BRENDA DE SOUZA SANTOS
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CURSO DE JORNALISMO
POPULAÇÃO DE RUA: uma análise sobre os estereótipos sociais e a visibilidade dos projetos sociais no telejornalismo
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
São2021Paulo
Brenda de Souza Santos
São2021Paulo
POPULAÇÃO DE RUA: uma análise sobre os estereótipos sociais e a visibilidade dos projetos sociais no telejornalismo
Relatório de Fundamentação Teórico Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação do Prof. Me. Antonio Lucio Rodrigues de Assiz.
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO
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Em primeiro lugar, agradeço a Deus que sempre me ajudou a ultrapassar as dificuldades e obstáculos encontrados no caminho e me deu forças para não desanimar e desistir dos meus objetivos.
A minha família e aos meus amigos por todo apoio, ajuda e incentivo, por serem meu alicerce, acreditarem na minha capacidade de superar os desafios e torcerem pelo meu sucesso.Aoscolegas de turma que ao longo da graduação, compartilharam comigo medos, receios, inseguranças, dúvidas, conquistas, descobertas, aprendizados e experiências que me permitiram crescer como pessoa e estudante.
AGRADECIMENTOS
A todos os professores do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, por toda paciência, dedicação, motivação e conhecimentos compartilhados que contribuíram para a realização deste trabalho.
4 SUMÁRIO1.INTRODUÇÃO ..................................................................... 6 2. APRESENTAÇÃO ................................................................ 7 3. REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO ............ 9 4. RESULTADOS ..................................................................... 14 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... 23 6. REFERÊNCIAS .................................................................. 24 7. APÊNDICE: Projeto Experimental .................................... 26 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ............................................ 57 INVESTIMENTO .......................................................................... 58 ANEXOS ......................................................................................... 59
Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP
POPULAÇÃO DE RUA: uma análise sobre os estereótipos sociais e a visibilidade dos projetos sociais no telejornalismo
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PALAVRAS CHAVE: pessoas em situação de rua; projetos sociais; estereótipos sociais, visibilidade; telejornalismo.
Este trabalho tem como objetivo apresentar questões sobre os estereótipos sociais em relação às pessoas em situação de rua, sua representação e retratação no telejornalismo, seja pela narrativa, linguagem, discurso ou forma de abordagem que acabam reforçando estereótipos já enraizados e determinados pela sociedade em relação a esse grupo populacional. Em contrapartida irá abordar se há visibilidade dos projetos sociais que dão oportunidades de inclusão para moradores de rua na sociedade. Para a realização desse projeto foifeitaumaanálisedoepisódio exibidonodia04/09/2017doProgramaProfissão Repórter, apresentado na Rede Globo.
RESUMO
Para isso, foi escolhida a edição de 2017 do programa Profissão Repórter, associada ao tema “pessoas em situação de rua”. Para tal estudo foi analisado, se há um
Partindo da hipótese de que os projetos sociais voltados para as pessoas em situação de rua, possuem mais visibilidade nas mídias digitais dos próprios projetos do que nos telejornais e que a mídia televisiva contribui para uma imagem estereotipada dessas pessoas. Esta pesquisa tem como objetivo abordar como as narrativas jornalísticas, principalmente no jornalismo televisivo, podem reforçar os estereótipos sobre as pessoas em situação de rua e a visibilidade dos projetos sociais direcionados para esse grupo populacional na mídia televisiva.
INTRODUÇÃO
com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a população que vivenasruascresceu140% desde2012 atémarço de2020, chegandoaquase222mil brasileiros em situação de rua. A pesquisa ainda revela que entre essas pessoas sem moradia, estão desempregados e trabalhadores informais como, guardadores de carros e vendedores ambulantes.Neste contexto, torna se importante frisar que com o cenário econômico atual marcado pela pandemia do Covid 19, o número de pessoas em situação de rua pode ter aumentado significativamente, principalmente pela falta de empregos, o que fez com que muitas pessoas ocupassem calçadas, becos, pontes, viadutos, rodovias, praças e marquises da cidade. Além de outras questões como problemas familiares e o uso excessivo de substâncias químicas como o álcool e drogas Distantesilícitas.deproteção, alimentação, saúde, higienização, abrigo, emprego e ainda tendo que enfrentar preconceitos e rótulos impostos pela sociedade como: criminosos, violentos, preguiçosos, alcoólatras, drogados etc. As pessoas em situação de rua contam com a ajuda de projetos e programas sociais de inclusão, que tem como propósito não só levar alimentos e kits dehigiene, mastambémtentarfazer com queapessoaqueestáem umasituação maisvulnerável sinta se parte da sociedade de alguma forma, seja através de uma conversa descontraída ou por ações que fortalecem os direitos de cidadania desse grupo populacional.
A desigualdade, a exclusão, os estereótipos sociais e a falta de políticas públicas para as pessoas em situação de rua, são problemas que há muito tempo vem afetando claramente esse grupo populacional, assim como outros grupos minoritários que são invisíveis por grande parte da sociedade.Deacordo
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padrão de linguagem nas reportagens relacionadas ao tema, quais questões pré determinam os motivos das pessoas irem morar nas ruas e como os projetos sociais direcionados para esse público são abordados no jornalismo televisivo.
Porém, de acordo com o último censo realizado em 2019, pesquisa feita pela empresa Qualitest Ciência e Tecnologia LTDA, apontou que 24.344 pessoas vivem em situação de rua na cidade de São Paulo, sendo que 12. 651 estão localizadas em ruas, praças e outros espaços públicos da cidade e 11. 693 nos Centros de Acolhida.
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O Censo Demográfico brasileiro conta a população a partir de um teto, ou domicílio, portanto a primeira grande exclusão da população de rua é essa: não possuem sequer a condição de “gente” para ser recenseada, pois não contam com um teto para viver. Saber quantos são os brasileiros em situação de rua é o primeiro passo para romper a invisibilidade e avançar no reconhecimento social de “gente”, istoé, pessoas humanas, parte da população (SPOSATI, 2009, p.193).
Com esse projeto foi produzido uma reportagem extensa desmistificando a imagem estereotipada sobre as pessoas que vivem em situação de rua e a importância do papel dos projetos sociais para esse grupo populacional.
Quando o assunto é população de rua, um dos maiores desafios é a inclusão desse grupo populacional na sociedade. Se pararmos para pesquisar no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a quantidade de pessoas que vivem em situação de rua, não encontraremos respostas. Se isto fosse visto e entendido não só como números, mas como uma forma de inclusão compreendendo que se trata de pessoas humanas, teria um reconhecimento maior de que os direitos humanos e sociais são para todos independentemente de gênero, poder aquisitivo, aparência e outros.
Segundo a Política Nacional para População em Situação de Rua (Resolução Nº 40, de 13 de outubro de 2020), o direito humano à moradia deve ser prioritário na elaboração e na implementação das políticas públicas, garantindo o acesso imediato à moradia segura, dispersa no território e integrada à comunidade, juntamente com o acompanhamento de equipe flexível que responda às demandas apresentadas pela pessoa em situação de rua como participante no processo de inclusão.
APRESENTAÇÃO
Essas iniciativas dificilmente são divulgadas e abordadas nas grandes mídias televisivas, considerando que as reportagens abordam assuntos de interesse político e financeiro que gera audiência no momento, esses fatores também leva a mídia a “maquiar”, muitas vezes as histórias e condições de vidas de moradores de rua, passando uma imagem estereotipada que condicionam a população acreditar que todos são um perigo para a sociedade.
Além disso, os números da população de rua aumentam conforme aumenta também a taxa de desemprego (PCPSR, 2019).
Não podemos isentar a responsabilidade do governo em implementar políticas públicas, mas existem muitos projetos sociais coletivos e individuais como: Entrega por SP, SP Invisível, Bela Rua, Anjo da Noite, Projeto Mão Amiga e muitos outros. Esses programas sem fins lucrativos colaboram para ajudar pessoas em situação de rua, entregando refeições, agasalhos, cobertores, distribuição de kits de higiene e muito mais que levar bens materiais, muitos desses projetos levam conversas, carinho e atenção. Muitas dessas ações contribuem para o combate à desigualdade social e a garantia dos direitos humanos como o acesso a serviços públicos, saúde, educação, cultura, moradia e oportunidades de trabalho.
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A partir disso, é importante questionarmos: direitos humanos pra quem? todos nós temos os mesmos direitos? As respostas para essas perguntas ficam bem claras quando nos deparamos com pessoas dormindo no chão de concreto, passando fome, frio e sendo discriminadas nas ruas. Direito à vida, à dignidade, a viver sem medo e sem pré julgamentos por causa de aparência, a forma de se vestir ou a condição de vida não é para todos na prática, mas deveria ser.
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Dessa forma, compreende se que algumas das características da estereotipagem é a exclusão e a desigualdade de grupos minoritários como, por exemplo, a população de rua e refugiados, estabelecendo limites simbólicos entre o aceitável e o inaceitável ou o pertencente e o que não pertence (HALL, 2006).
Excluídos da sociedade, esses grupos precisam lidar com a invisibilidade, o preconceito, a falta de oportunidades e de moradia, além de não terem espaços para falar. Em entrevista ao Portal Ponte, o ex morador de rua e militante de movimentos sociais, Paulo César de Paula diz que, “a população de rua precisa ser ouvida. Se a gente ouvir o que ela quer, resolve o problema dela” (PORTAL PONTE, 2015). Partindo da questão de não ouvir o outro, é que a sociedade impõe rótulos e reafirma os estereótipos sobre determinados grupos sociais e os definem enquanto a sua aparência, classe social e econômica, comportamentos etc. Exemplo disso é a associação e generalização do uso de drogas, bebidas alcoólicas e violência em relação às pessoas em situação de rua ou a ideia de quemoradoresda periferiaoucomunidades sãocriminosos. Oafastamento dosdireitos humanos, das políticas públicas e a mera associação à pobreza também são fatores que fortalecem a ideia de que esses indivíduos são apenas pessoas isoladas da sociedade.
A destituição vista como fenômeno isolado termina por ser banalizada como parte da paisagem: o bêbado, o mendigo, o homem do saco que assustava as crianças e assim por diante. No caso das mulheres, sua presença nas ruas sempre adquiriu o rótulo imediato de prostitutas, todavia muitas mulheres em situação de rua, sós ou com seus filhos, fogem da violência de seus maridos e companheiros. Preferema rua ao sofrimentoemcasa (SPOSATI, 2009, p. 194 195).
Um sistema de tipos sociais e estereótipos aponta tudo o que está, por assim dizer, dentro e fora dos limites de normalidade (ou seja, comportamentos aceitos como normais em qualquer cultura). Tipos são instâncias que indicam aqueles que vivem segundo as regras da sociedade (tipos sociais) eaqueles que as regras são delineadas para excluir (estereótipos). Por essa razão, os estereótipostambémsãomaisrígidosdoqueostipossociais[...](DYER, 1977, p. 29 apud HALL, 2006, p. 191).
Em um primeiro momento é preciso entender o que é estereótipo. Esse conceito pode ser entendido pela forma a qual a sociedade constrói padrões sem nenhum fundamento teórico sobre pessoas ou grupos sociais, criando rótulos, padronização de comportamento e imagens preconceituosas.
REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO
Objetividade, transparência, imparcialidade, neutralidade, simplicidade. Termos como estes têm sido insistentemente adotados em manuais da área e nos círculos profissionais para designar os requisitos da prática jornalística e os princípios para a produção de boas matérias ou reportagens (MENDES, MAIA, 2017, p. 7).
Tendo em vista que os estereótipos também estão presentes nos meios de comunicação como atelevisão, rádio emídiasdigitais. SeráqueoJornalismo cumprecom o seu papel socialdedar vozaquem nãotem?Será queelemostraosdoisladosdahistória e é imparcial nas suas narrativas, enquanto ao grupo populacional de rua, refugiados ou as pessoas que vivem em comunidades carentes?
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A pesquisadora Suzana Rozendo Bertoli, realizou uma pesquisa para sua tese de doutorado defendida na USP com o objetivo de dar voz às pessoas marginalizadas, especificamente mulheres adultas que vivem na rua, e descobrir como elas são retratadas na mídia. Para tal pesquisa, Suzana analisou matérias publicadas nos jornais cariocas Extra e O Globo e concluiu que jornalistas eram parciais em suas narrativas. Alguns exemplos mostram que os periódicos não traziam pluralidade de fontes, ao divulgar somente a versão dos que se queixavam das pessoas nas ruas de seus comércios e casas. Também os associavam à degradação urbana, à violência e ao uso de drogas (JORNAL DA USP, 2018).
A partir da investigação, percebe se como o jornalismo pode reforçar imagens e discursosnarrativosestereotipados, jáenraizadosnasociedadeaolongo deváriosséculos. De acordo com a pesquisadora, "O jornalista precisa ouvir os dois lados da história. O repórter não pode ser parcial e divulgar as ‘vozes oficiais’, ele precisa ter contato com aquela pessoa em situação de vulnerabilidade”
O papel do jornalista é apurar os fatos, dialogar com diferentes públicos da sociedade e informar. Além disso, o jornalismo em seu papel social deve construir narrativas mais próximas à realidade, ter a capacidade de olhar o outro com empatia e dar voz a quem precisa. José Augusto Mendes e Mayara Luma Maia (2017, p. 9) entendem que “a narrativa jornalística é, por excelência e em respeito ao ethos campo profissional, lugar de encontro com o outro”. Mendes e Maia (2017, p. 10) ainda destacam a hipótese do “falar do outro pode emergir como exemplo de construção de empatia: as narrativas jornalísticas que abordam processos de exclusão”.
A pesquisadora Suzana Rozendo Bortoli comenta que para desmistificar estereótipos associados a essas pessoas marginalizadas e excluídas:
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Segundo Andrea Monteiros Frias (2016) “a imagem passada pela grande mídia sobre esta parcela da população marginalizada e excluída é preconceituosa, discriminatória e nos faz crer que o fato da população pobre ser diferente das elites, deve ser tratada de outra maneira”. Frias (2016 p.32) afirma também que “as mídias comunitárias e alternativas noticiam fatos que não aparecem nos grandes veículos de comunicação e, por este motivo, muitas vezes, não chegam ao conhecimento do grande
[...] A mídia hierarquiza os assuntos no sentido de selecionar e determinar aqueles que serão discutidos, pensados e debatidos pela população, gerando pensamento binários, empobrecendo as análises e privando o espectador de ter um discurso mais aprofundado em relação aos acontecimentos do cotidiano. Além disso, atua no sentido de homogeneizar o pensamento e o modo de vida da população (FRIAS,2016, p. 31).
“O jornalista também tem que ouvir as entidades que apoiam esse público, como as instituições públicas, religiosas e as ONGs. Deve divulgar serviços de atendimento a essa população, serviços que podem melhorar a qualidade de vida, e fazer denúncias quando encontraram algo errado” (JORNAL DA USP, 2018).
“Muitas vezes, o público dos projetos sociais é visto como sendo de risco ao invés de serem abordados em termos do seu potencial” (FRIAS, 2016, p. 19).
Ainda partindo dos fatores de invisibilidade nos telejornais, pode se destacar os serviços sociais que contribuem e servem como mediadores para garantia dos direitos não reconhecidos e não acessados muitas vezes por esses sujeitos marginalizados e excluídos dos processos de participação social (ABREU, SALVADORI, 2015). Com o objetivo de combater a desigualdade social e diminuir os impactos negativos causados pela má distribuição de rendacomo afome, quetambém éum reflexoda desigualdade, osprojetos sociais têm como missão dar assistência e incluir na sociedade os grupos populacionais que vivem nas ruas ou em comunidades. No entanto, as ações sociais praticadas por esses projetos nem sempre possuem muita visibilidade e reconhecimento.
A comunicação é um fator contribuinte para produção e divulgação de imagens e informações e como citado anteriormente é um meio de construir um olhar sobre a realidade. Entretanto, existe um processo que determina o que será divulgado para a população de acordocom interesses políticos, financeiros e individuais quepossuem mais repercussão no momento.
12 público”. A partir desse ponto de vista, é relevante destacar as mídias alternativas como o “SP Invisível” que divulga histórias e o cotidiano de pessoas que vivem em situação de rua e mostra para a população uma outra forma de enxergar o mundo e os grupos populacionais que precisam lidar com o desprezo da sociedade. Essa forma de comunicação abre espaço para discussões menos superficiais sobre temas, desmistifica rótulos e estereótipos apresentados pelas grandes mídias, dá voz às camadas populacionais mais esquecidas e mostram a opressão e violência vivida nos espaços populares da cidade. Além disso, dão visibilidade às iniciativas e ações coletivas e individuais de projetos sociais que colaboram para a melhoria da vida de pessoas que vivem em situações mais vulneráveis.
Em um cenário em que a qualidade da informação é, muitas vezes, inversamente proporcional ao índice de audiência, o racional é, portanto, superado, com certa frequência, pelos desvios discursivos, pelo espetáculo, pelo conflito, pela instauração do medo e pela fantasia das imagens. Através damídia, vislumbra seuma realidade na qualodiscurso noticioso ésubstituído por umaespécie dediscurso publicitário, que tema pretensãode homogeneizar identidades, estereotipado e mercadológico, a histórico e sem aprofundamento [...] (CRUZ, 2011, p. 6 apud SPOHR, 2018, p. 74).
Spohr (2018) ainda afirma que os organizadores e participantes dos projetos sociais devem ser considerados fontes noticiosas. Porém ele ressalta que como a mídia usa determinados valores notícia para definir o que será noticiado, muitas vezes, essas pessoas acabam sendo esquecidas (SPOHR, 2018, p. 20). O fato é que as grandes mídias, na maioria das vezes, determinam quem serão as fontes, os entrevistados, o tipo de abordagem, narrativa e discurso que farão parte damatéria ou reportagem. Para aumentar a audiência da emissora e chamar a atenção dos telespectadores, a mídia muitas vezes, acaba provendo o “showrnalismo” e a espetacularização da notícia, usando técnicas como imagens que acabam reforçando o que a mídia quer passar para o telespectador, sendo difícil identificar até que ponto é notícia ou espetáculo.
Marcus Paulo Sphor (2018) destaca que os projetos continuarão sendo a maneira mais adequada para promover a visibilidade e o êxito de ações sociais transformadoras. Visibilidade essa que poderia ser encontrada junto aos veículos de comunicação, através da veiculação de notícias relacionadas aos projetos sociais.
O jornalista deveser transparente aotransmitir informações para apopulação, sem querer “maquiar”, estereotipar ou reforçar imagens que muitas vezes não são um reflexo
O Programa Profissão Repórter tem a proposta de desmistificar a figura do jornalista, mostrando dificuldades do seu trabalho. Suas pautas têm como carro chefe histórias de vida e, por consequência, a entrevista é seu principal método. Jovens repórteres, capitaneados por um jornalista experiente, conversam com seus personagens no local e no instante onde ocorre ação (SOARES; GOMES, 2013, p. 15).
A partir dessa visão, compreende se que o programa tem como objetivo tornar o repórter e entrevistador como protagonistas das reportagens, mas sem tirar o destaque do entrevistado como protagonista ou personagem principal, com a intenção de aproximar o público de um recorte da realidade. Entretanto, é preciso tomar cuidado ao transmitir histórias com profundidade, para não abrir espaços para os estereótipos, já que a maioria dos episódios do programa promove pautas de cunho social, como a fome, questões de exclusão e marginalização e suas consequências.
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Por esse motivo, o objeto de estudo para este projeto é o Programa Profissão Repórter que tem como lema “os bastidores da notícia”. O programa busca pautar o olhar do jornalista e apuradores de conteúdo sobre as populações excluídas e marginalizadas, apostando no método de entrevista com viés testemunhal, além de mostrar os desafios enfrentados pelo próprio repórter que vivencia muitas experiências junto com o entrevistado, a fim dedar sentido e aprofundamento para as reportagens e chamar atenção da audiência para uma realidade que muitas vezes não é exposta.
Para arealização desse projeto, oprocesso foi iniciado pelo levantamento de todos os programas do Profissão Repórter desde 2015 até 2021, totalizando 222 episódios. A partir dessaexecução foi possívelidentificar queem 2017e2021respectivamentetiveram 3 episódios relacionados a população de rua, assim como em 2018 e 2019 tiveram 2 episódios sobre o assunto.
[...] a noção de excluídos está ligada a invisibilidade e marginalidade a que determinados grupos sociais, culturais ou étnicos são submetidos, por isso, a existência de iniciativas que permitem a exposição de sua identidade, seus percalços e experiências, além da construção de um lugar de reverberação de discursos, pode sinalizar uma renovação temática contribuitiva à prática jornalística em geral (MENDES, MAIA, 2017, p.10).
O objetivo foi fazer uma análise de conteúdo do objeto escolhido, o Profissão Repórter. Para esse processo foi estudado o episódio exibido no dia 04/09/2019, com duração de 36min47s. Foi analisado quais eram as principais fontes, padrão de linguagem
da realidade. Como já citado anteriormente, pessoas que vivem em situação de rua e que são excluídas da sociedade, estão totalmente associadas à marginalidade.
E os resultados obtidos foram:
Em contrapartida foi analisado também, se há falta de visibilidade dos projetos sociais de inclusão da população de rua na sociedade ou se as ações e trabalhos sociais possuem um espaço perceptível no telejornal.
• Padre Júlio Lancelotti
Para a execução dessa pesquisa e para dar embasamento a problemática desse projeto, na qual se baseia nos seguintes questionamentos: como as pessoas em situação de rua são retratadas nos telejornais? Os telejornais abrem espaços para falar de projetos sociais para a população de rua? Foi realizada uma análise de conteúdo do Programa Profissão Repórter, especificamente do episódio exibido no dia 04/09/2017. A reportagem foi conduzida pelos repórteres Júlio Molica, Caco Barcelos e Sara Pavani.
• Esmeralda Ortiz (jornalista e ex pessoa em em situação de rua)
RESULTADOS
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Para tal análise foi explorado os seguintes tópicos: fontes principais, imagens, tempo de fala das pessoas em situação de rua, utilização de expressões para classificar a população de rua e a visibilidade dos projetos sociais.
• Darcy da Silva Costa (Coord. Movimento Nacional da População em Situação de Rua)
Fontes Principais
• Jailson de Oliveira (Pintor)
• José Aparecido Nogueira (Tio Barbudo)
E levando em consideração que as pessoas que vivem em situação derua precisam enfrentar a estereotipização que a sociedade impõe. O objeto final será uma reportagem que não traz imagens que reforçam os estereótipos e rótulos que a sociedade estabelece sobre a população de rua. Além disso, irá focar em abordar um projeto social que tenta intervir e fazer com que esse grupo populacional se sinta importante e parte da comunidade, nem que seja através de uma conversa.
e expressões que classificassem as pessoas em situação de rua, o tempo de fala dessas pessoas e imagens que reforçassem os estereótipos.
• “Os pobres”
Figura 1 Esmeralda Ortiz e José Aparecido Nogueira (Tio Barbudo)
Figura 1 Mostra o reencontro de Esmeralda com José, mais conhecido como Tio Barbudo. O Tio Barbudo foi quem ajudou Esmeralda na época em que ela vivia nas ruas, quando ainda criança. Esmeralda se formou em Jornalismo e escreveu um livro falando sobre a história de Tio Barbudo. ArepórterSaraPavani acompanhaoevento dolançamentodolivrodeEsmeralda. No entanto, a reportagem acaba não se aprofundando na história de Esmeralda. Não conta como ela saiu das ruas e recomeçou a vida, até se tornar uma jornalista.
Falta de Aprofundamento
Expressões utilizadas para falar das pessoas em situação de rua
Fonte: Profissão Repórter (2017)
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As reportagens sobre Esmeralda não contam como ela saiu das ruas e reconstruiu a sua vida.

• “Os sofredores”
• “Usuários de Crack”
Fonte: Profissão Repórter (2017)
Figura 3- Pessoas em situação de rua


Fonte: Profissão Repórter (2017)
Figura 2 Pessoas em situação de rua
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Na figura 3 e 4, é possível observar cenas em que homens aparecem fumando, o que consequentemente, abre espaço para as pessoas continuarem com uma visão preconceituosa em relação as pessoas que vivem nas ruas.
Figura 4 Jailson de Oliveira
Fonte: Profissão Repórter (2017)
Outro fator analisado foi as imagens. Nas figuras 2,3 e 4 que foram utilizadas na reportagem acabam reforçando estereótipos já enraizados na sociedade em relação a população de rua. Como, por exemplo, a ideia de que todas as pessoas que vivem nas ruas são drogadas, alcoólatras, entre muitos outros rótulos.

Fonte: Profissão repórter (2017)
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Tempo de fala das pessoas em situação de rua Tio Barbudo: 7min23s Outras pessoas em situação de rua: 3min27s Com esses tempos apresentados, pode se observar que em uma reportagem de 36min47s as pessoas que vivem em situações vulneráveis têm espaço de fala de apenas 10min50s no total.

A figura acima é mostrada propositalmente pela repórter e é marcada pela seguinte frase: “Sabe uma coisa que eu fico impressionada? É que vocês estão aqui limpando a igreja e do outro lado é o fluxo”. É importante parar e pensar: qual é o propósito de mostrar esse tipo de imagem? Se é através delas que os estereótipos ganham cada vez mais força dentro de uma sociedade preconceituosa e cheia de desigualdade social. É claro que não podemos ocultar o fato de que algumas pessoas não querem sair dessa situação, mas de qualquer forma não é justificava para explorar tal imagem.
Figura 5 população de rua
A figura 6 revela o local onde mora José. Apesar de falarem um pouco mais sobre José, ainda, assim, não trazem aprofundamento sobre a história dele, como por exemplo, o que levou ele a estar nessa situação. Ao contrário disso, fazem questão de mostrar o pior lado, fazendo questionamentos de que o quarto não possui ventilação.
Visibilidade dos projetos sociais no telejornalismo
Os projetos sociais possuem mais visibilidade nas redes socais como Instagram e Facebook do que na mídia televisa?
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Fonte: Profissão repórter (2017)

Sendo que o Tio Barbado (José Aparecido Nogueira) só tem um tempo superior aos demais, pelo fato de a reportagem mostrar com mais detalhes a realidade em que ele vive.
Figura 6- José Aparecido Nogueira (Tio Barbudo)
Figura 8 Thais Bispo dos Santos (membro do Bompar) e Sonia (moradora de rua) Fonte: Profissão Repórter (2017)

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Figura 7 Padre Júlio Lancelotti e pessoas em situação de rua Fonte: Profissão Repórter (2017)

SP Invisível São Paulo
Instituto Mão Solidária Brasília Arcah São Paulo
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Núcleo Assistencial Anjos da Noite São Paulo Instituto Construir São Paulo
Existem diversos projetos sociais como esses da tabela 1 que tentam integrar políticas públicas para o grupo populacional que vive nas ruas. Grande parte desses projetos tem como meio de veiculação e divulgação a internet. Cada vez mais as mídias sociais então ganhando força, mas a mídia televisa ainda é o canal com mais autoridade de distribuição de notícias.
Apesar demuitosprojetosterem mais visibilidadenainternet, oepisódio analisadodoPrograma Profissão Repórter mostra o papel social em que o Padre Júlio Lancelotti cumpre com pessoas em situação de rua (figura 7). Assim como também mostra o projeto social Bompar (figura 8).
Marcus Paulo Spohr (2018) afirma que os organizadores e participantes dos projetos sociais devem ser considerados fontes noticiosas. Porém, ele ressalta que como a mídia usa determinados valores notícia para definir o que será noticiado, muitas vezes, essas pessoas acabam sendo esquecidas.
Tabela 1 Projeto sociais para População de Rua PROJETO CIDADE
Da rua para você Rio de Janeiro
Entrega por SP São Paulo
Fonte: elaborada pela autora (2021)
Entregando amor São Paulo
A figura 9 é marcada pela seguinte fala: “Era pra mim ter feito isso a muito tempo. Olha a situação, isso aqui é uma pouca vergonha, não pode acontecer isso. Ela vai acabar morrendo aqui no cimento,deitadanocimento”. Amoradoraaindadizquetinhamquesedar Sônia(pessoa em situação de rua) e levá la obrigada para um abrigo para ser tratada por um psiquiatra.
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Figura 9 Membros do Bompar, Caco Barcelos e moradora da região
Fonte: Profissão Repórter (2017)
Diante disso, fica oquestionamento: até quepontoé preocupação ou não por parte damoradora, já que ela está se referindo a um ser humano.

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A população de rua aumentou significativamente com a pandemia do Covid 19 e as formasdesobrevivênciasetornaram aindamaisdifíceis, principalmentepelo desemprego, onde muitas pessoas foram impactadas pela falta de moradia e de alimento. Dessa forma, fica claro como a falta de políticas públicas adequadas é um agravante e precisa ser solucionado.
Sem apoio do Governo, muitas ONGs, Instituições e projetos sociais lutam para ajudar grupos minoritários e cada vez mais vulneráveis a enfrentar os desafios como o preconceito, a desigualdade, os rótulos e estereótipos determinados pela sociedade.
Diante disso, foi realizada uma pesquisa para entender sobre os estereótipos e o jornalismo televisivo enquanto o seu papel social de dar voz a quem precisa. Foi realizada também uma análise de conteúdo de um dos episódios do Profissão Repórter relacionado a população de rua. Através dessa análise conclui se que há uma falta de aprofundamento nas histórias das pessoas que vivem em situação de rua, imagens e expressões utilizadas reforneçam estereótipos já enraizados na sociedade e apesar do episódio analisado ter mostrado o Bompar que é um projeto social e ter apresentado os serviços sociais realizados pelo Padre Júlio Lancelotti, ainda há umanecessidade de dar visibilidade para iniciativas sociais, principalmente aquelas que integram políticas públicas.
Com base nisso o trabalho foge da utilização de imagens estereotipadas e focam em apresentar o problema e os projetos sociais como uma possível solução.
Com base nos objetivos gerais, essa pesquisa se propôs a analisar se o telejornalismo reforça imagens estereotipadas em relação as pessoas que vivem em situação de rua. Em contrapartida, foi analisado se os projetos sociais voltados para esse grupo populacional possuem visibilidade na mídia televisiva. O objeto de estudo escolhido para tal pesquisa, foi o Programa Profissão Repórter, apesentado por Caco Barcelos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para isso o primeiro passo é identificar quantas pessoas estão vivendo em situação de rua, mas para que isso seja feito é preciso que esse grupo populacional seja visto como parte do coletivo e seja incluído no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É a partir disso que a exclusão e a desigualdade podem começar a não ter mais tarde força. Além disso, em um país onde uns tem muito e outros tem tão pouco, com a inclusão da população de rua no censo, a distribuição de renda melhoraria.
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Projeto treina moradores de rua como pesquisadores da vida sem teto. Ponte. s.l. 25 set. 2015. Disponível em: https://ponte.org/projeto treinamoradores de rua como pesquisadores da vida sem teto/
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Resolução Nº 40, de 13 de outubro de 2020. 144 p. 211 ed. 05. jun. 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/ /resolucao n 40 de 13de outubro de 286409284#:~:text=pessoas%20nessa%20situa%C3%A7%C3%A3o.,Art.,transporte%20local2020%2C%20intermunicipal%20e%20interestadual.
REFERÊNCIAS
FRIAS, Andréa Monteiro de. As práticas cotidianas dos profissionais que atuam em programas e projetos sociais: efeitos micropolíticos. 2016. 131 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas) Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, 2016.
Os fatores/ elementos que influenciam na veiculação ou nãonão veiculação de notícias sobre projetos sociais nos telejornais das emissoras abertas de televisão: Uma análise do Jornal do Almoço de Pelotas (RS). 2013. 191 f. Dissertação (Mestrado em Política Social) Programa de Pós graduação em Política Social. Universidade Católica de Pelotas, RS, 2013. CURI, Cristiane. O Racismo e o Negro no Brasil: Questões Para a Psicanálise. São Paulo: Perspectiva, 2017. 304 p.
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Organização e Revisão Técnica de Arthur Iruassu. Tradução de Daniel Miranda e William Oliveira. Rio de Janeiro: Editora PucRio, Editora Apicuri, 2016. 260 p.
25
Populaçãoem situaçãoderuacresce e fica mais exposta a Covid 19. Brasília, 2020. Disponível CUNHA,1https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3581em:)JúniaValériaQuiroga;RODRIGUES,Monica.Ruaaprendendoacontar:pesquisanacionalsobreapopulaçãoemsituaçãoderua.In:SPOSATI,Aldaíza. O caminho do reconhecimento dos direitos da população em situação de rua: de indivíduo a população. Brasília, 2019, p. 191 213.
Pesquisa Censitária da População em Situação de Rua, Caracterização Socioeconômica da População em Situação de Rua e Relatório Temático de Identificação das Necessidades desta População na Cidade de São Paulo. Relatório Final da Pesquisa Amostral do Perfil Socioeconômico. São Paulo. 2019. Disponível InstitutoADS_SP.pdfhttps://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Produtos/Produto%209_SMem:dePesquisaEconômicaAplicada(IPEA).
Utilizamos uma linguagem de reportagem que se aproxima do jornalismo documental, porém buscando não somente o foco no indivíduo, mas sim nos problemas e nas soluções. O resultado foi a produção de uma reportagem extensa para o meio televisivo dividida em quatro blocos sobre os temas específicos de cada integrante.
26 APÊNDICE
3. Sinopse
2. Área e formato Grande Reportagem de TV
Linha editorial
O eixo de abordagem do nosso produto é tratar de temas minoritários no jornalismo televisivo sem estereotipá lo, ou expor a vulnerabilidade das pessoas. Buscando uma abordagem sobre a fome, pessoas em situação de rua, refugiados e projetos sociais das escolas de samba. Abordando também ações e projetos para combate aos problemas sociais e inclusão dessas pessoas. Contrapondo justamente a problemática de um jornalismo raso que reforça estereótipos, focamos em apresentar alguns projetos sociais como formas de soluções práticas para problemas sociais, fugindo da ideia de apenas mostrar imagens que reforçam os
Fome, falta de moradia e pessoas em busca de refúgio, estes são alguns dos diversos problemas sociais evidenciados pela pandemia no Brasil. Diante de um momento de crise e de pessoas cada vez mais vulneráveis, a reportagem mostra o papel daqueles que tentam fazer a diferença e conversa com representantes de ONGs, iniciativas sociais e projetos de escolas de samba. Apesar da falta de políticas públicas, apoio e visibilidade essas pessoas continuam lutando para serem ouvidas e para transformar realidades.
A) Produto Experimental 1. Título do produto “Olhando para quem faz”
4. Descrição do projeto Linguagem
Número de páginas/caracteres/duração
27
Duração de 29 minutos e 50 segundos. Para compor os quatro temas sem pecar pela brevidade. Utilizamos como base a duração das reportagens do nosso objeto de estudo em comum, o Profissão Repórter.
estereótipos e que comovem, pois a comoção não é suficiente para ação nem solução. Como um produto para meio televisivo sabemos do alcance diverso e abrangente, valorizamos a imagem, mas sem menosprezar dados, agregando informações referenciais, profissionais específicos e sempre utilizando como referencial o que foi levantado na pesquisa teórica referente ao papel do repórter enquanto parte da notícia.
Identidade Visual
Como a escolha foi uma reportagem em blocos, nós utilizamos um padrão de abertura no início de cada uma das temáticas específicas. O formato de texto escolhido foi uma estética imitando a escrita de uma máquina de escrever - tanto na transição de imagem, como também na de som, com um vídeo preto e branco ao fundo.
28


Os GC 's foram feitos com letras brancas e pretas com o fundo principal em laranja e o fundo secundário em branco.

29

30
Para as entrevistas gravadas via plataformas digitais foi inserida uma borda que facilitasse a visualização, deixando a mais confortável e sem um close tão grande.


Ferramentas Utilizadas
As identidades visuais e efeitos de transição externos foram elaborados através do Canva. Além disso o design da capa do dvd também foi inicialmente planejada no Canva, e finalizada no Adobe Indesign.
31
Para edição o software escolhido inicialmente foi o Adobe Premiere, porém por uma mudança de logística e a necessidade de um software mais leve ele só foi utilizado naprimeiramontagem da time line. A maior parte da reportagem foi editada no aplicativo CapCut.

32
Capa do DVD


Camila X9 externa “... e Camila” MúsicaCamila de fundo baixa
LOC 1 THIFANY “Histórias diferentes, mas um objetivo em comum… Ajudar a quem precisa”
Adriana rindo VID Ariana “Adriana...”
Música de fundo (um pouco mais alta após o fim da locução)
33
Pautas/Roteiros/ Transcrições/ Outras documentações relevantes para a compreensão do produto
MúsicaAdrianade fundo baixa
O papel que desempenhei na Grande Reportagem foi de câmera. Acompanhei e gravei as entrevistas das integrantes do grupo, especificamente sobre o bloco da fome e dos projetos sociais das escolas de samba. Fizacaptação deimagens e vídeos paracobrir offs eutilizar como material de apoio durante a reportagem. Levando em consideração que a imagem pode muitas vezes reforçar os estereótipos socais de determinados grupos minoritários como é o caso da população de rua, dos refugiados e pessoas de baixa renda. A ideia da reportagem é apresentar a realidade, mas com foco no problema e nas possíveis soluções. Dessa forma, fugir de captar imagens estereotipadas e foquei em mostrar o papel em que ONGs, projetos e iniciativas sociais cumprem para transformar a realidade.
Ana Carolina Música de baixafundo
ARQUIVO TIME IN/OUT ÁUDIO
Função individual
30’’
Ana Carolina em foco CarolinaCoordenadoraAnaVID
“Ana Carolina…”
VID_Abdul musical “Abdul…”
Tela preta vai para um lettering “AJUDAR A QUEM PRECISA”
BG
MúsicaAbdul de fundo baixa Camila umaalgodãoentregandodoceparacriança
TIME IMAGEM
Vídeo do Abdul tocando com a banda fade in Abdul em foco
ROTEIRO REPORTAGEM “OLHANDO PARA QUEM FAZ”
24’’ SOBE PENSSAN,Fonte:meioInserirSandesRepórter/LuanaGC:gráficonodapassagemRede2021
PassagemLuanaVID
BG: som de máquina de escrever
LOC BRENDA2
Música de fundo (um pouco mais alta)
INICIA BLOCO 1: FOME
entre os diversos problemas de vulnerabilidade social evidenciados pela pandemia de coronavírus no Brasil. contrapartidaEma solidariedade ganhou força, através de organizações e projetos sociais que lutam para fazer a diferença”
BG: som de máquina de escrever
24’’ COMPILADO DE FOTOS JORNAISE
“Segundo dados do inquérito Nacional de insegurança alimentar no contexto da pandemia de covid 19 no Brasil, em 2020 cerca de 116 milhões de brasileiros conviviam com algum grau de insegurança alimentar. Deste número, 43 milhões não tinham acesso pleno à alimentação e mais de 19 milhões de brasileiros conviviam com a fome “
“Fome, falta de moradia, deslocamento forçado e pessoas em busca de refúgio. Estes são alguns
“Olhando para quem faz” dissipar
5’’ SOBE LETTERING:CAPA
5’’ FundoLETTERINGempreto e branco com efeito máquina de escrever
“FOME”
Música de fundo (baixa)
34
AUDIn:nal)AdrianaSalay(diagoVID-00:01Out:00:06SonoraLuana
Música do vídeo de fundo
restaurante Mocotó, na zona norte de São Paulo, para conversar com a historiadora Adriana Salay, que criou e autofinanciou o Quebradaprojeto Alimentada, junto com seu marido”
12’’
VID MocotóExterna “Nós fomos até o Reportagem de Luana Sandes
Out:In:aQuebradaAlimentadVID00:0101:39
48’’ SOBE HistoriadoraAdrianaGC:Salay: 07:32VID-AdrianaSalayOut:08:20
35
VID nodiminuindo(transição08:21AdrianaSalayOut:09:15osomfimdafala)
28’’
“Tem uma frase da Carolina de Jesus que diz que quem dorme com fome não sonha[...] De repente você começa a mudar o mundo, né?”
“Eu estudo fome né, e naquele momento eu estava narrativasestudandosobrea fome […] que te permite manejar para onde você vai, o que você vai fazer, etc”
In: 00:19 Out: 00:25
“E aíjunto com meu marido, que é cozinheiro e chef de cozinha, que também vem de uma história familiar onde a fome se faz muito presente, porque é filho de sertanejo, [...]todos os dias de segunda à segunda”
Sobe fotos e vídeos do projeto
1’39’’ Material de apoio Créditos:AlimentadaQuebradaMinutos do CorradiBem/Pedro
VID AnaPaula In: 26:17 oUT: 27:29
45’’ Material de apoio Ação da Cidadania ao fundo
36
1’12’’ SOBE GC: Ana Paula MisériacontraAçãoAdvocacyCoordenadoraSouza/dedaONGdaCidadaniaaFome,aepelaVida
1’17’’
OFF Luana
VID AdrianaSalay In: 05:57 Out: 07:14
VID In:19:22AnaPaulaOut:20:07
FIM DO BLOCO
ABRE BLOCO 2: PROJETO MORADORES DE RUA
16’’ Fotos da premiação e do @gente.prabrilhar@theworld50bestprojeto
Brasil. Não precisa ter um [...]antes da pandemia”
“Antes a gente tinha uma vontade política para que a fome diminuísse no
“Pouco mais de um mês após a gravação desta reportagem, a iniciativa social érenomadaAward,doAlimentadaQuebradafoivencedoraTheMacallanIconpartedeumapremiaçãoqueconsideradaoOscarda Gastronomia Mundial”
“O problema é falar de política pública e exigir para o governo nível Federal isso a gente não tem essa ilusão não tem tem que tirar esse governo, [...]trabalhando onde a sociedade civil está se fortalecendo”
“É difícil as pessoas se sensibilizarem quando elas não estão vendo. [...] o foco na solução desse problema e esse problema vai desaparecer”
FundoLETTERINGempreto e branco e efeito máquina de escrever
BG: Música de fundo
“Hoje estou aqui na Praça Charles Miller em frente ao Estádio do Pacaembu, para acompanhar a montagem de kits do
BG: som de máquina de escrever
“A população que vive nas ruas cresceu 140% de 2012 até março de 2020, chegando a quase 222 mil brasileiros nesta condição segundo o IPEA. Com a pandemia, a situação se agravou. Distantes de proteção, alimentaçãosaúde,ouabrigo, e sem políticas públicas adequadas, essas pessoas dependem de projetos sociais que tentam levar a assistência necessária, seja através de uma conversa descontraída ou por ações que fortalecem os direitos de cidadania.”
5’’
31”
projeto Entrega por SP. Esses kits serão entregues para pessoas que vivem em situação de rua na zona sul e na zona leste de São Paulo.”
In:PASSAGEMBRENDA00:01Out:00:17
Repórter/ Brenda ReportagemSantos de Brenda Santos
19” Passagem em frente ao Estádio do SOBEPacaembuGC:
OFF- BRENDA
“ENTREGA POR SP”
Imagens de apoio (barracas onde vivem as pessoas em situação de rua e ação do projeto social)
37
“Gostaria que você me contasse (Brenda) [...]O foco principal do projeto é esse: conversar e criar conexões.”
In: 01:23 Out: 02:08
"Pessoal é muito legal, me acolhe bem [...] Trabalho na feira, olho carro então eu tenho minha rendinha”
SOBE GC: Thiago CoordenadorLourenço/ do projeto Entrega por SP
1’4’’ SOBE GC: Ana Carolina SPprojetoCoordenadoraMonteiro/doEntregapor
In: 00:05 Out:00:37
VID Coordenadora Ana Carolina
VID
11’’
“Na última ação teve uma história que foi bem marcante [...]pra mim foi uma conversa bem significativa”
VID
Thiago mostrando o que vai no kit
VID Carlos Alberto
In:VagnerVoluntário01:22Out:02:09
“Eu acredito que muitos de nós estamos [...] e tô aqui até hoje”
In:ThiagoCoordenador00:01Out:01:39
Subindo o áudio da Ana Carolina a partir do 01:17 do vídeo seguinte
VID Coordenadora Ana Carolina
47’’ SOBE GC: Vagner Cassila/ Voluntário do [inserirprojetoum trecho do vídeo preparaçãode do projeto a partir da fala do Vagner “A essência do ser
45’’ SOBE GC: projetoruaAlberto/MoradorCarlosdeajudadopelo
1’38’’
In: 01:18 Out 02:08
40’’
“Você acredita que hoje a maior demanda das pessoas em situação de rua é só realmente o alimento? [...] indo lá pra levar o que eles mais que é uma conversa, olho no olho, companhia.”
38
In:Preparaçãoprojeto2VID00:07Out:00:18
In:& 00:44 Out:01:16
39
In: 03:25 Out: 3:49
In: 03:07 Out: 03:13
ABRE BLOCO 3: REFUGIADOS escrevermáquinaFundoLETTERINGpretoefeitode
“Refugiados”
BG: som de máquina de escrever
“Daí todos esses itens que estão aqui foi a “rua” que pediu para o Entrega por SP. A gente foi escutando o que a rua tem pra dizer.”
17’’ VID
“A partir da hora que a gente começa a enxergar [...]começa aprender que um bom dia a gente pode dar para uma pessoa na rua e pode mudar o dia dela”
In:ThiagoCoordenador03:20Out:03:28
humano é ajudar o próximo” em 01:45]
24’’ VID Coordenadora Ana Carolina
6’’ VID Coordenadora Ana Carolina
8’’ VID
FIM DO BLOCO
“Eu sei que muitos desses projetos estão presentes na internet em si né, mas eu digo na mídia mesmo, se você acha que tem essa falta?”
“Eles estão começando a falar [...] A gente faz o que muitas vezes o governo não está fazendo. Então sim a mídia ajudaria muito nesse sentido, com certeza.”
In:ThiagoCoordenador04:03Out:04:20
52’’
“Me chamo Abdulbaset Jarour, sou árabe da Síria de Alepo, tenho 31 anos de idade. Tenho uma família feita de cinco irmãs e um irmão. Lá na Síria em Alepo temjovemdaadministraçãoestudava[...]militarSíria,porquetodoquecompleta19/20queservirmilitarpela lei.”
40
em 2020 chegou ao recorde de 82,4 milhões.A cidade de São Paulo tem sido um dos principais destinos para quem chega no Brasil, buscando a oportunidade de recomeçar uma nova vida.”
Passagem Thifany
BG: Música do vídeo de fundo
In: 03:05 Out:03:57
Depois de três anos, me machuquei através de um ataque que aconteceu, eu era motorista [...]visto humanitário para o povo sírio, eu fui atrás e consegui. E cheguei no Brasil em 2014.”
In: 00:08 Out:00:37
VID EntrevistaAbdul
“Os refugiados são pessoas que deixam seus países de origem por conta de guerras, perseguição religiosa, e violação de humanos.direitos Segundo o relatório divulgado pela Agência da ONU, em meio à pandemia da COVID 19, o número de refugiados
VID EntrevistaAbdul
31’’
47’’ Vídeo imagensmusical,doAbdul
“Eu sou o diretor da ONG, nós temos mais de 25 projetos, temos projetos ligados com a base da cultura, de saúde, culinária, educação, de capacitação, de campanhas [..] é de formiga, mas faz a diferença na vida dos refugiados e imigrantes.”
41
20’’ VID Absul diagonal Fotos organizaçõesdas
32’’ Volta para o Abdul em Imagens:foco África do Coração
OFF Thifany
VID EntrevistaAbdul
“Sem saber falar português Abdul enfrentou inúmeros desafios no Brasil, até que começou a conhecer algumas organizações que prestam assistência a refugiados. E após se envolver nesses projetos, conheceu um companheiro que veio da DemocráticaRepúblicadoCongo, e juntos eles fundaram a própria organização não governamental Pacto pelo Direito de Migrar África do Coração”
Música de fundo (vídeo Abdul)
In: 13:50 Out: 14:22
25’’
garantindo um emprego digno e livre de exploração.”
42
OFF-Thifany3
In:EntrevistaIsabelaVID10:59Out:11:24
“A Missão Paz possui também o eixo trabalho, que elabora currículos e incentiva empresas a contratarem os refugiados,
15’’ Imagens Missão Paz
“Em São Paulo, existem outras organizações que trabalham para ajudar os refugiados, uma delas é a Missão Paz. Esta instituição, localizada no bairro liberdade, possui a Casa do Migrante, um abrigo com capacidade para acolher até 110 Apessoas.estadia no espaço inclui alimentação, aulas de português, acompanhamentopsicológicoapoioe de assistentes sociais. Todos os moradores da casa, participam de atividades que estimulam a convivência, o intercâmbio cultural e a adaptação, quebrando assim, um pouco das barreiras que eles enfrentam no novo país.”
OFF Thifany2
35’’ Imagens aéreas de São Paulo e vídeos da Missão Paz
“A principal motivação é um senso responsabilidadede mesmo, de entender que todo mundo faz parte [...]porque eles estão precisando de ajuda agora, no outro momento pode ser a gente. “
“O acolhimento ele não é do meu vizinho, não é de um cidadão. O acolhimento começa pelas políticas públicas, as leis que acolhem. [...] você sabe como um refugiado vive no Brasil? Sabe o quanto ele sofre para documentadoseraqui? Se não tem documento esse ser humano não existe, simplesmente. “
43
In:EntrevistaIsabelaVID15:29Out:16:00
20’’ Imagem de um Voltaglobo para Isabela em foco
In:EntrevistaIsabelaVID12:29Out:12:45
10’’ Imagens refugiadosde
“Hoje Abdul é coordenador da comissão migrantes e combate a xenofobia no governo do estado de São
VID In:11:24EntrevistaAbdulOut:12:18
“Muitos refugiados chegam com um diploma de arquitetura, de engenheiro e falam várias línguas, muitos que falam francês, inglês e ficartrabalhostrabalhosassim[...]capazesmesmodefazeradministrativos,deponta,nãosócomsub-emprego."
“Todas essas fronteiras que a gente desenha, que o ser humano desenhou de território, isso foi uma coisa criada pelo ser humano, mas o ser humano, ele é livre para ir para qualquer lugar e a gente tem que receber essas pessoas, a gente não está fazendo um favor”
OFF-Thifany5
OFF Thifany4 “Apesar do Brasil ter a fama de ser uma nação acolhedora, Abdul explica que ainda há uma falta de estrutura para que os refugiados se integrem no país.”
54’’
15’’ Imagens do Abdul na comissão e projeto
31’’
Se o som ambiente ficar ruim colocar a música de fundo
Paulo. E assim, junto com seu projeto social, vem lutando para garantir os direitos dos refugiados.”
In:X9VIDIn:ProjetoSantaBarbaraVID00:04Out:00:09-PassagemTati-00:20Out:00:24
VIDIn:GAVIOES1PROJETO-00:27Out:00:32
ABRE BLOCO 4: PROJETOS ESCOLAS DE SAMBA
BG: som de máquina de escrever
In:08:43Abdul2Out:09:11
“Nós acompanhamos ações desenvolvidassociais por três escolas de samba, aqui de São Paulo. A Unidos de Santa Barbára … A Gaviões da Fiel… e a X9 Paulistana
FIM DO BLOCO
44
“CARNAVAL ALÉM DA FESTA”
14’’ Flashs dos TatianeReportagem/projetosSoares
“Durante toda essa luta que eu to aqui não esperava nada disso, nunca trabalhei com trabalho social, mas a vida me tornou refugiado eu tive que assumir e tive que me fortalecer no Brasil, eu perdi tudo, mas eu tenho coragem, inteligência,tenhotenho vontade e tenho fé, então isso que realmente me deixou fortalecer aqui no Brasil.”
SONORA TATI
28’’ VID
5’’ FundoLETTERINGempreto e branco e efeito máquina de escrever
6’’
“Hoje viemos acompanhar [..] no jardim São Paulo”
In:ProjetoSantaBarbaraVID00:01Out:00:06
In:ProjetoGavioes1VID00:00Out:00:10
52’’ SOBE dasocialdepartamentoResponsáveisCristianoZeaneattoSthephanyGC:eBizarro/pelodaGaviõesFiel
VID Dep. Social
1’17’’
da Unidos de Santa Bárbara
45
Para a comunidade é ver a felicidade[...] algumas mães das próprias crianças que vem receber um brinquedo, um donativo”
// música de fundo
8’’ SOBE GC: Evento de doação de Sangue da Gaviões da Fiel/ Bom Retiro
“Quais são os projetos que hoje vocês têm nas comunidades?
Hoje, temos todos os sábados as entregas de marmitas, roupas e calçados, isso é todo sábado que acontece. [...] E hoje, a gente fez essa Inserir nos últimos dez minutos da resposta Stephanyda
In:Gavioes02:45 Out:03:43
“Uma luta que o próprio departamento tem [...] escolas de samba em geral não são apenas em fevereiro ou março.”
In:bara00:01 Out: 01:17
Música de fundo
SOBE GC: Evento de Dia Criançasdasda Unidos de Santa Bárbara /Itaim Paulista
In:Gavioes00:48 Out:01:40
13’’ VID Passagem
58’’ VID Dep. Social
ação de doação de sangue.”
SOBE GC: Nel Costa/ Presidente VID PresidenteSantaBarNelCosta
“Qual a importância desse evento para a
comunidade e para a escola?
In:ProjetoGavioes2VID00:01Out:00:08
In:00:01Tati Out: 00:13
In: 03:54 Out: 04:02 “Vocês entendem que com esses projetos sociais fica uma mensagem para aqueles que estão fora do carnaval?”
“Na ação de hoje, cerca de quantas famílias[...] barraquinha de pipoca e algodão doce para inovar e criar um ambiente divertido para todos.”
VID FINAL X9
1’4’’
49’’ SOBE GC: Camila Toro, Julia Labarte e André SocialDepartamentoCoordenadoresPereira/dodaX9
“X EMAÇÃO”, que é o projeto da X 9 em si, então é isso.”
VID Dep.Socialx9
In:Camilax9externaVID0:24Out:01:00
“Camila como você se sente [...] é muito gratificante estar aqui hoje integrando todos os projetos, é gratificação só” Música da escola tocando ao fundo
In: 00:05 Out:00:28
Música da escola tocando ao fundo
In: 04:08 Out: 05:12 “Isso também é uma das coisas que a gente passa e quer passar como departamento social, a gente não trabalha apenas na época do trabalhafevereiro/marçocarnavalagenteoanointeiro[...]
46
In: 00:48 Out: 00:58
VID Dep.Socialx9
6’’
In: 08:18 Out: 09:07
10’’
23’’ Vídeo final X9 depois SOBE CRÈDITOS FINAIS
VID FINAL X9
36’’ Camila começa dando pipoca pra uma criança depois fica em foco
FIM DO BLOCO
VID Dep.Socialx9
Música de fundo
47
PAUTA
ENCERRA
PROJETOSTEMA/ASSUNTOSOCIAISPARA MORADORESDERUA 2021EDIÇÃO

DeHISTÓRICOacordocom
SOBE CRÉDITOS
oúltimoCensorealizadoem2019,24.344pessoasvivemem situaçãoderua,sofrendocominvisibilidade,desigualdadesocialesendoexpostas aviolências.Dessaforma,sãoexcluídasdasociedade,semacessoàmoradia,saúde, alimentação,empregoepolíticaspúblicas.Sendoassim,grandepartedapopulação deruasósobreviveourecomeçaavi dacomoapoiodemuitosprojetos FONTESsociais.
20’’ Imagens vídeospersonagens/dosdasações
• VoluntáriodoprojetoEntregaporSP.;
Finaliza com a música
29 minutos
20’’’
• Beneficiadopeloprojetosocial.
LOC Final “Camila… Abdul... Ana Carolina e Adriana Apesar dos recursos escassos da falta de visibilidade e do apelo constante por políticas públicas mais adequadas, eles continuam lutando para contar histórias e transformar a realidades”
SOCIALEDITORIA
(Variação de possíveis vídeos de apoio e transições)
• ResponsáveisdoprojetoEntregaporSP.;
EstimadoTempo
PAUTEIRA, CÂMERA E REPÓRTER: BRENDADESOUZA RGM: 19473125
ReportagemGrandeEditoria
ProjetoTema Social para pessoas em situação de rua Assunto Tempoin/out Conteúdo 1’’/1’50’’
48
Thiago Lourenço, Coordenador 2020
Thiago eu gostaria que você me contasse um pouquinho sobre o projeto, como funciona e desde quando surgiu o projeto.
______/_____/Data
ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO
Folha de Decupagem
OblocoiráabordaroprojetosocialEntregaporSP,quedealgumaformatenta incluirapopulaçãoderuanasociedadeoferecendoalémdebensmateriaiscomo alimento,roupasecobertores,masoferecendoconversa,atençãoecarinhosqueé oquemuitasvezesapopulaçãoderuaprecisa.Precisaserouvida.Ofocoprincipal éconversarcompessoasenvolvidasnoprojetoparaexploraratemáticaeosmeios utilizadosparaajudaraquelesquepr ecisam. OBSERVAÇÃO:
49




E o Entrega por SP já existe desde quando?
“Desde 2013, vou ser bem sincero, acho que é 2013. Isso 2013”
“Na verdade, o projeto começou com o Lucas. Era uma noite fria que ele estava na casa dele e ele sentiu a necessidade de ir até o quarto da mãe dele pedir mais um cobertor, porque ele estava sentindo muito frio. A mãe dele perguntou no outro dia “Lucas porque você veio até o meu quarto?”. Ele falou: “mãe é que eu senti tanto frio, que eu vim até aqui pedir um cobertor a mais para senhora. Daí o que o Lucas fez no outro dia ele chegou como uma forma de tentar se aproximar das pessoas, ele juntou pessoas com cobertores. Na verdade, ele começou com cobertor. Ele falou: "mãe, quero ir pra rua”. Aí ele pegou acho que 40 cobertores e foi para a rua, chamou uma galera e foi para a rua, daí de lá pra cá essa galera foi aumentando e nas próximas ações foi cobertor, lanche, roupa. O foco principal da roupa é que são descartáveis, a pessoa usa e ela vai descartar no mesmo dia. Ela vai pegar vai usar dois ou três dias e vai ter o descarte. Nisso o Lucas foi juntando pessoas e juntando, juntando roupas. Daí todos esses itens que estão aqui foi a “rua” que pediu para o Entrega por SP. A gente foi escutando o que a rua tem pra dizer.”
“O Entrega por SP é uma mobilização social sem fins políticos ou religiosos que tem como foco principal uma convivência harmoniosa com quem tem residência e quem tem como residência as estrelas, que tá em situação de rua. O foco principal do projeto é esse, a gente sai para a rua para conversar com as pessoas. Nessas saídas na rua a gente sempre monta um kit pra levar par as ruas. Nesse kit vem uma água, um creme dental, preservativo, uma escova de dente, sabonete, uma bolacha, uma meia, uma touca, uma fruta, um papel higiênico e também aqui nós temos roupas que a gente leva pra rua. Todos esses itens que a gent leva para a rua, como eu posso dizer- eles fortalecem a nossa chegada para conversar com as pessoas entendeu. A gente entrega o kit. O que o Entrega por SP faz, antes de você entrar para conversar com a pessoa, a gente pede licença, porque a gente tá entrando, invadindo o ambiente dele entendeu. E aí a gente entrega o kit pra ele pra criar conexão. O foco principal d projeto é esse: conversar e criar conexões.”
3’32’’/ 4’19’’ Você falou que vocês escutam as pessoas que pediram. Daí a gente consegue perceber a importância de ouvir o e sa a
1’51’’/ 3’26’’ Como foi a iniciativa deste projeto?
“Pô eu vou ser bem sincero, o Entrega por SP surgiu na minha vida eu estava em casa muito tranquilo, aí eu falei assim: “Meu Deus!” Eu já participava de um outro projeto no GRAAC, aí eu falei: “pô eu queria ir pra rua fazer alguma coisa”. Ai do nada me apareceu a página do Entrega por SP, aí eu falei vou conhecer e era uma ação de Natal. Ai eu sair de caso, acho que foi dia 15 ou 16 de dezembro. Peguei e fui pra lá e tô até hoje aprendendo diariamente a escutar pessoas, entender o que é o Entrega por SP e o que é viver nas calçadas.”
Repórter: Brenda Santos
Folha de Decupagem Vagner Cassilla, Voluntário
ProjetoTema
1’’/16’’
______/_____/Data 2021
Tempoin/out
“O foco principal do projeto é esse: conversar. Sair pra rua para conversar com as pessoas, dar atenção. Porque muitas vezes. Na verdade, vamos ser bem sinceros. Diariamente a gente passa pela rua vê a pessoa, mas não enxerga. No nosso dia a dia a gente vai passar, vai olhar a pessoa e vai seguir o seu caminho. A partir da hora que a gente começa a enxergar a gente começa a dar atenção, a gente começa a entregar um kit e entregar o mais importante, o mais importante de tudo que é conversar, é dar atenção. A gente começa aprender que um bom dia a gente pode dar para uma pessoa na rua e pode mudar o dia dela.”
E agora olhando para o lado pessoal Thiago. O que te levou a fazer parte do projeto?
50 próximo. Que muitas vezes as pessoas só vão lá e levam, mas às vezes eles precisam ser ouvidos.
4’21’’/5’9’’
ReportagemGrandeEditoria
social para pessoas em situação de rua
Assunto
“Ah eu cheguei aqui no Entrega por SP em 2016”
Conteúdo
Estou aqui com o senhor Vagner, ele está fazendo parte hoje do projeto entrega Entrega por SP. Gostaria de saber a quanto tempo o senhor já faz parte desse projeto?
“Olha, eu acredito muito que nós estamos aqui com um propósito comum que é nos preocuparmos com o próximo. Existem muitas coisas que acontecem em volta da gente acaba dificultando muitas vezes e não tem nada de errado, ninguém é responsável por isso não. É uma situação normal normal. Mas a essência do ser humano é cuidar do outro. A essência do ser humano é trazer esse conforto, esse momento de dignidade. Então sempre teve na minha mente essa condição de que algo eu poderia fazer a mais para ajudar uma outra pessoa que talvez estivesse precisando de alguma coisa a mais do que eu. Isso me movimentou sempr e tô aí até hoje.”
19’’/ 1’58’’ Como que o senhor ficou sabendo do projeto?
E além do senhor, na sua família tem alguém mais que participa?
“Ah, tem muitos amigos né que apoiam né. Mas a minha esposa é fantástica, minha esposa é maravilhosa, ela me apoia. Ela me apoia sim. Tem diversas formas de colaborar, diversas. Ela não está aqui agora, mas tenha a certeza que o simples fato no hoje, o simples fato de eu ter o apoio dela para que me possibilitasse. Afinal de contas, quando a gente tem um relacionamento a responsabilidade tem que ser dividida. Eu estar aqui e graças a Deus ela está bem, isso já é um apoio fantástico. Então ela dá um apoio muito grande pra mim, fora que ela acaba desenvolvendo várias atividades nos bastidores. Por que isso aqui pra acontecer tem um monte de coisa que precisa acontecer em volta e é todo dia né.”
2 ’12’’/3’01’’
“Na verdade, na empresa na qual eu trabalho. Estávamos fazendo um movimento sobre captação de doação de roupas por causa do frio e aí na ocasião na empresa tínhamos a doação e começamos a pensar para quem levar. Precisávamos fazer com que tivesse a certeza que chegasse a doação em quem de fato precisa. E aí uma colega que já fazia parte do projeto (Entrega por SP), viu a nossa expectativa e nos convidou para conhecer o projeto. Então no princípio era um projeto que era apenas para eu levar as doações que nós arrecadamos. Eu me encantei com o projeto, me identifiquei com o projeto e fiquei.”
1 ’13’’/ 2’9’’ O que levou o senhor a ter a iniciativa de fazer parte dessas ações?
que,e
51
“Não, com certeza não. Tem vários projetos e cada projeto tem um objetivo. A gente aqui no Entrega, nosso objeto não é levar alimentação, não é levar cobertor, a gente tá indo pra levar conversa, atenção, carinho e cuidado. Essas pessoas não tem costume de receber, eles estão acostumados com a invisibilidade, com desprezo, com as pessoas não ligarem, não quer conversar Então a gente vai pra levar amor pra eles para que a gente inicie esse vínculo né, comece essa conversa e se aproxima. A gente entrega item, a gente até leva comida, a gente até leva cobertor, mas a gente está indo lá pra levar o que eles mais que é uma conversa, olho no olho, companhia.
Folha de Decupagem
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Repórter: Brenda Santos
3 ’5’’/4’2’’ O senhor acredita que na mídia há uma falta de visibilidade para esses projetos?
Você acredita que hoje a maior demanda das pessoas em situação de rua é só realmente o alimento?
ProjetoTema Social para pessoas em situação de rua Assunto Tempoin/out Conteúdo
______/_____/Data 2020
4’’/1’6’’
Ana Carolina Monteiro, Coordenadora
“Olha Brenda eu não... Assim é uma opinião muito particular né, mas eu não vejo como a mídia ser responsável ou não por ter mais ou menos divulgação. Hoje nós temos a ferramenta aí né, a internet né das coisas. Nós temos hoje ferramentas fantásticas de divulgação. É fato que a mídia tem uma força interessante, mas eu acredito muito que nós podemos fazer o que tem que ser feito como projeto, como organização de pessoas, de amigos. A gente pode garantir essa veiculação do projeto em massa. Através das redes sociais e todas essas que a gente por aí. A gente já tem uma força muito grande, mas é claro que a parceria e o apoio da mídia é sempre muito bom né, mas eu não responsabilizo a mídia por nada não.
Você já faz parte do projeto a quanto tempo?
“Faz 4 anos”
ReportagemGrandeEditoria
1”/3”
2’55’’/3’49’’ E olhando pra falta de visibilidade, você acha que a mídia tem essa falta de visibilidade dos projetos em questão de realmente mostrar? Eu sei que muitos desses projetos estão presentes na internet em si né, mas eu digo na mídia mesmo, se você acha que tem essa falta?
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E antes do projeto Entrega por SP, você já tinha participado de algum outro?
2’9’’/ 2’51’’ E antes de você ser coordenadora você já era voluntária do projeto SP?
1’7’’/ 2’7’’ Durante esses 4 anos tem alguma história que foi mais impactante para você?
“Eu acho que falta um pouco. Agora assim a Globo, eles começaram a mostrar no jornal da hora do almoço que é o
“Não, eu fazia ação com pessoas em situação de rua que eu conhecia sozinha mesmo. Comecei no metrô Belém, eu estudava próximo e eu ia a pé e eu fazia sozinha. Comecei a fazer com a minha família, minha família me incentivou, eu comecei a ir. E aí no meu aniversário de 17 anos, eu falei: “Não, vamos conhecer um projeto” e aí eu achei o entrega na internet, minha família foi comigo e aí eu comecei. “
“Não, eu fui voluntária uns três anos, eu virei coordenadora agora pouca, recente, eu sou nova aqui. Eu obedeço (risos).
“Ai tem algumas, deixa eu ver. Na última ação teve uma história bem importante pra mim. Foi de uma menina que eu conheci de 17 anos que estava na rua e teve uma briga familiar e a gente era assim.. eu tenho 20 anos, a nossa idade era próxima e a gente tem uma diferença de realidade absurda né. Eu graças a Deus estava tendo essa oportunidade de estar ajudando ela e não estar recebendo ajuda, mas mexeu muito comigo eu ver uma menina como eu, tão nova e com uma falta tão grande de afeto, de informação, de acesso. Então a gente conversou bastante sobre anticoncepcional, sobre menstruação, sobre ir na UBS e pedir remédio e ser atendido. Então foi bem importante, eu sou da área da saúde então pra mim foi uma conversa muito significativa.”
Tralli (apresentador do jornal), eu não sei o nome do jornal . Mas eles estão começando a mostrar um pouco mais, mas ainda falta, falta falar disso, falta mostrar a realidade, falta um apoio do governo. A gente trabalha aqui completamente voluntário, a gente não ganha nada pra está aqui e seria muito bom ter o apoio do governo. A gente faz o que muitas vezes o governo não está fazendo. Então sim a mídia ajudaria muito nesse sentido, com certeza.”
ProjetosTema Sociais para pessoas em situação de rua Assunto Tempoin/out Conteúdo
Repórter: Brenda Santos
3’51’’/4’25’’ Durante esse tempo que você já está no Entrega por SP, quais causas você acha que são mais fortes e que levam as pessoas a parar nas ruas?
54
______/_____/Data 2021
ReportagemGrandeEditoria
“Com certeza é o abuso de substâncias né, as pessoas acabam se tornando adictas então esse é um ponto importante, o desemprego também e conflitos familiares. E aí violência doméstica, brigas dentro de casa, também às vezes homofobia, transfobia. São os motivos principais, acredito.”
Folha de Decupagem
Carlos Alberto Silva, pessoa em situação de rua
“Hoje? O pessoal é muito legal, me acolhe bem, me identifico bem com eles, eles me ajudam. Me dão roupa, me dão tênis, me dão kits de higiene que eu preciso. Só não financeiro porque eu já tenho os meus devidos locais de ganhar o meu dinheiro, eu recebo bolsa, que é micharia, mas ajuda. De R$ 150 agora vai para R$ 400. Peguei na época de R$ 600,00, peguei na época de R$ 300. Trabalho na feira, olho carro então eu tenho minha rendinha.
Repórter: Brenda Santos
O tema escolhido partiu de uma ideia pessoal em que primeiramente acredito que o jornalismo em seu papel social deve dar voz a quem precisa. Jornalismo é missão. É olhar para o outro com empatia. Além disso, o gostar de estar com pessoas e ajudar o próximo no que for possível, é algo que sempre esteve comigo. Sempre acompanhei diversos projetos socais através das redes sociais e faço parte de uma inciativa social que se chama “Raposas Contra Fome”. Já envolvida nesse universo e com a ideia de queos projetos sociais não possuem muita visibilidade na mídia televisa decidir falar sobre o assunto. Inclusive foi essa hipótese que fundamentou parte da pesquisa.
55
1’17’’/ 3’57’’ Qual a importância do projeto Entrega por SP para o senhor hoje?
Diário de campo
1’’/1’16’’ Como o senhor conheceu o Entrega por SP?
“Eu conheci aqui no Pacaembu. O rapaz trabalhava aqui no estádio, o coordenador, agora ele está com outra parte do entrega que é o projeto lavanderia, que ele ganhou em primeiro lugar no caldeirão do huck. Aí tá trocando o projeto lavanderia e deixou os pessoal que já era do entrega de cargo de confiança. O Valtinho, a outras meninas ali, eles que estão na coordenadoria. Uma outra menina também que fazia parte saiu, que ela é minha amiga. Inclusive me perguntam se eu vejo ela, eu não vejo mais ela. A Mariana também era da coordenadoria e agora tá em outro projeto, que esse projeto eu ainda não conheci. Os caras falam que é “não sei o que da rua”, esse da rua eu não conheço, eu queria conhecer. Eu não sei nem que dia é que eles fazem isso aí, se é igual o entrega que faz uma vez por mês. Primeiro era na quinta, agora tá na segunda depois da pandemia, já foi na terça.
57 B) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO CRONOGRAMA INDIVIDUAL 2º SEMESTRE ETAPAS JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO LEITURA DOS MATERIAIS REALIZAÇÃO DAS ENTREVISTAS DECUPAGEM INDIVIDUAL PRODUÇÃO DO RFTM PAPER REVISÃO DO PAPER ENTREGA DO RFTMCRONOGRAMAPAPER EM GRUPO- GRANDE REPORTAGEM 2º SEMESTRE 2021 ETAPAS JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO APURAÇÃO E LEITURA REUNIÃO DE BANCAENTREGAREUNIÃOREVISÃOEDIÇÃOROTEIROPRÉDECUPAGEMREUNIÃOENTREVISTAS/APOIOCAPTAÇÃOENTREVISTASCONFIRMAÇÕESFONTESREUNIÃOPROCURAALINHAMENTOPAUTADEPAUTASDASFONTESDERESULTADOSDASDEDEIMAGENSDEGRAVAÇÕESDEMONTAGEMROTEIROFINALEMONTAGEMFINAL
Transporte Privado 12 R$ R$ 15,00 180,00
Impressão encardenaçãoe Papers (Reservado) 4 R$ R$ 80,00 320,00 Total 65 / R$ 3.919,00
Quantidade Valor unitário
INVESTIMENTOItem
Transporte Público 30 R$ R$ 4,40 132,00
Alimentação 10 R$ R$ 15,00 150,00
Microfones de lapela 3 18,00R$ 54,00R$
Livros 3 R$ R$ 25,00 (média) 75,00
Valor Total
Ring Light + tripé (grande) 1 88,00R$ 88,00R$
Ring Light + tripé (pequena) 1 20,00R$ 20,00R$
Notebook 1 2.9000,00R$ 2.9000,00R$
58 C)
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EVmSJjrBxnc&t=345s
Reportagem: Fausto Salvadori
59 D) ANEXOSEntrevista com moradores de rua contratados como pesquisadores

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