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AMD visa fortalecer a marca e se antever as inovações tecnológicas na era digital
Há mais de 50 anos, a AMD tem impulsionado a inovação em tecnologias de computação, gráficos e visualização de alto desempenho para melhorar a maneira como as pessoas vivem, trabalham e brincam. Para conhecer a área de vendas de Canais da companhia, conversamos com Fabiano Schunck, Channel Sales Manager na AMD:
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PS: Gostaríamos de conhecer a sua trajetória profissional, há quanto tempo está na AMD?
FS: Atuo em TI há 17 anos, desde 2005, comecei trabalhando em pequenas revendas de tecnologia, passando por alguns canais VARs, onde fiquei até 2011, quando vim para a AMD gerenciar um seleto grupo de parceiros. Esta foi minha primeira passagem pela companhia, que durou até 2014. Após este período, fui exercer uma função semelhante na HP Inc., gerenciando canais 2nd tier. Cinco anos depois, retornei para a gerência de canais da AMD, onde estou até hoje.
PS: Que balanço você faz deste período que está na área de vendas de canais da companhia?
FS: É possível notar uma evolução muito grande quando comparamos ambos os períodos em que estive na liderança deste setor, e é evidente que a evolução da AMD como companhia também contribuiu muito para todas as áreas de atuação. Entre 2011 e 2014, podemos dizer que 90% do nosso trabalho era baseado em clientes e relações governamentais. Embora ainda tenhamos uma atuação forte com parceiros que trabalham diretamente com diferentes esferas do governo, hoje o nosso foco é a expansão de ambos os segmentos: público e privado. Durante este período, conseguimos desenvolver uma forte rede de parceiros que atuam desde pequenas e médias empresas, até grandes corporações.
PS: O que tem a compartilhar conosco sobre a estratégia da AMD para o ecossistema de canais e como estão os investimentos da empresa nesse ecossistema, principalmente os especializados em servidores e data centers, tanto para Clients, quanto em PCs?
FS: Algo importante é que a área que chamamos de “Commercial” na AMD é a unidade de negócios em que enxergamos um dos maiores potenciais de crescimento. Nosso principal objetivo é expandir e capacitar nossa rede de parceiros, sobretudo investindo em qualidade, ou seja, que nossos canais tenham total capacidade de compreender de forma clara todos os benefícios envolvidos das nossas tecnologias e com isto estarem habilitados a oferecerem as melhores soluções aos seus clientes, tanto na área de servidores e data centers, como PCs para empresas de diversos segmentos e tamanhos.
PS: A AMD possui duas plataformas para canais que são im-
Fabiano Schunck: Estamos focados em trabalhar nossa cadeia de suprimentos para aumentar a produção e atender à crescente demanda
portantes: o Alliance e o Arena, como estão os programas este ano, haverá alguma atualização nas plataformas? Quais treinamentos a empresa oferece aos canais para capacitação e certificação. e quais são os benefícios?
FS: Além do AMD Alliance, o Arena segue também como uma ferramenta essencial de capacitação e treinamento dos parceiros e é muito estratégico dentro da operação Brasil da companhia. Temos executado um extenso trabalho de divulgação da iniciativa com os nossos parceiros e queremos que cada vez mais eles busquem capacitação. Em nossa plataforma há prêmios e benefícios disponíveis para os canais participantes.
Com a flexibilização das atividades presenciais, estamos planejando treinamentos com parceiros, tanto para revendas quanto distribuidoras, e já por todo o Brasil, em um “road show” programado para o segundo semestre de 2022.
PS: Durante o Partner Summit, a AMD apresentou uma série de novidades, o que tem a nos contar sobre a unidade de negócios ‘Commercial’ da companhia e

quais foram os principais tópicos e insights do evento?
FS: O objetivo do nosso primeiro Partner Summit Brasil era reunir os parceiros com quem já atuamos há mais de dois anos para estarem todos em um mesmo lugar, trocar experiências e realizar networking, que é essencial. Focamos em reforçar as iniciativas da AMD para fortalecimento da marca e os produtos que temos com nossos principais OEMs. O time de Marketing apresentou as diversas ativações que estão sendo conduzidas para mostrar a marca da AMD ao mercado, não somente nos segmentos de PCs, mas também em outros setores, como por exemplo, o fornecimento de tecnologia para a Fórmula 1, nos consoles de games e veículos autônomos.
Sobre a área de Commercial, abordei as ferramentas que temos disponíveis para que nossos parceiros e times comerciais e técnicos façam mais negócios.
No evento, reforçamos o valor percebido dos produtos da AMD, com as nossas principais mensagens de performance, segurança e eficiência energética, que englobam a questão e comparação entre “preço” e “valor” dos produtos. Em Cloud e Servidores apresentamos uma visão abrangente do que a AMD tem feito no segmento, assim como o supercomputador Frontier.
Tivemos ainda a participação do Sergio Santos, nosso general manager, que trouxe uma visão macro da companhia, como as recentes aquisições da Xilinx e Pensando pela AMD, e as atuações em todas as unidades de negócio, assim como dos nossos OEMs parceiros, que trouxeram seus principais produtos com tecnologia AMD.
PS: Quais são as expectativas e metas da AMD no Brasil em 2022 e nos anos seguintes e como antecipar as inovações tecnológicas em um mercado tão competitivo como o de tecnologias de computação, gráficos e visualização de alto desempenho? Quais são os produtos e soluções que terão destaque no portfólio da AMD nos próximos meses?
FS: Nossa expectativa está ligada à estratégia de antecipação às inovações tecnológicas: trazer novos produtos de ponta, com alta performance, segurança robusta e economia de energia, assim como novas tecnologias e soluções para o mercado. Buscamos ainda manter nossa liderança em arquitetura e litografia, que são a base para que todas essas soluções possam ser desenvolvidas de forma precisa. Para o nosso portfólio de Client no Brasil, focamos nas séries 5000 do Ryzen e Ryzen PRO e seguimos na expectativa de lançamento dos produtos com a série Ryzen 6000.
PS: Como está o mercado de processadores com a falta de chips e as dificuldades enfrentadas pela indústria de semicondutores, o que a AMD tem realizado para se antever a essa nova realidade do mercado global?
FS: Este tem sido um momento único no mercado de semicondutores, mostrando a importância dos chips no nosso dia a dia. A demanda dos clientes continua muito forte em todo o portfólio de produtos da AMD. Estamos focados em trabalhar nossa cadeia de suprimentos para aumentar a produção e atender à crescente demanda que estamos vendo no mercado.
PS: Quando pensamos na AMD, o que primeiramente deve vir a nossa mente?
FS: A AMD tem a tecnologia mais atual e o portfólio de processadores mais moderno do mercado. Entregamos alta performance, desde os processadores de entrada até os topos de linha, em desktops e laptops. Somos uma empresa que busca cada vez mais trazer novos recursos, como os processadores da série Ryzen 6000, que reforça os nossos principais recursos de segurança e consumo de energia eficiente, tão importante tanto para economia das empresas, quanto para o uso consciente de recursos do planeta.
PS: Para finalizar, qual a sua mensagem para os canais:
FS: Nosso mote para os canais consiste em vender mais valor. Sabemos que o Brasil é um mercado muito competitivo, principalmente relacionado aos cenários econômicos, mas entendemos que, cada vez mais, é importante posicionar a tecnologia de forma correta. É imprescindível que o cliente compreenda o que está adquirindo e saiba que ao comprar um produto AMD, ele está adquirindo a melhor segurança, ou seja, um equipamento muito menos vulnerável à ataques, que consome menos energia, e além de tudo isto, com alta performance. Portanto, é essencial que nossos parceiros possam levar esse valor percebido até nossos clientes.

O poder público e o tratamento de dados pessoais
“(...) É preciso ter em mente que o tratamento de dados realizado pelo Poder Público sempre envolverá uma ponderação entre o direito à privacidade e a proteção de dados dos titulares e o direito de acesso à informação que todo cidadão possui. “ A implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais tem suscitado inúmeros questionamentos, tanto por agentes públicos quanto privados, em relação à sua aplicação. Em razão disso, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), cumprindo com seu papel orientativo, lançou o Guia de Orientação sobre o Tratamento de Dados Pessoais pelo Poder Público.
O Guia tem como objetivo direcionar as instituições públicas acerca da interpretação da LGPD e sua aplicabilidade, e os questionamentos têm girado em torno da conciliação da aplicação das regras de proteção de dados e suas prerrogativas estatais, como o âmbito de incidência da Lei, a interpretação das hipóteses legais de tratamento e as regras a respeito do uso compartilhado e divulgação de dados pessoais.
No que se refere às hipóteses legais que autorizam o tratamento de dados pessoais por entidades públicas, a ANPD restringiu, no Guia Orientativo, à avaliação das bases legais do consentimento, legítimo interesse, cumprimento de obrigação legal e regulatória e execução de políticas públicas, em razão da agenda regulatória dos anos 2021 e 2022.
A hipótese legal de execução de políticas públicas poderá ser utilizada no tratamento de dados pelo Poder Público quando as entidades, atuando no exercício de suas prerrogativas, visarem a execução de um programa ou ação governamental, que deverá ser formalizado, seja através de lei, regulamento ou ajuste contratual, além de conter objetivo, prazo e meios de execução definidos.
Além disso, qualquer tratamento de dados executado por entidades públicas deverá estar associado ao cumprimento de uma finalidade pública. Dessa forma, qualquer uso posterior das informações somente poderá ocorrer para uma finalidade compatível com a inicialmente informada, levando em consideração o contexto, a existência de conexão fática ou jurídica, as expectativas legítimas dos titulares e o interesse e a finalidade pública específica do tratamento posterior.
Paralelo a isso, é dever das entidades e órgãos públicos fornecer informações claras sobre as atividades executadas, visando garantir o acesso das informações pelo público em geral e o cumprimento do princípio da publicidade, além de seguir as especificidades em casos de uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público, ou seja, quando órgãos públicos concedem permissão de acesso ou transferem uma base de dados pessoais a outro ente público ou a entidades privadas.
Por fim, é preciso ter em mente que o tratamento de dados realizado pelo Poder Público sempre envolverá uma ponderação entre o direito à privacidade e a proteção de dados dos titulares e o direito de acesso à informação que todo cidadão possui.
*O artigo teve coautoria de Laís Silveira, advogada do Peck Advogados.
Caroline Teófilo é sócia gestora do Peck Advogados, formada pelo Centro Universitário FIEO, com mais de 10 anos de experiência em Segurança da Informação, Direito Digital e Proteção de Dados. Especializada em Direito
Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e certificada em “Auditor Líder em Segurança da
Informação” pela PECB, em “Data Protection Officer”, pela EXIN. Professora universitária de Direito Digital e
Proteção de Dados. Dê sua opinião sobre o artigo ou faça sugestões para nossos colunistas, envie seu e-mail.


