Revista TÁXI! - Ed. 96

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Edição 96

2018

A Revista do Taxista www.revistataxi.com.br

MUNDO TÁXI

Próximos passos do app SPTAXI, por Adilson Amadeu a Marcos Saraiva no Encontro Revista E MAIS Entrevista Táxi! e Feirão Chevrolet




Sumário Maio Amarelo: nós somos o trânsito

Capa

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Sumário 04 Editorial 06 Mundo Táxi SPTAXI: próximos passos para a

Vila Maria Zélia: a história da industrialização e urbanização de São Paulo

consolidação de um projeto libertador

Guias e Roteiros

Vila Maria Zélia

Destaque

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08 10

12 14 Agenda - SPCVB 16 Capa 20 Entrevista

Primeiro encontro Revista Táxi! 2018 e Feirão Chevrolet Entrevista – Marcos Saraiva Chevrolet

Movimento Maio Amarelo: nós somos o trânsito

Destaque

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Everaldo de Andrade, ‘o taxista mais feliz de São Paulo’

Mundo Táxi

Historias de Taxistas: Everaldo de Andrade, “o taxista mais feliz de São Paulo”

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EXPEDIENTE

A revista do Taxista

Edição 96

Maio Amarelo, para pensarmos na segurança no trânsito

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a onda dos meses temáticos, voltados a causas abrangentes, o Maio Amarelo chama a atenção para os acidentes no trânsito e sua violência, algo que afeta a todos, individual e/ou coletivamente. Em nosso país, os números assumem caráter de epidemia, com cerca de 40 mil mortes anuais. Para ter ideia do peso disso, é mais que a metade de mortos na guerra da Síria, na média de cada um de seus sete anos. Como tantos outros temas, seguramente a base da solução aos acidentes de trânsito está na educação e, também, na mudança de comportamento quanto ao valor e respeito à vida. Nesse sentido, o Maio Amarelo acerta ao fomentar atividades ligadas à informação, à educação e à sensibilização de diferentes grupos e segmentos sociais e etários, a começar, claro, pelas crianças. Precisamos, todos, trabalhar e agir para que os números do trânsito deixem de nos assombrar. E, vale lembrar, os acidentes não são simples acidentes, mas, muitas vezes, descaso e a velha crença de que “isso não só acontece com os outros”. O uso do celular ao dirigir, desrespeito e desconsideração aos pedestres e ciclistas, falta de uso de cinto de segurança pelos passageiros são todas coisas simples de resolver e que, seguramente, podem evitar acidentes. Se de um lado a edição vem com a mensagem preocupante do Maio Amarelo, temos também em nossas páginas Everaldo de Andrade, “o taxista mais feliz de São Paulo”, alguém 6

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muito bem humorado e se preocupa em tentar fazer feliz a quem o cerca, especialmente seus passageiros. Quanto ao momento profissional do taxista, temos um interessante artigo do Vereador Adilson Amadeu sobre o app SPTAXI que termina por ser, mais que uma avaliação, um convite para que o taxista invista no app divulgando-o intensamente e oferecendo sempre o melhor serviço aos passageiros. E temos, ainda, uma entrevista com Marcos Saraiva, Gerente de Vendas Diretas da Chevrolet, que falou sobre economia, mercado e avanços tecnológicos nos carros, temas sobre os quais o taxista deve estar sempre de olho aberto e orelha em pé, para acompanhar a dinâmica do mercado em que atua. Vá com cuidado, cuide-se bem e boa leitura.

Diretoria

Adilson Souza de Araújo Davi Francisco da Silva Fábio Martucci Fornerón (editora@portodasletras.com.br) Redação

Editor Adilson Araújo MTB 19.069

Edição de Arte Agência Flavour’s Reportagem Arnaldo Rocha, Camila Silva e Cida Nogueira Colaborador Davi Francisco da Silva Fotografias de Capa Adilson Souza de Araújo Fotografias Davi Francisco da Silva Fotos da Reportagem Capa Divulgação Projeto Gráfico Editora Porto das Letras Revisão Naira Uehara

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Adilson Araújo Diretor da Revista TÁXI!

Impressão gráfica oceano

Tiragem

20.000 exemplares Distribuição Gratuita edição 96 é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua Jaboatão, 142, CEP 02516-010, Casa Verde, São Paulo (SP). Telefone: (11) 3392-1524. E-mail revistataxi@portodasletras.com.br. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes.



Por adilson amadeu

Mundo Táxi Divulgação

SPTAXI: próximos passos para a consolidação de um projeto libertador

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ançado oficialmente há apenas 45 dias, o aplicativo da cidade SPTaxi tem motivos de sobra para comemorar, pelos números alcançados nestas primeiras semanas de operação. Afinal, cerca de 50% dos 40 mil taxistas paulistanos já efetuaram seu cadastro na plataforma e passaram a fazer divulgação maciça da marca junto aos seus passageiros, que já somam quase 50 mil corridas. Assim como seu coirmão carioca, a versão paulistana deve ganhar novos aprimoramentos em sua interface para melhorar e aperfeiçoar ainda mais a plataforma nas próximas semanas. Já a previsão de lançamento do aplicativo para celulares IOS deve acontecer ainda em maio (a versão corporativa deve ficar para o segundo semestre). Em seu estágio inicial, o app paulistano passa por sua fase de ajustes operacionais e, em breve, passará à sua segunda etapa - ainda mais crucial - o da ma8

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turação. Incluindo aí, a divulgação (e consequentemente as campanhas de marketing que deverão ser lançadas pela Prefeitura) e a consolidação da marca entre os usuários paulistanos. Isso também requer tempo e paciência, um projeto e sua marca não nascem prontos. Eles são adequados e construídos ao longo do tempo, juntamente com o atendimento e o produto que oferecemos aos nossos consumidores. É aí que entra o papel fundamental do taxista, de se qualificar e oferecer o melhor serviço possível através do aplicativo que nasce com o propósito de ser exclusivo da categoria e libertador em sua essência. Volto a frisar: como qualquer projeto em implantação, o app SPTaxi não chega embalado e finalizado. Ele será construído cotidianamente, dia após dia, em cada atendimento de excelência realizado por um taxista nos quatro cantos da capital paulista. E é com essa mentalidade que devemos construir a reputação

e a credibilidade que tanto almejamos com o SPTaxi. Para finalizar, lembro de uma frase inspiradora de um dos maiores gurus do marketing internacional, o professor americano Philip Kotler. “Se você criar um caso de encantamento com seus clientes, eles próprios farão sua publicidade”. Lembre-se, o sucesso do SPTaxi também depende de você. Vamos fazer nossa parte agora! + Divulgação para passageiros + Atendimento qualificado + Descontos para fidelizar clientes SPTAXI - Ir e vir em São Paulo nunca foi tão fácil, econômico e confiável. Bom para o passageiro, bom para o taxista!



Guias e Roteiros

Da Redação

Vila Maria Zélia: marco na industrialização e urbanização de São Paulo

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Divulgação

início do século passado, São Paulo crescia e se modernizava. O Estado buscava melhorar as condições higiênicas e de moradia e as vilas operárias eram boa ideia frente aos cortiços insalubres onde os trabalhadores se amontoavam. Nesse contexto, o médico e industrial Jorge Street construiu, entre 1912 e 1917, com arquitetura de Paul Pedraurrieux, a Vila Maria Zélia, para acomodar trabalhadores de sua fábrica com tecelagem, estamparia de algodão, fiação, 2 mil teares, 84 mil fusos e 3 mil motores elétricos, o que fazia dela uma das maiores consumidoras de energia na capital. Benefícios inovadores Para Street, antes da Vila, habitações precárias “degradavam a dignidade humana, interferiam no processo produtivo e produziam um sentimento de revolta”. Foram construídas 198 casas, de 74m² e 110m², que seguiam normas quanto à água e esgoto, número de janelas e contrapiso para evitar contato do morador com a terra. A educação era grande prioridade e a Vila Maria Zélia contavam com um prédio da creche e jardim de infância, outro para a escola das meninas. Num terceiro, a escola dos meninos. A religião tinha grande espaço, sendo obrigatória, a partir do primário, a participação na missa de domingo, catecismo e primeira comunhão. E para a qualidade de vida do trabalhador, festas, bailes, concertos musicais e jogos de futebol, benefícios incomuns para a época. 10

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Decadência e resistência Em 1924, endividado, Jorge Street vendeu o complexo. Depois, em 1929, com a Grande Depressão, a fábrica foi novamente vendida. Em 1930, tudo foi confiscado pelo Governo Federal devido a dívidas em impostos. Por fim, a fábrica foi desativada em 1931, mas os moradores seguiram vivendo na vila, sem pagar aluguel. Entre 1936 e 1937, a antiga fábrica foi usada como presídio político, apelidado de “Universidade Maria Zélia”, devido aos intelectuais e historiadores presos no lugar. Em 1939, a fábrica foi reaberta pela Goodyear, que demoliu a fábrica de tecidos, a creche, o jardim de infância e 18 casas para ampliar a área da fábrica, até hoje no local.

Em 1968 os moradores conseguiram comprar as casas, assim como os moradores de outras vilas operárias, igualmente transferidas à União. Por fim, em 1992, a Vila foi tombada pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Hoje, uma comunidade ativa se esforça para manter algo das tradições, atuando cultural e comunitariamente, desenvolvendo, por exemplo, uma bela festa junina. Serviço: Vila Maria Zélia - R. dos Prazeres, 362 - Belenzinho, São Paulo-SP



Primeiro encontro Revista Táxi! 2018 e Feirão Chevrolet

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Entrevista – Marcos Saraiva Chevrolet

arcos Saraiva, Gerente Regional de Vendas Diretas, conhece, como poucos, os taxistas. Com sensibilidade, ele comanda e dá suporte às concessionárias para que ofereçam satisfação aos clientes. A contar pela imensa participação da Chevrolet no segmento taxistas, o serviço tem sido muito bem prestado. Em entrevista à Revista TÁXI!, Marcos Saraiva falou sobre economia, mercado e avanços tecnológicos nos carros, coisas que afetam diretamente ao taxista. Acompanhe. Revista TÁXI!: Todo profissional precisa investir em sua ferramenta de trabalho. Como tem sido isso com os taxistas? Marcos Saraiva: A categoria já sente uma melhora no serviço e seus rendimentos, pela melhora na economia, da ação da prefeitura em disciplinar o mercado e abertura de postos de trabalho que faz com que muitos que trabalham nos aplicativos deixem o “bico” de lado. Aliás, motoristas de aplicativos começam a perceber que não ganham suficiente para a manutenção, seguro e tudo mais; o carro fica velho e não tem como comprar outro. A queda dos juros, com montadoras oferecendo planos com entrada e mais 60 vezes ou entrada e juros zero também ajuda na decisão de comprar. Está vindo de forma lenta, mas percebemos alguma recuperação. Revista TÁXI!: Muitos motociclistas deixaram as motos 125cc e foram para as de 250cc. Com os taxistas também houve esse movimento nos últimos anos? Marcos Saraiva: Os taxistas fize12

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Marcos Saraiva com Fábio Fornerón, da Revista TÁXI! e Paulo Brejão, da Chevrolet Serviços Financeiros

ram um movimento contrário, deixando veículos mais luxuosos por outros mais básicos, com prestação menor; gente de Spin baixando para Prisma, Cobalt; ou de Cruze para Cobalt. Revista TÁXI!: Mas isso é algo pontual, nesse momento mais crítico? Marcos Saraiva: É pela condição de momento do mercado. Se melhorar, começam a buscar carros melhores. Contando com isenções de quase 1/4 no valor do carro, num momento econômico favorável, o taxista comprava um carro top. Mas, com a economia fraca, desemprego e concorrência, o taxista diminuiu o nível do carro para não se perder em dívidas, mas a troca para evitar a manutenção se manteve. E mesmo nos modelos inferiores, a tecnologia permite que os carros mais básicos sejam cada vez mais completos e sofisticados. Carros mais baratos já trazem sistema de rádio como o

MyLink, com comandos digitais, integrado ao telefone e muito mais. Ou seja, diminui o investimento, mas recebe um carro com mais tecnologia e motores mais econômicos. O Cruze, por exemplo, vem com turbo e, comparado a versões anteriores, com muito mais tecnologia: um Cruze básico, LT, atual, tem mais recursos que um LTZ mais antigo; diminuiu o nível e ganhou em conteúdo. Claro, o LTZ atual é ainda melhor. Os modelos mais básicos de hoje têm melhor conteúdo tecnológico e acabamento que versões mais antigas do mesmo modelo. Revista TÁXI!: O taxista também escolhe o carro de acordo com seu ponto e público? Marcos Saraiva: Também. Se ele percebe que não precisa de um carro tão grande e sofisticado, ele diminui o tamanho, mas segue querendo um carro completinho. A tecnologia, queira ou não queira, vai entrando também nos modelos mais sim-



ples e a indústria oferecendo carros mais completos. Revista TÁXI!: A indústria nacional deve cada vez menos aos carros importados, não? Marcos Saraiva: É um efeito da globalização. O Cruze que temos aqui é praticamente o mesmo da Europa ou Estados Unidos; a Tracker dos Estados Unidos, México ou Canadá é praticamente a mesma que temos aqui. Revista TÁXI!: A competitividade vem, então, do comercial? Marcos Saraiva: Sim, da agressividade comercial, de melhores preços e condições de financiamento; do atendimento, vendedores bem treinados, com mais conteúdo e conhecimento sobre cada modelo; vem do número de concessionárias para que o cliente não precise ir longe para comprar e, principalmente, para a manutenção; e a Chevrolet tem concessionária em todo lugar, pontos de vendas e de pós-vendas. Revista TÁXI!: Quanto melhor o atendimento, maior a fidelização do cliente. Como você vê o taxista nesse cenário? Marcos Saraiva: Ainda há concessionárias que não gostam de atender taxistas, porque eles são muito exigentes e reclamam dos preços de tudo ou de qualquer atraso. Esse empresário que não atende bem o taxista está errado, porque, se pensarmos num cliente, poucos conhecem melhor o carro que o taxista que passa de 10 a 14 horas ao volante, enquanto o motorista comum fica por volta de 3 horas. Talvez, por conhecer melhor ele saiba apontar onde tem problemas e onde não tem, onde é bom e onde não é. Afirmar que se ganha menos ao vender para o taxista também é um equívoco, pois o segmento táxi e deficiente físico remuneram mui14

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to bem. Na venda um carro no varejo, lojistas detonam a margem, dão cortesias, pagam mais pelo veículo usado etc. Com o taxista isso não acontece pois os carros são faturados direto da fábrica, com tabela da fábrica. Além disso, taxistas movimentam a oficina, pois muitos deles querem manter a garantia e a segurança das peças originais. Nas concessionárias com maior tradição em venda para taxistas, o atendimento pós-venda é feito pelo próprio vendedor, que estabelece uma relação de amizade com seus clientes. Algumas concessionárias têm, inclusive, boxes dedicados a taxistas para não haver demora, sem atrapalhar o serviço do taxista, um atendimento rápido, imediato, sem demora ou perda de tempo. O taxista é, sem dúvida, um grande consumidor de peças, pelo tanto que roda, pela manutenção preventiva que realiza para manter o carro em ordem (embreagem, freios, amortecedores, suspensão, pastilhas, lonas, disco de freio...). O particular pode esperar um pouco mais para fazer essa manutenção; taxista, não. Ele precisa do carro em

condições de trabalho e a manutenção evita que o carro pare. A manutenção preventiva é muito melhor que a corretiva porque é melhor gastar uma ou duas horas a cada 5 ou 10 mil quilômetros que correr o risco de parar três dias por não ter peças ou por deixar acumular muitos pequenos problemas. Para o taxista o grande problema de quebrar o carro é quebrar, junto, o faturamento. É perder duas vezes. Revista TÁXI!: Outra questão importante é a economia do combustível, pois, no caso do taxista, o valor supera ao do próprio investimento no carro. Marcos Saraiva: Manter o carro regulado é economia certa e a tecnologia também ajuda nesse sentido, avisando sobre calibragem dos pneus e janelas abertas com o ar condicionado em funcionamento. Realmente, a tecnologia permite muitos recursos. Por exemplo, o OnStar tem um GPS que localiza o carro em caso de roubo e furto, o que torna o seguro mais barato; alem disso, o sistema aciona socorro automaticamente em casos de acidentes em que o airbag é acionado.







Confira a agenda dos principais eventos da cidade que é tudo de bom! Programe-se para aproveitar o melhor de São Paulo. Para mais informações, acesse o site: visitesaopaulo.com

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Uma parceria com o taxista e um serviço a mais para o passageiro



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Agenda de eventos: O VISITE SÃO PAULO é uma entidade sem fins lucrativos que busca ampliar o volume de negócios e o mercado de consumo na cidade, por meio da atividade turística, apoiando a melhoria dos serviços e atendimento aos visitantes. Atua na captação, geração e incremento de eventos, além de realizar projetos e capacitações que visam melhorar a qualidade do atendimento presta-

Uma parceria com o taxista e um serviço a mais para o passageiro

do aos visitantes de negócios e lazer. As datas e locais dos eventos podem ser alterados, consulte sempre a agenda de eventos no site do Visite São Paulo: visitesaopaulo.com - contato@visitesaopaulo.com

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Matéria de Capa

Adilson Souza de Araújo

Maio Amarelo 2018

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ciações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas. Ao promover a conscientização para a necessidade de um trânsito mais seguro para todos, com respectiva redução de acidentes em todas as situações, o

Maio Amarelo coloca em pauta o tema trânsito, estimulando a participação da população, empresas, governos e entidades. Por que Maio Amarelo? Em maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para a Segurança no Trânsito, daí termos esse mês como referência mundial para as ações realizadas nesse âmbito. De outra parte, o amarelo simboliza atenção e, também, a sinalização e advertência no trânsito. Divulgação

Maio Amarelo é um movimento internacional criado para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, buscando a conscientização e ações coordenadas entre o Poder Público e a sociedade civil, colocando em pauta o tema segurança viária e mobilizando toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos governamentais, empresas, entidades de classe, asso-

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Divulgação

E se esse movimento faz sentido em todo mundo, em países como o Brasil a coisa fica ainda mais séria e necessária, pois os números de acidentes e mortes do trânsito não deixam margem a dúvidas quanto a isso. Para se ter noção da gravidade, no mesmo ano de 2011 quando se iniciou a Década de Ação para a Segurança no trânsito, começou, também, a Guerra da Síria, conflito bélico que, nesses sete anos provocou 511 mil mortes, com média de 73 mil mortes por ano. No Brasil, sem guerra declarada, segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram 37.306 óbitos e 204 mil pessoas feridas, números que colocam nosso país como quinto lugar entre

os países com mais mortes no lidade. Trata-se de um estímulo trânsito, atrás apenas de Índia, a todos os condutores – de caChina, EUA e Rússia. minhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas Nós somos o trânsito – e aos pedestres e passageiros, Com o mote “Nós somos o trân- a optarem por um trânsito mais sito” o Movimento chega à sua 5ª seguro. edição e fomenta na sociedade discussões e atitudes voltadas à Segundo o OBSERVATÓRIO Nanecessidade urgente da redução cional de Segurança Viária, os do número de mortes e feridos acidentes não acontecem, simgraves no trânsito. O tema foi plesmente, mas são fruto de esdiscutido com a Associação Na- colhas inadequadas e arriscadas. cional de Detrans (AND) e apre- Para José Aurelio Ramalho, diresentado em reunião do Conselho tor-presidente do OBSERVATÓRIO e idealizador do Movimento Maio Nacional de Trânsito (Contran). Amarelo, 90% dos acidentes deTal como em 2017, o tema de rivam de falhas humanas como 2018 propõe o envolvimento di- imperícia, imprudência e desareto da sociedade nas ações e tenção. “Somos os responsáveis propõe uma reflexão sobre uma pelos nossos atos no trânsito e nova forma de encarar a mobi- ter consciência clara disso é um TÁXI! EDIÇÃO 96

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Divulgação

dos caminhos para a reversão do triste cenário não só do Brasil, mas de todo o mundo”, ressalta. Em todo o país, diversas ações e manifestações Campina Grande, na Paraíba, foi destaque em 2017 pelas atividades desenvolvidas no Maio Amarelo e sediou a abertura do Movimento em 2018. Já o evento de encerramento com a premiação “Destaques Maio Amarelo 2018” acontecerá no dia 28 de junho em Brasília e será sediado pela ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem) e pelo DER/DF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal). A premiação será dada às empresas, entidades do setor público e sociedade civil organizada que mais disseminarem os conceitos e práticas propostas pelo Maio Amarelo. As ações devem estar direcionadas à conscientização para a segurança no trânsito e o incentivo à mudança de comportamento de todos que transitam.

“Registro que sediar um evento desta relevância é expressar o comprometimento da ABDER e do DER/DF com a paz e a cidadania no trânsito. É importante ressaltar que, em 2017, o Distrito Federal reduziu de forma expressiva o número de acidentes, principalmente com gravidade e morte. A nossa utopia é zerar esses dados em Brasília e no Brasil”, diz Henrique Luduvice, diretor-geral do DER/DF e presidente da ABDER. Maio Amarelo pelo país Além de uma série de ações de sensibilização, conscientização e educação promovidas em diversos municípios do Brasil, o 26

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Maio Amarelo promoveu, também, uma mudança da estética de muitas cidades, com monumentos, fachadas e edifícios coloridos com a cor símbolo do Movimento. Brasília, teve vários de seus edifícios, dentre eles o do Congresso Nacional, iluminados em amarelo. Em São Paulo, o edifício da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade recebeu um enorme laço amarelo. No âmbito estadual, o Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo,

e o Palácio Guanabara, no sede do Governo do Rio de Janeiro, receberam iluminação noturna amarela. Até mesmo o Cristo Redentor participou do Movimento, tendo sido iluminado de amarelo para chamar a atenção para o Movimento, mas, a contar pelos trágicos números que ostentamos, não seria exagero que, por aqui, a cor do movimento fosse o vermelho, pois há tempos já superamos todos os sinais de alerta.


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Melhor Serviço

INFORME PUBLICITÁRIO

Estressado? Faça uma massagem Mais do que uma preocupação com a aparência, o cuidado com si mesmo pode proporcionar vários benefícios para a saúde

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Divulgação

oi-se o tempo em que a preocupação com a própria estética e saúde era coisa de mulher. Hoje, bons centros de estética oferecem diversos serviços, pautados não apenas pela preocupação com a aparência física, mas especialmente para a saúde e bem-estar dos clientes. A massagem e o shiatsu fazem parte desta gama de serviços e são indicados para amenizar dores acumuladas no dia a dia, especialmente na região cervical, e também para relaxamento. “A diferença entre a massagem e o shiatsu é que, enquanto na massagem os movimentos são realizados com

MASSAGEM RELAXANTE DE: R$ 100,00 POR R$ 60,00 DRENAGEM LINFÁTICA DE: R$ 100,00 POR R$ 60,00 SHIATSU DE: R$ 120,00 POR R$ 80,00 LIMPEZA DE PELE DE: R$ 150,00 POR R$ 100,00

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cremes e deslizamentos, o shiatsu é feito apenas com o polegar, que pressiona os pontos de tensão no corpo, a fim de soltar a musculatura. É indicado para quem tem dores lombares, no ombro e em outras regiões que acumulam tensão”, explica a esteticista Roseli Neves Dias, responsável da clínica Rose Estética. Remoção de impurezas Relaxamento corporal, redução de retenção de líquido e ativação da circulação sanguínea. Estes são os principais benefícios da drenagem linfática, técnica de massagem que tem por objetivo estimular o sistema linfático – rede de vasos que movem fluidos pelo corpo. “A técnica é feita com movimentos lentos, que agem como se fossem uma vassourinha no nosso organismo, tirando as impurezas do corpo, hematomas, dores na perna e a retenção de líquido”, continua Roseli.

Bastante indicado para taxistas, que passam horas trabalhando na mesma posição e bastante propensos à retenção de líquido, a drenagem linfática também é indicada para aliviar inchaços e reduzir medidas. “Mas ela não reduz índice de gordura e não deve ser feita em pessoas que já tiveram câncer. Tratamentos estéticos também não são indicados para pessoas que sofrem de dores crônicas, pois, em vez de ajudar, as técnicas podem piorar o quadro que exige avaliação clínica”, adverte a esteticista.

substâncias que entram nos poros da pele. Com a limpeza, a pele do cliente fica livre de impurezas e bastante macia”, finaliza Roseli. Localizado na Rua Jaboatão, nº 142, a clínica Rose Estética firmou parceria com a Revista TÁXI! com preços promocionais. Uma limpeza de pele, que custa R$ 120 reais, terá um desconto de 50% para taxistas. Aproveite!

Fim à acne Outro serviço muito procurado em centros estéticos que promove uma sensação de bem-estar surpreendente é o de limpeza de pele. No caso de taxistas, o procedimento é importante para ajudar no controle e erradicação da acne (espinhas e cravos), e também para remover as impurezas acumuladas no dia a dia. “Mesmo imperceptível, a poluição da nossa cidade traz uma série de

Rose Estética Rua Jaboatão, 142 - Casa Verde - SP Fone: 11 3392-1524

MASSAGEM RELAXANTE DE: R$ 100,00 POR R$ 60,00 DRENAGEM LINFÁTICA DE: R$ 100,00 POR R$ 60,00 SHIATSU DE: R$ 120,00 POR R$ 80,00 DESIGNER DE SOBRANCELHAS DE: R$ 90,00 POR R$ 60,00 LIMPEZA DE PELE DE: R$ 150,00 POR R$ 100,00 HIDRATAÇÃO FACIAL DE: R$ 80,00 POR R$ 60,00 DEPILAÇÃO COMPLETA DE: R$ 90,00 POR R$ 50,00 SOBRANCELHAS COM HENNA DE: R$ 40,00 POR R$ 30,00 MICROAGULHAMENTO (INDUÇÃO DE COLÁGENO) DE: R$ 300,00 POR R$ 250,00


Mundo Táxi Everaldo de Andrade: o Taxista mais feliz de São Paulo Divulgação

da gentileza de um estranho.

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veraldo de Andrade é de Itarubim, Bahia, e está em São Paulo há mais de 17 anos. Foi dono de pizzaria e casado, mas, depois da separação, se desfez do negócio e trabalha no táxi há mais de 5 anos. Com bom humor contagiante, ele se intitula o ‘taxista mais feliz de São Paulo’,disposto a melhorar o dia de todos, mesmo no curto tempo de uma corrida de táxi. Ele recebeu, um dia, um papel com dicas para uma vida mais feliz e isso lhe fez muito bem. Resolveu retribuir a gentileza aos seus passageiros e o mimo é acompanhado de um pedido: “Leia, reflita e, se puder, retribua a alguém que você encontre, para fazer bem a outras pessoas também”. Assim, ele fomenta uma espécie de ‘corrente do bem’ que tem a simpatia e o carinho pelo próximo como ingredientes principais. Dentre as histórias que coleciona em seu táxi, ele destaca a de uma passageira que, depois, lhe confessou que no dia em que o conheceu em seu táxi estava decidida a dar fim à própria vida, mas mudou de ideia graças à inespera-

Sua história tem ficado conhecida, inclusive pela casualidade de levar um ou outro passageiro de algum veículo de comunicação, como uma pessoa da produção do Programa Sabrina Sato, que o convidou para uma matéria. Na “corrida” em que ele a atendeu, via-se uma Sabrina Sato leve e visivelmente grata pela gentileza de Everaldo: “Você é o taxista mais feliz de São Paulo porque você faz o que gosta e faz com amor”, e arrematou “E eu sou a apresentadora mais feliz do Brasil”. E ele, emendou de bate e pronto, com o bom humor habitual: “Do Brasil, não! Você é apresentadora mais feliz do mundo!”, elogiando a espontaneidade de Sabrina, que, no trajeto, até fez um dueto com Everaldo. Outro que o divulgou foi o blog A Educação no Século 21, de Newton M. Campos no Estadão, com o blogueiro falando o quanto a companhia de alguém como Everaldo faz bem: “Numa São Paulo ainda esvaziada pelas festas e pelo clima de verão, desfrutei da incrível experiência de pegar um táxi cujo motorista, o Sr. Everaldo de Andrade, se intitulava como ‘o taxista mais feliz de São Paulo’. O trecho que percorri era curto para uma longa conversa. Mesmo assim, me identifiquei muito com ele e com os assuntos sobre os quais conversamos. No final da corrida ele presenteou com um pequeno papel e pediu-me que o lesse num ambiente tranquilo, para depois refletir sobre as frases que li por aproximadamente dois minutos. Depois de interiorizar o conteúdo eu deveria escolher uma pessoa para compartilhar o texto. Escolhi vocês.” O blogueiro transcreveu as frases do Everaldo a seus leitores, coisa que repetimos aqui, na Revista TÁXI!, na esperança de ajudar o Everaldo em sua tarefa de fazer mais gente feliz.

Para ser mais feliz e fazer mais pessoas felizes: 01 – Elogie três pessoas por dia; 02 – Assista ao nascer do Sol pelo menos uma vez ao ano; 03 – Tenha um aperto de mão firme; 04 – Olhe as pessoas nos olhos; 05 – Aprenda a tocar um instrumento musical; 06 – Cante no chuveiro; 07 – Gaste menos do que ganha; 08 – Saiba perdoar a si e aos outros; 09 – Aprenda três piadas boas, mas inocentes; 10 – Beba champanhe, sem ter motivos; 11 – Trate a todos que você conhece como gostaria de ser tratado; 12 – Doe sangue todo ano; 13 – Faça novos amigos; 14 – Saiba guardar segredos; 15 – Devolva tudo que pegar emprestado; 16 – Não adie uma alegria; 17 – Surpreenda aos que você ama com presentes inesperados; 18 – Aceite sempre uma mão estendida; 19 – Reconheça seus erros; 20 – Ande de bicicleta; 21 – Sorria! Não custa nada e não tem preço; 22 – Lembre-se dos nomes das pessoas; 23 – Pague suas contas em dia; 24 – Pare para sentir o perfume de uma flor; 25 – Não ore para pedir coisas: somente sabedoria e coragem; 26 – Dê às pessoas uma segunda chance; 27 – Não tome nenhuma medida de “cabeça quente”; 28 – Respeite todas as coisas vivas; 29 – Dê o melhor de si no seu trabalho; 30 – Jamais prive uma pessoa da esperança, pode ser a única coisa que lhe reste.




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