boletim da intercel
Informativo da Intercel - 13 de JULHO de 2020 - N116
A POLÊMICA PLR A IMORALIDADE DA PLR DA DIRETORIA NÃO PODE SERVIR PARA ATACAR TRABALHADORES E DEFENDER A PRIVATIZAÇÃO Nos últimos dias a imprensa catarinense trouxe à tona o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados à Diretoria da Empresa. Em meio à situação caótica deixada pelo ciclone e agravada pela falta de planejamento, as reportagens criticam a Diretoria da Celesc pelo recebimento de valores que ultrapassam o bom senso na administração pública. A possibilidade de receber até 6 vezes o seu salário sempre foi criticada pelas representação dos trabalhadores. Assim como o atual representante dos Empregados no Conselho de Administração, Leandro Nunes, manifestou voto contrário à PLR da Diretoria, todos seus antecessores foram críticos da prática. Em 28 de abril deste ano, os sindicatos da Intercel registraram, mais uma vez, voto contrário à PLR da Diretoria em Assembleia Geral de Acionistas. A informação ficou em segundo plano por conta do voto sobre o conflito de interesses do Presidente da Empresa, mas demonstra um histórico de luta em defesa do respeito aos trabalhadores, da manutenção da Celesc Pública e da moralidade na administração pública. Afinal de contas, empresa Pública não foi feita para pagar vultuosos salários ou bonificações para diretores indicados politicamente pelo Governador do Estado. Enquanto o Presidente pode ultrapassar um quarto de milhão e os demais diretores um valor próximo, em média os trabalhadores - verdadeiros responsáveis pelo bom atendimento à sociedade catarinense - recebem 1,6 vezes. Infelizmente, o momento potencializa a imagem negativa que a PLR da diretoria gera perante à sociedade e faz surgirem irresponsáveis ataques aos próprios celesquianos. Após a veiculação das reportagens do
ND Mais, uma carta anônima foi enviada à ALESC criticando o pagamento de PLR aos trabalhadores, atacando as representações e clamando pela privatização. Oculto sob a covardia do anonimato, o documento, cheio de erros e mentiras, traz dados que não estão no portal da transparência, acendendo o alerta de que as informações que baseiam a defesa da privatização saíram de dentro da Celesc. Atacar dirigentes sindicais sempre foi uma forma de tentar enfraquecer a categoria e mudar o foco de críticas à administrações que atentam contra a Celesc Pública. O fato é que, de todas as formas avaliadas, o montante da PLR da Diretoria é imoral. É preciso defender e valorizar os trabalhadores, principalmente em um momento onde o espírito e o caráter público da Celesc são demonstrados no trabalho heróico realizado pelo celesquianos para recompor o sistema elétrico, apesar das políticas de redução do quadro de pessoal e aumento da terceirização, implementadas por esta administração. A verdade é que, enquanto o trabalho dos celesquianos no atendimento à população passa a imagem de uma empresa pública forte, eficiente e responsável, questões como a PLR dos diretores empurram a empresa rumo à privatização. E a imoralidade da PLR dos diretores não pode ser subvertida em ataque aos trabalhadores e a Celesc Pública.
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