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1. INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A desigualdade, a exclusão, os estereótipos sociais e a falta de políticas públicas para as pessoas em situação de rua, são problemas que há muito tempo vem afetando claramente esse grupo populacional, assim como outros grupos minoritários que são invisíveis por grande parte da sociedade.

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De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a população que vive nas ruas cresceu 140% desde 2012 até março de 2020, chegando a quase 222 mil brasileiros em situação de rua. A pesquisa ainda revela que entre essas pessoas sem moradia, estão desempregados e trabalhadores informais como, guardadores de carros e vendedores ambulantes.

Neste contexto, torna-se importante frisar que com o cenário econômico atual marcado pela pandemia do Covid-19, o número de pessoas em situação de rua pode ter aumentado significativamente, principalmente pela falta de empregos, o que fez com que muitas pessoas ocupassem calçadas, becos, pontes, viadutos, rodovias, praças e marquises da cidade. Além de outras questões como problemas familiares e o uso excessivo de substâncias químicas como o álcool e drogas ilícitas. Distantes de proteção, alimentação, saúde, higienização, abrigo, emprego e ainda tendo que enfrentar preconceitos e rótulos impostos pela sociedade como: criminosos, violentos, preguiçosos, alcoólatras, drogados etc. As pessoas em situação de rua contam com a ajuda de projetos e programas sociais de inclusão, que tem como propósito não só levar alimentos e kits de higiene, mas também tentar fazer com que a pessoa que está em uma situação mais vulnerável sinta-se parte da sociedade de alguma forma, seja através de uma conversa descontraída ou por ações que fortalecem os direitos de cidadania desse grupo populacional.

Partindo da hipótese de que os projetos sociais voltados para as pessoas em situação de rua, possuem mais visibilidade nas mídias digitais dos próprios projetos do que nos telejornais e que a mídia televisiva contribui para uma imagem estereotipada dessas pessoas. Esta pesquisa tem como objetivo abordar como as narrativas jornalísticas, principalmente no jornalismo televisivo, podem reforçar os estereótipos sobre as pessoas em situação de rua e a visibilidade dos projetos sociais direcionados para esse grupo populacional na mídia televisiva. Para isso, foi escolhida a edição de 2017 do programa Profissão Repórter, associada ao tema “pessoas em situação de rua”. Para tal estudo foi analisado, se há um

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