136 Boletim do CONSELHEIRO AGOSTO/20
Representante dos Empregados | Leandro Nunes | leandronusi@gmail.com
Acordo Coletivo de Trabalho 2020/21 Mais uma vez, iniciamos as tratativas à realização da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT 2020-2021. A data-base dos sindicatos representativos da Celesc é 1º de outubro e, em condições normais, a negociação da pauta de reinvindicação apresentada pelos representantes dos(as) empregados(as) deverá estar concluída até o final de setembro. Conforme temos dialogado nos últimos anos, 2020 é a linha de corte das metas de transição à manutenção da concessão da Celesc Distribuição. Dessa maneira, entendendo ainda o cenário atípico apresentado pela Pandemia do COVID-19, o momento é de serenidade, respeito e manutenção dos direitos históricos. Conforme já registrei no boletim do conselheiro nº 133, temos um grande desafio com a necessidade de adequação do passivo atuarial da Celesc. Porém, esse é um tema que não se encerra durante as rodadas de negociação do ACT e é importante que todos tenham esse entendimento, para que o assunto seja tratado com responsabilidade, mas da forma apropriada. Além disto, ajustes e reivindicações dos(as) empregados(as) podem e devem ser atendidos, como a criação de um instrumento compartilhado e participativo, com a participação dos sindicatos, à revisão da curva salarial dos novos empregados, que estão
demandando este debate. Importante deixar claro que o Plano de Cargos e Salários – PCS é um dos acordos específicos celebrados com os sindicatos e qualquer mudança neste item deve, obrigatoriamente, passar por assembleias de aprovação dos(as) empregados(as).
“Conforme temos dialogado nos últimos anos, 2020 é a linha de corte das metas de transição à manutenção da concessão da Celesc Distribuição. Dessa maneira, entendendo ainda o cenário atípico apresentado pela Pandemia do COVID-19, o momento é de serenidade, respeito e manutenção dos direitos históricos” Como conselheiro, entendo que não é momento de causar confusão e criar enfrentamentos irresponsáveis, notadamente com as cláusulas que asseguram a representação dos empregados na Celesc. Até dois anos atrás, seria impensável imaginar uma negociação de ACT em
que houvesse a inciativa da Diretoria Executiva de censurar a atuação do representante dos empregados no Conselho de Administração, impondo dificuldades e limitações que inviabilizam a atuação do nosso representante eleito. Apesar de que na Engie, empresa da qual o Diretor Presidente é egresso, a liberação do representante dos empregados eleito ao Conselho de Administração é respeitada, não é de se espantar se algum ataque vier nesse direito consolidado há anos no ACT dos(as) celesquianos(as). Pensar que a liberação de ponto significa ausência de trabalho não é uma ofensa somente para o nosso conselheiro eleito, mas para todos os gerentes da empresa. Ou algum chefe ou até mesmo Diretor registra frequência na Celesc? É um despropósito esta analogia, mas não é de se duvidar que possa ser utilizada. Vivemos tempos difíceis e deveríamos, de maneira inteligente, concentrar as nossas energias em ações construtivas para o bem da Celesc, como empresa pública. Peço que todos e todas, apesar das limitações impostas pelo COVID-19, acompanhem o processo negocial, leiam os boletins da empresa e dos sindicatos, e se engajem com responsabilidade às bandeiras e posições que defendam a Celesc Pública, patrimônio dos catarinenses.
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