Dezembro de 2016

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JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de dezembro de 2016

TIRAGEM: 2.500 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Natal: vem ser o nosso presente, Jesus! - Página 3 Palavra do Pároco Irmãs e irmãos, leitores do nosso O Rosário, paz e bem! Mais um ano vai chegando ao fim. Quantos acontecimentos marcaram as nossas vidas durante este ano, quantas expectativas para o ano que vai chegando! Em meio a tudo que vivemos, experimentamos a graça de Deus a nos impulsionar para caminhar sempre, para superar obstáculos, para construir a fraternidade entre os homens. Nestes dias iniciamos o tempo do Advento, que nos prepara para celebrar o natal de Jesus. Às vezes parece que esse tempo, próximo do Natal, é um tempo meio mágico em que as pessoas parecem se tornar melhores, mais próximas, mais sensíveis. Quem dera que o Natal fosse todo dia! A celebração da memória de Santa Luzia nos remete ao testemunho de uma jovem firme no propósito de viver a fé. Pedimos a sua intercessão nestes tempos de distanciamento dos valores evangélicos. É neste espírito do Natal que celebramos também Nossa Senhora, a Imaculada Conceição. A mãe do Menino Jesus, a mãe o nosso redentor, que foi preservada do pecado. Voltamos nosso olhar no início do mês para a mãe prestes a dar à luz aquele que é a nossa luz. Logo depois das festas natalinas celebramos a Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Tudo está unido, e vamos percebendo os caminhos de Deus na nossa caminhada. Pedimos com o Padre Zezinho: “Abençoa, Senhor, as famílias, amém. Abençoa, Senhor, a minha também”. No clima de Natal, diante de um presépio, contemplamos a maravilha do nascimento do Menino Deus. Só podia ser ideia de Francisco de Assis, ele que se identificou tanto com Jesus, ele que se maravilhava com a simplicidade do seu nascimento. Na noite de Natal, tiremos um pequeno momento para nos colocar diante de um presépio, façamos uma pequena oração, peçamos a paz para o nosso mundo, peçamos para que, inspirados pelo menino que nasce, sejamos melhores, semeemos as sementes do amor, da esperança e da fraternidade. Deixamos aos nossos leitores, em nome de todos os frades desta fraternidade, os votos de Feliz Natal e um ano novo repleto de saúde e paz. Que em 2017 possamos todos estar mais engajados nos serviços de nossa Paróquia, para que possamos tornar a mensagem de Jesus mais atraente e encantadora para todos. Frei Vicente da Silva Pereira, OFMCap

Festa de Nossa Senhora da Conceição [página 5]

A Sagrada Família de Nazaré ilumina nossas famílias [página 5]

A mensagem franciscana do presépio [página 7]


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | DEZEMBRO DE 2016

Batismo

21 de dezembro: início do verão

Foto: Pastoral do Batismo

Imagem: https://goo.gl/Tisrld

No entardecer dos dias de verão

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Luiz Gustavo Viterbo Laia e Silvia Carvalho Dalcantoni; Maxwell Alves Serrinha e Nubia Patricia Cardoso; Flávio Cordeiro Alves e Giselle Rodrigues Rocha Lares; Flávio Cordeiro Alves e Giselle Rodrigues Rocha Lares; Francisco Antonio Freitas Federmann e Bruna R. de Almeida Federmann; Hallan Maique Pereira Cruz e Dayane Nair Rocha de Souza; Daniel Cristiano Costa Miranda e Jouse Luiza Gomes Costa Miranda; Miglen Dayan Souza de Jesus e Cássia dos Santos Moreira; Keilyson Jacomete Carneiro e Juliana Nogueira Domingues; Leonardo Antão Jorge e Érica Viviane Soares Barbosa assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Ana Luiza Dalcantoni Viterbo, Emilly Cardoso Serrinha, Guilherme Cordeiro Lares, João Vitor Cordeiro Lares, Kauã Rodrigues de Freitas, Luan Rocha Cruz, Maria Alice Gomes Costa Miranda, Pietro Dayan Souza Moreira, Valentina Carneiro Domingues e Zeca Barbosa Jorge, que passaram pelo Batismo no dia 16 de outubro de 2016. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei João Junior.

Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Segunda, às 7h; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Rua Iara, 171 - Pompeia Capela São Judas Domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Rua Iara, 727 - Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Sábado e domingo, às 18h Rua Violeta, 555 - Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Sábado, às 19h; domingo, às 9h Praça da Abadia, s/n - Esplanada Capela Nossa Senhora dos Anjos Domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 - Comunidade São Rafael - Santa Efigênia Capela do Cemitério da Saudade Segunda-feira, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade Veja também as celebrações no período do Natal e Ano Novo, na página 5

Concerto de Natal Imagem: Divulgação

Coral Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Imagem: Patrícia Jones

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS

No entardecer dos dias de verão, às vezes, Ainda que não haja brisa nenhuma, parece Que passa um momento, uma leve brisa... Mas as árvores permanecem imóveis Em todas as folhas das suas folhas E os nossos sentidos tiveram uma ilusão, Tiveram a ilusão do que lhes agradaria... Ah, os sentidos, os doentes que veem e ouvem! Fôssemos nós como devíamos ser E não haveria em nós necessidade de ilusão... Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida E nem repararmos para que há sentidos... Mas graças a Deus que há imperfeição no mundo Porque a imperfeição é uma cousa, E haver gente que erra é original, E haver gente doente torna o mundo engraçado. Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos, E deve haver muita cousa Para termos muito que ver e ouvir...

Adeus, amigo Imagem: Arquivo da família

No dia 6 de novembro, o Frei Robson, regente e maestro do Coral Nossa Senhora do Rosário de Pompeia nos últimos cinco anos, fez sua última apresentação com o grupo em missa celebrada na Igreja Matriz. A comunidade paroquiana agradece o seu grandioso trabalho à frente do coral e dá as boasvindas ao novo regente, Edson de Oliveira.

Presépios Imagem: Patrícia Jones

Celebre com fé e alegria o Mistério da Encarnação do Filho de Deus adquirindo um lindo presépio para ornamentar sua casa, comércio ou para presentear seus familiares e amigos neste Natal. Os presépios estão sendo vendidos na portaria do Convento dos Frades Capuchinhos (Rua Iara, 171 - Pompeia – BH).

No dia 28 de outubro retornou aos braços do Pai nosso querido Nadelson. Exemplo de irmão, de amigo, de companheiro, de paroquiano. A nós, amigos do ECC e das pastorais, fica a saudade e também a gratidão por cada momento compartilhado.

IX Romaria Nacional do Terço dos Homens em Aparecida (com as famílias) Saída: 17 de fevereiro, às 19h30 (Igreja Pompeia) Retorno: 19 de fevereiro, às 13h30 Estadia: Hotel Monte Sião (hospedagem com café da manhã, almoço e jantar) Preço: R$ 380 por pessoa (em até 3 parcelas) Contato: Maria Helena (34831110); Jario (3461-3947); Izabel (3463 3154)

EXPEDIENTE A Igreja Matriz da Pompeia vai receber, no dia 18 de dezembro, a Orquestra Sinfônica de Betim para um concerto especial, com a apresentação do Oratório de Natal, obra do compositor francês Camille SaintSaëns, escrita em 1858. O evento, com regência do maestro Márcio Miranda Pontes, terá início às 18h e vai contar com a participação dos Corais Unimed-BH, Angelus, OAP UFMG e João Paulo II. A entrada será gratuita.

Pároco Frei Vicente Pereira, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Douglas Lima Daniel Frei Jean Gregory, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Madalena Loredo Maurício Nascimento Patrícia Leal Renilson Leite

Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook:www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

Natal: vem ser o nosso presente, Jesus! Imagem: https://goo.gl/od6UCi

O Ano Litúrgico C – 2016 chegou a seu término no dia 20 de novembro, com a celebração de Cristo Rei do Universo. Dia 27 de novembro a Igreja abre um novo ano, um novo tempo: Advento de um novo nascimento de Jesus. Em síntese, eis o significado do Advento: a vida litúrgica do povo de Deus começa com um ritual para a espera de um bebê especial, o Menino Jesus que chega no Natal. Trata-se da chegada do esperado Messias prometido ao Povo de Israel, mas que não se limita mais a esse povo: todos serão abençoados e agraciados com a libertação trazida por esse Menino, presença de renovação nas Igrejas cristãs e em todos os corações abertos aos valores do Reino. As leituras dos quatro domingos do Advento que antecedem o Natal nos falam de esperança, de luz e de estrelas. O Messias é a grande luz que, tendo vindo a este mundo, ilumina todas as pessoas (João 1,9). E todos aqueles que sentem em si a presença dessa luz devem comunicá-la aos outros. A luz não veio para ficar escondida debaixo de tapumes: deve brilhar e iluminar os caminhos por onde trilharemos em busca de paz. “Deus é luz” (1 João 1, 5). Coincidentemente, o Judaísmo celebra uma festa de Luzes no período de nosso Natal, por motivos diversos. Eles fazem a festa da reconsagração do Templo que fora profanado por Antíoco Epífanes, rei da Síria. Consagração, em hebraico, é Chanucá, e esse é o nome da festa. São acesas, na menorá, nove velas alimentadas por óleo, uma por dia, até o dia da festa que culmina em 25 de Kislev, dia de nosso Natal. A nossa Igreja, toda alegre e feliz, acende uma vela colorida em cada um dos quatro domingos do Advento. É feita uma guirlanda de ramos verdes, normalmente de pinheiro, para comemorar o Rei-Menino que vai chegar. Advento e Natal são tempos de luz, pois esperamos a Luz Divina que torna mais iluminado este lugar que teve a honra de ser a morada física de Deus Vivo. Por ocasião de 25 de dezembro celebrava-se na Europa a festa do nascimento do Sol. Ali, mais ao norte do planeta, os dias são muito pequenos, é como se o sol estivesse morrendo. E exatamente no dia 25/12 há um soerguimento do sol, como se ele voltasse a nascer, e os dias vão-se tornando maiores. Antes de Cristo, o dia 25 de dezembro era isto: festa do nascimento do sol. A Igreja aproveitou a festa pagã e colocou, no lugar do nascimento do sol, o nascimento de Jesus, a verdadeira luz que ilumina a todos. Eis a origem da grande festa da cristandade, representando, hoje, um terço dos habitantes do planeta.

Imagem: https://goo.gl/sXa1gO

O Advento, a cada ano, nos diz que Jesus é o esperado Príncipe da Paz, que nasceu pobre, numa estrebaria periférica de Belém, e apresentou-Se ao mundo como o

incenso e mirra, simbolizando a realeza, a divindade e o martírio do Salvador da humanidade. Mesmo que o Natal tenha se tornado um período de forte comércio, isso não tira a beleza da festa, época de congraçamento, de união familiar, uma ocasião verdadeiramente mágica, que contagia os cristãos do mundo inteiro.

Pão da Vida (Jo 6, 48), para que o mundo não tenha fome de pão nem da Palavra de Deus. Em Belém, na Judeia, terra do Rei David, devia haver um pão especial, muito famoso, pois a cidade se chamava “Casa do Pão” (Beit-Lehem, em hebraico). O MeninoMessias nasceu ali e sua Mãe o colocou entre as palhas do cocho onde os animais se alimentavam. Na manjedoura o colocaram. Ele sentiu o hálito quente do jumento e do boi em seu corpinho frágil e santo. E sorriu. E o Seu sorriso iluminou a cidade de Belém, iluminou a Judeia inteira; o brilho foi-se espalhando pelo mundo, pelos astros... E brilha até hoje!

Belém de Judá, a Casa do Pão, pode ser hoje sua casa, a nossa casa. O Menino pode nascer dentro dela, fazer aí o seu presépio. Nossos templos, os templos de todas as Igrejas precisam ser verdadeiramente “casas do pão”, onde as pessoas se alimentem e se fortaleçam. Vem, neste Natal, ser o nosso Pão, nosso presente, ó Jesus! Faz da nossa casa o Teu presépio, a Tua manjedoura, a Tua Belém! Aqui encontrarás mais calor do que o hálito de animais, encontrarás o nosso abraço, a nossa fraternidade!

Conforme já havia sido anunciado pelo Profeta Miqueias, foi na cidade de Belém que o Pão Vivo veio do Céu em forma humana para mudar a história do mundo. Os coros de Anjos cantaram Aleluia três vezes! Os Reis Magos, vindos de pontos geográficos diferentes, viram a Estrela no Céu. Os Pastores também viram. E todos os povos da Terra são chamados a vê-la em seus corações. Costumamos trocar presentes no Natal, imitando os magos do Oriente, que levaram à manjedoura ouro,

Que a Tua Estrela brilhe no meu céu, no nosso céu. E que todos os dias sejam Natal! Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas p.ismar@pucminas.br

O Nascimento Vinda do Oriente

a saudá-Lo... a adorá-Lo...

uma nova estrela brilha

glorificá-Lo...

anunciando uma Nova Era.

Tão frágil!... mas mais poderoso

É o Messias prometido

que o maior dos reis da Terra!

o Deus-Menino nascido

Na Belém silenciosa e calma

da Virgem de Nazaré

o Rei dos Reis nasceu...

tão pobrinho, numa manjedoura

Nasceu o Mestre dos Mestres

envolto em panos simples. Um burrinho...bois...

que iluminaria o coração das pessoas.

carneiros... pastores...

Cumpriu-se então a profecia:

cachorros... galos e pássaros...

-O Menino Jesus nasceu...

pedras... caminhos de terra...

“Pobrezinho, nasceu em Belém

capim... orvalho...

eis na lapa Jesus, nosso bem”

-Maria...Sua Santa Mãe.

Noite feliz!

-José...Seu terreno pai. Nascimento. Mural de Toussaint Auguste, 1970. Haiti.

Tudo em volta

Alberto Magno Ribeiro Montes


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Catequese Permanente

A salvação em Cristo Nos artigos anteriores, vimos como, sorrateiro e malandro, o desejo mal orientado vai encaminhando nossa vida para o pecado. E todos nós estamos experientes nisso. Vez ou outra, o pecado bate à nossa porta e, antes que consigamos dispensá-lo, já se instalou em nossa casa, já se tornou hóspede da alma, já se fez conselheiro nada confiável e já deixou marcas de seu estrago. Ainda bem que, na luta contra esse “malandro”, não estamos sós. Não vencemos o pecado por nossas próprias forças, mas única e exclusivamente pela força de Jesus Cristo, que se fez homem – em tudo igual a nós – e não pecou (Fl 2,9-11; Hb 2,17).

Imagem: https://goo.gl/O5FvOY

Ao dizer que Jesus não pecou, muitos respondem prontamente: “Então, não era homem como nós!”. Ledo engano! O pecado não é humano; é des-humano. Ele sempre des-humaniza; arranca de nós o que há de mais belo, deforma nossa vida, estraga nossas relações, destrói nossos amores. Ora, não é Jesus que deveria ter pecado para ser humano como nós. O mais humano do humano é não pecar; é viver a nossa humanidade em plenitude, como Jesus o fez. Afinal, Deus não nos fez com um defeito de fábrica, o pecado. Ele nos fez à sua imagem e semelhança (Gn 1,12), ou seja, antes do pecado está a graça. Fomos criados bons e livres. É na dinâmica da liberdade que o pecado entrou na história da gente. E aí é que está o mais bonito de tudo. Jesus viveu sua vida na mesma graça, mas o pecado não o seduziu. Não porque ele é Deus, mas porque, na sua liberdade de filho, escolheu a obediência ao Pai (Hb 5,8). Essa obediência teve um preço: a morte de cruz. Ora, que fique bem claro: O Pai não levou Jesus para a cruz porque este o obedeceu. A obediência ao Pai é que levou Jesus à cruz. O Pai nunca planejou nem quis a morte do Filho. O Pai não é sádico; não brinca com a vida de seu Filho amado (como não brinca com a nossa). O Pai ama Jesus e está com ele todo o tempo (como também está conosco). E nessa solidariedade ou comunhão entre ambos é que está a força de Jesus para enfrentar a cruz com dignidade e serenidade.

humana... Deus o enviou para morrer no meu lugar complica ainda mais. Deus enviou Jesus para viver nossa vida, ou seja, uma vida na existência humana como todos. Se entendemos assim, ele morreu em nosso lugar, ou seja, morreu como todos morrem; sua vida é tão verdadeiramente humana que ele a leva até as últimas consequências: a morte. Então, Jesus não morre em nosso lugar. Cada um morre sua morte. Ele só morre em nosso lugar, se entendemos essa morte como solidariedade, como entrega. E, por isso, ele nos salva, porque na cruz revela a máxima entrega e o máximo amor humano, assumido pelo amor de Deus.

Se é assim, a morte de Jesus não é um capricho de Deus, muito menos um desejo seu. A morte de Jesus é consequência natural de sua vida (afinal, tudo que vive morre um dia) e de suas escolhas. Se tivesse escolhido outro tipo de prática, outro tipo de pregação, outro tipo de rumo para sua vida, certamente seu destino não teria sido a cruz. A cruz é consequência das escolhas de Jesus. Sua pregação, sua vida em favor dos pequenos e não da Lei, sua opção pela fidelidade, tudo isso levou Jesus para o Calvário. A canção popular “Deus enviou seu Filho amado para morrer em meu lugar” é bela como poesia, mas sua teologia parece duvidosa. Como poderia o Pai – que é puro amor – enviar seu Filho para morrer? Deus enviou seu Filho sim, mas no sentido que Jesus age em nome de Deus, ele é o sacramento da presença de Deus, o sinal visível de sua presença no mundo. Deus o enviou para morrer sim, mas só no sentido de que assumir a vida humana é morrer um dia. Aliás, quando recebemos o dom da vida, já começamos a morrer aos poucos. Se entendemos que Deus enviou Jesus com o destino trágico da cruz antecipadamente marcado, aí tudo se complica. E a liberdade humana? Jesus não seria um homem livre? Mas a liberdade é condição de possibilidade da vida

13 de dezembro: dia de Santa Luzia

Uma história de amor e fidelidade a Deus Jovem corajosa, Luzia nasceu por volta do ano de 280 d.C., em Siracusa, Itália. Sua história é mais um exemplo de que devemos nos entregar sem medo a Deus. Órfã de pai, desde muito nova ouvia de sua mãe a verdade do cristianismo e a mensagem de amor de Jesus. Por isso, tão pequena, mas já com o coração livre do amor humano, entregou-se pura e totalmente ao amor a Deus. Secretamente, decidiu se consagrar e, unindo-se a Jesus como esposa, fez votos de castidade perpétua.

Imagem: https://goo.gl/I63HK2

Sua mãe sofria enferma, há muitos anos, e devido à doença era muito preocupada com o futuro da filha. Sabendo que poderia morrer a qualquer momento, cuidou de oferecer Luzia como esposa a um jovem de família distinta, porém, pagão. Já decidida e entregue a Cristo, a moça logo se encarregou de adiar o casamento. Partiu com a mãe em peregrinação à cidade de Catânia, onde se encontrava o corpo da grande Santa Águeda, pela qual tinha admiração e que morrera por não se converter aos ídolos. Cheia de fé, vivendo em santidade, pediu confiante a cura de sua mãe e foi atendida. O milagre de sua mãe seria a resposta definitiva de que não devia casarse, mas seguir sua

vida de dedicação e coragem aos desígnios de Deus. Foi nesse momento que revelou sua decisão à mãe. Santa Luzia começou a doar seus bens aos pobres e causou espanto ao rapaz que a queria como companheira. Por isso, ele questionou o motivo de tanto esbanjamento. Sua mãe disse que ela era muito providente e havia encontrado bens muito mais valiosos. Ele não entendeu que falava dos “bens do paraíso celeste” e voltou para casa. Mesmo assim, a moça continuou a ajudar os mais necessitados, acabando com toda a riqueza que lhe restava. Foi quando o jovem teve a certeza de que sua prometida era cristã e a denunciou às autoridades. Na tentativa de fazê-la converter-se aos ídolos, negando a Cristo, mas vendo que não se renderia, o imperador Diocleciano a torturou e ameaçou jogála em um prostíbulo, para tirarem a pureza que tinha prometido a Deus. Todos os soldados juntos não tiveram força para arrastá-la, sem que ela fizesse esforço algum. Chamas de fogo, nas quais foi lançada, também não foram capazes de atingi-la. Por fim, um golpe de espada dilacerou o pescoço da jovem fiel e acabou com a sua vida. Antes morrer, em 13 de dezembro de 304 d.C., contase que, resistindo às crueldades, seus olhos foram arrancados e devolvidos em um prato; motivo pela qual é venerada como intercessora da boa visão. Santa Luzia testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”. Renilson Leite, jornalista

Jesus, com sua morte, estende a salvação a toda a humanidade. Ao assumir nossa existência, dita no Evangelho de João como “carne” – “O verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14) –, nossa vida fica radicalmente marcada por sua fidelidade. Fica comprovado que é possível ser fiel, viver unido ao Pai, numa experiência edificante de amor e entrega. Assim, a morte de Jesus é salvífica, estende-se a todos nós, atinge-nos de cheio, tem um efeito transformador sobre a humanidade, antes deformada pelo pecado. Jesus nos devolve a humanidade perdida; ele nos resgata da vida fútil e dá sentido à existência humana no amor e na doação que ele viveu. Sua morte tem consequências diretas sobre nós; e não só sobre nós cristãos, mas sobre a humanidade inteira. O que Jesus fez não foi só se tornar um bom exemplo para que o sigamos. Exemplos são bons, mas não transformam por dentro. Jesus assumiu nossa “carne” e transformou-a com sua fidelidade. Agora, remidos por ele, podemos seguir em frente na jornada da vida. Que a catequese não incuta na cabeça de jovens e crianças uma salvação mágica, mas a salvação como dom do amor gratuito de Deus, manifestado em Cristo! Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética

Celebrações no Natal e Ano Novo 24 de dezembro 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida (Esplanada) 19h - Capela Nossa Senhora da Abadia 20h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, com participação das comunidades São Judas e São Rafael 25 de dezembro 9h e 19h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia 9h - Capela Nossa Senhora da Abadia 10h30 - Capela Nossa Senhora dos Anjos (Comunidade São Rafael) 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida (Esplanada) 19h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia 20h - Capela São Judas 31 de dezembro 20h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia 1º de janeiro 9h e 19h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia 10h30 - Capela Nossa Senhora dos Anjos (Comunidade São Rafael) 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida (Esplanada) 20h - Capela São Judas Celebrações durante o mês de janeiro Sábados 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida (Esplanada) 19h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Domingos 7h, 9h e 19h - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia 9h - Capela Nossa Senhora da Abadia 20h - Capela São Judas


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Festa de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Imagem: https://goo.gl/AwQmDV

Cremos num Deus que se encarnou, foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, ou seja pelos méritos de Jesus Cristo, Filho de Deus, Maria Santíssima foi preservada do pecado. Por ela e nela Jesus se encarnou, irrompendo na história humana.

Assim, quando se diz que foi “concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria”, destacamos o entendimento dos dogmas da Imaculada Conceição que se referem à verdade de fé revelada por Deus, a redenção original, o “Verbo que se fez carne”, a concepção do Espírito Santo, a Virgem Maria e a maternidade virginal.

desde sempre como a mãe de Jesus e preservou-a do pecado original: ela é, pois, a Imaculada Conceição. Maria é toda ela “sim” a Deus. O “sim” à encarnação uniu Maria a Jesus antes dele nascer e fez dela a primeira discípula. Maria foi uma mulher corajosa que ia assimilando o chamado de Deus no cotidiano da vida oculta com Jesus e durante seu ministério. Ela guardava tudo em seu coração.

A isenção de Maria de toda mancha do pecado original se deve à escolha eterna, à predestinação para Mãe de Deus Filho Redentor do Mundo. Não convinha que a futura Mãe do Salvador fosse sujeita ao domínio do mal. A Imaculada Conceição de Maria significa uma redenção preservativa. Isso é possível para a Onipotência de Deus; portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Em todos os símbolos da fé cristã, Jesus nasceu de uma Virgem Maria. Maria é acima de tudo um modelo de fé. A concepção virginal de Jesus deve ser compreendida como ela é: a marca da iniciativa total do Pai Eterno. Jesus ressuscitado é Filho de Deus, portanto sua mãe é mãe de Deus, e não houve outro Pai além de Deus. Nisto consiste o profundo sentido de sua maternidade virginal: Deus é o Pai do seu Filho, e a Igreja crê nessa concepção virginal. Assim, cremos que São José, o justo, foi escolhido por Deus, desde toda a eternidade, para ser o esposo virginal, o guardião da Virgem, o pai adotivo e davídico de Jesus.

Jesus fez de sua Mãe a primeira redimida, a grande liberta, primícias de sua Igreja resgatada, o mais belo fruto de sua redenção. Na sua aparição em Lourdes, Maria não disse: fui concebida imaculada, mas Eu sou a Imaculada Conceição! Com essas palavras, ela determina, não só o fato de seu concebimento imaculado, mas também o modo como esse privilégio lhe pertence. Não se trata de algo acidental, mas que faz parte de sua natureza. A festa da Imaculada Conceição da Virgem Maria se revela em algumas palavras, tais como: tudo é dom gratuito de Deus, tudo é graça, tudo é dom do seu amor por nós. O Arcanjo Gabriel chama Maria “cheia de graça”, visto que nela não há pecado, porque Deus a escolheu

Por intermédio do apóstolo João, Jesus nos dá Maria por Mãe, Mãe de todos os homens, de todos os povos. Que Mãe melhor poderíamos receber das mãos do Senhor? Que honra é para nós poder chamar de nossa Mãe a Mãe de Nosso Senhor? Maria foi a última grande dádiva que Jesus nos deu enquanto vivia entre nós. Ele deixou este grande presente para o fim, com o propósito de que Maria fosse lembrada de forma inesquecível por cada um de nós como a Virgem esposa e adorável Imaculada do Espírito Santo.

Patrícia Machado Leal, bióloga

30 de dezembro: dia da Sagrada Família

A Sagrada Família de Nazaré ilumina nossas famílias mães, avós, primos, o respeito, o diálogo, o perdão, são fundamentais; é a luz de uma estrela guia na vida de uma pessoa. Sabemos, por meio das Sagradas Escrituras, que havia força divina em Jesus, mas também podemos compreender que sua dimensão humana foi moldada pelo lar que José e Maria estabeleceram com seu trabalho e dedicação. A coragem, a alegria, a doçura e ternura de Jesus não poderiam vir de um lar de brigas, desentendimentos, ódio, rancor e individualismo. Não devíamos cultivar um estado de conflito em nossas casas, não é nesse tipo de família que Jesus acontece a nós. Para que qualquer família humana possa gerar

Aquela família sagrada foi o sinal da intervenção de Deus na história do ser humano, marcada pela violência, injustiça, preconceito e ignorância em todas as culturas desde a antiguidade! A Judeia naquele momento histórico era governada por militares cruéis e gananciosos, o povo vivia num grande estado de miséria para sustentar a pequena classe rica de políticos e religiosos. A família de Jesus sofreu muito, como sofre hoje a maioria das famílias. José e Maria não encontraram nem uma hospedaria para ter Jesus; a estrela teve que iluminar seu nascimento em uma estrebaria na periferia de Belém. Mas nem o ódio dos governantes e nem a pobreza puderam impedir que aquela família, José, Maria e Jesus, se tornasse para nós a mais importante das famílias, nosso exemplo para a vida. O período entre o nascimento de Jesus e seus 12 anos possui poucos registros históricos, mas sabemos hoje por meio das teorias da Pedagogia e Psicologia que estes primeiros anos são os mais importantes na vida de uma pessoa: é o tempo da formação das bases da personalidade, do caráter e da mentalidade. O carinho e a atenção que uma criança precisa não podem ser substituídos ou terceirizados: o amor entre os pais e

indivíduos como Jesus, é importante olhar sempre para a sua Sagrada Família, e os laços de amor que ela possuía. A vida humilde da infância de nosso Mestre não foi razão para uma vida familiar pobre; não são os bens materiais de uma família que definem sua profundidade amorosa. Uma família de amor fica junta, unida diante de todas as adversidades, e é ali que o Espírito Santo promove o milagre da paz, revive o milagre da união dos pais de Jesus. David José Gonçalves Ramos Pedagogo e Mestre em Filosofia Imagem: https://goo.gl/C7G9CB

O universo é muito grande. São milhares de bilhões de estrelas e uma quantidade infinita de planetas e luas. Olhando para o céu à noite podemos ver parte dessa maravilhosa obra de Deus! Uma dessas estrelas foi convidada a participar de um fenômeno humano muito precioso, ocorrido aqui na terra há um tempo: iluminar a caminhada de uma família simples no interior de um pequenino país mediterrâneo. A caminhada daquela família de judeus por terras áridas naqueles dias foi fundamental para a nossa vida: José e sua esposa Maria, grávida de seu primeiro filho, buscavam um lugar para o nascimento daquela criança, destinada pelo Criador de todas as coisas a ser a luz de todos nós. A grandeza do universo inteiro representado pela estrela guia era o milagre ao redor de um outro milagre, o nascimento de Jesus Cristo, que com seu amor divino trouxe a esperança e a possibilidade da paz e da alegria de viver, assim como trouxe o caminho seguro e único ao conhecimento da vontade de Deus, que é Pai.

Sagrada Família, por Tom Slack, 2012


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Cozinha Fácil

Pastoral do Dízimo

Bolinhos assados de batata e atum Imagem: panelinha.ig.com.br

Imagem: Arquivo pessoal

A Pastoral do Dízimo finaliza mais um ano com um agradecimento especial a todos os dizimistas da nossa Paróquia, que com seu gesto fez acontecer o milagre da partilha. Obrigado também por sua perseverança e fidelidade na devolução do Dízimo. Se você ainda não é dizimista, Deus o aguarda com muito carinho. Deus abençoe a todos. Por que sou dizimista? Vejam o que pensa a nossa paroquiana e dizimista Maria Inocência Silva, mais conhecida como Maria Inês: “Dízimo não é o que nos sobra, porque Deus não precisa. É um pouco da recompensa de tudo aquilo que Ele nos dá: vida, saúde, trabalho etc. Quando contribuímos, mostramos o nosso amor aos irmãos e gratidão a Deus. Em suma: quanto mais partilhamos mais recebemos. Nossa doação de coração só nos traz benefícios”. O dízimo é bíblico: “Também todos os dízimos da terra, da semente do solo, do fruto das árvores são propriedades do Senhor, são consagrados ao Senhor” (Levítico 27,30).

Ingredientes 400 gramas de batatas cozidas (aprox. 2 batatas grandes) 1 lata de atum ralado

Missa especial de encerramento do mês dedicado aos dizimistas, celebrada no dia 26 de novembro, na Igreja Matriz da Pompeia.

1 cenoura média ralada no ralador fino 1/2 xícara de salsa e cebolinhas bem picadas sal a gosto orégano a gosto azeite a gosto farinha de mandioca para envolver os bolinhos

Modo de preparo

Caça-palavras Imagem: https://goo.gl/lnP86W

Réveillon O RÉVEILLON é a comemoração da passagem de ano do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro do ano seguinte. A palavra veio do FRANCÊS e significa “despertar” (ficar acordado), em referência à nova etapa de uma VIDA que se inicia. A comemoração no Ocidente tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. JANEIRO deriva do nome de JANO, que tinha duas faces - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado).

Cada CULTURA e cada região comemora a passagem à sua maneira e em datas específicas. Os chineses marcam o seu ANO NOVO ao final de janeiro ou no início de fevereiro, enquanto os JUDEUS comemoram no que é, para nós, final de setembro ou início de outubro. Já para os muçulmanos a passagem de ano é celebrada no mês de maio. Mas na maior parte dos países de TRADIÇÃO ocidental o Réveillon é comemorado no dia 1º de janeiro. No Brasil, onde existem várias tradições herdadas das religiões de matriz africana e afro-brasileira, tais como o CANDOMBLÉ e, principalmente, a UMBANDA, o culto a IEMANJÁ com oferendas ao mar é praticado até mesmo por pessoas que não fazem parte dessas religiões, tendo uma grande receptividade junto aos CATÓLICOS. Outro hábito herdado dessas religiões é o ato de vestir-se de BRANCO, uma superstição pela promoção da PAZ e, na origem, um hábito para reverenciar as cores do orixá Oxalá. Para muitos, o Réveillon é um momento de RENOVAÇÃO, de planejar ou de colocar em prática PLANOS antigos.

1. Cozinhe as batatas até que fiquem bem macias. Use um espremedor de batatas ou um garfo para formar um purê bem liso. 2. Misture o purê com o atum, cenoura ralada, a salsa e cebolinha e tempere com sal, azeite e orégano (não carregue no sal, o atum já é salgado). Misture bem para ficar uma massinha. 3. Pegue um pouquinho da massa (uma colher de sopa cheia) e faça bolinhas. Não adianta querer enrolar igual a brigadeiro, você vai precisar ir passando a massa de uma mão para outra, apertando levemente, até dar a forma de bolinha. Rende cerca de 24 bolinhos. 4. Coloque a farinha de mandioca num prato e vá colocando os bolinhos. Depois é só envolvê-los com a farinha e colocar para assar em fogo médio por cerca de 30 minutos ou até dourar um pouco. Não é preciso untar a forma. Sirva com molho de tahine com pimenta, molho de alho ou limão.

Dica de Leitura

O livro traz uma breve história de Madre Teresa. Revela segredos por trás dos milagres, apresenta relatos pessoais e emocionantes dos envolvidos nesses processos e reúne as orações de Madre Teresa. Um paciente com vários abscessos no cérebro e hidrocefalia acordou diante do médico que estava pronto para operá-lo. A cirurgia nunca aconteceu, e o paciente ficou completamente curado enquanto sua esposa rezava com fé ardente pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá. Após vários anos de estudo, a Igreja Católica reconheceu tratar-se de um verdadeiro milagre, que abriria as portas para a canonização da “santa dos pobres”. Neste livro, que possui Nihil Obstat – aprovação da Igreja Católica para publicações oficiais – será possível conhecer a história do milagre e acompanhar os passos de uma verdadeira jornada de fé e esperança.


JORNAL

O Rosário

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | DEZEMBRO DE 2016

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ágina Franciscana A mensagem franciscana do presépio Imagem: https://goo.gl/gxXCmy

do poder representado pelos Reis Magos vem conferir. Fazer presépios é unir mundos! Aquele Menino fez-se Filho do Humano: veio experimentar a nossa cultura, o nosso jeito, a nossa consanguinidade. Num presépio cabem todos os rostos! É o grande encontro dos simples, dos normais, dos marginais, dos ternos, fraternos, sofridos e excluídos. Quando o diferente se encontra, temos a mais bela paisagem do mundo. Tudo se torna transparente na unidade das diferenças. Num presépio não existe preconceito, existe sim aquela silenciosa e calma contemplação da beleza de cada um, de cada uma. Encarnar-se é morar junto e respeitar o diferente! Paz na Terra aos Humanos de vontade boa e bem trabalhada! Isso é que encantou Francisco de Assis! O presépio nos lembra que Deus não está no mercado das crenças, nem no apelo abusivo do comércio natalino que faz uma profanação deste universo de símbolos: pinheiros e estrelas, animais e pastores, presépios variados. Deus nem sempre está nas igrejas e nem nas bibliotecas; mas Ele está num coração que pulsa de Amor. Esta é a sacralidade inviolável do Natal: Deus está no seu grande projeto, que é humanizar-se, fazer valer o amor, encarnar o amor!

Foi na cidade italiana de Gréccio, na noite de Natal de Jesus no ano 1223 que São Francisco criou o primeiro presépio, com uma representação cênica do nascimento de Jesus numa manjedoura de palhas, acompanhado pelos animais. Era um lugar simples, mas enriquecido com muita ternura e amor. Depois São Francisco chamou os moradores próximos para que estivessem no local, para que assim relembrassem a noite do nascimento, em Belém, do Menino-Deus. O nascimento de Jesus num estábulo junto com os animais; Deus nos quis dar um recado claro e sem dúvidas sobre a humildade e a beleza da pobreza quando é uma alternativa de vida, abandonando o materialismo que nos subverte da condição humana em seres predadores da natureza e da vida. O presépio nos mostra a luz e a beleza na representação do nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo. Com isso, São Francisco iluminou e reacendeu a fé que estava adormecida entre o povo naquela época, um costume que perpetuou na Igreja até os nossos dias.

O presépio tem a forma dos momentos culturais: barroco, colonial, rococó, renascentista, moderno, vanguardista, arte popular, oriental, latino-americano, indiano e africano. O Deus Menino está no campo, na cidade, nas tendas, favelas e arranha-céus; está no centro urbano e na periferia. Une a força do sinal, do sacramental, do sagrado, da teologia da imagem, a fala da fé. Nos presépios temos a harmonia das diferenças. O mundo do divino encontra-se com o mundo do humano. A grandeza, a onipotência de um Deus revelase na fragilidade de uma criança. Ali o mundo animal ovelhas, boi, burro - queda-se contemplativo abraçado pelo silêncio do mundo mineral: pedras e presentes. Há também o toque brilhante daquela Estrela Guia aproximando o mundo sideral. As plantas formam o colorido arranjo do mundo vegetal. Anjos e pastores, um pai sonhador e uma mãe silente que guarda tudo no coração; afinal todos são conduzidos pelo mesmo mistério. O curioso e controlador mundo

Deus não está na violência e nem onde se atenta contra a vida. Deus não está no orgulho dos poderosos nem entre os caçadores de privilégios hierárquicos. Mas Ele está na leveza deste Menino, Filho do Pai Eterno, a grande síntese das naturezas humana e divina. Ele está aqui na mais bela doação do Sim de José e de Maria. Quando há disponibilidade, todo sonho é fecundo. Ele está onde se faz um presépio: lugar do bem e da beleza. É o grande momento de refletir este presente que ele nos dá. Isso é que encantou Francisco de Assis! O amor tem que ser amado! A verdade e a beleza têm que ser apreciadas. Este é o lugar de luz no meio das sombras humanas. A luz vale mais do que todas as trevas. Deus está ali com você e com Francisco diante do presépio, e abraçando você com silêncio, paz, harmonia, serenidade; acolhendo você e passando-lhe onipresença, onipotência eterna para a fragilidade da criatura. No presépio, Deus olha você, pessoa humana, contemplando a suprema humildade da pessoa divina. Adaptação de texto do Frei Vitório Mazzuco, OFMCap

Colégio São Francisco de Assis

Turmas do 6° ano apresentam peça teatral sobre clássicos da literatura ocidental

Tais obras são originalmente uma série de

poemas épicos, que foram apresentados aos alunos por meio de sua adaptação para os quadrinhos, realizada por Márcia Williams e publicada pela editora Ática. A leitura do livro foi feita pelos estudantes ao longo dos estudos sobre a Grécia Antiga nas aulas de história e, em seguida, os próprios alunos fizeram a adaptação dos quadrinhos para o texto teatral nas aulas da língua portuguesa. Eles também foram responsáveis pelo cenário e pelo figurino, confeccionados com materiais recicláveis nas aulas de arte. A partir dessa preparação, os alunos montaram as principais cenas desses clássicos, que estão entre as primeiras manifestações literárias do mundo ocidental, demonstrando grande esforço e boa vontade pelo belíssimo trabalho apresentado. A apresentação foi dividida em duas partes, a Ilíada foi encenada pelo 6° GC, e a Odisseia, pelo 6° GF. A Ilíada narra os acontecimentos que levaram à guerra de Troia e suas batalhas, enquanto a Odisseia (que vem de “Odisseu”, nome de Ulisses em grego), conta as histórias e dificuldades vividas por Ulisses (guerreiro que criou o cavalo de Troia e garantiu a vitória dos gregos) ao tentar retornar para casa.

Imagens: CSFA

No mês de novembro, foi apresentado um trabalho interdisciplinar realizado pelas turmas GC e GF, do 6° ano do Ensino Fundamental II do Colégio São Francisco de Assis. O trabalho foi idealizado pelo professor Clayton Ricardo (história) e coordenado e avaliado por ele e pelas professoras Débora Drumond (língua portuguesa) e Poliana Castro (arte). A atividade consistiu na montagem de uma peça teatral sobre as obras Ilíada e Odisseia, elaboradas por Homero, na Grécia Antiga.

Os alunos do 5° e do 7° anos assistiram a apresentação com seus professores e com os membros da direção e da coordenação do colégio, que ficaram encantados com a atuação e o comprometimento dos estudantes nesse trabalho. “A pessoa mais importante, que mais contribuiu para o teatro, não foi um professor, foram os alunos”, afirma o professor Clayton. Letícia Sabadini, aluna da 1ª série do Ensino Médio


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | DEZEMBRO DE 2016

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