Revista Empreende

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Dezembro 2018 • Janeiro 2019 | Ano 01 | Edição 02

Roberto Edson

Humorista

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BOM HUMOR EM TEMPOS DIFÍCEIS O BOM HUMOR É CONTAGIANTE, O PROBLEMA É QUE O MAU HUMOR TAMBÉM É!

TÃO GRANDE COMO AS SHARKS Startup de moda fit para plus size, conta como foi conquistar três investidoras no Shark Tank

NUNCA É TARDE PARA EMPREENDER Aos 61 anos Dona Alzira cria negócio e hoje tem mais de 200 franquias pelo Brasil

O FUTURO DO TRABALHO Por que não deixar que a Inteligência Artificial faça o trabalho para você?


Apresentado por

NATAL Shopping

Encanto, Interatividade e ExperiĂŞncias Surpreendentes


P

ara celebrar a época mais lúdica do ano, o Shopping Iguatemi Ribeirão Preto preparou um Natal encantador e repleto de magia. Além da decoração, que este ano traz o tema “Ursos e Presentes Natalinos”, o empreendimento conta com atividades especiais, ações inovadoras, além de boas oportunidades de compras e a tradicional promoção de final de ano com sorteio de carros e mimos. Com projeto cenográfico assinado pelo artista plástico Juarez Fagundes, a decoração reúne arte, tecnologia e interatividade, com a presença de um trenzinho de Natal, um trenó de realidade virtual 360 graus, além de ursos, papais noéis e muitos presentes. Na fachada, o tradicional urso gigante chama atenção de quem passa e este ano está ainda mais atrativo com as plaquinhas de # para tirar fotos. Outro grande destaque, é a presença de um Papai Noel com roda d´água em cima da “Fonte dos Desejos”, localizada no Open Mall.

Promoção Compre

e

Ganhe

Ainda como parte da campanha especial de Natal, a tradicional promoção sorteará três automóveis Audi, modelo A3, para os clientes que fizerem compras no valor mínimo de R$ 400,00. Para participar, basta apresentar as notas fiscais de compra no Posto de Autoatendimento – localizado no piso superior, fazer o cadastro, digitalizar os comprovantes e torcer. As trocas feitas entre segundas e quintas – feiras geram cupons em dobro. A ação acontece até o dia 06 de janeiro e os sorteios abertos ao público - serão realizados sempre às 14h, em frente ao Posto de Autoatendimento, nos dias 26 (um carro) e 07 de janeiro (dois carros). Já no “Compre e Ganhe” os clientes serão presenteados com Chocottone com Frutas Vermelhas da Bauducco através da troca de notas fiscais, que é limitada em até duas unidades por CPF durante toda a promoção e/ou enquanto durarem os estoques. Para mais informações, acesse o site http://iguatemi.com.br/ribeiraopreto/

Programação Gratuita Preparado para receber toda a família, o shopping conta com oficinas infantis de confecções de Cartinhas, Origamis e Biscoito de Natal Decorado, além de uma opção para adultos: oficina de mini bolinho e mini panetone decorados.

fotos: Rafael Cautella

A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto também participa da celebração, com apresentações especiais de músicas natalinas no Open Mall, nos dias 06, 13 e 20 de dezembro, às 19h30. Já o Coral Natalino Mozart se apresenta no empreendimento no dia 1º de dezembro, a partir das 15h, próximo à decoração nos pisos térreo e superior. O famoso Papai Noel do shopping recebe as crianças em seu trono, que fica no Piso Superior, até o dia 24 de dezembro. Uma das novidades deste ano é o trono pet – instalado ao lado da cadeira do Papai Noel – que possibilita que os animais vivam junto com seus donos a experiência do Natal.

Horário Especial Durante o mês de dezembro, o shopping amplia seu horário de funcionamento. De 14 a 23 de dezembro o empreendimento funcionará das 10h às 23h. Já no dia 24, tanto as lojas quanto a praça de alimentação e lazer abrirão das 10h às 18h. No dia 25, as lojas serão fechadas e as áreas de alimentação e lazer terão abertura facultativa, das 11h às 22h.


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Sitemap Sessão O Futuro do Trabalho

Inteligência Artificial: Ameaça ou Oportunidade?

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O trabalho realizado por máquinas já é uma realidade e cabe aos profissionais encarar a situação como o fim de seus empregos ou como um desafio a ser encarado e vencido.

Sessão #oMelhorProfissional – Agronegócio

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Paixão pelo Café que passa de Geração em Geração

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Comandando as fazendas da família, o produtor rural Márcio Luiz coloca a “mão na terra quando o assunto é café.

Sessão #oMelhorProfissional – Tecnologia

Por um ambiente on-line mais seguro e justo para as mulheres

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A programadora Aiami Garcia luta por igualdade no mercado de jogos nacional e internacional.

Sessão #oMelhorProfissional – Melhor Idade

O sucesso não tem hora para chegar

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Empresária de 61 anos começou a empreender por acaso e hoje faz sucesso no mercado de franquias de bolos caseiros.

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Sessão #oMelhorProfissional – Saúde

Vocação para Medicina e Empreendedorismo

Além de administrar três clínicas de nefrologia e de serviços de diálise, médico também se destaca no mercado cervejeiro de Ribeirão Preto.


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Sessão #OmellhorProfissional – CAPA

O humor em tempos de crise

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Humorista Roberto Edson conta como consegue atravessar tempos difíceis fazendo piada das próprias dificuldades e alerta: “o bom humor é contagiante, o problema é que o mau humor também é!”

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Sessão #OmellhorProfissional – CULTURA E ARTE

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Aos 46 anos, André largou emprego estável para se dedicar às artes

Sessão #NutriçãoInteligente

É preciso pensar antes de exagerar

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Não sabemos regrar a quantidade e a qualidade dos alimentos, especialmente em dias de festas. Uma boa opção para fugir deste ciclo é descobrir seus limites.

Formado em Jornalismo e Direito e ex-diretor financeiro da própria empresa, o paulista encontrou na tinta a óleo sobre tela sua verdadeira paixão.

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64 Sessão #Startup

Muito mais do que criar uma marca de roupas plus size, o objetivo é incluir e empoderar Conheça a dupla empreendedora que recebeu 350 mil reis de investimentos no programa Shark Tank Brasil

Sessão Bon Vivant

Empreendedores em festa

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O estiloso Open Mall do Shopping Iguatemi de Ribeirão Preto foi palco de uma noite memorável no último dia 30/10: O Lançamento da Revista Empreende e do Aplicativo Abeeon.

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Expediente

Deborah Dorascienzi Diretora de Conteúdo

abeeon.com/deborah.dorascienzi

Thiago Luzzi

Diretor Executivo

abeeon.com/thiago.luzzi

Ângelo Davanço Jornalista e Revisor

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Bruna Zanuto Jornalista

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Henrique Moretto

Projeto Gráfico e Diagramação

abeeon.com/henrique.moretto

Mariana Pacheco

Jornalista

abeeon.com/mariana-pacheco

Carol Aguiar

Jornalista e Fotógrafa

abeeon.com/carol.aguiar

Juliana Rangel

Jornalista @JubRangel

Thais Megumi Sato Analista de Tecnologia

abeeon.com/thais.megumi

Rafael Cautella

Fotógrafo

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Amanda Salomão

Consultora de Imagem e Estilo

abeeon.com/amanda-salomao

Revista Abeeon Empreende Av. Wladimir M. Ferreira 1660 sl 607 Jd. Botânico – Ribeirão Preto CEP 14021-630

Influencers

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@Mastelaro.Nutricionista @MesaEtiqueta @Casal.Nomade @WonderSize

Colunistas Cris Miura Thiago Franco Mariela Passalacqua Maria Cláudia e Zezé Barros

Conteúdos elaborados por empresas que anunciam na revista estão referenciados por expressões como “apresenta”, “apresentado por”, “oferecimento”, “especial publicitário”, “conteúdo publicitário”, publieditorial”, “publu” e “promo”. A Revista Abeeon Empreende é uma publicação bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial. As colunas e matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos autores, bem como conteúdos dos anúncios e mensagens publicitarias.


Nosso Propósito

Nunca é Cedo para Mudar, Nunca é Tarde para Empreender N

desta edição. Roberto compartilha conosco os desafios de ganhar a vida como humorista no Brasil, e revela que para seguir essa profissão é preciso ter muita seriedade e personalidade empreendedora. Em uma leitura irreverente, você vai aprender muito com esse artista talentoso de Ribeirão Preto.

o clássico livro A Riqueza das Nações, escrito pelo famoso economista e filósofo Adam Smith, o tema trabalho é abordado de tal forma que é possível concluir que quanto mais dedicado a uma determinada técnica, maior a destreza do trabalhador. Há séculos carregamos essa verdade, e nos tornamos cada vez mais especialistas em atividades ou assuntos específicos. Por conta das lições aprendidas no passado, hoje temos uma certa dificuldade em acompanhar as mudanças do mercado de trabalho, devido às novas tecnologias, em especial ao que chamamos de Inteligência Artificial.

Aproveitamos este momento, para agradecer a todos os parceiros, amigos e familiares, colaboradores e entrevistados que nos apoiaram para concretização da primeira edição da revista, e que ainda permanecem ao nosso lado, nesta jornada, pois acreditam no propósito da Revista Abeeon Empreende. Fazemos tudo isso com muito amor e dedicação, para entregar sempre o melhor conteúdo e inspirar você a empreender. Fica aqui o nosso Muito Obrigado!!!

Essa poderosa tecnologia é capaz de substituir qualquer trabalho relacionado à repetição de uma atividade específica, inclusive atividades analíticas que requerem tomadas de decisões, as quais antes acreditávamos que somente seres humanos poderiam realizá-las. Nesta edição, trazemos uma matéria sobre como a Inteligência Artificial já está impactando no trabalho e na vida das pessoas. Cabe a nós encará-la como o fim de muitos empregos, ou a evolução da produtividade e melhora na qualidade de vida da sociedade moderna.

Contar histórias também é uma das maiores habilidades do humorista Roberto Edson, entrevistado de capa

foto: Rafael Cautella

E por falar em produtividade, Dona Alzira sabe bem o que isso significa. Aos 61 anos ela foi demitida e por não conseguir mais um emprego, começou a trabalhar por conta própria em sua casa, produzindo bolos caseiros. Os bolos de Dona Alzira fizeram tanto sucesso, que hoje ela tem uma marca de bolo e tornou-se franqueadora com mais de 200 lojas espalhadas pelo Brasil. Além da injeção de inspiração que sentimos ao ler a história da Dona Alzira, você também vai se inspirar com a coragem do artista plástico André Franco, que largou a estabilidade de seu emprego para se dedicar a suas duas paixões: a arte e a contação de histórias à pacientes internados no Hospital das Clínicas (HC).

Saiba que hoje o estado natural das coisas é a MUDANÇA, por isso nunca é cedo para mudar, e nunca é tarde para empreender. Leia, sem moderação!

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O Futuro do Trabalho

Inteligência Artificial: Ameaça ou Oportunidade? Por Angelo Davanço

O trabalho realizado por máquinas já é uma realidade e cabe aos profissionais encarar a situação como o fim de seus empregos ou como um desafio a ser vencido

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uando se pensa em Inteligência Artificial (IA), impossível não se lembrar da velha expressão popular: o copo está meio cheio ou meio vazio? No momento em que o trabalho das máquinas já é uma realidade em diversas áreas profissionais, cabe a cada um de nós encarar a situação como uma ameaça ou uma oportunidade. “Não há como negar que a Inteligência Artificial tem grande impacto no mercado de trabalho, e isso ocorre de duas maneiras. Primeiro, na substituição do trabalho humano. Mas, por outro lado, em uma segunda visão, ela serve como um complemento, tornando determinados profissionais muito mais produtivos”, avalia Felipe Maia Polo, 23 anos, graduando em Economia pela USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto (SP) e presidente fundador do Neuron - Data Science and Artificial Intelligence, grupo que investe na educação para difusão dos conceitos da Ciência de Dados.

foto: Projetado por Freepik

No caso da substituição de humanos por máquinas, Felipe cita como exemplo a introdução dos Chatbots. O mecanismo substitui milhares de profissionais de telemarketing por poucos computadores para realizar atendimento ao cliente em canais e horários que antes não eram possíveis. E o trabalho é tão bem feito que, do outro lado, o cliente às vezes nem percebe que “conversou” com uma máquina ao solicitar um produto, fazer uma reclamação ou cancelar um pedido.

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foto: Pexels

O Futuro do Trabalho

Advogados e contadores em início de carreira, que geralmente realizam processos totalmente manuais, como levantamento de informações em processos e cálculos sobre receitas, despesas e tributos a pagar, também já começam a ser afetados pela IA.

tituídas por ferramentas de IA. “O Andrew Ng (cientista da computação e empresário inglês-chinês) tem uma frase famosa onde ele diz que ‘se uma atividade leva menos do que um segundo de pensamento, provavelmente é possível automatizá-la’”, lembra.

Da mesma forma, motoristas de táxi ou por aplicativos e até mesmo entregadores de pizza precisam colocar as barbas de molho. “O carro autônomo já é uma realidade, embora ainda não em uso comercial, mas isso é uma questão de tempo”, prevê Felipe.

O que fazer?

Diante deste cenário, o que os profissionais de hoje devem fazer? Aí depende de como eles enxergam o copo. Se a pessoa vê o copo meio vazio, vai ter que lamentar o fim de uma era nas relações de trabalho e partir para outras A verdade é que estamos em constante evolução. “O mesmo atividades. Mas, se o copo estiver meio cheio para ele, ocorreu quando os veículos motorizados surgiram. Com o profissional poderá aproveitar a chance que bate à sua o fim das carroças, os ferreiros perderam a sua função”, porta. “Uma pessoa que trabalha numa área já afetada, analisa Lucas Baggio Figueira, 38 anos, professor de Inteou que será impactada pela IA, ligência Artificial nos cursos de precisa acompanhar este tema, Ciência da Computação do Centro ficar atendo às notícias e iniciar, Universitário Barão de Mauá e da “Nós reconhecemos desde já, um reposicionamento e Fatec (Faculdade de Tecnologia) emoções. Robôs vão em Ribeirão Preto (SP). buscar aperfeiçoamento profissional. Isso é fundamental. Por outro demorar muito tempo Para Fábio Franco Costa, 40 anos, lado, um profissional capacitado, AI Tech Leader da Wavy Global para atingir isso. Esta com visão crítica sobre o mundo, (marca para conteúdo móvel e é a principal vantagem que se relaciona bem com as pesmensageria na América Latina soas, sempre terá uma oportunicriada pela Movile), muitas procompetitiva do dade, pois consegue se moldar fissões se compõem de uma série humano, que precisa ser de pequenas atividades agrupadas bem às novas realidades”, aconmelhorada cada vez mais” e, assim, possíveis de serem subsselha Felipe. Felipe Maia Polo, Fundador da Neuron

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O Futuro do Trabalho

Fique por Dentro Confira indicações de leitura e os termos mais comuns para não fazer feio em uma conversa sobre Inteligência Artificial.

Glossário Algoritmo: Sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das quais devendo ser executadas mecânica ou eletronicamente em um intervalo de tempo e com uma quantidade de esforço finitos.

Ciência de Dados: Campo que aplica diversas técnicas estatísticas e de Machine Learning visando extrair conhecimento e comportamento futuro do negócio em questão.

Big Data: Bancos de dados gigantes que necessitam de abordagem específica em termos de software e hardware, que ao serem processados entregam conhecimento sobre os domínios e negócios representados pelo banco de dados em questão.

Inteligência Artificial (IA): A capacidade que a máquina tem de imitar comportamentos inteligentes de seres vivos.

Chatbot: Programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder às perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador.

IA Aplicada: Sistemas que demostram capacidade de executar uma tarefa cognitiva específica, como negociar ações ou personalizar anúncios. Machine Learning (ML): Uma subárea da Inteligência Artificial que permite especificar programas de computador que aprendem a partir de dados e observações do ambiente, sem programação explícita.

Dicas de Leitura 21 Lições para o Século 21 Autor:

Yuval Noah Harari Editora: Companhia

A Quarta Revolução Industrial Autor:

Klaus Schwab

das Letras

Editora:

O livro trata sobre o desafio de manter o foco coletivo e individual em face a mudanças frequentes e desconcertantes. Seríamos ainda capazes de entender o mundo que criamos?

A Quarta Revolução Industrial é diferente de tudo o que a humanidade já experimentou. Novas tecnologias estão fundindo os mundos físico, digital e biológico de forma a criar grandes promessas e possíveis perigos.

Páginas: 446

Edipro

Páginas: 160

Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã Autor:

Yuval Noah Harari Editora:

Companhia das Letras

Yuval Noah Harari, autor do best-seller “Sapiens: uma breve história da humanidade”, volta a combinar ciência, história e filosofia, desta vez para entender quem somos e descobrir para onde vamos. Páginas: 448

Fontes: Professor Lucas Baggio Figueira, Companhia das Letras e Edipro

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foto: Pexels

O Futuro do Trabalho

“Como lidar com dados é uma discussão que vem desde a 2ª Guerra Mundial. O surgimento da web 2.0, na metade dos anos 2000, e o grande volume de dados que ela trouxe, criou a necessidade de desenvolver a Inteligência Artificial”

Lucas Baggio Figueira, professor de IA

Novos Tempos Pedem Novas Habilidades A chegada da IA representa uma nova etapa nas relações de trabalho, e isso pede novas habilidades de profissionais que queiram surfar na onda dos novos tempos. “As pessoas devem possuir habilidades sócio emocionais, como curiosidade, conseguir se colocar no lugar do outro, saber liderar times”, avalia Felipe Maia Polo, do Neuron. Para ele, ocupações que buscam mais interações humanas serão valorizadas. Ele cita como exemplos os terapeutas ocupacionais, os enfermeiros e os médicos. “No caso da medicina, a Inteligência Artificial auxilia na tomada de decisões. Ela nunca vai substituir um bom médico, mas sim complementar sua atuação. Hoje, um algoritmo de IA consegue, ao analisar uma imagem de Raio-X, tirar um diagnóstico muito mais pre-

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ciso, fornecendo ao profissional informações de qualidade que podem auxiliá-lo em sua tomada de decisão quanto ao melhor protocolo de tratamento”, exemplifica Felipe. Para o professor Lucas Baggio, se hoje, na maioria das ocupações, se demanda 80% de capacidade operacional e 20% de criação, a IA vem para inverter esta lógica. “Com as máquinas fazendo a parte de operações, o ganho em criatividade será imenso”, avalia.

Já Experimentou a IA hoje?

Talvez você não se dê conta, mas a Inteligência Artificial já está presente no dia a dia da maioria das pessoas. Quando o Facebook sugere páginas para “Usando o que o (cientista de você curtir, o Spotfy indica dados) Andrew Ng fala, como músicas ou a Netflix mostra filmes que podem ser de seu um profissional de uma interesse, não é um batalhão de área em risco, sou a pessoa curiosos por seus gostos pessoais que está em ação, mas sim mais bem posicionada para algoritmos de IA que, ao acomsaber quais são as micro panharem seu comportamento tarefas que compõem a nas redes, sabem exatamente aquilo que você gostaria de minha profissão. E talvez conhecer como novidade.

assim eu possa usar este movimento a meu favor”l”

Fábio Franco Costa, AI Tech Leader

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#oMelhorProfissional – Decorador

Tradição e Criatividade nas Decorações Natalinas Por Bruna Zanuto

Decoradora mescla artigos natalinos com objetos comuns e cria árvores de Natal personalizadas e cheias de estilo

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ocê já teve a sensação de entrar em um lugar que você nunca pisou antes e se sentir completamente acolhido e confortável? Assim como na vida, os ambientes também precisam de equilíbrio e harmonia para proporcionar às pessoas sentimentos bons e a sensação de aconchego. Mas, para isso existe todo um estudo do ambiente e do público que usará este espaço para definir cada detalhe a fim de garantir conforto acústico e térmico, luminosidade adequada, combinação de cores, tons, texturas etc. É aí que entram os designers de interiores. Natacha Dal Pino é arquiteta e designer de interiores e sua paixão por essa área se manifestou desde cedo – enquanto cursava as aulas de educação artística na escola. Antes de abrir sua loja de artigos de decoração, a Joie de Vivre, ela atuou como projetista em algumas empresas de Ribeirão Preto (SP). “Decidi empreender porque eu adorava projetar e decorar e nos outros lugares eu não tinha liberdade para isso”. Quando abriu o seu próprio negócio, em 2004, Natacha contava com a ajuda de sete funcionários. “Hoje, como estou voltada mais para a área de projetos, não tenho necessidade de ter tantos colaboradores, portanto o quadro foi reduzido para duas pessoas”. Mas, para atender a demanda de trabalho, a arquiteta conta uma equipe de mais de 20 parceiros. Além das decorações tradicionais (de quarto, sala e vários outros ambientes de casas e de empresas), Natacha ampliou o leque e resolveu investir em decorações “sazonais” como, por exemplo, as natalinas. “Eu não faço decorações de festas e sim de casas e no fim do ano costumo pegar alguns projetos exclusivos neste segmento”. A decoradora não vai no dia de Natal, por exemplo, montar a mesa da ceia da família. Porém, ela já deixa tudo preparado para o dia da festa, aliando a sua criatividade com os desejos dos seus clientes. “Eu separo todos os objetos que a pessoa vai usar na mesa, monto essa mesa, fotografo e entrego para o cliente

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#oMelhorProfissional reproduzir no dia da festa”. E para fugir das decorações tradicionais de Natal, personalizando cada casa e respeitando o seu estilo, Natacha costuma misturar artigos de decoração natalinos com objetos já existentes no local. “Para decoração do centro de mesa, costumo substituir as tradicionais bolas vermelhas, por exemplo, por laços e maçãs vermelhas ou por buquês de flores, caixinhas de presentes etc. Dá para fazer muita coisa bacana com o que já temos na casa”. Ela comenta que as tradicionais guirlandas que são usadas nas portas de entrada podem ser substituídas por um cartaz com uma escrita bonita e um texto de boas-vindas para quem está chegando. “Ou podemos colocar um laço grande e pendurar um ursinho de pelúcia. Dá para inovar muito!”. E a criatividade não para por aí, a designer já montou diversas árvores natalinas diferentes e com muito estilo. “Eu já montei uma árvore com ursinhos de pelúcia, com carrinhos e trenzinhos, com laços de veludo, com buquês de flores, orquídeas etc.”. A arquiteta acrescenta que em uma viagem para Londres (Inglaterra), ela encontrou uma árvore natalina cheia de porta-retratos de família, com dedicatórias e com tubinhos enrolados parecidos com os canudos de formatura. “É bacana fugir do convencional e das coisas óbvias”.

fotos: Rafael Cautella

Aliás, esse é um dos principais diferenciais da arquiteta. Natacha defende que qualquer profissional que deseja se destacar no mercado precisa investir em seu diferencial e oferecer dedicação total ao cliente. “Os clientes exigem muito a nossa atenção. Por isso, sempre entregue algo a mais do que foi contratado e faça com que eles se surpreendam”. Ela ressalta que

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#oMelhorProfissional – Decorador o cliente satisfeito acaba trazendo novos clientes. “Além disso, ele poderá te contratar no futuro novamente. Tenho uma cliente que já fiz quatro projetos para ela e a cada dois anos sou chamada para fazer um novo projeto de decoração para o quarto da filha dela”. Natacha acrescenta que estar atualizado e investir em conhecimento também são primordiais para os profissionais que querem se destacar. A designer de interiores, que está no mercado há 18 anos e é empreendedora há 14 anos, conta que enfrentou vários desafios no início. “Não sou de Ribeirão, vim de São Joaquim da Barra (SP). Quando cheguei, eu era totalmente desconhecida. Tive que trabalhar bastante e investir em divulgação para conseguir entrar no mercado. Porém, contei com o apoio de vários parceiros e isso me ajudou bastante”.

fotos: Rafael Cautella

Quando inaugurou sua loja, Natacha teve que usar e abusar da criatividade para atrair público. “Eu criava coleções de outono-inverno e primavera-verão, onde escolhia determinados itens para compor os espaços. Aí eu fazia folhetos e distribuía pelos Correios e isso gerava uma grande repercussão”. Com a chegada das redes sociais a divulgação mudou. “Hoje, ela é feita através do boca a boca e da internet”. Como uma boa empreendedora, Natacha não para de pensar no futuro e já está finalizando os últimos detalhes de um novo projeto que será lançado em 2019, onde trabalhará em parceria com outras empresas e lojas de decoração de Ribeirão Preto e região. Empreender exige esforço e isso não falta para a arquiteta.

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#oMelhorProfissional – Saúde

Vocação para Medicina e Empreendedorismo Por Bruna Zanuto

Além de administrar três clínicas de nefrologia e de serviços de diálise, médico também se destaca no mercado cervejeiro de Ribeirão Preto

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lgumas pessoas escolhem a profissão. Outras acabam “herdando” uma vocação. E foi exatamente isso o que aconteceu com o médico nefrologista Yussif Ali Mere Junior. “Quando era pequeno, eu acompanhava a carreira do meu pai muito de perto. Ele era clínico, cirurgião geral e diretor clínico da Santa Casa de Sertãozinho (SP). Sempre estive com ele no consultório, pois era junto à nossa casa”. Além disso, seu pai foi o primeiro médico da família, depois um tio se formou em Medicina, um primo e agora sua filha está terminando a especialização em Nefrologia. Yussif finalizou o curso de Medicina em 1982, na Universidade Severino Sombra, localizada em Vassouras (RJ). Ele passou por vários estágios e por alguns hospitais. Porém, o grande desafio no início de sua carreira foi quando entrou no Hospital São Paulo, em Ribeirão Preto (SP). “Comecei a trabalhar lá em 1987 para exercer nefrologia. Porém, foi no período em que o hospital estava reabrindo as portas e foi quando assumimos o desafio de manter administrativamente o local com serviços de qualidade para que se transformasse no que virou hoje. Meu trabalho lá durou 14 anos”. Outro marco na vida de Yussif foi a especialização em Nefrologia, que aconteceu na cidade de Lund (Suécia). Ele nem imaginava que o nome dessa cidade seria tão importante para os seus futuros negócios. Além da Clínica Lund, especializada em nefrologia e em serviços de diálise e que hoje conta com três unidades (Ribeirão Preto, Itu e Sorocaba-SP), o médico também é proprietário da Cervejaria Lund, em Ribeirão Preto. “Durante o período em que vivi nesta cidade sueca tive um aprendizado muito grande da cultura da cerveja europeia. A vontade de fazer cerveja artesanal surgiu exatamente no momento em que comecei a consumir esse tipo de bebida”. Yussif explica que ao degustar uma cerveja artesanal é possível sentir efetivamente o sabor dos ingredientes usados em sua composição. “Por isso, está acontecendo uma evolução no ‘sabor’ cervejeiro do Brasil. Hoje, a indústria cervejeira chega a se equiparar à indústria da enologia [ciência relacionada à produção e conservação de vinho]”. Quando o médico lançou a Lund, existiam poucas cervejarias artesanais na cidade. “Fomos a segunda cervejaria de Ribeirão Preto. Hoje, existem 14. E isso é muito importante porque gera emprego,

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#oMelhorProfissional renda, atrai turistas e ajuda a desenvolver esse mercado no município e região”. Ele comenta que Ribeirão Preto sempre teve “vocação” cervejeira (devido às fábricas das cervejarias Cia. Antárctica Paulista e Companhia Cervejaria Paulista) e que isso está sendo resgatado. Para ele, a “água boa” da cidade foi outro fator importante para que esse mercado ganhasse tanto destaque. E essa mesma água é matéria-prima dos oito rótulos de linha que são comercializados pela Cervejaria Lund. Além destes, a indústria também fabrica alguns rótulos sazonais e tem uma média de produção de 40 mil litros por mês.

A indignação com a atual situação política do país somada à sensação de não se sentir representado por uma pessoa que ocupe um cargo político fizeram com que Yussif se tornasse candidato a deputado federal nas Eleições 2018. “A nossa plataforma de campanha foi eminentemente reformista. Porém, mesmo que eu não tenha sido eleito, nós guardamos a esperança de que os candidatos eleitos e reeleitos sejam tomados por esse espírito de reformas urgentes que o Brasil tanto precisa”.

foto: Weber Sian

O público-alvo da cervejaria tem sido o mercado regional, “porém temos um distribuidor que está vendendo para várias outras cidades e para algumas redes de supermercados”. O famoso leão usado na marca de sua cerveja, segundo Yussif, é uma referência à cidade de Lund, que tinha em seu brasão um leão desenhado. “O empreendedorismo é um desafio e as pessoas dadas aos desafios nunca devem abandoná-los, porque por mais que seja um caminho um pouco mais difícil e pouco confortável, o retorno é muito maior”. O médico complementa que o empreendedor precisa pensar e traçar um projeto para o futuro. “Se não tiver esse projeto é melhor que não seja empreendedor”.

Paralelo a tudo isso, Yussif também encontrou tempo para atuar à frente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (Sindhosp). “Em 1996 iniciei a carreira como diretor do Sindhosp. Depois de 2000, assumi a gestão das clínicas de diálise. Com o passar do tempo subi na hierarquia do sindicato até que, em 2012, me tornei presidente”. Quando chegou nesse ponto, o tempo ficou escasso e o médico escolheu se dedicar à gestão. “O objetivo era conquistar mais eficiência e qualidade nos serviços de saúde”. O médico também atuou à frente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp) e da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT).

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#oMelhorProfissional – Chef

Culinária que traz Conforto e Revive as Próprias Raízes Por Mariana Pacheco

A frente do Matuto Restaurante, a chef Marina Pereira Alvim busca expressar nos pratos a história da família e manter viva a tradição em servir bem

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chef ribeirão-pretana Marina Pereira Alvim, 31 anos, se diz amante do campo, fiel às tradições familiares e apaixonada pela culinária, de preferência interiorana. À frente do Matuto, restaurante intimista localizado na Fazenda Santa Maria, em Cravinhos (SP), município a 20 quilômetros de Ribeirão Preto (SP), ela procura expressar toda sua técnica e criatividade na gastronomia caipira com pratos artesanais e sabores arrojados que ao mesmo tempo trazem conforto. “Por experiência, sei que alguns ingredientes podem parecer simples, mas quando valorizados surpreendem o paladar e têm o poder de despertar fortes memórias de sua vida”, diz. Um exemplo disso, para Marina, é a rabada, uma das especialidades da casa, servida com polenta cremosa e folhas de mini agrião. “É um prato que eu tenho um carinho especial, pois sempre o preparamos em família. Eu e meu pai, principalmente, gostamos muito”, conta. Aliás, a figura paterna teve um papel muito importante para a carreira de Marina na gastronomia. “Ele me incentivou desde o começo e me ajudou em todas as etapas da criação do Matuto, inclusive na decisão do cardápio. A única exigência que ele fez é que os pratos teriam a opção de serem acompanhado por um ovo frito”, diverte-se. Para a profissional, não existem cortes ou alimentos de segunda. “O que faz a comida ser boa é o cuidado no preparo, a valorização dos ingredientes, a junção de sabores e o momento de se apreciar o prato. Se for em família, acompanhado de boas risadas, é ainda melhor”, explica.

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foto: Carol Aguiar

#oMelhorProfissional

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#oMelhorProfissional – Chef

Da Arquitetura para a Cozinha A primeira formação de Marina é a Arquitetura, que concluiu em 2010, no Centro Universitário Moura Lacerda. Ela chegou a exercer por um tempo, mas sua paixão pela cozinha falou mais alto. “No dia da minha formatura, eu já estava matriculada em Gastronomia”, lembra. A chef concluiu o segundo curso em 2012 pela Barão de Mauá. O gosto por preparar receitas, segundo ela, vem desde a infância e a acompanha durante toda a vida. “As receitas tradicionais e as refeições em família sempre estiveram presentes na minha vida. Particularmente, aprendi muito com minhas tias e avós, que sempre

estiveram ligadas à gastronomia de alguma forma”, conta. Apesar de ser fã dos pratos clássicos e sabores caseiros, Marina também gosta de inventar moda na cozinha. “Para mim, a união de ingredientes é uma brincadeira divertida. Diariamente, vou conhecendo, elaborando e provando diferentes combinações de sabores”, completa. Um dos pratos autorais que Marina serve no Matuto e que representa bem a junção da comida interiorana com o sabor moderno e surpreendente é o porco crocante, sucesso entre a clientela. São cortes de lombo suíno à pururuca sobre farofa molhada e banana ao maçarico.

Segunda Casa

Inaugurado em 2015, em uma preservada casa colonial, o Matuto Restaurante lembra o ambiente das antigas fazendas de café, por meio do chão batido, dos lampiões e cristaleiras – elementos tradicionais que dividem espaço com quadros e artigos modernos, dando um charme especial ao lugar.

foto: Carol Aguiar

Para Marina, o espaço representa sua segunda casa. “Tudo no Matuto tem a minha cara. É a dedicação da família, a cozinha afetiva. Não é simplesmente um lugar que serve comida, tem sentimento envolvido em cada detalhe”, afirma. A chef ainda ressalta a proposta da casa, que é servir bem todas as pessoas, da entrada à saída, e proporcionar conforto e sensação de bem-estar.

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Para conseguir tudo isso, Marina conta com uma equipe que trabalha unida e em sintonia. Na cozinha, junto com ela, ficam Matheus Vieira, José Roberto Filho e Aniele Sommerhalder. Larissa Cardoso cuida da recepção dos clientes e do escritório. Gislaine Cardoso é responsável pelos serviços gerais. O time dos garçons da casa é composto por Afonso Mendes, Ademilson de Lima e Robson da Silva. “Somos uma família aqui também e isso reflete no ambiente do restaurante”, conclui.



#oMelhorProfissional – Agronegócio

Paixão pelo Café que passa de Geração em Geração Por Mariana Pacheco

Comandando as fazendas da família, o produtor rural Márcio Luiz coloca a “mão na terra” quando o assunto é café

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despertador toca às 5h30 todos os dias. Márcio Luiz Palma Resende, 34 anos, produtor rural, despede-se da esposa e do filho pequeno e vai para a Fazenda Limeira, localizada em Altinópolis (SP), região da Alta Mogiana. Ao chegar, atravessa os 150 hectares da plantação de café, que ocupa quase metade da propriedade. Ele já está acostumado com o sol forte e o ar puro, já que, quando era pequeno, participava do dia a dia do trabalho no campo, seja caminhando ao lado do avô ou ajudando sua mãe na lida. Quando a perdeu, em 2006, Márcio deu continuidade às atividades, graças ao conhecimento passado de geração em geração.

nos possibilita fazer testes e, assim, conseguir lotes diferenciados”, diz.

Apesar de crescer brincando nos terreiros, rodando café e dirigindo - ou, muitas vezes, atolando - tratores, o produtor rural ainda teve muito o que aprender para continuar à frente dos negócios. “Antes, o meu conhecimento praticamente se restringia a saber se o café produzido não tinha impurezas ou contaminação. Depois que me aprofundei no universo apaixonante dos cafés especiais, veio a vontade de investir mais na qualidade”, afirma Márcio.

Novas Ramificações dos Negócios

Por isso, ele se mantém atualizado e atento às novas tecnologias que envolvem a cadeia produtiva do café, desde as máquinas pesadas até as mais sensíveis para extrair o melhor dos grãos. “Temos uma equipe treinada e qualificada em cursos de classificação e degustação de café, além de um laboratório dentro da fazenda, o que

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Ele próprio se especializou em vários assuntos para entender melhor o cliente final do café especial. Fez cursos de barista (profissional especializado na bebida de alta qualidade), de torra, de avaliação sensorial e de metodologia da Specialty Coffee Association (SCA), entidade que busca difundir e estimular o aprimoramento técnico na produção, comercialização e industrialização dos produtos. “Esses conhecimentos me possibilitaram conversar melhor com meu público consumidor, além de saber como uma cafeteria funciona e quais são os critérios utilizados para saber se o café é bom ou ruim”, explica.

Os caminhos abertos pelo seu avô e trilhados por sua mãe estão ganhando novas ramificações com Márcio e os irmãos. Em 2017, eles lançaram uma marca própria de café especial, homenageando a cultura da região: o Café Seis de Janeiro. O nome veio de uma tradição folclórica muito popular em Altinópolis. “Quando eu era criança, descia as ruazinhas de terra, por entre as plantações, junto com as companhias de Folia de Reis, sempre no dia seis de janeiro. Esperava ansiosamente pela cantoria, máscaras, fitas coloridas e os violeiros fantasiados”, lembra. Para o produtor rural, o café é muito mais do que uma simples bebida. “É uma experiência


#oMelhorProfissional sensorial, que promove encontros e cria momentos especiais. O Seis de Janeiro surgiu como uma forma de valorizar a cultura da minha região e homenagear as pessoas que vivem para o cultivo dos grãos”, completa.

O que Faz um Café ser Especial O café especial é determinado a partir da Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA, aplicada no mundo inteiro. Para ele chegar a essa categoria, o produto deve atingir ou superar os 80 pontos em uma escala de 0 a 100. Os critérios analisados para definir a qualidade da bebida são: ausência de defeitos dos grãos, fragrância (cheiro do café moído seco), aroma (cheiro do café moído em água), uniformidade, sabor, acidez, doçura, finalização na boca, harmonia e conceito final do provador.

O produtor rural está tão envolvido no universo do café que, neste ano, foi eleito presidente da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC — Alta Mogiana Specialty Coffees, da sigla em inglês). “Meu principal objetivo é levar conhecimento aos pequenos cafeicultores, por meio de cursos e palestras sobre o que há de novo e melhor nas técnicas agrícolas. Acredito que a educação é o principal meio de superar os obstáculos e fazer o negócio crescer”, conclui.

foto: Rafael Cautella

Márcio conta que, na Fazenda Limeira, encontram-se o clima e o solo ideais para a produção do café especial, a 1.000 metros de altitude. Em todas as etapas do processo, o produto recebe um cuidado específico, que exige bas-

tante atenção. Antes da colheita, por exemplo, escolhe-se o talhão com maior nível de perfeição dos frutos. A partir daí o grão é colhido manualmente e separado de galhos, folhas e outras impurezas. A secagem é feita à moda antiga, no terreiro da fazenda, e chega a levar o dobro de tempo da secagem convencional. Todos os envolvidos na produção possuem curso e treinamento, desde o tratorista até o provador do café. “Existem muitas variáveis nesta atividade. Por isso, chegar a um produto final, considerado bom, é uma vitória de um longo processo”, ressalta.

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#oMelhorProfissional – Construção Civil

Arquitetura e Psicologia se unem para Encantar o Cliente Por Mariana Pacheco

Arquiteto especializado em design de interiores, Mateus José usa psicologia ambiental para criar projetos arrojados e funcionais

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ode até parecer que não, mas os conceitos de psicologia e arquitetura têm tudo a ver um com o outro. Movido por realizar projetos que arranquem “lágrimas de felicidade” dos clientes, Mateus José Passaglia, 31 anos, utiliza todos os conhecimentos aprendidos em 13 anos de formação acadêmica e experiência profissional para identificar as reais necessidades dos clientes e promover soluções para cada uma delas no âmbito do design de interiores. Entre as disciplinas estudadas que mais o encantou está a Psicologia Ambiental, que analisa como o indivíduo avalia e percebe o espaço que habita ou trabalha e, ao mesmo tempo, como ele é influenciado por esse ambiente. Segundo o arquiteto, cores, luzes, estampas, aromas, alturas, texturas, formas, temperatura, vazios, distâncias relativas e outros elementos são capazes, se bem aplicados, de transformar vidas. “A eficiência de um espaço pode resultar no bem-estar ou mal-estar do indivíduo que ali vive ou trabalha. Um bom projeto que analisa todas essas características, preocupando-se com o que o cliente precisa, pode curar até uma depressão e promover a autoestima”, ressalta.

foto: Divulgação

Formação e Experiência Profissional

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Natural de Jardinópolis (SP), Mateus José veio para Ribeirão Preto (SP), em 2005, para cursar Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Moura Lacerda. Depois, concluiu o Master of Business Administration


#oMelhorProfissional (MBA) em Design de Interiores pelo Instituto de PósGraduação e Graduação (IPOG). Possui trabalhos desenvolvidos na área acadêmica, com artigos científicos apresentados e publicados que tratam da revitalização e restauração de patrimônio histórico na cidade de Ribeirão Preto. Sua experiência profissional passa por prefeituras, arquitetura bancária, produção de eventos e, principalmente, por lojas de mobiliário, onde atuou como arquiteto consultor. Há cinco anos, fundou a Majó Arquitetura de Interiores, onde cria projetos personalizados com o objetivo de oferecer qualidade e conforto para todos, por meio de soluções rápidas, práticas e econômicas. A marca também desenvolve projetos completos e possui destaque quando o assunto é reforma. Para atender toda a demanda, Mateus José conta com o arquiteto associado Mario Vitor, especialista em gestão de projetos e administrador das obras, e dois estagiários. “Acredito que o trabalho do arquiteto é uma obra de arte. Cada projeto possui uma essência e personalidade próprias. Para isso, busco inspiração em minhas leituras, viagens, cursos, vivências em obra e, também, na arquitetura contemporânea. Para mim, um bom projeto é aquele que planeja e arranja os espaços, alinhando-os à estética, ao conforto e à funcionalidade, preservando a história, a cultura e todos os costumes do cliente”, afirma.

Arquitetura Acessível Um dos produtos de maior sucesso oferecidos pela Majó é o Vapt Vupt. Ele consiste em planos de consultoria para produzir e decorar rapidamente os espaços com qualidade e um custo acessível.

Para quem vai se casar, a empresa presta um atendimento personalizado por meio do Casa Noivos, um serviço que possibilita a indicação de projetos dos ambientes da casa na lista de presentes para o casamento. Outra novidade é o projeto Obra de Fidelidade, que tem como objetivo fidelizar à Majó fornecedores e lojistas de acordo com a boa prestação de serviços que oferecem aos clientes, proporcionando mais segurança e produtividade nas obras. A empresa também não abre mão dos serviços completos, com todos os detalhamentos, tecnologias disponíveis e desenhos de realidade virtual. “Especializar e segmentar dentro da área de interiores foi a maneira que nós encontramos para estar ainda mais próximos de nossos clientes e servir aos sonhos deles”, completa Mateus José. Para o arquiteto, o maior desafio da profissão é, ao mesmo tempo, aquilo que mais traz satisfação. “Sempre que iniciamos um atendimento, procuro entender a pessoa por completo e sentir quais são as suas dificuldades e os seus sonhos. Para isso, exercer a empatia é fundamental, além de aplicar as ferramentas da psicologia do ambiente. Mas todo o trabalho vale a pena quando vemos a felicidade do cliente quando entregamos o projeto”, diz. Para os futuros profissionais da área, Mateus José dá uma dica. “Não dá para andar desatento. O arquiteto tem que ser observador, enxergar inspiração e valor no cotidiano simples. Acredito que só assim é possível desenvolver um estilo próprio que proporcione conforto, bem-estar e qualidade de vida para as outras pessoas”.

foto: Divulgação

“Criei esse serviço pensando no cliente que, no momento, não pode contratar um pacote completo de arquitetura

de interiores, mas quer mudar a cara do ambiente em que vive ou do lugar onde trabalha. Para isso, fazemos uma consultoria em decoração, na qual analisamos e identificamos os problemas do espaço e sugerimos soluções. A ideia é ser um produto rápido, eficaz e que caiba em qualquer orçamento”, explica.

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Apresentado por

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á três anos, uma família de pais empresários, de diferentes segmentos, resolveram juntar-se aos filhos recém formados e mudar o rumo de suas vidas profissionais, investindo num setor em crescimento.

Quem vê a cervejaria sempre cheia e comandada pelos filhos Raoni e Caio e os pais Vera e Augusto Balieiro, não imagina a história por trás das cervejas artesanais que hoje, já somam mais de 7 prêmios.

Próxima a capital do chopp e antro da produção de cervejas artesanais, nasceu a Walfänger, uma marca autoral e familiar, que preparou-se por quase 2 anos antes de ser apresentada ao público e firmar residência na entrada de Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto (SP), em 2015.

“Fomos buscar inspiração nas melhores cervejarias do mundo, e chegamos a conclusão de que a Escola alemã combinou com nosso propósito, não somente pelo sabor, mas por toda a cultura de compartilhar. Nos apaixonamos pelos “Biergarten” (que são jardins onde as pessoas se juntam para beber, conversar e discutir sobre cerveja), tanto que reproduzimos um aqui na cervejaria”, conta Vera.

A escolha pelo segmento de cervejas não foi feita por acaso, além de antepassados, um tio vindo da República Tcheca para trabalhar na fábrica da antártica no Brasil, o segmento não era nenhuma novidade para a empresa de eventos que o pai, Augusto Balieiro costumava comandar. “Eu sempre tive contato com empresários do setor de cana de açúcar e álcool, e acompanhando o cenário da cidade e o grande crescimento do setor de cervejas artesanais, resolvi apostar. Estes contatos viraram fornecedores e tivemos fácil acesso à matéria prima de primeira qualidade para começarmos os primeiros experimentos”, conta.

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Depois da pesquisa em campo, foi hora da experimentação. A família aproveitou o espaço em um sítio da família, em Brodowski, para testar e aprimorar receitas. Hoje a cervejaria trabalha com a escola alemã e 3 estilos de cervejas clássicas; Helles, Weizen e Dopperlbock e as “Trigênios” - Albert (German IPA), Sebastian (Düsseldorf Altbier) e Sigmund ( Vienna Lager). Fora as sazonais e a edição especial de outubro,uma Märzen chamada Oktoberfest, uma homenagem a uma das festas alemãs mais celebradas em todo mundo.


O futuro da Cervejaria Walfänger Durante o ano de 2018, a família se preparou para dar alguns passos a frente. A primeira novidade, que já está em funcionamento, trata-se de um Quiosque da cervejaria dentro do RibeirãoShopping, em frente ao jardim suspenso. A nova sede da Walfänger é um pequeno espaço para receber até 35 pessoas e é o pontapé inicial para a presença da marca em Ribeirão Preto. A segunda novidade ficará para o próximo ano. A partir de 1ª de Janeiro de 2019, a Walfänger será patrocinadora oficial do time do Botafogo de Ribeirão Preto e da Arena Eurobike. A marca, que já produziu a cerveja em comemoração aos 100 anos do Botafogo, se tornará a primeira cerveja artesanal a ser patrocinadora de um time de futebol.

Fotos: Carol Aguiar

O patrocínio vai muito além da marca estampada nas camisetas, além de ter venda exclusivas no campo, a Walfänger também será responsável pelo bar “Seu Tibério” ( nome em homenagem ao bairro Vila Tibério), que terá capacidade para 250 pessoas e funcionará em dias normais e em dias de shows e jogos, com vista exclusiva e privilegiada do campo para os clientes. Com as duas novidades bem encaminhadas, os empresários apostam na presença da marca em Ribeirão Preto como um novo passo para a expansão da marca, dando início ao projeto de abrir novas sedes e franquias da Walfänger.


#oMelhorProfissional – Programação

Por um Ambiente on-line mais Seguro e Justo para as Mulheres Por Mariana Pacheco

A programadora Aiami Garcia luta por igualdade no mercado de jogos nacional e internacional

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“ sso é coisa de homem”. Todo mundo já ouviu essa frase em algum lugar, dentro de algum contexto. No mercado de jogos on-line este ainda é um paradigma difícil de quebrar. As mulheres que se arriscam a entrar nesse mundo, seja como jogadoras ou programadoras, sofrem com o machismo e a falta de respeito. E não é por serem minoria. Pelo terceiro ano consecutivo, a Pesquisa Game Brasil (PGB), divulgada no segundo semestre de 2018, revelou que elas representam 58,9% dos gamers no país. “O grande problema é que as mulheres não se sentem seguras no ambiente de jogos on-line e acham que precisam se esconder por trás de nicknames (apelidos) neutros ou masculinos. Ainda há muito assédio, sinto isso toda vez que entro para jogar”, afirma a gaúcha Aiami Garcia, 24 anos, programadora na Gazeus Games, maior empresa brasileira desenvolvedora de jogos casuais e sociais. Aiami chegou a ser atleta de Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) pela equipe da Women Up Games, organização criada em 2014 com o objetivo de conectar mais mulheres ao mercado de jogos. Atualmente, além do seu trabalho como programadora, ela dá palestras e participa de campanhas que buscam combater o machismo e proporcionar mais igualdade na área.

#MyGameMyName

De acordo com um estudo publicado pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, 100% das mulheres que jogam por pelo menos 22 horas semanais afirmaram já terem sofrido algum tipo de assédio. Para fugir disso, muitas jogadoras acabam não assumindo sua identidade no mundo on-line. Foi pensando nisso que surgiu a iniciativa #MyGameMyName, da qual Aiami faz parte. Organizada pela ONG Wonder Women Tech (WWT), em parceria com a Women Up Games, a primeira fase do projeto convidou youtubers e gamers brasileiros para sentirem na pele o que as mulheres enfrentam ao jogarem on-line. Os participantes foram incentivados a usarem nicks femininos e gravarem o experimento. O resultado mostrou para eles como a comunidade pode ser violenta com o público feminino. “Sofremos desde cantadas até xingamentos de baixo calão, simplesmente por sermos mulheres. Não é pela nossa habilidade, é uma questão de misoginia”, destaca Aiami.

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#oMelhorProfissional A iniciativa deu tão certo que atingiu 14 países organicamente só nas primeiras 12 horas, impactando mais de 12 milhões de pessoas. O projeto chegou, ainda, a ser premiado com dois Leões no Festival Internacional de Criatividade de Cannes de 2018. “A segunda fase do #MyGameMyName será convidar as maiores empresas de games para tomarem medidas efetivas em relação a esse assunto”, completa a programadora. Apesar de achar que ainda vai levar um tempo até que o ambiente dos jogos on-line se torne menos hostil para mulheres, Aiami não desanima. “Não podemos desistir de lutar pela igualdade e exigir respeito. Queremos mostrar para todas as jogadoras que elas não estão sozinhas. Unidas, podemos tornar esse universo, que atualmente é tão masculino, em algo sem gênero, onde todos se sintam à vontade de jogar e serem quem realmente são”, explica.

Presença Feminina no Mercado de Trabalho Ao contrário do que foi observado no mundo dos games, onde as mulheres hoje são maioria – ainda que se escondam por trás de nicks masculinos –, os cursos de computação e o mercado de trabalho da área tiveram uma grande diminuição da presença feminina nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, a primeira turma de Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), que se formou em 1974, contava com 20 alunos, sendo 14 mulheres e seis homens. Ou seja, 70% da classe era composta por elas. Já a turma de 2016 tinha 41 estudantes, sendo apenas seis garotas, ou seja, 15%.

Aiami está no mercado de trabalho programando jogos há três anos e já sentiu essa diferença. “A empresa onde eu trabalho atualmente pode ser considerada uma exceção, já que, do total de funcionários, 30% são mulheres. Mas ainda assim, o número fica abaixo do que em outras áreas”, diz. Para as meninas que querem seguir carreira na computação, a programadora dá a maior força. “Não podemos nos sentir intimidadas. É importante lembrar que não estamos sozinhas e que, juntas, ganharemos ainda mais força e igualdade em qualquer trabalho que desejarmos fazer. Basta acreditarmos no nosso potencial”, conclui.

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#oMelhorProfissional – Melhor Idade

O Sucesso não tem Hora para Chegar Por Bruna Zanuto

Empresária de 61 anos começou a empreender por acaso e hoje faz sucesso no mercado de franquias de bolos caseiros

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istórias de jovens que abriram uma startup, conquistaram milhões em investimento, expandiram rapidamente e dominaram o mercado com algum produto ou tecnologia disruptiva têm se tornado comuns. A história de Dona Alzira é igual (devido ao sucesso) e diferente (devido às circunstâncias). Após abandonar o emprego para cuidar da mãe adoentada, Alzira Martins Ramos teve dificuldade para retornar ao mercado. “Parece que, independentemente da experiência que você tem, o mercado sempre contrata os mais jovens”.

foto: Divulgação

Ela tinha 61 anos quando perdeu a mãe, viu sua situação econômica se agravar e teve dificuldade de encontrar um emprego. Sua vida só começou a

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#OmelhorProfissional mudar após um simples pedido de um amigo da família, que tinha um botequim perto da loja de pipoca do seu marido. “Um dia, esse amigo insistiu para que eu fizesse um bolinho para ele oferecer aos seus clientes. Entreguei o bolo de manhã e à tarde ele encomendou mais dois para o dia seguinte”. O tal “bolinho” que fez sucesso era de iogurte e a receita Alzira tinha pegado com sua cunhada. E foi essa receita que transformou uma boleira exímia em uma empreendedora de uma rede de franquias de lojas de bolo, que começou no Rio de Janeiro (RJ) e hoje conquistou vários estados.

Em poucos meses, as encomendas aumentaram, Alzira contratou uma ajudante e começou a investir em equipamentos de cozinha. Chegou a fazer 100 bolos por dia em sua casa, porém a cozinha já estava pequena para o negócio. Ela sentou com o marido e decidiram usar metade da loja dele para vender os bolos. Os clientes também começaram a pedir fatias dos bolos para comer no local. Alzira e a ajudante não davam mais conta da demanda e foi preciso contratar mais pessoas. Passado um tempo, Alzira e o marido sentaram novamente para fazer contas. “Eu falei: ‘Claudio, vamos deixar a loja inteira para o negócio de bolos e você vem trabalhar comigo?’”. Em pouco mais de um ano, mesmo tendo 100% da loja e seis funcionárias, o local já não supria a necessidade deles. Em 2012, inauguraram uma loja maior na Tijuca (RJ). O negócio ganhou notoriedade, o movimento aumentou, foram necessárias expansões e a ajuda de 15 funcionários. “Nunca investi em propaganda. A gente trabalhava muito e, cada vez mais, as pessoas queriam bolos, até que um dia falei para o meu filho: ‘Todo mundo está querendo bolo e não estamos dando conta, o que podemos fazer com isso?’”. O filho trouxe um amigo que entendia sobre franquias e decidiram investir no negócio. “Nunca imaginei que aquele bolinho que fiz com tanto amor e carinho viraria isso tudo”. As franquias fizeram tanto sucesso, que há dois anos a família vendeu a loja para se dedicar à franchising e às fábricas de mix (misturas prontas de bolos produzidos pela Fábrica de Bolos Vó Alzira). A partir daí, toda a família ficou envolvida com o negócio. Enquanto pai e filho cuidam da parte administrativa, Alzira ensina seu toque especial e supervisiona os bolos produzidos pelas franqueadas. “Damos todo o suporte desde o momento

foto: Divulgação

No início, Alzira pegou algumas receitas do programa da Ana Maria Braga e ia dando seu toque especial. Os comerciantes das redondezas experimentaram, aprovaram e começaram a fazer encomendas. O cheiro de bolo fresco que saía da janela de sua cozinha também despertou a curiosidade dos vizinhos. “Muitos perguntavam o que eu andava fazendo, pois todo dia tinha um cheiro bom. Comentei que estava fazendo uns bolinhos para vender. Aí, meus vizinhos começaram a encomendar bolos”.

de montar a loja até o pós-inauguração”. Hoje, a empresa produz mais de 30 tipos de bolos tradicionais, além de alguns confeitados para festa, bolos no pote e cupcakes. O pequeno negócio que surgiu na cozinha da casa de Alzira virou uma rede com 207 franquias em vários estados do país (mais dezenas que serão implantadas até o fim do ano), duas fábricas (uma no Rio de Janeiro, com 27 funcionários, e outra no Espírito Santo, com 17 colaboradores), e uma média de produção mensal de 10.000 caixas de mix de bolos. A dificuldade financeira transformou uma dona de casa em uma empreendedora de sucesso, que hoje dá dicas para quem se encontra na mesma situação que ela há 10 anos: “vai ter uma hora que você vai lembrar de alguma coisa que goste e saiba fazer bem. Eu gostava de fazer bolos, mas não pensava em fazer para vender”. Recentemente, durante a inauguração de uma franquia no interior do estado de São Paulo, ela foi abordada por uma mulher, que lhe disse: “eu adoro fazer crochê, mas vendia um aqui, outro ali. Mas, depois que conheci sua história, pensei se ‘ela pode, por que eu não posso?’ A senhora me animou, hoje vendo meus produtos em uma feira e sustento minha família com o meu negócio”. Alzira finaliza a entrevista deixando um recado para todos os que se encontram desempregados e sem perspectivas. “Se tem algo que goste de fazer, faça! O que não pode é desistir”.

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#oMelhorProfissional – Beleza

Para Otávio Lippi, ramo da Beleza exige Honestidade e pés no Chão Por Mariana Pacheco

Cabeleireiro de 26 anos foi inspirado pelo tio para seguir a profissão e hoje já é proprietário de um salão de sucesso em Ribeirão Preto

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ogo que se formou no Ensino Médio, Otávio Lippi, 26 anos, não imaginava a reviravolta que sua vida daria nos próximos anos. Por gostar muito de jogos e de ficar no computador, ele resolveu fazer um curso técnico em Informática pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Ribeirão Preto (SP). Depois de formado, começou a trabalhar como motoboy no Platino, salão de beleza do tio, Gilson Julio. O dia a dia intenso do lugar e o entra e sai de clientes satisfeitas com as mudanças no visual “viraram uma chave” na cabeça de Otávio. “Eu ficava observando os profissionais que trabalhavam no salão e comecei a me interessar pelo o que eles faziam. Todos foram muito receptivos comigo também e passaram a me ensinar”, lembra. O jovem aprendiz da época resolveu correr atrás do seu novo objetivo e se matriculou na Ondina Beauty Academy, tradicional escola de formação profissional da região. Esse foi só o primeiro de muitos cursos que viriam pela frente. Atualmente, Otávio é formado pela Academia Vidal Sassoon de Londres, no Reino Unido, e já estudou técnicas e tendências na Alemanha e em Nova York (EUA). “O mercado da beleza é muito dinâmico, sempre surgem novidades e, para manter um bom atendimento, temos que nos atualizar”, afirma.

Recomeços Até chegar a ser sócio do seu próprio salão – o Indoor Cabeleireiros – Otávio conta que passou por vários recomeços na carreira. Entre os seus 18 e 20 anos, foi assistente no estabelecimento do tio, depois chegou a ir para

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Jaboticabal em uma unidade do Platino que abriu na cidade. Então, voltou para Ribeirão Preto e começou a trabalhar como cabeleireiro na unidade Luminus/Platino do Shopping Santa Úrsula. “Fiquei um pouco mais de um ano nesse emprego e depois fui trabalhar no salão de um amigo do meu tio, o Fernando Martinelli, chamado Style Cabeleireiros. Lá, comecei tudo de novo, conquistando meu espaço passo a passo”, diz. Tanta mudança valeu a pena. “Aprendi muito nesse meio tempo e consegui amadurecer como profissional, mas sempre mantive o pé no chão”, completa.

Indoor Cabeleireiros Há três anos, nasceu o Indoor, marca criada por Otávio, junto com o tio, Gilson, e o ex-chefe, Fernando. “Temos técnicas distintas e conhecimentos complementares, o que nos permite atender às expectativas de um público bem diversificado, de todas as idades. Também procuramos estar sempre alinhados com as tendências desse mundo globalizado que vivemos hoje”, afirma. Otávio é conhecido no meio onde atua principalmente por seu trabalho em criar mechas naturais nas clientes. “Valorizo muito a honestidade e a saúde dos cabelos. Se a cliente quer uma cor que não cairá bem ou que vá prejudicar os fios, eu a oriento e não faço. Esse tipo de relação de confiança é extremamente importante na minha área, afinal, estamos mexendo com a autoestima da mulher”, destaca. Suas principais inspirações no Brasil são os profissionais Renato Fuzz, hair stylist reconhecido internacionalmente e que atua em Santa Catarina, e Romeu Felipe,


#oMelhorProfissional especialista em loiros e responsável pelos cabelos de celebridades como Sasha, Thássia Naves e Yasmin Brunet. Ambos são embaixadores da Wella, marca que Otávio também representa.

Desafios

Apesar de jovem, o cabeleireiro já conseguiu construir uma carreira de sucesso e sabe o que quer para o futuro. “Temos planos de expansão da empresa, que colocaremos em prática no ano que vem. Acredito que ainda há muito espaço para crescer no mercado de beleza, basta ser qualificado e se manter atualizado”, conclui.

foto: Rafael Cautella

Para Otávio, os maiores desafios da profissão são conseguir entender o que a cliente quer e atender suas expectativas respeitando a saúde dos cabelos e o visual que combina com cada pessoa. “Para isso,

procuro escutar atentamente e sempre ser honesto e transparente. Foi o que aprendi com esses anos de profissão”, ressalta.

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#oMelhorProfissional – Prestador de Serviço

De Manicure e Cantora a Cozinheira em Domicílio Por Mariana Pacheco

foto: Rafael Cautella

Tendo que se virar desde cedo, Jaqueline já teve diversos trabalhos, mas atualmente sua paixão é cozinhar na casa dos clientes

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#oMelhorProfissional

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uando era pequena, Jaqueline Albuquerque Lins, 43 anos, natural de Ribeirão Preto (SP), trocou o parquinho pelo salão de beleza que pertencia à mãe e, as bonecas, pelas mulheres que compunham a clientela do estabelecimento. Serviu café, trabalhou como ajudante de cabeleireira, aprendeu a fazer unha, depilação e outros serviços. Em casa, desenvolvia sua habilidade na cozinha, pegando dicas com a avó, já que sua mãe não se dava muito bem nessa área. Em meio a tudo isso, ainda cantava na igreja. “Comecei a me virar desde cedo, trabalhei em tudo quanto é lugar, mas essas três funções – manicure, cantora e cozinheira – foram as que mais me identifiquei até hoje”, diz. Jaque, como é chamada pelos clientes, amigos e família, conta que, por mais diferentes que sejam as áreas, elas têm uma coisa em comum: a possibilidade de se conectar com as pessoas. “Quando estou fazendo a unha de uma pessoa, ela costuma se abrir comigo e eu posso dar conselhos. Quando cozinho na casa de alguém, tenho a oportunidade de saber um pouco sobre a sua vida e aprender com isso. Já quando eu canto, consigo me conectar com o público por meio das músicas. A proximidade e a troca de experiências me encantam”, afirma.

Necessidade de se Reinventar Da adolescência até a idade adulta, os principais trabalhos de Jaque envolveram serviços de beleza e o canto. Para se especializar, ela fez cursos de manicure, depilação e maquiagem – a maioria no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Quando a mãe teve que fechar o salão da família por motivos de saúde, ela começou a trabalhar em outros estabelecimentos e atendeu em domicílio. “Também trabalhei em karaokê e me apresentando em bares da cidade”, conta. Em 2015, quando estava prestes a se divorciar, sentiu a necessidade de se reinventar. “Sabia que não podia depender de marido e precisava me virar mais uma vez. Foi quando eu comecei a encarar a cozinha como uma forma de ganhar dinheiro”, diz. Ela se lembrou de quando foi visitar a irmã que mora em Curitiba (PR) e viu que lá as pessoas tinham o hábito de contratar pontualmente alguém para cozinhar em casa e deixar um cardápio pronto para a semana. “Sempre amei cozinhar, mas ainda não tinha pensado nisso como um trabalho e não sabia de ninguém em Ribeirão Preto que prestasse esse tipo de serviço. Resolvi aproveitar essa ideia aqui”, afirma. Funciona assim: o cliente

monta o cardápio que deseja, passa para a Jaque, que faz uma lista de ingredientes e quantidades necessárias. “Depois, quem contrata o serviço faz a compra no supermercado e eu vou até a casa dele ou dela para cozinhar e deixar tudo porcionado para congelar. Geralmente, a comida dura entre duas a três semanas”, explica.

Bom Negócio para os Dois Lados As vantagens de se contratar uma cozinheira em domicílio são várias. Além das refeições saírem mais barato do que se a pessoa fosse comer em um restaurante, elas são uma alternativa para quem quer comer comida caseira e saudável – sem aditivos e excesso de sal e óleo –, mas não tem tempo para se dedicar a isso. Apesar de o cardápio ficar a critério do cliente, Jaque dá pitacos quando solicitados. “O pessoal costuma me pedir pelo menos duas proteínas, legumes, arroz, feijão, saladas variadas, alguma massa ou torta e sobremesa. Faço até chás e sucos detox para quem gosta”, explica. O fato de o contratante fazer as próprias compras torna o processo mais seguro para ambos. “Assim, ele escolhe os produtos que mais gosta, no preço que está acostumado a pagar e da procedência que ele confia”, completa a profissional. No dia marcado para cozinhar as refeições, Jaque costuma ficar das 8h30 até as 15 horas. “Fico praticamente o dia todo, porque faço grandes quantidades. Depois, deixo tudo separado em potes e nas porções certas para as semanas”, destaca.

Serviço Adaptado à Necessidade do Cliente Jaque sabe que ter flexibilidade é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Por isso, ela faz adaptações conforme as necessidades dos fregueses. “Eu tenho uma cliente, por exemplo, que prefere que eu faça as compras, porque ela não tem tempo. Aí eu vou no supermercado que ela gosta mais e compro os produtos que ela indica”, conta. Há, ainda, quem não tenha toda a estrutura da cozinha e prefira que a profissional faça as refeições na casa dela. “Aí esse cliente me deixa as compras e os potes, eu preparo tudo na minha casa e ele busca depois”, diz. Outra possibilidade é contratar a cozinheira para um evento específico, como Natal, Ano Novo e festas em família. “Consigo me adaptar ao cliente, e faço tudo sempre com muito capricho e cuidado. Até hoje, ninguém reclamou da minha comida”, brinca.

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Entrevista de Capa

O Humor em Tempos de Crise Por Angelo Davanço

Humorista Roberto Edson conta como consegue atravessar tempos difíceis fazendo piada das próprias dificuldades e alerta: “o bom humor é contagiante, o problema é que o mau humor também é!”

U

m país com 12,5 milhões de desocupados, 23,5% da população composta por quem não consegue pagar suas contas em dia, em que 33 milhões de pessoas não têm onde morar e que o salário mínimo não dá para suprir as necessidades básicas de um cidadão, como alimentação, moradia e saúde. É ou não é um cenário para deixar qualquer um mal-humorado? Até mesmo quem vive do riso corre o risco de ficar de cara amarrada quando a crise bate à porta. E foi isso o que aconteceu com o ator e humorista Roberto Edson, 47 anos, de Ribeirão Preto (SP).

“É preciso canalizar, deixar que os problemas pessoais abram o caminho para o bom humor”

Em junho de 2015, no auge das crises econômica e política no Brasil, Roberto teve nove espetáculos cancelados de uma hora para outra. “Com duas filhas para criar e em meio à construção da minha casa, entrei em parafuso. Só que aprendi que era preciso lidar com isso, não havia como escapar”, diz o humorista.

Mas não foi nada fácil, a ponto de, um ano e meio depois, pensar em encerrar a carreira nos palcos. “Neste processo todo, entendi que CNPJ não tem coração quando a crise vem e que riso lá em casa é coisa séria. É ele quem paga a comida, a escola, o convênio médico”, enumera Roberto.

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Em meio aos percalços, a chance de voltar a sorrir veio de longe, mais precisamente a 629 quilômetros de casa. “No dia em que comuniquei minha esposa a intenção de abandonar o humorismo e procurar outra coisa para fazer, o telefone tocou. Era uma empresa de Rio Verde, no interior de Goiás, querendo fechar quatro datas para espetáculos corporativos em janeiro de 2017”, relembra o humorista.

Humor como Negócio

A partir daí, Roberto Edson compreendeu que, se estava no fundo do poço, ele mesmo havia cavado o buraco. “Eu nunca havia levado o humor como um negócio. Não me preparei para momentos difíceis. Não me planejei. Hoje vejo que, como tudo na vida, é preciso planejamento, foco na resolução de problemas. Agora entendo que a gente não consegue abraçar tudo, é preciso resolver um problema de cada vez”, aconselha. Com a ajuda de amigos para a redação de contratos mais bem elaborados e planos de divulgação de seu trabalho, e com a casa mais ou menos em ordem, era hora de voltar aos palcos. E por que não fazer graça das próprias dificuldades? Assim surgiu, no final de 2016, o espetáculo “Minha Vida é uma Piada”. O humorista garante que 95% do que é contato ali são histórias reais, como a vez que, cansado de receber ligações do gerente do banco informando do saldo negativo na conta corrente, resolveu retrucar: “Escuta, quando meu saldo estava positivo, que eu aplicava alguma coisa aí com vocês, eu ficava te ligando todo dia pra dizer isso? Para de me encher a paciência e me deixa resolver os problemas, caramba!”. Para montar o roteiro de “Minha Vida é uma Piada”, Roberto recorreu a temas observados em consultas médicas, gafes de familiares, amigos ou de pessoas que cruzaram sua vida nas mais variadas circunstâncias.


foto: Rafael Cautella

Entrevista de Capa

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Entrevista de Capa “Uma vez eu estava parado no semáforo de uma avenida quando veio um doido e encheu a traseira do meu carro. O baque foi tão grande que voou controle remoto do portão, óculos, voou tudo. Eu desci do carro, fui falar com o outro motorista e contei pra ele que tinha uma imagem de São Jorge no câmbio do meu carro e que até o santo saiu do lugar, ficou só o cavalo! E ficamos ali, contando piadas até resolver o problema da batida. Fazer o quê? Já tinha acontecido mesmo”, conforma-se.

E foi justamente neste ambiente que surgiu a primeira oportunidade de subir em um palco. “A comissão de formatura precisava de dinheiro para fechar as contas, conseguimos uma data no Teatro Municipal de Batatais e assim surgiu o primeiro espetáculo, algo amador, mas bem caprichado”, garante. Com a casa cheia, veio o ânimo para novos projetos e as oportunidades no mercado.

Com o sucesso nos palcos, Roberto já tem novos planos para o espetáculo. “A tendência é o ‘Minha Vida é uma Piada’ virar uma palestra. Quem sabe não vire um livro?”, revela, misterioso.

Uma dessas oportunidade surgiu em 2001, com a participação no programa “Caminhos da Roça”, da EPTV Ribeirão. Foram sete anos contando causos com um de seus personagens mais conhecidos, o Chico Lorota, todo sábado pela manhã.

Para 2019, o humorista tem planos de novos espetáculos, repaginando antigos personagens, mas sem deixar de lado as piadas de cara limpa, no formato Stand Up. Além dos palcos, Roberto pretende ampliar sua presença na internet, produzindo novos conteúdos e movimentando as redes sociais. “Vou atacar a internet como nunca ataquei, estou me preparando agora para ter uma atuação forte no meio on-line em 2019”, promete.

Piadas com Clientes e Professores Roberto Edson completa 24 anos de carreira em 2019. De 1989 a 1995, trabalhou em agência bancária como contínuo, no setor de cobranças e no caixa. Em uma época ainda distante de toda a tecnologia de hoje, o contato era direto com o cliente, que muitas vezes enfrentava longas filas e chegava com cara de poucos amigos na boca do caixa. “Não tinha jeito, eu contava logo uma piada pra quebrar o gelo”, relembra. Ainda trabalhando no banco, o então aspirante a humorista profissional foi cursar Educação Física no Centro Universitário Claretiano, em Batatais (SP). “Nesta época eu comecei com as imitações, não de figuras famosas, astros da televisão, mas de pessoas comuns, próximas a mim, como os colegas de classe e os professores”.

Do Palco para a Telinha

“Aprendi muita coisa na televisão, a equipe de lá me ensinava muito, como posicionamento de câmeras, questões de roteiro, a importância da luz, e isso tudo eu procuro utilizar em meus espetáculos”, afirma Roberto. Criado especialmente para o programa na TV, Chico Lorota é uma nova versão para outro personagem caipira de Roberto Edson, o Oripinho Marvadeza. Outro sucesso nos palcos é o bêbado Saideira, além, é claro, dos espetáculos de cara limpa.

“Riso lá em casa é coisa séria. É ele quem paga a comida, a escola, o convênio médico”

Hoje, Roberto calcula que 80% de suas apresentações são voltadas ao mercado corporativo. São festas de funcionários, workshops, lançamentos de produtos, e as “Palestras com Humor”, realizadas junto ao coach Marcelo Jabur. “São recados sérios, mas com momentos necessários de descontração”, resume o humorista.

ilustração: Rodrigo Mazer

Rir é o Melhor Remédio

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O ditado é mais do que batido, mas continua sendo a melhor solução para tempos de crise. “O bom humor é contagiante, o problema é que o mau humor também é! Hoje em dia precisamos estar mais focados no cavalo arriado quando ele passa do que ficar falando mal da sujeira que ele faz. E subir nesse cavalo, pelo amor de Deus!”, aconselha Roberto Edson. Para o humorista, se algo nos faz mal, deve ser cortado logo pela raiz. E nada melhor nos momentos de dificuldade do que fazer piada dos próprios tropeços. “Eu vejo no ‘Minha Vida é uma Piada’ que muitas pessoas se identificam com o que eu passei, então, é preciso canalizar, deixar que os problemas pessoais abram o


foto: Rafael Cautella

Entrevista de Capa

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Entrevista de Capa

“O que me deixa muito malhumorado são as Fake News e toda a desinformação que elas geram” cellos, Ronald Golias, Jô Soares, Ary Toledo”, elenca.

ilustração: Felipe Briani

Mas se o Brasil nunca fez feio no campeonato mundial do humor, é um norte-americano quem ocupa o pódio na preferência do humorista ribeirão-pretano. “Sou um apaixonado por Jerry Lewis, a ponto de ter assistido quase todos os seus filmes, tantas vezes, que até decorei suas falas”, garante. “É preciso beber muito em todas estas fontes se você quer fazer um humor bem feito”, completa Roberto.

caminho para o bom humor, pois ele deixa a vida mais leve, abre novas possibilidades”, diz Mas, como ninguém é bem-humorado 24 horas por dia, sete dias por semana, 12 meses por ano, Roberto Edson enumera o que o deixa de mau humor: “Eu não posso ver alguém jogando lixo pela janela do carro que fico louco, já até briguei no trânsito por causa disso. Gente que ocupa vagas de idosos ou das pessoas com deficiência também me tira do sério. E agora, recentemente, o que me deixa muito mal-humorado são as Fake News e toda a desinformação que elas geram. Estamos sendo bombardeados por isso!”, reclama.

Dicas aos Jovens Humoristas

Pode reparar, sempre tem um piadista por perto. Seja no ambiente de trabalho, na escola, em casa, ou até mesmo aquele tio engraçadinho no grupo da família no WhatsApp. E por que não levar isso a sério e encarar o humor como uma carreira?

Dos Palcos para os Quadrinhos Provando que o bom humor não tem limites e cabe em qualquer formato, Roberto Edson acaba de virar personagem de gibi. Ou melhor, seu personagem Chico Lorota foi parar nas histórias em quadrinhos. E incorporando o bom “caipirez”, ele descreve qual é o sentimento: “cêis num imagina a sastifação que eu tô!”.

“Se eu consigo arrancar um sorriso de alguém, já estou realizado”

“Fazer humor vem da observação, é preciso estar atento o tempo todo. Uma vez, num voo, o comissário informou que estávamos a 20 mil pés de altitude. A passageira do meu lado perguntou quanto isso representava e eu respondi: dez mil pares de sapatos, vai por mim!”, conta Roberto Edson. Além de aprender a fazer graça com o cotidiano, Roberto diz que é preciso ter um olhar atento a grandes nomes do humorismo do passado, mas que nunca perdem a graça. “Gente como Chico Anysio, Agildo Ribeiro, José Vascon-

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E não é só isso. Filmes como “O Auto da Compadecida” e “O Meninão” – este, do ídolo Jerry Lewis, seriados como “Chaves” e “Eu, a Patroa e as Crianças”, e canais na internet como “Porta dos Fundos” e “UTC - Ultimate Trocadilhos Championship”, são as outras dicas do humorista para quem quer aprender a arrancar gargalhadas por onde passa.

Com roteiros desenvolvidos por Gérson Teixeira, que já escreveu clássicos da editora Abril, Disney, Senninha, Bolinha e Luluzinha; e que atualmente presta seus trabalhos para a Maurício de Sousa Produções, a RPHQ 4 “Causos do Chico Lorota” reúne trabalhos de mais de 20 artistas em torno de roteiros originais e causos contados pelo personagem. “A seleção dos trabalhos mescla artistas experientes e novos talentos”, explica o organizador do projeto, Cordeiro de Sá.

“Eu fiquei surpreso com as artes, em perceber como cada um vê o Chico Lorota de uma maneira, com um traço diferente. Imagina, eu só sei desenhar figuras feito uns bonequinhos!”, diz Roberto Edson. Lançada no dia 21 de novembro, a revista de 44 páginas coloridas tem 14 histórias, dois causos ilustrados e entrevistas com os artistas participantes do projeto. A publicação pode ser encontrada por meio das redes sociais @ribeiraopretoemquadrinhos.



#oMelhorProfissional – Cultura e Arte

Aos 46 anos, André largou Emprego Estável para se Dedicar às Artes Por Mariana Pacheco

Formado em Jornalismo e Direito e ex-diretor financeiro da própria empresa, o paulista encontrou na tinta a óleo sobre tela sua verdadeira paixão

A

ndré Franco, 50 anos, natural de Echaporã (SP) – uma cidade de 6.000 habitantes no interior do Estado –, conta que tudo começou com os primeiros desenhos na areia, ainda na infância. Depois, o pedaço de giz passou a colorir a calçada de casa, até que a trajetória do futuro artista plástico foi enriquecida com os lápis e as canetinhas de cor sobre o papel branco, os riscos de carvão, as cores de pastel e as primeiras pinceladas com tinta a óleo sobre a tela – sua verdadeira paixão. Aos 10 anos, André teve suas primeiras aulas de arte com o mestre Braz Alécio, em Marília (SP). Passou dois anos aprendendo o estilo acadêmico, no universo das paisagens e da natureza morta. Aos 12, assim que foi apresentado à tinta a óleo, o echaporense demonstrou que já possuía um estilo próprio e contemporâneo, marcado por cores vivas, traços fortes e criatividade nos temas desenvolvidos. Entre as peculiaridades, o improviso que, aos poucos, ganha vida nas telas. “Não desenho e nem esboço antes de começar a pintar. Quando deposito a tinta na tela, ainda não sei o que sairá. Mas, aos poucos, o colorido ganha forma, a tinta ganha movimento, e o que parecida adormecido explode em figuras, mensagens e emoções”, diz.

Paixão Adormecida Antes de se dedicar completamente às artes – o que aconteceu apenas aos 46 anos – André passou por muitas experiências acadêmicas e profissionais. Aos 17 anos, fez um intercâmbio nos Estados Unidos. Ao retornar, passou no vestibular para Jornalismo na UEL (Universidade

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Estadual de Londrina) e, logo depois, também cursou Direito na mesma instituição. É pós-graduado em Agronegócio para Profissionais de Comunicação e em Metodologia da Educação pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Trabalhou como jornalista em Maringá (PR), voltou a morar em Marília, onde ministrou aulas no curso de Jornalismo da Unimar (Universidade de Marília), atuou como repórter do jornal Diário e foi assessor de imprensa da Prefeitura. Passou um tempo na Folha de S. Paulo e, depois, foi para Curitiba (PR), onde trabalhou como coordenador de imprensa na Emater-PR (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural). Seu último emprego estável na capital do Estado do Paraná foi como diretor administrativo e financeiro de uma empresa na área da saúde e nutrição, na qual ele era sócio. “Nesse meio tempo, eu nunca deixei a pintura completamente de lado, mas não me dedicava 100% a ela”, conta. Foi apenas em 2014 que André decidiu largar tudo para voltar a sua cidade natal e assumir a identidade de artista plástico. “Meus amigos falaram que era louco, mas não me arrependo nem por um segundo”, afirma.


#oMelhorProfissional

Exposições Como artista plástico, André participou, mesmo antes de deixar Curitiba, de mostras individuais e coletivas, tanto na capital paranaense e em São Paulo, como também nas cidades de Marília, Presidente Prudente, Catanduva, Rio Claro, Garça, Assis e Echaporã. Já recebeu medalhas, menções honrosas e prêmios por suas obras. Ele conta que um dos momentos mais marcantes foi quando o convidaram para ter sua própria Exposição Individual “André Franco”, no Espaço Cultural Bovespa, na capital paulista, em 2015. “Levei 54 obras para o hall, que ficaram expostas durante três meses. Foi incrível, já que grandes artistas já tinham passado por lá, como o Romero Britto”, destaca.

Contação de Histórias André pode ser considerado um homem de sorte, já que encontrou duas paixões nessa vida – a arte e a contação de histórias. Durante oito anos, foi voluntário no Hospital das Clínicas (HC) de Curitiba. “Comecei trabalhando com crianças, mas depois descobri que os adultos internados precisavam talvez até mais dessa atenção. Isso porque os pequenos sempre têm acompanhantes nos quartos, enquanto os mais velhos, muitas vezes, ficam sozinhos”, explica.

“Depois que comecei a trabalhar com isso, minha sensibilidade ficou mais aflorada, aprendi a ter mais paciência, a ver beleza e cor onde tudo antes era cinza e a expressar o amor”, ressalta. A contação de histórias também influenciou o seu trabalho como artista plástico. Coincidentemente – ou não – na época em que trabalhou como voluntário no HC de Curitiba, André passou por uma longa fase em que pintava gatos. Durante anos, olhava para a tela em branco sem saber o que viria, como de costume, e acabava com um desenho relacionado aos felinos. “Hoje, pensando bem, acredito que é porque eu passava muito tempo com pacientes terminais e a sensação de morte estava sempre próxima. O gato, por outro lado, é o único animal que dizem que tem mais de uma vida”, reflete o artista.

fotos: Divulgação

Como contador, seu objetivo era levar às pessoas fragilizadas cultura, educação, carinho e alegria, além de incentivar o hábito da leitura. Depois que se mudou de Curitiba para Echaporã, seu trabalho nessa área continuou. Ele

criou um workshop e passou a viajar para outras cidades ensinando voluntários a transformar vidas por meio da contação de histórias.

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#oMelhorProfissional – Fotografia

Marcos Weiske Fotógrafo

@marcosweiske armazemvideodesign.com Mais Informações de Contato: abeeon.com/marcosweiske

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Estilo Fotográfico


#oMelhorProfiassional

M

arcos Weiske nasceu em Montevidéu [Uruguai], onde estudou Artes e formou-se como escultor. Paralelamente exerceu a função de desenhista técnico e gráfico. Em 2004 veio morar no Brasil e aqui foi formando e reafirmando seus talentos, passou pelas funções de cinegrafista, diretor de fotografia e diretor de TV.

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#oMelhorProfissional – Fotografia

Em 2016, Marcos dedicou-se à educação técnica audiovisual na escola Bauhaus. Suas maiores influências na área são: Steve Mc Curry, Michele Rinaldi e Sebastião Salgado. Seu estilo vai do publicitário, ao hiper-realismo, caracterizando-se por suas edições híbridas carregadas de efeitos e luzes.



#LookdoDia

A Dúvida do Look nas Confraternizações Empresariais S Amanda Salomão Consultora de Moda, Imagem e Estilo. @amandasalomao Mais informações de contato: abeeon.com/ amanda-salomao

abe quanto tempo falta para as festas de final do ano? Um mês!

Os grandes centros já estão enfeitados para o Natal, as avenidas já estão rodeadas de pisca-piscas. É dezembro, mês de confraternização com fornecedores da empresa e clientes. Você sabe como se vestir nesta ocasião? O erro mais comum dos convidados é achar que, por não ser em ambiente de trabalho, não há problema em ir vestido de “qualquer

jeito”. Entretanto, ir bem arrumado(a) é sim importante para o seu negócio, principalmente se entre os convidados estão pessoas com as quais você se relaciona no meio business. O erro de um(a) empreendedor(a) é achar que aquele happy hour informal de final de ano não afetará a imagem da empresa, por isso, a maioria acaba não se preocupando com o que vestir e ali, daquela festa que durou duas horas, ficam impressões negativas sobre seu negócio.

Dicas para você não errar nas festas de final de ano! Estará Frio ou Calor? Sempre falo para as minhas clientes que antes de nos arrumarmos para qualquer festa, seja ela empresarial ou pessoal, vale dar uma olhadinha na previsão do tempo. Essa dica é infalível para já começarmos a pensar nas opções disponíveis no nosso guarda-roupa. Se naquele dia for fazer bastante calor, em vez de optar por roupas curtas e decotadas, prefira as de tecidos leves como algodão ou seda. As fibras naturais deixam o tecido mais fresco e evitam o mau cheiro.

Não sei qual o Dresscode, e Agora?

Se pintar aquela dúvida sobre o tipo do traje, se a festa é mais “arrumadinha” ou super formal, bater um papo com o anfitrião sobre o local da confraternização é totalmente indicado. Ele pode não conseguir lhe dar muitas informações técnicas sobre o tipo de traje, porém, ele é quem irá dizer se será algo mais simples em um bar, logo após o expediente, ou uma reunião em um salão de festas durante a noite.

Sem Exageros, para Mais ou para Menos.

Para as ocasiões mais casuais você deve ficar de olho no comprimento de saias, vestidos e decotes e o salto não é obrigatório. Caso a reunião seja durante a noite e com uma pegada mais formal, indico os vestidos tubinhos, as calças pantalonas e macacões. O salto continua não sendo obrigatório, porém, se você gostar, vale a pena arriscar essa opção.

Fique Atento ao Horário!

Olhar o horário do evento também é muito importante. Primeiro porque, sob nenhuma hipótese você pode se atrasar, e segundo porque cada horário pede um tipo de vestimenta. Caso aconteça na parte da manhã e tarde, as peças de cores claras, mais leves e com caimento fluido são bemvindas e uma maquiagem mais delicada e com aspecto natural, combina melhor. Já para as confraternizações no período da noite, você pode ousar um pouco mais nas cores, nos acessórios, no brilho das peças e escolher por uma make com mais tons escuros. Com essas dicas você pode curtir despreocupado(a), mas lembrando sempre de manter o lado profissional, afinal, o vínculo de todas essas confraternizações são os negócios. Boas festas e bons negócios!

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#LookdoDia

G

osto sempre de reforçar que não é porque a festa de confraternização irá acontecer após às 18h que os modelos mais justos e decotados estão liberados. Lembre-se de que você irá a um evento e a imagem da sua empresa também irá com você. As peças mais justas podem passar uma imagem um pouco mais sensual e você também corre o risco de não ficar confortável.

foto: Rafael Cautella

Sou fã dos básicos e acredito que para esses momentos de confraternização em que não devemos aparecer muito, porém, não podemos deixar de aparecer, vale usar aquela camisa bonita ou o pretinho básico somado a um acessório com um pouco mais de informação de moda. Eles têm o poder de renovar qualquer look e salvar você naquele dia que nada no armário está de acordo com a ocasião.

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#ViajarFazBem

Dicas para Viajar só com a Mala de Bordo por Nayara Rabello

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á faz um tempo que os voos nacionais e internacionais têm apenas a bagagem de mão/ bordo inclusa no valor da passagem aérea. Por este motivo, nós e outros viajantes acabamos optando por viajar só com uma malinha pequena cada um. Isso não quer dizer que a viagem precisa ser curta. Em nossa última viagem para a Europa optamos por usar só a mala de bordo (pesando 10kg) para viajar por 18 países em 3 meses! Como foi bem difícil na hora de fazer a mala, e por ter muita gente achando que é impossível, achei relevante escrever e abordar algumas dicas para ajudar outros amantes de viagem a montar uma mala pequena e funcional. Experimente os looks que vai levar: Separe e monte todos os looks e experimente cada um deles antes de montar a mala, assim, terá menos riscos de levar roupas que não te agradam muito, que não combinam entre si e até mesmo não condizem com o clima dos lugares que vai passar.

fotos: Divulgação

Chapada dos Veadeiros (GO)

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#ViajarFazBem

Lugar frio: Casacão fora da mala. Se sua viagem for para um lugar frio, leve somente um casacão impermeável nas mãos, pois assim, você se protege do frio no avião e não ocupa a metade da sua mala só com ele. É importante investir em um bom casaco de cor neutra, que combine com tudo e seja durável! Dica: Esse tipo de casaco costuma ser pelo menos 50% mais baratos nos países da Europa e nos Estados Unidos. O meu custou 45 euros e aqui no Brasil custa em média 600 reais. Roupas neutras e cor nos acessórios: Dê preferência a roupas neutras, desta forma pode usar a mesma roupa em vários dias da viagem. Aposte nos acessórios coloridos, você pode levar um sapato com um tom diferente, uma bolsa com mais cor e etc. São detalhes que vão fazer diferença na hora das fotos da viagem! Eu sempre levo somente 1 par de tênis neutro que vai no pé e um caramelo que vai junto com os chinelos na mala! E o salto? No meu caso não adianta levar salto, pois ando muito nas viagens e acho que posso estar bem arrumada com um tênis bonito, mas se você faz questão, um pretinho básico não tem erro! Produtos líquidos em frasquinhos de até 100ml Itens de higiene ou aquele perfume favorito sempre em vidrinhos de até 100ml. Aqui no Brasil as companhias aéreas permitem levar embalagens de até 1 litro em voos domésticos (nacionais) porém, para voos internacionais, só são permitidas embalagens

Manaus (AM)

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#ViajarFazBem de até 100ml, todas guardadas em uma embalagem transparente de 20cm por 20cm. Em alguns países como a Suíça só é permitida uma sacolinha por pessoa, se tiver mais líquidos fora da sacolinha, eles pedem para descartar antes do embarque. E as lembranças? Compre ímãs de geladeira ou imprima as fotos que mais gostar para montar um mural! Seguindo estas dicas você vai ver que, além de economizar o dinheiro das taxas para despachar a bagagem e o tempo escolhendo roupas, ainda vai carregar bem menos peso e aproveitar ainda mais sem peso extra! Espero que tenham gostado das dicas, pratique o desapego e aproveite sua viagem!

Casal Nômande

Viajantes Profissionais @Casal.Nomade casalnomade.com Manaus (AM)

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#Mesa&Etiqueta

Andréa Staciarini

Etiqueta e Negócios Por Andréa Staciarini

Consultora de Etiqueta @mesaetiqueta Mais informações de contato: abeeon.com/ mesaetiqueta

Em pleno século XXI, a boa e velha etiqueta volta a ser um importante requisito para as relações de negócios e interpessoais. Por que será?

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udo tornou-se tão dinâmico nas relações interpessoais e de negócios nas últimas décadas que a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos também se transformou. Hoje não é mais um escândalo quebrar um protocolo quando se é um chefe de Estado, pelo contrário, quando a corte inglesa festejou o casamento de um príncipe com uma pessoa sem títulos de nobreza e vinda do povo (o Príncipe Harry e a atriz Megan) a quebra de protocolos e costumes foi muito aplaudida em todo o mundo, como exemplo de legitimidade de seus governantes e uma demonstração de conexão com mundo atual. Entretanto, faltar com a etiqueta pode tumultuar e até causar rompimento nas relações de modo geral. Um protocolo quebrado é a transformação de um paradigma em nova forma de agir, convenientemente ajustada aos moldes da sociedade. Já a etiqueta, por ter na sua essência a gentileza no trato, precisa ser muito observada, pois sua ruptura abrupta incorre na deselegante falta de bom senso e desrespeito. Por estarmos em um século onde o conhecimento é amplamente acessível, via mídias sociais, internet e demais meios de

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comunicação, a etiqueta tem voltado à baila, como ferramenta fundamental de trabalho e convivência entre pessoas, empresas e até Estados. É pelo fortalecimento das relações que conflitos são solucionados e grandes negócios celebrados. A imprensa noticiou com grande comemoração o episódio do aperto de mãos entre Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos e Kin Jong-un, líder da Coréia do Norte que, antes desse simbólico ato, trocavam ameaças públicas. No mundo corporativo, cada vez mais, empresas investem em cursos para seus líderes, gestores e executivos, reconhecendo a importância da etiqueta no mundo empresarial. Se pudéssemos resumir todas as regras de etiqueta em uma única palavra, esta seria gentileza. Sem dúvida gentileza e bom senso norteiam o comportamento das pessoas que deixam sua marca pessoal positiva em qualquer situação empresarial. Podemos facilmente listar algumas regras básicas a serem observadas tanto por empresários, colaboradores e empreendedores, para a garantia do sucesso!


#Mesa&Etiqueta

1. Ser gentil. Cumprimentar, conversar, agradecer, apresentar sugestões sempre tratando de maneira igual a equipe, o chefe, os clientes e até mesmo empresas concorrentes.

foto: Rafael Cautella

2. Saber apresentar sua ideia. Ser gentil não é ser submisso, ou apagado. Você pode e deve brilhar por ter soluções de bom embasamento e isso exige a coragem de expor o que pensa. Entretanto, atente para a relevância da sua fala dentro do contexto e tenha tato para não parecer arrogante. 3. Discordar com diplomacia. A ideia de uma reunião entre pessoas da empresa é construir o conhecimento de um grupo, por isso apresente seu ponto de vista com intuito cooperativo de acrescentar e não para polemizar ou chamar atenção. 4. Não explodir. Não importa se você bateu o seu carro, se sua sogra chegou de férias na sua casa, ou colocaram sal ao invés de açúcar no café. Respire fundo:

nada de birras, crises de choro e excesso de reclamações, explosões são falta de etiqueta. 5. Vestir-se sem desleixo. Roupas impróprias ao perfil da empresa, paletó amarrotado, camisa suja e cara de ressaca sempre passarão a impressão de que você tem dificuldades de cuidar de si mesmo. Além de ser uma descortesia com a empresa que você representa ou atende. 6. Ser pontual. Trabalho é trabalho e mesmo que seja um almoço fora da empresa, não deixe o outro esperando, principalmente se você for o maior interessado nesta negociação. 7. Ter bom senso. Se gentileza é a primeira regra de etiqueta, bom senso coroa todas as demais. Bom senso no comportamento evita situações constrangedoras o tempo todo e isso vai desde o excesso de intimidade forçada, até a seriedade constrangedora. Como disse Aristóteles...”a virtude está no meio” então, não convém exagerar.

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Isabelle Mastelaro Nutricionista CRN-3 46886

@mastelaro. nutricionista Mais informações de contato:

abeeon.com/ nutricionista-mastelaro

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É Preciso Pensar Antes de Exagerar V

ivemos hoje a apenas um clique de distância de centenas de opções de novas dietas e novos modismos e prometendo sempre os mesmos milagres. Ao mesmo tempo, o Brasil dispara no avanço da obesidade. O problema não é de hoje, as crianças não são estimuladas dentro de casa e acabam criando maus hábitos alimentares. Mais tarde, estas mesmas crianças tornam-se adultos lutando bravamente contra o excesso de peso, apostando em dietas da moda que só geram frustração e não resolvem o problema.

Então, o que fazer para mudar o cenário e começar a ver resultados? Capacitando e ensinando a importância da boa alimentação, dentro do consultório. Como nutricionista vejo em minhas mãos o enorme potencial de transformação. Temos o dever de educar e guiar as escolhas alimentares, sanar dúvidas, orientar as melhores alternativas e desmistificar as mentiras e falsos milagres que a internet semeia há anos.

Não estamos falando somente de estética corporal.

Festas de Fim de Ano e o Exagero

Sobrepeso e obesidade são assuntos sérios, e precisam ser tratados. O excesso de gordura corporal, em especial o acúmulo na região abdominal, é hoje um dos fatores causadores da alta mortalidade no país, isso porque, aumentam o risco de diabetes, hipertensão, infarto e demais comorbidades.

Eu enxergo o contrário, é o momento ideal para essa transformação, pois, quando aprendemos a traçar limites e escolhas alimentares

Nessa época, a maioria das pessoas enxerga o período festivo como um momento em que podemos consumir alimentos à vontade, sem nos preocuparmos com futuras consequências. fotos: Pexels

#NutriçãoInteligente


#NutriçãoInteligente

em épocas fartas, saberemos lidar com elas em qualquer momento. Em linhas gerais, o ser humano aprendeu a viver restrito e fazer grandes excessos em épocas festivas, e isso já virou um grande ciclo vicioso e a conta acaba não fechando. Estamos compulsivos, ansiosos, cansados, doentes e isso acaba afetando a nossa alimentação. Não sabemos regrar quantidade e qualidade, mas também estamos cheios de receios devido às novas proibições que encontramos na internet. Uma boa opção para fugir deste ciclo é descobrir SEUS limites. Não pense no que o outro está fazendo ao seu lado. Quanto é suficiente para SUA saciedade? Conheça suas necessidades profundamente. Somente desta forma será possível ter uma rotina de alimentação saudável, e ao mesmo tempo, saber como, e quando sair da mesma. Um exemplo prático temos naquele indivíduo que se exercita, planeja sua alimentação da semana, busca alimentos mais naturais, e no final do ano, se permite regalias em um dia festivo. Essas exceções não precisam ser em datas comemorativas, escolha uma refeição mais livre, e mantenha as demais dentro do seu cotidiano, isso significa experimentar uma sobremesa diferente, mas saber que repetir não será uma boa ideia.

Precisamos nos aprofundar na conexão que temos com o alimento, avaliar qual valor damos à comida e partir em busca de um novo equilíbrio. Percebe como é complexo? Tem que ser. Antes de dizer que não conseguiu resultados pois já tem uma certa idade, que sua rotina não te permite, ou que deve possuir algum problema hormonal, você precisa realmente se dedicar e ter disciplina. A maioria desiste no caminho pois esperava que fosse mais fácil. Mudar é, e sempre será trabalhoso, em especial quando falamos de alimentação, algo que se relaciona diretamente com nossas emoções e sentimentos. Procure bons profissionais para tratar com respeito seu corpo, suas escolhas e sua saúde. Não é impossível, mas a minha dica é evoluir gradativamente, engatinhar durante a transformação. Comece fazendo pequenas escolhas a favor da sua saúde, abrindo mão de hábitos diários, os quais você reconhece os malefícios, e quando vir algo inédito prometendo mudança, emagrecimento, qualidade de vida, não compre resultados, invista no processo! O retorno será todo seu, refletido em bem-estar e saúde para seu corpo e mente.

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#StartUp

O Objetivo é Incluir e Empoderar Por Marioli Oliveira

I

magine você viver em um mundo onde não tem acesso a roupas que lhe permitam fazer as mais simples atividades do dia a dia, como trabalhar, cuidar de seus filhos, ou até mesmo praticar exercícios físicos. Essa já é a realidade de 52.4% da sociedade que está acima do peso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não é fácil saber que seu tipo de corpo é considerado fora do padrão, nem viver no dia a dia as exclusões e preconceitos que a gordofobia provoca. Depois de engravidar e chegar aos 140 kg, a empreendedora Amanda Momente percebeu que esta era a sua realidade, e que não tinha roupas que lhe permitissem arrumar a casa com conforto ou fazer ginástica. As poucas opções que encontrava eram desconfortáveis, não ajudavam na performance em uma academia, e ainda escondiam em cores escuras e tristes seu estilo alegre e colorido. Amanda começou a produzir, com a ajuda de uma costureira, roupas para ela poder fazer ginástica sem perder seu estilo e sem prejudicar sua performance. Com os elogios que recebeu e a percepção de que havia ali

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Foto Divulgação Shark Tank Brasil

Muito mais do que criar uma marca de roupas, queremos transformar o mercado plus size

uma demanda reprimida, suas amigas também se interessaram em ter suas peças. Ela então se juntou a mim, Marioli Oliveira, que sou uma designer feminista e sempre quis impactar de forma real na sociedade, para fazermos a Wonder Size, a marca de roupas casual fitness para pessoas gordas que tem a inclusão, a usabilidade e o empoderamento como seus pilares.

Se a demanda é grande, o nosso sonho também é, desde o início, ‘plus size’: impactar positivamente a vida de tantas mulheres que se percebem à margem desse mercado, para que possam tanto se sentir bem com suas roupas na hora da ginástica, quanto de fato cuidar de seu corpo e saúde com carinho e sem perder a alegria. Para além do êxito comercial da marca, o sucesso da Wonder Size também é medido pela inspiração e impacto que provoca na vida de suas clientes. Muitas delas começam de fato a fazer ginástica por conta das roupas. Com isso, além da saúde do corpo, a autoestima se eleva e a vida efetivamente melhora. E tal sentido é parte do DNA da


Foto Divulgação

#StartUp marca, como comprovam alguns dos nomes de peças, batizadas em homenagem a grandes mulheres da história. A legging Joana d´Arc, a grande guerreira francesa, foi projetada para justamente enfrentar qualquer batalha do dia a dia e voltar ilesa. Há também peças em homenagem a Annette Kellerman, nadadora australiana presa em 1907 por usar roupa de banho em público, e muito mais. Foi esse incrível case de empreendedorismo feminino, inclusão e inspiração que nós levamos ao Shark Tank Brasil. A força da nossa apresentação, aliada à incrível causa e à qualidade das peças, fez com que os investidores se interessassem em massa pela Wonder Size – e uma verdadeira disputa entre tubarões teve início para decidir quem investiria na empresa. Após rebatermos assertivamente os questionamentos dos Sharks, conseguimos conquistar e formar um time imbatível com o trio de investidoras: Camila Farani, Luiza Trajano e Cristiana Arcangeli. É possível assistir nossa participação na íntegra pelo Youtube (Wonder Size Shark Tank). Nosso espírito empreendedor e vontade de fazer algo inovador para o mercado plus size, fez da Wonder Size uma marca que nasceu para todas. Nasceu para quem malha de segunda a sexta e procura mobilidade. Nasceu para quem trabalha o dia inteiro e procura conforto, e nasceu só para quem quer dar close mesmo! Mas principalmente, nasceu para termos escolhas. De amar nossos corpos e mostrar nossas curvas. Mas se não quiser mostrar, tudo bem também. O importante é que essas escolhas dependam apenas do que as Wonders queiram, e não de uma sociedade que impõe obstáculos diariamente. Se a sociedade apresenta boicotes, estes são revidados com a Wonder Size. Queremos que todas se sintam ‘Wonders’ e mostrem ao mundo a força, cor e beleza de uma Wonder Size.

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#TimeLine

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#TimeLine

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Faça Acontecer

Promessas ou Decisões?

Thiago Franco Coach, consultor, professor e palestrante. Hoje seu principal foco é guiar pessoas para encontrar a melhor forma de se conectarem com seus valores, seus objetivos e com as pessoas à sua volta.

@thiagofranco.coach Mais informações de Contato: abeeon.com/ Thiago-Franco

Q

uando eu era criança sonhava em ser Jedi. Na verdade, eu tinha certeza absoluta que seria Luke Skywalker. Teria superpoderes e viajaria pelas estrelas. Talvez a corrida espacial dos anos 80 tenha potencializado essa ideia, pois diziam que viajaríamos para a lua como pegamos um Uber hoje. Naturalmente o desejo provou-se simplesmente um sonho infantil que nasceu, morreu e hoje é motivo de risadas e boas lembranças. Achamos fácil rir de nossos sonhos de criança. De nossos sonhos de adulto não. Esses são sérios, são reais; machucam quando pensamos no que não realizamos. Ainda mais que o prazo que nos demos está se esgotando: o final do ano. Não perdemos dez quilos, não começamos a pós-graduação, não visitamos a avó, não diminuímos nem os gastos muito menos a bebida (também, né, poxa!). Nossos sonhos são a base de nossas promessas de final de ano. Exatamente porque é nesse período em que realmente pensamos sobre eles. Muitos dizem que sonham ter aquele “shape” trincado, casar ou montar seu próprio negócio. Mas quantos realmente sequer dão o primeiro passo? Tony Robbins tem uma frase muito significativa nesse contexto: “Superestimamos o que podemos fazer em um ano e subestimamos o que podemos fazer em dez”. A questão subentendida nessa frase é: o que realmente é realista dentro desse prazo de um ano? Talvez não seja possível atingir toda a evolução que desejamos. Não será possível ter um negócio de sucesso ou uma forma física excepcional em um ano. Entretanto, em um ano é possível fazer um bom plano de negócio ou começar um esporte e melhorar seu condicionamento de maneira muito significativa. Muito se sonha e se promete da boca para fora. Se você quer levar isso a sério deve se perguntar se algum desses sonhos e promessas realmente fazem sentido para você e começar a agir. Caso contrário, seu “shape”, seu negócio, seu casamento, etc., continuarão a ser tão verdadeiros quanto meus sonhos de viagens pelas estrelas. Posso não ser um Jedi, mas posso sonhar usando o conhecimento do mestre Yoda: “ser um Jedi é encarar a verdade e escolher”. O que é possível? O quanto estou disposto? Do que preciso abrir mão? O que é um sonho meu de verdade? Às vezes os sonhos parecem distantes. Mas continuarão sempre distantes se não começamos – e sustentamos – o que decidimos. Outra boa frase Jedi: “Seu foco determina sua realidade”. Onde estarão seu foco e realidade a partir de 2019?.

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Educação Inovadora

Está na Hora de Rasgar o Diploma Universitário? I

magine a cena: você estuda por 4 ou 5 anos, gasta muita grana com cópias e materiais de estudo e, após se formar, você rasga o seu diploma. Parece uma cena absurda dos filmes do Tarantino, certo? Até poderia, mas, atualmente, é uma realidade. A única diferença é que não é você quem está rasgando o seu diploma, mas, sim, são as grandes corporações, tais como Google, Apple e IBM.

De acordo com um levantamento da Glassdoor, plataforma norte-americana de recrutamento, ter um diploma já não é mais pré-requisito para ser contratado por grandes empresas tecnológicas. Para elas, o que de fato importa é se o candidato possui experiência, competência e habilidade suficientes para atuar no cargo. E é nessa perspectiva que a IBM, gigantesca no setor de tecnologia, apresenta o atual quadro de funcionários: 15% dos colaboradores da empresa não possuem certificação de ensino superior. De acordo com a empresa, o que se busca, hoje, é um profissional que seja autodidata e tenha iniciativa para resolver situações – problema. E esse cenário é ainda mais intenso no setor de tecnologia. Em um contexto no qual centenas de milhares de vagas são encerradas sem contratação, justamente pela falta de experiência, o mercado de contratação precisa adaptar-se aos novos perfis. Afinal, com o crescimento dos cursos de capacitação de curta duração, a baixo custo e de fácil acesso, como os da Udacity, por exemplo, ser especialista em uma área técnica, ainda que sem uma certificação de ensino superior, certamente é uma possibilidade para muitas pessoas.

Mas, é claro que você não vai sair “rasgando” o diploma! Afinal, ter uma certificação de ensino superior ainda é, principalmente, no Brasil, um diferencial na maioria das carreiras. De acordo com uma pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2017, um trabalhador brasileiro ganhava, em média, 140% a mais do que um profissional que parou no Ensino Médio. Nesse sentido, o diploma ainda é um dos pré-requisitos para aumentar a faixa salarial. Porém, apesar desse dado demonstrar a importância do diploma, é certo que esse contexto ainda não é igualitário: enquanto 35% da população do Distrito Federal entre 25 e 37 anos têm ensino superior, por exemplo, no Maranhão, a taxa cai para 7%, de acordo com a mesma pesquisa. Por essa razão, possibilitar que aqueles que não possuem o diploma de ensino superior sejam também contratados, é uma forma de encurtar as distâncias sociais do país, por meio da geração de empregos.

Cris Miura CEO & Founder da Pontue - Redação Inteligente. Líder do Grupo de Educadores do Google Ribeirão Preto (GEG - RP). Especialista em Linguística pela Unesp - Araraquara e em Tecnologia aplicada à Educação pela PUC - RS.

@crismiura

Então, pode continuar imaginando a sua formatura, a entrega do famoso “canudo”, enfim, não há problema algum em obter um diploma de ensino superior. Porém, caso este não seja o seu sonho – por não querer ou por não poder – saiba que as grandes empresas estão criando novos caminhos para que se possa ser um grande profissional, ainda que sem um certificado de graduação. Afinal, talvez não seja um papel que precisamos rasgar, mas, sim, nossos pré-conceitos com relação aos novos e competentes profissionais do século XXI.

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Muito Além do Provador

Queima de Estoque em Tempos de Vendas Aquecidas Mariela Passalacqua

Graduada em Administração com ênfase em Marketing pela ESPM, trabalhou cinco anos na área de Marketing do Itaú Unibanco. Possui uma loja de roupas multimarcas no Iguatemi Ribeirão Preto há cinco anos.

@namarimultbrand

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mpossível falar de varejo no mês de novembro sem falar de Black Friday, bem como as grandes liquidações que acontecem no mês de janeiro. Esses assuntos que dominam quase todas as rodas de conversa e, muitas vezes, tira o sono, tanto de vendedores quanto de lojistas, por serem meses de vendas aquecidas. Eu, particularmente, ADORO, especialmente a Black Friday. Gosto da movimentação, de receber clientes novas, da bagunça, de trabalhar trinta e seis horas em apenas três dias. Acho um evento super válido para dar um bom giro no estoque e renovar a loja para as compras de dezembro.

que isso tenha impacto negativo no caixa da loja. De um modo geral, clientes fidelizados dificilmente irão à sua loja para a Black Friday, ou em qualquer outro período de liquidação. Estes gostam de novidade, exclusividade e preferem uma venda trabalhada, com um vendedor focado especialmente em atendê-lo. Nestes casos, faça um check list com a equipe focada nos seus clientes fiéis, observe se alguma peça favorita de algum cliente estará com desconto, assim é possível oferecê-la de maneira especial, até um dia antes da liquidação.

O pulo do gato em datas de queima de estoque como estas, é ter disposição para montar a loja apenas para a ação, e depois, ainda montar uma loja quase nova para o restante do ano. Haja trabalho, mas acredite em mim, depois que organizei e coloquei em prática essa logística, meus lucros melhoraram.

Não perca o foco dos clientes novos, aqueles que estão apenas passando ou até buscando ofertas na concorrência. Para isso, uma vitrine atrativa fará toda a diferença, tanto na loja física quanto nas redes sociais. Em épocas de liquidações, o cliente é bombardeado com ofertas por todos os lados, então se você não inovar na comunicação, vai acabar passando batido.

Loja arrumada e produtos separados, agora é hora de definir os descontos.

Em anos de vacas magras, todo desconto é bem-vindo.

O que eu mais escuto dos clientes é que nos Estados Unidos (país que deu origem à data Black Friday) os descontos são incríveis e no Brasil a ação é muito morna. Eu sempre sou muito sincera, e afirmo que não se pode comparar os dois países, pois os custos de operação no Brasil são infinitamente mais caros, o que inviabiliza para os lojistas praticarem descontos mais agressivos, sem

Se está em busca de descontos, treine seu olho para garantir as melhores ofertas, opte sempre por produtos que você irá utilizar a longo prazo e não compre nada só por estar barato. Selecione as suas lojas de interesse antes de sair de casa feito um maluco, programe o roteiro e faça dessas datas uma experiência gostosa e não apenas um dia cheio de caos e filas.

Aproveite as promoções e boas compras!

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Programação de Feiras e Eventos

Invista em Conhecimento e no Network

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conhecimento é a chave do sucesso. E falta de tempo e de dinheiro não são mais desculpa para ficar desatualizado. Como sempre diz o filósofo Mario Sergio Cortella em suas palestras e em entrevistas: “tempo é questão de prioridade”. Cada vez mais instituições, empresas e órgãos de vários segmentos têm disponibilizado cursos gratuitos na internet para as mais variadas áreas, que podem ser feitos a qualquer hora do dia (ou da noite). Basta um pouco de organização, disciplina e boa vontade para incrementar o currículo e se destacar no mercado. Além disso, muitos desses cursos oferecem certificados de participação, o que é muito útil para universitários que precisam de atividades extracurriculares. Vale lembrar que eventos, cursos e palestras presenciais também são essencial para ampliar seu network e apresentar os seus serviços e o seu portfólio. A Revista Abeeon Empreende listou vários eventos interessantes para empreendedores, que acontecerão em Ribeirão Preto (SP), e uma série de cursos on-line gratuitos e pagos. Saia da sua zona de conforto!

Eventos Presenciais 22º Encontro de Empresários Data: 12 de dezembro Local: Espaço Santa Felicidade, Ribeirão Preto (SP) O Clube + Business é um Clube de Empresários que se reúnem todas as quartas-feiras para fazer networking. Os participantes podem levar materiais de trabalho como folder de apresentação dos seus serviços e produtos e cartão de visita para trocar com os outros membros. A participação é gratuita, basta levar um quilo de alimento não perecível. Saiba mais: bit.ly/ encontro-empresarios

Atualização é a palavra de ordem

Curso Planejamento e Controle Financeiro na Empresa Data: 12 de dezembro Local: Sescon Regional, Ribeirão Preto (SP) O curso visa proporcionar aos participantes conhecimentos para gerenciamento e controle financeiro, evitando surpresas e falhas de caixa no dia a dia. É indicado para administradores, contadores, gerentes, empresários, encarregados e estudantes de Ciências Contábeis e Administração de Empresas. Marcos Roberto Rodrigues será o palestrante. Ele é pósgraduado em Administração Financeira, Auditoria e Recursos Humanos e tem graduação em Ciências Contábeis e História, além de ministrar diversas disciplinas relacionadas às áreas trabalhista e contábil. Saiba mais: bit.ly/curso-sescon-rp

Treinamento Instagram para Negócios Data: 15 de dezembro Local: Espaço Integrado Lazuli, Ribeirão Preto (SP) O treinamento tem três módulos (explorando o Instagram, boas fotos

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com o celular e arte gráfica para iniciantes) com linguagem simples e prática, favorecendo o aprendizado rápido para gerenciar seus negócios. É indicado para microempreendedor individual, microempresa, pequena empresa, autônomos e estudantes de comunicação. Exigência mínima: ensino médio completo, smartphone com acesso à internet e conta ativa no Instagram. O evento será ministrado pela publicitária Luciana Stabile, pelo fotógrafo Hugo Battaglion e pelo designer gráfico José Zambelo. Saiba mais: bit.ly/cursoinstagram-neg

Retiro Arquitetamente Data: 19 e 20 de janeiro de 2019 Local: Espaço Malibu, Bonfim Paulista (SP) O Arquitetamente é um retiro de dois dias, onde serão abordados temas relacionados ao autoconhecimento, vida pessoal (saúde emocional, saúde espiritual e propósito) e vida profissional (carreira e planejamento estratégico). É indicado para quem deseja iniciar o ano com planejamento e metas claras para todas as áreas da vida, compreender e eliminar os bloqueios e alinhar seu propósito de vida. Saiba mais: bit.ly/arquitetamente


Programação de Feiras e Eventos

Cursos On-line Curso de Produção de Conteúdo para Web

Curso Como Liderar e Trabalhar em Equipe

Data: durante todo o ano

Data: durante todo o ano

Produzir conteúdo escrito para a web exige certos tipos de habilidades que muito se diferem de outros formatos de conteúdo off-line. São conhecimentos específicos de escaneabilidade, copywriting, pesquisa de palavras-chave e muito mais. Neste curso da Universidade Rock Content é possível entender cada um desses detalhes e se tornar um especialista nesta área que cresce cada vez mais. O curso é gratuito, tem duração de duas horas e 35 minutos e oferece certificado no final.

Segundo especialistas, o sucesso da empresa depende muito da capacidade de se trabalhar em equipe. Mas, o que é preciso para criar uma equipe de alto desempenho? Com base em anos de pesquisa trabalhando com equipes de diferentes setores, a professora Amy Edmondson, da Harvard Business School, revela como o alto desempenho surge quando as equipes são encorajadas a assumir riscos, fracassar e aprender com os erros. Neste curso oferecido pelo LinkedIn, Amy descreve o que os líderes podem fazer para criar o ambiente correto para desenvolver o trabalho em equipe e explica as responsabilidades de cada membro da equipe.

Saiba mais: bit.ly/cursoconteudo-web

Faça um Curso Novo!

Saiba mais: bit.ly/curso-trab-equipe

Curso Empreendedorismo e Inovação Data: durante todo o ano Se pensarmos no empreendedorismo como a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática, veremos que ele sempre esteve presente na trajetória humana. Contudo, para alguns especialistas no assunto, o século XXI vem sendo considerado como a “Era do Empreendedor”. Neste curso da Fundação Bradesco são apresentados conceitos importantes sobre a postura empreendedora, os processos de inovação e identificação de oportunidades, além das principais características de um plano de negócio. Saiba mais: bit.ly/cursoempreend-inov

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Bon Vivant

Empreendedores em Festa Por Maria Claudia

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estiloso Open Mall do Shopping Iguatemi de Ribeirão Preto (SP) foi palco de uma noite memorável no último dia 30/10: O Lançamento da Revista Empreende e do Aplicativo Abeeon. Tive a honra de participar do evento que também contou com a presença de anunciantes, empreendedores e de figuras importantes da cidade como Isabela Pessoti, da Secretaria da Cultura; Dalton Marques e Luciana Paiva, do Supera Parque Tecnológico, e Sandra Brandani Picinato, vice-presidente da Acirp. Todos prestigiaram com entusiasmo o evento e os novos lançamentos que prometem movimentar o mercado profissional. A revista Empreende destaca a trajetória de sucesso de pessoas que buscam no empreendedorismo uma maneira de fomentar suas carreiras e reinventar o futuro do trabalho. Dessa forma, a revista torna-se uma importante fonte de inspiração para outros profissionais que também desejam empreender. Já o aplicativo Abeeon chegou para ser a primeira rede social de negócios do país que conecta profissionais a clientes. Uma

importante ferramenta para quem quer ter seu trabalho visto e reconhecido, e também para quem quer encontrar e contratar prestadores de serviços das mais variadas áreas. O aplicativo possui um alto valor agregado por gerar networking e oportunidades de negócios através da conexão de profissionais. Déborah Dorascienzi e Thiago Luzzi enxergaram no mercado profissional e no aumento significativo de pessoas que trabalham por conta própria, a oportunidade de ajudar esses profissionais a encontrarem clientes que estão ávidos por seus serviços. Essa iniciativa evidencia ainda mais o perfil empreendedor do casal que identificou uma necessidade e rapidamente criou soluções inovadoras para atendê-la. Vê-los recebendo tantos elogios me fez ter certeza de que o caminho para o sucesso já começou a ser trilhado. Para quem quiser acompanhar a cobertura completa do evento, basta acessar o link do Programa Bom Vivant, onde eu e Zezé Barros mostramos tudo o que rolou nesse importante dia. http://bit.ly/eventoempreende

ACESSE

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Com o celular, acesse: leitor.abeeon.com

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Fabio Guedes e Bruna Zanuto

Deborah Dorascienzi e Thiago Luzzi

Eduarda Guazzelli, Luiz Rodrigo dos Anjos e Rosane Zamara

Eva Haig Adourian Colombo Arnold

Amanda SalomĂŁo e Arthur Coimbra de Carvalho PaixĂŁo

Carlos Eduardo Ostanel e Camila Casula

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JoĂŁo Carlos Quaquio Jr e Anelise Sanches

Isabela Pessoti - Secretaria da Cultura

Karol Barbosa e Eduardo Trindade

Andrea Esteves Palucci e Marcus Vinicius Palucci Calsani

Bianca Ferreira Lemos da Silveira, Pedro Lemos da Silveira e Allan Carvalho da Silveira

JoĂŁo Carlos Borda

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Márcio Rogério Querobim, Alessandro Trindade Almeida e Luiz Rodrigo

Andréa Staciarini

Mirela Moura e Viviane de Carvalho Marcelo Corrêa e Paula Corrêa

Lívia Maria da Silva de Toledo e Cristiane Matos Miura

Andressa Pimentel Fracalozzi

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Roger Watanabe e Nathalia Ferrari Watanabe

Regiane de Albuquerque Pacagnella e Daniel Henrique Godoy Campos

Rony Neves e Thiago Vinhático

Luciana Paiva – Supera Parque Tecnológico

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Luiz Brandani e Sandra Brandani

Márcio Querubin

Ana Navarro e Daniel Navarro


Anésio Antunes França e Alaine Cristina de Souza França

Tiago Sicchieri, Giovanna Zunfrile Sicchieri e Filha

Cristina Joho, Helena Eiko Joho Sato e Thais Meguime Sato

Tanielson Campos, Francine Campos e filhos

William dos Santos Teixeira e Fabiane Real Narciso

Ibraim Mussi Leão e Sandra Rita Molina

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#Deadline

Notas Sociais Foto: divulgação

por Juliana Rangel

Sem Carne

Trajetória de Sucesso

De olho no público vegetariano, o McDonald’s inova o cardápio da plataforma Signature, sua linha premium, com a chegada dos novos sanduíches McVeggie e Duplo Veggie, A novidade estará disponível em todos os mais de 930 restaurantes do McDonald’s no Brasil.

Uma hora só de palestra não basta para falar de toda a história de sucesso da Rodonaves. A empresária Vera Naves, também vice-presidente do grupo, aceitou o convite Vera Naves e abriu a Semana de Inovação e Gestão do Centro Universitário Barão de Mauá. Ela, que também é um exemplo de empreendedora, contou um pouco sobre a sua vida profissional, que começou como doméstica, passando por balconista de açougue e como atendente de casa de massas.

Ingredientes

As novas e deliciosas combinações são compostas por ingredientes tipicamente brasileiros, entre eles o principal: queijo coalho empanado, acompanhado de um saboroso molho de pimenta biquinho, da queridinha cebola caramelizada, alface crespa, tomate, cenoura ralada e maionese no pão tipo brioche.

Parte Social Vera Naves tem todo um cuidado na social. Ao lado do marido João Naves, projetos, entre eles o Semear, destinado de vida das pessoas e que apoia ações

Foto: divulgação

Além dos investimentos, empresa, que é o lado ela desenvolve diversos à melhoria na qualidade sociais.

Expansão no Interior O Savegnago Supermercados irá inaugurar mais 10 lojas dentro dos próximos dois anos, em sete cidades do Estado de São Paulo. Os investimentos chegam na casa dos R$ 300 milhões e a previsão é que em 2020, a empresa tenha 51 unidades e mais de 10 mil colaboradores.

Cidades Escolhidas

Chalim Savegnago

As cidades que receberão as novas lojas são: Araraquara, Ribeirão Preto, Franca, Rio Claro, Limeira, Piracicaba e Campinas, onde a rede irá estrear sua atuação. “Nosso objetivo é que a rede esteja entre as 10 maiores do Brasil”, declara o presidente executivo Chalim Savegnago.

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Data Confirmada A 4ª edição da Semana Internacional do Autismo será realizada entre os dias 1 a 7 de abril no Shopping Iguatemi Ribeirão Preto. Com o tema “Inclusão 360º”, a edição de 2019 do TEAbraço irá abranger todos os tipos de inclusão: social, educacional, familiar e profissional, da infância até a vida adulta. O evento contará com sete dias de uma extensa programação, incluindo palestras, atrações culturais, oficinas, sessões de cinema, espaço de integração, exposições e Workshop Internacional.


#Deadline

Agora Loja Física Ribeirão Preto acaba de ganhar a segunda loja física da Natura, multinacional brasileira de cosméticos. A marca já tem uma unidade própria no RibeirãoShopping e, agora, conta com uma nova, em formato de franquia, na região central. O modelo foi lançado no ano passado e já tem mais de 100 unidades no Brasil.

Ampliação

O novo modelo de negócios, complementar à venda direta, busca estimular o empreendedorismo da rede de mais de 1,1 milhão de consultoras da empresa no Brasil, ao ampliar o leque de oportunidades de crescimento na atividade.

Inauguração O grupo JOPS acaba de inaugurar a segunda unidade do Cabaña Restaurante Argentino. O local escolhido foi o RibeirãoShopping, numa área de aproximadamente 500 m² e capacidade para 210 pessoas. A marca detém hoje duas unidades Yakin (culinária japonesa), duas unidades Cabaña (culinária argentina), Picanha Fatiada (culinária brasileira com carnes nobres), Na Onda do Peixe (frutos do mar), Espaço de Eventos Indaiá Fiusa (eventos corporativos e festas de casamentos e aniversários) e a Cervejaria JOPS.

O IEMI - Inteligência de Mercado acaba de lançar o seu estudo atualizado sobre os Canais do Varejo de Vestuário. A análise abrange os últimos cinco anos (de 2013 a 2017) e estimativas para 2018, com dados relevantes para a tomada de decisão da indústria e do varejo. Segundo o IEMI, o varejo brasileiro de vestuário movimentou 6,2 bilhões de peças e R$ 220 bilhões em 2017, com crescimento de 8% em volumes e 9% em valores, em relação a 2016. A estimativa para 2018 é a movimentação de 6,3 bilhões de peças e R$ 226 bilhões em valores, um crescimento de, respectivamente, 1,5% e 2,7% sobre 2017.

Cai o Número

Os pedidos de falência recuaram 14,8% no acumulado do ano janeiro a outubro de 2018 comparado ao mesmo período de 2017 -, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Mantida a base de comparação, as falências decretadas registraram alta de 12,5% e os pedidos de recuperação judicial subiram 6,3%. As recuperações judiciais deferidas apontaram queda de 0,4%.

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Retomada do Varejo

Sebastião Pereira,

Diretor de Marketing do Grupo JOPS

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#DeadLine

Rota Cervejeira Rafa Moschetta e João Becker chegaram a Ribeirão Preto (SP) como funcionários da Colorado e, hoje, possuem sua própria cervejaria e respondem pelo IPA Day Brasil, festival que reuniu 1.900 pessoas, sendo 70% de outras cidades. Dedicado às cervejas do estilo India Pale Ale do mundo, o evento ocorre em Ribeirão Preto desde 2012 e ajuda a transformar a cidade em

Fernanda Galhardo e Igor Lorençato Rodrigues

Paulo A. M. Lucrecio e Gianpaolo Barci

Fotos: Divulgação

um destino de turismo cervejeiro.

Tatiana Porto e Gustavo Nalon

Setor Aquecido O mercado náutico demonstra sinais de reaquecimento após o encerramento da 21ª edição do São Paulo Boat Show, o maior salão náutico indoor da América Latina, que movimentou cerca de R$ 155 milhões em vendas de barcos na capital paulista. Ao todo, o evento contabilizou a venda de aproximadamente 250 embarcações, segundo a organização.

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João Becker, Rafa Moschetta e Carlos Braghin




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