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Como anda sua Saúde Mental?

Apandemia nos trouxe inúmeros aprendizados. Em geral, são nos momentos mais difícieis da nossa existência e da humanidade que conseguimos enxergar o que até então vivia nas sombras de nós mesmo.

Pudemos ver, com uma lupa e um murro no estômago, o que já sabíamos: as diferenças sociais do nosso país são gritantes. Berram em baixo das pontes, em frente aos mercados, em barracas mal montadas, nos sinais, nas ruas....

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Por outro lado, enxergamos o lado bom do ser-humano, que ainda consegue se compadecer com a dor do outro.

Várias pessoas se uniram para arrecadar e distribuir alimentos, roupas, abraços, palavras de acalanto...

Aos poucos, fomos abandonando as máscaras, a falta de ar, os medos do toque, de perdermos nossos entes queridos, de morrer de um dia para outro...

Mas, ficou uma lição extremamente importante: precisamos cuidar da nossa saúde mental.

Os números de depressão, de ansiedade e de várias outras síndromes e transtornos explodiram, em todo o mundo.

Cuidar da nossa mente não é luxo ou frecura: é uma necessidade.

As doenças que atingem nossa alma dão sinais, muitas vezes sutis, mas que precisam ser ouvidos.

A famosa frase : “Conhece-te a ti mesmo”, escrita na porta de entrada do Templo de Delfos, na Grécia Antiga, nunca se fez tão atual.

Mas, como fazer esse percurso interno, solitário, tantas vezes doloroso?

Retirando “literalmente” nossas máscaras, reconhecendo as personas necessárias que criamos para sobreviver na sociedade, conhecendo nossas melhores qualidades e nossos piores defeitos.

A psicologia e a psicanálise nos ajudam e percorrer essa trajetória. Costumo dizer que fazer análise ou terapia é para os fortes, para os que tem coragem de mergulhar em si mesmo, coragem para ver as próprias feridas, sentir a dor sem anestesia, cuidar delas e se curar. Conhece-te a ti mesmo e ganharás o teu mundo. Para os que estão iniciando nesse processo, diria que um dos primeiros passos para autoconhecimento é fazer uma pequena lista do que você realmen-

“Aos poucos, fomos aban- te gosta de fazer. Separe o que você faz para seu donando as máscaras, a falta companheiro ou companheira, fide ar, os medos do toque, lhos, irmãos, familiares ou amigos. de perdermos nossos entes A pergunta é: o quê você gosta de fazer? queridos, de morrer de um Respondida essa pergunta, tente dia para outro...” se priorizar mais, faça as coisas que realmente lhe dão prazer. Se você ainda não sabe, se redescubra: Quem sabe iniciar um curso de pintura, de massagem, se matricular em uma aula de dança, aprender a tocar um instrumento, uma nova língua.... as possibilidades são inúmeras. Só não perca a esperança em você e na vida. Cada dia é um recomeço. Aprender a renascer, mesmo com as feridas da alma, não é fácil, mas é possível. E às vezes, esse renascimento vem de uma maneira inesperada, afinal, quem pode prever as surpresas da vida? * Renata Dourado é formada em Jornalismo pelo Uniceub e trabalha na TV Bandeirantes há mais de 13 anos. Atualmente, apresenta o Band Cidade Segunda Edição, jornal local, que vai ao ar, ao vivo, de Segunda à Sexta, às 18h50. Também apresenta o Band Entrevista, que vai ao ar, aos sábados, às 18h50. Formada em Psicanálise e Mestranda Especial da UNB em psicologia clínica.

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