O Mensalista - Outubro 2016

Page 1

outubro 2016 JORNAL DA FEDERAÇÃO do porto DA JS

O MENSALISTA #oe2017 todas as concelhias da federação mobilizadas para sessões de esclarecimento sobre o #OE2017 nos 18 concelhos do distrito

João torres no distrito Secretário-geral esteve por duas vezes no distrito do Porto para debater com outras juventudes partidárias

action week

Entrevista

políticos de sofá

A Federação do Porto da JS aderiu em massa à iniciativa organizada pela JS Nacional e OES

Este mês conversamos com o Secretário-geral adjunto e deputado à AR, Diogo Leão

Outubro marca o regresso desta rubrica e conta com novo humorísta - Gonçalo Oliveira Salazar

O Mensalista | Página 1


ÍNDICE : #oe2017

4

esclarecimento sobre orçamento de estado 2017

SG em debate

6

Na feup e na escola Secundária de Penafiel

JS Action Week Federação do porto em grande mobilização

8

concelhias

9

Acompanha as iniciativas do mÊs de outubro

Entrevista

16

Diogo Leão é o entrevistado deste mês

Na voz dos militantes A opinião de três camaradas do distrito do porto

Página 2 | O Mensalista

20


EDITORIAL: TIAGO JOSUÉ FERREIRA EDITOR A polémica relacionada com os ordenados da administração da Caixa Geral de Depósitos, o banco público recapitalizado, e muito bem, pelo governo de António Costa, é a prova de todo o trabalho que a Juventude Socialista ainda tem pela frente. O valor de 423 mil euros anuais (cerca de 35 mil euros mensais) auferidos pelo Presidente da CDG, aliado ao ordenado dos seis administradores executivos a ele subordinados custarão, aos cofres do erário público, cerca de 2,5 Milhões de Euros por ano. Estes valores, superiores em mais de 60 vezes ao ordenado mínimo nacional, são insultuosos para a realidade em que vive o nosso país. Portugal é quase pódio europeu no que toca a disparidades salariais. Cerca de 20% da população ainda está em risco de pobreza e a larga maioria vive abaixo

do que seria desejável numa sociedade justa e equilibrada, com rendimentos frágeis, trabalho precário e sem acesso a alguns dos mais básicos bens de consumo. A média salarial portuguesa ronda os 900€. Enquanto isso Portugal tem mais de 50 mil pessoas com fortuna superior a 1 Milhão de dólares e estes, juntos, acumulam 0,15% da riqueza mundial. Não posso aceitar que num país onde a desigualdade salarial se mostrou cada vez mais díspar, fruto do neoliberalismo e da austeridade gritante do Governo de Passos Coelho, seja agora um governo de esquerda a promover um salário de disparidade tão gritante face aos que menos têm. São necessárias medidas urgentes para limitar a desproporção absurda entre o topo e a base salarial de uma empresa, sobretudo no sector público, onde considero ultrajante qualquer gestor auferir um ordenado superior, por exemplo, ao do Primeiro-Ministro.

EQUIPA : BRUNO SILVA SOARES REDAÇÃO

Hugo Bessa REDAÇÃO

Pedro Perdigão REDAÇÃO

Gonçalo Salazar REDAÇÃO

Hugo Trindade DESIGN

O Mensalista | Página 3


O orçamento visto por João Galamba, em Vila do Conde Escrito por: Fábio Faria O Orçamento de Estado para 2017 foi o grande tema do mês de outubro e as concelhias que compõe a Federação do Porto da Juventude Socialista não falharam ao chamamento, mobilizando-se em massa nas suas concelhias, para assistir às sessões de esclarecimento sobre o OE 2017. Foram vários os membros do governo presentes, desde Ministros a Secretários de Estado, passando por dirigentes do Partido Socialista, como é o caso de Vila do Conde, onde foi João Galamba, deputado e porta-voz do PS a explicar as previsões e inovações que este Orçamento de Estado traria ao país. Sob o mote “Orçamento de Estado: O que esperar em 2017?” João Galamba, Deputado e porta-voz do PS para as questões económicas aceitou o convite do PS e JS Vila do Conde para conversar com os vilacondenses sobre a proposta de Orçamento de Estado, do Governo, para 2017, entretanto aprovada por maioria no dia 4 de Novembro, na generalidade, com votos a favor do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes. O Centro Municipal de Juventude de Vila do Conde encheu para receber João Galamba. Para além do próprio, o encontro contou com as participações do Presidente da Comissão Política Federativa do PS Porto e Presidente do PS local, Eng. Mário Almeida e da Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dra. Elisa Ferraz. O PS-Vila do Conde tem vindo ao longo dos anos, desde 1976, a merecer a confiança generalizada dos vilacondenses, vencendo sucessivamente as eleições autárquicas com maioria absoluta, sendo a única concelhia com este registo em todo o distrito do Porto.

Entre as centenas de participantes, destaque para a excelente mobilização de jovens socialistas vilacondenses que no final tiveram a oportunidade de registar o momento numa fotografia tirada com João Galamba. O encontrou começou com a apresentação do tema levada a efeito por João Fonseca, secretário concelhio do PS-Vila do Conde onde elencou o conjunto de medidas e políticas aplicadas durante o ano de 2016 já sob a governação de António Costa, com o apoio parlamentar dos partidos à esquerda, entre as quais destacamos: aumento do salário mínimo nacional, descida do IVA da restauração, redução das taxas moderadoras, eliminação da sobretaxa de IRS, reposição dos mínimos sociais (complemento solidário para idosos, redimento social de inserção e abonos), atribuição gratuita dos manuais escolares para o 1º ano de escolaridade, ao mesmo tempo que o governo reduz o défice para o valor mais baixo da história da nossa democracia, sendo esperado o valor de cerca de 2,5%. A conclusão foi unânime entre todos os presentes, de que o governo conseguira desde já provar que apesar das dificuldades que encontrou quando assumiu a governação, assim como apesar da ortodoxia financeira que hoje impera em Bruxelas em total contradição com os fundamentos do denominado “modelo social europeu”, o governo do Partido Socialista já conseguiu e num quadro de um notável entendimento parlamentar à esquerda, travar o processo de empobrecimento ao qual a direita tinha condenado o país, recuperar o rendimento das famílias e retomar o crescimento da economia e do emprego, sem prejuízo da sustentabilidade das finanças

Página 4 | O Mensalista


públicas e dos compromissos assumidos com a Europa. Apesar de sublinhar o que de positivo foi feito ao longo do ano, João Galamba não deixou de sublinhar que o caminho será longo e que não terminaram as dificuldades e as pressões externas, razões que só por si são suficientes para dar continuidade ao trabalho até aqui desenvolvido, cumprindo a alternativa e o caminho de esperança iniciado, sendo por isso da maior importância aprovar esta proposta de Orçamento de Estado para 2017, que prevê entre outras medidas, o aumento das pensões, pela via da atualização e de um aumento extraordinário, o alargamento da atribuição gratuita dos manuais escolares a todos os alunos do 1º ciclo, atualização e descongelamento do IAS – Indexante de Apoios Sociais (valor usado para cálculo de valor de apoios e prestações sociais congelado desde 2009), redução do défice para 1,8%, aumento do subsídio de alimentação para os funcionários públicos (congelado desde 2009), alargamento da atribuição do abono de

família, novo imposto sobre imobiliári acima dos 600 mil euros, contribuindo para uma maior justiça fiscal. O encontro contou, ainda com um conjunto de questões bastante pertinentes colocadas pelo público, o que proporcionou um maior esclarecimento e detalhe sobre algumas das medidas apresentadas na proposta de orçamento e que promoveu um diálogo salutar entre os participantes. No final, ficou patente a satisfação e a confiança na governação PS e no apoio parlamentar à esquerda e na proposta de orçamento de estado para 2017 como instrumento capaz de dar continuidade ao caminho de alternativa e de esperança iniciado e que todos esperamos que possa servir os portugueses, reduzindo as desigualdades, criando emprego, alavancando a economia e controlando as contas públicas e cumprindo os compromissos internacionais.

O Mensalista | Página 5


João torres participa em debate na feup Escrito por: Rui Vilares O ensino superior deve ser um espaço de debate, de crescimento democrático e de posicionamento ideológico. Quem o frequenta pertente, maioritariamente, à faixa etária dos 18 aos 23 anos e é nesta idade que mais evoluímos enquanto pessoas e cidadãos. Nem sempre as instituições de ensino superior se preocupam com o crescimento cívico dos seus alunos. O debate político deve ser parte integrante desta fase e deve ser instrumento de esclarecimento e clarificação. A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a sua Associação de Estudantes aceitaram o desafio proposto pelo Núcleo de Estudantes Socialistas e promoveram, no passado dia 24 de outubro de 2016, um debate sobre o “Orçamento de Estado para 2017 para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”. Um auditório cheio deu as boas-vindas a uma iniciativa inédita na FEUP, parabenizada pela direção da própria instituição e por todos os presentes. O painel foi constituído por João Torres (PS), Margarida Balseiro Lopes (PSD), Luís Monteiro (BE) e Diana Ferreira (PCP). O CDS-PP, apesar de ter confirmado a presença, não participou no debate devido a problemas de saúde do orador convidado. Os oradores, todos eles deputados, centraram o debate no Ensino Superior, expondo o seu ponto de vista e enriquecendo a discussão através das diferentes visões ideológicas.

No que à Ciência e ao Ensino Superior toca, as opções deste Governo são claras: A substituição de bolsas de investigação por contratos de trabalho permite que os investigadores tenhamum leque alargado de condições salariais e facilita o acesso às carreiras de investigação docente. O aumento de matrículas no ensino superior este ano é visto como sinal de confiança no futuro e de que vale a pena aprender. Como o primeiro-ministro já teve oportunidade de dizer:“Aprendendo sabe-se não só mais, como o país pode crescer mais.”. Ficou também a explicação para o fim do programa “Retomar”, tendo esta decisão como base a fraca influência no regresso de antigos estudantes ao ensino superior. O programa “Mais Superior” será alvo de reorientação, de modo a que apenas as famílias carenciadas.possam beneficiar dele. Para o João Torres é óbvio que não são estes programas que permitem resolver os problemas estruturantes do ensino superior em Portugal, é necessária uma visão mais ampla e uma discussão mais alargada.

Com o Partido Socialista no Governo, o João Torres foi, naturalmente, o orador mais confrontado e questionado pela plateia. No entanto, defendeu sempre as opções deste Governo com clareza e nitidez. Passamos a mensagem que este é um orçamento que traz de volta a tranquilidade às famílias portuguesas e que permite às pessoas recuperar os seus rendimentos.

Página 6 | O Mensalista


E na Escola secundária de penafiel Escrito por: Luís Guimarães No passado dia 31 de Outubro na Escola Secundária de Penafiel, o núcleo de Ciências Sociais promoveu um debate entre líderes das juventudes partidárias, estimulado também pela Juventude Socialista que convidou o Secretário-Geral da Juventude Socialista e deputado à Assembleia da República, João Torres. Dedicado às temáticas 40 Anos de Constituição da República e Poder Autárquico, João Torres estendeu-se nas suas intervenções sobre as grandes conquistas do pós 25 de Abril do Estado Social ao nível da Educação, da Saúde e da Proteção Social, sobre a intenção regionalista do PS e da JS e a importância que o poder ao nível das câmaras municipais e juntas de freguesia tiveram e têm na infra-estruturação do país à mais pequena escala e na resolução de problemas das pessoas.

João Torres abordou ainda as conquistas inequívocas na implementação plena da Constituição da República no que aos direitos de Liberdade e Igualdade dizem respeito, dos quais são exemplos o voto das mulheres, o direito universal ao trabalho e as lutas da JS do casamento entre pessoas do mesmo sexo ou da adopção por casais homossexuais. A Juventude Socialista de Penafiel está incondicionalmente interessada em promover momentos de debate político que direta ou indiretamente acrescentam e qualificam a democracia. Os debates nas escolas representam um mecanismo de formação política da juventude e de divulgação do trabalho que a JS Penafiel desenvolve, funcionado como convite à ação política e participação na vida pública do concelho de Penafiel.

O Mensalista | Página 7


Federação do porto em action week Escrito por: Tiago Josué Ferreira A Federação do Porto da JS e respetivas concelhias que a compõe saíram à rua no JS Action Week, uma iniciativa nacional, desta vez intitulada “Sou Estudante, Sou Socialista”. Organizada pela JS Nacional e pela Organização dos Estudantes Socialistas, esta iniciativa levou a Federação do Porto a visitar múltiplos locais de ensino, tanto do ensino superior como de ensino básico e secundário, entregando um flyer informativo com as medidas da Juventude Socialista e da OES para os vários ciclos de ensino. Para o Presidente da Federação do Porto, Hugo Carvalho o Action Week “constitui uma plataforma de convergência entre a comunidade, os militantes, os dirigentes locais e nacionais em torno de políticas comuns.”. Hugo Carvalho afirmou ainda que “estas iniciativas desempenham um papel indispensável para a mobilização dos militantes em torno de causas que são fundamentais na orientação política da Juventude Socialista.”. Já para Eduardo Barroco de Melo, Coordenador Nacional da OES esta iniciativa demonstra-se como “uma oportunidade para fomentar uma relação com os

estudantes portugueses que se pretende bilateral: da JS para eles, com apresentação da nossa visão sobre a educação e de um amplo manancial de propostas que a sustentam; mas sobretudo deles para com a JS, permitindo-nos compreender as suas preocupações e anseios, procurando responder a estes.” A Federação do Porto da JS continua a ser uma das grandes entusiastas das bandeiras nacionais da JS, não obstante da sua preenchida agenda interna.

Página 8 | O Mensalista


A ti v i d ad es

C oncel hias O Mensalista | PĂĄgina 9


JS Santo Tirso Solidária A Juventude Socialista de Santo Tirso, desenvolveu um trabalho que visa estimular a participação dos jovens em diferentes vertentes, seja a vertente desportiva, cultural, cívica e mais concretamente neste caso, solidária. Assim, no âmbito do Torneio de Futsal Feminino da JS Santo Tirso, levou a cabo uma recolha solidária de ração para cães e gatos. Cada equipa inscrita no torneio entregou à JS uma doação de ração para animais. Também os participantes no jantar de encerramento do mesmo, foram convidados a fazer uma doação. De referir que a equipa do AR Areal conquistou o titulo de equipa solidária do torneio, uma vez que foi a que contribuiu com mais quantidade de ração para esta causa. A associação eleita para beneficiar desta ação solidária foi a ASSAST- Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso. A ASAAST é uma associação que tem como missão a defesa e proteção de animais abandonados, doentes, feridos e negligenciados. Trabalham de modo a poder reabilitá-los e a possibilitar-lhes a oportunidade de encontrarem a família que realmente merecem.

JS Amarante em roteiro 360º No passado dia 22 de Outubro a Juventude Socialista de Amarante realizou o roteiro “JS 360º”, parte 1 de 2, à União das Freguesias de Amarante (S.Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão). A parte da manhã centrou-se na freguesia de Gatão, onde começou por se visitar as instalações da empresa familiar “Jóia” dedicada à produção vinícola. Um dos proprietários fez questão de explicar minuciosamente todo o processo, desde a captação da uva até à elaboração das embalagens que levarão as garrafas ao consumidor. A exportação do produto já chegou a cerca de 35% do total da produção. De seguida, e acompanhada pelo presidente da junta de freguesia em exercício e pelo anterior autarca, a JS Amarante deslocou-se até ao apeadeiro de Gatão, que corresponde a uma antiga estação ferroviária totalmente recuperada e projetada para auxiliar os utentes da Ecopista de Amarante. Constatou-se que o atual executivo da Câmara Municipal de Amarante ainda não a colocou em funcionamento, apesar de o projeto e de as obras já terem terminado em 2013. Ao final da manhã, e ainda em Gatão, visitou-se o Centro Interpretativo do Vinho Verde, que utiliza as antigas instalações de uma escola primária, na atualidade totalmente remodeladas. A parte da tarde iniciou-se em Cepelos, através da reunião com a direção do “Lar de Idosos de Cepelos” e visita às respetivas instalações. Inaugurado em Julho de 2016, foi

idealizado pelo anterior executivo da junta de freguesia e alberga atualmente 14 pessoas, o que corresponde à lotação máxima do espaço. O conhecimento da realidade da Associação Cultural e Desportiva da Madalena constituiu o ponto final do roteiro. A JS Amarante reuniu com dois membros da direção e visitou as instalações, tendo tido ainda oportunidade de assistir a uma parte do jogo da FADA “Madalena vs Gatão”. A segunda parte do roteiro corresponderá à reunião com a direção da Escola da Sede, pertencente ao Agrupamento de Escolas de Amarante, em S. Gonçalo.

Página 10 | O Mensalista


JS penafiel debate legalização da prostituição A Juventude Socialista de Penafiel organizou mais um jantar-debate, algo que tem vindo a ser habitual no presente mandato. Desta vez o tema debatido foi a legalização da prostituição intitulado “Prostituição: punir ou legalizar?”. Estes debates, com vista a melhorar a capacidade de retórica e argumentação dos militantes socialistas do concelho é, para a JS Penafiel, uma iniciativa a manter. Os dirigentes da JS preparam previamente dois argumentários, um a favor o tema proposto e outro contra, respetivamente, sendo as equipas sorteadas imediatamente antes de se realizar o embate retórico. Isto impulsiona os militantes a conhecerem os prós e contras do tema que debatem e a consolidarem melhor as suas opiniões, melhorando-os no futuro.

JS Trofa em Rota de empreendorismo No passado sábado, dia 15 de Outubro, uma delegação da Juventude Socialista da Trofa deu início a mais uma atividade integrada na estratégia da estrutura. A Rota do Empreendedorismo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tecido empresarial, contactar com os empresários, verificar o processo de produção e finalmente aproximar esta área, fundamental para o futuro da Trofa, dos jovens. Iniciamos este conjunto de visitas pela Falual, empresa de referência nacional na metalomecânica, fundada em 1980, um exemplo de sucesso e inovação. Com mais de 35 anos de atividade, emprega cerca de 130 trabalhadores, sendo a maioria provenientes do concelho da Trofa. Para Amadeu Dias este roteiro é prioritário, uma vez que acredita ser possível apresentar algumas propostas inovadoras e pioneiras no concelho no término desta iniciativa. Para tal, a Juventude Socialista da Trofa está em contacto com o tecido empresarial Trofense para visitar o maior número possível de empresas nas próximas semanas. O líder socialista acredita que as propostas irão de encontro às necessidades dos jovens Trofenses, pelos quais desenvolvemos toda a nossa estratégia politica.

O Mensalista | Página 11

JS Lousada na EScola Os jovens socialistas lousadanses voltaram a sair à rua. Desta vez o destino foi a escola de Nevogilde, numa iniciativa muito nobre da Juventude Socialista. Juntos deram a conhecer a posição de Juventude Socialista de e para os estudantes, que tanto sofreram com os cortes do anterior governo de Passos Coelho. A importância dos jovens nesta iniciativa é fundamental para assim conhecerem as vantagens de uma estrutura com capacidade para satisfazer as necessidades dos jovens portugueses e que se importa, luta por eles e não tem medo de dar a cara por uma luta justa, solidária e acima de tudo, precisa.


JS matosinhos em múltiplas iniciativas devido a acidente rodoviário detabe sobre transportes públicos JS Matosinhos marcou presença no debate sobre Transportes Públicos na Junta da União de Freguesias de S. Mamede de Infesta e da Senhora da Hora devido ao incidente que ocorreu nas ruas de Matosinhos no mês de Outubro. Em causa esteve o choque rodoviário fatal que envolveu a transportadora Resende, que agora enfrente processo e auditoria judicial.

Comunicado sobre a resende S.A. A JS Matosinhos, motivada pelo Pelouro do Turismo e da Cultura, liderado pelo Gonçalo Oliveira Salazar decidiu emitir um comunicado público sobre a Empresa Resende Actividades Turísticas SA. No comunicado pode ler-se, na integra, a tomada de posição da JS Matosinhos relativamente a este infortuno acidente: “É com grande tristeza e pesar que, a JS Matosinhos através do Pelouro do Turismo, vem por este meio apresentar os nossos sinceros sentimentos aos familiares da vítima mortal deste último acidente, e votos de rápida recuperação às restantes vítimas. Uma empresa de transportes públicos tem que se pautar pelo cumprimento integral das regras de segurança, desta forma, evitamse quaisquer acidentes, se os veículos da empresa Transportes Resende não reúnem as condições mínimas para circulação, a JS desde já repudia veementemente a sua atuação. Uma verdadeira e séria fiscalização a esta empresa urge. Pelo bem de Matosinhos e dos Matosinhenses.” A Juventude Socialista de Matosinhos continuará na luta pelos maiores interesses dos matosinhenses.

JS vila do conde em formação política No passado dia 7 de Outubro, a JS-Vila do Conde promoveu uma reunião Temática de Formação Política, subordinada ao tema “Funcionamento de uma Junta de Freguesia” que contou com a presença da Prof.ª Maria Alcide Aguiar e do Dr. António José Pinheiro, Presidente da Junta de Freguesia de Vila e Conde e Tesoureiro, respetivamente. Promovida com o intuito de formar politicamente os jovens da JS - Vila do Conde, esta visa dar a conhecer a realidade do dia-a-dia de uma Junta de Freguesia, bem como perceber de que forma é pensado, construído e executado o seu orçamento. Para o Presidente da JS - Vila do Conde, André Carvalho, “a formação política dos nossos jovens é o ingrediente principal para que no futuro sejamos melhores autarcas, atendendo às reais necessidades e preocupações da população, cumprindo de igual forma, as suas obrigações enquanto dirigentes autárquicos”. Esta iniciativa, sob o tema “Funcionamento de uma Junta de Freguesia”, teve como objetivo não só explicar como se elabora um orçamento, mas também aproximar os decisores políticos locais dos jovens.

Página 12 | O Mensalista


JS santo tirso em torneio de futsal feminino A Juventude Socialista de Santo Tirso promoveu entre os dias 4 e 8 de outubro, mais uma edição do Torneio de Futsal Feminino da JS. A edição de 2016 do torneio, contou com a participação de oito equipas, AR Lama, FC Rebordões, UDS. Mamede, S. Tomé, AR Areal, ACD Lamelas, FC Tirsense e AD Tarrio. Este torneio, que é já uma tradição no plano de atividades da JS Santo Tirso, tem como objetivo e para além da competição, permitir o convívio saudável e generalizado de todas as equipas envolvidas, promovendo a atividade desportiva e a interação pessoal. No jogo final do torneio, que colocou o FC Tirsense frente ao AD Tarrio, o resultado foi favorável à equipa do AD Tarrio por 3-2. Para assinalar o término da edição de 2016, teve lugar um jantar no Restaurante Tirsense que, para além dos atletas e equipa técnica de todos os clubes envolvidos, contou ainda com a presença de do presidente do PS/Santo Tirso, Joaquim Couto, do Secretario Nacional da JS Ivan Gonçalves e do presidente da Federação Distrital do Porto da JS, Hugo Carvalho. A juventude Socialista de Santo Tirso promete continuar assim o seu trabalho de proximidade com os jovens do concelho, nas mais variadas vertentes, neste caso o Desporto.

Js penafiel lança petição pública por complexo desportivo A Juventude Socialista de Penafiel, depois de ouvir e ser procurada por vários munícipes penafidelenses, lançou uma petição pública, dirigida ao senhor Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino Sousa que, agora, detém o pelouro do Desporto. Em causa está a requalificação e manutenção do Campo de Futebol da Quinta das Lages, junto às Piscinas Municipais de Penafiel. Na petição, que nas primeiras 12 horas já tinha alcançado as 60 subscrições, pode ler-se “A Juventude Socialista de Penafiel não compreende, nem aceita, que este campo de futebol que recebe, em média, quarenta jogos por mês, fora escolas e clubes desportivos - o que significa um encaixe financeiro de quase 10.000€/ano, desde 2012 – ainda não tenha recebido uma única manutenção digna, seja nos holofotes, nas redes, no sistema de rega (que não funciona porque nunca foi usado) ou mesmo na própria relva, estando o supradito relvado levantado e a deteriorar-se a cada dia que passa.” A Juventude Socialista de Penafiel entende que a Câmara Municipal de Penafiel não tem sabido gerir os complexos desportivos municipais do concelho, deixando-os ao abandono após a sua construção. http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT83535

O Mensalista | Página 13


js trofa em roteiro de proximidade na freguesia de guidões A Juventude Socialista da Trofa registou, com grande preocupação, as falhas no atendimento à população de Guidões. São várias as queixas de que a junta de freguesia está constantemente encerrada e, com isso, os habitantes são obrigados a deslocarem-se até à freguesia de Alvarelhos. A falta de respeito por Guidões esteve patente na Expotrofa quando, em dois dias dedicados a Alvarelhos e Guidões, nenhum grupo ou Guidoense teve oportunidade de mostrar o seu talento naquela que é uma das maiores feiras de exposições do concelho.. Por isto, e pela perda de identidade da freguesia, a Juventude Socialista da Trofa está solidária na luta pela desagregação das freguesias

js penafiel visita assembleia da república No dia 8, a Juventude Socialista de Penafiel visitou a Assembleia da República Portuguesa. Recebidos pelos deputados da Juventude Socialista, João Torres e Diogo Leão, foi partilhada com as dezenas de jovens de Penafiel a ação que a JS tem tido dentro das suas responsabilidades na bancada parlamentar do Partido Socialista. Foram visitadas todas as salas plenárias e assistiu-se ao debate da comissão permanente da AR. A estadia em Lisboa terminou com visita às sede do Partido e da Juventude Socialista.

Página 14 | O Mensalista


TOP-DOWN

Eleições Açorianas

Este mês de outubro tivemos eleições na Região Autónoma dos Açores, em que o Partido Socialista, uma vez mais, saiu vencedor. Esta vitória e consequente maioria absoluta, ambas consecutivas, revela uma afirmação do partido no arquipélago, e ao contrário do que muitos achavam, uma não dependência perante Carlos César, mostrando a boa gestão que Vasco Cordeira e respetiva equipa levam a cabo.

Orçamento de Estado

Já muito se tinha falado do suposto Orçamento de Estado para o próximo ano, em meses anteriores, mas apenas em Outubro se soube realmente aquilo que é o documento. E este revelou-se melhor do que todos esperariam, com crescimento económico e com défice além das expectativas e com o reforço do Estado Social. De salientar ainda que fica aquém daquilo que é desejável em matéria de devolução de rendimentos, descongelamento de carreiras e aumentos das pensões. Mas este é o caminho certo.

Fraco Argumentário da Oposição ao OE

Perante a apresentação do Orçamento de Estado, a oposição, e mais concretamente o PSD não apresentaram uma única proposta. Zero. Ao invés disso, têm-se debruçado sobre temas como as falsas licenciaturas ou ainda comparar o valor orçamentado em relação ao executado na rúbrica da educação. Baralhando assim o debate. Vindo de quem vem, está no ponto.

Declarações de Schauble

O ministro das finanças alemão, no mês de outubro, veio à praça pública revelar aquilo que nem no mais remoto silêncio deveria ser um desabafo. Disse nada mais nada menos que Portugal estava a ir num bom caminho até que trocou de Governo. Pois bem, apenas salientar que o Sr. Schauble não vota nem tem legitimidade alguma no nosso país. Pelo que se poderia escusar a fazer este tipo de declarações que em nada ajudam a Europa nem a zona Euro.

Falsas Licenciaturas

Este foi o assunto realmente embaraçoso para este Governo e para o Partido Socialista, mas a verdade é que, ainda com o escrutínio público sobre os políticos e sobre quem ocupa cargos políticos, houveram pessoas que afirmaram serem licenciadas quando afinal não o eram. O mais grave, e que merece realmente reprimenda é que estamos a falar de cargos que não necessitavam de licenciatura. Estaremos a falar de vaidade?

Escrito por: Pedro Perdigão

O Mensalista | Página 15


À conversa com

diogo leão Página 16 | O Mensalista


ENTREVISTA Escrito por: Bruno Silva Soares Quais os motivos que te levaram a ingressar na Juventude Socialista? Confesso que, desde que me lembro, sempre tive pretensão de pensar no “nós”, de conseguir entender os fenómenos colectivos, sociais e políticos. Não apenas com a curiosidade de quem os interpreta, mas com a vontade de quem deseja interagir com eles. Ganhar consciência que vivemos em sociedade, e que essa sociedade perpetua ou gera desigualdades, foi um passo fundamental para o despertar da minha consciência política. A entrada na Juventude Socialista foi consequência da resposta dada a essa tomada de consciência. Pessoas diferentes reagem de formas diferentes à noção de desigualdade. A minha reacção foi encontrar um espaço político, neste caso uma organização política de juventude, onde encontrasse uma matriz política adversária intransigente do conservadorismo, da ignorância, da intolerância, da pobreza material e de espirito, mas que não caísse no erro de ficar presa a uma cristalização ideológica. Uma organização dinâmica quer no pensamento, quer na acção, fundamentada em parâmetros republicanos, humanistas, laicos e sociais- democratas. Para encontrar essa identidade política, no meu caso, não foi alheia a família, nem o local onde formei os primeiros feixes de consciência política. Na família e amigos encontrei sempre inspiradores exemplos de entrega ao serviço público, tendo um incentivo da minha mãe, que era já militante socialista. E também devo algum crédito à escola que frequentei, o Colégio Moderno, de claras tradições humanistas e laicas, com um passado inclusivamente ligado à resistência anti-fascista, onde muito pensei e debati com colegas, professores e funcionários, nomeadamente quando presidi à Associação de Estudantes. Quais as tuas referencias politicas? São várias, do passado até à actualidade. Guardo como referências figuras

que contribuíram para o pensamento político contemporâneo, como os iluministas europeus do século XVIII que tanto concorreram para o derrube de uma visão teocrática da sociedade e do poder absoluto dos monarcas europeus. Os homens do primeiro liberalismo são os pais fundadores dos direitos políticos fundamentais do individuo e da representação política moderna. Em Portugal, os estadistas do vintismo, os políticos-militares da guerra civil, enfim, todos os que se levantaram pela Liberdade em tempos arriscados, obscuros e conturbados. No século XX, os nossos homens públicos da República, são também exemplos que acarinho. A ética, o serviço público, as noções de igualdade, democracia e justiça floresceram com os revolucionários republicanos de 1910. E a sua obra no campo da secularização do Estado, do alargamento da instrução masculina e feminina, das leis do trabalho, é uma referência progressista. Todos os que combateram a ditadura de Salazar e Caetano, dos anónimos aos hoje relevados pela nossa História, merecem também ser invocados enquanto referências políticas. E basta invocar o nome de Mário Soares para sumarizar tudo isto. Um político que conviveu com os velhos republicanos, mas que abraçou a ideia nova em Portugal do socialismo democrático, um resistente à ditadura, um estadista que soube honrar o mote Liberdade, Igualdade, Fraternidade e que se afirmou com o 25 de Abril, movimento que igualmente respeito e em que acolho os seus protagonistas, os capitães de Abril e na sua continuidade muitos outros democratas civis, como exemplos de franco e desinteressado patriotismo. Hoje, ao olhares para a Juventude Socialista de Lisboa, estrutura que já foste Coordenador, como vês o seu progresso e afirmação? A JS Lisboa é a estrutura do qual sou militante base. Milito num núcleo e na concelhia infindáveis noções e autênticas lições que me têm sido

O Mensalista | Página 17


utilíssimas. Recordo diariamente a boa camaradagem dos seus militantes e a sua generosidade para comigo em particular. Só posso elogiar o caminho da JS Lisboa, particularmente depois da eleição do meu amigo Zé Borges como presidente. Internamente, a JS Lisboa tem prosseguido um inegável trilho de renovação. Muita malta nova, em idade, em ideias, que querem afirmar-se positivamente como quadros políticos. A disponibilidade do Zé e da sua equipa tem sido extraordinária, em conjunto com os coordenadores de núcleo de residência, para formar politicamente estas novas gerações. A nível da propositura política e não só, a JS Lisboa toma parte no conselho municipal de juventude, acompanha no terreno os núcleos de escola e universidades da cidade, afirmando-se num papel dinamizador das políticas de juventude para Lisboa. A nível autárquico, a JS Lisboa tem vários autarcas jovens nas freguesias que honram a sua militância na Juventude Socialista. Mas seja-me permitido destacar em particular o trabalho do Zé, enquanto vereador substituto na Câmara Municipal de Lisboa, onde hoje em dia toma parte em sucessivas reuniões de câmara, representando sempre exemplarmente os jovens lisboetas e também a acção política da Maria Begonha, deputada municipal eleita, que pelas suas intervenções e propostas políticas muito contribui para o debate em torno da cidade. Ao longo do teu percurso na Juventude Socialista nomeadamente na FAUL como avalias o teu percurso à frente a mesma ? Como vês a Federação actualmente e no seu futuro? Tem sido, necessariamente, uma história feliz. A oportunidade de liderar a Federação da Área Urbana de Lisboa é uma experiência única e interessantíssima. São 11 concelhos com alguns problemas e preocupações comuns ao qual é preciso dar uma resposta supra-autárquica ou metropolitana, mas todos com identidades muito fortes e com as suas diferenças naturais. Neste mandato conseguimos reactivar a JS

Azambuja, a única concelhia que estava aos anos sem órgãos eleitos. Hoje temos uma Federação com as suas 11 concelhias no terreno, a preparar o combate autárquico de 2017. O facto de ter sido eleito para a Assembleia da República provavelmente também permite à FAUL e às suas concelhias ter outra visibilidade. Ainda este mês saímos de portas para celebrar a Implantação da República, em parceria com a JS Lisboa e no mês passado aceitámos o convite do DFMS da FAUL para colaborar activamente na sua Universidade de Verão. De futuro a JS FAUL terá de continuar a apostar na formação política dos seus quadros e sei que o conseguirá fazer com excelência. Enquanto Secretário-Geral adjunto, muitas tem sido as lutas travadas na defesa dos jovens (emprego, educação, entre outros) e dos valores de Abril (liberdade, igualdade e fraternidade). Na tua opinião como têm sido o trabalho da Juventude Socialista nestas lutas e o que falta “cumprir”? A Juventude Socialista nestes últimos 4 anos, em que tive o orgulho de partilhar com o João Torres, meu amigo íntimo e camarada de todas as horas, algumas responsabilidades na acção política da JS Nacional, tem sabido cumprir com as visões enunciadas nas duas moções globais de estratégia apresentadas ao Congresso Nacional. Soubemos equilibrar um discurso público voltado para os problemas concretos dos jovens, os desafios do quotidiano na área do emprego e da emancipação, no combate à emigração, no acesso a mais e melhores qualificações, com uma luta histórica por causas que refletem direitos fundamentais, contra a discriminação e o preconceito, como a vitória obtida na coadopção ou a adopção plena de crianças por todos os casais independentemente da orientação sexual, realidades hoje vigorantes em Portugal. Muito falta ainda cumprir. Na política os dossiers raramente estão definitivamente fechados. A sociedade e o paradigma político, social, económico e financeiro gera permanentemente novos desafios e os antigos problemas também encontram forma de se reciclarem. Podemos e devemos fazer mais na cultura, no ensino superior, no combate

Página 18 | O Mensalista


ao desemprego, nas políticas de habitação jovem, tão essenciais para permitir a renovação etária nos grandes centros urbanos. Mas a JS não se esquece de questões de vanguarda, das moções sectoriais que apresentou no último Congresso Nacional do PS, nomeadamente para a regulamentação da prostituição e legalização das drogas leves. Concorde-se ou não, são realidades aos quais o estado não pode continuar a fechar os olhos. É preciso debater, evidentemente. Mas depois de debater, é preciso decidir.. És um reconhecido conhecedor da história da nossa democracia e, em particular, do nosso partido. Concordas que esta solução governamental marca o início de uma nova era na democracia e política portuguesa? Como avalias o desempenho do Governo do Partido Socialista até à data? Sem dúvida que sim. Não é preciso ser-se um profundo conhecedor para constatar o óbvio. A actual maioria parlamentar, funcionando como funciona, não tem quaisquer precedentes. As democracias e os partidos não vivem alheios às suas ideologias, identidades e ao seu posicionamento face à História. Por exemplo, PS e PCP digladiaramse, nos primeiros anos da nossa democracia, com visões opostas dentro do campo político da esquerda. As divergências, naquele tempo do mundo bipolar, da influência ocidental pró-capitalista e da influência soviética, representavam modelos antagónicos de sociedade, de organização política, económica, etc. Eu decerto não gostaria de viver num mundo com sintomas agudos de guerra fria, mas reconheço que a ordem mundial pós-queda do muro de Berlim enfraqueceu generalizadamente as esquerdas europeias, fossem elas de origem simplesmente liberal, marxista ou marxista-leninista. Abriram-se brechas no estado social europeu, estendeuse uma passadeira vermelha aos arautos do neo-liberalismo político (que obviamente procuram instituir o liberalismo económico e financeiro ao extremo). Com as profundas crises do nosso século, os partidos socialistas reagiram finalmente ao extremar de posições políticas por parte da direita europeia. Cá todo este fenómeno ultraliberal, tímido em alguns sectores mas tão agressivo e destruidor noutros, foi materializado pelo PSD e CDS dos últimos anos. Impunha-se uma inversão no caminho. Um travão no descalabro em nome da defesa do estado social, de políticas públicas com alcance

social e económico pela melhoria de vida das populações. E essa noção de superior defesa do interesse do povo, levou a que as esquerdas pudessem finalmente fazer compromissos. Em boa hora chegaram. O Governo do PS tem tido um desempenho muito superior às expectativas dos nossos piores adversários. É sinal de que estamos a governar bem, balançando uma visão inovadora do estado, com a salvaguarda de direitos adquiridos que importava restaurar. O Governo do PS, apoiado pelas esquerdas, representa a queda de velhos tabus e o surgimento de uma nova era de diálogo em torno do essencial: uma economia de mercado que gere as menores desigualdades possíveis, regulada pela política e que mantenha o nosso estado social. Quais as tuas expectativas para o futuro Partido Socialista, onde cada vez mais a Juventude Socialista tem ganho cada vez mais espaço e afirmado a sua “voz”? São sempre grandes as expectativas que deposito no futuro do PS. Primeiro que tudo pelo seu passado, tão honroso que é para qualquer socialista. Depois pelo presente, sem dúvida exigente, mas que com a liderança experiente, hábil e acertada de António Costa tem ultrapassado eventuais dificuldades e sabido afirmar-se na governação com as prioridades certas. É obviamente bom, para um quadro da JS como eu, constatar que a Juventude Socialista tem sabido ocupar um espaço cada vez mais relevante no seio do PS e ao lado do PS. Sabemos ser parte integrante, mas também parceiros valiosos pelo nosso trabalho enquanto estrutura autónoma. É bom ver que o PS hoje reconhece, mais do que ontem, a necessidade de incluir jovens na acção política, assim como de relevar o papel das mulheres no mesmo universo. Ainda recentemente foram aprovadas a nível nacional as recomendações para elaboração das listas autárquicas do PS, onde jovens e mulheres são dois grupos especificamente referenciados como fundamentais para que o partido tenha uma abordagem não apenas mais inclusiva, mas sinceramente mais representativa da sociedade. Os partidos políticos devem espelhar as sociedades que ambicionam servir. Mas independentemente de tudo, o futuro do PS está garantido enquanto houver uma Juventude Socialista que o materialize no presente e que se proponha a acreditar no socialismo democrático enquanto caminho ideológico para um futuro melhor.

O Mensalista | Página 19


a voz dos militantes

Escrito por: Hugo Bessa

atualidade política OPINIÃO DE:

Inês Moura Pinto Marco de Canaveses Estudante de Engenharia Informática 22 Anos

Luís Garcia Paredes Estudante de Contabilidade e Administração 24 Anos

Rui Vilares Amarante Estudante de Engenharia Informática 21 Anos

Página 20 | O Mensalista


António Guterres foi recentemente eleito Secretário-geral da ONU. Pode beneficiar o nosso país?

N

ão. A sua eleição é prestigiante para o país, sem dúvida. No entanto, julgo que o mais determinante é o mundo passar a contar com António Guterres na liderança daquela organização, tendo em conta o seu percurso e os valores pelos quais se tem regido sempre que desempenha funções de alta responsabilidade.

S

im. Esta sua eleição honra muito Portugal e os principais benefícios que trará ao nosso país são o facto de nos afirmar como uma nação que cria consensos, que luta pela paz mundial e que dá um sinal aos nossos parceiros internacionais de que em Portugal existem grandes valores humanos.

N

ão. António Guterres foi eleito para o cargo mais exclusivo do planeta. Apesar de não beneficiarmos diretamente do facto de termos um secretário-geral da ONU português, esta eleição deixou os portugueses orgulhosos. É um português de grande valor e era, sem dúvida, o melhor candidato para o cargo.

O orçamento de estado foi discutido na assembleia da República. É um bom orçamento para os jovens?

S

im. Em termos gerais, a proposta de orçamento para 2017 introduz algumas medidas dignas de registo, no que toca aos mais jovens. São medidas que têm impacto no dia-adia, como a reposição dos descontos nos passes dos estudantes universitários ou a consolidação do programa Porta 65.

S

im. O Orçamento Geral do Estado para 2017 é uma lufada de ar fresco para todos os jovens portugueses. Desde logo importa salientar a reposição do desconto do passe escolar para todos os alunos do ensino superior, o alargamento da distribuição dos manuais escolares a todos os estudantes do 1º ciclo e o ensino pré-escolar a todas as crianças com 3 anos. Também emancipação jovem através do reforço do programa “Porta 65”.

S

im. O Orçamento de Estado para 2017 devolve a confiança e a esperança a todos os portugueses. É de saudar o aumento do apoio aos estudantes universitários mais carenciados, a reintrodução dos passes “sub23”, o alargamento da gratuitidade dos manuais escolares, o investimento na ciência e no ensino superior e o reforço do abono de família para mais de 120 000 crianças. Este orçamento faz-nos acreditar no futuro de Portugal.

Os acordos à esquerda estão para durar após a aprovação deste orçamento?

S

im. Na minha convicção, estão para durar. Apesar das opiniões divergentes em determinadas matérias, considero que existe verdadeiramente uma matriz comum que une todos os partidos envolvidos – resgatar o Estado Social grosso modo, que tinha sido feito refém com o anterior governo.

S

im. A aprovação deste orçamento na sua generalidade mostra que este governo se encontra no caminho certo e demonstra as grandes qualidades do Partido Socialista, como um partido que está ao lado dos mais frágeis e que é criador de consensos que visam o bem-estar social.

O Mensalista | Página 21

S

im. Existem muitos temas sensíveis, em que nunca será possível obter um acordo entre os partidos que suportam o governo. No entanto, com o foco na recuperação de rendimentos, na devolução de salários e pensões e na luta pela dignidade das famílias, esses acordos estão para durar. Há ainda muito a fazer para dignificar a vida de todos os portugueses.


P OL Í TI C OS DE SO F Á Esta Juventude... Parece que a deputada Berta Cabral na resposta ao nosso SG João Torres no debate do Orçamento de Estado fez uma revelação bombástica: - Tipo... Ela mancou bué a nossa cena. Pelos vistos a nossa geração está de cabeça perdida. Concordo, andamos todos a dar bué nas drogas leves, andamos todos agarrados aos nossos telemóveis no Instabook e no Facegram, e até atravessamos a rua sem olhar para o lado. Desistimos de trabalhar e só vamos para a faculdade porque há festas e cerveja. Isso de sermos a geração mais qualificada é mito. Só não concordo numa coisa... A deputada diz que nós “metemos a cassete”. Mas eu só ouço música no Spotify. Dá para estar ainda mais agarrado ao telemóvel.

Página 22 | O Mensalista


m o c s n e Imag a i r รณ t s Hi

O Mensalista | Pรกgina 23


O MENSALISTA

JS FEDERACAO PORTO

P O R T O N O R T E

C O M

Pรกgina 24 | O Mensalista


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.