1 minute read

Capital Europeia da Cultura - 10 anos depois

Capital Europeia da Cultura - 10 anos depois…

Domingos Bragança Presidente da Câmara Municipal de Guimarães

Advertisement

Esta edição de OsmusikéCadernos está inteiramente dedicada à comemoração. E por que comemoramos? Porque reconhecemos a importância daquilo que estamos a celebrar. Uma celebração que assume relevância nas relações políticas e sociais, assim como no imaginário coletivo. Porque comemorar é “memorar com os outros”.

Pierre Nora, historiador francês nascido em 1931, diz que as comemorações são, por excelência, “lugares de memória”. Logo, a humanidade pensa-se a si própria num tempo cronológico e histórico, motivo pelo qual, ao comemorar, o homem refaz a história com noções do presente. Poder-se-á dizer, então, que se a história reconstrói o passado, a memória é um fenómeno da atualidade e a comemoração a ponte entre as duas (História → Comemoração → Memória) que manifesta um desejo, desejo de evocarmos um acontecimento que terá marcado, de forma significativa, a vida de uma comunidade, seja ela de âmbito mais lato ou mais restrito. Um acontecimento que pode ter sido efémero ou ter contribuído para o estabelecimento de uma instituição perene. Em ambos os casos, celebramos a importância de algo que marca ou marcou a nossa vida, enquanto coletivo, e cujo legado perdurará durante longos anos.

Cem (100) anos de Vitória Sport Clube, trinta (30) anos de Biblioteca Municipal Raul Brandão, vinte (20) anos de Osmusiké, dez (10) anos de Capital Europeia da Cultura.

São estas quatro instituições que se celebram nestes Cadernos, mas que se celebram também todos os dias. Na vida da cidade, das pessoas da cidade, no serviço que prestam, no que congregam, no que deixam como legado. Se a história narra o passado, a memória reconfigura-o, dando-lhe novas significações e fazendo com que o contínuo temporal da nossa vida em comunidade se possa alimentar de passado, presente e futuro.

This article is from: