Rio Grande do Norte Junho de 2018 Edição nº 21 | Ano 2 Revista do Observatório da Violência do RN
OBVIUM É UMA PUBLICAÇÃO TÉCNICA SOBRE CRIMEANÁLISE ANO 2 | ED. 21 | ISSN: 2595-2102 2018 © OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE LICENÇA PADRÃO CREATIVE COMMONS. É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, DESDE QUE SEJA CITADA A FONTE E NÃO SEJA PARA VENDA OU QUALQUER FIM COMERCIAL. DIRECIONAMENTOS: UFERSA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO COEDHUCI CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA OAB ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL NO RIO GRANDE DO NORTE ALERN ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO IGARAPÉ FBSP FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA MPRN MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE
FICHA EDITORIAL
CAPTAÇÃO E COLETA DE DADOS ABRAÃO DE OLIVEIRA JUNIOR DANIEL OLIVEIRA BARBALHO ELMA GOMES PEREIRA ISAAC WENDELL JOSEMARIO ALVES LEYSSON CARLOS MARCELINO NETO NIEDERLAND TAVARES LEMOS
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS IVENIO HERMES +55 84 9 9819-5754 THADEU BRANDÃO +55 84 9 9707-0244 CAPA, DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO IVENIO HERMES REVISÃO GERAL IARA MARIANA DE FARIAS NÓBREGA SÁSKIA SANDRINELLI HERMES
AUDITORIA BRUNO COSTA SALDANHA EMANUEL DHAYAN BEZERRA DE ALMEIDA MANUEL SABINO PONTES ROSIVALDO TOSCANO DOS SANTOS JUNIOR THADEU DE SOUSA BRANDÃO
FICHA INSITUCIONAL
LABORATÓRIO DE PESQUISA
COORDENADOR DE PESQUISA IVENIO HERMES
PESQUISADORES SÊNIORES IVENIO HERMES JEAN HENRIQUE COSTA JULIANA DE OLIVEIRA ROCHA FRANCO SHEYLA PAIVA PEDROSA BRANDÃO THADEU DE SOUSA BRANDÃO
PESQUISADORES ASSISTENTES CINDY DAMARIS GOMES LIRA ELISETE APARECIDA FERREIRA GOMES GABRIELA CRISTINA PAULINO FELICIANO MOISÉS MEIRELLES DE ARAÚJO NIEDERLAND TAVARES LEMOS PESQUISADORES VOLUNTÁRIOS ALEXANDRE PEREIRA BEZERRA CARLOS YURI DO NASCIMENTO FERREIRA MAICON DOUGLAS DIAS DE OLIVEIRA MARIA LUCILMA FREITAS DE SOUSA RAMIRO DE VASCONCELOS DOS SANTOS JR RAYANE JERÔNIMO DE MELO A METODOLOGIA METADADOS E A PLATAFORMA MULTIFONTE FORAM CRIADAS POR IVENIO HERMES E MARCOS DIONISIO, E SÃO OS MEIOS DE CONSOLIDAÇÃO DE DADOS E
CONSULTOR ACADÊMICO THADEU DE SOUSA BRANDÃO CONSULTOR DE IMPRENSA CEZAR ALVES DE LIMA CONSULTOR DE ESTATÍSTICAS SANCLAI VASCONCELOS SILVA
PESQUISADORES ASSOCIADOS IARA MARIANA DE FARIAS NÓBREGA JOSINEIDE BATISTA DA SILVA
OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES UTILIZADO PELO OBVIO, SENDO VEDADA SUA UTILIZAÇÃO COMERCIAL OU PARA FINS DE PROPAGANDA GOVERNAMENTAL.
FONTES DE DADOS ITEP | IBGE | DATASUS SISOBI | CIOSP | MPRN
Dados de Catalogação na Fonte da Publicação (Natal, RN, Brasil) _____________________________________________________________________________________________________________________________ ____ R454
Revista de crimeanálise do OBVIO Observatório da Violência do Rio Grande do Norte OBVIUM. - Ano 2, n.21 – Natal: ISSUU. 2018 36 p. Mensal RESUMO em português Disponível em: https://issuu.com/obvium ISSN: 2595-2102 1. Criminologia – Periódico. 2. Estatística Criminal – Rio Grande do Norte – Periódico 3. Rio Grande do Norte – Criminologia - Periódico.
CDU: 341.59 _____________________________________________________________________________________________________________________________ ____ Índices para catálogo sistemático: 1.
Brasil : Rio Grande do Norte : Estado : Observatório da Violência do Rio Grande do Norte : Segurança pública: problemas sociais
341.59
SUMÁRIO A INSEGURANÇA DOS MAIS FRACOS ........................................................................................... 3 PERCEPÇÃO DA SEGURANÇA: AMOSTRAGEM DE CVLIS ENTRE 2011 A 2018 .................................. 4 O 1º SEMESTRE DE 2018 .......................................................................................................... 11 ESTATÍSTICAS CRIMINAIS: O 1º SEMESTRE DE 2018.................................................................... 13 I.
PERFIL DA VÍTIMA ............................................................................................................ 13 A.
PERFIL GERAL ....................................................................................................................... 13 1.
GÊNERO ......................................................................................................................... 13
2.
ESTADO CIVIL .................................................................................................................. 13
3.
ETNIA............................................................................................................................. 13
B.
PERFIL ETÁRIO ..................................................................................................................... 14 1.
FAIXA ETÁRIA: OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ........................................................ 14
2.
FAIXA ETÁRIA: EJUV ESTATUTO DA JUVENTUDE / EI ESTATUTO DO IDOSO ................................... 14
3.
FAIXA ETÁRIA: PNRH PLANO NACIONAL DE REDUÇÃO DE HOMICÍDIOS ..................................... 14
C.
II.
PERFIL SÓCIO ECONÔMICO CULTURAL ..................................................................................... 15 1.
RENDA ESTIMADA ............................................................................................................. 15
2.
ESCOLARIDADE ................................................................................................................ 15
INSTRUMENTALIDADE E TIPOLOGIA .................................................................................. 15 1.
ARMAMENTO OU MEIO EMPREGADO ..................................................................................... 15
2.
TIPOS DE CONDUTA LETAL ................................................................................................ 16
3.
LETALIDADE CONTRA AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA ......................................................... 16
4.
MACROCAUSAS PRIMÁRIAS DA VIOLÊNCIA ............................................................................. 16
III.
ESPACIALIZAÇÃO DA VULNERABILIDADE ....................................................................... 17
A.
MAPEAMENTO GERAL ............................................................................................................ 17 1.
TERRITORIALIDADE ESTADUAL ............................................................................................. 17
2.
LOCAIS PRIMÁRIOS ............................................................................................................ 17
3.
MESORREGIÕES POTIGUARES ............................................................................................... 17
4.
A REGIÃO METROPOLITANA ............................................................................................... 18
5.
RANKING TOP 20 DE MUNICÍPIOS MAIS VIOLENTOS ................................................................ 18
B.
RANKING TOP 20 DE BAIRROS DOS MUNICÍPIOS MAIS VIOLENTOS ................................................. 19 1.
NATAL ........................................................................................................................... 19
Pág. 1
IV.
2.
MOSSORÓ ....................................................................................................................... 19
3.
PARNAMIRIM ....................................................................................................................20 VARIAÇÃO E RESUMO GERAL......................................................................................... 21
Pág. 2
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
A INSEGURANÇA DOS MAIS FRACOS A insegurança, a sensação de medo e fragilidade que ela causa e as consequências da dinâmica da violência, vem ultrapassando barreiras e construindo um mapa de vitimização cada vez mais amplo e setorizado. Os aglomerados subnormais e os distritos rurais distantes das cidades sedes dos municípios tornam-se palco da violência homicida que se intercala em ciclos migratórios devido à ausência do Estado e o novo protagonismo da (in)segurança sendo assumido por criminosos. Nesse curso de abandono, o RN novamente mostra sua reatividade e falta de planejamento para lidar com o tema da segurança pública, pois, apesar das várias aparições de membros da secretaria de segurança para justificar a grande mortandade homicida de 2017 atribuindo-a à rixa de facções criminosas, nada fez de concreto para enfrentar o problema de forma a reduzi-lo a números aceitáveis, fazendo com que essa violência se agudizasse em embates e disputas territoriais na Comunidade do Mosquito, entre os Bairros de Quintas e Nordeste, na zona leste de Natal, e a Comunidade Beira Rio, no bairro Potengi, na zona norte, isto é, margens direita e esquerda do Rio Potengi. Em nossa 21ª edição da revista OBVIUM, a revista do OBVIO Observatório da Violência do Rio Grande do Norte, erguemos um memorial à população hipossuficiente moradora dessas comunidades esquecidas pelo poder público, que precisa conviver com o perigo de morte em um cenário de guerrilha urbana dentro da cidade de Natal. E esse memorial se aplica também aos rincões dos distritos distantes das cidades sede dos municípios, onde vivem os mais fracos. O OBVIO Observatório da Violência do Rio Grande do Norte, Instituto Marcos Dionisio, teme pela redução da criminalidade ora propagandeada, pois não percebe políticas públicas abrangentes baseadas em diagnóstico não governamentais sendo aplicadas no estado. Mantemos assim nosso compromisso científico e social, apresentamos a Percepção da Segurança: Amostragem de CVLIs Entre 2011 A 2018 (pág. 4) onde descrevemos como a percepção da segurança e a sensação de insegurança se acirrou entre as duas últimas gestões administrativas do estado, além de traçarmos os números da crimeanálise do primeiro semestre de 2018 em Estatísticas Criminais: O 1º Semestre de 2018 (pág. 14). Que os números, estatísticas, crimeanálises e diagnósticos aqui apresentados possam redirecionar as ações do Estado, pois nós, do OBVIO, apenas desejamos a paz para todos os que vivem, trabalham ou passeiam pelo Rio Grande do Norte, sejam ricos ou pobres, mas sem esquecer que a insegurança dos mais fracos nos aflige, porque são os que não possuem quase nada, mas perdem tudo diante da criminalidade empoderada dentro do nosso estado. Boa leitura!
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ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
PERCEPÇÃO DA SEGURANÇA: AMOSTRAGEM DE CVLIS ENTRE 2011 A 2018 Ivenio Hermes1 Thadeu Brandão2 Justificativa e Introdução Os números da violência no Rio Grande do Norte têm crescido com poucos desnivelamentos na escala da violência, o estado que antes já fora um dos lugares mais seguros para se viver, hoje desponta no ranking nacional e mundial como um dos mais violentos. Essa estatística cruel afugenta investidores, turistas, moradores e torna o estado cada vez mais difícil de administrar, pois afeta os pilares da organização como a saúde, a educação e a geração de emprego e renda. Em menos de 8 anos mais de 12800 pessoas foram vítimas de condutas violentas letais intencionais, perdendo suas vidas numa dinâmica de violência que somente se fortalece na contramão daquilo que a propaganda de políticas de segurança pública e políticas públicas de segurança estão fazendo. As políticas públicas não surtem efeito, são recicladas de outros estados onde já falharam, criam mitos de sucesso que não podem ser aferidos, apenas sustentados pela mídia governamental, mas suas falhas são feridas sangrentas na vida do povo do Rio Grande do Norte. O que veremos a partir de agora é uma breve amostragem da aferição em análises criminais de 7 anos meio de evolução da criminalidade e ausência de políticas públicas eficazes, fazendo aquilo que as gestões se negam a fazer, ou seja, mensurar suas próprias ações, esclarecê-las publicamente mostrando onde foram equivocadas e o que está sendo feito para corrigi-las. Portanto, a amostra abrange o período de 1 de janeiro de 2011 e segue até 02 de julho de 2018, comparando homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e outras condutas dolosas que resultem em morte, fazendo amostragem de seus números na forma absoluta, pois a relativização, onde apresentaremos a taxa de mortes por grupos de 100 mil habitantes, será apresentada num estudo mais posteriormente. No trabalho atual foi adotada a comparação de variação entre períodos, método reconhecido mundialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que já é consagrada pela comunidade científica internacional para mensurar o nível de violência, em particular os homicídios, em todo o mundo. Na tabela abaixo apresentamos análises estatísticas por números absolutos de vítimas, o total de cada período de quatro anos com sua média anual, lembrando que a Metodologia Metadados possui um banco de Ivenio Hermes – Arquiteto e urbanista, pesquisador e escritor vencedor do Prêmio Literário Tancredo Neves. Consultor em Gestão e Políticas Públicas de Segurança e de Segurança Pública. Possui em sua bibliografia 16 livros publicados e mais de 1.200 artigos. É Coordenador de Pesquisa do OBVIO – Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mestrando do Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico e Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições (UFERSA), Consultor do Conselho Especial de Segurança Pública e Políticas Carcerárias da OAB-RN, Consultor da Comissão Parlamentar de Políticas Carcerárias da Assembleia Legislativa do RN, Pesquisador do COEDHUCI - Conselho Estadual dos Direitos Humanos e da Cidadania e Membro Sênior do FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 1
Thadeu Brandão - Sociólogo, Mestre e Doutor em Ciências Sociais pela UFRN. Professor Adjunto de Sociologia da UFERSA e do Mestrado em "Cognição, Tecnologias e Instituições" (CCSAH/UFERSA). Líder do grupo de Pesquisa "Observatório da Violência do RN". Coapresentador do Observador Político na TV Mossoró e 93 FM. Colunista do Jornal O Mossoroense. Autor de "Atrás das Grades: habitus e interação social no sistema prisional" e coautor de "Rastros de Pólvora: Metadados 2015" atualmente exerce a função de Coordenador Acadêmico do OBVIO – Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido). 2
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ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
dados construído a partir de fontes consolidadas com itens do ITEP; do DATASUS; do SISOBI; do CIOSP e do MPRN. OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE 7 ANOS E SEIS MESES DE VIOLÊNCIA HOMICIDA TOTAL 2011-2014
2015
2016
2107
2018
0
3
2
1
1
3
12
2
6
7
0
2
2
1
1
1
5
6
15
5
0
3
0
3
6
ALTO DO RODRIGUES
1
3
4
4
ANGICOS
2
0
0
ANTONIO MARTINS
1
0
APODI
7
AREIA BRANCA AREZ ASSU
MUNICÍPIOS
TOTAL 2015-2018
MÉDIA ANUAL 2011-2014
MÉDIA ANUAL 2015-2018
0
4
1
1
0
15
3
4
1
0
3
1
1
8
2
3
18
4
5
1
0
0
2
3
2
1
12
5
4
9
5
23
3
6
4
6
5
1
3
0
9
2
2
13
4
18
6
8
9
4
27
5
7
4
13
7
31
12
13
20
11
56
8
14
2
5
13
23
43
10
15
21
11
57
11
14
2
2
4
9
17
11
4
4
2
21
4
5
20
13
19
27
79
19
23
27
24
93
20
23
2011
2012
2013
2014
ACARI
1
1
1
AFONSO BEZERRA
3
1
5
AGUA NOVA
0
0
ALEXANDRIA
3
ALMINO AFONSO
BAIA FORMOSA
0
2
1
3
6
3
6
6
3
18
2
5
15
16
31
29
91
30
23
31
11
95
23
24
BARCELONA
0
0
1
1
2
1
3
1
2
7
1
2
BENTO FERNANDES
0
2
1
0
3
0
3
0
1
4
1
1
BOA SAUDE
0
2
0
2
4
2
1
9
5
17
1
4
BODO
1
0
0
1
2
2
1
0
0
3
1
1
BOM JESUS
0
3
3
8
14
8
6
3
10
27
4
7
BREJINHO
0
3
2
2
7
1
1
5
1
8
2
2
CAICARA DO NORTE
0
0
1
5
6
0
9
0
2
11
2
3
CAICARA DO RIO DO VENTO
0
0
1
0
1
1
1
1
0
3
0
1
20
7
18
35
80
46
33
31
9
119
20
30
CAMPO GRANDE
0
0
3
0
3
2
1
3
1
7
1
2
CAMPO REDONDO
0
0
0
2
2
1
1
0
0
2
1
1
CANGUARETAMA
7
1
8
8
24
14
15
26
15
70
6
18
CARAUBAS
5
5
12
11
33
17
18
12
12
59
8
15
CARNAUBA DOS DANTAS
0
1
0
0
1
1
2
3
1
7
0
2
CARNAUBAIS
4
1
0
1
6
2
2
3
1
8
2
2
CEARA-MIRIM
26
34
48
57
165
55
89
145
28
317
41
79
CERRO CORA
0
0
2
0
2
1
1
4
1
7
1
2
CORONEL EZEQUIEL
1
0
2
2
5
1
1
2
2
6
1
2
CORONEL JOAO PESSOA
0
0
0
3
3
0
0
1
1
2
1
1
CRUZETA
0
0
1
0
1
2
1
0
1
4
0
1
CURRAIS NOVOS
5
8
7
13
33
20
9
10
4
43
8
11
ENCANTO
0
3
2
0
5
0
1
4
1
6
1
2
EQUADOR
0
0
0
0
0
1
1
5
0
7
0
2
ESPIRITO SANTO
1
2
0
2
5
0
2
4
0
6
1
2
10
37
24
31
102
33
35
66
27
161
26
40
FELIPE GUERRA
0
1
1
0
2
1
7
3
1
12
1
3
FERNANDO PEDROZA
0
0
0
1
1
1
0
0
0
1
0
0
FLORANIA
2
1
2
0
5
1
5
3
2
11
1
3
FRANCISCO DANTAS
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
FRUTUOSO GOMES
4
3
2
2
11
3
3
2
1
9
3
2
GALINHOS
0
0
0
0
0
2
1
0
0
3
0
1
GOIANINHA
8
2
8
13
31
4
6
5
10
25
8
6
GOV DIX-SEPT ROSADO
2
2
7
5
16
3
11
10
7
31
4
8
GROSSOS
0
4
2
1
7
2
0
5
4
11
2
3
GUAMARE
1
7
3
5
16
3
4
4
3
14
4
4
IELMO MARINHO
0
4
4
3
11
5
5
11
1
22
3
6
BARAUNA
CAICO
EXTREMOZ
Pág. 5
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018 IPANGUACU
2
3
5
9
19
8
3
7
1
19
5
5
ITAJA
0
2
1
5
8
8
4
4
5
21
2
5
ITAU
1
1
1
1
4
1
0
2
1
4
1
1
JACANA
0
3
0
8
11
4
3
7
6
20
3
5
JANDAIRA
0
0
2
0
2
5
2
7
5
19
1
5
JANDUIS
2
4
3
5
14
6
3
13
4
26
4
7
JAPI
0
3
1
3
7
3
0
4
1
8
2
2
JARDIM DE PIRANHAS
1
3
2
2
8
1
6
5
7
19
2
5
JARDIM DO SERIDO
1
2
0
0
3
1
2
2
0
5
1
1
JOAO CAMARA
3
13
12
11
39
18
32
36
15
101
10
25
JOAO DIAS
1
2
4
0
7
4
8
4
2
18
2
5
JOSE DA PENHA
1
0
2
0
3
0
0
0
2
2
1
1
JUCURUTU
2
6
0
3
11
2
4
3
3
12
3
3
JUNDIA
0
0
0
0
0
1
1
1
0
3
0
1
LAGOA D'ANTA
0
1
0
2
3
1
0
3
5
9
1
2
LAGOA DE PEDRAS
1
0
5
1
7
0
2
1
0
3
2
1
LAGOA DE VELHOS
0
1
0
0
1
0
1
0
0
1
0
0
LAGOA NOVA
0
0
0
2
2
3
1
0
7
11
1
3
LAGOA SALGADA
4
2
1
1
8
7
2
9
5
23
2
6
LAJES
0
1
5
2
8
3
1
0
1
5
2
1
LAJES PINTADAS
0
1
1
0
2
0
6
0
0
6
1
2
LUCRECIA
3
2
2
2
9
3
0
3
0
6
2
2
LUIS GOMES
1
2
1
1
5
3
0
1
1
5
1
1
36
38
112
72
258
67
69
99
46
281
65
70
MACAU
5
5
5
5
20
13
10
13
3
39
5
10
MAJOR SALES
0
1
0
2
3
1
0
0
0
1
1
0
MARCELINO VIEIRA
2
1
1
0
4
4
0
4
0
8
1
2
MARTINS
0
2
2
2
6
8
5
10
0
23
2
6
MAXARANGUAPE
5
2
1
2
10
5
7
23
2
37
3
9
MESSIAS TARGINO
1
0
3
0
4
2
1
1
0
4
1
1
MONTANHAS
1
6
1
1
9
0
4
6
2
12
2
3
MONTE ALEGRE
3
4
11
4
22
5
9
23
9
46
6
12
MACAIBA
MONTE DAS GAMELEIRAS
0
0
1
0
1
1
0
2
0
3
0
1
MOSSORO
188
135
188
192
703
163
218
249
125
755
176
189
NATAL
409
455
584
590
2.038
506
583
622
255
1.966
510
492
13
21
21
15
70
24
35
47
14
120
18
30
NOVA CRUZ
6
3
12
9
30
10
9
16
10
45
8
11
OLHO D'AGUA DO BORGES
0
0
1
0
1
2
0
1
0
3
0
1
OURO BRANCO
0
1
0
2
3
0
0
0
0
0
1
0
PARANA
0
1
0
0
1
1
0
0
0
1
0
0
PARAU
3
2
2
3
10
1
0
2
0
3
3
1
PARAZINHO
0
1
2
1
4
0
5
5
3
13
1
3
PARELHAS
4
7
7
11
29
13
5
13
5
36
7
9
PARNAMIRIM
78
95
126
138
437
135
175
154
55
519
109
130
PASSA-E-FICA
1
2
1
1
5
5
6
2
4
17
1
4
PASSAGEM
1
0
0
0
1
1
0
1
1
3
0
1
PATU
4
6
10
7
27
2
2
10
6
20
7
5
PAU DOS FERROS
6
6
3
7
22
6
10
8
5
29
6
7
PEDRA GRANDE
0
1
0
2
3
1
0
4
2
7
1
2
PEDRA PRETA
2
0
0
1
3
0
0
1
0
1
1
0
PEDRO AVELINO
0
0
4
1
5
2
2
5
0
9
1
2
PEDRO VELHO
0
4
2
1
7
1
6
4
2
13
2
3
PENDENCIAS
1
5
10
6
22
3
2
3
1
9
6
2
PILOES
0
1
3
2
6
0
4
0
0
4
2
1
POCO BRANCO
3
1
5
8
17
4
9
7
1
21
4
5
PORTALEGRE
0
1
3
1
5
1
5
2
1
9
1
2
PORTO DO MANGUE
0
1
1
1
3
3
1
3
1
8
1
2
PUREZA
0
2
1
6
9
2
5
4
0
11
2
3
NISIA FLORESTA
Pรกg. 6
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018 RAFAEL FERNANDES
0
1
0
0
1
0
1
1
0
2
0
1
RAFAEL GODEIRO
1
0
3
2
6
0
0
2
1
3
2
1
RIACHO DA CRUZ
0
0
2
0
2
0
1
2
1
4
1
1
RIACHO DE SANTANA
0
1
0
0
1
0
1
0
0
1
0
0
RIACHUELO
0
0
2
2
4
0
0
0
0
0
1
0
RIO DO FOGO
2
2
5
1
10
3
5
6
6
20
3
5
RODOLFO FERNANDES
0
0
0
3
3
2
2
2
0
6
1
2
RUY BARBOSA
0
1
0
1
2
1
0
0
0
1
1
0
SANTA CRUZ
16
16
26
14
72
21
20
14
4
59
18
15
SANTA MARIA
0
4
0
0
4
1
3
4
0
8
1
2
SANTANA DO MATOS
1
0
1
5
7
2
0
0
0
2
2
1
SANTO ANTONIO
3
6
6
7
22
2
13
12
4
31
6
8
SAO BENTO DO NORTE
0
0
1
1
2
0
4
2
6
12
1
3
SAO BENTO DO TRAIRI
1
0
1
0
2
0
1
0
1
2
1
1
SAO FERNANDO
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
0
0
SAO FRANCISCO DO OESTE
0
0
0
0
0
1
0
2
2
5
0
1
55
51
52
79
237
78
103
131
60
372
59
93
SAO GONCALO DO AMARANTE SAO JOAO DO SABUGI
0
0
1
1
2
1
1
0
0
2
1
1
16
36
46
51
149
31
50
53
12
146
37
37
SAO JOSE DO CAMPESTRE
2
3
1
2
8
8
9
21
5
43
2
11
SAO JOSE DO SERIDO
0
0
1
0
1
0
0
0
1
1
0
0
SAO MIGUEL
4
1
2
10
17
5
14
10
4
33
4
8
SAO MIGUEL DO GOSTOSO
0
1
1
3
5
4
2
1
6
13
1
3
SAO PAULO DO POTENGI
2
6
2
7
17
9
18
16
13
56
4
14
SAO PEDRO
1
0
1
3
5
1
2
4
2
9
1
2
SAO RAFAEL
1
2
0
4
7
1
2
1
1
5
2
1
SAO TOME
3
2
2
3
10
4
0
6
1
11
3
3
SENADOR ELOI DE SOUZA
1
1
2
0
4
0
1
0
3
4
1
1
SENADOR GEORGINO AVELINO
0
0
1
0
1
2
0
0
0
2
0
1
SERRA CAIADA
1
0
5
4
10
5
1
3
0
9
3
2
SERRA DE SAO BENTO
2
0
1
1
4
1
1
0
0
2
1
1
SERRA DO MEL
3
4
7
10
24
6
1
16
4
27
6
7
SERRA NEGRA DO NORTE
2
1
1
1
5
0
0
0
0
0
1
0
SERRINHA
0
1
6
0
7
2
1
2
1
6
2
2
SERRINHA DOS PINTOS
0
2
3
5
10
1
1
2
1
5
3
1
SEVERIANO MELO
0
0
0
1
1
1
1
1
0
3
0
1
SITIO NOVO
0
0
1
0
1
1
2
0
2
5
0
1
TABOLEIRO GRANDE
1
2
2
0
5
0
1
1
1
3
1
1
TAIPU
1
1
4
1
7
2
3
12
2
19
2
5
TANGARA
3
6
5
6
20
10
13
17
6
46
5
12
TENENTE ANANIAS
0
0
1
1
2
0
0
0
0
0
1
0
TENENTE LAURENTINO CRUZ
1
1
0
1
3
1
1
3
2
7
1
2
TIBAU
2
1
1
6
10
8
3
7
3
21
3
5
TIBAU DO SUL
1
4
3
11
19
7
0
4
6
17
5
4
TOUROS
8
5
5
10
28
5
22
25
6
58
7
15
SAO JOSE DE MIPIBU
TRIUNFO POTIGUAR
0
0
2
1
3
4
1
1
0
6
1
2
UMARIZAL
10
9
7
17
43
5
8
13
4
30
11
8
UPANEMA
4
2
2
5
13
5
6
5
1
17
3
4
VARZEA
0
0
1
0
1
1
0
1
0
2
0
1
VENHA-VER
1
0
0
0
1
2
1
0
0
3
0
1
VERA CRUZ
1
5
3
2
11
2
10
21
5
38
3
10
VILA FLOR
0
0
0
1
1
0
3
1
0
4
0
1
SANTANA DO SERIDO
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
TIMBAUBA DOS BATISTAS
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
0
1
VICOSA
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
SAO VICENTE
0
0
0
0
0
0
0
3
1
4
0
1
JARDIM DE ANGICOS
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
1.099
1.224
1.665
1.772
5.760
1.670
1.996
2.408
1.032
7.106
1.440
1.777
TOTAL RN
Pรกg. 7
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
Análises e Prognósticos Da tabela acima, ao separarmos os municípios da Região Metropolitana dos do restante do estado, classificando-os por territorialidade como Interior e Região Metropolitana, podemos verificar a seguinte aferição do número de Condutas Violentas Letais Intencionais, conforme detalhadas abaixo.
Os últimos 8 anos foram marcados, notadamente, pelo aumento expressivo das CVLIs (Condutas Violentas Letais Intencionais) no Estado do Rio Grande do Norte. Os dados mostram que a curva de crescimento começa a ocorrer, exponencialmente, a partir de 2011, com mais de 12 mil mortos no RN até o início de julho. Mais de 5 mil já durante a Gestão Rosalba Ciarlini e, para cujo lema de campanha era a segurança, outro crescimento exponencial de mais de 7 mil, sem ainda contar os mais de 6 meses faltantes para o término do ano, na Gestão Robinson Faria. O OBVIO RN (Observatório da Violência do Rio Grande do Norte), nesses estudos, apenas analisa os dados - obtidos por meio de nossa metodologia metadados e da plataforma multifonte – das mortes violentas, sem desprezar, no entanto, a magnitude da subnotificação dos demais tipos de crimes que ocorrem, sabendo o quanto esses demais aumentam a profunda sensação de insegurança do Estado. Sensação real, palpável que poderia ser medida empiricamente por uma pesquisa de vitimização, se esta fosse executada. No caso dos dados acima, as CVLIs se concentram em praticamente 20 municípios do RN, principalmente no entorno da Capital Natal e de sua Região Metropolitana e de Mossoró, cidade polo do Oeste Potiguar e seu entorno. Ambas as áreas são responsáveis por praticamente 80% das ocorrências, o que mostra que, em termos de mortes “matadas”, há uma dinâmica geográfica, urbana, periférica e brutal que é, também, a externalização da impunidade gigantesca e da falta de políticas efetivas de segurança, além das sociais, culturais e econômicas. Pág. 8
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
O perfil das vítimas permanece inexoravelmente o mesmo: são homens, jovens, pardos e negros, moradores de áreas periféricas ou vulneráveis socialmente, com baixa renda e escolaridade. A grande maioria é executada praticamente por modus operandi semelhantes: pistolas especiais de grosso calibre, com duplas ou trios de pistoleiros sobre motocicletas ou veículos velozes, nos mais variados horários. O perfil e o método apontam para uma imensa engrenagem e economia da morte no RN, o que é corroborado pelas investigações do GAECO (Grupo de Ação Contra do Crime Organizado) do MPRN e da Polícia Civil do RN, da Polícia Federal e da Força Nacional que, reiteradas vezes, descortinaram vários desses atores criminais nas mais variadas regiões do RN. Infelizmente, na verdadeira economia das execuções que ocorrem, são apenas “agulhas no palheiro”, mas que, quando desvendados, resultam em reduções das taxas de CVLIs nas regiões de atuação dos grupos de execução. Por fim, o RN é vitimado, em sua população mais fragilizada, principalmente aquela que não consegue pagar por segurança privada, embora a que consiga também não se sinta segura. Como citamos anteriormente, outros crimes também assustam a população, e os roubos à mão armada constantes e quase que ininterruptos, os popularmente conhecidos assaltos, são um deles. Estes estão ligada à duas dinâmicas: a primeira dinâmica é aquela da economia de bens ilícitos que percorrem as áreas mais prósperas e desenvolvidas economicamente das sociedades, particularmente as que possuem menor capacidade de se proteger ou que recebem menor atenção protecional por parte dos entes públicos. Neste sentido, os assaltos, em sua segunda dinâmica, se ligam também à capacidade de resposta da sociedade à forma como estes ocorrem: seja com maior violência ou de forma mais "racional". O Brasil, em particular, estados como o RN, sofrem verdadeira "epidemia" de assaltos, particularmente caracterizados pelo uso da violência simbólica (a exposição da vitima a uma coerção verbal e a uma situação de fragilização moral) e também de violência física, quando há uso de força física ou mesmo uso de arma branca ou de fogo em suposta resposta ao assalto. Pág. 9
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
Ressalto, que qualquer forma de violência sem legitimidade é sempre injustificada (no caso, a violência perpetrada pelos assaltantes), em todo caso, mesmo tendo todo o direito constitucional e jurídico de reagir, as possibilidades reais e estatísticas de reação do cidadão-vítima, são quase que inexistentes, o que fazem com que a ampla e absoluta maioria dos policiais e agentes de segurança concordarem: as vítimas não devem reagir.
Os assaltos são, junto com os homicídios, a face mais inglória da incompetência do Estado Brasileiro (em todas as suas instâncias cabíveis e responsáveis) em lidar com o problema da extrema desigualdade (não apenas social) e da seguridade social. Assim como a maior parte das vítimas de CVLIs (Condutas Violentas Letais Intencionais), os pequenos assaltos aos quais a população está sendo vitimada, tem em seus algozes, o mesmo perfil: jovens, moradores de periferia, baixa escolaridade e baixa renda. Daí um fator complicador maior: a associação, pela população das vítimas de CVLIs e dos perpetradores de crimes como um todo. Não estamos colocando que isso seja verdadeiro, mas há um constructo nas representações sociais dessa correlação, que termina por "justificar" a imensa mortandade de jovens, pardos e negros, moradores de periferia, com baixa escolaridade e renda a esse outro perfil. A população, acuada e com medo, nada mais faz do que aplaudir as falanges de pistoleiros e homicidas que agem, privada e ilegalmente no RN, aumentando o cabedal da violência. O RN, necessariamente, precisa mudar sua metodologia de policiamento, com práticas racionais e modernas. Nossos comandos e inteligência já sabem o que fazer. Mas, precisam hoje de estrutura, recursos humanos e capacidade de ação. Não é possível se continuar a "politizar" a segurança pública. Enquanto as classes médias e as elites se encastelam e enclausuram em seus condomínios fechados (ilusoriamente mais seguros), a massa da população em geral fica à mercê de um verdadeiro "medo líquido" que toma conta de todos. Medo, que, infelizmente, não é apenas líquido, mas se solidifica na realidade violenta e criminógena de cada dia. Pág. 10
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
O 1º SEMESTRE DE 2018 NOTA TÉCNICA Justificativa O material apresentado nesta edição continua a linha contributiva com todas as entidades governamentais ou não-governamentais e com a sociedade norte-rio-grandense como um todo, com informações estatísticas sobre a criminalidade homicida nos 6 (seis) primeiros meses do ano de 2018. Portanto, o estudo abrange o período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018, comparado com o mesmo período dos anos 2015, 2016 e 2017. Dados O Banco de Dados do OBVIO Observatório da Violência do RN é construído por meio do tratamento interpolado e parametrizado de dados de diversas fontes governamentais e não-governamentais (Datasus, Dados da Segurança Pública, ITEP, SISOBI, Ministério Público e algumas fontes jornalísticas previamente credenciadas), oriundas de um processo de coleta dinâmico denominado Plataforma Multifonte criado por Hermes e Dionisio3. Para a construção de conceitos e diagnósticos contextuais de complexidade, a consolidação dos dados e a produção das informações é feita por meio da Metodologia Metadados4, que tem como fundamento a Teoria da Complexidade de Morin, citado por Santos, Santos e Chiquieri5, interdisciplinarizando e transdisciplinarizando conhecimentos e saberes diversos de forma dinâmica e integrada para a celeridade e a devida credibilidade dos resultados. As análises produzidas pelos pesquisadores do Thadeu Brandão e pelo Prof. Esp. Ivenio Hermes.
OBVIO
são coordenadas e organizadas pelo Prof. Dr.
Apresentação da edição Para esta edição trouxemos textos jornalísticos de dados, de opinião e de fundamento científico sobre os temas da violência e da criminalidade no Rio Grande do Norte, congregando diferentes visões sobre a atual conjuntura da segurança pública no estado. O material de crimeanálise foi produzido tendo como recursos visuais o uso de gráficos do tipo coluna comparando cada ano cada ano dentro do período abordado; além disso, dentro de cada painel acrescentamos tabelas comparativas mostrando os dados absolutos. Para facilitar o entendimento da evolução dos homicídios foram adotadas as cores de Kernel nas tabelas de período, esse método gera a
3
HERMES, Ivenio. Metadados 2013: Análises da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte. 2. ed. Natal: Saraiva, 2014. 145 p.
4
HERMES, Ivenio; DIONISIO, Marcos. Do Homicímetro Ao Cvlimetro: A Plataforma Multifonte e a Contribuição Social nas Políticas Públicas de Segurança. 2. ed. Natal: Saraiva, 2014. 110 p. 5
SANTOS, Akiko; SANTOS, Ana Cristina Souza dos; CHIQUIERI, Ana Maria Crepaldi. A Dialógica de Edgar Morin e o Terceiro Incluído de Basarab Nicolescu: Uma Nova Maneira de Olhar e Interagir com o Mundo. III Edipe: Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p.1-26, 2 out. 2009.
Pág. 11
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
percepção visual da variação entre o menor e o maior número de ocorrências, que são listadas em ordem decrescente dentro de cada tabela. Sua divisão foi feita em 4 (quatro) partes, conforme descritas abaixo 1. Perfil da Vítima Perfis gerais das vítimas de homicídios: gênero, estado civil e etnia, seguidos do perfil etário, que recebeu três variações segundo recomendações da: • • •
OMS Organização Mundial de Saúde; EJUV/EI Estatuto da Juventude e Estatuto do Idoso; PNRH Plano Nacional de Redução de Homicídios, plano esse já abordado e estudado na nossa edição especial nº 6.
Por fim apresentamos o perfil sócio econômico cultural mostrando a renda e a escolaridade. 2. Instrumentalidade e Tipologia Nesse tópico o mapeamento apresenta os instrumentos utilizados do ato homicida, o tipo de conduta letal entendida, a letalidade que afeta os agentes de segurança pública no estado e as macrocausas primárias que podem ter originado o evento fatal. Queremos lembrar que num país onde a resolutividade de crimes de Homicídios é apenas 8% dos crimes perpetrados, fazer uma avaliação de causas criminais não pode se ater ao aspecto jurídico, pois precisamos avaliar os casos pelo ponto de vista da vítima e não do criminoso. Destarte, é necessária uma ampla análise do contexto social complexo do fato, local do crime, circunstâncias iniciais e padrões criminosos, o que nos leva a uma constante reavaliação de acordo com o surgimento de novas informações que esclareçam melhor cada evento criminoso. Por isso denominamos como “macrocausas primárias", o que não seria necessário fazer se tivéssemos realmente elementos oriundos dos resultados de uma investigação criminal. 3. Locais de Vulnerabilidade Esse mapeamento vem dividido em quatro partes. Primeiro é tratado das territorialidades estaduais, fazendo uma separação entre o número de vítimas da Região Metropolitana e o restante do estado, depois abordamos um ponto interessante classifica o local onde o crime ocorreu. Por fim apresentamos as principais divisões geográficas que definem o estado. 4. Evolução e Resumo Geral Encerramos o estudo fazendo uma análise final dos resultados obtidos, construindo um breve diagnóstico sobre a violência homicida no período.
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ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
ESTATÍSTICAS CRIMINAIS: O 1º SEMESTRE DE 2018 I.
PERFIL DA VÍTIMA A. PERFIL GERAL 1. GÊNERO OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
GÊNERO
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
743
931
1.133
976
25,3%
21,7%
-13,9%
31,4%
FEMININO
45
51
68
54
13,3%
33,3%
-20,6%
20,0%
IGNORADO
0
2
2
1
NA
0,0%
-50,0%
NA
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
MASCULINO
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
2.
ESTADO CIVIL OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
ESTADO CIVIL
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
SOLTEIRO(A)
621
808
625
770
30,1%
-22,6%
23,2%
24,0%
IGNORADO
19
26
425
61
36,8%
1534,6%
-85,6%
221,1%
CASADO(A)
75
89
65
102
18,7%
-27,0%
56,9%
36,0%
UNIAO CONSENSUAL
65
52
79
88
-20,0%
51,9%
11,4%
35,4%
DIVORCIADO(A)
6
4
6
8
-33,3%
50,0%
33,3%
33,3%
VIUVO(A)
2
2
3
1
0,0%
50,0%
-66,7%
-50,0%
NAO APLICAVEL TOTAL
2015-2018
0
3
0
1
NA
-100,0%
NA
NA
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
3.
ETNIA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
ETNIA
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
PARDA
408
527
538
623
29,2%
2,1%
15,8%
52,7%
NEGRA
245
344
560
274
40,4%
62,8%
-51,1%
11,8%
BRANCA
128
108
102
132
-15,6%
-5,6%
29,4%
3,1%
7
5
3
2
-28,6%
-40,0%
-33,3%
-71,4%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
IGNORADA TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 13
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
B.
PERFIL ETÁRIO 1. FAIXA ETÁRIA: OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
FAIXA ETÁRIA OMS
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
18 A 24
271
341
415
328
25,8%
21,7%
-21,0%
21,0%
35 A 64
177
223
252
257
26,0%
13,0%
2,0%
45,2%
25 A 29
132
151
188
180
14,4%
24,5%
-4,3%
36,4%
30 A 34
93
130
135
127
39,8%
3,8%
-5,9%
36,6%
12 A 17
87
94
117
95
8,0%
24,5%
-18,8%
9,2%
NI
17
22
86
30
29,4%
290,9%
-65,1%
76,5%
65 OU+
9
18
10
12
100,0%
-44,4%
20,0%
33,3%
0 A 11
2
5
0
2
150,0%
-100,0%
NA
0,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
2.
FAIXA ETÁRIA: EJUV ESTATUTO DA JUVENTUDE / EI ESTATUTO DO IDOSO OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
FAIXA ETÁRIA EJUV/EI
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
ADULTO
262
348
376
373
32,8%
8,0%
-0,8%
42,4%
JOVEM JOVEM
226
287
362
271
27,0%
26,1%
-25,1%
19,9%
JOVEM ADULTO
132
151
188
180
14,4%
24,5%
-4,3%
36,4%
JOVEM ADOLESCENTE
118
140
156
142
18,6%
11,4%
-9,0%
20,3%
NI
17
22
86
30
29,4%
290,9%
-65,1%
76,5%
IDOSO
17
23
21
23
35,3%
-8,7%
9,5%
35,3%
ADOLESCENTE
14
8
14
10
-42,9%
75,0%
-28,6%
-28,6%
CRIANCA TOTAL
2
5
0
2
150,0%
-100,0%
NA
0,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
3.
FAIXA ETÁRIA: PNRH PLANO NACIONAL DE REDUÇÃO DE HOMICÍDIOS OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
FAIXA ETÁRIA PNRH
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
18 A 30
422
516
632
533
22,3%
22,5%
-15,7%
26,3%
31 A 60
244
324
353
351
32,8%
9,0%
-0,6%
43,9%
12 A 17
87
94
117
95
8,0%
24,5%
-18,8%
9,2%
NI
17
22
86
30
29,4%
290,9%
-65,1%
76,5%
ACIMA DE 60
16
23
15
20
43,8%
-34,8%
33,3%
25,0%
2
5
0
2
150,0%
-100,0%
NA
0,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
0 A 11 TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
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ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
C.
PERFIL SÓCIO ECONÔMICO CULTURAL 1. RENDA ESTIMADA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
RENDA ESTIMADA
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
SEM ATIVIDADE REMUNERADA
349
455
899
474
30,4%
97,6%
-47,3%
35,8%
ATE 2 SALARIOS MINIMOS
229
279
159
258
21,8%
-43,0%
62,3%
12,7%
ATE 1 SALARIO MINIMO
166
187
88
155
12,7%
-52,9%
76,1%
-6,6%
ATE 4 SALARIOS MINIMOS
28
50
38
126
78,6%
-24,0%
231,6%
350,0%
ATE 8 SALARIOS MINIMOS
10
7
13
12
-30,0%
85,7%
-7,7%
20,0%
ATE 6 SALARIOS MINIMOS
6
6
5
5
0,0%
-16,7%
0,0%
-16,7%
ACIMA DE 10 SALARIOS MINIMOS
0
0
0
1
NA
NA
NA
NA
ATE 10 SALARIOS MINIMOS
0
0
1
0
NA
NA
-100,0%
NA
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
2.
ESCOLARIDADE OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
ESCOLARIDADE
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
IGNORADA/INDEFINIDA
331
429
885
459
29,6%
106,3%
-48,1%
38,7%
FUNDAMENTAL
293
346
155
395
18,1%
-55,2%
154,8%
34,8%
MEDIO
144
188
132
146
30,6%
-29,8%
10,6%
1,4%
20
20
31
29
0,0%
55,0%
-6,5%
45,0%
SUPERIOR PRE-ESCOLA TOTAL
0
1
0
2
NA
-100,0%
NA
NA
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
II.
INSTRUMENTALIDADE E TIPOLOGIA 1. ARMAMENTO OU MEIO EMPREGADO OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
ARMAMENTO OU MEIO EMPREGADO
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
ARMA DE FOGO
672
852
1.058
946
26,8%
24,2%
-10,6%
40,8%
ARMA BRANCA
74
65
97
48
-12,2%
49,2%
-50,5%
-35,1%
ESPANCAMENTO
13
25
16
15
92,3%
-36,0%
-6,3%
15,4%
OBJETO CONTUNDENTE
15
16
19
7
6,7%
18,8%
-63,2%
-53,3%
ASFIXIA MECANICA PROVOCADA
7
14
7
8
100,0%
-50,0%
14,3%
14,3%
NAO IDENTIFICADO
5
5
1
1
0,0%
-80,0%
0,0%
-80,0%
OUTROS TOTAL
2015-2018
2
7
5
6
250,0%
-28,6%
20,0%
200,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 15
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
2.
TIPOS DE CONDUTA LETAL OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
TIPO DE CONDUTA LETAL
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
672
861
1.042
787
28,1%
21,0%
-24,5%
17,1%
LESAO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE
39
44
61
114
12,8%
38,6%
86,9%
192,3%
ACAO TIPICA DE ESTADO
39
36
46
65
-7,7%
27,8%
41,3%
66,7%
LATROCINIO
27
26
34
45
-3,7%
30,8%
32,4%
66,7%
FEMINICIDIO
5
16
19
18
220,0%
18,8%
-5,3%
260,0%
HOMICIDIO
OUTROS TOTAL
2015-2018
6
1
1
2
-83,3%
0,0%
100,0%
-66,7%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
3.
LETALIDADE CONTRA AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
LETALIDADE DE AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
POLICIAL MILITAR
1
4
9
11
300,0%
125,0%
22,2%
1000,0%
POLICIAL MILITAR APOSENTADO
1
1
3
4
0,0%
200,0%
33,3%
300,0%
POLICIAL CIVIL
0
2
0
1
NA
-100,0%
NA
NA
AGENTE PENITENCIARIO FEDERAL
0
0
1
0
NA
NA
-100,0%
NA
POLICIAL CIVIL APOSENTADO
0
0
0
1
NA
NA
NA
NA
GUARDA DE TRANSITO
1
0
0
0
-100,0%
NA
NA
-100,0%
AGENTE PENITENCIARIO ESTADUAL
0
1
0
0
NA
-100,0%
NA
NA
GUARDA MUNICIPAL
0
0
1
0
NA
NA
-100,0%
NA
3
8
14
17
166,7%
75,0%
21,4%
466,7%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
4.
MACROCAUSAS PRIMÁRIAS DA VIOLÊNCIA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
MACROCAUSAS PRIMÁRIAS DA VIOLÊNCIA
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
CRIMES DE ENCOMENDA
369
442
486
359
19,8%
10,0%
-26,1%
-2,7%
VIOLENCIA INTERPESSOAL
130
215
367
441
65,4%
70,7%
20,2%
239,2%
ACAO DO TRAFICO
41
77
102
25
87,8%
32,5%
-75,5%
-39,0%
CONFLITO POLICIA X CRIMINALIDADE
45
40
69
82
-11,1%
72,5%
18,8%
82,2%
VIOLENCIA SOCIAL
50
78
39
16
56,0%
-50,0%
-59,0%
-68,0%
VIOLENCIA PATRIMONIAL
39
45
45
54
15,4%
0,0%
20,0%
38,5%
RIXA DE GANGUES
43
32
32
29
-25,6%
0,0%
-9,4%
-32,6%
AUSENCIA DE CONTROLE PRISIONAL
38
22
33
7
-42,1%
50,0%
-78,8%
-81,6%
VIOLENCIA DOMESTICA
12
22
22
11
83,3%
0,0%
-50,0%
-8,3%
VIOLENCIA COLATERAL
5
8
8
7
60,0%
0,0%
-12,5%
40,0%
NAO CONFIRMADA
10
3
0
0
-70,0%
-100,0%
NA
-100,0%
VIOLENCIA SEXUAL
6
0
0
0
-100,0%
NA
NA
-100,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 16
2015-2018
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
III.
ESPACIALIZAÇÃO DA VULNERABILIDADE A. MAPEAMENTO GERAL 1.
TERRITORIALIDADE ESTADUAL OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
TERRITORIALIDADE
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
REGIAO METROPOLITANA
457
598
680
512
30,9%
13,7%
-24,7%
12,0%
INTERIOR
331
386
523
519
16,6%
35,5%
-0,8%
56,8%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
2.
LOCAIS PRIMÁRIOS OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
LOCAIS PRIMÁRIOS
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
376
399
461
314
6,1%
15,5%
-31,9%
-16,5%
DENTRO DA RESIDENCIA
21
130
261
227
519,0%
100,8%
-13,0%
981,0%
HOSPITAIS E PRONTOS SOCORROS
29
76
116
149
162,1%
52,6%
28,4%
413,8%
BARES E FESTAS
64
74
51
50
15,6%
-31,1%
-2,0%
-21,9%
INTERIOR DE EDIFICACOES
80
85
37
26
6,3%
-56,5%
-29,7%
-67,5%
TERRENOS BALDIOS
57
36
42
26
-36,8%
16,7%
-38,1%
-54,4%
EQUIPAMENTOS PUBLICOS
12
17
49
53
41,7%
188,2%
8,2%
341,7% 650,0%
VIAS PUBLICAS
POVOADOS E SITIOS
2015-2018
8
19
35
60
137,5%
84,2%
71,4%
31
29
29
33
-6,5%
0,0%
13,8%
6,5%
8
33
26
23
312,5%
-21,2%
-11,5%
187,5%
26
19
7
29
-26,9%
-63,2%
314,3%
11,5%
2
23
25
10
1050,0%
8,7%
-60,0%
400,0%
PREDIOS DE CORREICAO
2
16
33
5
700,0%
106,3%
-84,8%
150,0%
ASSENTAMENTOS RURAIS
48
1
1
2
-97,9%
0,0%
100,0%
-95,8%
PRAIAS E ORLAS
9
7
15
11
-22,2%
114,3%
-26,7%
22,2%
BEIRA-RIOS E MANGUES
2
14
12
6
600,0%
-14,3%
-50,0%
200,0%
13
5
3
4
-61,5%
-40,0%
33,3%
-69,2%
0
1
0
3
NA
-100,0%
NA
NA
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
ESTRADAS CARROCAVEIS MARGENS DE RODOVIAS E ESTRADAS COMUNIDADES E FAVELAS DENTRO DE VEICULOS
MERCADOS E FEIRAS LIVRES DENTRO DO CARRO TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
3.
MESORREGIÕES POTIGUARES OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
MESORREGIÕES POTIGUARES
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
LESTE POTIGUAR
478
611
708
560
27,8%
15,9%
-20,9%
17,2%
OESTE POTIGUAR
168
226
290
281
34,5%
28,3%
-3,1%
67,3%
AGRESTE POTIGUAR
75
91
140
134
21,3%
53,8%
-4,3%
78,7%
CENTRAL POTIGUAR
67
56
65
56
-16,4%
16,1%
-13,8%
-16,4%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 17
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
4.
A REGIÃO METROPOLITANA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
241
299
305
254
24,1%
2,0%
-16,7%
5,4%
PARNAMIRIM
75
91
83
55
21,3%
-8,8%
-33,7%
-26,7%
SAO GONCALO DO AMARANTE
34
61
47
59
79,4%
-23,0%
25,5%
73,5%
CEARA-MIRIM
28
45
79
28
60,7%
75,6%
-64,6%
0,0%
MACAIBA
33
33
46
46
0,0%
39,4%
0,0%
39,4%
EXTREMOZ
11
16
29
27
45,5%
81,3%
-6,9%
145,5%
NISIA FLORESTA
13
18
32
14
38,5%
77,8%
-56,3%
7,7%
SAO JOSE DE MIPIBU
13
20
26
12
53,8%
30,0%
-53,8%
-7,7%
MONTE ALEGRE
3
7
13
9
133,3%
85,7%
-30,8%
200,0%
VERA CRUZ
1
6
9
5
500,0%
50,0%
-44,4%
400,0%
MAXARANGUAPE
2
1
9
2
-50,0%
800,0%
-77,8%
0,0%
IELMO MARINHO
3
1
2
1
-66,7%
100,0%
-50,0%
-66,7%
457
598
680
512
30,9%
13,7%
-24,7%
12,0%
NATAL
TOTAL
2015-2018
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
5.
RANKING TOP 20 DE MUNICÍPIOS MAIS VIOLENTOS OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
RANKING TOP 20 DE MUNICÍPIOS
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
241
299
305
254
24,1%
2,0%
-16,7%
5,4%
MOSSORO
72
130
128
125
80,6%
-1,5%
-2,3%
73,6%
PARNAMIRIM
75
91
83
55
21,3%
-8,8%
-33,7%
-26,7%
SAO GONCALO DO AMARANTE
34
61
47
60
79,4%
-23,0%
27,7%
76,5%
CEARA-MIRIM
28
45
79
28
60,7%
75,6%
-64,6%
0,0%
MACAIBA
33
33
46
46
0,0%
39,4%
0,0%
39,4%
EXTREMOZ
11
16
29
27
45,5%
81,3%
-6,9%
145,5%
NISIA FLORESTA
13
18
32
14
38,5%
77,8%
-56,3%
7,7%
SAO JOSE DE MIPIBU
13
20
26
12
53,8%
30,0%
-53,8%
-7,7%
CAICO
14
19
21
9
35,7%
10,5%
-57,1%
-35,7%
ASSU
11
11
13
24
0,0%
18,2%
84,6%
118,2%
BARAUNA
14
9
20
11
-35,7%
122,2%
-45,0%
-21,4%
5
8
23
15
60,0%
187,5%
-34,8%
200,0% 200,0%
NATAL
JOAO CAMARA CANGUARETAMA
2015-2018
5
5
14
15
0,0%
180,0%
7,1%
13
12
8
4
-7,7%
-33,3%
-50,0%
-69,2%
SAO PAULO DO POTENGI
4
11
8
13
175,0%
-27,3%
62,5%
225,0%
TOUROS
3
6
20
6
100,0%
233,3%
-70,0%
100,0%
CARAUBAS
5
11
6
12
120,0%
-45,5%
100,0%
140,0%
MONTE ALEGRE
3
7
13
9
133,3%
85,7%
-30,8%
200,0%
CURRAIS NOVOS
15
3
8
4
-80,0%
166,7%
-50,0%
-73,3%
176
169
274
288
-4,0%
62,1%
5,1%
63,6%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
SANTA CRUZ
OUTROS TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 18
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
B.
RANKING TOP 20 DE BAIRROS DOS MUNICÍPIOS MAIS VIOLENTOS 1. NATAL OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
RANKING TOP 20 BAIRROS DE NATAL
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
NSA SRA DA APRESENTACAO
32
40
38
34
25,0%
-5,0%
-10,5%
6,3%
FELIPE CAMARAO
26
33
25
12
26,9%
-24,2%
-52,0%
-53,8%
LAGOA AZUL
13
18
21
36
38,5%
16,7%
71,4%
176,9%
PAJUCARA
13
25
20
19
92,3%
-20,0%
-5,0%
46,2%
IGAPO
21
14
13
20
-33,3%
-7,1%
53,8%
-4,8%
PLANALTO
16
12
23
12
-25,0%
91,7%
-47,8%
-25,0%
QUINTAS
13
14
22
14
7,7%
57,1%
-36,4%
7,7%
POTENGI
18
21
11
10
16,7%
-47,6%
-9,1%
-44,4%
BOM PASTOR
11
11
11
17
0,0%
0,0%
54,5%
54,5%
REDINHA
10
5
12
4
-50,0%
140,0%
-66,7%
-60,0%
CIDADE NOVA
7
12
4
5
71,4%
-66,7%
25,0%
-28,6%
DIX-SEPT ROSADO
5
5
9
8
0,0%
80,0%
-11,1%
60,0%
ALECRIM
2
6
6
12
200,0%
0,0%
100,0%
500,0%
CIDADE DA ESPERANCA
7
8
6
5
14,3%
-25,0%
-16,7%
-28,6%
MAE LUIZA
5
6
9
6
20,0%
50,0%
-33,3%
20,0%
CIDADE ALTA
6
13
2
2
116,7%
-84,6%
0,0%
-66,7%
LAGOA NOVA
0
6
9
7
NA
50,0%
-22,2%
NA
PONTA NEGRA
5
3
11
1
-40,0%
266,7%
-90,9%
-80,0%
ROCAS
6
7
4
1
16,7%
-42,9%
-75,0%
-83,3%
HOSPITAIS NATAL
3
2
9
2
-33,3%
350,0%
-77,8%
-33,3%
22
38
40
27
72,7%
5,3%
-32,5%
22,7%
241
299
305
254
24,1%
2,0%
-16,7%
5,4%
OUTROS TOTAL
2015-2018
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
2.
MOSSORÓ OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
RANKING TOP 20 BAIRROS DE MOSSORÓ
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
SANTO ANTONIO
6
23
17
13
283,3%
-26,1%
-23,5%
116,7%
RURAL MOSSORO
16
15
6
14
-6,3%
-60,0%
133,3%
-12,5%
BELO HORIZONTE
2
7
10
22
250,0%
42,9%
120,0%
1000,0%
SANTA DELMIRA
9
5
9
6
-44,4%
80,0%
-33,3%
-33,3%
AEROPORTO MOSSORO
0
11
11
5
NA
0,0%
-54,5%
NA
BARROCAS
2
7
8
6
250,0%
14,3%
-25,0%
200,0%
DOM JAIME CAMARA
6
0
9
8
-100,0%
NA
-11,1%
33,3%
ABOLICAO
3
4
7
6
33,3%
75,0%
-14,3%
100,0%
ALTO DE SAO MANOEL
3
8
7
0
166,7%
-12,5%
-100,0%
-100,0%
BOA VISTA
0
1
7
9
NA
600,0%
28,6%
NA
ALTO DA CONCEICAO
0
5
1
10
NA
-80,0%
900,0%
NA
PRES COSTA E SILVA
2
3
6
3
50,0%
100,0%
-50,0%
50,0%
CENTRO MOSSORO
4
5
1
2
25,0%
-80,0%
100,0%
-50,0%
BOM JARDIM
1
4
4
3
300,0%
0,0%
-25,0%
200,0%
PAREDOES
4
2
3
3
-50,0%
50,0%
0,0%
-25,0%
VILA MAISA
4
2
2
3
-50,0%
0,0%
50,0%
-25,0%
NOVA VIDA (MALVINAS)
2
4
3
1
100,0%
-25,0%
-66,7%
-50,0%
ALTO DO SUMARE
1
4
3
1
300,0%
-25,0%
-66,7%
0,0%
BOM JESUS
0
5
1
1
NA
-80,0%
0,0%
NA
NOVA BETANIA
0
0
6
1
NA
NA
-83,3%
NA
OUTROS
7
15
7
8
114,3%
-53,3%
14,3%
14,3%
72
130
128
125
80,6%
-1,5%
-2,3%
73,6%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Pág. 19
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
3.
PARNAMIRIM OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
RANKING TOP 20 BAIRROS DE PARNAMIRIM NOVA PARNAMIRIM MONTE CASTELO PASSAGEM DE AREIA
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
4
8
20
4
100,0%
150,0%
-80,0%
2015-2018 0,0%
13
10
6
3
-23,1%
-40,0%
-50,0%
-76,9% -33,3%
6
12
8
4
100,0%
-33,3%
-50,0%
13
8
4
3
-38,5%
-50,0%
-25,0%
-76,9%
EMAUS
1
12
5
4
1100,0%
-58,3%
-20,0%
300,0%
ROSA DOS VENTOS
4
3
6
6
-25,0%
100,0%
0,0%
50,0%
NOVA ESPERANCA
7
2
1
3
-71,4%
-50,0%
200,0%
-57,1%
CENTRO PARNAMIRIM
2
2
4
4
0,0%
100,0%
0,0%
100,0%
VIDA NOVA
2
1
5
4
-50,0%
400,0%
-20,0%
100,0%
PIUM
1
1
6
3
0,0%
500,0%
-50,0%
200,0%
SANTOS REIS PNM
2
7
1
1
250,0%
-85,7%
0,0%
-50,0%
SANTA TEREZA
2
2
4
3
0,0%
100,0%
-25,0%
50,0%
VALE DO SOL
4
6
0
0
50,0%
-100,0%
NA
-100,0%
LIBERDADE
4
4
2
0
0,0%
-50,0%
-100,0%
-100,0%
CAJUPIRANGA
2
4
0
3
100,0%
-100,0%
NA
50,0%
PARQUE DE EXPOSICAO
0
0
3
4
NA
NA
33,3%
NA
JARDIM PLANALTO
4
1
1
0
-75,0%
0,0%
-100,0%
-100,0%
BOA ESPERANCA
1
2
1
2
100,0%
-50,0%
100,0%
100,0%
COHABINAL
1
2
1
1
100,0%
-50,0%
0,0%
0,0%
HOSPITAIS PNM
0
1
3
0
NA
200,0%
-100,0%
NA
OUTROS
2
3
2
3
50,0%
-33,3%
50,0%
50,0%
75
91
83
55
21,3%
-8,8%
-33,7%
-26,7%
BELA PARNAMIRIM
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
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ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018
IV.
VARIAÇÃO E RESUMO GERAL
O I Semestre de 2018 foi caracterizado, como os dados dessa revista mostrarão com robustez até excessiva, por uma dinâmica de certa desaceleração dos CVLIs no RN, notadamente em Natal e em algumas cidades da Região Metropolitana desta. Esta desaceleração, que começou inicialmente mais forte, estacionou nos últimos dois meses (maio e, principalmente, junho), para pouco mais de 14%. OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
EVOLUÇÃO MENSAL
NÚMEROS ABSOLUTOS DE CVLI
VARIAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS
2015
2016
2017
2018
2015-2016
2016-2017
2017-2018
2015-2018
JAN
154
148
212
210
-3,9%
43,2%
-0,9%
36,4%
FEV
112
159
194
177
42,0%
22,0%
-8,8%
58,0%
MAR
153
172
196
162
12,4%
14,0%
-17,3%
5,9%
ABR
122
150
217
171
23,0%
44,7%
-21,2%
40,2%
MAI
135
179
211
124
32,6%
17,9%
-41,2%
-8,1%
JUN
112
176
173
187
57,1%
-1,7%
8,1%
67,0%
788
984
1.203
1.031
24,9%
22,3%
-14,3%
30,8%
TOTAL
Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 Fontes consolidadas via Metodologia Metadados: ITEP; DATASUS; SISOBI; CIOSP e MPE
Ao contrário de praticamente todo o RN, a RMN continua sobre forte índice pluviométrico que causou, principalmente em maio, certa desaceleração. O problema dos fatores climáticos é que, inevitavelmente, os indivíduos que não demandavam certo comportamento ou ação, passam a se acostumar com a nova lógica ambiental e voltar a suas práticas e hábitos anteriores. Com as Condutas Violentas Letais Intencionais isso também não é diferente. A diminuição da desaceleração, mesmo na Capital, tem como um de seus fatores (lembrando que é sempre multicausal e, qualquer explicação unilateral não passa disso: uma explicação unilateral) esse contexto climático. Por outro lado, é percebido um certo espalhamento das ações criminógenas em regiões com menor efetivo policial e menor estrutura pública de segurança (o que praticamente abrange todo o RN, com exceção de Natal), o que pode ser apontado pela fluidez fronteiriça das cidades, sua conurbação efetiva com municípios vizinhos (no caso de Natal e Mossoró), que terminam por dispersar as ações como um todo. O perfil das vítimas de CVLIs continuam as mesmas: homens, jovens, pardos e negros, solteiros, moradores de periferias e áreas de vulnerabilidade urbana e social, indivíduos com baixa escolaridade e baixa renda. Enfatizamos que se trata de um perfil, mas que, dependendo do indicador (como a etnia, gênero ou tipo de arma utilizada) chega a mais de 85% das vítimas. OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE RESUMO GERAL
2015
2016
2017
2018
CVLI EM NÚMEROS ABSOLUTOS
708
984
1.203
1.031
TAXA DE CVLI POR 100 MIL HAB
20,77
28,59
34,62
29,40
20,41%
38,98%
22,26%
-14,30%
VIDAS POUPADAS/PERDIDAS | RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR
NA
276
219
-172
INDICE DE MORTANDADE DIARIA EM JUNHO
3,73
5,87
5,77
6,23
VARIAÇÃO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR
Os tipos de condutas letais que mais foram presentes chamam a atenção no seguinte aspecto: embora os homicídios e as lesões corporais seguidas de morte continuem a ser predominantemente a maioria, os latrocínios estão gradativamente aumentando no RN. O que aponta para: (1) uma maior agressividade na execução de assaltos; e/ou (2) um maior índice de reações por parte das vítimas dessa modalidade, o que termina a gerar mortes violentas. Também a taxa de letalidade de agentes de segurança no RN teve Pág. 21
ED 21 | ANO 2 | JUNHO 2018 OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
significativo aumento: a absoluta maioria não estava em serviço e, com um aumento substantivo dos latrocínios no caso dessas vítimas.
CONTADOR DE CVLIs
Notadamente, os crimes de encomenda e os crimes interpessoais (enquanto CVLIs) são a absoluta maioria. O que mostra tanto a questão 1.031 708 de como a dinâmica das mortes violências no RN, MÉDIA DIÁRIA de um lado, está ligada a uma certa economia dos 2015 2016 2017 2018 2017 6,65 bens ilícitos (mesmo na interligação ao tráfico de 2016 drogas, assaltos, roubos e outras modalidades), e 5,44 2018 5,70 por outro lado, a um aumento do sentimento de 2015 3,91 VARIAÇÃO que os freios e instrumentos de coesão 2015-2016 2017-2018 2015-2018 2016-2017 institucionais não estão mais a funcionar. Quiçá, 39,0% 22,3% -14,3% 45,6% Período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018 comparado ao mesmo período de 2015, 2016 e 2017 se essa taxa perdurar ou se verificar sua (atualizado em 2/7/2018 às 10:00hs. (*) O OBVIO contabiliza homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e outras condutas dolosas que resultem em morte. permanência, os crimes interpessoais apontem exatamente isso: um verdadeiro desarranjo civilizatório que atinge o RN. 984
1.203
Ivenio Hermes6 e Thadeu de Sousa Brandão7 Responsáveis Técnicos da Revista OBVIUM
Ivenio Hermes – Arquiteto, pesquisador e escritor vencedor do Prêmio Literário Tancredo Neves. Consultor em Gestão e Políticas Públicas de Segurança e de Segurança Pública. Possui em sua bibliografia 16 livros publicados e mais de 1.200 artigos. É Coordenador de Pesquisa do OBVIO – Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mestrando do Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico e Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições (UFERSA), Consultor do Conselho Especial de Segurança Pública e Políticas Carcerárias da OAB-RN, Consultor da Comissão Parlamentar de Políticas Carcerárias da Assembleia Legislativa do RN, Pesquisador do COEDHUCI - Conselho Estadual dos Direitos Humanos e da Cidadania e Membro Sênior do FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 6
Thadeu Brandão - Sociólogo, Mestre e Doutor em Ciências Sociais pela UFRN. Professor Adjunto de Sociologia da UFERSA e do Mestrado em "Cognição, Tecnologias e Instituições" (CCSAH/UFERSA). Líder do grupo de Pesquisa "Observatório da Violência do RN". Coapresentador do Observador Político na TV Mossoró e 93 FM. Colunista do Jornal O Mossoroense. Autor de "Atrás das Grades: habitus e interação social no sistema prisional" e coautor de "Rastros de Pólvora: Metadados 2015" atualmente exerce a função de Coordenador Acadêmico do OBVIO – Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido). 7
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“A morte de cada ser humano diminui-me, Porque eu sou parte da humanidade; Eis porque, nunca pergunto Por quem os sinos dobram; Eles dobram por mim. ” John Donne *Adaptação livre
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