Julho de 2015

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www.paroquiadapompeia.org.br/ pascompompeiabh@gmail.com

Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de julho de 2015

Tiragem: 3000 - distribuição gratuita

palavra do pároco

O Dízimo é fruto de uma decisão

Ainda tem valor o escapulário do Carmo? Página 3

Festa em louvor a Nossa Senhora da Abadia 2015

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A importância litúrgica do Tempo Comum

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O Dízimo é fruto de uma decisão amadurecida pela reflexão. Uma decisão que persiste enquanto for alimentada e renovada pela fé. Ninguém dá o que não tem. Por isso, a generosidade, aliada ao senso de gratidão, deve estar enraizada no coração do cristão que se dispõe a ser dizimista, assumindo, portanto, o dízimo como um compromisso fiel de participação efetiva na vida de sua comunidade. É verdadeiramente reconhecido que tornar-se dizimista é um processo que comporta até mesmo algumas dúvidas, angústias e inquietações. Mas essas dificuldades, ao serem paulatinamente superadas, vão dando uma consistência ainda maior à decisão tomada. O dizimista vai percebendo que, pela graça de Deus, é capaz de desapegar-se de um valor material em benefício da comunidade, em sua missão evangelizadora. Então, com sua retribuição, o dizimista passa a ser um agente de transformação da realidade, vivendo em comunhão com os irmãos de fé, pois um dizimista nunca está só. Dízimo é atitude de comunhão. Frei Romero José da Silva, OFMCap

15 de julho – São Boaventurabispo e doutor da Igreja

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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Julho de 2015

Festa em louvor a Nossa Senhora da Abadia – 2015

Programação

Celebrações eucarísticas Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h ; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia

Celebrações nos setores 1º dia – 1 de julho (quarta-feira): Setor São Paulo Maria: Defensora da dignidade humana! Residência de Fernando e Maria da Conceição Rua: Raposos, 637

Capela São Judas Horário: domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia

2º dia – 8 de julho (quarta-feira): Setor São Lucas Maria: Presença consoladora na dor! Residência de dona Dalva Rua: Madressilva, 781 – apto. 02

Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado e domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada

3º dia – 15 de julho (quarta-feira): Setor Santa Clara Maria: Força dos que lutam pela justiça! Residência de Tânia e Paulo Rua: Violeta, 978

Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: Sábado, às 19h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada

4º dia – 22 de julho (quarta-feira): Setor São Pedro Maria: Consoladora dos excluídos! Residência de Clara Rua: Cocais, 683

Capela São Rafael Horário: domingo, às 10h Endereço: rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Santa Efigênia

5º dia – 29 de julho (quarta-feira): Setor São Judas Maria: Socorro dos oprimidos e aflitos! Residência de Arlindo e Cleuza Rua: Tulipa, 638 6º dia 05 de agosto (quarta-feira): Setor São Mateus Maria: Auxílio dos promotores da vida! Residência de Anita Rua: Violeta, 654 Tríduo na Capela de Nossa Senhora da Abadia com a participação das comunidades 7º dia (1º dia do Tríduo) - 12 de agosto (quarta-feira): Comunidade São Judas (Com o hasteamento do mastro) Maria: Modelo de fidelidade a Deus e ao Evangelho! 8º dia (2º dia do Tríduo) - 13 de agosto (quinta-feira): Comunidades Esplanada e São Rafael Maria: Mãe compassiva da humanidade! 9º dia (3º dia do Tríduo) - 14 de agosto (sexta-feira): Comunidade da Pompeia Maria: Esperança do povo do Senhor!

Festa no dia 15 de agosto (sábado) 11h - Terço na praça da Abadia 12h - Súplica na Capela da Abadia 17h - Celebração eucarística festiva no pátio da Creche das Irmãs Batistinas

Pastoral do Dízimo Banco Bradesco Agência: 0848-6 Conta: 3885-7

A Pastoral do Dízimo parabeniza a todos os aniversariantes dizimistas deste mês. Veja a lista dos aniversariantes dizimistas em nosso site: www.paroquiadapompeia.org.br

expediente Pároco: Frei Romero José da Silva, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David José Gonçalves Tierro Ramos Débora Cristina de O. Drumond e Souza Frei Márcio José da Silva, OFMCap Frei Romero José da Silva, OFMCap Maria Madalena Loredo Neta Endereço: Rua Iara, 171 - Pompeia Belo Horizonte - MG Telefone: (31) 3889 4980

E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Site: www.paroquiadapompeia.org.br Arte e impressão: Fumarc Gráfica Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

Nossa Senhora do Monte Carmelo. 1641. Óleo sobre tela de Pietro Novelli. Museu Diocesano, em Palermo, Itália. Reprodução: http://st-maurand-st-ame.cathocambrai. com/conference-pere-descarpentries.html


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Destaque do mês: 16 de juLho – Festa de Nossa Senhora do Carmo

Ainda tem valor o escapulário do Carmo?*

No dia 16 comemoramos o dia de Nossa Senhora do Carmo, a maior festa para todo o Carmelo e para todas as congregações que se inspiram na espiritualidade do Carmelo, e são muitíssimas, creio que mais de 300. Não muitas se pensamos nas que se inspiram em São Francisco de Assis, aí perdemos feio. Mas na vida do céu não há corrida para o primeiro lugar, há busca da santidade, de caminhos que nos façam compreender o amor à vida, à beleza de sermos devotos de Nossa Senhora, que nos diz: “fazei tudo o que Ele, Jesus, vos disser” (Jo 2,5). Mas há milhões de pessoas que são devotas do escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Há ainda

valor em trazer o escapulário de Nossa Senhora do Carmo ou é uma devoção dos tempos do sincretismo religioso? Do passado? Hoje, com gente desenvolvida, faz sentido crer nessas coisas? São perguntas que não se podem responder em dois minutos. Mas vivemos num tempo em que de um lado existem os “que tornam o escapulário e outros símbolos religiosos um mito” (mitizadores), e de outro existem os “destruidores de todos os símbolos”. Nem oito nem 80. Os símbolos têm valores não em si mesmos, mas sim por aquilo que representam e pela mensagem que transmitem e que, para ser eficaz, deve ser vivida. Então, por essas palavras, você já entendeu a resposta: se pensar que usar o escapulário é “certeza de entrar no paraíso”, está redondamente errado. E pensar que usar o escapulário é bobagem, “está redondamente enganado” também. O que devemos fazer é usar o escapulário de Nossa Senhora do Carmo e viver com dignidade, com amor, com coerência diária ao Evangelho, viver o nosso amor a Maria com coerência de vida humana, civil e cristã. Aí, sim, o símbolo do escapulário tem um enorme valor, porque mostra o nosso amor a Maria, que é confirmado pela vida de todos os dias. Usemos o escapulário da Virgem Maria do Monte Carmelo e não o consideremos inútil, mas que isso seja, de verdade, um manifestar da nossa fé, e não pensar que, com o escapulário no

pescoço, podemos fazer tudo o que queremos, e a salvação está garantida. Um dia me dizia um motorista de caminhão: “frei, trago na carteira e no caminhão a fotografia da minha mulher e filhos, e todas as vezes que olho para eles me lembro que devo ser um marido fiel e bom pai”. É isso aí. O escapulário nos recorda que devemos ser fiéis a Jesus e Maria. Frei Patricio Sciadini, OCD

*(Texto publicado em sua página do Facebook em 16 de julho de 2013 - Com pequenas adaptações para ser publicado no jornal O Rosário).

aconteceu na paróquia

Celebração de Corpus Christi

A nova Encíclica do Papa Francisco trata sobre o meio ambiente, do cuidado da casa comum: “Laudato sii” (Louvado seja). Essa frase abre o Cântico do Irmão Sol, de São Francisco de Assis, tido como o texto mais antigo da literatura italiana. Esse será o primeiro documento elaborado inteiramente pelo papa Francisco, já que a Encíclica “Lumen Fidei” (Luz da Fé), publicada em junho de 2013, havia sido iniciada por Bento XVI e foi finalizada pelo atual papa. Louvado seja Deus pelo nosso querido papa Francisco!


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CATEQUESE PERMANENTE

A Bíblia nos encontros de catequese essa situação concreta (julgar); julgada a situação à luz da Bíblia, vamos tomar uma postura (agir). É o método ver-julgar-agir, tão conhecido na América Latina. Esse método rendeu frutos abundantes, mas ele ainda não deu palavra à Palavra de Deus.

O que legitima algo não é o fato de estar na Bíblia ou não, mas o fato de promover a vida de todos.

Durante muito tempo, o texto-base da catequese foi o catecismo. Com a chegada da Catequese Renovada, os catecismos – tão prontos e taxativos! – cederam espaço para manuais catequéticos que tinham a cara das comunidades locais. Os problemas da vida, as esperanças e tristezas do povo, começaram a se fazer presentes nestes roteiros. Foi aí que a Bíblia achou entrada na catequese. Ela iluminava a vida concreta dos catequizandos e a vida dos catequizandos dava mais sentido ao relato bíblico. A conexão da Escritura Sagrada com a vida, a unidade da história da salvação com a história da gente, foi aos poucos sendo descoberta. Isso foi um ganho sem conta para a catequese. Mas, mesmo com esse avanço, a Bíblia ainda não ganhou a centralidade que ela merece nos nossos encontros catequéticos.

A Bíblia não é um livro cheio de regras e dogmas ao qual a gente recorre para legitimar nossas crenças. Na história de nossa catequese, a Bíblia foi sempre muito instrumentalizada para justificar nossas crenças e posturas. Ela serviu de apoio para legitimar nossos dogmas, para afirmar nossa moral, para garantir nossas ideologias. O processo que se afirmou na catequese pode ser descrito mais ou menos assim: a gente tem um problema (ver), então vamos à Bíblia para que ela ilumine

Mas como assim dar palavra à Palavra de Deus? Bom, nós dizemos, e com razão, que a Bíblia é Palavra de Deus. Ora isso não quer dizer que Deus ditou a Bíblia. Quer apenas dizer que, nos relatos de fé que a comunidade registrou, Deus se diz, ele se dá a conhecer, ele mostra o seu rosto. Ora, quando lemos com fé esses relatos, Deus fala a nós, ele continua entrando em relação conosco como fez com aquela gente e continua nos proporcionando por meio do texto uma experiência de fé, tão profunda e forte quanto aquela que motivou o surgimento do relato. Então, na catequese, precisamos resgatar essa dinâmica da relação com Deus que a Escritura Sagrada proporciona. A Bíblia não é um livro cheio de regras e dogmas ao qual a gente recorre para legitimar nossas crenças. Por exemplo: o representante máximo da Igreja Católica é o papa, então, na controvérsia com os protestantes, procuro na Bíblia frases e textos que me digam que Jesus instituiu Pedro como primeiro papa da Igreja. A Bíblia não é também um livro cheio de fatos e histórias que legitimam nossas ideologias. Por exemplo: eu vejo que os ricos oprimem os pobres e afirmo que isso não é vontade de Deus, então procuro na Bíblia relatos de condenações aos ricos e de apoio aos pobres. Ora, não é preciso usar a Bíblia para ambos os casos. No primeiro caso, a Igreja tem o direito de ter seu representante, de ter sua organização, ainda que Jesus não tenha pensado em instituir um papa, em ter uma Igreja com esta estrutura hierárquica que temos. Essa estrutura é legítima se ela é para servir, para unificar, para apoiar todos os que professam sua fé, mesmo que não tenha na Bíblia. E é ilegítima se ela serve como exercício de poder, mesmo que lá ela esteja presente. O que legitima algo não é o fato de estar na Bíblia ou não, mas o fato de promover a vida de todos. No segundo caso, ainda que a Bíblia nada dissesse sobre a exploração dos ricos sobre os pobres, eu estou certa de que posso condenar essa prática. Ela é ilegítima, pois não promove a vida plena, nem do pobre e nem do rico. A vida plena se encontra na fraternidade e na partilha. Se a gente for procurar na Bíblia textos para legitimar nossas crenças, poderemos legitimar as práticas mais absurdas e inimagináveis: o assassinato, o machismo,

a escravidão, a guerra etc. A Bíblia não é para isso. Ela é um livro surpreendente. Nela tem relatos de uma fé viva e atuante. E, por meio desses relatos, o Deus que entrou em relação com aquele povo continua falando e entrando em relação conosco. Então, é preciso tomar cuidado pra gente não ir à Bíblia buscar o que nós queremos legitimar. É preciso acolher o Deus que fala por meio dela. É preciso dar à Palavra de Deus a chance de dizer o que ela quer dizer. Essa tentativa de dar palavra à Palavra de Deus muda o modo de abordar a Bíblia em nossos encontros. Ela não é a luz que é jogada sobre a situação concreta da vida; ela é a motivação da conversa, o ponto de partida dos encontros. O Deus amoroso e carinhoso, que se manifestou ao seu povo lá naquele tempo, é o mesmo Deus que hoje se manifesta a nós e nos dispensa seu carinho, nos ajudando a ter força para viver, nos motivando a viver uma vida que não seja fútil, que seja plena de sentido. Na Catequese Permanente, a Bíblia não é entendida como um conjunto de dogmas ou de moral cristã. Ela é Deus se dizendo a nós; sua escuta é ocasião para fazer acontecer na nossa vida a mesma experiência transformadora que o povo da Bíblia fez. Então, a catequese não é um curso bíblico, nem uma reunião de círculo bíblico, ambos bons e importantes. A catequese é encontro com Deus por meio do mergulho na fé que a Escritu-

A catequese é encontro com Deus por meio do mergulho na fé que a Escritura Sagrada registra. ra Sagrada registra. Nossos catequizandos podem até não saber quantos livros a Bíblia católica tem, em que língua foi escrita, quando, onde. Podem também não saber as passagens bíblicas que defendem a ferro e fogo a fé católica. Podem não saber verbalizar o discurso opressor-oprimido que muitos veem na Bíblia. Mas certamente eles saberão que o Deus vivo e atuante que agiu na vida daquela gente continua caminhando conosco e dando sentido à nossa vida. Por meio dos encontros, os relatos bíblicos serão destrinchados, desmitificados, interpretados. Será preciso quebrar barreiras, desaprender muita coisa, desconstruir para reconstruir de novo sob bases mais sólidas, mais lúcidas. Tudo para proporcionar a experiência cristã de Deus. Tudo para que os catequizandos experimentem o amor incondicional de Deus manifestado em seu Filho Jesus Cristo. Solange Maria do Carmo Mestre em teologia bíblica e doutora em teologia catequética


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A importância litúrgica do Tempo Comum* Retomamos o Tempo Comum (TC) após termos celebrado o período pascal: Tríduo e Tempo Pascal, preparado pela Quaresma. No desenvolvimento do Ano Litúrgico, o Tempo Comum encerra uma grande riqueza espiritual e pedagógica pelo fato de nos conduzir nos caminhos de Deus. O TC tem características próprias ao longo das trinta e três ou trinta e quatro semanas. Não se celebram aspectos especiais do mistério pascal de Cristo, mas o mistério é visto e contemplado em sua globalidade, particularmente, nos domingos. “O Tempo Comum é um tempo importante, tão importante que, sem ele, a celebração do mistério de Cristo e sua progressiva assimilação pelos cristãos seriam reduzidos a episódios isolados, ao invés de impregnar toda a existência dos fiéis e das comunidades. Somente quando se compreender que o Tempo Comum é um tempo indispensável, que desenvolve o mistério pascal de modo progressivo e profundo, pode-se dizer que se sabe o

No Tempo Comum, fazemos a leitura contínua da Sagrada Escritura pela qual revivemos, nos diversos domingos, os inesgotáveis aspectos do Mistério Pascal de Cristo. Esses domingos recebem sua força ou sua espiritualidade de duas fontes: dos tempos fortes e dos próprios domingos. Assim, o Tempo Comum é vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Nesta primeira parte do TC, partimos da vida que nasceu no Natal, manifestou-se na Epifania e, para produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo, que age no Batismo de Jesus. Batizados com o Espírito Santo, como Igreja, produzimos bons frutos.

que seja o ano litúrgico. Dar atenção unicamente aos ‘tempos fortes’ significa esquecer que o ano litúrgico consiste na celebração, com sagrada lembrança no curso de um ano, de todo o mistério de Cristo e da obra da salvação.” *Com adaptações. Do livro: Liturgia em mutiO TC é um tempo privilegiado em que a rão 3 – Subsídios para formação, edições CNBB. comunidade aprofunda o mistério pascal, assimila e interioriza a Palavra de Deus no contexto da história e cultiva o compromis- CNBB. Guia Litúrgico Pastoral. p. 13. so batismal, lembrado e celebrado na vigília MARTIN, J. Lopez. L´anno litúrgico. Ed. Paoline, C. Balsamo, 1987, p.200. pascal. E nesta perspectiva deve ser lembraCNBB. Guia Liturgico Pastoral. p. 11. do e cultivado o domingo como páscoa se- BECKHÄUSER, Frei Alberto. Viver o Ano Litúrgico, Vomanal, dia da assembleia e dia da eucaristia. zes, Petrópolis, 2003, p. 163.

19 de julho: dia da Proteção às Florestas As florestas não estão longe das cidades. Não, nós da cidade é que estamos onde antes eram florestas; somos nós, seres humanos, que invadimos de forma tão abusada o jardim do criador chamado mata atlântica, cerrado, Belo Horizonte e tratamos tão mal os animais e plantas desse belo jardim. O que o habitante do bairro Pompeia, que cresce em população de maneira muito veloz no século XXI, precisa refletir é que nosso psiquismo necessita dessa relação com o ambiente, com esse outro que precisa de cuidado, que merece respeito, que nos fornece milhões de possibilidades em saúde, como ar respirável, alimento, remédios; as árvores, os arbustos, as pequenas florezinhas, tão caras a Clara e Francisco de Assis. Nossas mentes, nossos pensamentos, nossa espiritualidade não são esferas distantes do cuidado com nossos irmãozinhos e irmãzinhas. Pelo contrário, cuidar de nossa casa, de nosso meio ambiente demonstra o quão saudável está nosso coração. Nós, que buscamos o reino de Jesus, a plenitude da vida, em abundância, precisamos pensar e entender que o dia da proteção das florestas não é uma data formal, não é um dia cívico apenas, mas sim uma necessidade pessoal de cada um de nós em nosso respeito ao mundo criado por nosso Pai do Céu. Proteção é diferente de preservação. Proteção é uma ação legal, legitimada por um decreto. A legislação que garante isso é de 2011. Muitos de nós ainda se lembram da Eco 1992, evento realizado no século passado quando os seres humanos descobriram que as ações

Foto: bhsustentavel.ning.com

industriais, urbanas, militares e políticas estavam ameaçando a sobrevivência da própria vida na Terra. O teólogo Leonardo Boff nos dizia naquele momento que a cidadania, assim como a democracia, não são projetos apenas sociais, mas no Brasil deve ser também programas ecológicos, pela magnitude da nossa biodiversidade. E nosso bairro fica no Brasil, logo, a preservação da floresta não é problema apenas dos índios ou do Ibama, mas de todo cidadão que vive aqui. Em 2008, um instituto de pesquisas (Biodiversitas) publicou o Livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção da fauna e flora de Minas Gerais. Curiosamente, o livro fala de três espécies de pássaros e uma espécie de peixe ameaçados de extinção na zona leste de Belo Horizonte. Sim. Os pesquisadores alertaram em 2008

algo que infelizmente já se concretizou: não há mais piabinhas, nem corguinhos, nem riachinhos nas pedreiras do bairro Pompeia (há edifícios e medo da dengue), e os sabiás, sumiram, entre outros pássaros. Observe a sua volta, sinta como há muito mais carros do que flores. Infelizmente a destruição da natureza é uma realidade próxima de você, de mim, de todos nós. Mas quando falamos de proteção, estamos falando de medidas punitivas para os que destroem, mesmo que seja a própria prefeitura, ou o mais importante membro da sociedade, todas as instituições públicas e privadas estão sob a ordenação da legislação que diz que devemos fiscalizar o cuidado com a natureza. O Brasil tem uma forte legislação ambiental. Mas o vizinho despeja produtos químicos em raízes de árvores para fazer uma garagem; é o ônibus que está com o escapamento ruim e despeja toneladas de carbono tóxico diariamente; é a pessoa que passa e arranca folhas de um arbusto por aflição; é a comunidade que não cuida das mudas plantadas. Bom, todos podemos imaginar que bela floresta era o bairro Pompeia antes de 1920, quando se iniciaram projetos para povoamento humano de nossa região. A proteção às florestas (o cerrado mineiro, onde nasce o ipê amarelo, árvore símbolo do Brasil, a embaúba, a piabinha, o sabiá), é importante como demonstração de amor ao trabalho maravilhoso, belíssimo, de nosso Deus neste jardim da vida.


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cozinha fácil

BATISMO

Delícia de frango com seis latas

(Por Gisele Souza, em receitademinuto.com)

A comunidade da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia juntamente com os pais: Weslley e Manuela; Daniel e Graciellen; Anely; Adenilson e Fabiana; Muriel; Ronilson e Luciana; Evandro e Creonice; Chistiano e Mônica; Eric e Rafaela; Ricardo e Alcione; Samara; Paulo e Jaqueline, assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus, ou seja, pelo caminho de uma conversão dos valores do mundo aos valores e ao modo de viver do cristão, as crianças que passaram pelo Rito do Batismo no dia 14/06/2015, pelo qual, festejaram juntos, a conversão à fé como iniciação ao mistério de Deus: Alice, André, Arthur, Lucca, Gustavo, Júlia, Laura, Marcelo, Matheus, Otávio, Rafael, Sarah e Sophia. O rito foi presidido por Frei Lázaro de Freitas.

26 de julho: Dia dos Avós, dia de Santa Ana e São Joaquim ao ser ESCOLHIDA para, no FUTURO, ser a Mãe do Filho de Deus. Em 1913 a Igreja determinou que os AVÓS de Jesus Cristo, e nossos avós também, deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

Ana e seu marido Joaquim estavam IDOSOS e não tinham filhos, o que era quase um desgosto e uma vergonha, pois os judeus esperavam a chegada do MESSIAS, como previam as Sagradas PROFECIAS. Toda ESPOSA judia esperava que dela nascesse o SALVADOR e, assim, servisse de veículo aos desígnios de Deus, se Ele o desejasse. SANTA ANA e SÃO JOAQUIM rezaram por muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a VIDA deles, pois passaram a ser citados só a partir do século II, pelos escritos apócrifos. Jesus disse: “Pelos FRUTOS conhecereis a planta” (Lucas 6, 44). Assim, não são precisos outros elementos para descrever os avós de Jesus: basta citar MARIA. Afinal, Deus não escolheria pessoas sem princípios ou DIGNIDADE para fazer deles o instrumento de sua ação. Maria, ao nascer, não só tirou dos ombros de seus pais o peso de uma vida estéril, mas ainda os recompensou pela fé, F E M R C

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Dica de Leitura

Clarice Lispector: esboço para um possível retrato, por Olga Borelli

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Modo de fazer Misture todos os ingredientes, cubra com a muçarela e leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos ou até derreter o queijo. Cubra com batata palha. Sirva com arroz branco e salada de folhas verdes.

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Ingredientes 1 kg de peito de frango temperado, cozido e desfiado 1 lata de ervilha 1 lata milho verde 1 lata de champignons picados 1 lata de palmito picado 1 lata de creme de leite 1 lata de maionese 300g de muçarela

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Este livro não é uma biografia. Também não é um ensaio sobre a vida e a obra de uma grande ficcionista. E muito menos o depoimento puro e simples de alguém que a conheceu bem ao longo da última década de sua existência. Nele, reúnem-se duas vozes, dois textos: o de Clarice Lispector – composto de fragmentos inéditos até agora – e o de Olga Borelli, que obedientemente os segue, sem comentá-los, mas desentranhando deles a presença da grande Lispector como pessoa viva, e não apenas como escritora.


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15 de julho – São Boaventura- bispo e doutor da Igreja como muitos jovens de ontem e também de hoje, João formulou uma pergunta crucial: “O que devo fazer da minha vida?” Fascinado pelo testemunho de fervor e de radicalidade evangélica dos Frades Menores, que tinham chegado a Paris em 1219, João bateu à porta do Convento franciscano daquela cidade e pediu para ser acolhido na grande família dos discípulos de São Francisco. Muitos anos depois, ele explicou as razões da sua escolha: em São Francisco e no movimento por ele iniciado, entrevia a ação de Cristo. Assim escrevia numa carta endereçada a outro frade: “Confesso diante de Deus que a razão que me fez amar mais a vida do Beato Francisco é que ela se assemelha aos inícios e ao crescimento da Igreja. A Igreja começou com simples pescadores e em seguida enriqueceu-se de doutores muito ilustres e sábios; a religião do Beato Francisco não foi estabelecida pela prudência dos homens, mas de Cristo” (Epistula de tribus quaestionibus ad magistrum innominatum, in Opere di San Bonaventura. Introduzione generale, Roma 1990, p. 29). Portanto, por volta do ano de 1243, João vestiu o hábito franciscano e adquiriu o nome de Boaventura. Qual é a imagem de São Francisco que sobressai do coração e da pena do seu filho devoto e sucessor, São Boaventura? O ponto essencial: Francisco é um alter Christus, um homem que procurou Cristo apaixonadamente. No amor que impele à imitação, conformou-se de modo total com Ele. Boaventura indicava esse ideal vivo a todos os seguidores de Francisco. Esse ideal, válido para cada cristão ontem, hoje e sempre, foi apontado como programa também para a Igreja do Terceiro Milênio pelo meu Predecessor, o Venerável João Paulo II. Tal programa, escreveu na Carta Novo millennio ineunte, está centrado “no próprio Cristo, que deve ser conhecido, amado e imitado, para viver nele a vida trinitária, e transformar com Ele a história até ao seu cumprimento na Jerusalém celeste.” (n. 29). Recolhamos a herança deste Santo Doutor da Igreja, que nos recorda o sentido da nossa vida com as seguintes palavras: “Na terra... podemos contemplar a imensidão divina mediante o raciocínio e a admiração; na pátria celeste, ao contrário, mediante a visão, quando nos tornarmos semelhantes a Deus, e através do êxtase... entraremos na alegria de Deus.” (La conoscenza di Cristo, q. 6, conclusione, in Opere di San Bonaventura. Opuscoli Teologici/1, Roma 1993, p. 187).

Tendo nascido provavelmente em 1217 e falecido em 1274, ele viveu no século XIII, uma época em que a fé cristã, radicada profundamente na cultura e na sociedade da Europa, inspirou obras imperecíveis no campo da literatura, das artes visuais, da filosofia e da teologia. Entre as grandes figuras cristãs que contribuíram para a composição desta harmonia entre fé e cultura, sobressai precisamente Boaventura, homem de ação e de contemplação, de profunda piedade e de prudência no governo. Chamava-se João de Fidanza. Um episódio que teve lugar quando ainda era jovem marcou profun-

damente a sua vida, como ele mesmo narra. Tinha sido atingido por uma grave doença e nem sequer o seu pai, que era médico, esperava salvá-lo da morte. Então, sua mãe recorreu à intercessão de São Francisco de Assis, que tinha sido canonizado há pouco tempo. E João ficou curado. A figura do Pobrezinho de Assis tornou-selhe ainda mais familiar alguns anos mais tarde, quando se encontrava em Paris, aonde tinha ido para estudar. Obtivera o diploma de Mestre de Artes, que poderíamos comparar com o de um Liceu prestigioso dos nossos tempos. Nessa altura,

(Trecho da Audiência Geral do papa Bento XVI, em 03/03/2010. Texto adaptado para esta edição).

Missa Franciscana Dia 14/07 às 19 horas


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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Julho de 2015

Província dos Frades Menores Capuchinhos de Minas Gerais

Anuncie aqui Ligue: (31) 3467-4848 Rua Iara, 171, Pompeia Belo Horizonte - Minas Gerais Telefone: (31) 3889-4980 Fax: (31) 3889-4987 E-mail: cp@procamig.org.br


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