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administrando a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade do nosso setor Para o setor sucroenergético, é muito claro que a mudança é um dos únicos fatores constantes – e essa mudança possui impacto direto no nosso patamar de manejo. A cana-de-açúcar está inserida em um contexto de produção em que observamos uma grande interação e interdependência, com fatores externos e internos, nos colocando em uma constante necessidade de adaptação e resolução de desafios, reforçando quão dinâmica é a necessidade de atualização de nosso manejo. A dinâmica e a interação entre ambiente externo e interno acabam por colocar uma série de fatores, como vetores de mudança na maneira como produzimos cana. Um exemplo foi a necessidade de reinvenção do setor devido à mecanização na década de 1990, uma mudança que ainda se faz presente com um desafio constante. Além da mecanização já citada, podemos listar uma série de outros importantes vetores de mudança e definição do novo patamar de manejo, como o cenário climático, escopo de sustentabilidade, dinâmica de pragas e doenças, atualização do manejo nutricional, incertezas relacionadas ao mercado global de fertilizantes, manejo varietal com um novo contexto de ferramentas de biotecnologia, entre outros. É clara a relação entre o clima e o resultado agronômico dos canaviais, onde vemos o impacto negativo dos baixos volumes e a distribuição irregular de chuvas na nossa produtividade, colocando o clima como um importante fator na definição do manejo.
A dinâmica e a interação entre ambiente externo e interno acabam por colocar uma série de fatores, como vetores de mudança na maneira como produzimos cana. "
José Olavo Bueno Vendramini Gerente de Desenvolvimento e Tecnologia Agrícola da Tereos
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Assim, é fundamental incluir práticas que permitam um adequado desenvolvimento do sistema radicular, possibilitando que as raízes explorem um maior volume de solo, absorvendo mais água e mitigando os efeitos da seca. Nesse contexto de manejo, destacam-se práticas como o preparo de solo com uma adequada subsolagem e preparo profundo e a correção do perfil. Essas práticas, em teoria, são corriqueiras, mas necessitam de acompanhamento de qualidade para garantir que sejam executadas dentro das recomendações técnicas e operacionais, reforçando ainda mais a importância da qualidade nesses processos, uma vez que as premissas de preparo de solo também irão interferir diretamente na capacidade de armazenamento de água do solo e devem eliminar o risco de erosão.