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DFSTAR: a Missão do Pioneirismo e Excelência no atendimento
Allisson Barcelos Borges, diretor médico do Hospital DFSTAR, partilha sua visão de como manter o hospital numa posição de excelência e protagonismo.
Há 4 anos era inaugurado em Brasília o DFSTAR, o hospital de primeira linha da Rede D’Or em Brasília. Desde então, a instituição vem se consolidando como local de medicina de excelência, destacando-se pelo pioneirismo em diversos tipos de tratamentos e procedimentos no Distrito Federal. O sucesso foi tamanho que já existe uma proposta aprovada de expansão da estrutura, que deve ampliar significativamente o potencial de aten- dimento. À frente da diretoria médica desde 2020, o Dr. Allisson Barcelos Borges , médico radioterapeuta pela Universidade de São Paulo e Hospital de Amor de Barretos, é uma figura chave na coesão e na articulação da equipe técnica multidisciplinar e tem grande responsabilidade na posição de destaque que o hospital vem assumindo na cidade. Foi o convidado de Luciana Campos para a entrevista do mês.
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“Quando cheguei, o hospital estava em obras e acabei me envolvendo muito com esse fantástico projeto, sendo estimulado pelo Dr. Rodrigo Lima, diretor do DF STAR na época, e pelo Dr. Guilherme Villa, que era diretor executivo da Rede na regional DF. Quando o Dr. Rodrigo saiu da direção, o Dr. Pedro Loretti assumiu a direção do hospital e me convidou para o cargo de gerente médico do hospital. Nesse tempo construímos um hospital forte assistencialmente e fomos buscando o reconhecimento de Brasília como um hospital de ponta. Em dezembro de 2020”

LC: Allisson, como foi sua trajetória até se tornar diretor médico do Hospital DFStar?
ABB: Eu nasci em Itumbiara, interior de Goiás, e de lá fui fazer minha faculdade de medicina em Uberaba-MG, na Universidade de Uberaba. Através de um grande amigo e colega de turma, o Dr. Guilherme Carrara, conheci o mundo da Oncologia. Entrei na residência de Radioterapia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo. Quando terminei a minha residência, trabalhei em Goiânia-GO por dois anos e após, me mudei para Barretos, trabalhando no hospital de Amor por 4 anos e meio. Recebi um convite do Prof. Paulo Hoff e da Dra. Karina Moutinho para vir para a Rede D’Or para montar o serviço de Radioterapia do Hospital DF STAR. Fui o primeiro médico contratado do hospital, chegando em Brasília em 02/01/2019. Quando cheguei, o hospital estava em obras e acabei me envolvendo muito com esse fantástico projeto, sendo estimulado pelo Dr. Rodrigo Lima, diretor do DF STAR na época, e pelo Dr. Guilherme Villa, que era diretor executivo da Rede na regional DF. Quando o Dr. Rodrigo saiu da direção, o Dr. Pedro Loretti assumiu a direção do hospital e me convidou para o cargo de gerente médico do hospital. Nesse tempo construímos um hospital forte assistencialmente e fomos buscando o reconhecimento de Brasília como um hospital de ponta. Em dezembro de 2020, Dr. Pedro foi convidado a assumir a direção do Hospital Vila Nova Star em São Paulo, e então fui promovido a diretor. Mas, sem dúvidas, o apoio incondicional da minha família, especialmente da minha esposa Patrícia, os ensinamentos de serenidade dos meus pais Paulo Serrano e Cida e as mãos de Deus foram e são fundamentais. Isso porque saí da minha cidade natal com 15 anos para estudar, nunca mais voltei, casei-me em 2012 e, por duas vezes, mudamos de cidade. Especialmente, a mudança de Barretos para Brasília foi uma decisão muito difícil, pois adorávamos a cidade e o trabalho, nossos dois filhos, Maria Júlia e Mateus, estavam adaptados e tanto Patrícia como eu estávamos numa crescente profissional. Agora, olhando para trás, vemos que foi uma decisão acertada, por tudo que construímos em Brasília.
LC: Qual é a sua missão nesse cargo?
ABB: A minha missão dada pela companhia é consolidar o DFSTAR como referência em saúde no cenário nacional, através de uma alta qualidade técnica e alta qualidade percebida.
LC: Quais são seus principais desafios à frente do DFSTAR?
ABB: Acho que não só do DFSTAR, mas o principal desafio hoje no mercado de saúde é saber equacionar recursos, mantendo o foco na qualidade assistencial e na jornada do paciente, bem como no desenvolvimento de lideranças capazes de replicar nosso modelo.
LC: Além da competência técnica, que habilidades comportamentais, ou soft skills, você considera mais importantes para o exercício de cargos de liderança como o seu?
ABB: Creio que a habilidade no relacionamento entre pessoas, a disponibilidade e a montagem de um time forte são essenciais para qualquer liderança. Cerca de 90% do nosso tempo a gente passa interagindo, seja com pacientes, colaboradores e médicos. Então saber se posicionar, cobrar os resultados e ao mesmo tempo ser compreensivo nas mediações é fundamental. E a disponibilidade também é essencial para que a entrega ocorra, especialmente em saúde. Os nossos pacientes, colaboradores e corpo clínico precisam que estejamos atentos 24/7, pois soluções para determinados problemas, em um hospital, muitas vezes não respeitam o horário comercial. O time é o que suporta e entrega os resultados, e saber motivá-lo é chave para a unidade atingir o seu objetivo. Nesse momento, dar o exemplo e ser um líder - não um chefe - faz toda a diferença.
LC: Que papel o DFSTAR deseja desempenhar no cenário dos estabelecimentos de saúde do DF? Quais são as perspectivas futuras para o desenvolvimento do hospital?
ABB: O nosso papel é ser um dos principais hospitais do país. Trouxemos e trazemos tecnologias e procedimento inéditos no Brasil e, na nossa região, procedimentos que antes só eram realizados em outros grandes centros como São Paulo. Fizemos, por exemplo, a primeira radioembolização hepática do Centro-Oeste, e a primeira radiocirurgia funcional, utilizando o Gamma Knife Icon, aparelho de alta precisão indicado para radiocirurgias intracranianas. Conseguimos, nesses 4 anos de história, duas acreditações internacionais, sendo uma da Joint Comission – JCI. Então, o nosso papel é de mantermos o pioneirismo no cenário regional e nacional, fazendo com que nossos pacientes não precisem mais da ponte área para ter acesso a procedimentos e equipes de ponta. No futuro de curto prazo, deslumbramos a expansão do hospital e temos um projeto já aprovado na Rede D’Or para dobrar o tamanho do hospital.
LC: Num serviço de saúde de excelência, além da implementação de inovações tecnológicas, é fundamental estimular o desenvolvimento humano, as relações interpessoais dentro da equipe de profissionais e o relacionamento com o usuário final, que é o paciente. Como o DFStar trabalha essa questão?

ABB: O DFSTAR é Rede D’Or e essa é uma grande preocupação da Rede, pois, em resumo, é gente cuidando de gente. Hoje temos uma série de programas corporativos que visam o desenvolvimento de lideranças e a educação continuada dos nossos colaboradores e corpo clínico. Temos, dentro do hospital, uma unidade do IDOR, braço da Rede que apóia, incentiva e desenvolve atividades de ensino e pesquisa no nosso hospital. Acreditamos que não adianta apenas termos os melhores equipamentos e os melhores processos. Se não tivermos a cultura de segurança do paciente pulverizada na ponta, em quem lida diretamente com o paciente, seremos apenas um hospital bonito.
Artes Pl Sticas
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Flávia Mota Herenio @motaflaviafm