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Uma nova geração da política

Após fazer história como o senador mais jovem da história do Brasil, Irajá Silvestre foi eleito este o melhor parlamentar de Tocantins no Congresso

Apopulação de Tocantins elegeu Irajá Silvestre como o senador mais jovem da história do Brasil em 2018. Antes disso, exerceu por dois mandatos na Câmara dos Deputados, onde exerceu o posto de presidente da Comissão de Agricultura. Este ano, ele disputou, sem sucesso, o cargo de governador do estado, mesmo assim, encerra a atual legislatura como o melhor parlamentar do Tocantins no Congresso Nacional, de acordo com o Ranking dos Políticos, uma iniciativa da sociedade civil que avalia senadores e deputados federais em exercício. Ele segue os passos da mãe, a também da ex-presidente da CNA e ex-ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu, que conclui seu mandato no fim deste ano. Suas prioridades no Legislativo sempre foram a juventude e a melhoria dos serviços de Saúde. Defensor do municipalismo, considera que esse é o caminho para alavancar a qualidade de vida dos brasileiros nas cidades, assegurando a modernização da economia e estimulando a produção de alimentos.

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O senhor concorreu ao governo do Tocantins, porém só anunciou sua pré-candidatura a poucos dias da campanha. Esse pode ter sido esse um dos fatores para não ter tido êxito?

Nossa trajetória foi muito bonita. Fizemos uma campanha limpa, respeitando a Legislação Eleitoral e apresentando propostas para o Tocantins retomar o caminho do crescimento.

Nosso estado merece um governo novo, decente e preocupado com as pessoas em primeiro lugar, por isso, aceitei esse desafio, por querer o melhor para a nossa gente e por acreditar que é possível construir uma nova história.

O Tocantins é um dos Estados onde muitos Governadores foram cassados, a que o senhor atribui esse ‘fenômeno’?

À falta de respeito aos tocantinenses e do cumprimento da legislação. O governador de Tocantins, que assumiu o governo esse ano, ganhou as eleições. Acredita que ele termina o mandato?

Espero que o candidato eleito preste contas à Justiça Eleitoral das investigações das quais é alvo por abuso de poder político e econômico. Espero também que demonstre respeito pelos tocantinenses, pois esta é a postura que se espera de um governador.

Na qualidade de agente político e de cidadão, me manterei vigilante às ações da gestão estadual, liderando uma oposição propositiva e responsável, servindo aos interesses do povo do Tocantins.

Na campanha o senhor o acusou de contratar pessoas sem amparo na legislação, inclusive acionou a Justiça, acredita que isso possa ser um fato impeditivo de não terminar o mandato?

Torço e trabalharei muito para que o nosso Tocantins dê certo e farei tudo o que for possível para isso acontecer! Os tocantinenses merecem um governo trabalhador com começo, meio e fim, que não envergonhe nossa população, como tem acontecido nos últimos 16 anos. Sobre as investigações em curso, caberá à Justiça Eleitoral dar a palavra final aos fatos apurados.

O seu partido e o senhor, particularmente, apoiam o presidente Lula. O senhor até faz parte da transição. Qual sua avaliação? Haverá governabilidade suficiente para manter os projetos e propostas anunciados na campanha, haja vista o Congresso elegeu muitos parlamentares da extrema direita?

O presidente Lula já disse que não pode errar e nós vamos apoiar as boas ações do novo governo para ajudar o Brasil a superar esse momento difícil na economia e voltar a gerar empregos. Assim, nosso País voltará a ser respeitado pela comunidade internacional.

Nessa semana o senhor levou ao presidente eleito Lula um projeto de sua autoria, que dá incentivos as empresas que abrirem espaço para jovens no primeiro emprego. Isso ajudará a reduzir o percentual dos jovens que nem estudam, nem trabalham?

Infelizmente, o Brasil tem atualmente mais de 17 milhões de jovens que não trabalham nem estudam.

Levei ao presidente eleito minha preocupação com o desemprego entre os jovens e ressaltei que já temos aprovado no Senado um projeto de minha autoria que cria a Nova Lei do 1 Emprego (PL 5.228/2019).

Esse projeto, batizado de Lei Bruno Covas, em homenagem ao ex-prefeito de São Paulo, cria incentivos para empresas que abrirem as portas do mercado de trabalho para jovens sem experiência profissional.

Mas precisamos não apenas de empregos. Precisamos retomar os programas de ensino técnico e profissionalizante, fazer parcerias com empresas de tecnologia para levar oficinas para comunidades carentes, oferecer bolsas de estudo em universidades, criar eventos culturais, enfim, precisamos colocar a juventude no centro das políticas públicas do novo governo.

Algum projeto na sua vida parlamentar (Câmara e Senado) que lhe enche os olhos e o faz acreditar na vida pública?

Eu sempre acredito e acreditarei na vida pública como instrumento de transformação. O que me enche os olhos é poder ajudar os tocantinenses levando obras e serviços para melhorar a vida nas cidades.

Aceitaria um cargo no primeiro escalão do Governo Lula?

O meu objetivo é cumprir o mandato e honrar os tocantinenses com muito trabalho no Senado Federal.

Quais projetos futuros? Cargos eletivos? Qual esfera?

Quero ajudar o novo governo no Senado na aprovação de projetos para destravar nossa economia, fazer o Tocantins e o Brasil voltarem a crescer e a gerar empregos.

Pretende ser candidato ao Governo do TO em 2026?

Minha prioridade neste momento é seguir ajudando o Tocantins em Brasília. Falar em eleição neste momento não faz sentido. A população quer resultados. Quer ser atendida nos postos de saúde. Quer ter trabalho para viver dignamente. Quer escola e creches funcionando. Quer mais segurança. A eleição ficou para trás e agora precisamos trabalhar muito para ajudar o Brasil. E tenho esperança de que vamos virar essa página e voltaremos a ter dias melhores para todos.

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