Boutique OCCI ganha adeptos no brilho das suas líderes!

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23° Eyewear

“Redesenhámos um produto contemporâneo e intemporal”

Conselheiros da Visão

34 anos celebrados com energia

PORTUGAL • Nº 122 • MAIO 2023 Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50
de
contacto em 2022
Universidade do Minho Adaptação
lentes de
Florbela Tibúrcio e Cristina Delgado A arte e a ótica num dueto inseparável

LUZ SOB CONTROLO™

Transitions é uma marca registada e o logotipo é registado por Transitions Optical, Inc. A sua utilização está sujeita a autorização por parte da Transitions Optical Limited. GEN 8 é uma marca registada pela Transitions Optical Limited. A performance fotocromática é influenciada pela temperatura, a expositção aos raios UV e matéria da lente.

Armação Ray-Ban® - Lentes Transitions Gen 8 Emerald. *Lentes inteligentes que se adaptam automaticamente às variações de luminosidade. As lentes Essilor® são qualificadas como dispositivos médicos nos termos previstos no Regulamento UE 2017/745.

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A vida, a arte e os óculos

Em maio ligámo-nos ao etéreo e ao sublime…aliás quanto mais avança a sociedade e o setor da ótica, mais a arte e a criatividade máxima se embrenha em cada canto do mercado. E a prova disso está nas fantásticas boutiques que vão despontando nas cidades, onde os óculos ganham nova luminosidade e perspetiva. Comprovam este estatuto ainda as marcas mais inquietas e corajosas que através dos seus criativos inventam novas formas de tornar o eyewear num ícone valiosíssimo. E para celebrar este movimento crescente, damos espaço de capa a duas artistas. Florbela Tibúrcio e Cristina Delgado são atriz e fotógrafa de coração, respetivamente, e têm um brilho que apaixona as mentes mais pragmáticas. Claro que, são também óticas através do projeto especial OCCI, localizado em Lisboa e envolto em arte, numa forma original de vender óculos. Inspiraram-nos no sentido da liberdade e do pensamento crítico, valores que nos pautam desde o número um do nosso projeto, ou melhor, desde que nos conhecemos enquanto profissionais. E a Millioneyes é um veículo das melhores ideias da ótica portuguesa e global, original e inventiva, na medida de todos os óticos que aqui nos constroem e que Florbela Tibúrcio e Cristina Delgado se enquadram tão primorosamente. E em busca dessa inquietude inventiva demos voz ao projeto sustentável e detentor de uma história maravilhosa. A 23º Eyewear tem no seu âmago a Terra e um futuro brilhante. As empresas que operam no nosso mercado também se moverem em direção “à luz” em maio, tanto nas iniciativas pelo futuro dos mais jovens, na garantia de conhecimentos, na celebração de momentos incontornáveis como nas novas parcerias e estratégias. Ainda abrimos as páginas ao segmento com maior potencial de crescimento ao nível de conquista de mercado.

A contactologia vem descrita no seu crescimento e características num estudo com mais de uma década de seguimento e que tem a Universidade do Minho como “rosto” em Portugal. Como sempre damos liberdade às investigações por novos paradigmas e trazemo-los até si de forma rigorosa e sensível, para dar voz aos artistas que sonham e fazem óculos verdadeiramente apaixonantes. Vire a página e descubra a ótica…na sua Millioneyes!

Estatuto Editorial / Sinopse

A Millioneyes é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com.

A Millioneyes tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência.

A Millioneyes traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais.

A Millioneyes compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A Millioneyes é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.

| 4 | #EDITORIAL

Eu vejo um futuro sustent ável sustentável

Florbela

17

EYES OF THE WORLD

23° Eyewear

“Redesenhámos um produto contemporâneo e intemporal”

20

ALL EYES ON YOU

14 FRAME OUT Kuboraum Cruzamentos musicais

17

WHAT’S NEW André Ópticas Nova loja no coração de Lisboa

26

EYES WIDE OPEN Universidade do Minho Adaptação de lentes de contacto em 2022

32 IN YOUR EYES MultiOpticas

Diretora: Patrícia Vieites | Editora: Carla Mendes | Redação: Carla Mendes, Marlene Maia | Design e Paginação: Paula Craft | Fotografia: Ruy Coelho | E-mail: millioneyes@outlook.pt | Tel: 96 232 78 90 | Periodicidade: Mensal | Tiragem: 2000 exemplares | Impressão: Uniarte Gráfica, S.A | Preço de capa em Portugal: 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 | Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. A MillioneyesTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal | NIF: 510195865 | Gerente/Diretor - Cristóvão Jesus - Detentor de 100 por cento do capital social | Sede de Redação– Rua Elísio de Melo, 28, S 38 – 4000-196 Porto | Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: millioneyes@outlook.pt

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arte e a ótica
dueto inseparável
Tibúrcio e Cristina Delgado A
num
#ÍNDICE

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Queremos que esteja em constante evolução profissional, por isso para nós a formação dos colaboradores é fundamental. Contamos com um programa de formação líder no sector e uma equipa de profissionais que o ajudarão a aplicar as fórmulas comerciais atuais que melhorem a rentabilidade do seu negócio.

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Escolha conservar a sua independência

Escolha

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A nossa equipa de designers desenvolve coleções para as principais marcas internacionais como Mango, Pull&Bear, Custo Barcelona, El Ganso, Pedro del Hierro ou Victorio & Lucchino. As marcas exclusivas permitem-lhe diferenciar-se da concorrência ao oferecer uma proposta de valor relevante.

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Num mercado óptico cada vez mais competitivo, é preciso estar unido para poder competir. Na Opticalia apostamos em juntar a sua independência com as vantagens de fazer parte de um grande grupo internacional.

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Sabemos que é muito importante que a experiência do seu cliente seja sempre a melhor e a imagem da ótica também tem influência. Desenvolvemos um grande projeto de design que adapta o estabelecimento aos novos hábitos de compra.

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LINDA FARROW Postais do Rio de Janeiro

A inquieta marca londrina propõe uma coleção exótica sob o nome Postcards from Rio, onde a energia e agitação da cidade brasileira parece espelhar-se em cada detalhe. As silhuetas arrojadas e peças em camadas proeminentes dão dimensão às cores brilhantes e dinâmicas e compõem um quadro que remete para o longo pôr do sol das praias cariocas.

LUNOR

Óculos “vestidos” de verde

Quando se escolhe um modelo, a forma não é tudo. A cor ocupa um lugar central na forma como os óculos nos completam. A alemã Lunor tem explorado uma paleta de cores extensa e, para os dias quentes que se aproximam, conclui que o verde tem a frescura e a harmonia para iluminar o rosto dos amantes de óculos. Em destaque, o modelo A11 envolve a sua silhueta elegante em diferentes variações de verde e tem a precisão e primor da manufatura numa única placa de acetato, num processo que envolve mais de 200 passos.

BULGET OCCHIALI

A vida moderna como inspiração

A nova coleção para a temporada quente de 2023 da Bulget explora a beleza dos óculos clássicos, com delicados detalhes modernos.

As propostas "vestem-se" de titânio de alta qualidade, aço inoxidável e acetatos, combinando conforto e estética moderna, precisamente, a pensar num estilo de vida intenso e citadino e em todos os segmentos de consumidores. Os óculos de sol da marca italiana têm lentes polarizadas, com garantia de proteção visual superior.

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Lite Spirit Accent Ring s , 5566-LS, 7530 / © Silhouette, valid until 04.2 0 24 W SH00 50 0 285 00 0 1 EN Tr y it . Wear it . L ove it . Edifício Premium Rua Miguel Serrano, nº9, 6ºAndar 1495-173 Mira ores, Portugal | Contacto: +351 210 004 552

LANIDOR Óculos no feminino

Fundada em 1966, esta marca é sinónimo de elegância e exclusividade. Os óculos sob a “bandeira” Lanidor transmitem esse glamour na perfeição, com atenção aos detalhes e produzidos com matérias cuidadas e de qualidade. As peças têm um sentido intemporal com expressões modernas, refletindo a essência feminina em toda a sua liberdade. Os desenhos são equilibrados e brilham sob pormenores audaciosos que assinam personalidades inquietas sob a visão da Lanidor: making people happier.

CAZAL EYEWEAR

Um tributo no feminino

Esta casa fraturante lança novidades com foco em mulheres modernas e confiantes, com um individual. A coleção tem propensão para o vanguardismo e combina herança e zeitgeist. No fundo, trata-se de um tributo ao "padrinho" do design da insígnia, Cari Zalloni. Fiel ao credo de que a "Cazal Eyewear deve ser reconhecida do outro lado da rua", as peças clamam atenção pelos desenhos imponentes e pelos materiais de qualidade irrepreensível.

FACE À FACE

Eyewear em movimento

Para o novo conjunto de óculos, os designers da Face à Face continuam a exploração em torno do movimento artístico da Memphis italiana e com um prisma cinético. Cada um dos modelos parece mover-se para melhor desvendar a riqueza das formas. Desde o efeito caleidoscópico da peça Kalëdo, através da armação articuladamente visível e poética do modelo Clint até ao dinamismo da charneira da Swing, tudo são simulações de movimento que atribuem magia a estes conceitos renovados.

FRAME OUT | 12 |
Mod. LA 411 DBROWN
29 SETEMBRO 2 OUTUBRO 2023 APRESENTA SILMO GERAÇÃO MAIS INFORMAÇÕES EM SILMOPARIS.COM

KUBORAUM

Cruzamentos musicais

A marca sonhada em Berlim e feita em Itália lança a Crossover, uma coleção cápsula que cruza diferentes estilos musicais num resultado irresistível e que “voa” em direção a algo inédito. Do clássico, passando pelo jazz até à música electrónica, hip-hop/rap experimental, Crossover significa a exploração intensa de várias sonoridades. Estas diferenças e a própria dissolução das fronteiras superficiais da mente sempre estiveram no core da filosofia e projeto da Kuboraum, que encontra aqui uma expressão suprema. As máscaras que compõem a Crossover estão disponíveis numa edição muito limitada e cada uma exibe acabamentos e decorações meticulosamente aplicados à mão.

CAROLINE ABRAM

Karma em flor!

A designer francesa acrescenta quatro novidades à sua coleção Karma. Este conjunto acresce-se de propostas solares coloridas, perfeitas para combinar com um elegante lenço. A originalidade das peças está no movimento criado pelos relevos ondulados, graças à delicadeza do acetato que é esculpido para criar um efeito telescópico. E mesmo com os seus desenhos “abundantes” Karma é ligeiro, confortável e pleno de um glamour misterioso.

TREE SPECTACLES

Contrastes irresistíveis

A época do verão é vivida pelos criativos da Tree Spectacles com cores vibrantes. Os modelos da série ’70 combinam dois materiais luxuosos: titânio japonês e acetato ecológico italiano, numa sinergia perfeita e elegante. Os pedaços de acetato concedem um efeito arquitetural dramático, embelezando a base em metal. Os acabamentos em metal combinam cores pastel suaves ou ousados brilhos enérgicos para acentuar a dimensão das armações, que num plano oversized mantêm a sua intemporalidade.

FRAME OUT | 14 |
STYLE: HUELO ©2023 Maui Jim, Inc.

MARC JACOBS High in the sky

A marca norte-americana faz-se representar na mais recente campanha pelos famosos supermodelo conterrânea Bella Hadid e o rapper britânico Ecco2K. Estas personalidades famosas destacam os desenhos atrevidos das novidades eyewear Marc Jacobs. Entre acetatos espessos, criados com uma técnica especial de fresagem tridimensional que garante uma atitude intensa às peças, e ainda os metais brilhantes que se completam em detalhes de acetato, as propostas da insígnia demarcam uma nova tendência intemporal. O logótipo Marc Jacobs intensifica o valor dos óculos, envolvido por uma paleta de tonalidades delicada e muito elegante.

KARL LAGARFELD X AMBER VALETTA

Estilo máximo sobre um planeta melhor

A primavera/verão de 2023 revela novas propostas desenhadas pelos criativos da Karl Lagarfeld, em colaboração com a supermodelo e embaixadora da sustentabilidade Amber Valleta. Os desenhos icónicos foram moldados a partir da matéria inovadora e ligeira R-Pet, feita a partir de garrafas de água 100 por cento recicladas, assim como os estojos protetores. O resultado é uma sensual e vanguardista peça geométrica que se valoriza ainda mais no logótipo KL nas hastes. As lentes também têm a bandeira sustentável, ao materializarem-se em Tritan Renew da Eastman, contendo um mínimo de 50 por cento de materiais reciclados.

MAUI JIM

Performance máxima

A marca de origem havaiana desenvolveu os estilos Mikioi, One Way e Walaka para garantir que os amantes do sol aproveitam a vida em plenitude. Com os novos modelos solares, pode passar-se mais tempo na natureza em segurança, graças à avançada tecnologia em lentes PolarizedPlus2. A Maui Jim garante uma experiência mais clara, cores brilhantes, contrastes ricos e uma acuidade visual primorosa, tudo enquanto protege os olhos e pele circundante dos riscos associados à exposição solar. As novidades são perfeitas para estilos de vida intensos, mantendo os olhos relaxados e seguros.

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ANDRÉ ÓPTICAS

Nova loja no coração de Lisboa

A empresa lisboeta faz crescer o seu espólio de óticas com mais um espaço na rua Garret, na capital. A boutique instala-se numa artéria emblemática da cidade que é também um local especial para a equipa da André Ópticas. Foi aqui que iniciou a importação de marcas originais do panorama internacional e iniciou a angariação de clientes especiais que se indentificam e valorizam um trabalho diferenciado em eyewear. E a mais recente boutique é um verdadeiro convite a uma viagem sensorial única, ao recriar uma carruagem de um comboio de luxo no piso superior, onde tudo se desenhou à medida e se integrou meticulosamente para que a funcionalidade e o design “dessem mãos”. Este ambiente especial tem assinatura do Studio Astolfi. Para além do cenário único, na nova André Ópticas pode encontrar-se a coleção própria Family Affair e um consultório avançado de consultas de optometria e contactologia. “Aqui podemos ser a nossa versão mais arrojada. Voltar à Garrett é voltar ao local onde pertencemos, onde somos nós próprios – disruptivos e em contraciclo.”, assinalou André Leal, CEO da marca portuguesa.

AASO

Promover a aprendizagem

A Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica está ativa e dinâmica na sua missão e, para isso, desafiou os seus sócios-fundadores, associados e demais membros para a sessão Inclusão e aprendizagem na Escola - Visão sem Segredos. A dia 11 de maio, no envolvente Círculo Eça de Queiroz, em Lisboa, ilustres convidados uniram mais-valias para colocar sob as luzes da ribalta um tema tão premente. No centro desta apresentação estiveram precisamente, os docentes e investigadores do curso de Optometria da Universidade do Minho, Jorge Jorge e Madalena Lira, com o seu grande contributo nesta área com a obra Visão sem Segredos, que simplifica e esclarece temas relacionados com a saúde visual para a população em geral, professores e alunos. Contribuíram ainda para enriquecer a sessão o advogado Pedro Rebelo de Sousa, o economista e docente Ricardo Ferreira Reis e o consultor e especialista em Assuntos Europeus, Nuno Gama Pinto.

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#WHAT’S NEW

SILMO SINGAPURA

O jovem promissor da família

A feira internacional SILMO Singapura, ASEAN Optical Fair realizou-se entre 12 e 14 de abril, no Centro de Exibições e Convenções de Suntec Singapore, com mais de 250 marcas internacionais e locais, de cerca de 15 países. Este certame da SILMO Family contabilizou 2175 visitantes, sendo que 50 por cento eram de fora de Singapura, números que confirmam a ambição de se tornar o centro de negócios e encontro do sudeste da Ásia.

A feira desenrolou-se em torno de três espaços únicos que ajudaram a exploração das tendências futuras e da inovação em eyewear e saúde visual: Futurology, SILMO Trends e SILMO Talks. O SILMO Singapura foi apoiado pela Associação Internacional de Óticos, pela Associação Optométrica de Singapura, pelo Conselho de Turismo de Singapura, o Instituto da Visão da Índia, pelos Óticos Retalhistas da Austrália, entre outros. O próximo encontro está marcado para 24 a 26 de abril de 2024, em Singapura.

WAYLIFE

A subir na fama

A marca portuguesa tem conseguido conquistar personalidades da televisão nacional, graças ao seu estilo intemporal, sentido ecológico e uma imagem moderna. Entre os rostos famosos, destacam-se a atriz Inês Pereira, o humorista Gilmário Vemba, o cantor Toy ou o radialista Nuno Markl. Aliás, alguns modelos das diferentes linhas da Waylife, nomeadamente de metal e Eco, desfilaram no programa da RTP, O Taskmaster, onde um painel fixo de concorrentes, lado a lado com um convidado especial são desafiados s superar provas divertidas.

OLIVER PEOPLES

e Roger Federer unidos em óculos

O incrível atleta suíço e a icónica marca norte-americana uniram valores e visões para desenvolverem a RF, fazendo uso da carreira incrível deste importante tenista. “ Roger Federer é um desportista lendário, um empreendedor apaixonado e uma personalidade verdadeira e muito própria no mundo da moda e do lifestyle. Dividimos os mesmos princípios e estamos seguros que a sua notoriedade e influência a nível global o tornam o parceiro perfeito para nós e para a marca Oliver Peoples”, declarou em comunicado o presidente da EssilorLuxottica, Francesco Milleri, detentora da marca. A primeira coleção desenvolvida sob direção artística do próprio Federer e da equipa da Oliver Peoples sai à luz do dia na primavera de 2024. “Estou entusiasmado em colaborar com a Oliver Peoples. Sou fã da marca há muitos anos e sempre valorizei a extraordinária habilidade artesanal, unida ao design elegante e à intemporalidade. Tivemos de imediato sintonia na forma de enfrentar o trabalho e por isso estou perante o parceiro perfeito para a minha primeira coleção de óculos RF, em 2024”, afirmou o tenista que detém o recorde masculino em Wimbledon com oito títulos e que venceu vinte vezes um Grand Slam.

| 18 | #WHAT’S NEW
Shi Tang/Getty Images

A vida evoluiu. E as suas lentes, também?

FLORBELA TIBÚRCIO E CRISTINA DELGADO

A ARTE E A ÓTICA NUM DUETO INSEPARÁVEL

A OCCI chamou-nos atenção já depois de sabermos que Florbela Tibúrcio se dedicava aos destinos da optometria portuguesa há muitos anos. Esta inquietude foi herança familiar do pai José Almeida Tibúrcio, dinamizador do Oculista de Benfica e um dos fundadores da União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses. Aliás, esta herança estendeu-se ainda à vida profissional de Florbela, que ficou unida à ótica até hoje. O Oculista de Benfica foi o ponto de partida de uma amizade, do encontro de sonhos, entre Florbela e a sua atual sócia, Cristina Delgado. As duas optometristas congeminaram o nascimento da maravilhosa OCCI, um recanto sensorial de luxo, fundeado nos respetivos ideais e valores e onde trabalham a optometria e a ótica num ritmo muito singular e apetecível. Aliás, “perdemo-nos” também nós na simpatia destas mulheres de discurso feliz.

Ou seja, de um lado a filha do proprietário que por via familiar aportou no setor e do outro a optometrista desde os 18 anos. Das suas partilhas e empatias, criou-se o Instituto da Visão, empresa no ramo da optometria. Mais tarde, fundaram a OCCI, uma boutique de ótica que rompe com todos os cânones e onde o objetivo é convidar o cliente a entrar e a permanecer. Assumem querer ser exclusivas e diferentes, fugindo aos grupos e às guerras de preços. O atendimento aqui é premium. E, cuidado!, ao entrar na loja dificilmente se compreende que se trata de uma ótica: as cores, o cosy, o decor e o acolhimento do espaço divergem do das óticas convencionais e rapidamente o visitante se deixa envolver pelos estímulos confortáveis aos seus sentidos.

Claro que, cada aresta desta loja tem a arte expressa, arte que Florbela e Cristina desenvolvem fora das fronteiras da OCCI. Atrás da câmara fotográfica, Cristina Delgado tem um refúgio e a oportunidade de eternizar paixões na sua perspetiva muito própria. É nesta ferramenta que guarda as preciosidades das suas viagens, dos momentos da

sua vida. Flobela, pelo contrário, está na frente do palco há mais de 20 anos. Transforma-se ao ritmo das personagens que encarna no teatro e liberta-se do cansaço das horas de trabalho. É ali, sob as luzes da ribalta que vive os seus sonhos...ser atriz profissional foi o que escapou, para já! Damos por isso páginas a duas óticas que nos ligaram à arte e nos envolveram num conceito de ótica aliciante.

É uma loja fabulosa esta, mas com uma postura muito particular. Qual a vossa definição de ótica e como se posicionam neste setor?

Florbela Tibúrcio: Quando decidimos abrir esta loja, a ideia era criar um ambiente onde as pessoas se sentissem bem. Quase uma casa, um local de conforto. Não queríamos ser mais uma ótica de tons brancos, em que o visitante se sente quase esterilizado quando entra (risos). As pessoas dizem-nos mesmo que este é um local onde apetece estar, super acolhedor. É um espaço estilo boutique e houve até um cliente que nos disse que pensava ser uma loja de bombons! E nós gostamos disso. De surpreender.

A localização foi alinhada com a filosofia da OCCI?

FT: Por acaso a localização foi algo que simplesmente aconteceu. Digamos que foi uma oportunidade de ocasião.

Vamos começar por esclarecer os nomes associados a este espaço.

FT: Instituto da Visão é o nome da firma concretamente dita. A loja, decidi-mos que precisaria de um nome próprio. E escolhemos Occi, inspirada na palavra italiana occhiali ou óculos em português.

Agora virando a conversa para as criativas da OCCI, quem eram a Florbela e a Cristina antes deste projeto? E como surgiu o Instituto da Visão?

Cristina Delgado: Nós trabalhámos durante muitos anos no Oculista de Benfica, em duas lojas diferentes. Somos ambas optometristas. E a partir de determinado momento já não nos revíamos mais no conceito em que estávamos inseridas. Então, começámos a comprar equipamentos e a tentar crescer na área técnica, com uma filosofia mais próxima daquilo em que

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Texto: Marlene Maia | Fotos: Ruy Coelho
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"Eu e a Florbela somos muito positivas, temos sempre a ideia de que tudo se resolverá e vivemos num ambiente proativo e de esperança.

acreditamos. Foi quando fundámos o Instituto da Visão, há 15 anos. Mais tarde, abrimos esta loja, a 13 de Janeiro de 2014, porque apenas fazíamos consultas, mas nós queríamos também experimentar a parte do negócio. Da compra e da venda.

Conte-nos o percurso da OCCI desde a inauguração, passando pelos melhores momentos e os mais desafiantes, até ao momento atual.

FT: O mais desafiante foi implantar a imagem da casa no início e depois a pandemia, em que tudo parou e vivíamos em incerteza.

CD: No meu caso, a parte mais desafiante foi quando percebemos que, embora tenhamos aberto com mais colaboradores, na verdade, não precisávamos de tantas pessoas. E foi difícil num determinado momento tomar essa decisão e dispensar pessoal. No caso da pandemia, é claro que mexeu com o estado anímico de toda a humanidade, mas depressa se compreendeu que era só uma questão de tempo e iria passar. Eu e a Florbela somos muito positivas, temos sempre a ideia de que tudo se resolverá e vivemos num ambiente proativo e de esperança. Por isso, superamos bem esse momento.

Numa sociedade sempre mais digitalizada, esta forma premium de vender óculos será o futuro da ótica?

CD: Nós gostamos de nichos. Não queremos massificar. Ter 200 clientes por dia não é o nosso objetivo, porque isso obrigaria a que tivéssemos uma estrutura diferente, desenvolvendo acordos com seguradoras, voltando a trabalhar com grupos óticos… Não é isso que queremos. E eu acredito realmente que o futuro da ótica passa por isto, por haver espaços diferenciadores, para clientes mais exclusivos. Não podemos ser o supermercado e a boutique ao mesmo tempo. E nós, definitivamente, preferimos ser a boutique Não entramos em promoções, nem em guerras de preços. O nosso cliente procura-nos, essencialmente, pelo serviço. Porque gosta de nós enquanto pessoas.

Cristina, sabemos que é apaixonada pela fotografia, o que não deixa de ser curioso, já que é uma disciplina também do olhar. Fotografia e optometria conjugam-se bem na sua vida?

CD: O meu sonho sempre foi a fotografia e mantenho como hobby desde sempre. Fotografo ambientes e não perco uma oportunidade para viajar e fotografar. É algo que me completa como pessoa, a par da ótica e da optometria.

Já a Florbela, sabemos gosta de estar - não atrás das câmaras - mas antes em cima dos palcos. Como surgiu esta paixão pelo teatro?

FT: Faço teatro pelo menos há uns 20 anos. É um hobby, mas seria um sonho profissional que nunca concretizei, porque era uma vida demasiado insegura e eu não quis arriscar. Eu gosto muito de teatro. É o meu escape, às vezes, desta vida que não é muito fácil. Trabalha-se muito, são muitas horas e é uma dedicação que é muito grande.

Conte-nos um pouco mais

FT: Comecei por fazer teatro inserida num curso, num teatro pequeno perto

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do meu local de trabalho. Gradualmente, as coisas começaram a crescer. Actualmente, cerca de seis em seis meses, temos uma peça a decorrer. É uma coisa pequena, teatro amador, mas que é algo que me faz muito bem.

A Florbela é também associativista em prol da optometria. Como se envolveu e como espera contribuir para a classe em Portugal?

FT: Houve um grupo restrito de óticos que participou de uns cursos profissionais no exterior e que foram os pioneiros da optometria em Portugal. O meu pai era um deles: José Almeida Tibúrcio. Na altura, fundaram a União Profissional dos Ópticos e Optometristas (UPOOP) e por sua vez a UPOOP criou a Escola Portuguesa de Ótica Ocular. A ideia da UPOOP é funcionar como uma Ordem dos Optometristas e, na ausência de legislação, o que a instituição faz é procurar dar formação e as melhores orientações. Envolver-me com esta causa foi algo que também herdei do meu pai e mantenho-me ligada até hoje.

E o que falta à optometria portuguesa, considerando que em termos científicos as universidades a têm colocado num patamar de excelência?

FT: O que falta, basicamente, é haver uma legislação que legalize a profissão do optometrista. Há um vazio legal que não proíbe nem certifica. Houve entretanto alguns mecanismos, como por exemplo uma vinheta que reconhece os que estão formados e, consequentemente, os que não estão. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o governo, mas ainda não conseguimos o avanço desejado.

E à ótica nacional, o que falta conquistar? Será o futuro o agrupamento dos negócios de ótica? Ou o trabalho para nichos, como o vosso?

FT: A tendência é a colaboração e a criação de grupos, com grandes unidades de compra e de venda. Mas eu acho

que há público para os dois tipos e, portanto, também para os pequenos nichos.

Vivemos na sequência de uma pandemia, com uma guerra em plena Europa, alguma instabilidade política no país e os negócios online sempre a crescer. Consideram que continua a haver clientes suficientes para nutrir tantas e tantas óticas existentes no mercado?

FT: Acho difícil. E por isso mesmo é que confiamos que o próprio mercado, a própria lei da oferta e da procura é que vai lapidar o panorama e fazer prevalecer apenas os empresários que trabalham bem e que merecem. Esses são os que vão sobreviver. Acreditamos que estamos no bom caminho: traba-

lhando honestamente, com verdade e a acreditar naquilo que fazemos.

Que sonhos têm para a OCCI?

CD: Estamos numa fase da vida em que sentimos já ter concretizado uma grande conquista: a fundação desta ótica e o nível que com ela atingimos. Agora aquilo a que nos propomos é a manutenção do negócio neste patamar de excelência, sempre com o objetivo de conseguir mais uma ou outra marca. Fora isso, desejamos ser felizes, ter uma vida calma, poder trabalhar com um sorriso na cara. E permanecer estáveis, oferecendo sempre o melhor aos nossos clientes.

ALL EYES ON YOU | 23 |

23° EYEWEAR – ROBERTO RUSSO

“REDESENHÁMOS UM PRODUTO CONTEMPORÂNEO E INTEMPORAL"

“Na natureza nada é criado e nada é destruído, tudo se transforma” é o paradigma de Lavoisier que está na base do nascimento da marca ecológica 23º Eyewear. Inspiraram-nos os desenhos inconformistas, mas acima de tudo a filosofia que norteia a marca. Por isso mesmo, procurámos Roberto Russo, o designer que idealiza esta ideia tão poética quanto funcional, transformada em óculos. Vindo de um passado rico em criatividade, desde pequenos objetos de joalharia até aos gigantes submarinos, Roberto Russo aprendeu a transferir estas experiências díspares para tudo o que desenha. Com uma passagem pela italiana Blackfin, integra hoje o coletivo conceptual Studio Russo com os seus três irmãos e com quem já criou outra marca eyewear, a Siens Eye Code, detentora de três patentes, e de onde parte a 23º Eyewear também. O seu estúdio criativo uniu ideias com o histórico produto italiano Mirage Manufacturing Expertise para contar uma nova história que envolve a ética humana sobre o planeta Terra. O material saído deste trabalho conjunto chama-se Neocleus, uma síntese vanguardista entre um material biológico, uma fábrica dotada de alta tecnologia e um processo de produção inovador e sustentável que permite uma reciclabilidade sem fim. O resultado está em óculos sem género com formatos puristas que remetem para a geometria natural do que nos rodeia e tudo com o toque de luxo das lentes minerais Barberini, estudadas a pensar nesta linha em particular. Roberto Russo partilhou com a Millioneyes os desejos e projetos que fazem crescer a 23º Eyewear.

Criaram uma marca que quer contribuir para a manutenção da vida e envolvida num significado bonito e poderoso. Porque escolheram os óculos com produto central?

A marca 23º Eyewear parte da vontade de colocar o homem no centro. E o número 23 não é fortuito: é o número de pares de cromossomas do genoma humano, o ângulo entre os eixos medianos dos olhos e das órbitas, os graus de inclinação da terra, no fundo, é um número que liga o Homem ao seu planeta num ciclo natural. Nos óculos sintetiza-se da melhor forma o signi-

ficado de 23. Representa o acessório que, estando no rosto, entra em contacto com mais sentidos e ao mesmo tempo é o primeiro elemento que se nota numa pessoa. Trata-se em parte de uma representação da essência humana de quem os usa. Além disso, os óculos podem viver connosco em todos os momento da jornada, são sem dúvida o acessório que mais entra em contacto íntimo com a nossa essência.

Pode-nos falar deste coletivo responsável pelo nascimento da 23º Eyewear? Trata-se de um coletivo de Guerreiros

Ecológicos: designers visionários, produtores, investigadores de novas tecnologias iluminadas, ativistas green evoluídos, criativos de mente aberta. Todas as pessoas associadas a uma visão nova sobre aquilo que significa amar a natureza e respeitá-la, com um gosto pelo estilo de lazer e uma forte inclinação pelo prazer de praticar desporto e usar o tempo de descanso ao ar livre.

E como foi todo o processo para dar vida ao projeto 23º?

O todo nasce de uma intuição - que depois se tornou necessidade - emersa

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#EYES OF THE WORLD

durante a pandemia: a exigência de viver em contacto com a natureza, onde reencontramos os outros de modo espontâneo e natural. Desta necessidade nasceu posteriormente o processo criativo, partindo de um número mágico e dos seus significados. Surge, por isso, uma pesquisa de todos os códigos: redesenhámos um produto contemporâneo e intemporal, em profunda sintonia com o ambiente externo em que é usado. Escolhemos materiais de base biológica e reciclados, utilizados em processos produtivos responsáveis. Recodificámos as lentes, ligando-as a diversas condições climáticas e áreas geográficas, depositando os conceitos exclusivos. Desenvolvemos uma rede de vendas que se move em sintonia com a filosofia da nossa marca.

Na vossa opinião, falta ao mercado da ótica este sentido sustentável?

Existem tantas empresas que falam sobre sustentabilidade a vários níveis, mas infelizmente ainda prevalecem tantas que fazem greenwashing. Nós sentimos a exigência de criar uma marca autêntica e realmente ética e sustentável, produto de uma empresa certificada (Mirage) que há anos se empenha de maneira concreta num percurso de sustentabilidade.

Existem já algumas marcas que se dedicam verdadeiramente à causa ambiental. O que faz a 23º Eyewear e os seus óculos especiais?

Exatamente a forma como concebemos a marca e a nossa visão sobre a mesma. Não nos sentimos em concorrência com ninguém.

E onde encontram a inspiração para criarem estes desenhos? Têm um flair vintage mantendo um sentido moderno. A verdadeira inspiração provém da natureza, das suas formas essenciais e funcionais. devemos ter um respeito profundo pelo mundo natural, afinal ele hospeda-nos e permite-nos viver. As formas dos óculos, assim como os

respetivos nomes, remetem para as formas geométricas presentes na natureza.

Para as matérias usadas nos produtos investiram em associações produtivas. A escolha foi inevitável, a Mazzucchelli com o acetato M49 e a Barberini com as lentes em vidro representam as duas melhores realidades presentes no mercado nos respetivos segmentos, não só pela qualidade dos seus produtos, mas também como parceiro a nosso lado neste percurso criativo e ético.

Acredita que o futuro do eyewear global passa pela sustentabilidade? Absolutamente sim, e não só no eyewear. Não temos outra escolha.

E que sonhos têm para a 23º Eyewear? Queremos que a 23º Eyewear se torne o novo luxo democrático, usado por todas as gerações a todos os níveis, uma marca inclusiva.

E para a ótica em geral?

É um momento de grande saturação, mas ao mesmo tempo muito estimulante, especialmente no mundo das marcas independentes. De facto, desta mesma condição pode nascer qualquer coisa de novo, que para funcionar, no entanto, deve saber-se unir criatividade a valores concretos e passar uma mensagem original.

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ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTACTO EM 2022

de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) – Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto (CFUM-UP), Universidade do Minho, Braga; 2 Eurolens Research, University of Manchester, Reino Unido; 3 Visionlab S.A., Porto; 4 Francooculista, Braga; 5 Optica de Lomar, Braga; 6 Opticália Gondomar, Gondomar; 7 Clínica Optiforum, Lisboa; 8 EME Saúde, Porto; 9 Óptica Boavista, Porto; 10 GrandVision Multióticas, Tavira; 11 Alain Afflelou, Avenida Central - Braga; 12 Multioticas, Melgaço

Como em cada ano desde 2007, Portugal participou também em 2022 no inquérito global de adaptação de lentes de contacto. Este projeto é coordenado pela Universidade de Manchester e tem na Universidade do Minho o seu ponto de ligação com o nosso país. Esta é uma excelente oportunidade para analisar a evolução na adaptação de lentes de contacto a nível global. Este artigo resume alguns dos principais resultados dos últimos 15 anos consecutivos (2007-2021) em 11 países (europeus e de outros continentes), permitindo fazer uma comparação e mostrar possíveis diferenças na prescrição de lentes de contacto para correção visual em diferentes áreas geo-

gráficas pré-definidas. À semelhança de anos anteriores, em 2022 também se confirmou que em Portugal a prescrição de lentes de contacto acompanha ou até excede aquilo que se faz de melhor a nível global no que diz respeito aos materiais (silicone hidrogel), geometrias das lentes (lentes multifocais e lentes tóricas) e regimes de substituição (tendência para modalidades de substituição mais frequente).

Foram publicados em janeiro de 2023 na revista Contact Lens Spectrum (1) os resultados do inquérito internacional de adaptação de lentes de contacto. Este inquérito é aplicado anualmente desde o ano 2000 (2), e consiste em

compilar as primeiras dez adaptações consecutivas que cada profissional autonomamente reporta e envia para uma base de dados centralizada pela Universidade de Manchester. Esta base de dados conta atualmente com mais de 420 000 adaptações em 71 países a nível global. Em 2022 foram incluídos resultados de 13 136 adaptações de lentes de contacto (em 2021 foram reportadas 14 393 adaptações) em 22 países, incluindo Portugal. Portugal participa neste inquérito desde 2007 (3-17), sendo a Universidade do Minho a instituição parceira que centraliza e coordena a recolha de dados regulares sobre o padrão de prescrição e uso de lentes de contacto desde 2006. (18) Como

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Rute J. Macedo-de-Araújo1, Phil B. Morgan2, Ana Amorim-de-Sousa1, Daniela Lopes Ferreira1, Eduardo Ínsua Pereira3, Clara Pereira4, Frederica Cunha5, Catarina Lemos Gonçalves6, Joana Marta7, Jéssica Costa7, Rodolfo Moura8, Maria Rosa Carvalho9, Rui Couto10, Cristina Oliveira11, Diana Veloso12, José M. González-Méijome1
#EYES WIDE OPEN
1Laboratório Nataliya Vaitkevich from pexels

em anos anteriores, foi feita recentemente uma atualização destes dados na 18ª Jornada Técnico-científica de Contactologia (CONTACTUM2023) promovida pela Universidade do Minho no passado dia 14 de fevereiro. À semelhança do ano anterior, as Jornadas de Contactologia funcionaram em formato on-line através da plataforma Zoom e em live-streaming no Facebook, contando com um recorde de inscrições e assistentes, quer de estudantes como de profissionais com mais de 300 congressistas em permanência. No relatório anual publicado na revista Contact Lens Spectrum são apresentados apenas os resultados dos países que tenham reportado pelo menos 100 adaptações, sendo que a análise correspondente às lentes rígidas permeáveis aos gases (RPG) requer que tenham sido reportadas pelo menos 35 adaptações deste tipo de lentes pelo país. Em 2022, conseguimos reportar 294 adaptações em Portugal, valor francamente animador comparativamente a anos anteriores, em que o número de adaptações reportadas rondava as 110. E, pela primeira vez desde que Portugal participa neste projeto, conseguimos obter >35 adaptações de lentes RPG, o que fez com que os nossos entrassem para a análise individualizada desta categoria de lentes. O presente relatório focar-se-á nos dados longitudinais da prescrição de lentes de contacto hidrófilas e soluções de manutenção. Os profissionais dedicados à adaptação de lentes RPG e adaptações especiais, encontrarão na última parte deste relatório uma breve análise global da evolução da adaptação deste tipo de lentes.

PAÍSES ENVOLVIDOS NO RELATÓRIO (2007-2022)

Embora anualmente sejam analisados mais de 20 países, neste relatório apresentamos os resultados de 11 países (incluindo Portugal) numa perspetiva de evolução ao longo do tempo. Na Figura 1 pode-se observar a distribuição

geográfica dos países analisados neste artigo. A seleção destes países obedeceu a critérios como um mínimo de dez anos consecutivos de seguimento, e a sua distribuição geográfica que deveria ser o mais diversificada possível na Europa e no Mundo. O objetivo passa por entender as mudanças no comportamento de prescrição de lentes de contacto a nível global e compará-lo com o que se passa no nosso país. Foram selecionados os seguintes países: Austrália (AUS); Bulgária (BG); Canadá (CA); Espanha (ES); Japão (JP); Holanda (NL); Noruega (NO); Portugal (PT); Taiwan (TW); Reino Unido (UK); Estados Unidos da América (USA). Este ano serão apenas analisados dez países. Não iremos reportar dados relativos à Noruega, pois os mesmos não foram incluídos no relatório completo (provavelmente porque não foram reportadas 100 ou mais adaptações em 2022).

ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTACTO HIDRÓFILAS EM 2022

Ao longo deste relatório serão realizadas várias comparações entre os países no que se refere à adaptação de diferentes tipos de lentes de contacto hidrófilas. Os valores são sempre apresentados em termos percentuais, não devendo extrapolar-se a partir daí conclusões sobre o grau de penetração desta modalidade de compensação visual em valores absolutos nos diferentes países.

A Tabela 1 apresenta os resultados da prescrição de lentes de contacto hidrófilas para os dez países supracitados e a média dos 22 países incluídos no relatório de 2022.(1) No total dos 22 países analisados, foram reportadas 13 136 adaptações de lentes de contacto em 2022 (incluindo lentes RPG), o que representa um ligeiro decréscimo comparativamente a 2021 (14 393 adaptações). No entanto, estes valores são bastante inferiores aos habitualmente reportados antes de 2020 (> 20 000 adaptações anuais reportadas). À semelhança de anos anteriores, mais de metade das adaptações de lentes de contacto reportadas foram realizadas a mulheres (média de 65%). Em Portugal 63% das lentes de contacto adaptadas em 2022, foram adaptadas a mulheres.

De um modo geral, a grande maioria das novas adaptações ou readaptações de lentes de contacto pertencem às lentes hidrófilas (percentagem superior a 86% nos dois casos em 2022), com o número de novas adaptações ou readaptações de lentes RPG a rondar os 15% nas duas situações.

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Figura 1 – Para além de Portugal, foram selecionados mais nove países para comparar as tendências na adaptação de diferentes tipos de lentes de contacto. AUS: Austrália; BG: Bulgária; CA: Canadá; ES: Espanha; JP: Japão; NL: Holanda; PT: Portugal; TW: Taiwan; UK: Reino Unido; USA: Estados Unidos da América. Os dados relativos à Noruega (NO) não serão avaliados no relatório deste ano.

*média referente aos 22 países analisados no relatório de 2022.

Analisando os materiais de lentes hidrófilas, pode-se observar na Tabela 1 e Figura 2 que o silicone hidrogel continua a sua tendência ascendente a nível global, com propensão para a estabilização entre os 70 e 90% do total de lentes hidrófilas adaptadas. Entre os países com maior percentagem de adaptações de lentes de silicone hidrogel em 2022 pode-se destacar Áustria (94%), Estados Unidos (88%) e Portugal, Canadá e Bulgária (84%). A média global em 2022 fixou-se nos 76%, dois pontos percentuais acima do ano anterior. Portugal teve um grande aumento no que respeita às adaptações de lentes de silicone hidrogel, tendo sido de 84%, 20 pontos percentuais acima de 2021. Globalmente, tem-se assistido a um aumento significativo de adaptações deste material de lentes de contacto especialmente nos últimos quatro anos, resultado da adoção de países que ainda representavam uma quota de adaptação baixa em anos anteriores.

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DADOS 2020 AU BG CA ES JP NL PT TW UK US Média * NÚMERO TOTAL DE ADAPTAÇÕES REPORTADAS 509 323 1897 682 3037 288 294 449 687 207 Total: 13 136 Novas adaptações LCH 81% 78% 86% 69% 95% 78% 71% 93% 97% 84% 86% Readaptações de LCH 72% 90% 91% 78% 83% 53% 82% 91% 89% 91% 86% Materiais Baixo teor de água (<40%) 1% 0% 2% 5% 7% 4% 0% 54% 1% 1% 5% Médio teor de água (40-60%) 4% 3% 6% 10% 25% 15% 3% 21% 13% 8% 13% Alto teor de água (>60%) 2% 13% 5% 7% 7% 8% 13% 0% 5% 3% 6% Silicone hidrogel 94% 84% 84% 78% 61% 74% 84% 25% 81% 88% 76% Desenho Esférico 27% 53% 41% 38% 70% 35% 33% 75% 31% 36% 48% Tórico 25% 17% 34% 32% 20% 26% 36% 16% 39% 35% 28% Tint/ cosmético 3% 2% 1% 1% 2% 1% 1% 0% 2% 0% 1% Multifocal 35% 25% 19% 22% 8% 33% 21% 8% 23% 13% 18% Monovisão 8% 1% 4% 1% 0% 3% 1% 0% 4% 14% 3% Controlo miopia 2% 2% 2% 6% 0% 1% 9% 0% 1% 0% 2% Outros 2% 2% 2% 6% 0% 1% 0% 2% 0% 1% 0% Substituição Diária 56% 18% 54% 32% 60% 31% 41% 59% 74% 45% 48% 1-2 semanas 8% 11% 5% 1% 39% 6% 2% 3% 3% 12% 15% Mensal 34% 67% 40% 62% 1% 60% 56% 35% 23% 38% 34% 3-6 meses 0% 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 0% 0% 0% Anual 0% 3% 0% 4% 0% 3% 0% 0% 0% 3% 2% Não programada 2% 0% 0% 1% 0% 0% 1% 2% 0% 2% 1% Uso prolongado (UP) 5% 12% 1% 2% 0% 1% 1% 0% 1% 9% 7% UP com silicone hidrogel 100% 45% 98% 100% 50% 45% 100% - 97% 87% 91% Soluções multipropósito 96% 98% 82% 93% 80% 91% 87% 86% 97% 89% 88% Presbíopes: multifocal/monovisão 61%/17% 61%/6% 52%/12% 70%/2% 32%/1% 68%/8% 77%/1% 55%/0% 55%/9% 30%/31% 53%/7%
Tabela 1 – Distribuição da adaptação de lentes de contacto hidrófilas em dez países e média global dos 22 países analisados no relatório do ano 2022. Figura 2 – Percentagem de lentes de contacto de silicone hidrogel adaptadas em Portugal e em outros nove países entre 2007 e 2022. A linha tracejada vermelha representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano.

As lentes descartáveis diárias (Figura 3) seguem uma tendência similar. Em 2022, a percentagem média a nível global de adaptação de lentes descartáveis diárias foi de 48% (49% em 2021). Portugal, embora com uma tendência claramente ascendente nos últimos anos, continua com uma percentagem de adaptação de lentes descartáveis diárias abaixo da média global (41% em Portugal). Os países com maior número de adaptações de lentes descartáveis diárias em 2022 foram a Austrália (56%), Japão (60%), Taiwan (59%) e Reino Unido (74%), todos eles com uma tendência ascendente ao longo dos últimos anos. Este aumento nos últimos anos tem sido naturalmente acompanhado de uma diminuição progressiva e generalizada da adaptação de lentes de contacto descartáveis mensais (média global de 34% em 2022, igual a 2021). Mesmo com um decréscimo relativo ao ano passado, o regime de substituição predominante em Portugal continua a ser o regime de substituição mensal (56%), valor que decresceu relativamente a 2021 (60%). Não descurar que embora Portugal esteja abaixo da média global de adaptação de lentes descartáveis diárias e acima da média global no que diz respeito às lentes de substituição mensal, o nosso país apresenta as mesmas tendências gerais (com algumas oscilações anuais) de aumento e decréscimo, respetivamente, tal como os restantes países a nível europeu e mundial durante os últimos anos. Na Figura 4 torna-se visível o decréscimo da popularidade das lentes de substituição mensal que lentamente tem vindo a perder terreno para as lentes de substituição diária. Esta inversão é resultado da ampla gama de parâmetros de adaptação, diversidade de materiais e de desenhos óticos das lentes descartáveis diárias.

Outro aspeto a destacar, tal como em anos anteriores, é a adaptação de lentes de contacto hidrofílicas tóricas (Figura 5). Em 2022 a percentagem de adaptação destas lentes em Portugal foi de 36%, valor francamente superior à média a nível global (28%). No entanto, em ambas as situações, houve um decréscimo relativamente aos valores de 2021 (32% a nível global e 42% em Portugal). Esta posição de destaque e referência a nível internacional consolida Portugal entre os países que proporcionalmente mais adaptam lentes tóricas. Em 2022, os países que mais adaptaram lentes tóricas foram Portugal (36%), Canadá (34%), Reino Unido (39%) e Estados Unidos (35%). A percentagem média de adaptação de lentes tóricas em Portugal continua em consonância com o que seria expectável. Isto é, considerando que numa população de usuários de lentes de contacto se espera que cerca de 40% dos usuários apresente um astigmatismo igual ou superior a 0,75 D, podemos considerar que (em Portugal) a grande maioria dos usuários de lentes de contacto que apresentam astigmatismo igual ou superior a 0.75D estão com o seu erro refrativo totalmente compensado por este método de correção.

Figura 3 – Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas descartáveis diárias adaptadas em Portugal e em outros nove países entre 2007 e 2022. A linha tracejada vermelha representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano. A linha reta verde representa a tendência de regressão linear para Portugal entre 2007 e 2022. Figura 4 – Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas de substituição mensal adaptadas em Portugal e em outros nove países entre 2007 e 2022. A linha tracejada vermelha representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano. A linha reta verde representa a tendência de regressão linear para Portugal entre 2007 e 2022.
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Figura 5 – Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas tóricas adaptadas em Portugal e em outros nove países entre 2007 e 2022. A linha tracejada vermelha representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano. A linha reta verde representa a tendência de regressão linear para Portugal entre 2007 e 2022.

O segmento das lentes de contacto multifocais é um outro que tem tido uma evolução muito positiva nos últimos anos a nível global (Figura 6). Portugal tem estado em destaque nesta área nos últimos anos, sendo que 21% do número total de LCH adaptadas em 2022 foram lentes multifocais (18% em 2021). No entanto, é importante relembrar que em anos anteriores (nomeadamente 2020 e 2019) a percentagem de adaptações já foi superior a 25%. Até 2010, Portugal acompanhava os valores médios a nível global (linha tracejada vermelha), tendo a partir desse ano consolidado o seu destaque a nível internacional, com uma percentagem de adaptações muito superior à média global. Para além desta tendência de destaque francamente encorajadora, também se pode observar pela última linha da Tabela 1 que quase a totalidade dos pacientes presbitas adaptados (pacientes com 45 anos ou mais) têm a sua visão compensada através de lentes de contacto multifocais ou bifocais (77%) e ainda monovisão numa percentagem baixa (1%), significando que apenas 21% dos pacientes com idade superior a 45 anos foram adaptados com lentes monofocais (em Portugal). Estes valores são francamente positivos considerando a média global dos mais de 20 países analisados, onde 53% dos sujeitos com idade igual ou superior a 45 anos foram adaptados com lentes multifocais ou bifocais e 7% com sistemas de monovisão, o que significa que 30% dos sujeitos desta faixa etária foram adaptados com lentes monofocais.

mente 40-45 anos). Um aumento de adaptações em usuários mais jovens, nomeadamente considerando um incremento de adaptações de lentes de contacto com o propósito de controlar a progressão da miopia em crianças e adolescentes, estará a fazer com que esta tendência de aumento da idade média não seja ainda maior. Este parâmetro também é importante porque um aumento da idade média dos usuários poderá significar que os níveis de abandono sejam menores, à medida que aqueles que iniciam o uso numa idade mais jovem, continuam a usar as suas lentes ao longo dos anos. A proporção de adaptações de lentes hidrófilas para o controlo da progressão da miopia ainda é muito reduzida a nível global (2% em 2022), no entanto esta estratégia tem sido cada vez mais utilizada em países como Espanha (6%) e Portugal (9%).

Relativamente à idade média dos usuários adaptados com lentes de contacto (Figura 7), tem-se observado um ligeiro incremento ao longo dos últimos anos, sendo que Portugal tem acompanhado a média global. Em 2022, a idade média foi de 35,6 anos em Portugal e 33,7 a nível global. O aumento poderá estar certamente relacionado com o aumento do uso de lentes de contacto na população presbita (tipica-

ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTACTO RPG E EM CASOS ESPECIAIS

Em 2010, Nathan Efron previu que estávamos a chegar perto do final da era das lentes RPG. A verdade é que essa previsão nunca se confirmou, e até se observam dinâmicas muitos interessantes em sentido contrário neste segmento específico. Em média 12% do número total de adaptações realizadas a nível global em 2022 foram lentes RPG. Esta percentagem tem oscilado entre 7 e 12% ao longo dos anos. Um dado interessante, é que em Portugal foi reportado, em termos percentuais, o dobro das adaptações de lentes RPG (24%). Este número tem vindo a crescer bastante nos últimos três anos, estando acima da média global.

Até ao ano passado (2022), Portugal não reportava adaptações de lentes RPG (> 35) necessárias para a análise mais pormenorizada destas adaptações. No entanto, esta tendência reverteu-se e conseguimos (finalmente) marcar presença também na análise este ano. Quando analisamos o tipo de adaptações de lentes RPG realizadas, observamos

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Figura 6 – Percentagem de lentes de contacto hidrófilas utilizadas para a compensação da presbiopia adaptadas em Portugal e em outros 9 países entre 2007 e 2022. A linha tracejada representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano. A linha reta verde representa a tendência de regressão linear para Portugal entre 2007 e 2022. Figura 7 – Idade média dos usuários de lentes de contacto em Portugal e em outros nove países entre 2007 e 2022. A linha tracejada representa a média global dos mais de 20 países considerados em cada ano. A linha reta verde representa a tendência de regressão linear para Portugal entre 2007 e 2022.

que dos 12% a nível global, 54% foram de materiais de alta permeabilidade ao oxigénio e 23% foram de lentes esclerais. A realidade portuguesa foi bastante diferente do que a média global, com apenas 12% dos materiais adaptados a serem de alta permeabilidade ao oxigénio (>90) e a adaptação de lentes esclerais a ser 82% do número total de lentes RPG adaptadas. A verdade é que a categoria específica das lentes esclerais tem sofrido um aumento expressivo nos últimos quatro anos a nível global: em 2018, apenas 1.4% das lentes RPG adaptadas foram lentes esclerais, tendo este valor aumentado para 14% em 2019 e agora 23% em 2022. A percentagem indicada em 2022 para Portugal parece um pouco desajustada. Este é o primeiro ano que conseguimos ter dados individualizados de Portugal nesta categoria, por isso iremos esperar pelos relatórios dos próximos anos para tirar conclusões mais sólidas.

A ortoqueratologia para fins de correção refrativa também tem ganho cada vez mais adeptos a nível internacional. Enquanto em 2007 apenas 7% das adaptações de lentes RPG tinham essa finalidade, em 2022 vemos essa percentagem aumentar para 20%. Esta modalidade de correção tem suscitado especial interesse em países como Espanha (54%) e Holanda (21%). Até 2021, também se estava a observar um crescente interesse na prescrição de ortoqueratologia com o propósito específico de controlo da progressão da miopia (10%), no entanto observou-se um decréscimo para 5% no ano 2022. Em 2022, os países com maior percentagem deste tipo de adaptações foram Canadá (13%) e Reino Unido (16%). Em Portugal, não foram reportadas adaptações de ortoqueratologia para correção refrativa, mas foi reportada uma percentagem de 3% para a prescrição de lentes de ortoqueratologia para o controlo da progressão da miopia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É com grande satisfação que apresentamos este relatório da adaptação de lentes de contacto em 2022. Não há dúvidas que os dados reportados anualmente neste relatório são de grande importância para perceber as oscilações e tendências das diferentes regiões a nível global e perceber como nós, Portugal, nos enquadramos face aos outros países. No entanto, é importante entender também que este tipo de estudos tem limitações importantes no seu desenho, uma vez que existem assimetrias no que diz respeito ao número de adaptações reportadas por cada país – alguns países enviaram em 2022 mais de 3 000 adaptações (Japão) enquanto outros países, ficam-se por pouco mais de 100 adaptações reportadas. Ou seja, estes números reduzidos podem não ser representativos daquilo que de melhor ou pior se faz em cada país. No entanto, uma vez que esta metodologia é replicada anualmente sempre de igual modo, a série de dados obtidos ao longo do tempo (14 anos consecutivos no caso de Portugal), permite observar as tendências cronológicas

e delas tirar as observações e conclusões aqui apresentadas. Após um período de tempo em que Portugal reportava um número muito reduzido de adaptações (muito perto de 100), este ano de 2022 conseguimos subir para 294 adaptações de lentes de contacto reportadas. Ambicionamos conseguir fazer este número crescer ainda mais nos próximos anos para conseguirmos tirar conclusões mais sólidas sobre o panorama da adaptação de lentes de contacto no nosso país. Deste modo, apela-se a todos os profissionais de saúde ocular a participar neste tão importante projeto. Para isso, basta que submetam as suas próximas 10 adaptações consecutivas de lentes de contacto – podem descarregar o formulário através da página web https://ceorlab.wixsite. com/ceorlab/contact-lens-prescribing. (19)

Apenas com a ajuda de todos se conseguirá aumentar a expressividade dos dados recolhidos em Portugal e que estes representem mais fielmente a realidade clínica da prescrição de lentes de contacto no nosso país. Contamos com a participação de todos os colegas neste projeto!

REFERÊNCIAS:

(1) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2022. Contact Lens Spectrum. Volume 38; January 2023; Pages 28-35.

(2) Morgan PB, Efron N. Global contact lens prescribing 2000-2020. Clin Exp Optom. 2022 Feb 20:1-15. doi: 10.1080/08164622.2022.2033604. Epub ahead of print. PMID: 35184672.

(3) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2021. Contact Lens Spectrum. Volume 37; January 2022; Pages 32-38.

(4) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2020. Contact Lens Spectrum 2021. January 32-38

(5) Morgan P, Woods CA, Jones L, et al. International contact lens prescribing in 2007. Contact Lens Spectrum. 2008; January: 36-41.

(6) Morgan P, Woods CA, Jones D, et al. International contact lens prescribing in 2008. Contact Lens Spectrum. 2009; February: 28-32.

(7) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2009. Contact Lens Spectrum. 2010; February: 30-36

(8) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2010. Contact Lens Spectrum. 2011; January: 30-35.

(9) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2011. Contact Lens Spectrum. 2012; January: 26-31.

(10) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2012. Contact Lens Spectrum. 2013; January: 26-31.

(11) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2013. Contact Lens Spectrum. 2014; January: 30-35.

(12) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2014. Contact Lens Spectrum. 2015; January: 30-35.

(13) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2015. Contact Lens Spectrum. 2016; January: 28-33.

(14) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2016. Contact Lens Spectrum. 2017; January: 28-32.

(15) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2017. Contact Lens Spectrum. 2018; January: 28-32.

(16) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2018. Contact Lens Spectrum. 2019; January: 27-31.

(17) Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2019. Contact Lens Spectrum. 2020; January: 26-31.

(18) González-Méijome JM, Jorge J, Almeida JB, Parafita MA. Contact lens fitting profile in Portugal 2005: strategies for first fits and refits. Eye & Contact Lens Science & Clinical Practice. 2007;33:81-88.

(19) Inquérito para a prescrição de lentes de contacto. Disponível em: https://ceorlab.wixsite.com/ceorlab/contact-lens-prescribing. Acesso em 10 de março de 2022.

EYES WIDE OPEN | 31 |

NOVA LOJA E AÇÃO SOCIAL MULTIOPTICAS REFORÇA LOJAS

E O AMBIENTE

Abril e maio foram meses de muita ação para o grupo de óticas. A MultiOpticas uniu-se à Helpo para ensinar pequenos aventureiros a construir as florestas do futuro e lançou-se à conquista da Madeira com apoio de uma figura icónica da ilha, Dolores Aveiro, mãe do famoso futebolista Cristiano Ronaldo.

LA VIE FUNCHAL RECEBE NOVA MULTIOPTICAS

A multinacional inaugurou, a 11 de maio, um espaço com um conceito moderno, munido de uma grande variedade de marcas eyewear. É o reforço da aposta na expansão das lojas, sob o intuito de prosseguir os cuidados de saúde visual dos portugueses. Neste espaço em particular, a marca de ótica apresentou um centro de visão com a chancela da Essilor e a garantia de especialistas certificados e a melhor tecnologia ao serviço da visão. No centro comercial La Vie Funchal esteve Dolores Aveiro, embaixadora da MultiOpticas, que por sua vez identificou duas instituições de solidariedade social para a efeméride. As fundações Nossa Senhora da Conceição do Funchal e Princesa Dona Maria

Amélia foram, assim, o reforço da missão da marca de ótica de Cuidar da Visão dos Portugueses. Durante a inauguração da nova loja, que ocupou o Centro de Conversas organizado pela equipa do la Vie Funchal em parceria com a MultiOpticas, ficou registado por todos os presentes que o bem estar das crianças e idosos das duas fundações é central.

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DIA DA TERRA CELEBRADO COM OLHOS NO FUTURO

A MultiOpticas comemorou o dia da Terra, em abril, com uma atividade especial que envolveu as crianças apoiadas pela Helpo, uma organização não governamental para o desenvolvimento. Os pequenos aventureiros estiveram no Parque Marechal Carmona, em Cascais, a aprender a plantar uma árvore e ainda tiveram direito a um rastreio visual, com oferta de óculos graduados a quem foi detetada a necessidade de correção. Esta iniciativa antecede uma maior, em parceria com a Helpo, que acontece em breve e que se baseia numa grande ação de plantação de árvores, precisamente no período do ano ideal para o efeito. No fim houve ainda um piquenique em plena natureza.

Desta forma, a MultiOpticas quis sensibilizar as crianças para a sustentabilidade e, em simultâneo, para a importância do cuidado visual, sob o mote: Vamos ver melhor e cuidar mais do nosso planeta. “A sustentabilidade não é uma escolha, é uma prioridade! Atualmente, a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa são duas faces da mesma moeda, porque não faz sentido cuidar dos outros, permitindo-lhes um futuro melhor, se não houver um planeta com futuro. A sustentabilidade já não é uma ideologia, é uma arquitetura de futuro, uma cultura de respeito pela natureza e por nós próprios, mas acima de tudo é um direito humano fundamental - o direito à vida”, sublinhou Ana Portugal, líder da Responsabilidade Social Corporativa da MultiOpticas.

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"A sustentabilidade já não é uma ideologia, é uma arquitetura de futuro, uma cultura de respeito pela natureza e por nós próprios"

ANIVERSÁRIO, SIMPÓSIO E NOVAS PARCERIAS CONSELHEIROS DA VISÃO

CELEBRAM 34 ANOS COM ENERGIA

26 de abril marcou os 34 anos de trabalho do grupo Conselheiros da Visão. Somam hoje cerca de 100 associados, que representam 150 lojas a nível nacional sob o lema O nosso foco, a sua visão. Nada melhor do que celebrar em “família” durante o XVI Simpósio, que aconteceu em Évora, entre 29 de abril e 1 de maio, e ainda com uma nova parceria com a influencer Rute Malagueta.

De facto, os 34 anos de Conselheiros da Visão celebram-se sob a estabilidade de uma história de crescimento sustentável e com uma presença em todas as regiões do país, numa relação de proximidade com os clientes. De realçar que alguns dos associados do grupo são centenários, passando uma imagem forte dos Conselheiros da Visão. E envoltos na sua própria história, os associados juntaram-se em Évora no seu evento anual. Vindos de todo o país, os cooperadores e respetivas famílias tiveram três dias de aprendizagem, partilha e convívio no Convento o Espinheiro. Sob o mote “Somar a diferença de um caminho alinhado e focado no detalhe”, o evento anual, que tem coincidido com o aniversário do grupo, focou-se na aquisição de novos conhecimentos, maior alinhamento e espírito de união dos óticos e partilha de novas experiências, motivações e preocupações relacionadas com a atualidade no mercado. Entre os convidados a subir ao palco das apresentações em Évora, destacaram-se André Leonardo, speaker motivacional especialista em “fazer acontecer”, que deu a volta ao mundo e trouxe várias histórias para nos contar, Luís Justino, professor no ISCTE que apresentou o impacto da transformação digital nas vendas, e ainda Matilde Marques, diretora de marketing, que abordou o tema do Mercado do Luxo, muito em voga nos nossos dias. Da parte do patrocinador oficial e exclusivo do evento, assinalou-se Filipa Ferreira, da EssilorLuxottica, que nos deu a conhecer a inovação em equipamentos, lentes monofocais e controlo da miopia.

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Completando o rol, André Coelho, da Alcon, falou sobre as oportunidades e inovações do segmento da contactologia e, ao nível do gabinete, Gilberto Ferreira abordou o tema da miopia, partilhando com a plateia a sua experiência e ensinamentos adquiridos ao longo da sua vida profissional. O XVI Simpósio dos Conselheiros da Visão foi também marcado por muitas surpresas. Entre elas assinalou-se a presença da chef Justa Nobre. Em ambiente descontraído, a renomada chef pôs em prática um workshop de cozinha, colocando à disposição vários desafios

culinários para os cooperadores darem asas à criatividade, convidando-os a criar receitas únicas e deliciosas. Após o evento, o Conselho de Administração do grupo destacou “três dias de formação bem passados, onde o convívio, a partilha de conhecimentos e experiências foi um momento chave para um espírito de maior alinhamento e união para enfrentar os próximos desafios. São Simpósios como este que fazem com que o grupo esteja cada vez mais coeso e de onde todos os intervenientes saem mais enriquecidos”.

CONSELHEIROS DA VISÃO E RUTE MALAGUETA UNEM-SE EM 2023

Os Conselheiros da Visão anunciaram uma parceria institucional com a influencer Rute Malagueta , para o Dia da Mãe. O grande objetivo passa por potenciar a comunicação nos meios digitais, uma das apostas da direção do grupo para 2023.

A ação para o Dia da Mãe foi pensada pelo facto da Rute ter sido mãe recentemente, aliando o fator emocional de “olhar pelos seus”, aos valores partilhados pelo grupo. Ou seja, é uma forma de evidenciar a relação de proximidade dos óticos Conselheiros da Visão com os seus clientes, demonstrado no acompanhamento da sua saúde ocular. Para além desta ação do Dia da Mãe, a Rute Malagueta vai destacar o grupo ao longo do ano, através da produção de conteúdo digital. Desta maneira difunde a marca e os seus valores. Esta dinamização do digital passa também pela promoção das marcas próprias, na categoria de armações e óculos de sol Fitness e Ocean, respetivamente. A Rute dá ainda visibilidade à causa de responsabilidade social do grupo, em parceria com a Associação Pata D’Açúcar, com o intuito de sensibilizar o público em geral, e alcançando potenciais clientes.

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Os 34 anos de Conselheiros da Visão celebram-se sob a estabilidade de uma história de crescimento sustentável

FORMAÇÃO CECOP RELANÇA PROGRAMA DE GESTÃO DE ÓTICAS

O grupo multinacional de óticas dinamiza a terceira edição do Programa de Gestão de Óticas em parceria com o ISCTE Executive Education, de Lisboa. A formação dirige-se a todos os profissionais do mercado ótico, para promover o respetivo potencial e considerando as especificidades da atividade.

O sucesso das duas edições anteriores impulsionou o novo curso que une a CECOP Portugal e a renomada instituição superior de gestão. A terceira edição do Programa de Gestão de Óticas arranca a 3 de outubro de 2023 e prolonga-se até 22 de fevereiro de 2024. Trata-se de um curso 100 por cento online que abrange todos os players do setor e tem como objetivo apurar os conhecimentos dos profissionais na gestão dos seus negócios. É fulcral num período de grandes mudanças na sociedade e, consequentemente, nos hábitos de consumo, para que se acompanhe e ultrapasse os desafios impostos ao mercado da ótica. A CECOP Portugal e o ISCTE consideraram ainda os horários intensos das lojas e ajustaram a formação para o regime pós-laboral, entre as

19h30 e as 22h30. Desta forma, a formação pode abranger mais interessados e os formandos podem estudar e trabalhar.

O programa do curso conta com 60 horas de formação, lecionadas por um corpo docente com conhecimento do mercado ótico, e inclui os módulos de Gestão Financeira, Gestão de Stocks, Gestão de Vendas, Marketing Digital e Gestão de Pessoas. Dentro da comunidade CECOP já são cerca de 40, os óticos formados pelo Programa de Gestão de Óticas e a CECOP Portugal orgulha-se desta parceria com o ISCTE, garantindo aos alunos uma educação de qualidade, associada a uma instituição de renome em Portugal. Pode obter-se mais informações sobre o programa através de marketing@cecop.pt.

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DIA MUNDIAL DA TERRA SILHOUETTE GROUP COMPROMETIDO COM A SUSTENTABILIDADE

A fabricante de óculos e lentes oftálmicas tem nas suas prioridade o planeta e a sustentabilidade. Na celebração do Dia Mundial da Terra, o Silhouette Group comunica ao setor os esforços e iniciativas que empreende diariamente em prol da poupança de um dos bens mais valiosos da Terra: a água.

TODAS AS GOTAS CONTAM

O Silhouette Group usa cada gota de água da forma mais eficiente possível e esforça-se para economizar água. Trabalha constantemente para melhorar a qualidade e a purificação das águas residuais que produz. Usa os seus próprios sistemas de tratamento de água, limpando cerca de 104 mil litros de água resultantes da produção todos os dias, que é usada várias vezes no ciclo de produção.

CONSERVAR ÁGUA POTÁVEL

A empresa criou três poços de água subterrânea para usar na irrigação do paisagismo na sua sede, economizando 1,5 milhões de litros de água potável todos os anos. A água subterrânea extraída flui diretamente de volta para o lençol freático e cria um abastecimento de água circular que não prejudica o meio ambiente.

Isto porque são era de 2,2 biliões de pessoas que ainda não têm acesso a água potável, reforçando a motivação da casa austríaca na poupança e valorização de cada gota. A sede do grupo e o local de produção principal está localizado dentro de uma área de conservação de água, o que torna todos os processos ligados ao fabrico da Silhouette especialmente cuidadosos, agregados ainda ao compromisso com a marca de qualidade made in Austria. Ou seja, torna-se essencial proteger aquela área e essa é uma das razões que motiva a importância de manter o certificado de direitos de água. Esta autorização permite à empresa operar dentro da área de conservação de água e o Silhouette Group conquistou o seu último certificado por um período de 15 anos. Apesar de ser um período pouco comum para uma empresa desta dimensão, confirma e atesta que a companhia está no caminho certo no tratamento das águas e ainda a confiança que existe na mesma.

“Apesar de atualmente haver um abastecimento abundante de água na Áustria, o nosso objetivo é ter medidas preventivas para evitar escassez e reduzir continuamente o consumo de água na produção dos nossos óculos premium. Por isso, estamos à procura e a investir em diversas tecnologias para manter a água de produção em circulação o máximo possível”, detalhou Thomas Windischbauer, CCOO do grupo.

100 POR CENTO DE COMPROMISSO COM 0 POR CENTO DE MICROPLÁTICOS

O Silhouette Group tem ainda a missão de proteger o meio ambiente dos microplásticos e consegue este objetivo com a produção de armações e lentes, sob o mesmo teto, num ciclo fechado. A água usada para ratificar os blocos de lente é filtrada várias vezes, reciclando consistentemente os resíduos e aparas de moagem. A Silhouette assegura assim que não são apenas os clientes que beneficiam dos seus produtos a 100 por cento, o meio ambiente também.

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VISIONÁRIOS 23

OPTIVISÃO APRESENTA BMW E NOVO DIRETOR GERAL

Os óticas que trabalham sob a “bandeira” da Optivisão reuniram-se em abril para dois dias de partilha de estratégias, de novidades e ainda de experiências descontraídas. O Dolce CampoReal, no Turcifal foi o palco destas jornadas de convívio entre os 188 participantes, onde não faltou música, fado e óculos de alta performance

Os pontos altos deste encontro foram a apresentação formal de António Amorim como novo diretor geral do grupo nacional e ainda a revelação da coleção exclusiva para a Optivisão da BMW Eyewear.

O novo diretor geral discursou para os óticos presentes assinalando que a “dedicação, competência, rigor, novidade, inovação, futuro, qualidade, empenho, tendências, simpatia são além de adjetivos que caracterizam a forma de estar do grupo Optivisão as palavras de ordem para o desenvolvimen-

to futuro dos serviços de saúde visual assegurados pela maior rede de óticas nacional.”

Quanto à nova marca que vai colorir as óticas Optivisão, o anúncio foi acompanhado pelos potentes BMW M4, BMW IX e BMX I4. Os visionários do grupo puderam desfrutar do conforto e velocidade dos mesmos num test drive preparado para a ocasião. Paralelamente, confirmaram os materiais de qualidade dos óculos da insígnia e o respetivo design inteligente que irá apelar aos clientes que seguem a marca

e não prescindem de bons produtos. Os resto das jornadas dos Visionários 23 foi com vista para a serra do Socorro e Archeira, ao som da partilha de ideias e estratégias para o futuro. Puderam ainda usufruir de momentos de convívio, descontração e lazer, proporcionados por um karaoke com a fadista Cuca Roseta, um stand-up comedy do humorista Dário Guerreiro (Moço d’um Cabreste) e um dance floor ativado pelo DJ Johnny.

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