Boletim da Intercel nº 79

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boletim da intercel Informativo da Intercel

- 05 de setembro de 2019 -

N79

2ª RODADA DE NEGOCIAÇÃO DIRETORIA SE NEGA A DISCUTIR GARANTIA DE EMPREGO E APRESENTA RETIRADA DE DIREITOS DA CATEGORIA ta sucessivas vezes uma das melhores distribuidoras de energia elétrica do Brasil. Depois de afirmar que traria a Garantia de Emprego na terceira rodada, a Diretoria deu a tônica daquilo que

Aconteceu nesta quinta-feira, dia 04, a segunda rodada de negociação de Acordo Coletivo de Trabalho 2019/20. A rodada foi marcada pela rejeição da diretoria em debater a Garantia de Emprego dos celesquianos. Cobrada pelos dirigentes sindicais logo no início da rodada, a Diretora de Gestão afirmou que a garantia de emprego será discutida em conjunto com outras questões, apontando para uma tentativa de barganhar com a clásula mais importante do ACT dos celesquianos. Insistindo em ligar a garantia à questões financeiras e construindo a narrativa de corte de direitos através da comunicação corporativa da empresa, a tentativa de utilizar a garantia de emprego como moeda de troca para cortar direitos dos trabalhadores ficou clara em uma rodada sem nenhum avanço. Os dirigentes sindicais deixaram claro que não negociarão os direitos dos trabalhadores em um pacote, lembrando que a maior greve já realizada na história da Celesc foi motivada pela tentativa de retirar a garantia de emprego. A Intercel reafirmou que o direito é cláusula pétrea dos celesquianos e deve ser tratada com respeito, pois mobiliza toda a categoria para a luta. Além disso, é preciso ficar claro que a garantia de emprego serve para que todos os celesquianos tenham a tranquilidade de trabalhar sem serem perseguidos, continuando o bom atendimento à sociedade que levou a Celesc a ser elei-

O desrespeito com os trabalhadores e com suas entidades representativas é parte de um amplo plano de destruição dos direitos e de privatização da Celesc

aguarda os trabalhadores: nenhum avanço e nenhum respeito com o Acordo Coletivo de Trabalho. De todas as cláusulas debatidas, a diretoria não concedeu nenhuma das reivindicações da categoria, propondo ainda uma série de reduções e retiradas de direitos. A Diretoria atacou o Auxílio Empregado Estudante, propondo a retirada do orçamento do benefício do Acordo. A di-

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retoria também propôs, na cláusula de Sistema de Compensação, diferenciar os trabalhadores, reduzindo direitos dos empregados com carga horária de quatro horas. A diretoria também afirmou que a reivindicação dos empregados novos por isonômia de direitos, nas cláusulas de Anuênio, Gratificação de férias e Gratificação de 25 anos não faz parte da nova política de recursos humanos da empresa, desrespeitando uma luta histórica dos celesquianos. O discurso de “modernização e agilidade” da diretoria frente à “intransigência” dos dirigentes sindicais é mais uma forma de confundir as reais intenções da administração da empresa: retirar direitos da categoria. Para todas as cláusulas que atentaram contra o direito dos trabalhadores, os dirigentes sindicais defenderam veementemente o ACT, em respeito aos anseios dos celesquianos. A verdade é que a nova política da empresa busca destruir a gestão participativa e a representação dos trabalhadores. O desrespeito com os trabalhadores e com suas entidades representativas é parte de um amplo plano de destruição dos direitos e de privatização da Celesc. A categoria deve estar preparada para a defesa do ACT. Os sindicatos da Intercel estarão percorrendo a base para informar e mobilizar os trabalhadores contra os ataques da diretoria da empresa. A próxima rodada de negociação acontece quarta-feira, dia 11.


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