04 Boletim do Conselheiro julho/15
Representante dos Empregados | Leandro Nunes | leandronusi@gmail.com
ANEEL discute com associações, distribuidoras e sindicatos os termos da prorrogação das concessões A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou nessa quarta-feira, dia 01 de julho, sessão pública presencial da Audiência Pública nº 038/2015 que discute a minuta do contrato de concessão para as concessionárias de distribuição, que vão passar pelo processo de renovação da concessão, regulamentado pelo decreto 8.461/2015. O encontro contou com a presença de 67 participantes, entre agentes do setor e representantes sindicais. Eu participei da audiência como representante dos empregados acompanhando dois trabalhadores que estiveram na Aneel representando a Celesc: Gilceia Silveira Carvalho e Fábio Valentim. A audiência foi presidida pelo relator do processo na Agência, o diretor André Pepitone, que destacou eficiência, isonomia e equidade como os princípios que nortearam a construção do documento em debate. As áreas técnicas da ANEEL propuseram modelo de contrato de concessão ou termo aditivo para a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica,
considerando as disposições de prorrogação condicionadas estabelecidas no Decreto. O relator apontou ainda que as novas cláusulas incorporadas ao contrato referentes à Governança Corporativa, Compromissos do Controlador Societário, Sustentabilidade Econômica e Financeira e Condições de Prorrogação Condicionada “concedem ao regulador ferramentas novas, para assegurar a adequada prestação do serviço de distribuição”. Em linhas gerais, a participação na audiência foi aquém do que imaginava. Apenas 12 expositores apresentaram suas contribuições ao contrato, dentre eles o Advogado Fábio Valentim que representou a Celesc. Considerando que 44 contratos de concessão vencerão até 2017, o número de expositores foi relativamente baixo, evidenciando que as distribuidoras, associações e sindicatos estão concentrando seus esforços em realizar as contribuições por escrito e, a meu ver, não estão dispostas a se exporem publicamente contra a proposta da Aneel.
“O termo atual é muito aberto, considerado pelas empresas e sindicatos um verdadeiro “cheque em branco” para a Agência Reguladora conduzir o futuro das concessões da forma que lhe convier, intervindo na gestão das distribuidoras e possibilitando a privatização das estatais”
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