boletim da intercel Informativo da Intercel
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06 de AGOSTO de 2018
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N68
GOLPE NO ESTATUTO TRABALHADORES APROVAM PARALISAÇÃO CONTRA MUDANÇAS QUE FACILITAM PRIVATIZAÇÃO DA CELESC
Mais uma vez, uma reforma estatutária está em curso no Conselho de Administração da Celesc. Por pressão da EDP e de Lírio Parisotto, e a cumplicidade de alguns conselheiros do Estado, a mudança do estatuto da Celesc, necessária para adequação à Lei 13.303, está se transformando em uma forma de minimizar o impacto da participação dos trabalhadores e de facilitar a privatização da Celesc. No estatuto da Celesc está expresso que as reuniões do Conselho de Administração tem que ser realizadas, obrigatoriamente, na sede da empresa ou, por deliberação do Conselho de Administração, nas demais dependências do grupo Celesc. Essa trava é mais um instrumento de defesa contra a privatização, instituída após o então presidente do Conselho de Administração, Glauco Côrte, ter afirmado
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que faria a reunião do colegiado lá na FIESP, impedindo a manifestação dos trabalhadores e deixando livres os conselheiros para venderem o patrimônio público. Esse episódio aconteceu em 2009, quando uma manobra para mudança de governança corporativa da Celesc foi barrada pela atuação dos sindicatos da Intercel, que ocuparam a reunião do Conselho e impediram a privatização da Celesc. Desde então, os conselheiros que querem lucrar com a venda da maior estatal catarinense buscam formas covardes de facilitar a privatização. A mais recorrente delas é a realização de reuniões virtuais. A lógica é simples: retirar do estatuto a trava das reuniões presenciais para evitar o debate com os trabalhadores e, do conforto da escuridão que afaga os covardes, vender a Celesc.