Ribatejo Invest - Dezembro 2019

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INFORMAÇÃO&APOIO

Comissão e OCDE

apresentam recomendações para ajudar os países e as regiões da UE a realizar a transição industrial A Comissão e a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) apresentaram dia 14 de novembro um relatório sobre uma iniciativa lançada em 2017 para ajudar 12 regiões e EstadosMembros da UE a realizar a transição industrial e colher os benefícios de uma economia globalizada.

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quipas de peritos da OCDE e da Comissão trabalharam com as regiões e os dois Estados-Membros para identificar o que impedia a criação de emprego e o crescimento nestas zonas. O objetivo consistia em reforçar as suas estratégias de desenvolvimento a longo prazo com base em domínios de excelência competitiva — os seus ativos de “especialização inteligente”. Estas estratégias abrangem a justiça social, a modernização económica e as ambições climáticas. Com base nesta experiência, o relatório apresenta um conjunto de instrumentos para as autoridades nacionais e regionais, fornecendo soluções concretas para eliminar os obstáculos à transição industrial de acordo com cinco grandes prioridades. Johannes Hahn, comissário responsável pela Política de Vizinhança, Negociações de Alargamento e Política Regional, afirmou: “A prosperidade e o bem-estar a nível da UE começam nas nossas regiões. Durante dois anos, as equipas de peritos da Comissão e da OCDE trabalharam em conjunto com os intervenientes nacionais e locais, no sentido de os ajudar a abraçar a inovação, a descarbonização e a digitalização, e a desenvolver as competências necessárias para os postos de trabalho do futuro. Estes são os quatro pontos cardeais de uma transição que

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cria uma oportunidade justa para todos.” Eis as cinco prioridades principais identificadas pela Comissão, bem como exemplos dos desafios políticos conexos e as respostas apresentadas no relatório:

1) PREPARAR OS POSTOS DE TRABALHO PARA O FUTURO Desafio: escassez de trabalhadores qualificados para os setores económicos emergentes. Respostas políticas: antecipar as necessidades de competências para a transição industrial; reforçar a capacidade de resposta das empresas às suas necessidades de recursos humanos; envolver as partes interessadas locais no planeamento e na conceção de iniciativas regionais em matéria de competências.

2) ALARGAR E DIFUNDIR A INOVAÇÃO Desafio: falta de capacidade de inovação nas pequenas e médias empresas. Respostas políticas: acelerar a transformação digital; expandir as redes de inovação empresarial e apoiar os agrupamentos de empresas; reforçar as ligações entre o meio académico e as esferas empresariais locais.

3) PROMOVER O ESPÍRITO EMPRESARIAL E A PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO

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Desafio: acesso limitado às competências e redes de empreendedorismo para as empresas em fase de arranque e em expansão. Respostas políticas: apoiar os empresários mediante a prestação de informações, formação, orientação e acompanhamento, reforçar as redes empresariais, aumentar a participação das empresas em fase de arranque e das PME na investigação colaborativa.

4) TRANSITAR PARA UMA ECONOMIA COM IMPACTO NEUTRO EM TERMOS DE CLIMA Desafio: conciliar a dimensão de longo prazo de uma transição com impacto neutro em termos de clima com uma ação económica a curto prazo. Respostas políticas: promover as

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