Outubro de 2015

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Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de outubro de 2015

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PALAVRA DO PÁROCO

Nossa Senhora e a festa do Santo Rosário Página 3

Experiências de fé: O cristão leigo numa Igreja em saída Iniciando um novo tempo, devemos estar de coração, olhos e mente abertos para acolher a proposta que nos é feita. Proposta esta, de nossa Igreja que nos convoca estar em missões, com o tema: Missão é Servir. “Quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos” (Mc 10,44). Outubro é o mês escolhido como este tempo que nos leva de maneira mais intensa a refletir e escutar a Palavra que nos convoca a este serviço missionário de uma Igreja em “saída” constante ao encontro do outro, atenta às necessidades e demandas atuais. Que possamos, então, atentos aos sinais dos tempos, contribuir para um novo mundo possível. E nesta dinâmica do ir e vir, do encontro com as demandas de nossas famílias, comunidades, da nossa casa comum, a mãe natureza, temos como intercessores especiais deste mês grandes santos e santas que dedicaram toda a sua vida em prol do bem comum, a partir de um compromisso com a Palavra de Deus, que os levaram a colocar seus dons a serviço da comunhão de todos em Cristo. Que aprendamos com eles. Com a Virgem Maria, nos títulos de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e Nossa Senhora Aparecida, a primeira discípula e seguidora de vosso filho Jesus Cristo, que nos pede que façamos tudo o que Ele nos disser. São Francisco, santo patrono da natureza, construtor da paz e bem, nos ensina a acolher todos os seres como irmãos, para que possamos exercitar a prática do amor fraterno na construção da fraternidade e da minoridade. São Lucas Evangelista, amigo de Jesus e seu discípulo que bebeu, no partilhar das experiências cotidianas com o mestre, a espiritualidade da comunhão e da evangelização dos irmãos, nos mostra que é possível viver tais experiências e educar o nosso coração para servir ao evangelho. E, por fim, São Judas Tadeu, grande Apóstolo, uma das colunas que sustenta a Igreja de Cristo, nos ensina que devemos estar sempre ao serviço, com uma fé madura que nos leva até ao martírio na corresponsabilidade da criação e anúncio da Boa Nova. Diante dessa proposta, podemos, cada uma de nós, educar o nosso coração a partir de uma espiritualidade que nos ajuda a sermos cada dia mais irmãos, no cuidado um com o outro e na corresponsabilidade do trabalho missionário, na atenção às demandas de toda a comunidade paroquial, pedindo e rezando a Deus assim: Pai de infinita bondade, que enviaste Jesus Cristo para servir, ilumina, com o teu Espírito, a Igreja discípula missionária para testemunhar o Evangelho a partir das periferias e, com a proteção de Maria servidora, manifestar o teu Reino em todo o mundo. Amém! Frei Romero José da Silva, OFMCap

Festa de Nossa Senhora Aparecida

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Dia Mundial das Missões

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Festa de São Judas Tadeu

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A missão na espiritualidade franciscana

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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Outubro de 2015

14 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR

BATISMO

Exaltação de Aninha (O Professor)

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Diego Linhares Pimentel e Juliana Alves dos Santos; e Pedro Rafael de Souza Pimentel e Fabiula de Souza Costa assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus as crianças que passaram pelo Batismo no dia 13 de setembro de 2015: Ana Luisa Alves Pimentel e Caio de Souza Pimentel. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Lázaro. Foto: Pastoral do Batismo A família ECC Pompeia está em luto pela perda de um de seus membros, José Eduardo Pereira Filho, nosso querido Nenzinho. Veio do coração do Pai e para lá retornou, deixando um pouquinho de si em nossos corações. Fique em paz com ‘sua mãe’ do céu, Gagé.

Celebrações eucarísticas Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h ; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado e domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: Sábado, às 19h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada Capela São Rafael Horário: domingo, às 10h Endereço: rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Santa Efigênia

EXPEDIENTE Pároco: Frei Romero Silva, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Frei Márcio Silva, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Madalena Loredo

Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”. Sem vós tudo seria baço e a terra escura. Professor, faze de tua cadeira a cátedra de um mestre. Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência. Tu és um jovem, sê, com o tempo e competência, um excelente mestre. Meu jovem Professor, quem mais ensina e quem mais aprende? O professor ou o aluno? De quem maior responsabilidade na classe, do professor ou do aluno? Professor, sê um mestre. Há uma diferença sutil entre este e aquele. Este leciona e vai prestes a outros afazeres. Aquele mestreia e ajuda seus discípulos. O professor tem uma tabela a que se apega. O mestre excede a qualquer tabela e é sempre um mestre. Feliz é o professor que aprende ensinando. A criatura humana pode ter qualidades e faculdades. Podemos aperfeiçoar as duas. A mais importante faculdade de quem ensina é a sua ascendência sobre a classe. Ascendência é uma irradiação magnética, dominadora que se impõe sem palavras ou gestos, sem criar atritos, ordem e aproveitamento. É uma força sensível que emana da personalidade e a faz querida e respeitada, aceita. Pode ser consciente, pode ser desenvolvida na escola, no lar, no trabalho e na sociedade. Um poder condutor sobre o auditório, filhos, dependentes, alunos. É tranquila e atuante. É um alto comando obscuro e sempre presente. É a marca dos líderes. A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas. Caminhos certos e errados, encontros e desencontros do começo ao fim. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. O melhor professor nem sempre é o de mais saber, é sim aquele que, modesto, tem a faculdade de transferir e manter o respeito e a disciplina da classe. Cora Coralina Em Vintém de cobre: meias confissões de Aninha, 2007 Extraído do endereço http://goo.gl/vi6GYl em 15/09/2015

FOTO DA CAPA

Endereço: Rua Iara, 171 – Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Site: www.paroquiadapompeia.org.br Arte e impressão: Fumarc Gráfica Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

La Madonna del Rosario. Óleo sobre tela, por Lorenzo Lotto, 1539. Igreja de San Nicolo, Cingoli, Itália. Reprodução retirada da internet: http://goo.gl/e5lSH7


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DESTAQUE DO MÊS: 07 DE OUTUBRO: DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Nossa Senhora e a festa do Santo Rosário A festa de Nossa Senhora do Rosário é celebrada liturgicamente em toda a Igreja Católica no dia 7 de outubro. Tudo começou com a milagrosa aparição da Virgem Maria a São Domingos de Gusmão, em 1208, entregando-lhe o Santo Rosário e pedindo que o divulgasse, pois era instrumento eficaz de salvação. Daí em diante, a Ordem dos Dominicanos, fundada por São Domingos, passou a divulgar o Rosário. Em 1573, o Papa Gregório XIII instituiu a celebração para a Igreja, em todos os lugares em que se faz presente. A devoção ao Rosário, cujo nome lembra um conjunto de rosas, é bem antiga. Desde o século oitavo, monges irlandeses já costumavam oferecer os 150 Salmos a Nossa Senhora, como se formassem um grande buquê de rosas. Como havia muito analfabetismo naquele tempo e era difícil para as pessoas recitarem os Salmos, estes foram substituídos por 150 Pai-Nossos e, depois, por 150 Ave-Marias, daí o sentido dessas orações comporem o Rosário. As orações eram divididas em três partes, formando, cada uma, um terço. Ou seja: cada parte (ou terça parte) era composta de 50 Ave-Marias, rezadas ao longo do dia, de modo que, no final de cada jornada, completava-se o grande buquê de “rosas” oferecido a Nossa Senhora. Cada Terço era rezado e meditado seguindo-se os mistérios da vida de Jesus: mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Mistérios Gozosos nos quais se contemplam a anunciação do Anjo a Maria; a visita de Maria a sua prima Isabel; o nascimento de Jesus em Belém; a apresentação de Jesus no templo; e Jesus perdido e achado no templo entre os doutores da lei; Mistérios Dolorosos nos

Imagem: Tela Vergine del Rosario in gloria con SS.Domenico e Caterina da Siena. Vicente López, 1800. Coleção privada

quais se contemplam a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras; a flagelação de Jesus; a Coroação de Espinhos; Jesus carrega a Cruz até o Calvário; a Crucificação e morte de Jesus; Mistérios Gloriosos nos quais se contemplam a Ressurreição de Jesus; a sua Ascensão ao Céu; a vinda do Espírito Santo Sobre os Apóstolos e Maria; a Assunção de Maria ao Céu; a co-

Primeiro dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h - Abertura da novena. (Responsabilidade: todos os setores) Segundo dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h - Novena. (Responsabilidade: setor São Francisco) Terceiro dia da novena 17h30 - Oração do Terço 18h - Novena. (Responsabilidade: setor Nossa Senhora da Esperança)

Quarto dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h - Novena. (Responsabilidade: setor São Cristóvão) Quinto dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h - Novena. (Responsabilidade: setor São Paulo) Sexto dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h- Novena. (Responsabilidade: setor Santa Clara)

roação de Maria. Aos três mistérios acima descritos, o Papa João Paulo II, pela carta apostólica “Rosarium Virginis Mariae” (2002), acrescentou os Mistérios Luminosos. Nesses mistérios contemplam-se toda a vida pública de Jesus: o Batismo no Rio Jordão; o Milagre nas bodas de Caná; a proclamação do Reino do Céu e o convite à conversão; a Transfiguração de Jesus no Tabor; a Instituição da Eucaristia. Toda a vida sacerdotal de São João Paulo II foi dedicada a Nossa Senhora, o que se deduz pela inscrição em seu brasão episcopal, que diz que ele é “todo de Maria”: “Totus tuus”. Talvez uma das grandes explicações para a difusão do Rosário esteja em sua base bíblica, pois o Pai Nosso é uma oração que se encontra nos Evangelhos; a primeira parte da Ave Maria também consta de palavras bíblicas, ditas pelo Anjo Gabriel e por Isabel, prima da Virgem Maria. O restante da oração, segundo a tradição, foi composto por São Domingos de Gusmão, a quem a Igreja conferiu o título de “Apóstolo do Santo Rosário”, e é ele que está aos pés da Virgem Maria na conhecida imagem de Nossa Senhora do Rosário. Em todas as conhecidas aparições da Virgem Maria ela recomenda a recitação do Rosário. Em Fátima, Portugal (1917), ela se apresentou como a “Rainha do Santo Rosário”, recomendando a sua recitação. Poucos, na verdade, rezam diariamente o Rosário inteiro (os quatro Terços), mas o Terço é rezado em todas as línguas, e a todo momentos sobem aos céus muitos louvores à Mãe de Jesus e nossa. Viva Nossa Senhora do Rosário!

Sétimo dia da novena 18h30 - Oração do Terço 19h - Novena. (Responsabilidade: setor Santa Rita) Oitavo dia da novena 17h30 - Oração do Terço 18h - Novena. (Responsabilidade: Frades Capuchinhos) Último dia da novena 17h30 - Oração do Terço 18h - Missa sertaneja (Responsabilidade: todos os setores) 19h - Festa da Partilha. A Paróquia pede que cada família leve um prato para partilhar.

9h - Missa das crianças na capela Nossa Senhora Aparecida 10h - Carreata com a Imagem de Nossa Senhora Aparecida nas ruas da comunidade 12h - Súplica na capela Nossa Senhora Aparecida 16h - Hora santa e louvor em frente à capela Nossa Senhora Aparecida. 17h - Missa solene em frente à capela Nossa Senhora Aparecida, seguida de procissão pelas ruas da comunidade.


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CATEQUESE PERMANENTE

CELEBRAÇÃO Se há algo no mundo da religião que parece não sair de moda é o ato litúrgico, a celebração. Todas as religiões têm seus cultos. Pessoas de fé, independentemente do credo professado, reúnem-se em oração para celebrar, dar glória, oferecer sacrifícios, pedir perdão, cantar louvores. O culto à divindade parece fazer parte da vida humana; poderíamos até dizer que ele é uma necessidade antropológica. Mesmo na religião católica, hoje tão ameaçada na sua hegemonia por causa do crescimento das igrejas evangélicas e de outras correntes religiosas, percebemos ainda a força da celebração litúrgica. Pessoas já desligadas da prática católica ainda conservam o velho costume de frequentar a missa, nem que seja de vez em quando! Mesmo os chamados católicos não praticantes vão a algumas celebrações especiais: o casamento de um amigo, as exéquias ou a missa de sétimo dia de um parente, o batizado de um afilhado... A velha e surrada missa continua ajuntando multidões, apesar do notável esvaziamento das igrejas. A adoração ao Santíssimo ou as novenas e procissões continuam mobilizando grupos enormes. E as peregrinações? E os eventos em torno de nomes religiosos importantes como os santos? Nós teríamos um sem-fim de exemplos para lembrar como nossa gente gosta de se ajuntar para celebrar. A prática cotidiana não nos desmente! E na catequese? Será que a celebração também tem sua importância, tem seu papel? Muita gente acha que catequese é aula de catecismo. Uma espécie de ensino religioso para crianças com finalidade de prepará-las para receber a primeira comunhão ou a crisma. Nada mais equivocado! A catequese, como já dissemos anteriormente, não é aula. Nem seu fim é a recepção de um sacramento. A catequese é lugar de encontro com Deus e não de aprender religião. Certamente que, ao fazer nosso encontro com Deus, vamos conhecendo-o pouco a pouco, vamos entendendo melhor nossa religião, vamos mergulhando no mistério que professamos e nos tornamos capazes de dar as razões da nossa fé. Mas o objetivo da catequese não é ensinar religião. É dar às pessoas a oportunidade de conhecer Jesus e se apaixonar por ele, tornando-se de fato seu seguidor. Um bom exemplo desse conhecimento de Deus encontra-se no livro de Jó. O livro de Jó é uma novela, uma espécie de conto, escrito para combater uma teologia estranha daquela época, a teologia da retribuição – infelizmente não ausente de nossas igrejas! – que dizia que Deus premia os bons e castiga os maus. O autor, muito inteligente, criou uma novela cujo personagem principal é um homem muito justo e santo que só recebe castigos e sofrimentos como recompensa de sua vida reta. Jó ficou azedo com Deus, afinal haviam lhe ensinado que o sofrimento era castigo de Deus, e Jó quis uma satisfação. Os amigos de Jó tentaram explicar, mas explicações teológicas não foram suficientes. Um tal Eliú tentou intervir com enormes discursos, mas também não deu resultados. Até que Deus se manifestou a Jó. Foi no encontro com

A catequese é lugar de encontro com Deus e não de aprender religião Deus que o coração de Jó se aquietou. Ele disse mais ou menos assim: “Ah, agora sim, Senhor, eu te vi face a face, porque antes eu te conhecia só de ouvir falar de ti”. Depois do encontro com Deus, Jó ficou em paz. Os sofrimentos da vida continuaram, mas Jó entendeu que a vida é sofrida mesmo e que, se estamos com Deus, todo sofrimento pode ser superado ou suportado, pois Ele é nossa força. Jó entendeu que Deus não

O culto não é uma obrigação chata que devemos cumprir por intransigência divina. Imagem: http://www.catequistasemformacao. com/2015/07/a-missa-da-catequese-parte-i.html

castiga ninguém, nem fica premiando os bonzinhos. Deus simplesmente está conosco nos animando na caminhada, pois as pelejas da vida são muitas. Tomando o exemplo de Jó, podemos dizer que a catequese quer ajudar cada criança, jovem ou adulto a

Quando vamos a um ato litúrgico, devemos sair de lá mais perto de Deus do que quando chegamos fazer seu encontro pessoal com Deus. Encontrar Deus, fazer sua experiência cristã de Deus, não é o mesmo que estudar os fundamentos da fé. O estudo não promove necessariamente o conhecimento de Deus, apesar de facilitá-lo. Toda teologia dos seus amigos e de Eliú não fizeram com que Jó se sentisse mais perto de Deus. É bem verdade que uma boa teologia tem seu lugar de destaque e não pode ser desprezada, assim como uma teologia distorcida só trará prejuízos para o conhecimento de Deus. Mas a experiência de Deus, o encontro pessoal com Ele, não vem de raciocínios teológicos, mas da abertura sincera de coração para Deus, que se manifesta em nossa vida nas pequenas coisas. Promover esse encontro não é coisa fácil. Por isso a importância da celebração na catequese. O que é celebrar? Celebrar é fazer culto, ou seja, cultuar ou cultivar. O que é que a gente cultiva? A celebração é aquele encontro no qual cultivamos nossa amizade com Deus. Se vamos a um culto e não cultivamos essa amizade, mas apenas cumprimos rubricas (regras litúrgicas), então a celebração não cumpriu seu fim. Quando vamos a um ato litúrgico, devemos sair de lá mais perto de Deus do que quando chegamos; precisamos ter reforçado nossos laços de amizade e comunhão com Ele, precisamos ter aprendido a confiar mais n’Ele e a nos comprometer com o que Ele nos ensina. O culto não é uma obrigação dominical como muitos entendem que é a missa. O culto não é para acalmar a cólera de Deus. O culto não é uma obrigação chata que devemos cumprir por intransigência divina. Não! O culto é lugar do encontro com Deus, que se manifesta na ação litúrgica da comunidade reunida. Por isso, catequese e liturgia andam de mãos dadas. Não podem ser separadas de jeito nenhum. A catequese deve ser litúrgica, ou seja, celebrar por meio de gestos e símbolos o mistério pascal e promover o encontro com Deus. E a liturgia deve ser catequética, ou seja, ajudar a aprofundar por meio da escuta da Palavra de Deus o mistério pascal que a assembleia reunida celebra. Catequese e liturgia: uma complementa a outra. Daí a importância das celebrações na catequese: momentos profundos, orantes, verdadeiras liturgias que ajudam a turma a fazer seu encontro com

12 DE OUTUBRO: DIA DAS CRIANÇAS

Bola de Meia, Bola de Gude

Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão Há um passado no meu presente Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra O menino me dá a mão E me fala de coisas bonitas Que eu acredito Que não deixarão de existir Amizade, palavra, respeito Caráter, bondade alegria e amor Pois não posso Não devo Não quero Viver como toda essa gente Insiste em viver E não posso aceitar sossegado Qualquer sacanagem ser coisa normal Bola de meia, bola de gude O solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança O menino me dá a mão Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto fraqueja Ele vem pra me dar a mão Milton Nascimento e Fernando Brant Música do álbum 14 Bis II, de 1980.

Deus. Devem, pois, os catequistas caprichar na preparação desses momentos celebrativos, como indicam os livros da coleção Catequese Permanente, que a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia adotou. Solange Maria do Carmo Mestre em teologia bíblica e doutora em teologia catequética


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18 DE OUTUBRO: DIA MUNDIAL DAS MISSÕES ra de serviço, expressão da solicitude do Bispo de Roma para garantir a koinonia, de modo que a colaboração e a sinergia sejam partes integrantes do testemunho missionário. Jesus colocou a unidade dos discípulos como uma condição para que o mundo creia (cf. Jo 17, 21). Essa convergência não equivale a uma submissão jurídico-organizacional a organismos institucionais ou a uma mortificação da fantasia do Espírito que inspira a diversidade, mas significa dar mais eficácia à mensagem do Evangelho e promover a unidade de propósitos que é também fruto do Espírito.

Queridos irmãos e irmãs, O Dia Mundial das Missões 2015 se realiza no contexto do Ano da Vida Consagrada e recebe um estímulo para a oração e a reflexão. Na verdade, se todo batizado é chamado a testemunhar o Senhor Jesus proclamando a fé recebida como um presente, isso vale, de modo particular, para a pessoa consagrada, pois entre vida consagrada e missão existe uma ligação forte. O seguimento a Jesus, que determinou o surgimento da vida consagrada na Igreja, responde ao chamado a tomar a cruz e segui-Lo, a imitar a sua dedicação ao Pai e seus gestos de serviço e amor, e a perder a vida para reencontrá-la. Como a existência de Cristo tem um caráter missionário, os homens e mulheres que o seguem mais de perto assumem plenamente esse mesmo caráter. A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagrada, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missionário» (EG, 266). A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tempo paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mesmo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós

A missão faz parte da gramática da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra vem e vai para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem cenários e sempre novos desafios para a missão evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, especialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes periferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho. O quinquagésimo aniversário do Decreto conciliar Ad gentes nos convida a reler e a meditar esse documento que despertou um forte impulso missionário nos Institutos de vida consagrada. Nas comunidades contemplativas, retomou luz e eloquência à figura de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões, como inspiradora da ligação íntima da vida contemplativa com a missão. Para muitas congregações religiosas de vida ativa, o anseio missionário que surgiu do Concílio Vaticano II se concretizou com uma abertura extraordinária para a missão ad gentes, muitas vezes acompanhada pelo acolhimento a irmãos e irmãs provenientes de terras e culturas encontradas na evangelização, de modo que hoje se pode falar de uma interculturalidade difundida na vida consagrada. Por esse motivo, é urgente repropor o ideal da missão em seu centro: Jesus Cristo, e em sua exigência: o dom total de si ao anúncio do Evangelho. Não pode haver tratativa sobre isto: quem, pela graça de Deus, acolhe a missão, é chamado a viver de missão. Para essas pessoas, a proclamação de Cristo nas várias periferias do mundo se torna o modo de como viver o seguimento a Ele e a recompensa de muitas dificuldades e privações. Toda tendência que desvia dessa vocação, mesmo que acompanhada por motivos nobres relacionados com as muitas necessidades pastorais, eclesiais e humanitárias, não é coerente com o chamado pessoal do Senhor para servir o Evangelho. Nos Institutos missionários, os formadores são chamados tanto a indicar com clareza e honestidade essa perspectiva de vida e ação, quanto a influir no discernimento de vocações missionárias autênticas. Dirijo-me de modo especial aos jovens, que ainda são

O Evangelho é fonte de alegria, libertação e salvação para todos os homens

capazes de testemunhos corajosos e atitudes generosas e por vezes contracorrentes: não deixem que lhes roubem o sonho de uma missão verdadeira, de doar-se ao seguimento a Jesus que requer o dom total de si. No segredo de sua consciência, pergunte-se o motivo pelo qual escolheu a vida religiosa missionária e meça a disponibilidade em aceitá-la por aquilo que é: dom de amor a serviço do anúncio do Evangelho, lembrando que, antes de ser uma necessidade para aqueles que não o conhecem, o anúncio do Evangelho é uma necessidade para quem ama o Mestre. Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos poderem recomeçar de suas raízes e salvaguardar os valores de suas respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer, em cada povo e cultura, o direito de fazer-se ajudar por sua tradição na inteligência do mistério de Deus e no acolhimento ao Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e sua força transformadora. Dentro dessa dinâmica complexa nos perguntamos: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?” A resposta é clara e a encontramos no próprio Evangelho: os pobres, os pequenos e os enfermos, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não podem te retribuir (cf. Lc 14,13-14). A evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «Existe um vínculo inseparável entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos nunca sozinhos» (EG, 48). Isso deve ser claro, especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missionária: com o voto de pobreza se escolhe seguir Cristo nessa sua preferência, não ideologicamente, mas como Ele, identificando-se com os pobres, vivendo como eles na precariedade da existência cotidiana e na renúncia de todo o poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus. Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os pequenos e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. O Concílio Ecumênico Vaticano II afirmou: «Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja, participando como testemunhas e como instrumentos vivos da sua missão salvífica» (AG, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram sempre mais corajosamente para aqueles que estão dispostos a colaborar com eles, mesmo que por um tempo limitado, por uma experiência a campo. São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inerente ao Batismo. As casas e estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e apostólico. As Instituições e Obras missionárias da Igreja estão totalmente a serviço daqueles que não conhecem o Evangelho de Jesus. Para realizar de maneira eficaz esse objetivo, elas precisam dos carismas e do compromisso missionário dos consagrados, mas também os consagrados precisam de uma estrutu-

A Obra Missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal. Por isso precisa também dos muitos carismas da vida consagrada, para se dirigir ao vasto horizonte da evangelização e ser capaz de garantir uma presença adequada nas fronteiras e territórios alcançados. Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho. São Paulo afirmou: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16). O Evangelho é fonte de alegria, libertação e salvação para todos os homens. A Igreja é consciente desse dom, por isso não se cansa de proclamar incessantemente a todos «o que era desde o princípio, o que ouvimos e o que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1,1). A missão dos servidores da Palavra - bispos, sacerdotes, religiosos e leigos - é colocar todos, sem exceção, em relação pessoal com Cristo. No imenso campo da ação missionária da Igreja, todo batizado é chamado a viver bem o seu compromisso, segundo a sua situação pessoal. Os consagrados e consagradas podem dar uma resposta generosa a essa vocação universal a partir de uma intensa vida de oração e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor. Confio a Maria, Mãe da Igreja e modelo de missionariedade, todos aqueles que, ad gentes ou no próprio território, em todos os estados de vida, colaboram com o anúncio do Evangelho e, de coração, concedo a cada um a Bênção Apostólica. Papa Francisco Vaticano, 24 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015


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COZINHA FÁCIL

Rocombole de massa de pastel Ingredientes 1 pacote de massa para pastel (discos grandes) 200 g de muçarela fatiada 200 g de presunto fatiado 1 lata de molho de tomate Orégano e manjericão a gosto 1 ovo para dourar Modo de preparo Abra a massa de pastel e regue com uma colher de chá de molho de tomate para umedecê-la. Adicione presunto, queijo, orégano e manjericão e faça rolinhos. Unte um refratário com azeite, coloque os rocamboles e pincele com o ovo. Cubra com papel alumínio e leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por 20 minutos. Retire do forno, tire o papel alumínio e leve para assar por mais dez minutos ou até dourar. Dicas: Troque o recheio por calabresa picada, cebolas e queijo prato. Se desejar, antes de levar para dourar, passe um pouco mais do ovo e adicione queijo parmesão fresco por cima para criar uma aparência mais bonita e gostosa.

DICA DE LEITURA 12/10 DIA NACIONAL DA LEITURA 29/10 DIA NACIONAL DO LIVRO

CAÇA PALAVRAS 18 de Outubro: Dia de São Lucas Evangelista

Imagem: reprodução da internet – cleofas.com

E M A U S W N A S U S E J I U A L S K P L T

T E G A U S X A I P Y S A A C E O H N E Ç U

W R D O U T O R E S E I O D S C B O B A A E

S E S C A V Ç D F A H N D V W V H A A I G N

M M S I M A R A O S W O R N H D S S K R R L

R L B S D Õ N C M H I T A B E I K I L A I S

C A T M E R T O U Z E I C F K W E G M M Z Z

B R A I L E R R L R A C D I L E F Q M I M O

Lucas, autor de um dos três evangelhos SINÓTICOS, isto é, que podem ser lidos em paralelo, possui características únicas. Apenas ele anuncia o precursor do MESSIAS, João Batista; narra o nascimento (2, 1-20) e a INFÂNCIA de Jesus: sua apresentação no Templo (2, 22-38) e a significativa conversa entre os DOUTORES (2, 41-51). Ele mostra um Jesus MISERICORDIOSO: no gesto do Bom Samaritano (10, 25-37), na cura dos dez leprosos (17, 11-19) e na tão conhecida parábola do FILHO PRÓDIGO (15, 11-32). Lucas registra JESUS contando com a ajuda das MULHERES, inclusive financeiramente. A presença delas está, dentre outras, na narrativa da pecadora arrependida (7, 36-50) e na famosa visita de MARIA a sua prima ISABEL. Outras passagens exclusivas do evangelista são o diálogo dos discípulos de EMAÚS (24, 13-35) e a parábola da figueira estéril (13, 6-9). O EVANGELISTA LUCAS diz que Jesus suou sangue no Jardim das Oliveiras, numa demonstração de sua profissão de MÉDICO, dia comemorado em 18 de outubro. Muitos hospitais e clínicas o homenageiam, dando-lhes o seu nome, como ocorre em Belo Horizonte. O S C S I H H F H O C O O N I I S I X I A I

C T O E V A N G E L I S T A L U C A S O Z Ç

S L D R A D Y F R B A A Q H E Y O E Q U M I

E V L I N M R U E I Q I O E N A R D Z P E O

T C N C D O D A S R R P L S A I D E Y A O C

E V F O H R K S S D R S V O C O T U M G O I

M A A R O B E I F O A E A O M E S S I A S D

B R S D Ç M T A D S Y M R A S C N F N A D E

R U A I T R A I Z E N D V F Z L W C O R A M

O T S O O E G R T O I S R X A A D C I T L I

B N N S P O N D I I E N A S I A I C A P Ç W

L U T O D O C A P C N E D I N F A N C I A H

Aula de leitura A leitura é muito mais do que decifrar palavras. Quem quiser parar pra ver pode até se surpreender: vai ler nas folhas do chão, se é outono ou se é verão; nas ondas soltas do mar, se é hora de navegar; e no jeito da pessoa, se trabalha ou se é à-toa; na cara do lutador, quando está sentindo dor; vai ler na casa de alguém o gosto que o dono tem; e no pelo do cachorro, se é melhor gritar socorro; e na cinza da fumaça, o tamanho da desgraça; e no tom que sopra o vento, se corre o barco ou vai lento; também na cor da fruta, e no cheiro da comida, e no ronco do motor, e nos dentes do cavalo, e na pele da pessoa, e no brilho do sorriso, vai ler nas nuvens do céu, vai ler na palma da mão, vai ler até nas estrelas e no som do coração. Uma arte que dá medo é a de ler um olhar, pois os olhos têm segredos difíceis de decifrar.

Ricardo Azevedo Em Dezenove poemas desengonçados, 1999 Extraído do endereço http://goo.gl/vi6GYl em 15/09/2015

PARTICIPE DO PROJETO LEITURA NA PRAÇA, AOS DOMINGOS, ÀS 10H, NA PRAÇA DA ABADIA, NO ESPLANADA.


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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Outubro de 2015

PÁGINA FRANCISCANA

4 DE OUTUBRO: DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

A missão na espiritualidade franciscana “Francisco, vai e restaura a minha casa” menor III, 9). Primeiramente ele foi missionário em Assis, sua cidade. É perceptível, em vários momentos, ações em que Francisco transparece o cuidado e o carinho de um missionário para com seu campo de missão. Pode-se, entre tantos outros, citar o cuidado com os leprosos (cf. 1Celano 103), a sua viagem à Síria e o encontro com o Sultão (cf. Legenda Maior IX, 7), o desejo de ser missionário entre os infiéis, assim como seus irmãos (cf. Legenda Perusina 79). Francisco é o homem apostólico e, por conseguinte, um homem missionário. Vivendo o Evangelho de uma maneira cativante e sua paixão pelo Cristo que se apresenta pobre no Presépio, na Cruz e na Eucaristia, tornava cada vez mais atualizado e próximo das pessoas. As palavras e os ensinamentos do Messias peregrino, proclamando com suas atitudes e comportamentos uma evangelização que incomodava e incentivava pelo exemplo de vida. São Francisco pregava com a vida e tornava o Cristo mais próximo do povo. Imagem reproduzida da internet: http://goo.gl/5c5Ir7

Durante os anos do seu processo de conversão (cf. 1Celano 4; 2Celano 7,10,11), houve, também, um despertar missionário. A missão do cuidado e do abandonar-se ao projeto de Deus guiou Francisco em sua trajetória. Durante seu processo de conversão, Francisco deixa para trás a sua vaidade e as condições que o impediam de entregar-se totalmente ao projeto novo e a experiência de uma vida baseada no Evangelho de Jesus Cristo. Bem se sabe que aquela voz do crucificado na Igreja de São Damião (cf. Legenda dos Três Companheiros 5, 13) não se referia tão somente às casas materiais, que Francisco interpreta ser as igrejas que estavam em ruínas e que Francisco reconstruiu. Restaurar a Igreja, corpo místico de Cristo (cf. 1 Cor 12, 12-30), sem conhecer o Cristo, sem caminhar com Ele e sem ter intimidade com Ele não seria nada fácil. Foi necessário restaurar, primeiramente, a casa do coração, casa esta onde habita Deus no íntimo do homem; era novamente a profecia de Ezequiel que se fazia ouvir “Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo. Removerei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne” (Ezequiel 36, 26). Mas, dessa vez, Deus contava com Francisco, a exemplo de Ezequiel. Imaginar que Francisco foi missionário somente entre os sarracenos é ilusão (cf. Legenda

Ao longo de sua vida, Francisco foi reconstruindo a casa do seu coração e, ao mesmo tempo graças às suas atitudes missionárias, anunciando a conversão a todas as pessoas. Convidava-as, pela simplicidade e pela afabilidade, a reconstruírem também os templos dos seus corações; reconstrução essa, passo a passo, pedra a pedra. Sua ida aos leprosos, aos sarracenos, sua misericórdia com os ladrões e todo o seu cuidado com os irmãos revelam o zelo misericordioso do Pobre de Assis. Ao querer assemelhar-se ao Cristo pobre, ele assume todas as implicações da missão e as levam até o fim de sua caminhada. Pregando pelo exemplo de vida tornava o Cristo tão próximo do povo que seu carinho e afeto por este Cristo pobre transparecia em seus gestos e palavras. O livro Teologia da Missão em seu primeiro capítulo, das Pontifícias Obras Missionárias, afirma: “Antes de fazermos missão, somos missão”. Com base nessa afirmação, podemos confirmar que Frei Francisco fez de sua vida uma contínua missão, pois ele era um homem plenamente envolvido pelo Senhor e, assim, levava a todos o amor fraterno. Ele não poderia pregar sobre o Cristo pobre sem viver esta realidade e sua opção pela pobreza é enraizada no Evangelho. Suas chagas eram a exteriorização de sua intensa vivência íntima da missão do Cristo Salvador que culmina, com amor, na Cruz, mas esse mesmo Salvador nos espera, a todo nós, na Ressurreição e na vida. Ele pregava com a vida e tornava o Cristo próximo ao povo, Tomás de Celano ressalta que

Francisco pregava com toda sua pessoa (cf. 1Celano 4, 97), que havia nele tamanha concordância entre o corporal e o espiritual e seu exemplo missionário era tão profundo e verdadeiro que se frutificou e as sementes missionárias dessa vida humilde e digna foram regadas com as águas batismais de uma nova família religiosa que surgia. Sua relação com a natureza, com as pessoas e toda a criação revela a relação de [com]paixão com o plano de Deus que se origina no Mistério de Comunhão da Trindade, fonte e origem da Missão, como nos mostra no Cântico do Irmão Sol: “ Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas... Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças, e servi-o com grande humildade” (Cant. 1, 3). Ao chamar os elementos de irmãos, ele aponta a fraternidade universal relevada por Cristo e a dignidade da criação diante de Deus. Francisco, o homem apostólico, ensinou a seus irmãos o carinho para com os pobres e necessitados e admoestando-os ao serviço contínuo exemplifica a missão contínua e possível por meio do exemplo de vida e umas poucas palavras. Frei Glaicon G. Rosa, OFMCap

PROFISSÃO DEFINITIVA OFS

No dia 17 de setembro, Festa da Impressão das Chagas de São Francisco de Assis, ingressaram à Fraternidade Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, por meio da Profissão Definitiva da Regra da Ordem Franciscana Secular, as irmãs Eny Barbosa de Sá, Maria do Carmo Tavares de Sousa e Marta Coelho Lisboa da Silva. Que o Espírito Santo assista nossas irmãs a observarem o que prometeram e que cheguem à perfeição da caridade no serviço do Reino de Deus.


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