Abril de 2015

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Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de abril de 2015

Tiragem: 3000 - distribuição gratuita

A páscoa nossa de cada dia Página 3 palavra do pároco

Páscoa! Vida nova e nova vida A ressurreição de Jesus é o ponto culminante da Semana Santa e do Ano Litúrgico. A fé cristã nos assegura que a meta da vida é a ressurreição. Conforme os relatos dos evangelhos, a primeira pessoa a receber a comunicação de Cristo ressuscitado foi Maria Madalena, a mulher, a discípula que mais O amava. Portanto, a manifestação do amor na dinâmica da vida nova se fez presente em sua totalidade. A centralidade desse amor cria novas relações recheadas de sentido e esperança. No florescer da manhã de domingo, primeiro dia da semana, so-

mos alertados e convocados, pela nossa intuição e sensibilidade, a construir uma nova aurora, que se expande ao longo de várias e contínuas semanas, de um mundo onde a alegria e a paz sejam uma constante em nossas ações e atitudes. Com a ressurreição, meus irmãos e irmãs, Deus completa, por seu amor, aquilo que ainda nos faltava para sermos discípulos de Jesus e alcançarmos a santidade. Deus nos dá de presente aquilo que nós não fomos capazes de conquistar por nossas próprias forças. Somos presenteados pela salvação, obtida para nós pela morte e res-

Encontros catequéticos sim, aula de catequese não

Reflexão cristã sobre o futuro do nosso planeta

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surreição do Cristo. O que nos cabe na morte é aceitar o amor e deixar que ele nos transforme e nos faça santos como Deus nos pede, sendo homens e mulheres novos, capazes de fazer novas todas as coisas. Frei Romero José da Silva, OFMCap

A casa do coração

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FAça parte

Festival de Prêmios A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia realiza, no dia 11 de abril, um festival de prêmios em prol da reforma da Capela São Judas. Mais de vinte prêmios serão distribuídos, como geladeira, fogão, televisão e microondas, entre outros. Cada ingresso, no valor de R$ 20, dá direito à participação em dez rodadas. Haverá ainda barraquinhas de comidas e bebidas. As cartelas podem ser adquiridas com os membros da Comunidade, na Secretaria Paroquial e na portaria do Convento dos Frades Capuchinhos. O Festival de Prêmios terá início às 17h, na rua Iara, 202, em frente à Igreja Matriz.

Parabéns e obrigada, Irmãs Batistinas A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia se alegra pelos 75 anos de fundação e presença atuante da Congregação das Irmãs de São João Batista no Brasil, as Batistinas. Acreditamos que os anseios, as aspirações, os sonhos e as esperanças dos fundadores, tanto do Beato Afonso Maria Fusco quanto de Madalena Caputo, estão presentes nas mãos, que não cessam de trabalhar, no sorriso gratuito e generoso, e no coração sempre aberto e acolhedor de cada uma das irmãs.

Celebrações na comunidade São Rafael A Capela São Rafael foi interditada, devido ao risco de desabamento de pedras. As celebrações estão sendo realizadas, no mesmo horário, 10h, aos domingos, no espaço da Associação de Moradores da Comunidade São Rafael, na mesma rua, em frente à creche Grazia Barreca Castagna.

Missa com as crianças, aos domingos, às 9h, na Capela Nossa Senhora da Abadia. Venha e traga o seu filho!

expediente Pároco: Frei Romero José da Silva, OFMCap

Telefone: (31) 3889 4980

Pastoral da Comunicação – Pascom: Anderson Pena Andréa Matos David José Gonçalves Tierro Ramos Débora Cristina de O. Drumond e Souza Frei Glaicon Givan da Rosa, OFMCap Frei Márcio José da Silva, OFMCap Frei Romero José da Silva, OFMCap Guilherme Augusto Santos Oliveira Maria Madalena Loredo Neta

E-mail: pascompompeiabh@gmail.com

Endereço: Rua Iara, 171 - Pompeia Belo Horizonte - MG

O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

Site: www.paroquiadapompeia.org.br Arte e impressão: Fumarc Gráfica Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

Semana Santa na Pompeia Fique atento à programação especial das celebrações na Semana Santa, divulgada na edição de março do jornal O Rosário e também na página da Paróquia no Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh.


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DESTAQUE DO MÊS

A páscoa nossa de cada dia

Acreditar na Páscoa, na grande Páscoa de Cristo, é crer que a vida vence a morte, que é a vida que dará a última palavra (Imagem: morethings.com)

Há dois milênios, em Jerusalém, ouviu-se a notícia mais transformadora para a humanidade: Jesus ressuscitou! Ninguém viu, ninguém presenciou o ato, mas homens e mulheres viram o túmulo vazio e disso deram testemunho. O histórico nesse evento é o fato de seus discípulos terem sido transformados com a notícia e começarem a transmiti-la ao mundo inteiro. Iniciava-se a história da nova Páscoa.

Os sofrimentos nos preparam para a vitória que há de vir Para falar sobre o significado da Páscoa, pusme a escutar as pessoas. Eis o que ouvi de algumas: “Acreditar na Páscoa - disse-me uma senhora - não é algo tão misterioso, não. Basta acreditar que há uma vitória depois de nossa luta honesta e corajosa. Cristo venceu e nós venceremos com ele”. Uma filha, cuja mãe estava de cama, adoentada, declarou-me: “Os sofrimentos nos preparam para a vitória que há de vir, como os anos de deserto prepararam o povo de Deus para a entrada na Terra Prometida. Aquela foi a Páscoa deles; a nossa não é muito diferente”. Um jovem, que me confidenciou o desejo de ser padre, disse: “No meu ponto de vista, a gente realiza muitas páscoas, várias superações, até que um dia haveremos de realizar a grande Páscoa, a

passagem para o Reino do Pai”. Um ministro da Comunhão Eucarística me disse estas palavras: “Acreditar na Páscoa, na grande Páscoa de Cristo, é crer que a vida vence a morte, que é a vida que dará a última palavra. Cristo venceu e nós venceremos como Ele e n’Ele. Por isso nós o chamamos de Senhor”. Para anunciar o Evangelho, é preciso viver mergulhado nesse espírito pascal, tendo sempre Jesus Cristo como modelo e caminho a seguir: é o caminho da paixão, morte e ressurreição. Quem não tiver disposição para agir assim, ficará esmorecido quando surgirem as primeiras dificuldades, quando os obstáculos parecerem maiores que as ações realizadas. A vida não é só de dores nem de mortes, mas elas estão presentes na caminhada. A ressurreição de Jesus aconteceu três dias após sua morte. A nossa vitória sobre os males poderá acontecer em tempo maior do que três

Ninguém viu, ninguém presenciou o ato, mas homens e mulheres viram o túmulo vazio e disso deram testemunho

dias, ou pode parecer que está durando mais, mas Ele nos garantiu que ela virá: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá”. (Jo 11, 25-26). Essas palavras de Jesus foram ditas a Marta, irmã de Lázaro, a quem Jesus ressuscitou. E são ditas também a nós que vivemos rodeados de mortes e violências, numa cidade insegura e perigosa. Mas sabemos que o Senhor é o nosso refúgio e proteção, como afirma o salmista (91,9). Feliz Páscoa! Ismar Dias de Matos, professor de filosofia e cultura religiosa na PUC Minas

A gente realiza muitas páscoas, várias superações, até que um dia haveremos de realizar a grande Páscoa, a passagem para o Reino do Pai (Imagem: epm.org)


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CATEQUESE PERMANENTE

Encontros catequéticos sim, aulas de catequese não numa aula, mas num encontro alegre, animado, divertido, respeitoso, com músicas, orações, partilhas, atividades pedagógicas, celebrações, ritos... Certamente que essa mudança de aula para encontro não vai deixar a catequese perder o seu teor de seriedade. E muito menos vai abolir seu compromisso de dar as razões da fé, por meio da intelecção, da apropriação teológica dos conteú-

Um momento de oração pode tocar mais o nosso coração que mil palavras do catequista

Os encontros catequéticos da Paróquia da Pompeia tiveram início no dia 21 de março, na Capela de Nossa Senhora da Abadia, reunindo, entre catequizandos e seus familiares, cerca de 250 pessoas (Foto: Guilherme Oliveira)

“A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia está apostando suas fichas numa catequese meio fora do padrão, isso é arriscado!”, dizem alguns. Outros afirmam: “Nunca vi isso: uma catequese onde os catequizandos não usam caderno, nem livro, nem fazem dever de casa!”. E não falta quem questione: “Que catequese é essa que não ensina nada para os meninos? Meus filhos não aprenderam até hoje os sacramentos, nem os mandamentos, nem as orações do cristão!”. Está posta a questão! De fato, pode ser que pais e catequistas estranhem esse novo jeito de fazer catequese. Acostumados como estávamos com o ritmo escolar da catequese, qualquer alteração é logo vista com olhares de desconfiança. Mas quem disse que catequese é aula? Quem disse que catequese é para aprender coisas, que ela deve ter livro e caderno? Nos artigos anteriores já vimos que esse modelo catequético veio do catecismo de Trento. Mas, bem antes, no tempo dos primeiros cristãos, não era assim. A catequese, chamada catecumenato, não era aula de religião, mas experiência de discipulado. Ou seja, era ocasião para conhecer Jesus, descobrir a beleza de sua proposta e ser mergulhado no mistério do seu amor sem fim. A catequese não trabalhava com a pedagogia do ensino (quando o catequista tem a verdade da fé e a transmite ao catequizando, considerado um cabeça oca), nem com a pedagogia da aprendizagem (quando o catequizando, orientado pelo catequista, constrói seu conhecimento de Deus a partir de sua experiência). A pedagogia que prevalecia era a pedagogia da iniciação, ou seja, a pessoa era iniciada na fé, mergulhada no mundo maravilhoso da fé cristã por meio de orações, ritos, símbolos, celebrações,

reflexões, escuta da Palavra de Deus, partilhas... O objetivo não era ensinar à pessoa coisas sobre Deus, nem doutrinas, nem ensinamentos morais. O objetivo era dar aos catecúmenos a experiência cristã de Deus, colocá-los em contato com o Deus de Jesus Cristo que, por meio do seu Filho, se revelou a nós. O conteúdo principal da catequese não era a verdadeira doutrina, nem uma mensagem bonita, mas uma pessoa, que de tanto amor, se entregou numa cruz. Hoje em dia, a gente está redescobrindo a importância dessa catequese. Quando o papa Bento XVI veio ao Brasil para o Congresso em Aparecida, ele falou uma frase óbvia e simples, que tem sido repetida inúmeras vezes por todos nós. O papa falou que a gente não se faz cristão seguindo uma verdade, nem uma doutrina, nem ensinamentos morais, mas uma pessoa: Jesus Cristo. Mas como será que vamos então conhecer Jesus Cristo? Será que o formato aula será o melhor para esse conhecimento? Bem, pensamos que não. Jesus é uma pessoa e uma pessoa a gente não estuda, a gente entra em relação com ela. Por isso, é tão importante que a base de nossa catequese seja o encontro e não a aula. A gente só conhece uma pessoa depois de muitos encontros e, para falar a verdade, a gente nunca conhece totalmente alguém, por isso é tão importante manter um diálogo amoroso e aberto com as pessoas. É isso que a Catequese Permanente que a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia adotou está tentando fazer. Ela não quer dar aulas de religião, nem ensinar coisas sobre Deus. Ela quer promover o encontro das pessoas com Jesus. Ela quer ajudar crianças, jovens e adultos a entrarem em relação amorosa com Deus. E isso não se faz

O conteúdo principal da catequese não era a verdadeira doutrina, nem uma mensagem bonita, mas uma pessoa, que de tanto amor, se entregou numa cruz

dos da fé. Claro que não! É até o contrário: a coleção de catequese que a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia adotou tem um rigor teológico muito grande. Ela tira a fé do mitológico e coloca-a no campo teológico. Mas, para isso, os encontros não precisam ser aula, nem pura decoreba, nem ensino religioso. A gente aprende não é só com a cabeça, mas com o coração e com todos os sentidos. Uma criança aprende que a mãe a ama não porque a mãe lhe dá aulas diárias sobre o amor, porque a faz copiar no caderno “Eu te amo!” ou “Devo respeitar e amar a mamãe”, mas porque ela experimenta esse amor e esse respeito diariamente, em cada gesto, em cada cuidado, na relação amorosa que elas constroem. Assim também acontece na catequese: não é estudando sobre Deus que vamos nos tornar amigos de Deus, discípulos de Jesus. É entrando em relação com ele e com os irmãos de fé. Por isso, uma música bonita que a gente canta, reza e reflete pode nos falar mais de Deus e nos aproximar mais dele do que um discurso chato e intelectualizante, sem nenhuma ligação com a vida. Uma brincadeira que a gente faz pode nos ajudar a guardar no coração muito mais do que uma matéria que a gente copia no caderno. E um momento de oração pode tocar mais o nosso coração que mil palavras do catequista. Nesse novo modelo de catequese, a fé cristã não está sendo negligenciada; ao contrário, está sendo levada a sério até demais. Acontece que a gente se equivocou quando entendeu que fé é coisa para aprender com a cabeça. A fé é algo existencial que mexe com nossa vida toda. E se ela não falar algo à nossa existência será inútil. Nossos encontros de catequese vão trabalhar essa dimensão existencial e relacional da fé: relação com Deus e com os irmãos. Solange Maria do Carmo Mestre em teologia bíblica e doutora em teologia catequética

A Catequese Permanente quer ajudar crianças, jovens e adultos a entrarem em relação amorosa com Deus (Foto: fiquefirme.com.br)


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22 de abril – Dia do Planeta Terra

Reflexão cristã sobre o futuro do nosso planeta

É hora de focar nossas energias em ajudar o próximo e proteger a nossa casa, o planeta Terra (Imagem: funny-pictures.picphotos.net)

O nosso planeta possui todas as características propícias à existência da vida. Ele fica a uma distância ideal do sol, que permite que a água exista em estado líquido. E foi a partir da água que toda vida se desenvolveu na Terra. Sem água, a vida como conhecemos hoje desapareceria. O planeta também possui uma camada de efeito estufa que permite que sua temperatura seja amena. Sem ela, a Terra seria muito fria. Todas as condições físicas e químicas aqui são favorá-

veis à vida; entretanto, nós, seres humanos, estamos comprometendo o presente e o futuro da existência dessa vida. As atividades humanas destroem a vegetação natural, responsável pela manutenção do ciclo da água e garantia da biodiversidade. Nossas ações também aumentam a camada de gases de efeito estufa, por meio principalmente da emissão de gás carbônico, que é eliminado por carros, indústrias, desmatamento e agricul-

tura predatória. Isso tem causado um aquecimento da temperatura do planeta e a consequente diminuição das chuvas em alguns lugares e aumento das enchentes em outros. O clima está diferente e vai continuar a mudar. E essas mudanças climáticas vão comprometer o nosso abastecimento de água e alimentos em um futuro muito próximo, de poucas décadas. Emitimos poluentes no ar, na água, no solo. Envenenamos nossos alimentos com agrotóxicos e assim nossas vidas. A mineração, tão presente no nosso estado, destrói os mananciais das águas mais puras que existem na natureza, secando nossas fontes deste líquido tão precioso. Entretanto, minério não se bebe. Desrespeitamos os outros seres que habitam conosco esse planeta, em prol dos nossos desejos e vontades. Estamos mais ocupados em ver televisão e frequentar shoppings, para comprar produtos desnecessários, do que discutir o problema da falta de água, da destruição ambiental, das mudanças climáticas. Não podemos mais agir como se não tivéssemos responsabilidade. É hora de questionar nossas atitudes. Rever nosso padrão de consumo, diminuir a preocupação com dinheiro, carreira, sucesso e começar a focar nossas energias em ajudar o próximo e proteger a nossa casa, o planeta Terra, nossa Pachamama (que significa Mãe Terra). A Terra é a nossa casa, é a nossa mãe, e, portanto merece respeito e cuidado, atenção e carinho. E como bem disse nosso amado papa Francisco: “Quando nós ouvimos que as pessoas se reúnem para pensar em como proteger a Criação, podemos dizer: ‘Mas não, são ecologistas! ’ Não, não são ecologistas! Isso é cristão! É a nossa resposta à ‘primeira criação’ de Deus. É a nossa responsabilidade. Um cristão que não preserva a Criação, que não a faz crescer, é um cristão que não se importa com o trabalho de Deus, aquele trabalho que nasceu do amor Dele por nós. E esta é a primeira resposta à primeira criação: preservar a Criação, fazê-la crescer”. Ana Flávia Quintão , Ordem Franciscana Secular

23 de abril – Dia Mundial do Escoteiro

São Jorge e o escotismo Fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, e presente no Brasil desde 1910, o Escotismo é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira. Por meio da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, pretende fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento e torne-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina. O dia 23 de abril é considerado o Dia dos Escoteiros por ser o dia do seu patrono, são Jorge. O santo nasceu em 280 na cidade de Capadócia (na atual Turquia) e morreu, martirizado, com apenas 23 anos, em Roma. De acordo com José Paulo Scopel, no livro “A vida de são Jorge”, os primeiros cristãos não eram canonizados, pois os processos de canonização foram uma necessidade a partir da Idade Média. Os cristãos que abraçavam o martírio, testemunhando a sua fé em Cristo, eram imediatamente venerados como santos. Para a época, não existia a necessidade de canonização e não havia nem a preocupação de escrever a vida dele. A transmissão era feita com base na tradição oral pela qual o povo contava e se lembrava da vida, virtudes e, até mesmo, dos milagres do santo. Segundo João Batista Lehmann, em “Na luz perpétua”, desde o século XII a arte cristã representa são Jorge montado sobre um alazão combatendo contra um dragão.

No combate, salva a vida de uma princesa e liberta um pequeno povoado de suas crueldades. Para Lehmann, essa representação é, entretanto, alegórica. O dragão vencido por são Jorge representa o espírito mau do paganismo. O santo guerreiro tornou-se um símbolo de força e fé em todo o mundo no enfrentamento do mal. No capítulo VII do livro “Escotismo para rapazes”, seu fundador Baden-Powell justifica a escolha do patrono por ser este o único santo cavaleiro, que fez o

melhor que pôde, numa situação que ninguém ousou enfrentar: “Esta é exatamente a maneira pela qual um Escoteiro deve enfrentar um perigo ou uma dificuldade, por maior os mais assustadora que pareça ou por mal equipado que esteja para a luta. Se enfrentar a situação ousada e confiantemente, usando toda a sua força para superá-la, a probabilidade é que se saia bem”. E acrescenta: “O dia de São Jorge é 23 de abril. Nesse dia, todos os bons Escoteiros fazem questão de meditar sobre a Promessa e a Lei Escoteira. Lembre-se disso no próximo dia 23 de abril e envie suas saudações aos irmãos Escoteiros do mundo inteiro”. O Escotismo é dividido em ramos: os Lobinhos (com idades de 7 a 10 anos), que têm como patrono São Francisco de Assis; os Escoteiros (de 11 a 14 anos), os Escoteiros Seniores (de 15 a 17 anos) e os Pioneiros (de 18 a 21 anos). A Paróquia da Pompeia, desde 19 de julho de 2014, abriga o Grupo Escoteiro do Ar Landell de Moura. As reuniões são realizadas aos sábados, das 15 às 17h, no Salão Comunitário Paroquial, ao lado do supermercado Epa, e são abertas a todas as crianças e jovens da comunidade. Fontes: Frei Evandro, OFMCap http://www.escoteiros.org.br, acessado em 15 de março de 2015 http://www.paulinas.org.br, acessado em 15 de março de 2015 SCOPEL, Paulo José. Vida de São Jorge. Porto Alegre: La Salle, 1976, p. 13-16) LEHMANN, João Batista. Na luz perpétua. I Volume. 9ª Ed. Lar Católico, 1959, P. 358


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cozinha fácil

aconteceu na paróquia Batismo “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mt 28: 18-20) A comunidade da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia acolhe com alegria todos os pequeninos que receberam o sacramento do batismo na Matriz no dia 08 de março de 2015. Arthur Dias Melgaço Pais: Alex de Sales Melgaço e Debora Maria Dias da Silva Artur Camillozzi de Queiroz Pais: Marcelo Colares de Queiroz e Cristiane Carla Dutra Camillozzi Davi Lucas Oliveira Santos de Paula Pais: Angelo Marcio Santos de Paula e Rejiane Oliveira Ferreira Joao Victor Silva Martins Pais: Daniel Carvalho Martins e Vanessa Silva de Moura

Foto: Pastoral do Batismo

Maria Eduarda Silva Martins Pais: Daniel Carvalho Martins e Vanessa Silva de Moura Mateus Torres Melgaço Pais: Andre de Sales Melgaço e Erika Torres Nascimento Sarah Anne de Oliveira Costa Pais: Vitor Cassimiro Costa e Tassiane Dirdrian R. de Oliveira Theo Turner Atherton Guardiano Pais: Renato Guardiano e Margaret Turner Atherton Victor Gabriel dos Santos Tulher Pais: Valmir Brasil Tulher e Tatiana Roberto dos Santos

22 de abril – Descobrimento do BrasiL caça palavras

Quando os PORTUGUESES aqui chegaram, em 1500, esta terra já tinha dono: os INDÍGENAS. Portanto, a descoberta foi, na verdade, uma DOMINAÇÃO. Índios e, mais tarde, NEGROS vindos da ÁFRICA, fizeram

parte dessa história inicial de nosso país. O Brasil é uma PÁTRIA continental; podemos falar de uma terra-plural: há muitos brasis dentro de nossas FRONTEIRAS. Certamente, há um BRASIL novo a ser realmente descoberto. Não um descobrimento-dominação como foi há centenas de anos, mas um DESCOBRIMENTO que leve condições de VIDA a tantos brasileiros que vivem isolados do PROGRESSO, da civilização, da DIGNIDADE. Que venha o tempo em que não haja brasis a serem descobertos, e todos possamos nos sentir verdadeiramente BRASILEIROS.

O T N E M I R B O C S E D F A V N G B L D R E R O M D M O T A R V S V S O F S C E O X G L I K B T A N I L Z I R B S A V R T M O A O M R S A E E U A B P I D Ç V I E E I L U R Y B C G C L Z S N D A U D I S P D N I S I V A I R E H L U M O R T D D E O O A I R P Ç D N T R H G D R G D S S A M R C Ç N A C N O S A B R A S I L E I R O S V L A O D I T Ç A B A A V T R E Ç L U M L I A O P S A A S D R D D O W I A N S O R S Y L Y A Y E H W I I O F W S Q O R A Y N O A A O T N N E A S H G L S B R A S I L R T S E S R A O D O D A Ç A F R I C A G S S G E N S I A D R I B S V C A A R O A P A F O C I O A P G G H G C E O B L W H S R R A A I A R A E U V E Z N U S I X N M O S I L A A R G N C M I F N R I S L I E Q S O E E Y I E E A H S O I M I O D L Z A R E T T R I C A N K U D A I P M M K A P Z O M V N O G R T P B S L L Z A Y I R O D E M U C O I O O T E P O R T U G U E S E S E O O Ç R A L Ç R S G O P E G T I A T N E L E M K F O E D I P

Panqueca Americana de Banana e Aveia

(Por Gisele Souza, em receitademinuto.com)

Ingredientes 5 colheres (sopa) de farinha de aveia 1 banana prata bem madura ¼ colher (chá) de fermento químico em pó 4 colheres (sopa) de leite 2 ovos (inteiros) Canela (a gosto) ou chocolate em pó (1 a 2 colheres) Modo de preparo Em uma tigela, misture os ovos, a farinha de aveia, a canela e o fermento químico até obter uma massa homogênea. Amasse a banana com um garfo e junte ao creme. Misture bem e reserve. Unte com manteiga uma frigideira pequena antiaderente e adicione uma concha de massa. Deixe fritar com uma tampa, em fogo baixo, até as bordas ficarem douradas. Vire e frite por mais alguns segundos. Sirva com frutas e mel ou manteiga, geleia ou calda de sua preferência.

23 de abril, Dia Mundial do Livro

“Um país se faz com homens e livros” Monteiro Lobato

Instituído desde 1995, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em homenagem à data em que morreram os grandes escritores Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Veja (ambos em 1616), o dia Mundial do Livro, além de promover o prazer da leitura e a proteção dos direitos autorais, é uma ótima oportunidade para repensarmos a importância da educação na vida das nossas crianças e jovens. Por meio dos estudos, da leitura e dos bons exemplos nos tornamos capazes de contribuir para o desenvolvimento da nossa comunidade e para a construção de um mundo melhor. Ler para uma criança, contar histórias, doar livros, alfabetizar, não importa a idade. Esses são grandes gestos de amor que transformam vidas e, seguindo os passos de São Francisco, fazem tão bem a quem dá quanto a quem recebe.

Imagem: cronicasurbanas.wordpress.com


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PÁGINA FRANCISCANA

A casa do coração

São Francisco e santa Clara acolheram todos com a grandeza dos seus corações. (Imagem: nossasenhoradasgracas.com)

Em nossas mãos cabe tão pouco; escorre com facilidade, esvai-se com rapidez. Se oferecermos um recipiente repleto de balas a uma criança, ela, seguramente, não se contentando com a pequenez de suas mãos, irá juntar uma porção significativa de balas nas bordas da camiseta; pois, somente assim, terá a garantia de poder carregar muito mais. Enquanto os evangelistas Marcos e Mateus acentuam, cada qual em sua comunidade, um grupo específico – o primeiro, a comunidade primitiva que está se distanciando dos ensinamentos de Jesus Cristo, tanto que se propõe a relembrá-los quem Ele é (Mc 8,29); já o segundo, lida com o grupo de judeus recém-convertidos mostrando-lhes que Jesus é, de fato, o novo Moisés (Mt 2,13-23) –, Lucas quer todos em sua comunidade. Todos quer dizer, todos (Lc 24,47; At 1,8). Em nossas igrejas temos uma quantidade considerável de bancos destinados a acomodar os fiéis. Ainda assim, por maior que seja a igreja, nunca é o suficiente para comportar e acolher tantas pessoas. Mas então, como acolher todos?

Francisco de Assis não imaginaria que sua Ordem de irmãos tomaria a proporção que tomou. O número de homens que queriam viver tal como o pobre de Assis crescia consideravelmente (1Cel §37,4; 2Cel §19,2). E ele procurou acolher todos. Deu-se assim, a Primeira Ordem. Da mesma forma aconteceu com Clara de Assis ao ser acolhida por Francisco na ordem que, até então, era destinada somente aos homens. Os dois fundiram perspectivas diferentes – masculino e feminino – num só desejo: a fraternidade. A adesão de mulheres que queriam viver o mesmo carisma também era grande. Clara, em pouco tempo, viu crescer o número de conventos por toda a parte (2Cel §204,4; 2LV,10). Ela acolheu, carinhosamente, todas. Estava instaurada a Segunda Ordem. Mas essas novas ordens religiosas, tanto a de irmãos quanto a de irmãs, eram destinadas somente aos celibatários. Então, para acolher também os que viviam matrimonialmente, para acolher todos, Francisco criou a Terceira Ordem, a dos Penitentes (AP §41,14-16). Ainda assim, é possível acolher todos num mesmo espaço geográfico? Abarcar todos numa só instituição? Incluir todos em uma religião? A única certeza que temos de acolher todos é na

A única certeza que temos de acolher todos é na largueza do coração largueza do coração. Se, por um lado, torna-se impossível um mesmo lugar suportar um número incomensurável de pessoas, por outro, a casa do coração é infinita. E é o único lugar onde todos podem estar. Francisco acolheu, reverente e indistintamente, cada irmão e cada irmã. Ao cantar às criaturas, não as enumerou simplesmente Irmão Sol, Irmã Lua, Irmão Vento, Irmão Fogo. Pelo contrário, cantou a certeza de que todos estavam no aconchego do seu coração (Cnt 1-9). Temos também esta casa dentro de cada um de nós e ela pode ter a mesma grandeza do coração de Francisco de Assis. Ele imitou, em tudo, o próprio Cristo, que, por sua vez, tinha um coração larguíssimo. Ter um coração largo e nele permitir que ha-

Participe da Missa Franciscana! Dia 14 de abril, terça-feira, às 19h, na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia

bitem todos que queiram adentrar faz dele, certamente, um lugar de eternidade, pois a eternidade deve ser parecida com um coração assim: a morada de todos. Frei Márcio, OFMCap

São Francisco imitou, em tudo, o próprio Cristo, que, por sua vez, tinha um coração larguíssimo. (Imagem: catholictradition.org)

Oração de São Francisco de Assis Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; Compreender que ser compreendido; Amar que ser amado. Pois é dando que se recebe; É perdoando que se é perdoado; E é morrendo que se vive para a vida eterna.


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