Boletim do Conselheiro 149

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149 Boletim do CONSELHEIRO FEVEREIRO/21

Representante dos Empregados | Leandro Nunes | leandronusi@gmail.com

ELETROBRAS E CELESC PÚBLICAS, BOM PARA TODO MUNDO

Esta semana, o Governo Federal encaminhou ao Congresso uma Medida Provisória para incluir a Eletrobras no Plano Nacional de Desestatização. Trocando em miúdos, o Presidente da República deu mais um passo rumo à tentativa de privatizar a maior empresa de energia elétrica da América Latina. Neste tempo em que trabalho pela manutenção da soberania energética nacional e pelo fortalecimento das empresas públicas, um slogan utilizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) acabou me marcando: “ÁGUA E ENERGIA

NÃO SÃO MERCADORIAS”. Ao colocar o setor elétrico como um ativo a ser vendido, o Governo Federal atenta contra a população Brasileira e contra o conceito de empresa pública voltada para o desenvolvimento econômico e social do país. A privatização do setor elétrico nacional iniciou na década de 90 e resultou na venda de mais de 90% das distribuidoras de energia elétrica públicas no país. Hoje, encontramos poucas estatais que resistiram à este processo, dentre elas a nossa Celesc e a paranaense Copel, empresas que se revezam no pódio de me-

lhor serviço prestado à sociedade na avaliação dos próprios consumidores. Enquanto isso, empresas privadas tem sido responsáveis por seguidos desastres. Nos estados de Goiás, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Piauí e Alagoas, a população sofre com o descaso na prestação de serviço privatizado, enquanto paga altas tarifas de energia. Apesar dos seguidos problemas e desastres que a privatização trouxe à população brasileira, a mentira liberal de que vendendo o patrimônio público será possível ter um serviço de qualidade e energia barata,

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