Museu do Douro // dezembro 25

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Bloco de Notas do MD

FAZ FALTA SABER

No dia 2 de dezembro, decorreu na sala de Winebar do Museu do Douro, a reunião do Conselho Consultivo da Fundação Museu do Douro para aprovação do Plano de Atividades e Orçamento 2026. Estiveram presentes, em representação da Assembleia da República, o Dr. José Manuel Araújo e, em representação do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, o Dr. João Soalheiro, Presidente do Instituto Património Cultural.

O Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2026 foi aprovado por unanimidade e aclamação.

Ao início da tarde inauguramos a exposição temporária “Douro e outras cores” de João Paulo Sotto Mayor, iniciando assim as comemorações dos 270 anos da Região Demarcada do Douro, dos 30 anos da criação Museu do Douro, 25 anos da classificação do Douro Património Mundial pela UNESCO e os 20 anos da Fundação Museu do Douro, a decorrerem ao longo do ano de 2026.

DESTAQUE - NORTE 2030

DOURO EM RESERVA:

PRESERVAR PARA O FUTURO

No passado mês de novembro foi formalizado o protocolo de financiamento do projeto Douro em Reserva: preservar para o futuro, dando-se andamento a este importante projeto para o nosso Museu. Respondendo ao desafio lançado no aviso «Rede Regional de Museus de Identidade Territorial» - programa NORTE2030, este investimento, num montante global de 284 055,25€, irá permitir a renovação das reservas do Museu, desde os equipamentos de renovação de ar e controlo ambiental, ao mobiliário e estruturas de acondicionamento dos nossos acervos.

Foi já possível iniciar os contactos para o lançamento dos concursos para aquisição de equipamentos, bem como pormenorizar o projeto de arquitetura para as necessárias intervenções nestes espaços.

PROJETO COFINANCIADO PELO PROGRAMA REGIONAL NORTE 2030

© 2025, Gabinete de Comunicação e Imagem do Município de Mesão Frio

DESTAQUE - NORTE 2030

DIGITALIZAR PATRIMÓNIOS

DURIENSES: PARTILHAR É PRESERVAR

DIGITALIZAÇÃO DO FORAL DE MESÃO FRIO

No mês de novembro digitalizámos o Foral Medieval de Mesão Frio em alta resolução. Este processo permitiu a preservação digital de um dos documentos mais relevantes da história local, o foral novo, dado por D. Manuel I, em 1513, que consolidou a autonomia administrativa de Mesão Frio, numa época em que a vila integrava o restrito grupo das dez “Beetrias” do Reino.

A digitalização decorreu no Museu do Douro, para onde o documento foi transportado desde um dos cofres municipais por um técnico da Câmara Municipal de Mesão Frio.

O projeto inclui ainda a digitalização de cerca de 50 peças arqueológicas provenientes do Castro de Cidadelhe, situado também no concelho de Mesão Frio, permitindo assim criar um acervo digital acessível ao público e investigadores. Os resultados serão disponibilizados na Europeana, a biblioteca digital da União Europeia, assegurando a integração de Mesão Frio na rede europeia de valorização do património cultural.

DESTAQUE EXPOSIÇÃO

PERMANENTE

No final de 2024 abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.

Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.

Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.

O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).

Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.

No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.

Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.

Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu do Douro.

Sinetes de Lacre.
Coleção Sandeman (dep. Museu do Douro)
©2025, José Miguel Pires

DESTAQUE EXPOSIÇÃO

PERMANENTE

NÚCLEO

“ENOTECA HISTÓRICA”

Designação: Christmas Port

Número de inventário: MD/M-005248

Material: Vidro, Papel

Dimensões: A 310 x Ø 83 mm

Incorporação: Entregue ao IVP em 24-8-945 pelo produtor, para análise e atribuição do selo de garantia. Posteriormente, a garrafa foi integrada na Enoteca histórica do IVP e, em 2023, transferida do Solar do Vinho do Porto (Peso da Régua) para o Museu do Douro, onde se encontra em exposição permanente juntamente com o restante espólio enológico.

Descrição

Garrafa de vinho do Porto, pertencente à Enoteca Histórica do IVP, marca Christmas Port da empresa Hutchenson & Co.. Destaca-se a cor azul clara do rótulo com inscrições a dourado, alusivo à época natalícia e a estrela da anunciação do lado superior esquerdo do rótulo. Na parte posterior da garrafa pode observar-se o rótulo de entrada na segunda divisão no IVP para atribuição do selo de garantia, cuja data é de 24-8-945.

Na coleção do Museu há mais rótulos desta série, de diferentes datas, que mostram a evolução do design da marca.

Confira acedendo à nossa base de dados: https://tinyl.co/41CC

Christmas Port. ©2024, MD

EXPOSIÇÕES ITINERANTES DO MUSEU DO DOURO

MEMÓRIAS DE UM OLHAR, POR NOEL MAGALHÃES

Galeria Porta dos Figos, Lamego

> 5 de dezembro de 2025 a 28 de janeiro de 2026

CELEBRAR O DOURO, SEMPRE

Clube Gondomarense, Gondomar

> Até 30 de dezembro de 2025

O SONHO DE MAGALHÃES –DOMINIQUE PICHOU

Museu Armindo Teixeira Lopes, Mirandela

> Até 5 de janeiro de 2026

CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022 - ALTO DOURO VINHATEIRO: 20 ANOS PATRIMÓNIO MUNDIAL

Museu de Arqueologia e Numismática, Vila Real

> Até 15 de janeiro de 2026

VIA ESTREITA, DE CARLOS CARDOSO

Biblioteca Municipal, Mesão Frio > Até 28 de janeiro de 2026

CARLOS CABRAL: RÓTULOS DE VINHO DO PORTO

Biblioteca Municipal, Torre de Moncorvo > Até 29 de janeiro de 2026

*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados

©João Paulo Sotto Mayor

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NO MUSEU DO DOURO

DOURO E OUTRAS CORES

JOÃO PAULO SOTTO MAYOR

ATÉ 16 DE MARÇO 2026

Exposição retrospetiva da obra do fotógrafo João Paulo Sotto Mayor. Selecionadas pelo autor, as imagens refletem a paisagem duriense desde finais do século XX, captadas num olhar muito próprio, em que as cores e os olhares vibram através da sua câmara. A mostra é acompanhada por um livro, editado pelo autor, que constitui uma oportunidade única de ver a história do Douro pelo olhar de João Paulo Sotto Mayor.

©1940, Fotografia Alvão/Col. Família Costa Lima

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA DO MUSEU DO DOURO

HOMENAGEM A JOSÉ

JOAQUIM DA COSTA LIMA (1896-1977)

Sala do Tribunal, MD

ATÉ 30 DE JANEIRO 2026

Exposição organizada pelo Museu do Douro, em parceria com a Confraria dos Vinhos do Douro, em homenagem a José J. Costa Lima (1896-1977), engenheiro agrónomo que liderou o destino do Instituto do Vinho do Porto por mais de duas décadas. Enquanto Presidente do IVP foi responsável por muitas das decisões que moldaram o Douro e o setor do vinho do Porto, como a implementação do Método de Pontuação, que ainda hoje vigora e que foi desenvolvido pelo seu antigo aluno Álvaro Moreira da Fonseca, a utilização obrigatória do selo de garantia ou as campanhas de divulgação do vinho do Porto em Portugal e no estrangeiro.

A exposição inclui, além de documentos do arquivo do IVP, objetos pessoais cedidos pela família.

EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO

NO MUSEU DO DOURO

FOTOGRAFIA ALVÃO

COLEÇÃO IVP

Mostra de uma pequena parte do importante acervo de imagens da Fotografia Alvão, pertencente à Coleção do Instituto do Vinho do Porto, incorporada no Museu do Douro desde 2021.

Este conjunto de fotografias, sob diversos suportes, evidencia as diferentes encomendas do organismo à conhecida casa fotográfica do Porto. Documentando aspectos das lides vitivinícolas durienses, do património do Douro e do Entreposto e também do próprio Instituto, estas imagens foram utilizadas ao longo de décadas para dar a conhecer o Douro e o vinho do Porto em publicações, exposições e ações de propaganda em Portugal e no estrangeiro.

ATÉ MAIO DE 2026
Presegueda - Panorama do Baixo CorgoCol. MD/IVDP MD/M-2952.16
© Álvaro Azevedo, Fotografia Alvão / MD/IVDP

EXPOSIÇÕES VIRTUAIS

ARQUITETURAS DA PAISAGEM

DO DOURO

Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.

Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira. https://tinyurl.com/ynz7bych

Mancha de vinha na Balsa, Tabuaço, Desejosa ©2007, Egídio Santos/MD

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

BIBLIOTECA INCORPORAÇÕES

Foram incorporados na nossa biblioteca, através de doação, uma publicação e um material não livro de grande interesse. Trata-se de uma ementa do almoço do XXXV Congresso da União das Feiras Internacionais. A publicação, intitulada Em defesa do Património Nacional, diz respeito à ação da Sociedade Vinícola Sul de Portugal e Sociedade Vinícola e Comercial e Arealva contra Lino Leal Henriques Fernandes e mulher.

Agradecemos a oferta destas publicações à Sr.ª D. Margarida Maria Cancela da Fonseca de Carvalho Pedrógão e Sr. Manuel Luís Cancela da Fonseca de Carvalho Pedrógão.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

ARQUIVO

CONSERVAÇÃO PREVENTIVA

Conservação Preventiva dos Arrolamentos da CGAVAD, série 7.3.002

Enquadrado no projeto Digitalizar Patrimónios Durienses: partilhar é preservar, financiado pelo programa NORTE2030, estamos a realizar a higienização dos primeiros volumes da série 7.3.002 do Arquivo da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (CGAVAD), identificados como Arrolamentos Gerais de Vinho de Embarque (1775-1851). O trabalho, minucioso, é feito folha a folha, com aspiração controlada e com pincel de cerdas macias.

Só depois de higienizados os livros são digitalizados, ao que se segue a produção de capas à medida, em cartão livre de ácidos, e com a cota arquivística identificada na lombada.

É desta forma que garantimos a estabilização do estado de conservação de cada livro para que as futuras gerações tenham acesso a toda informação existente sobre a história da Região Demarcada do Douro.

Elaboração de capas de acondicionamento. ©2025,

CONSERVAÇÃO

ACONTECEU I COLÓQUIO IDENTIFICAR PARA CONSERVAR

24 NOVEMBRO | VILA FLOR

O Museu do Douro e o Município de Vila Flor organizaram o I Colóquio – Identificar para Conservar, dedicado ao tema: Umapinturaantigaeuropeia:dahistóriaà conservação contemporânea no Museu Municipal Dra. Berta Cabral de Vila Flor. Este evento contou com a presença de mais de oito dezenas de participantes de diferentes áreas. No programa de oradores constaram personalidades como D. Nuno Almeida, Bispo da Diocese Bragança-Miranda, o Professor Vítor Serrão, Historiador de Arte e Catedrático da FLUL, e José Pessoa, Historiador de Fotografia.

I Colóquio – Identificar para Conservar © 2025, Inês Marques

COLEÇÃO IVP

NO MUSEU DO DOURO

DESTAQUE DO MÊS

Destaque da coleção do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado até ao momento, podendo conhecer um pouco mais da história da região.

PINTO PEREIRA & FILHOS, LDA.

Empresa exportadora de vinho do Porto fundada em 1933 por Carlos Pinto Pereira, que tendo associado um sobrinho, adotou a designação de Pinto Pereira & Sobrinho. Em 1942 o fundador admitiu na sociedade os filhos, tendo passado a ser detida unicamente pelo fundador e filhos. Passou então a ter a designação de Pinto Pereira & Filhos, Lda. Posteriormente, foi adquirida por J.H. Andresen que a integrou, completamente, no grupo.

A correspondência registada no Arquivo Histórico do Instituto do Vinho do Porto (AHIVP) tem como limites temporais 13 de março de 1934 e 1974.

Coleção: https://tinyl.co/41aD

Fontes:

Arquivo Histórico do IVP PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto CORDEIRO, J. Alcino – Anuário da Região Duriense, 1940. GUIMARÃES, J.A.G.; GUIMARÃES, S. – Prontuário Histórico do Vinho do Porto. Diário do Governo consultado entre as datas de 1943 e 1970

Cartazete de interior da firma Pinto Pereira cujo design segue uma narrativa de valorização denotativa, assente na simbologia vitícola e do mundo rural. (MD/M- 004051.163)

CRONOLOGIA

12/06/1931 – Fundação da empresa por Carlos Pinto Pereira, Albino Pereira dos Santos, Carlos Alberto Santos Pinto Pereira, António Santos Pinto Pereira, Manuel Santos Pinto Pereira e Álvaro Santos Pinto Pereira.

13/03/1934 – Data do primeiro documento do Arquivo Histórico do Vinho Porto. 25/09/1934 – Ofício enviado pela firma Pinto Pereira & Sobrinho ao IVP a comunicar dois contratos de venda de vinho do Porto para França.

Ofício submetido ao IVP. AHIVP

1935 – Escritórios e armazéns na Rua Rei Ramiro n.º 52, Vila Nova de Gaia; pontuação 1 na LOEVP; Sucursal em Lisboa: Largo Dr. Afonso Pena, n.º 36.

06/10/1936 – Pedido de certificação das cedências realizadas, durante o ano de 1935, às seguintes firmas e respetivas quantidades (AHIVP):

• A.P. Santos & Ca. Lda. 9 350 litros

• C. Pinto & Ca. 3 710 litros

• J.T. Pinto Vasconcellos, Lda. 80 739 litros

• Nixon & Co. 14 775 litros

Total: 108.574 litros

1936 – Vinho beneficiado:

• Concelho de Mesão Frio 110.700 litros

• Peso da Régua 158.200 litros

• Sta Marta 100.200 litros

• Alijó 3.300 litros

• Moncorvo 78.500 litros

• Sabrosa 9.200 litros

• Vila Flor 12.900 litros

15/06/1937 – Declaram ao IVP que beneficiaram 467.609 litros na última vindima, isto é, a de 1936.

1940 – Surge referenciado no Anuário da Região Duriense como sócio inscrito em duas instituições reguladoras do mercado do vinho: Grémio dos Exportadores de Vinho do Porto e Grémio do Comércio de Exportação de Vinhos (exportação de vinhos de consumo e seus derivados), com a designação Pinto Pereira & Sobrinho Lda., mantendo a morada dos escritórios e armazéns referidos anteriormente.

1941 – Sede e armazéns idem; filial em Lisboa no Largo Dr. Afonso Pena, 36. Tem como sócios Carlos Pinto Pereira, Carlos Alberto Santos Pinto Pereira, Manuel Santos Pinto Pereira, Álvaro Santos Pinto Pereira e José Emídio Santos Pinto Pereira.

15/12/1941 – Comunicação ao IVP que não foi beneficiado vinho na última colheita.

1942 – O fundador admite os filhos na sociedade, a qual passou a designar-se Pinto Pereira & Filhos, Lda.

3/10/1942 – Primeira documentação no AHIVP com carimbo Pinto Pereira & Filhos, Limitada, referindo a aprovação das seguintes marcas de vinho do Porto e aposição de selo de garantia:

Porto Seco nº. 2

PPP – velho

San José Moscatel superior

Prazer

1943 – No Diário do Governo de 5 de fevereiro de 1943, na lista de sócios do Grémio de Exportadores de Vinho do Porto - GEVP, a empresa Pinto Pereira & Filhos Lda, surge com o n.º 54 e com direito a 2 votos

18/10/1943 – Declaração de exportação de vinho para EUA, via vapor, com destino Los Angeles, Califórnia:

60 pipas de Ruby Port, total 32.040 litros

40 pipas de White Port, total de 21.360 litros

1944 – Listagem anual de sócios do Grémio de Exportadores, publicada em Diário do Governo, sócio n.º 55, com direito a 1 voto;

1945 – Idem, com direito a 2 votos, com a seguinte ressalva, Pinto Pereira & Filhos Limitada, também denominada Casa Pinto Pereira (registo nº 7:074);

1946 – Idem, com direito a 3 votos;

1948 – Idem, com direito a 2 votos; a empresa Pinto Pereira & Filhos, Lda.; sede idem, filial Avenida Marquês de Tomar, 102-3º Esq. Lisboa; Armazéns Rua Rei Ramiro, Vila Nova de Gaia; sede idem, 368;

1949 – No Diário do Governo de 27 de janeiro de 1949, na lista de sócios do Grémio do Comércio de Exportação de Vinhos - GCEV, a empresa Pinto Pereira & Filhos Lda., surge com o n.º 111 e com direito a 2 votos; 8/11/1950 – Pedido ao IVP de aprovação para uso de rótulo Coroa de Ferro;

Ofício submetido ao IVP. Arquivo Histórico do IVP

1954 – Idem, GEVP, n.º. 53, 1 voto;

1957 – Idem, Grémio dos Armazenistas de Vinhos – GAV, sócio n.º 939, categoria c) 20.000, sem indicação de votos;

1961 – Diário do Governo de 17 de abril, sócio n.º. 49, com direito a 1 voto e com a designação Pinto Pereira, Lda.;

1966 – Pinto Pereira, Lda., sede idem, 368

1970 – GEVP, nº. 41 e com direito a 1 voto;

16 de novembro de 1971 – sede social da empresa na Rua Felizardo de Lima, nº 172, Apartado 21, Vila Nova de Gaia;

31 de maio de 1973 – Pedido ao IVP para envio de 40 caixas de 3 garrafas Magnuns de 1,5 litros, para Itália, via camião.

14 de fevereiro de 1974 – Pedido ao IVP de envio para Itália, Milão, via camião de 60 caixas de 1 garrafa de 1, 5 litros e 20 caixas de 3 garrafas de 1,50 litros.

5 de agosto de 1974 – Pedido ao IVP de vistoria, aos compartimentos 3 e 4, do camião-cisterna com 5.086 litros de vinho do Porto, junto ao seu armazém, Rua de Felizardo Lima nº 107.

17 de setembro de 1974 – Aprovação do vinho apresentado sob a marca Gladiador. Rejeitado o vinho Reserva 1937, por apresentar teor anormal de manganês. Na sequência desta rejeição, a marca pede que seja aprovado dada a antiguidade do vinho. A título excecional foi aprovado o selo de garantia.

Garrafa de vinho do Porto Pinto Pereira, alusivo à Natividade, submetido para análise e atribuição de selo de garantia aos laboratórios da 1ª Divisão IVP, 3-8-944.
(MD/M- 5352)
Garrafa de vinho do Porto Pinto Pereira & Sobrinho, San José, submetido para análise e atribuição de selo de garantia aos laboratórios da 1ª Divisão IVP, 8-8-942. (MD/M- 5425)

PATRIMÓNIO RDD

AS VINHAS DA

RÉDUÍDA DE JOSÉ JOAQUIM DA COSTA LIMA

Texto escrito para a homenagem a José Costa Lima realizada pela Confraria dos Vinhos do Douro

A Quinta da Réduída chamou-se originalmente Quinta da Boa Vista. Contudo, era um nome comum no Douro e, por iniciativa de José Joaquim da Costa Lima, passou a designar-se Quinta da Réduída.

No primeiro cadastro vitícola da propriedade — elaborado pela Casa do Douro em 1946 — constavam em simultâneo as duas denominações: Boa Vista e Réduída.

É a partir desse registo que podemos descrever as vinhas da quinta, o que é essencial para compreender como Costa Lima as concebeu para a produção de Vinho do Porto, no lugar da Folgosa do Douro.

Tenho uma vantagem na descrição: décadas a fio, coube-me avaliar as uvas na vindima da Réduída. Herdou-a o neto, António Manuel Costa Lima Acciaiuoli Dória.

Vindima a vindima, deduzi-lhe o ideário vitivinícola do avô, enquanto ali testemunhava o bom envelhecimento das videiras, que atribuía sobremaneira terem sido enxertadas na longeva rupestris du Lot ou, no Douro, mais conhecida por montícola. De entre as videiras-americanas, consideradas porta-enxertos resistentes ao devastador Phylloxera, a variedade “du Lot”daVitis rupestris foi a mais adequada no pós-filoxera para servir como porta-enxerto para mais de uma centena de castas. Como raiz dessas videiras, resolveu, nas primeiras vinhas pós-filoxera, a diversidade de climas e condições orográficas, bem como as nuances geológicas da rocha-mãe de xisto, que moldaram a região vinhateira do Douro.

Amiúde, sublinhei-lhe o esmero posto na arquitetura paisagística da velha Réduída e, juntos, identificámos as castas daquele sítio, tal como as escolhera o avô Costa Lima — agrónomo de formação — que, antes de exercer com distinção inexcedível o cargo de Diretor do Instituto do Vinho do Porto (1935–1937 e 1939–1958), fora professor de Álvaro Moreira da Fonseca no Instituto Superior de Agronomia — este último autor do método de classificação das vinhas do Douro e diretor da Casa do Douro aquando do cadastro das vinhas da Réduída.

— Como era a vinha original da Réduída?

A quinta localiza-se no Cima Corgo, no extremo este da Folgosa do Douro, na margem esquerda do rio. A altitude varia entre 65 e 265 metros, e a exposição recai sobre o quadrante norte (NO – N – NE). Trata-se de uma encosta muito inclinada, com uma pendente média de 28°.

Passemos, então, à visita da vinha — da qual subsistem 1,1 hectares, dado que as restantes vinhas foram entretanto renovadas — e observemos como Costa Lima a delineou com vocação para Vinho do Porto. Trazemos connosco o boletim cadastral da Quinta (1946), que confirma aquilo que iremos observar.

Encontramo-nos numa típica vinha pós-filoxera de primeira geração: estabelecida em socalcos largos, suportados por muros de pedra posta — “uma pedra sobre duas”, como dizem os viticultores meus conhecidos.

As castas encontram-se misturadas, prática que refletia o saber empírico e a sensibilidade dos viticultores e vinicultores do Douro, desde a época da Demarcação até, sobretudo, à década de 1970.

A maior surpresa, contudo, está no surpreendente domínio da Malvasia Preta: 40%. Quem diria? Uma casta tida como “boa”, mas não “muito boa”, segundo Moreira da Fonseca — e, ainda assim, tão marcante. Desde cedo que esta variedade me fascinou; recordo-me bem da estima que lhe tinham na Cockburn’s, onde dei os meus primeiros passos como viticólogo.

Com os anos, essa admiração só cresceu, sobretudo depois da canícula de agosto de 2003, quando o fantasma das mudanças climáticas começou a afligir-nos. E lá estava ela, a Malvasia Preta, mais tolerante ao calor do que muitas outras castas e serôdia — trunfos para reavaliar no contexto climático em que viveremos.

A outra surpresa foi a enigmática Mourisco-de-semente, que representa 15%. Trata-se de uma “mourisco de semente” genérica, sem a atribuição de um nome próprio, ao contrário de outras “mouriscas” surgidas do cruzamento entre Mourisco Tinto e Touriga Nacional nos anos da filoxera — como a Touriga Francesa, Tinta da Barca, Tinta Aguiar, Tinta Melra e, porventura também nessa época, a Tinta Barroca. A Mourisco-de-semente da Réduída merece ser submetida a um teste de ADN, capaz de confirmar — ou refutar — a sua origem como possível produto do cruzamento entre Mourisco Tinto e Sousão, tal como outra videira mourisca identificada há dois anos na Quinta do Cruzeiro, em Vale de Mendiz.

Nas castas da Réduída, têm ainda importância a Tinta Amarela (20%), a Tinta Roriz (15%) e a Sousão e Mourisco (10%). Entre as restantes, que perfazem 15%, encontram-se as seguintes castas: Tinta Barroca, Touriga Francesa, Touriga Nacional, Moreto, Casculho, Tinta Francisca e Tinta da Bairrada.

Nas vinhas de uvas brancas — ou nas poucas videiras brancas misturadas entre as tintas — destacam-se: Trincadeira, Arinto, Malvasia Fina, Gouveio, Moscatel de Jesus e Chasselas.

Das castas estamos falados, embora com uma lição aprendida: é o local — microclima e solo — que melhor exprime as virtudes enológicas de uma casta. Por isso, uma casta genericamente “boa” pode ser “muito boa” noutro sítio. É o caso da Malvasia Preta na Réduída.

Também na quinta sobressai o comportamento melindroso da Tinta Amarela: há anos em que o estio, por demais quente e seco, lhe esvai os bagos; e há outros em que a chuva excessiva de setembro apodrece as uvas. Há, porém, anos muito bons para a Tinta Amarela — ou, talvez seja melhor dizer, locais que lhe são mais adequados.

A lição aprofunda-se ao observarmos o compasso de plantio e a altura dos bardos. O compasso médio é apertado (1,10 × 1,20 metros = 1,32 m², equivalentes a cerca de 7,6 milheiros de cepas por hectare efetivo de terreno). Um compasso penalizado no método Moreira da Fonseca, por estar abaixo da média regional — 1,45 a 1,74 m². Foi outra surpresa, embora se compreenda o compasso mais apertado, dadas as condições de pobreza do solo. Desta forma, obtinha-se a quantidade desejada de uvas através de uma plantação densa: cada videira produzia menos, mas a maior densidade resultava num número superior de plantas em produção por hectare. Com o tempo e a experiência, chegou-se a uma regra simples: quanto mais pobre é o solo, maior deve ser a densidade de videiras. Foi precisamente isso que ocorreu nas primeiras vinhas plantadas no Douro após a filoxera.

A altura dos bardos, por sua vez, é reduzida. As pedras que suportam arames das sebes de videiras elevam-se 90 cm acima do solo e a distância entre os dois arames de vegetação é de 55 cm. O crescimento excessivo dos pâmpanos, não apoiado por arames, é enrolado no arame superior.

As videiras são podadas em vara e talão, o que contribui para o seu rejuvenescimento constante.

Afianço-lhe a qualidade dos vinhos do Porto da Réduída. Entre 1984 e 2022 ajudei a decidir a data da vindima, primeiro com António Dória, genro de José Joaquim da Costa Lima, e depois com o neto António Manuel Costa Lima Acciaiuoli Dória. Além disso, Costa Lima vinificou e constituiu uma garrafeira com colheitas entre 1938 e 1974.

Nos últimos anos incutimos em Bruno Carvalheira, caseiro da quinta, uma missão: ser o guardião e multiplicador do valioso património genético vitícola que tem ao seu cuidado. Temos confiança nele, tal como Costa Lima e António Dória tiveram em António Paiva, motorista de Costa Lima no IVP, e que sempre permaneceu ligado à família. Conheci-o: era a sombra — e quão protetora ela pode ser no Douro árido — de António Dória.

Na última conversa que tive sobre a história da Réduída participou Pedro Prata, bisneto de Costa Lima.

Que sorte a minha: percorrer, de uma ponta à outra, as vinhas velhas da Réduída, conhecer o ideário vitivinícola de Costa Lima e conviver com os representantes das três últimas gerações da propriedade.

A minha maior satisfação, porém, foi saber que o bisneto, Pedro Prata, aceitou, de bom grado, ler este testemunho no dia em que a Confraria dos Vinhos do Douro homenageará José Joaquim da Costa Lima, a 22 de Novembro de 2025. Para além disso, quem assim o desejar poderá agora replicar o modelo da Réduída, em benefício do Vinho do Porto.

António José T. Magalhães 3 de novembro de 2025

Folgosa do Douro, panorama surriba

SERVIÇO EDUCATIVO

eusoupaisagem – educação e território eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que opera nos territórios dos 21 concelhos da Região Demarcada do Douro.

eusoupaisagem assenta na presença! Presença no território para conhecer as paisagens e as pessoas que as habitam. eusoupaisagem é feito com pessoas de todas as idades, em contexto escolar, associativo e de coletivos informais.

eusoupaisagem propõe contextos de experimentação, abertos ao conhecimento pluridisciplinar, para melhor conhecer as paisagens.

eusoupaisagem é um programa que cruza os campos da paisagem e da educação e das artes.

FAZER ACONTECER 2025E2026 | De setembro a dezembro de 2025 e ao longo do ano de 2026, cada um destes programas é realizado com as escolas e as bibliotecas, com as associações culturais e recreativas, com bandas filarmónicas com coletivos informais que vivem e habitam a região demarcada do douro. É com estas pessoas, de diferentes idades e de diferentes concelhos da Região Demarcada do Douro que fazemos acontecer mais um ano do eusoupaisagem | educação museu do douro. Nas páginas seguintes, são realizados destaques de ações educativas.

O QUE HÁ AQUI?

Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários.

Aldeia de Saldonha, Alfândega da Fé. ©2023, MD

PÚBLICO COMUM

Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1.

Parque Biológico da Serra das Meadas, Lamego ©2021, MD

CADERNOS DE CAMINHAR

Edição artesanal, ao longo de 2025 e 2026, de cadernos de caminhar a partir das práticas de caminhada do coreógrafo e encenador António Júlio.

Touças, Sabrosa © 2022 , MD

CAFÉ CENTRAL

Programa para estar presente em diferentes cafés do território da Região Demarcada do Douro com Paula Preto.

Provesende, Sabrosa. ©2022, MD

APEADEIROS

Levantamento em som e em vídeo, habitando temporariamente os apeadeiros importantes da Região Demarcada do Douro da linha do Douro: Ermida e Ferrão.

Parque Biológico da Serra das Meadas, Lamego. ©2021, MD

PRÁTICAS PARTILHADAS

Programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

Agrupamento de Escolas Diogo Cão. ©2021, MD

UM+UM OFICINAS E PERCURSOS

Programa de oficinas e percursos pedestres para grupos de crianças, jovens e/ ou seniores.

Miradouro do Ujo, Parque Natural Regional do Vale do Tua, Alijó. ©2021, MD

LABORATÓRIO DO VER

Trabalho com crianças e jovens, a partir de ilustração de fauna e flora do Douro, concebida e orientada por Sónia Borges, a partir de intervenção nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo.

©2025, Sónia Borges.

LER DEBAIXO DA ÁRVORE

Programa de leitura e aposta na literacia para crianças e jovens, em árvores importantes das paisagens do Douro

Parque Biológico da Serra das Meadas, Lamego. ©2021, MD
Mostra em cartazes | Museu do Douro, Peso da Régua | maio a novembro2025

CARTAS DA PAISAGEM BIOS 2025

E 2026

O que há aqui…Bibliotecas Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e imagem, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários da RDD.

Oficina: Poesia à mão - 25 novembro 25

Biblioteca escolar da EB2,3 de Santa Marta de Penaguião

© Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Pena-

dizer ALTO

[LUME DE CEPAS VELHAS]

Quem vive no Douro mais Douro, de vinhedos a perder de vista, a lenha que mais conhece é a de cepas velhas. Aquelas cepas, cansadas e retorcidas como um desespero, que o lavrador, na última poda, condenou por já não darem uvas que fartem um passarinho.

É triste o Inverno, pelo Douro fora. Os podadores parecem fantasmas a vaguear pelo nevoeiro, com o tic-tic das suas tesouras, a despojar as videiras de todas as suas pujanças de Verão e vaidades de Outono.

Videiras sem fim,erguem-se do xisto Braços abertos ao correr dum fio… Vejo-as todas como um só Cristo Abandonado, a morrer de frio.

É a um lume de cepas velhas que me aqueço e liberto na quadra de Natal. O lume de cepas velhas é um lume silencioso, efémero, de uma alegria que logo agoniza. Para se manter é preciso estar atento. Um braçado de cepas pede logo outro braçado. Para segurar este fogo, pode entremear-se um pouco de lenha de pinheiro. O lume de pinho é vivo e ruidoso, sempre a estalar, sempre a estalar… Parece até faltar ao respeito ao fogo das cepas resignadas ao último sacrifício. Não gosto deste fogo desigual nas horas do fim do serão, acomodado o chilreio dos netos. O meu fogo é fogo de cepas velhas, sem a bisbilhotice de outras lenhas. Há entre mim e ele um diálogo de melancolias. Ponho-me a recordar, como uma reverberação das próprias saudades, coisas que aconteceram nos melhores dias da minha vida, e com amargor o que anda a acontecer no dia a dia de toda a gente.

Recordo sempre as noites de Natal e de passagem de ano na casa paterna, antes da dispersão dos filhos e a partida dos pais. Eram noites de uma alegria tão pura que hoje me parece irreal. Bastava-nos a juventude, os doces da Mãe Luz, uns brinquedos de lata ou madeira crua mal pintada e a ingenuidade de um presépio, que todos os anos saía de uma caixa enorme. O Menino Jesus voltava a nascer e o barro de S. José, Nossa Senhora e dos animais ganhava uma dulcíssima ternura por toda a humilde cabaninha. Cá fora, quase a chegar, os Reis Magos já se curvavam de humildade com as suas ofertas de ouro, incenso e mirra.

Camilo de Araújo Correia, Crónicas do meu vagar.- Régua: Garça Editores, 2005 in Cabral, A. M. Pires: Douro Leituras II, Antologia de textos sobre o Alto Douro, pág. 197-198, Museu do Douro, 2008

©2023, Inquieta - agência criativa

A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!

A MuD – Rede de Museus do Douro conta com 61 membros.

Museu da Casa Grande ©Município de Vila Nova de Foz Côa

NOTÍCIAS MUD

Requalificação do Museu da Casa Grande, Freixo de Numão”

Candidatura aprovada NORTE2030

O Museu da Casa Grande, em Freixo de Numão, membro MuD desde 24/03/2015, vai ser alvo de um projeto de requalificação cofinanciado pelo Programa Regional NORTE2030.

Esta intervenção visa transformar este espaço num museu de território de referência regional, promovendo a preservação e valorização do património arqueológico e oferecendo uma experiência museológica mais inclusiva, interativa e acessível.

Principais ações previstas

• Criação de um novo programa museológico;

• Conservação e restauro das coleções;

• Digitalização 2D e 3D do acervo, com integração em plataformas como MatrizNet e Europeana;

• Desenvolvimento de uma nova museografia e aquisição de equipamentos modernos;

• Produção de conteúdos audiovisuais e organização das reservas;

• Integração de tecnologias digitais para uma experiência mais dinâmica e acessível.

Envolvimento Regional e Colaboração

O projeto reforça a ligação ao Museu do Côa e promove a participação ativa do Museu da Casa Grande em redes de colaboração com outros museus do Douro e do Norte. Esta abordagem fortalece a partilha de conhecimento, aumenta a visibilidade regional e valoriza o património cultural de forma conjunta.

Impacto esperado

A intervenção vai contribuir para a dinamização cultural, coesão social e o desenvolvimento sustentável com efeitos diretos na economia local, na valorização da identidade do território e na regeneração urbana e ambiental.

Este projeto representa um investimento total de 799.243,27€

NOTÍCIAS MUD

“Valorização do Sítio Arqueológico do Prazo — Freixo de Numão”

Candidatura aprovada NORTE2030

O Sítio Arqueológico do Prazo, em Freixo de Numão, vai ser alvo de uma intervenção de valorização, conservação, interpretação cofinanciada pelo Programa Regional NORTE2030. A iniciativa aposta em intervenções mínimas e sustentáveis, promovendo a acessibilidade, a compreensão e a divulgação deste importante património histórico.

Principais intervenções

• Beneficiação do percurso de visita;

• Implementação de nova sinalética e painéis interpretativos;

• Limpeza arqueológica do local;

• Produção de conteúdos informativos e visuais: infografias, mapa ilustrado, documentário, spot promocional e Web App com modelação 3D.

Objetivos do projeto

Transformar o sítio arqueológico num espaço atrativo, acessível e educativo para a comunidade e para os visitantes, promovendo o turismo cultural, a educação patrimonial e o desenvolvimento local sustentável.

Este projeto representa um investimento total de 241.919.09 €

Exposição temporária LITOARTE

52 esculturas em 52 rochas

Sala de Exposições Museu de Geologia Fernando Real

Até janeiro de 2026

O Museu de Geologia comemorou, no passado dia 6 de outubro, o Dia Internacional da Geodiversidade com uma palestra intitulada “Minerais de Terras Raras” e a inauguração da nova exposição temporária “52 Esculturas em 52 Rochas”, da coleção particular de António Moura.

A exposição, que pode ser visitada na sala de Exposições temporárias do Museu de Geologia – Fernando Real, reúne um conjunto singular de esculturas que revelam a extraordinária diversidade do mundo litológico, convidando o público a descobrir a riqueza estética e científica das rochas.

Entre os exemplares expostos, é possível apreciar uma paleta de cores que vai do preto ao branco, passando por tons de vermelho e verde, refletindo a imensa variedade presente na natureza. Mais do que objetos de contemplação, estas rochas são testemunhos da antiguidade do planeta, abrangendo formações do Arcaico (com mais de 2.500 Ma) até exemplares com menos de cinco anos, permitindo ao visitante uma autêntica viagem pelo tempo geológico.

Novidades de dezembro. na Loja do Museu do Douro.

http://loja.museudodouro.pt/

Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt

Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com

Reservas: 93 215 01 01

JANTAR DE NATAL 2025

JANTAR DE NATAL 2025

MENU 1

Entradas

Seleção de Queijos e Cogumelos Recheados com Alheira

Prato

Lombo de Bacalhau Assado com Crosta de Broa e Presunto o ou

Lombo de Porco Grelhado com Alheira

Sobremesa

Rabanadas, Aletria e Sonhos

Bebidas

Águas, Refrigerantes, Vinhos da Região Duriense Tinto/Branco/Rosé e café

Preço = € 30,00 / Pax

MENU 2

Entradas

Laminados Regionais, Enchidos Grelhados e Revolto de Cogumelos

Prato

Polvo com Puré de Abobora, Legumes e Laranja o ou

Medalhão de Vitela com Queijo da Serra em Redução de Vinho do Porto

Sobremesa Rabanadas, Aletria e Sonhos

Bebidas

Águas, Refrigerantes, Vinhos da Região Duriense Tinto/Branco/Rosé e café

Preço = € 40,00 / Pax

RESTAURANTE

PRISMA DO VISITANTE

Título: Museu do Douro

Subtítulo: Bloco de Notas do MD

Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO

Periodicidade: mensal

URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877

Bloco de Notas do MD newsletter

geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua Ficha técnica:

Aberto todos os dias, das 10:00 às 17:30

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