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4.2 As fake news sobre o Covid-19

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Conteúdo enganoso

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colheu mais de 50 depoimentos em seus seis meses de trabalho e se debruçou sobre a campanha de desinformação que se espalhou pelo país em meio à pandemia. O relatório final da CPI, divulgado em outubro de 2021, acusou Bolsonaro de ser o “porta-voz” das redes de fake news no Brasil.75 Segundo o relatório, a rede de fake news se dividia em cinco subgrupos76, o núcleo de comando, regido por Bolsonaro e seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro que orientam e criam estratégias de ações, o núcleo formulador também conhecido como “gabinete do ódio”, situado no Palácio do Planalto e ordenado por Carlos Bolsonaro, Filipe Martins e Tercio Arnaud, o núcleo político, formado por parlamentares, políticos, autoridades públicas e religiosas, que ajudavam no endossamento político das fake news e o núcleo de produção e disseminação das fake news para o povo brasileiro, através de canais do Youtube, blogs, tweets e memes, coordenado por blogueiros como Allan dos Santos. Há também o núcleo financeiro, mantido por Luciano Hang, dono da empresa varejista Havan e Otávio Fakhoury, presidente do diretório do Partido Trabalhista Brasileiro que endossam as campanhas de fake news através de doações financeiras para sites da extrema-direita incluindo o Terça Livre, comandado por Allan dos Santos. Em relação à SECOM, o relatório afirma:77

A CPI também identificou que “não apenas os órgãos públicos de comunicação se omitiram em sua missão de combater boatos e a desinformação, mas participaram ativamente do processo de criação e distribuição” de fake news. No Facebook, por exemplo, as campanhas de desinformação eram iniciadas com postagem realizadas por contas falsas e, em seguida, influenciadores digitais eram contratados para difundir essas informações, muitos deles pagos por agências contratadas pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom), em gastos que somaram mais de quatro milhões de reais. “A Secom não realizou nenhuma campanha para promover as medidas preventivas então disponíveis à época, quais sejam: o incentivo ao uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social”, lê-se no relatório. (EL PAÍS, 2021).

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Infectologistas ouvidos pela CPI acreditam que caso as medidas sanitárias delineadas pela OMS houvessem sido divulgadas e comunicadas pelo governo

75 Conteúdo disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-10-20/bolsonaro-e-lider-e-porta-vozdas-fake-news-no-pais-diz-relatorio-final-da-cpi-da-pandemia.html. Acessado em: 11.nov.2021. 76 Conteúdo disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-10-20/bolsonaro-e-lider-e-porta-vozdas-fake-news-no-pais-diz-relatorio-final-da-cpi-da-pandemia.html. Acessado em: 11.nov.2021. 77 Conteúdo disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-10-20/bolsonaro-e-lider-e-porta-vozdas-fake-news-no-pais-diz-relatorio-final-da-cpi-da-pandemia.html. Acessado em: 11.nov.2021.

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