www.paroquiadapompeia.org.br/ pascompompeiabh@gmail.com
Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de março de 2015
Tiragem: 3000 - distribuição gratuita
palavra do pároco
Nos passos de Jesus Quando falamos em Semana Santa, falamos exatamente de que? O que nos remete essas palavras? O que elas representam em nossa caminhada de fé? O que devemos fazer diante desse itinerário que nos recomenda santidade? Com essas interrogações, convido você, caro leitor e paroquiano, a pensar, refletir, rezar e viver intensamente a Semana Santa. Fazer dela um programa de busca atenta aos apelos da liturgia e aos sinais dos tempos, nos passos de Jesus, contribuindo assim, para que você mesmo, o outro, a comunidade e a sociedade possam vislumbrar um novo mundo. Um mundo cheio de esperança, paz e alegrias! A Semana Santa é o ponto alto do ano litúrgico. A espiritualidade da mesma perpassa o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o sacramento da reconciliação, a Quintafeira Santa, a Sexta-feira da Paixão, o Sábado de Aleluia, a Vigília Pascal e o Domingo da Ressurreição. A liturgia da Semana Santa, portanto, ajuda-nos a permitir que Jesus entre em nossas vidas. Que nela acompanhemos o Mestre no amorsofrimento e aprendamos dele a confiar em Deus, que transforma a morte em ressurreição. Que possamos, com o coração aberto e generoso, percorrer os passos de Jesus e com Ele ressurgir para uma nova vida, para construirmos, de fato, um mundo de irmãos!
Semana Santa: caminho do discípulo São José e a importância de um pai terreno
Anunciação do Senhor: O sim de Maria
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18 de março: Dia Internacional da Mulher
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Frei Romero José da Silva, OFMCap
Fase dois da catequese escolar: o curso de catequese
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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Março de 2015
FAça parte
Celebrações Eucarísticas - Março -
Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 - Pompeia A creche Grazia Barreca Castagna convida a comunidade da Pompeia a conhecer suas instalações e apadrinhar uma criança. As contribuições, de qualquer valor, podem ser feitas por meio de depósito em conta corrente (Banco do Brasil, agência 3494-9, conta 12.735-3) ou pagamento de carnê. Os padrinhos também podem doar material escolar. Rua Cel. Otávio Diniz, 14, Vila São Rafael – Pompeia – Belo Horizonte
Comunidade São Judas Tadeu
Horário: domingo, às 19h; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 - Pompeia
Capela Nossa Senhora Aparecida
REFLEXÃO E DOAÇÃO A Quaresma é o tempo de refletirmos sobre nossa vida, nossas ações e, sobretudo, sobre o quanto temos buscado seguir os passos de Jesus e o seu exemplo de amor ao próximo. Sua contribuição é muito importante para que a Pastoral da Misericórdia continue assistindo, mensalmente, 60 famílias em situação de vulnerabilidade social, com a entrega de cestas básicas. Em março, estão faltando, principalmente, óleo e café. As doações podem ser entregues nas celebrações eucarísticas ou na Secretaria Paroquial.
Horário: sábado e domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 - Esplanada
Capela Nossa Senhora da Abadia
Horário: quarta e sábado, às 19h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/nº - Esplanada
Comunidade São Rafael
Horário: domingo, às 10h Endereço: rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 Santa Efigênia
Com fé, restaurando a casa da mâe.
Banco Itaú Agência: 0587 Conta: 15088-9
ERRAMOS
expediente
O artigo “Quarentena
Pároco: Frei Romero José da Silva, OFMCap
Telefone: (31) 3889 4980
Pastoral da Comunicação – Pascom: Anderson Pena Andréa Matos David José Gonçalves Tierro Ramos Débora Cristina de O. Drumond e Souza Frei Glaicon Givan da Rosa, OFMCap Frei Márcio José da Silva, OFMCap Frei Romero José da Silva, OFMCap Guilherme Augusto Santos Oliveira Maria Madalena Loredo Neta
E-mail: pascompompeiabh@gmail.com
de exercícios”, publicado
Site: www.paroquiadapompeia.org.br
na página 5, na edição de
Arte e impressão: Fumarc Gráfica
fevereiro, é de autoria do
Endereço: Rua Iara, 171 - Pompeia Belo Horizonte - MG
Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.
Frei Prudente Nery, e não
O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.
do Frei Márcio.
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Anunciação do Senhor
17 de março: Dia de São José
O sim de Maria
A importância de um pai terreno
São José com o Menino Jesus. 1635. Óleo sobre tela, por Guido Remi. Museu Hermitage, São Petesburgo, Rússia (Imagem: Reprodução)
A Anunciação. 1644. Óleo sobre madeira, por Phillipe de Champaigne. Metropolitan Museum, Nova York (Imagem: Reprodução)
No dia 25 de março, na última quarta-feira do mês, exatamente nove meses antes do Natal, celebramos a solene visita do Anjo Gabriel à Virgem Maria, quando ele lhe diz que Deus a escolhera para ser a mãe do Menino Deus que iria nascer. O Senhor foi anunciado! Que melhor notícia a humanidade poderia receber? E junto à anunciação, celebramos também o grande mistério da encarnação do Verbo divino que se fez carne e veio habitar entre nós. É uma solenidade mariana, mas também cristológica, pois Cristo é o centro dessa mensagem. Sabemos que esses mistérios começaram a ser celebrados liturgicamente depois da construção da basílica constantiniana sobre a casa de Maria, em Nazaré, no século IV. A celebração se tornou comum no Oriente e no Ocidente uns trezentos anos depois da construção daquela igreja. E, durante mais de mil anos, essa solenidade teve, sobretudo, caráter mariano, mas o Beato Papa Paulo VI devolveu-lhe o título de “Anunciação do Senhor”, repondo o seu caráter predominantemente cristológico. Em síntese, trata-se de uma celebração que, como já afirmamos, era e é festa de Cris-
to e da Virgem Maria: do Verbo que se torna filho de Maria, e da virgem que se torna mãe de Deus, como nos ensina a Patrística (filosofia cristã). Lemos no Evangelho desta solenidade (Lc 1, 26-38) que no momento da Anunciação, através do Anjo Gabriel, Deus expõe a Maria os Seus desígnios. E Maria, livre, consciente e generosamente, aceita a vontade do Senhor a seu respeito, realizando-se assim o mistério da Encarnação do Verbo. Nesse momento, com efeito, a segunda pessoa da Santíssima Trindade começa a sua existência humana. O Filho de Deus faz-Se “Filho do Homem”, nomenclatura usada por Jesus, para se referir a Ele mesmo, e também usada com fartura pelo Primeiro Testamento, sobretudo pelos profetas. O “sim” de Maria, dado na Anunciação, permitiu que o Deus altíssimo se tornasse o “Deus conosco”, Emanuel, conforme lemos na primeira leitura da missa da solenidade, tirada do profeta Isaías (Is 7, 10-14; 8, 10). Ismar Dias de Matos, professor de filosofia e cultura religiosa na PUC Minas E-mail: p.ismar@pucminas.br
Como é ter um filho especial? Como é saber que seu filho será diferente dos demais? Muitos pais recebem essa notícia com angústia e medo. José da Galileia, carpinteiro, temente a Deus, amava Maria, sua jovem noiva, e dela recebe a notícia: um bebê estava em seu ventre, um sopro santo de Deus tinha morada em seu seio, uma criança muito especial estava por vir para a vida do casal. José então se deparou com a questão: o que é ser pai?, e mais do que isso: o que é ser pai de uma criança especial? Jesus seria uma criança bem diferente. A tarefa de José era misteriosa e difícil, tanto que, no início, ele decide fugir da responsabilidade. Mas, comovido com a presença do Senhor em seus sonhos, no seu coração, ele assume sua missão. Qual é o pai que corajosamente assume uma criança especial? Em 1957, Clarck Wiley fica sabendo, por sua esposa, Irene, que será pai. Quando a criança nasce, o pediatra reconhece no bebezinho um leve sinal de retardo mental. A menina, Susan Wiley, linda e preciosa, é diferente, especial. Ao contrário de José da Galileia, Clarck Wiley decide que não é capaz de criar um ser humano assim. Então ele tranca a bebezinha em um quarto, impede o contato de todos com a criança, e, durante treze anos, ele a mantem presa, amarrada, impedida de se comunicar, alimentando-a com sobras e líquidos. Tudo isso, segundo ele, para protegê-la do mundo. Quando foi resgatada pela polícia, a partir de denúncia de maus tratos, em 1970, Susan simplesmente não sabia falar, andar, interagir. Isso mostra o quanto um pai pode ser negativo na vida de uma criança. A importância de um pai na formação psíquica, moral e espiritual do filho é grande, principalmente no período crítico da aquisição da linguagem, que são os seus treze primeiros anos. Esse é o tempo da delimitação das possibilidades do sistema nervoso, por meio do conjunto de estímulos que os pais estabelecem para que as crianças se desenvolvam, e o momento da formação da sua estrutura pessoal. O pai é a imagem da segurança, do cuidado, das normas, das proibições, da saciedade. Quando se comparam tomografias do cérebro de uma criança protegida com o cérebro de uma criança maltratada, percebe-se que possuem formatos diferentes, indicando que os estímulos negativos na infância geram sequelas cerebrais irreversíveis para a vida toda. São José teve a missão de educar uma criança muito especial, o próprio Cristo. A natureza humana de nosso Senhor Jesus não se realizaria sem a caminhada de uma família, sem o amor e dedicação dos pais, pois é assim que Deus nos quer, frutos do amor. Não deve ter sido fácil para José cuidar de uma criança tão especial, mas a ternura, o compromisso e a força de Jesus só podem ser resultados da presença constante dos seus dois pais: o Pai Eterno e do pai terreno. David José Gonçalves Ramos, mestre em filosofia
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DESTAQUE DO MÊS
Semana Santa: caminho do discípulo
A entrada de Cristo em Jerusalém. 1842. Afresco de Jean-Hippolyte Flandrin. Igreja de Saint-Germain-des-Prés, Paris, França (Imagem: Reprodução)
Estamos vivenciando a quaresma, tempo litúrgico iniciado com a celebração da imposição das cinzas, ritual que nos convida a repensar nossas atitudes egoístas e a alargar as estreitezas de nosso coração. Na mesa da Palavra, os textos bíblicos explicitavam o convite de Deus a não rasgar as vestes, mas o coração (Jl 2,13). Insistiam que os nossos propósitos quaresmais devem, antes, mudar o nosso coração, o modo em que vivemos e nos relacionamos; que a penitência não consiste tanto em gesto externos, mas brota do coração. Por várias vezes no Evangelho, foi-nos feito o apelo à discrição: “que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita” (Mt 6,3). Do contrário, não passam de mero teatro nossas práticas de vivência cristã: “Eles desfiguram o rosto para que os homens vejam que eles jejuam” (Mt 6,16).
O apelo que soa aos nossos ouvidos é o de aplainar o coração e orientá-lo consoante à Boa Nova. O caminho quaresmal continua; seguimos os passos de Jesus, revelados nas leituras proclamadas durante as celebrações. O apelo que soa aos nossos ouvidos é o de aplainar o coração e orientá-lo consoante à Boa Nova; de romper com o velho e dar lugar ao novo, à novidade do Evangelho; de amar a Deus e ao próximo com amor maior, com a totalidade do coração. A caminhada quaresmal prepara-nos
e introduz-nos na Semana Santa, coração de nossa fé: paixão, morte e ressurreição do Senhor. Durante os dias da Semana Santa, somos convidados a contemplar os passos daquele que nos tocou o coração. Na liturgia, celebramos o mistério de sua passagem, da Páscoa de Cristo, da morte para a vida. Não se trata de um teatro, de uma encenação, de um drama que assistimos como espectadores, mas da atualização do mistério pascal nos gestos da liturgia. Quando celebramos os dias da Semana Santa e, mais especialmente, o Tríduo Pascal, nossa história é revivida. É a Páscoa do Senhor, mas é a nossa também. A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, quando Jesus entra em Jerusalém montado em um burrinho e é aclamado pelo povo: “Hosana, bendito o reino do nosso pai Davi, que está a chegar” (Mc 11,10). “Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua Paixão e imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos aos seus pés, com humildade e retidão de espírito, a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima e acolhermos aquele Deus que lugar algum pode conter” (Santo André de Creta, Ofício das Leituras do Domingo de Ramos). Na quinta-feira, pela manhã, o povo se reúne com seu bispo para a Missa do Crisma, em que acontece a bênção dos santos óleos. Nessa mesma celebração, os clérigos renovam seus compromissos. Na celebração da noite, fazemos memória da Ceia do Senhor, a derradeira. Jesus reúne os seus para a ceia do adeus. Antes, há um gesto que desconcerta: ele depõe o manto e, colocando uma
toalha na cintura, lava os pés dos seus. “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição”, respondemos na liturgia. Após a ceia, Jesus e os discípulos seguem para o Monte das Oliveiras; Jesus vigia, reza, clama, chora, e entrega a sua vontade a do Pai, para que seja uma; os discípulos adormecem. A celebração da Paixão do Senhor, na sextafeira, acontece antes do entardecer. Em várias cidades brasileiras, após a celebração acontece a Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que se percorrem algumas ruas tocando e cantando músicas que nos ajudam a penetrar esse mistério. O sábado é dia de silêncio, meditação e recolhimento, o Senhor ainda está no sepulcro. A celebração da vigília acontece à noite. Para sempre, o Senhor nos tirou das trevas e da morte e passamos a ser luz e vida. Cristo agora, ressuscitado, senhor da história, rompe de uma vez com a escravidão, com as trevas e nos traz sua claridade. “Ó noite de alegria verdadeira que une de novo o céu e a terra inteira” (Proclamação da Páscoa). Nessa mesma noite, acontece o batismo e renovamos nossos compromissos de cristãos.
Crucificação com a Virgem, santos e anjos. 1502-03. Óleo sobre álamo, de Rafael Sanzio. National Gallery, Londres, Inglaterra (Imagem: Reprodução)
“Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia? ‘Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado’” (Sequência Pascal). No primeiro dia da semana, Maria Madalena vai ao túmulo do seu Senhor. Chegando lá, está vazio. É Domingo de Páscoa: aquele que havia cativado o coração de Maria, e também o nosso, vive. A vida tem sentido. Cristo, nossa esperança, vive no meio de nós e, promete conosco ficar até a consumação dos tempos. A revelação do Senhor se dá no caminho, a vida do discípulo é uma constante caminhada; vivenciar a quaresma e a Semana Santa, coração de nossa fé, é percorrer passo a passo e aderir à vida e aos ensinamentos de Cristo. A última ceia. 1495. Afresco de Leonardo da Vinci. Convento Santa Maria Delle Grazie, Milão, Itália (Imagem: Reprodução)
Frei Abdias Júnior, OFMCap
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programação da semana santa 2015
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homenagem
8 de março: Dia Internacional da Mulher Durante o ano, dentre todas as edições do jornal O Rosário, contemplamos, no mínimo, três edições com o tema-artigo acerca da mulher, nas seguintes datas: o Dia Internacional da Mulher, o Dia das Mães e a Festa de Santa Clara. Seria pouco? Talvez. Dependerá do nosso ponto de vista, do nosso olhar. Se estivermos com os pés fincados na era dos “ismos”, ou seja, do momento marcado pelo relativismo, subjetivismo, feminismo... e a lista seria interminável, certamente seria pouco. Mas se estivermos sobrepostos aos ‘ismos’ e, mais ainda, ao sistema pensante opressor velado que é justamente o que fomenta e gera movimentos de lutas e de confrontos contrários à opressão, exigindo assim liberdade e justiça, e é nisso que encontramos e localizamos o eclodir, por exemplo, do Dia Internacional da Mulher, nos permitiríamos despir de tudo isso e ficaríamos com o essencial: a pessoa. O nosso percurso histórico está marcado por grandes confrontos que, quase sempre, culminaram em derramamento de sangue de mulheres inocentes que enfrentaram de modo afinco e heroico tais sistemas ou, não sei se pior, pelo sequestro de subjetividades que permitiu a dissolução de muitas mulheres de modo paulatino e degradante. Quantas mulheres envolvidas em ambos os casos! Jesus de Nazaré sempre esteve diante de mulheres que sofreram por estarem inseridas numa estrutura político-econômico-social-religiosa de opressão. Convenhamos, tais estruturas permanecem inabaláveis em nosso meio. Em relação às mulheres, Jesus não enxergava nelas os olhos sofridos e lacrimejantes, mas era capaz de perceber o olhar de cada uma dirigindo-se a ele, carregado de esperança, de liberdade, de felicidade, de sonho, de encantamento, de transcendência, de eternidade. Oxalá esta data, e outras tantas, fosse oportuna para fomentar em todos nós o respeito e a liberdade necessária em prol da mulher. Isso, talvez se dê, se tivéssemos, ou procurássemos ter, o mesmo olhar de Jesus de Nazaré em relação às mulheres, um olhar que visa à inteireza delas, a ponto de declararmos a todas elas, de forma sempre atualizada, em nossos dias: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” (cf. Lc 7,50). A entrada de Cristo em Jerusalém. 1842. Afresco de Jean-Hippolyte Flandrin. Igreja de Saint-Germain-des-Prés, Paris, França (Imagem: Reprodução)
Frei Márcio, OFMCap
ACONTECEU NA PARÓQUIA
Junto ao Ministro Provincial, Frei Sebastião, os novos frades que passaram a compor a Fraternidade de Belo Horizonte neste ano. Da esquerda para a direita: Frei Douglas (de Governador Valadares), Frei Warley (de Coroaci), Frei Davy (de Patos de Minas), Frei Aeliton (de Santa Efigênia de Minas) e Frei Abdias (de Governador Valadares). Todos estão cursando o primeiro ano de filosofia no Instituto São Tomás de Aquino (Ista) e acompanhando os trabalhos pastorais na comunidade (Foto: Arquivo)
A comunidade da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia acolhe com alegria todos os pequeninos que receberam o sacramento do batismo na Matriz no dia 8 de fevereiro de 2015 (Foto: Pastoral do Batismo).
caça-palavras Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, O Rosário faz uma pequena homenagem a todas as mulheres, com o poema “Com licença poética”, de Adélia Prado. Quando nasci um ANJO ESBELTO, desses que tocam TROMBETA, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os SUBTERFÚGIOS que me cabem, sem precisar mentir. Não sou feia que não possa casar, T R X O L I T N O V E W C B L A N A K B R G
R R G A U S R A D S I N A A P A C H U E F A
A R O O R I P C K A E N O D H U M S D L Z L
S O I M Y V O N T A D E A N G V I O A E R E
K M K R B A D O Ç S W A O M H E F I I Z I G
L D R S C E N S A D I N D B A Z N M P A K R
C M T A N R T A B R I J A S C T R I M Y D I
M O U T C E R A A D O O Ç V E U E O M I O A
B T E E L H H I A D F E A C O S S I K R S T
F S N U Z L G E V O W S A A B I L L E O R N
acho o Rio de Janeiro uma BELEZA e ora sim, ora não, creio em PARTO sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a SINA. Inauguro LINHAGENS, fundo REINOS — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha VONTADE de ALEGRIA, sua RAIZ vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. MULHER é desdobrável. Eu sou. Disponível em: <http://www.releituras.com/aprado_ bio.asp> Acesso em: 16 fev.2015. Y R V A S U D R T W S B E A L X I Z P M E E
R A I Z N M R E R I Q E R I W N E A Z E B L
E S E P D O G E E A O L C A H M Q R O M O E
F V U I A R D S H N R T E A K O S E M U O M
A S K D U T S E L S A O G P R V O T V C Ç K
V O Ç Ç D D S E U O Y E E T O R S O N I E R
N F A V A A Q K M R N R S F A L E G O I A O
G S V I S E M O L S O T G O A A Y I T O L E
B C R E P O R V I Y A S E C I A I C R C Ç D
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CATEQUESE PERMANENTE
Fase dois da catequese escolar: o curso de catequese “degredados filhos de Eva” não entendiam mais a vida como vale de lágrimas ao qual estavam destinados, mas como desafio e promessa de dias melhores. A fé transmitida foi questionada; os dogmas foram postos em suspeita. Entendeu-se que a fé não cai pronta do céu, que ela brota do chão da vida, da realidade concreta, da vida humana. Compreendeu-se que a fé ilumina a vida, mas a vida real é que dá sentido à fé. Fé e vida; uma dupla que não pode ser separada. Nesse contexto, ganhou terreno outro tipo de catequese, chamada no Brasil de catequese renovada.
Entendeu-se que a fé não cai pronta do céu, que ela brota do chão da vida, da realidade concreta, da vida humana.
Ainda hoje nas paróquias a catequese funciona como um curso de religião por ocasião dos sacramentos (Imagem da Internet)
A segunda fase escolar da catequese aconteceu em contexto diferente. O mundo cristão e religioso da sociedade tradicional deu lugar a um mundo moderno e cheio de questionamentos que a razão insistia em colocar em pauta. O século XIX despontou no horizonte cheio de novidades e a inteligência humana ganhou destaque, prometendo um mundo maravilhoso por meio da técnica e da ciência que cresciam cada vez mais, trazendo sempre novos progressos. Tudo que a inteligência não explicasse, que ela não pudesse destrinchar, justificar, fazer crível, deveria estar sob suspeita. Então as respostas do catecismo que pareciam cair prontas do céu já não faziam mais sentido. O que a gente não entendia, a gente rejeitava. E apesar de o catecismo de Trento perdurar (como foi a catequese que recebi nos anos 70), outro modo de fazer catequese já se implantava com força. A catequese passou a ser aula de religião, mas não como antes para decorar perguntas e respostas, mas para buscar as razões da fé. E para buscar as razões da fé, era preciso partir da capacidade reflexiva do ser humano e não de um pacote de verdades que cai pronto do céu. Mas isso parecia um absurdo: o Concílio Vaticano II (1962-1965) logo deu jeito de nos nessa tarefa. Com seus documentos, nos fez ver a beleza da encarnação: mostrou como Deus
entrou na história humana e agora faz parte dela. Seu Filho é um homem igualzinho a nós, com as mesmas necessidades e sujeito às mesmas condições históricas. Deus se dá a conhecer no ser humano Jesus. Então, tudo que é humano tornou-se belo e cheio de significado. A vida humana: a razão, as necessidades humanas, os sofrimentos, as alegrias, tudo tem o dedo de Deus que se revela em Jesus de Nazaré. Olhando para Jesus, a gente entende quem é Deus; a gente vê Deus nele. Então, a fé é mais razoável e mais concreta e palpável do que a gente pensava e decorava no antigo catecismo. Era hora de esclarecer essa fé. Para esclarecer a fé, foi preciso traduzi-la em categorias apropriadas para seu público. O primeiro passo foi abandonar o antigo catecismo e fazer “um catecismo” mais com a cara da gente. Foi aí que se multiplicaram os manuais catequéticos por toda parte, no desejo de fazer uma catequese pé no chão, bem pertinho da realidade do povo, na linguagem da criança, do jovem, do adulto, de acordo com a nossa vida cotidiana. Nada de respostas prontas. Nada de perguntas pré-fabricadas. Aquele Deus, dito como “espírito perfeitíssimo criador do céu e da terra”, não fazia parte do universo imperfeito e nada espiritual do povo. O inferno cheio de demônios horrendos não ameaçava mais que os horrores da própria vida, as doenças, os sofrimentos, a pobreza, a fome, a guerra. Os
A vida humana: a razão, as necessidades humanas, os sofrimentos, as alegrias, tudo tem o dedo de Deus que se revela em Jesus de Nazaré.
Nessa inovação, o antigo catecismo ficou para trás. A catequese renovada deu seus frutos, fazendo a passagem do catecismo (que era previamente fabricado) para a catequese (construída com a turma a partir de sua realidade). Mas, infelizmente, essa catequese ainda não deu conta de fazer a passagem da aula para o encontro. Mesmo com todo esforço, a catequese continuou escolar: caderno de catequese, livro de catequese, catequista como professor de catequese, catequizando como aluno de catequese. Uma aula mais dinâmica, é verdade, com temas mais apropriados, com teologia mais popular, com métodos mais modernos, com pedagogia menos imposta e mais construída com a turma, mas ainda assim uma aula ou um curso. E isso pode ser visto ainda hoje nas paróquias: a catequese funciona como um curso de religião por ocasião dos sacramentos. Um curso com direito a festa de formatura e tudo mais no final. Por isso é tão difícil a perseverança. Se o curso acaba com a recepção do sacramento, acaba a motivação para frequentar. E os catequizandos vão embora. Nada de anormal: estão no seu direito. Com esse formato de catequese, todinha em torno dos sacramentos, não há mesmo motivação para continuar. Sobre isso, vamos falar no próximo número. Vamos ver que a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia está implantando uma catequese que não gira em torno da preparação para os sacramentos, apesar de contemplar a recepção deles; ela propõe uma caminhada de discipulado, de conhecimento de Jesus, uma oportunidade de crescer na amizade com ele. E os pais, os catequizandos e toda a comunidade paroquial só têm a ganhar com isso. Solange Maria do Carmo Mestre em teologia bíblica e doutora em teologia catequética
A Paróquia da Pompeia está implantando uma catequese que propõe uma caminhada de discipulado, de conhecimento de Jesus, uma oportunidade de crescer na amizade com ele (Imagem da Internet)
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Informativo da Parรณquia - Nossa Sra. do Rosรกrio de Pompeia - Frades Capuchinhos - Marรงo de 2015
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