecimento de mercado, expertise em gestão de negócio e vendas, podendo, ainda, participar como um mentor e conselheiro dos fundadores - atividades por vezes mais valiosas que o valor financeiro investido. O investidor anjo entrega um investimento recheado de valores indiretos e que representa muito mais para a startup do que um empréstimo bancário. Os investidores anjo buscam empresas com crescimento exponencial e rápido ganho de mercado. Por esta razão, eles não são sócios da startup, não constam no contrato social obrigatoriamente, mas são credores dos fundadores que buscam retorno na multiplicação do valor de mercado da startup. É na saída, em uma próxima rodada de investimento, que o investidor anjo realiza o seu ganho, não em dividendos pagos aos sócios.

Gustavo Di Risio Engenheiro de Computação formado pela Unicamp e com Pós Graduação em Gestão e Estratégia de Empresas, pela Faculdade de Economia da Unicamp. É empreendedor há 18 anos, tendo participado por 10 anos da Movile, desde o seu início. Em 2016, iniciou a formação em Investimento Anjo e Lean Startup, tendo criado o primeiro curso completo em Investimento Anjo no Brasil junto com o Investidor Fábio Póvoa. Este curso deu origem em 2017 à Angel.Education (www.angel.education), Startup de formação de Investidores e Empreendedores. Atualmente é professor da FIA e CEO da Angel, responsável pela formação de mais de 700 Investidores e centenas de Empreendedores.

Portanto, o que é necessário para se tornar um investidor anjo? Investir dezenas de milhares de reais em uma startup? A resposta é não! Considere investir cotas de R$ 1 mil em mais de uma startup; comece pequeno e acompanhando investidores experientes. Procure formação, capacite-se para alocar parcelas maiores, conforme for ganhando habilidade e diversificando seu portfólio. Como esta é uma modalidade de alto risco, você deverá ser o anjo de pelo menos 10 startups para ver nascer um novo negócio que dará a você ganhos maiores do que todas as perdas das demais. Curta a jornada, este é um negócio para viver o empreendedorismo sem precisar ser o empreendedor e poder participar do nascimento dos próximos “unicórnios” brasileiros.

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Invista em Você

Ousadia para Empreender “Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las”. A frase é de Sêneca (04 a.C. - 65), filósofo, escritor e mestre da arte da retórica do Império Romano. Empreender, em um primeiro momento, pode parecer algo inatingível, mas com planejamento, métodos e busca incessante pelo conhecimento, o que parecia impossível começa

a ganhar contornos de realidade. Seja em qual fase de seu projeto empreendedor você está, aprender novas técnicas, revisar velhos conceitos, estudar muito e ousar aprender são elementos que fazem toda a diferença em busca do sucesso. A revista Abeeon Empreende dá uma força neste processo e seleciona os melhores cursos e eventos para você se aprimorar. Confira as dicas desta edição:

Eventos Presenciais Google, Meu Negócio na Prática Data: 16 de julho Local: Sala de Treinamento Acirp (avenida Caramuru, 368, Jardim Sumaré, Ribeirão Preto/SP) Apresentar sua empresa no Google é a chave do sucesso para qualquer estratégia de marketing digital. Aprender como usar essa ferramenta é a certeza de um planejamento mais assertivo da sua imagem na web, e é exatamente isso que esse curso, promovido pelo administrador de empresas Vinicius Moraes, oferece. Voltado para empresários e colaboradores das empresas de micro, pequeno e médio porte (comércio, indústria e prestação de serviços). Saiba mais: www.acirp.com.br

Apresentações de Alto Impacto Data: 18 de julho Local: Amcham Business Center (av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1.525, Jardim Botânico, Ribeirão Preto/SP) Todos podem falar bem em público, desde que respeitem seu estilo próprio de comunicação para potencializar sua fala e apresentações. Uma apresentação é uma seleção dos tópicos relevantes num formato que faça sentido para o público. Encontrar este sentido é a técnica de

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storytelling. E de nada adianta um roteiro incrível na entrega insegura e linear. As técnicas teatrais desenvolvem a habilidade de ensaio e expressão de um apresentador. Curso com a professora de comunicação pessoal e corporativa Fernanda Zerbini. Saiba mais: www.amcham.com.br

O PODER DA PROSPECÇÃO EM VENDAS De 23 a 24 de julho Local: Auditório Sebastião Augusto de Moraes (av. Dom Pedro I, 642, Ipiranga, Ribeirão Preto/SP) Curso para capacitar gerentes e líderes de negócios para planejarem, implementarem e gerenciarem a prospecção de clientes junto à sua equipe. Será abordado técnicas de planejamento de vendas, definição de target, seleção e abordagem. Como conquistar novos clientes, estratégias de follow up e rotinas de produtividade. Curso com a Profa. ME. Tania Lima, mestre em Gestão Empresarial, Especialista em Marketing Estratégico. Saiba mais: www.acirp.com.br

Faça um Curso Novo!

Descomplicando a Agilidade com Scrum: do Método à Prática Data: 27 de julho Local: Spasse Office (av. Maurilio Biagi, 800, Santa Cruz, Ribeirão Preto/SP) Voltado para gerentes de projetos, líderes de equipes, analistas de sistema, analistas de qualidade, analistas de testes e profissionais que trabalham com projetos interessados em impulsionar sua carreira e criar oportunidades, o curso desenvolve no participante a habilidade de aplicar o Scrum (uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos) em sua organização ou vida pessoal. Curso apresentado por Renato Cunha e Rodrigo Coimbra, com organização da Projetos e TI. Saiba mais: www.projetoseti.com.br

Atualização é a palavra de ordem


foto: Shutterstock

Invista em Você

Como Planejar o Seu Negócio Data: o ano todo No curso você vai aprender que o planejamento é uma função inicial no processo de abertura de uma empresa, porque, para obter sucesso em qualquer atividade, é necessário que o empresário saiba onde está e aonde quer chegar. O planejamento consiste no estabelecimento de objetivos, etapas, prazos e meios para sua concretização e é um processo de organização de informações e dados importantes, fundamental tanto para manter a empresa funcionando quanto para atingir metas. Saiba mais: www.sebrae.com. br/sites/PortalSebrae/ead

Gestão de Mídias Sociais Data: o ano todo Atualmente, há um enorme número de pessoas presentes de alguma forma em redes sociais. Canais como Facebook, Twitter, Instagram e Youtube fazem parte da vida dos consumidores e influenciam não só

Cursos On-line no comportamento deles, mas na decisão de compra. Através de uma gestão bem-feita de mídias sociais existe uma grande oportunidade de consolidar o nome da sua marca no mercado, fechar negócios e aproximar o relacionamento com seus clientes e potenciais consumidores. A maioria das marcas tem perfis e contas nas mais variadas mídias sociais, mas ainda sofrem para conseguir resultados reais. O bom gerenciamento de uma estratégia de Social Media Marketing é a chave para ter sucesso nesses canais. Saiba mais: www.universidade.rockcontent.com

Gestão Financeira Data: o ano todo Todo empreendedor sabe que a necessidade de planejamento é uma realidade, mas como alcançar uma rotina organizada? O curso possibilita que você consiga fazer a análise e o controle das atividades financeiras da sua empresa. Assim, será possível tomar decisões cada vez mais acertadas e, consequentemente, maximizar os resultados financeiros. Ao compreender o que envolve a

gestão financeira, você terá autonomia para fazer o fluxo de caixa de sua empresa, bem como o controle do giro de caixa e da verificação de estoques. Saiba mais: www.sebrae.com. br/sites/PortalSebrae/ead

A Jornada do Empreendedor Data: o ano todo Os desafios que todas as empresas enfrentam já são bem conhecidos. Mesmo assim, 67% delas fecham em 5 anos ou menos. Neste curso, você aprenderá o passo a passo para superá-los. Curso on-line e gratuito, com Junior Borneli, o fundador da StarSe, é destinado a profissionais insatisfeitos, empreendedores e executivos. Você vai aprender: a sobreviver ao ciclo de 5 anos de forma fácil e crescente, tirar seu projeto do papel, identificar seus parceiros, e muito mais. Saiba mais: cursos.startse.com/ jornada-empreendedor

Faça um Curso On-line 75


Startup

Sonho de Criança Embala Pesquisas e Negócios de Daniel Dentillo por Angelo Davanço

Sempre atento às aulas de ciências desde a infância, biomédico cria empresa que promete revolucionar o acesso ao mapeamento genético no Brasil

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uem é que nunca se encantou pelos laboratórios escolares de ciências quando criança? Pois aqueles tubos com líquidos coloridos e as infinitas possibilidades de experimentos nunca deixaram de acompanhar o biomédico Daniel Dentillo, 41 anos recém completados. Graduado pela Unesp de Botucatu, ele diz que sempre gostou da área científica. “A ciência é o motor do progresso. Sempre fui muito curioso, e na faculdade não foi diferente, passei por todos os laboratórios, todos os departamentos de análises clínicas e me firmei na microbiologia, onde me especializei. Na pós-graduação, na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP), queria estar envolvido com inovação, e encontrei a genética aplicada à reprodução humana, tema que me acompanhou até o pós-doutorado”, relata.

Sempre envolvido em pesquisas, Daniel teve a oportunidade de ir para Harvard, integrar um grupo pioneiro no desenvolvimento de tecnologia para uso de células tronco na reprodução humana, mas o encontro com um ex-colega da pós-graduação, o argentino Dante Gavio, mudou o rumo da história. “Ele já havia dado aulas em faculdades e tinha o desejo de empreender, e eu sempre tive uma veia assim também, queria inovar, criar algo para levar ao mercado. Então fiquei no Brasil e começamos a trabalhar na ideia de uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de marcadores para identificação de doenças, inicialmente no gado. Mas a ideia foi se desenvolvendo, começamos a identificar oportunidades surgindo e, na virada de 2014 para 2015, passamos em um processo seletivo do Supera Parque para desenvolver um projeto para facilitar o diagnóstico de infecções virais”, relata Daniel. O projeto inicial de Daniel e Dante envolvia o estudo do vírus da hepatite B a partir da coleta de uma pequena quantidade de sangue, que pessoas de qualquer lugar do País poderiam fazer por conta própria, colocando o material coletado em um filtro de papel e enviando para análise e processamento do diagnóstico no laboratório da dupla de cientistas empreendedores. Já nesta época, a DGLab, empresa criada por Daniel e Dante, tinha a intenção de ampliar o foco e não desenvolver simplesmente testes genéticos de doenças infecciosas. A ideia era que, com um simples filtro de papel, as pessoas poderiam coletar amostras em qualquer lugar para análise no Brasil e, abrangendo muita gente, o processo poderia se tornar mais barato, para que mais pessoas conseguissem adquirir, ou por meio de políticas públicas de saúde.

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Nacionalizar Tecnologias para Democratizar o Acesso Se o mapeamento genético ainda é algo caro no País, devido à necessidade de envio de amostras para análise no exterior, Daniel Dentillo aposta na nacionalização da tecnologia para tornar o processo mais democrático. “Hoje, o preço médio de um teste genético varia de R$ 2.000 a R$ 3.000. Usando uma modelagem de negócios inovadora e trazendo a análise para cá, conseguimos uma média de R$ 1.500. Já nos testes específicos que desenvolvemos para as áreas de bem-estar, fitness e nutrição, conseguimos fazer entre R$ 300 e R$ 400”, explica.


foto: Raael Cautella

Startup

Novos negócios Com as metas ampliadas, os cientistas sentiram a necessidade de integrar alguém com experiência na área de negócios e assim a sociedade ganhou a entrada de Rodrigo Ramos, que também tinha uma empresa incubada na Supera. “A partir daí começamos a ver o mercado de uma forma diferente e o Rodrigo começou a trazer ideias novas de oportunidades. Uma delas foi levar esta parte de auto coleta de sangue no papelzinho para as gestantes. “Normal-

mente, elas tiram dois tubos de sangue para saber o sexo do bebê com oito semanas de gestação e a nossa ideia foi: Será que a gente não consegue fazer isso com apenas algumas gotas de sangue? A pessoa faz a auto coleta em casa e nos envia para verificação do sexo do bebê? A ideia foi bem aceita, começamos a fazer o desenvolvimento tecnológico, conseguimos atrair a atenção de grandes empresas e estamos desenvolvendo estes estudos”, explica Daniel.

Testes Indicam os Tipos Ideais de Dietas para cada Pessoa Com todo o foco voltado para o desenvolvimento de pesquisas nas questões de hepatites virais e das gestantes, Daniel, Dante e Rodrigo sentiram a necessidade de fazer o caixa da empresa girar, e então foram verificar o que o mercado precisava. “O Rodrigo já tinha experiência na área fitness, ele foi dono de uma academia, muito bem-sucedido, e ele sabe que este é um mercado quente no Brasil. Então fomos ver o que a genética tinha para oferecer a esse mercado. Existem testes genéticos no mundo inteiro que vão identificar algumas variantes nos seus genes, no seu DNA, e que estão relacionadas ao metabolismo de carboidratos, de gordura, de vitaminas, então isso infere, por exemplo, se você pode comer mais gordura ou menos gordura, se muito carboidrato faz mal, se você tem intolerância a lactose, a glutén, e se você tem maior necessidade de vitamina B, de vitamina D ou outras vitaminas”, enumera Daniel Dentillo. A partir destas pesquisas, a DGLab começou a representar no Brasil a empresa número um no mundo nesta área, sediada em Londres. “Houve uma

aceitação grande por este tipo de produto, então passamos a desenvolver o nosso próprio teste aqui e já começamos a lançar os primeiros combos de maneira que caibam no bolso das pessoas, para avaliar respostas do organismo a questões de carboidrato, gorduras, pré-disposição a colesterol alto, e até avaliação do relógio biológico e questões ligadas ao tipo de alimentação mais adequada para cada organismo. Na prática, a pessoa que adquire um kit utiliza uma espécie de cotonete especial para fazer a raspagem da bochecha por dentro e, assim, coletar a mucosa oral. Após este procedimento, é feito o envio do material pelo Correio e a equipe de Daniel avalia o DNA para apontar quais as variáveis genéticas da pessoa ligadas ao seu bem-estar, como isso interfere em sua dieta, em seu sono. “Tudo com um respaldo nutricional para poder transformar esta informação em ação, para que as pessoas possam ter o resultado prático destes testes em suas vidas”, finaliza.

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#HeadLine

João Rock tem Recorde de Público

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ecorde de público de 65 mil pessoas e encontros inéditos marcaram a 18ª edição do João Rock, o maior festival de rock nacional do país. O evento aconteceu no Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 15 de junho, reunindo 23 apresentações em mais de 13 horas de shows simultâneos.

O encontro foi retribuído no show de Emicida e Rael. Pitty subiu ao palco, fez uma participação especial antes dos cantores receberem Mano Brown, que encerrou a noite em um trio que eletrizou o João Rock.

Foto Divulgação

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Antes, se apresentaram Fuze; Scalene; Zeca Baleiro; BaianaSystem; Alceu Valença; Paralamas do Sucesso; CPM 22; e Marcelo D2.

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No Palco João Rock, a baiana Pitty recebeu amigos: BaianaSystem para cantar Roda, Rael na música Te Conecta, além de Lazzo Matumbi e Larissa Luz.

Mercado da Beleza

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Eudora, quem disse, berenice?, The Beauty Box, Multi B e Vult. “O que é o Boticário? Chamamos, carinhosamente, de uma ‘lojinha’ que possui muitos sonhos, trabalho embarcado, que nasce desde a concepção de uma ideia e passa por um processo de pesquisa, desenvolvimento, distribuição, assessoria, serviço. Um caminho muito largo, percorrido para colocar uma experiência de marca nas mãos do consumidor”, explica o executivo. Foto Divulgação

LIDE Mulher Ribeirão Preto promoveu em 11 de junho, no Hotel Wyndham Garden, um encontro com Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário. Com o tema: “Como o Grupo Boticário se tornou uma referência mundial no mercado da beleza”, o encontro reuniu filiados ao LIDE Ribeirão Preto e ao LIDE Futuro, além das integrantes do grupo feminino. Grynbaum é responsável pela empresa brasileira que comanda seis marcas do setor de beleza: O Boticário,

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19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, que aconteceu entre os dias 9 e 16 de junho de 2019, contabilizou um público de cerca de 183 mil pessoas. Nesta edição, a Fundação do Livro e Leitura inovou na apresentação do seu tema central: “Entre Uma História e Outra, Uma Nova História – Um Mundo Melhor para Todos. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Junto com seus parceiros na organização da festa literária, a entidade levantou uma bandeira de abrangência internacional. A proposição embasou todas as atividades e debates realizados.

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19ª Feira do Livro recebeu 183 mil visitantes

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Feita por Muitas Mãos Para realizar a 19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, a Fundação do Livro e Leitura manteve parcerias estratégicas, como com o Sesc, universidades, empresas patrocinadoras, apoiadores e o poder público. Segundo Dulce Neves, presidente da fundação, com essas parcerias estratégicas, foi possível atingir o objetivo da feira de atrair o público em todas as atividades propostas para discussão dos 17 ODS. Ela também enfatiza que o público pôde acompanhar as atividades artísticas e houve uma participação muito grande de toda a família. “Foi muito bom ver pais e avós trazendo seus filhos e netos. Isso é o que realmente queremos: fazer com que a criança e o jovem se interessem pelo livro, pela leitura e, dessa forma, compreendam que, é através da leitura e da literatura, que podemos fazer as transformações que o mundo precisa.

Pré-Lançamento da 20ª edição No encerramento da Feira do Livro, a organização do evento anunciou a 20ª edição que terá o tema “20 anos depois e agora? ” e será realizada de 30 de maio a 7 de junho de 2020. Quanto aos autores homenageados, o escritor principal será Mia Couto. O autor educação é Edgar Morin; a autora infantojuvenil será Semirames Paterno; autor local, Carlos Roberto Ferriani, a professora homenageada (local), Elaine Assolini e o patrono Paulo Roberto Oliveira. “O grande desafio da próxima feira é que ela será transformada em Feira Internacional de Literatura e lançará daqui para frente coligações com pelo menos um país por edição. É um grande passo na história desta festa literária”, completa a curadora, Adriana Silva.

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Maior evento de inovação da América Latina

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om mais de 22 mil participantes, a 7ª edição do VTEX DAY, realizado nos dias 30 e 31 de maio, em São Paulo, consolidou-se como o maior encontro de negócios de transformação digital e inovação da América Latina.

Em 43 mil m² dedicados à inovação digital, as 11 training sessions foram a grande atração do segundo dia do VTEX DAY. O formato foi pensado para atender aos diferentes perfis na tomada de decisão, com palestras práticas, claras e interativas que abordam casos reais. Dessa maneira, treinamentos com conteúdo profundo habilitaram profissionais a lidar com desafios em diferentes áreas ligadas ao ecossistema digital.

Primeiro dia

Barack Obama Geraldo Thomaz Jr., co-CEO da VTEX, recebeu o 44º Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para uma conversa que destacou professor como figura central da inovação e do desenvolvimento. “Vejo uma diversidade impressionante no Brasil, similar à que temos nos EUA. Desse encontro de pessoas diferentes e livres, surgem a criatividade e a inovação”, disse Obama no início de sua palestra. “No mundo, há ecossistemas como o Vale do Silício, com fundos de financiamento e um ambiente pré-existente de negócios. Mas as boas ideias não dependem de geografia. Argentina, Brasil e qualquer país podem fazer parte desse mundo (da transformação digital) se houver investimentos nas pessoas e nos professores”, continuou. Foto Divulgação

Mariano Gomide de Faria, co-CEO da VTEX, conduziu a abertura oficial do evento, que contou com uma apresentação musical especial de 50 jovens da ONG Meninos do Morumbi. Na ocasião, a empresa convidou a professora e embaixadora do Instituto Ayrton Senna, Débora Garofalo, reconhecida entre os 10 melhores docentes do mundo no Global Teacher Prize 2019, para receber um reconhecimento. A homenagem

também contou com a presença da presidente do instituto, Viviane Senna. As primeiras filas do auditório foram reservadas especialmente para os professores e a empresa convidou os presentes a postarem a hashtag #obrigadoprofessor nas redes sociais.

TEDx em São Carlos

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tórias contadas alcançaram milhares de pessoas na internet. Um dos organizadores, Rodrigo Riccetto, conta que a equipe do evento recebeu vários elogios e acredita ter atingido as expectativas de promover a cidade de São Carlos como um ambiente favorável a novas oportunidades e inovação. Foto Divulgação

om o tema Colisões, a edição do TEDxSãoCarlos aconteceu no palco do ONOVOLAB no dia 1º de junho de 2019. O evento teve 100 visitantes, pois há uma regra para a realização de eventos TEDx que diz que o evento pode ter no máximo 100 pessoas. Entretendo, muitos vídeos foram compartilhados e as incríveis his-

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Registro de Incorporação Nº R4, Matrícula 160.957 do 2º Registro de Imóveis de Ribeirão Preto. Todo e quaisquer móveis, objetos de decoração, paisagens, vinculados em folhetos com descritivo perspectiva ilustrada são meramente ilustrativos e não fazem parte do objeto do contrato. Na entrega do empreendimento, estas ilustrações, desenhos, modelos poderão apresentar diferenças. A vista apresentada nas imagens é meramente elucidativa, não sendo a fotografia exata do local do empreendimento.

AV. PROFESSOR JOÃO FIÚSA, 2340 | RIBEIRÃO PRETO/SP.


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