139 Boletim do CONSELHEIRO OUTUBRO/20
Representante dos Empregados | Leandro Nunes | leandronusi@gmail.com
A empresa me sustenta, eu a sustento por Mário Sérgio Cortella, filósofo e escritor
Uma empresa precisa ter lucratividade, rentabilidade, produtividade e competitividade. A sustentabilidade nesses quatro tópicos advém de uma série de fatores: competência em seu setor, o tipo de produto ou serviço que oferece, a capacidade de planejar-se estrategicamente, os equipamentos de que dispõe, o posicionamento no mercado e a capacidade de analisar cenários futuros. Mas também depende essencialmente do modo como ela maneja o estoque de conhecimento que detém, por meio dos colaboradores. Ao investir em educação corporativa, não necessariamente a empresa estará mais bem preparada. Essa relação não chega a ser direta. O contrário, entretanto, é automático: não investir na formação implica uma perda significativa da competência e da qualidade. Há uma clássica frase que todos sempre lembramos: “Se você não acredita que educação é um bom investimento, tente investir em ignorância”. Não existe uma relação direta, linear, entre formação e aumento de competitividade. Num mundo totalmente complexo, seria reducionista pôr essa questão sob um ponto de vista exclusivo. Hoje,
no entanto, as organizações que se diferenciam são as que não enxergam o trabalho das pessoas como commodity e priorizam a qualificação permanente de seus quadros. Essa educação continuada pressupõe a capacidade de dar vitalidade à ação, às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas. O estabelecimento dessa condição traz uma multiplicidade de elementos, desde treinamentos pontuais até cursos de formação e especializações sofisticadas. Se a liderança não estiver voltada para priorizar a formação contínua, o máximo que essa empresa terá é um grande passado pela frente. E existem também empresas cuja gestão de capital humano dá um passo além e oferece oportunidades para o aprimoramento da sensibilidade. Essa é uma questão central, hoje, no mundo do trabalho, isto é, a facilitação de atividades que envolvam a sensibilidade estética no campo da música, poesia, artes plásticas, ecologia. Isso propicia aos que atuam em uma empresa um prazer grande pela estrutura de conhecimento em seus múltiplos níveis. Aliás, as empresas que rumam céleres
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