Nita Gaspar dos Açores para todo o mundo!

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Nita Gaspar Uma ótica de amor em pleno Atlântico

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50
PORTUGAL • Nº 121 • ABRIL 2023
CIOC 2023 O retrato de uma optometria dinâmica
Ricardo Nunes LHP ao ritmo da Lightbird em Portugal Shamir Novo laboratório nos Açores

Nos dias magros da sociedade…

…a ótica segue um percurso seguro. As empresas não abrandam nas ações, nos investimentos, na evolução e no sentido positivo do negócio. Renovam-se parcerias, lançam-se novas valências, mais abrangentes e pensando nos consumidores remotos, reforça-se a gama de produtos premium, desenham-nos novos e diferenciados estilos e estende-se uma “mão” solidária. E nem perante uma comunicação social que denuncia uma crise social e económica em crescendo, os empreendedores deixam de fazer nascer sonhos em prol dos óculos. Registámos tudo nesta edição primaveril, positiva e luminosa mesmo com o fecho sob chuva intensa. Também damos “voz” à ciência que envolve o setor, com a cobertura do importante Congresso Internacional de Optometria e Contactologia, sob alçada da União Profissional dos Ópticos e Optometristas. Da Figueira da Foz para todo os profissionais no país, dias de mudança anunciaram-se para a optometria . Claro que, na nossa cobertura do setor da ótica andamos também sempre em busca de pessoas exemplares nos seus negócios. Não só pela astúcia e pelo sucesso, mas também porque têm estratégias especiais para conquistar uma carteira de clientes considerável. Por norma, são personalidades especiais. E, se começamos sempre o editorial por falar da entrevista da capa, em abril quisemos guardar o melhor para o fim. Nita Gaspar falou-nos através do computador, mas abriu-nos uma janela para os Açores durante uma conversa boa, inesquecível. O “delicioso” sotaque açoriano fez-nos viajar pela vida de uma empresária que “cura” olhos e aquece corações. E nem os dias mais duros da sua jornada lhe tiraram o brilho. Pelo contrário, fazem dela uma mulher colorida, dinâmica, próspera e o centro de vidas que a procuram. Ela sabe como os óculos nos podem “melhorar” de uma forma muito única e primorosa e sabe como ouvir e aliviar os dias. Quando fechei o computador e olhei para a folha em branca onde devia escrever sobre Nita, ainda ouvia as ondas do mar que escaparam e pensei na sorte que é ter atividade num setor que atrai as melhores pessoas do mundo. É assim que se justifica uma Gaspar Ópticas insular pujante.

Vamos agora em direção aos novos desafios imunes aos obstáculos que, no fundo ensinam a ter novas perspetivas sobre um mercado vivo e à altura do futuro. Leia-nos, porque a ótica está aqui!

Estatuto Editorial / Sinopse

A Millioneyes é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com.

A Millioneyes tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência.

A Millioneyes traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais.

A Millioneyes compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A Millioneyes é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.

| 4 | #EDITORIAL

Eu vejo um futuro sustent ável sustentável

Tel. 218 550 980 www.opticaliaexpansion.com São muitas as marcas internacionais que confiaram na Opticalia para desenvolver e comercializar as suas marcas de eyewear e sunwear. Publicidade, produto exclusivo, formação e digitalização fazem da Opticalia um dos grupos óticos mais importantes do mundo. Quer juntar-se a nós? Já somos mais de 1500 óticos-optometristas.

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FRAME OUT Police 40

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WHAT’S NEW SILMO Paris Edição em português no Porto

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SOCIAL EYES CIOC 2023 O

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IN YOUR EYES Conselheiros da Visão

Diretora: Patrícia Vieites | Editora: Carla Mendes | Redação: Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos, Célia Esteves, Marlene Maia |

Design e Paginação: Paula Craft | Fotografia: Diogo Rola | E-mail: millioneyes@outlook.pt | Tel: 96 232 78 90 | Periodicidade: Mensal | Tiragem: 2000 exemplares | Impressão: Uniarte Gráfica, S.A | Preço de capa em Portugal: 7,50 euros

Depósito Legal n.º 419707/16 | Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores.

A MillioneyesTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal | NIF: 510195865 | Gerente/Diretor - Cristóvão Jesus - Detentor de 100 por cento do capital social | Sede de Redação– Rua Elísio de Melo, 28, S 38 – 4000-196 Porto | Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: millioneyes@outlook.pt

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Nita Gaspar Uma ótica de amor em pleno Atlântico
anos ao serviço do estilo masculino
retrato de uma optometria dinâmica
#ÍNDICE

LUZ SOB CONTROLO™

Transitions é uma marca registada e o logotipo é registado por Transitions Optical, Inc. A sua utilização está sujeita a autorização por parte da Transitions Optical Limited.

GEN 8 é uma marca registada pela Transitions Optical Limited. A performance fotocromática é influenciada pela temperatura, a expositção aos raios UV e matéria da lente.

Armação Caroline Abram® - Lentes Transitions Gen 8 Amethyst. *Lentes inteligentes que se adaptam automaticamente às variações de luminosidade.

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BLACKFIN

Pacific e a reinvenção de um clássico

O novo conceito criativo desta produtora italiana situa-se no ponto onde a elegância de formatos clássicos e a modernidade do design minimalista convergem. O titânio é o centro deste intemporal Blackfin Pacific e a sua essência remete para um oceano que reúne dois mundos, duas culturas e duas formas de interpretar os desenhos de óculos da década de 1940. O estilo originado no Japão e com um upgrade californiano tornou-se icónico em todo o mundo e a Blackfin rescreve a sua história.

J.F.REY

Uma leveza marcante

Considerando que o design minimalista passa por ir ao essencial e reduzir o produto até à mais discreta expressão, o design sussurrado de Whisper surge através de uma estética ligeira. A novidade da casa francesa mistura formas e linhas com vibrações subtis, finas e delicadas. Dedicada a mulheres, revela-se num desenho redondo, elementar, intemporal e sempre contemporâneo e materializa-se em metal de extrema precisão, revelando as suas fronteiras de forma exímia. O toque final de luxo está nas cores inesperadas que seduzem as atuais tendências e garante uma alegria exuberante.

FERRAGAMO E a ode ao sol

A Ferragamo apresenta os novos modelos de óculos de sol assentes na elegância eterna da maison italiana. Os dias quentes de 2023 contam com estilo e atitude, através de detalhes sofisticadas e acabamentos luminosos. A inspiração vem dos formatos originais desenvolvidos por Salvatore Ferragamo no seu trabalho original no calçado. O detalhe de luxo do Gancini dourado em plena haste do modelo feminino garante uma declaração de modernidade. No masculino, são os promenores em couro que enriquecem o “coração” minimalista da armação.

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LEINZ EYEWEAR

Contrastes que se unem

A criadora Beate Leinz celebrizou-se com designs eyewear icónicos para a Prada ou a Miu Miu e inventou todo o conceito inovador da marca Yohji Yamamoto. Daí até cumprir o sonho de ter o seu nome numa marca própria muito original foi um passo natural da sua carreira auspiciosa. Sob o lema contraste e híbridos, nasceram óculos que combinam o velho com o novo, o familiar com o futuro. Foram precisos dois anos para trabalhar sobre a ideia que faz brilhar a Leinz Contemporary Eyewear Berlin. Para além da originalidade das peças, Beate imprime ainda um ritmo sustentável e funcional à sua marca, que já lhe valeu o prémio opti BOX na feira internacional de Munique, em 2022.

LOOK

A Itália materializada em óculos

Na primavera/verão 2023 a Look quer que cada indivíduo possa expressar a sua própria narrativa de moda. Para isso, nada melhor que envolver cada nova armação das melhores tendências italianas, do melhor fabrico em qualidade e inovação e ainda um estilo e coolness inegáveis. As propostas são oversized, mas com um flair muito clássico e tonalidades quentes como havana, mel e azul, nos acetatos de celulose e banhado a ouro nos metais, numa acabamento elegante e muito funcional.

JACQUES MARIE MAGE

A última fronteira

A linha de primavera de 2023 The Last Frontier emana uma nuance de art deco e a opulência do mundo antigo. Incorporando volumes esculturais e silhuetas polidas, os modelos provocam um efeito dramático nos detalhes originais em prata genuína, ouro e cor turquesa que irradiam extravagância e glamour

Desenhados em Los Angeles e manufaturados no Japão, estas peças colecionáveis são expressões de conquistadores, reflexões de individualismos corajosos e de um flare sartorial do Oeste Americano e das suas aventuras e personagens.

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Lentes oftálmicas eficazes e não invasivas para a gestão da miopia, com proteção contra a luz solar intensa. 1-4

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Tecnologia fotocromática -adapta-se à intensidade da luz solar e regressa à sua transparência em segundos 5

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Myopia care for kids.

1. Lam CSY, Tang WC, Tse DY, et al. Defocus Incorporated Multiple Segments (DIMS) spectacle lenses slow myopia progression: a 2-year randomised clinical trial. Br J Ophthalmol. 2020;104(3):363-368. 2. Lakkis C, Weidemann K. Evaluation of the performance of photochromic spectacle lenses in children and adolescents aged 10 to 15 years. Clin Exp Optom. 2006;89(4):246-252. 3. Renzi-Hammond LM, Hammond BR Jr. The effects of photochromic lenses on visual performance. Clin Exp Optom. 2016;99(6):568-574. 4. Wu PC, Kuo HK. Effect of photochromic spectacles on visual symptoms and contrast sensitivity of myopic schoolchildren treated with low dose concentration atropine. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2016;57:2484. 5. HOYA data on file. Lens performance validation test for MiYOSMART photochromic lenses – activation and deactivation. 02/2023. Tests were conducted at room temperature (23 °C).

SNOB MILANO Ambiente, qualidade e um estilo indubitável

A marca transalpina desenhada, produzida e distribuída pelo fabricante histórico, Franco Sordelli, fez do segmento clip-on a sua bandeira mais recente, assim como o investimento na sustentabilidade e nos mais altos padrões de qualidade. A nova coleção tem três premissas de sucesso: bio lux, titânio e clip-on, precisamente. Com recurso às lentes solares Zeiss, a Snob Milano “veste” os seus designs intemporais, audazes, de tons marcantes e, de forma original, frontais planos com estilo e qualidade visual superior.

CUTLER AND GROSS Grandes e incontornáveis

Para a temporada quente, a Cutler and Gross viajou no tempo pelo seu extenso arquivo com o propósito de reimaginar um estilo em óculos com origem no hedonismo e na contra-cultura. Assim surge o icónico Bug Eye. Com “currículo” feito nos anos ’60 e com aparições frequentes em todas as décadas, é hoje um desenho incontornável na história do eyewear. As suas formas amplas, arredondadas e com lentes curvadas cobriram o rosto e conquistaram uma juventude inquieta e audaz nos anos ’60/’70. A respetiva criação foi permitida pelos avanços em matérias e técnicas de produção que faziam possível formatos de lentes mais complexos. Músicos como Iggy Pop ou Kurt Cobain foram vistos com este modelo, contribuindo para o atual estatuto de ícone do Bug Eye.

KOMONO Uniões inusitadas

A marca de origem belga tem-se unido a designers arrojados em busca de novos paradigmas em eyewear. Destacam-se as colaborações com a marca denim de luxo, Eat Dust, que resultou em três modelos intensos em acetato robusto e colorações únicas. Outra parceria criativa de luxo aconteceu com o excêntrico conterrâneo Walter Van Beirendonck, com quem a Komono desenvolveu uma segunda coleção com as armações UFO e Alien. Como indicam os nomes, são propostas tão atrevidas quanto futuristas e coloriram a passarela com as linhas de moda do artista na mais recente apresentação.

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P A T R I C K D E M P S E Y W E A R I N G T H E P 8947 SUNGLASSES ’ Edifício Premium Rua Miguel Serrano, nº9, 6ºAndar 1495-173 Mira ores, Portugal | Contacto: +351 210 004 552

POLICE

40 anos ao serviço do estilo masculino

A famosa marca da De Rigo brinda, em 2023, a quatro décadas de aventuras eyewear. Estabelecida em 1983, tornou-se um sucesso imediato com óculos que representavam um ícone de lifestyle. Alargouse em 1997 a perfumes, a primeira colaboração de muitas, entre as quais no segmento dos relógios, jóias, vestuário, entre outros produtos. Na sua génese tem a liberdade como mote e a exploração da moda no masculino, que na altura era algo inovador. Nas várias campanhas publicitárias, deram o rosto pela Police Bruce Willis, George Clooney ou Antonio Banderas e ainda esteve ligada a filmes de ação como Batman vs Super-Homem ou Bullet Train, com Brad Pitt. De realçar ainda a parceria com a Mercedes-AMG Petronas Formula One Team até à colaboração com David Beckham, Neymar Jr., Lewis Hamilton e George Russell. A celebração passa agora pelo lançamento de quatro óculos especiais de apenas 1983 peças numeradas. O denominador comum da coleção cápsula são os códigos de cores ligados à identidade e história da Police e claro, a audácia cultivada em 40 anos de desenhos.

NEUBAU X ODEEH

Liberdade sempre!

A insígnia austríaca e a renomada marca alemã de moda lançaram a sua segunda coleção de óculos de sol, sob espírito da sustentabilidade. Paralelamente, a união Neubau x Odeeh também se espelha em acessórios com materiais de origem vegetal, feitos a partir das sobras dos modelos solares.

A inspiração no centro das novidades é o filme Phaedra, uma história clássica de saudade e que se reflete numa simbiose perfeita entre arte, moda e design. As peças são, por isso, uma visão da liberdade dos dias quentes e descrevem essa procura incessante pela ligação profunda desprendida das convenções tradicionais e normas sociais. Têm ainda uma referência subtil à euforia ousada do zeitgeist dos anos ’60 e ’70.

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*1,2 LENTES DE CONTACTO MENSAIS LENTES DE CONTACTO DIÁRIAS *Aplicável as lentes de contacto DAILIES TOTAL1TM esféricas e multifocais e TOTAL30TM esféricas. Referência: 1. In a clinical study wherein patients (n=66) used AOSEPT® solution for nightly cleaning, disinfecting, and storing; Alcon data le, 2021. 2. Perez-Gomez I, Giles T. European survey of contact lens wearers and eye care professionals on satisfaction with a new water gradient disposable contact lens. Clinical Optometry. 2014;6:17-23. As lentes de contacto DAILIES TOTAL1™ e  TOTAL30™ são dispositivos médicos indicados para a correção visual. Para mais informações sobre Proporcione aos seus clientes UM CONFORTO EXCECIONAL*1,2 Contacte o seu gestor comercial Alcon para mais informações sobre as lentes de contacto TOTALTM Tão confortáveis como se não usasse nada*1,2 indicações, advertências, precauções, contraindicações e efeitos adversos, leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização, disponíveis em h ps://ifu.alcon.com. ©2023 Alcon Inc. Revisto em 01/2023. Alcon Portugal-Produtos e Equipamentos O almológicos, Lda. NIPC.501 251 685. PT-T30-2300014. PUB

SILMO PARIS

Edição em português no Porto

A versão mais movível da feira mundial está a preparar um novo showroom em Portugal, seguindo a sua filosofia de multinacionalidade e partilha . Em 2023, o SILMO acontece na Invicta a 16 de maio, com uma exposição das empresas que operam em Portugal e dedicada aos profissionais lusos. O magnífico Pestana Palácio do Freixo é o palco para esta exposição vantajosa, localizado junto ao Douro e num monumento nacional precioso e requintado. Entretanto os preparativos do grande SILMO Paris continuam a grande velocidade com datas estabelecidas para 29 de setembro a 2 de outubro, em pleno Centro de Exposições de Paris Nord Villepinte.

MULTIOPTICAS Marca de Confiança

A grande rede de ótica conquistou, pela 12ª vez, o selo Marca de Confiança, na categoria Óticas. Este reconhecimento é atribuído pela revista Selecções do Reader’s Digest, através de um estudo que envolve consumidores e empresas há cerca de 22 anos. A MultiOpticas foi distinguida com uma nota global de satisfação de 48 por cento, em que os principais atributos são a relação entre custo e benefício e a qualidade, segundo os dados oficias revelados na revista Selecções Reader’s Digest. De realçar a longevidade da relação de confiança que a marca de ótica tem conseguido manter com os seus clientes portugueses.

VISION EXPO EAST 2023

Nova Iorque convidou à ótica

A feira norte-americana de eyewear aconteceu entre 16 e 19 de março, no fabuloso Centro Javis, na mítica cidade de Nova Iorque, com 425 expositores de todo o mundo. A organização do certame declarou que foi o maior encontro da ótica em território norte-americano, dos últimos anos, embora não anuncie os números de visitantes. Garantem, no entanto, que milhares de pessoas de todo o mundo consultaram os stands no Javis e assistiram às conferências do VisionEd, o programa de formação contínua da Vision Expo. Este evento inclui 300 horas de sessões que abordam desde estratégias de negócios e tendências de moda até ás táticas de educação do consumidor e inovações estado de arte. Ainda de destacar a Área da Carreira - Estudantes que se destina à promoção de ligações entre os futuros profissionais e as empresas.

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NIRVAN JAVAN

Ligações digitais

A marca eyewear tem na sua filosofia basilar a criação de óculos mas também uma inclinação para a arte. A prova disso está na recente parceria com o músico suíço Mega, com quem criou uma experiência audiovisual completamente nova. O video para a canção Berger foi inteiramente criado em computador, com um mundo digital em que o artista surge num modelo gerado a 3D e com as peças da linha Shades of Toronto ,de Nirvan Javan. Os mundos futuristas tornam-se reais, num passo para um nova perspetiva. Trata-se da primeira colaboração com um jovem artista num plano arquitetado para entrar nos mundos, para além do musical, cinematográfico e digital.

OPTIVISÃO

Melhor Loja Portugal 2023

O grupo nacional de óticas conquistou a designação A Melhor Loja Portugal 2023, na categoria óticas, numa avaliação promovida pela revista dos negócios de distribuição, Grande Consumo. A publicação quer destacar o que há de melhor no retalho físico e digital, no nosso país, através de um sistema de apreciação simples e objetivo. É pedida a opinião dos consumidores sobre o serviço prestado por um total de 276 marcas, nas 28 categorias a votação, no caso de 2023. Estiveram envolvidas 65 mil votações que apuraram 30 vencedores, sendo que a Optivisão se destacou com o maior número de votos e o melhor índice de satisfação.

WHAT'S NEW | 19 |

UMA ÓTICA DE AMOR EM PLENO ATLÂNTICO

Tivemos sorte em descobrir a Nita Gaspar! Uma ótica de coração que desenvolve o seu negócio no meio do Oceano Atlântico, nos Açores. E mesmo com as fronteiras da ilha, mantém-se cidadã do mundo e absorve a realidade que a rodeia na sua faceta mais positiva e brilhante. Embora tivéssemos “um mar” entre nós, conseguimos absorver a energia que Nita produz à velocidade das gargalhadas fáceis e de um sorriso que não se extingue, nem ao som das histórias de superação que nos foi entreabrindo.

Tem o amor como base de todas as suas decisões de negócio, por si e pelos outros, e a prova disso está na marca que lançou no seu mais recente projeto, com portas abertas em Ponta Delgada. Love Vision é a materialização de todos os seus anseios na ótica e na vida, com o requinte, a surpresa e a beleza que pautam os seus dias. E como todas as histórias de sucesso, também Nita tem na pele as memórias de dias de muita luta no negócio que era omnipotente no seio da sua família. Desde cedo trabalhou, primeiro em casa porque os pais estavam na loja, e depois entre paredes cheias de óculos onde, por sorte, se descobriu e se tornou plena. Tudo funcionou sempre em prol da ótica na sua juventude, mas também foi aqui que esta empreendedora pôs tudo a funcionar a seu favor.

#ALL EYES ON YOU | 20 | NITA GASPAR
Fotos: Diogo Rola

É nas pessoas, nas suas vidas, nos seus olhares e na melhoria do que as rodeia que Nita Gaspar tem a sua fonte de juventude. Depois, fazer dos óculos um aliado dos dias mais claros dos seus clientes é só um passo natural desta ligação intensa que cria com todos. Prescindiu dos estudos fora da ilha para poder elevar a Gaspar Ópticas a um patamar de inovação e glamour à sua imagem. Foi uma escolha só sua, mesmo contra a vontade dos pais. Como tudo na sua vida, funciona em prol dos seus ideais e certezas. Na realidade fala de todos estes desafios com a leveza de quem tem tudo resolvido e sempre com aquele sorriso que apazigua. Portanto a Nita fora da ótica é serena e leve. “Ontem fui ao mar!”, começou por nos dizer no início da nossa conversa, porque é lá que se equilibra e encontra. Ou seja, não há outro sítio onde se imagine a viver que não seja numa ilha, a cinco minutos de tudo o que ama. Claro que é humilde ao ponto de admitir que, perante tantas voltas que a sua vida já deu, nunca se sabe do futuro. Certo é também que não tem medo desse futuro e tem-no assente na eterna necessidade que os humanos têm das relações e, claro, dos óculos. Enquanto tentamos saber dela percebemos que os seus olhos nos vêem para lá da pele e entendemos o fascínio desta Nita Gaspar em todos os que a procuram, em busca de uma palavra e de melhor visão.

Como é que a ótica se cruzou com a vida da Nita?

Nasci na ótica (risos). O meu pai começou em 1974, vindo do continente. Ele é de Aveiro e a minha mãe de Viana. O meu pai, Amândio Gaspar, aprendeu o ramo da ótica com o senhor Cruz, da Ótica Cruz, de Viana de Castelo. Depois veio para os Açores e começou com ourivesaria e só depois introduziu a ótica. Quando nasci, as óticas já existiam. Entretanto o meu pai começou a expandir-se e o trabalho era mesmo muito. Só havia duas

óticas na Ilha da Terceira na altura! Começou na Praia da Vitória e depois é que veio para Angra do Heroísmo. Eu, já em miúda tinha que ajudar muito. Tratava da casa e tudo o que fosse preciso. Com os meus 16/17 anos, nas férias, vinha para as óticas ajudar e comecei logo a adorar. A relação com a pessoas sempre me estimulou imenso. É inato em mim interagir com os outros. A certa altura decidi que era aquilo que queria fazer. Cheguei a casa para dizer aos meus pais, sabendo que eles queriam que eu fosse para a universidade. Mas enchi-me de coragem e disse-lhes que queria ficar a tomar conta das óticas, queria trabalhar, com 17 anos apenas. Eles nem me responderam. Resoluta deixei os estudos de dia e inscrevi-me na formação à noite e cheguei a casa e informei da mudança e que ia começar a trabalhar. Não queria ir para fora estudar. E assim foi. As

coisas começaram a compor-se e hoje conto com uma vida de ótica.

Sempre lado a lado com os seus pais?

Sim, trabalhei até muito tarde com eles. Aliás, a Gaspar Ópticas sempre foi um negócio familiar e estava eu, os meus pais e o meu irmão. Há seis anos desvinculei-me e decidi ficar sozinha com o negócio.

São três óticas.

Sim, fiquei com o espaço de Angra, do Pico , na Madalena e agora abri recentemente um espaço em Ponta Delgada sob a marca Love Vision.

E como conciliou as duas gerações distintas no mesmo negócio tantos anos?

Foi preciso resiliência, muito respeito e sempre tentando chegar a bom porto. O negócio familiar é sempre delicado, aliás os negócios são delicados,

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mas desta forma envolvem outros fatores. Ou se tem capacidade para lidar com os desafios e desvalorizar o que não é de facto fulcral, passar à frente ou não funciona. Eu fui dinamizando e inovando devagarinho, porque a inovação era sempre algo que fazia um bocado de confusão, com o receio do que as pessoas pensariam. E tínhamos um mercado já bem estabelecido e havia sempre o medo de afastar os clientes com certos produtos e conceitos. É que eu sempre fui de “ir para a frente”. Queria fazer algo diferente e isso nem sempre era visto de forma positiva. A ideia era “ir com calma e ver as pessoas”. Por isso adaptei estas mudanças de forma muito gradual. Às vezes até punha ideias de lado, na esperança de chegar uma oportunidade. Claro que, a determinada altura isto já não era possível e também já não estava a ser correta comigo. Efetivamente tinha que voar e deixar que as coisas acontecessem da forma como as sinto. Foi assim que sempre fiz, em prol, não só de mim, mas pensando no todo e principalmente nos outros. Como sirvo melhor? Como posso surpreender as pessoas? Cativá-las, inovar, mas no bom sentido de ter produtos melhores. Não sei se se lembra, mas quando me iniciei na ótica os moldes dos óculos eram manuais, em plástico e eram

cortados com uma tesoura. E chegava a fazer cinco e dez moldes, porque aquilo não ficava como eu entendia e eu era muito persistente e perfecionista. Quando surgiram as máquinas para fazer moldes, foi dos dias mais felizes da minha vida (risos). E nisso atiro-me logo! São grandes passos que facilitam processos.

No fundo, apesar das óticas familiares estarem bem estabelecidas, a Nita nunca se resignou ao que tinha. Inicialmente, chegámos mesmo a ter sete lojas e geridas por mim, precisamente porque eu lá estava. Nos negócios sou muito audaz e quando tomo uma decisão não questiono sequer se vai dar certo ou não. Se a tomei, eu sei que corre bem. Eu sabia que era capaz de encarar os desafios que estavam à minha frente.

Portanto, encontrou-se nas lides da ótica. Não ficou nenhum sonho na gaveta? Se fosse hoje, talvez as coisas tivessem sido diferentes, não sei. Tenho pena de não ter ido para fora. Sei que se o tivesse feito, possivelmente não estaria aqui. E eu acredito que a vida tem um propósito e acho que o meu passa por tudo o que eu faço, porque a Gaspar Ópticas hoje é mais do que um negócio. É uma família, é a ligação que tenho com as pessoas que é das coisas que mais preenche e dá satisfação. As pessoas conhecem-me, confiam em mim e isso é inestimável.

E com três lojas consegue espalhar esse efeito Nita por todas? Consigo sim e digo-lhe mais: quando surgiu este novo projeto em Ponta Delgada, que vai fazer agora um ano, a minha ideia era esta: está tudo estável e tão bem e já conseguia gerir a minha vida sem estar preocupada, pensei “vou-me deixar estar assim”… mas surgiu a oportunidade de expandir. Os fornecedores e clientes já me tinham pedido esta abertura e eu resistia. Com a Covid-19, a Luxottica foi a Ponta Delgada expor e como já não

viajava há tanto tempo decidi ir ver. Quando estava em S.Miguel a passear, fiquei um bocadinho desolada por ver tudo igual em termos de ótica. A filha do meu ex-marido é precisamente de S. Miguel e estava desempregada na altura e falei-lhe de abrirmos uma ótica “um dia”, na brincadeira. E foi a partir daqui que se abriram todos os caminhos e tudo fluiu. Ainda não era altura para parar digamos (risos). Ainda tenho muitas coisas por cumprir e preciso destes estímulos e de trazer outras pessoas comigo, neste percurso. Tudo se encaixa. E quando as oportunidades me surgem à frente, é para eu fazer, não viro costas.

Fale-nos desta Love Vision. Sempre tive a ideia deste conceito, embora a loja de Angra já siga esta premissa numa dimensão mais pequenina. Queria muito um espaço em que as pessoas entram e não sabem bem se é uma ótica ou uma boutique e se envolva ali numa magia. E consegui, porque quem entra vem para descobrir o que é (risos). É muito bom e tem sido gratificante.

E com quase um ano de atividade já pode fazer um balanço?

Sim, está a crescer. As pessoas estavam sedentas de uma loja com aquele aspeto e aqueles produtos. Os olhos também comem! E temos vendido muito para o estrangeiro e inclusivamente vendemos dois pares de óculos a uma senhora de Leiria. Temos muita variedade em marcas que nem existem em Portugal. Comprou e levou para graduar.

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"Sempre pus o amor à frente de tudo, tanto a nível pessoal como profissional, e tento chegar aos outros de forma verdadeira e correta"

Já agora, fale-nos do mercado insular. É muito diferente do continental?

O mercado tem muito a ver com o sítio em que a loja está situada. Por exemplo, em Angra tenho um tipo de cliente diferente do Pico. E quando digo diferente falo mesmo ao nível das fisionomias, porque pode ter-se muitas óticas, mas se não se anda nas lojas não se tem noção destes detalhes. No Pico escolho sempre coleções particulares, porque a fisionomia dos homens é muito larga. Precisam de armações grandes. Tenho sempre isto em atenção. Uma coisa é experimentar na loja e funcionar ali, mas o importante é que funcione sempre no dia a dia, com conforto e adequado ao rosto da pessoa.

E como se passa este conceito à sua equipa?

Estou sempre muito presente e explico constantemente estes detalhes. Por outro lado tenho ao meu lado pessoas muito dedicadas e que entendem que estamos todos aqui para o mesmo.

A empresa tem já 50 anos praticamente. Sim, para o ano fazemos as bodas de ouro. E eu este ano faço 33 anos de ótica!

Love Vision é a visão da Nita sobre a ótica?

É a visão do amor. Sempre pus o amor à frente de tudo, tanto a nível pessoal como profissional, e tento chegar aos outros de forma verdadeira e correta. Sempre foi a minha filosofia e a minha prioridade. E mesmo em relação às coleções e àquilo que adquiro faço-o com o coração, tanto que os conheço todos, sem exceção e não são poucos.

Como vê o futuro da ótica em geral?

É cada vez mais importante surpreender, mas acima de tudo criar relações com as pessoas. Veja que, aqui na ilha somos à volta de 50 a 60 mil habitantes. O meu pai quando aqui chegou só havia uma ótica. Ele foi a segunda! Sou do tempo que abríamos às 9 da manhã já com fila na rua de pessoas à espera

para entrar. Não conseguia almoçar e era um movimento louco. Entretanto começaram a aparecer novas óticas e o meu pai assustou-se muito com isso. Mas eu sempre entendi que se nós estávamos cá é porque havia espaço para todos. Ninguém nos vinha tirar o lugar, nem ninguém fazia o nosso trabalho. Entretanto, porque apareceu o atendimento personalizado, eu investi logo nisso para me diferenciar. Ajustei o espaço que ainda tinha e isto aumentou o valor do serviço. O que mexeu verdadeiramente connosco foi a abertura da MultiOpticas. O meu pensamento foi este: até ali tinha todo o tipo de produtos para todos os segmentos. Ninguém vinha à minha loja sem que eu tivesse óculos para essa pessoa. Com esta entrada, sabia que tinha de perder alguns clientes. Tinha que me focar no segmento médio/alto, no qual já tinha investido e trabalhado bem. Foi a decisão certa. Hoje tenho a minha clientela fidelidade. Quanto ao resto, costumo dizer, vender óculos todos podem fazê-lo, mas há fatores decisivos na conquista dos clientes: a parte humana, que é o que apela mais. Estas pessoas que nos procuram não querem outras lojas, não querem comprar na internet, querem aquilo que proporcionamos. Um episódio perfeito foi uma cliente antiga nossa que nos procurou numa

loja da qual mudamos para o espaço em frente. Deixamos um recado na vitrine mas ela não o leu. Eu estava a observá-la do outro lado da rua, que perante a porta fechada só disse: “ E agora para onde é que vou?” (risos) É um trabalho nosso. Eu acredito que a tecnologia e as novas tendências são importantes, mas a relação humana ainda é precisa e a venda de óculos necessita de aconselhamento. Não é como comprar uma peça de roupa que se não fica muito bem fica arrumada. Os óculos não se podem arrumar porque a determinado ponto não se vê! (risos)

Quem era a Nita antes da ótica?

Uma menina muito introspetiva, no sentido de estar atenta às necessidades dos outros, meiga. O facto de os meus pais se dedicarem tanto ao trabalho deixou ali uma lacuna, mas tudo isto fez com que fortalecesse e forçou-me a crescer. A vida ou nos mata ou nos molda. Fui buscar uma força e um poder dentro de mim. Claro que, sempre contei com a ajuda dos outros e do universo que me deu sinais e me mostrou quando devia avançar e como.

E fora das óticas?

Sou uma pessoa que faz autorreflexão e quer ser todos os dias um bocadinho melhor e levar o seu melhor aos outros. É um dos meus grandes propósitos neste momento. Quando invisto em mim, sei que também invisto no outro. Toda esta envolvência, todas as pessoas com quem me cruzei, e como deve imaginar foram mesmo muitas, trouxeram-me muitos ensinamentos e quando se aprende com os outros e temos a capacidade de nos pormos no seu lugar as coisas são encaradas de forma distinta. Dá-me prazer procurar a minha paz, que tem que ser procurada e trabalhada todos os dias, a minha harmonia, porque quando assim é, tudo à minha volta se acalma e harmoniza. Adoro o mar, porque me dá prazer e liberta, e estar com as pessoas, amigos, conversar sobre coisas que elevam e inspiram.

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CIOC 2023

O RETRATO DE UMA OPTOMETRIA DINÂMICA

Entre 24 e 26 de março a XXV edição do Congresso Internacional de Optometria e Contactologia levou especialistas e profissionais ao Casino da Figueira da Foz. Este evento organizado pela União Profissional dos Ópticos e Optometristas, para todos os profissionais, fez do tema Novas Perspetivas para a Optometria do Ensino à Prática a sua bandeira e atraiu cerca de 230 pessoas. Na abertura não faltou o mítico professor Fernando Carvalho Rodrigues, grande impulsionador da optometria portuguesa, e a representante da autarquia local, Olga Brás, vereadora do pelouro da Saúde. Henrique Nascimento, presidente da instituição organizadora falou em exclusivo com a Millioneyes, conduzindo-nos pelos meandros de um evento e de uma atividade cada vez mais significativos e com novos caminhos que se antecipam.

Para acompanhar uma atividade que está em plena revolução científica, a União Profissional dos Ópticos e Optometristas (UPOOP) também se transforma e avança e a prova disso está na nova localização do seu encontro científico anual. “Como associação, temos obrigação de ir ao encontro dos associados e, para além disso, em Lisboa tínhamos a limitação de que apesar das profissionais locais participarem, a determinada hora iam embora. Aqui ficam, porque temos um jantar e temos o evento bem composto", explicou o presidente da UPOOP. No campo da ciência, o painel de palestrantes deste Congresso Internacio-

nal de Optometria e Contactologia (CIOC) foi interessante e variado, escolhido pelas áreas de trabalho. Henrique Nascimento admitiu que só concebe uma conferência nestes moldes, afinal “a optometria não pode ser só num sentido, porque a optometria pode abranger muitas áreas. E a filosofia passa também pela mudança do ensino, paulatinamente. O ensino e a prática. Muitas destas pessoas que aqui estão têm muitos anos de optometria e respetivos vícios e que estão habituadas a fazer o básico. O nosso objetivo é a mudança. Os palestrantes, aliás, vão lançando provocações para que isso aconteça. E alguns destes participan-

tes, através da UPOOP e das respetivas formações obrigatórias já conhecem estas temáticas e são incentivados a pesquisarem e estudarem”, reforçou o líder da associação. Entre a abordagem à psicologia, à sustentabilidade, às normas, à investigação e às novas perspetivas nas variáveis do exame optométrico, os três dias de palestras foram intensos e reveladores. Destacamos a apresentação de Clara Pérez, professora no Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa (ISEC Lisboa) e doutorada em Biomedicina e Ciências da Saúde pela Universidade Europeia de Madrid, que assinalou o crescimento da inves-

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#SOCIAL EYES

tigação em optometria no nosso país. Este fator traz como consequência a melhoria dos procedimentos clínicos e respetivos protocolos, a implementação de novas terapias funcionais e a óbvia ampliação de conhecimento. E no topo de tudo isto, a investigação também impulsiona maior reconhecimento na generalidade da sociedade e melhora a posição profissional de todos os envolvidos. A reter o facto de que, em todo o mundo, desde 1908, o número de publicações na área da optometria situou-se nas 48.881, das quais 25.590 foram publicadas nos últimos dez anos. Em Portugal, o número de publicações anunciado por Clara Pérez foi de 441, das quais 336 na última década. As instituições portuguesas com maior número de publicações foram a Universidade do Minho e a Universidade do Porto. No entanto, no último ano, o ISEC Lisboa está em terceiro lugar.

Ainda de referir a palestra de Rafael Silva Pereira, diretor geral da Qualconsoante - Disclínica que abordou o assunto premente sobre como o processamento visual interfere na avaliação neuropsicológica. O especialista advertiu que raramente o profissional ou equipa envolvidos nos testes neuropsicológicos, feitos no âmbito de alterações neuropsicológicas, se certificam que todo o processamento visual está funcional, antes da aplicação dos mesmos. Esta falha pode interferir com os resultados da avaliação. Ainda a miopia, a adaptação dos exames a pessoas com patologias ou deficiências e o neurodesenvolvimento foram temas levantados por vozes versadas nas matérias.

Henrique Nascimento acrescentou que existem normas e conceitos em optometria que estão muito desatualizados. "Muitas das premissas da optometria são dos anos ’50/’60 e há mudanças que temos que acompanhar. Não podem ser sempre os mesmos a ditar o futuro de determinadas profissões e neste caso estamos muito dependentes dos americanos, dos ingleses e dos australianos, no caso português. Felizmente temos as universidades nacionais a mostrar novos caminhos através das suas pesquisas.”

Da parte das empresas que participaram da edição de 2023 do CIOC, estiveram numa zona especial do Casino

da Figueira, no andar superior, onde os congressistas foram convidados a relaxar nas pausas das palestras, com tempo para interagirem com os representantes da indústria. Aumentou o interesse das marcas no CIOC, com constatou o presidente da UPOOP, com propostas a chegaram até à véspera. “Faz prever que para 2024 pode haver um crescimento desta área muito interessante”, auspicia Henrique Nascimento.

UMA OPTOMETRIA QUE AVANÇA

O líder da UPOOP partilhou connosco o ponto de situação da regulamentação da optometria e da respetiva recetividade. E, de facto, por coincidência, muito recentemente houve uma reunião da associação com duas comissões, da saúde e do trabalho respetivamente. “Há uma questão burocrática devido a uma lei que foi feita há dois ou três anos, mal feita, e que agora está a inviabilizar sequer a discussão do assunto. No entanto, isso foi levantado e mostrado pela deputada do PSD que disse estar comprometida na respetiva alteração. Inclusivamente deu-nos prazos para a resolução. Também comunicámos que vamos apresentar um novo projeto de regulamentação, porque o nosso está desatualizado. Já tem cerca de 12 anos e a realidade hoje já é outra.”

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Questionámos ainda sobre o facto da relação da optometria com as óticas ter sido sempre vista de forma negativa por outros profissionais relacionados com a saúde da visão. “Mas não é um assunto sequer que esteja em discussão, mesmo porque ao nível da Assembleia da República sabe-se que toda a ação que temos feito tem sido dentro das óticas e todo o bem que temos praticado na comunidade é através das óticas. Através da proximidade. Há pessoas que estão em aldeias e que se não fosse a ótica e o optometrista não tinham acesso a cuidados visuais. E afinal, quem precisa de óculos onde vai? Cada vez mais se recorre aos serviços de saúde privados, pela falta de capacidade dos públicos que cada vez têm menos recursos humanos, precisamente porque se sabe que à partida existem as óticas para responder às situações primárias. É preciso que se saiba disso! Se não fossemos nós (optometristas) tudo estaria muito pior na saúde visual. Digo sempre que vou morrer sem ver a regulamentação (risos) mas a deputada do PSD garantiu-me que não”, asseverou Henrique Nascimento.

A UPOOP RENOVA-SE!

Durante o CIOC de 2023 foi assinalado o lançamento da plataforma online que dá “nova vida” à UPOOP. Surge como resposta aos novos tempos, claro, mas essencialmente para promover a comunicação dos associados. Adicionalmente, esta direção, plena de novos rostos e nova dinâmica, tem o objetivo de sanar questões antigas que desprestigiam a posição da UPOOP, embora Henrique Nascimento reconheça que estes seis/sete anos de trabalho em prol da associação ainda são poucos para mudar o que se instalou há quase 30 anos, altura em que abandonou a instituição. E entre os sonhos que tem para a optometria, o presidente da direção lançou como primeiro não haver várias optometrias, uma divisão criada precisamente por algumas das questões antigas referidas. “Uma “porta” que tinha que ser fechada definitivamente e que ninguém teve coragem de o fazer com medo não sei do quê, é a que define que só pode aceder à carreira de optometria quem faz, no mínimo, uma licenciatura. Era uma ferida aberta que fechei pela segunda vez. Adicionalmente, e até referi durante o congresso, acredito que no futuro para

se ser optometrista tem que se estudar mais de três anos. A Universidade da Beira Interior já está a fazer isso, ao motivar praticamente todos os alunos a sair de lá com cinco anos de formação, porque fazem o mestrado integrado. A formação é fundamental e a formação continuada ainda mais, porque a atividade está sempre em evolução." Ou seja, uma só optometria com altos níveis de formação e um reconhecimento verdadeiro por parte das entidades mais altas do país e da sociedade civil de que a optometria é uma área da saúde visual diferenciada das outras e autónoma são as motivações que impelem o presidente da UPOOP. Claro que não esquece todas as conquistas dos seus pares, nomeadamente a autorregulação que, segundo Henrique Nascimento permitiu um desenvolvimento considerável da atividade.

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RICARDO NUNES

LONDON HOUSE PREMIUM AO RITMO DA LIGHTBIRD EM PORTUGAL

Esta casa bem portuguesa inspirou-se num exemplo nacional da ótica, a Casa Londres, para “nascer” e prosperar. Nisso e na vontade dos fundadores em elevar a presença de marcas originais e com altos padrões de inovação em Portugal. A London House Premium de Ricardo Nunes desenvolveu-se no backstage da pandemia, para se lançar em 2022, sob o brilho da marca eyewear italiana Lightbird. Numa partilha de valores e sonhos, as duas empresas levam as mais-valias desta insígnia moderna e exclusiva aos óticos portugueses, mas a London House Premium “escreve-se" em mais linhas e projetos. Está já na calha a entrada da histórica Giorgio Nannini no mercado luso e antecipam-se mais “histórias” em forma de óculos únicos para colorir o intenso setor português. A expansão além fronteiras também é um desafio assumido pelo novo distribuidor, que tem no seu core levar longe as marcas que enchem as lojas de ótica de grandes conceitos.

A criação da London House Premium vem no seguimento da “explosão” de marcas independentes no horizonte global do eyewear.

Sim, de alguma forma. A London House Premium é sobretudo um distribuidor de marcas independentes. São estas marcas que arriscam e inovam e trazem algo de diferente para o mercado. A nossa aposta é sobretudo na qualidade e nos independentes reside o nosso foco.

Fale-nos do percurso desta casa. Quando foi criada?

A London House Premium ou LHP é uma startup, iniciada há um ano. Fizemos um trabalho nos bastidores de alguns

anos com diversos contactos, reuniões de trabalho e estudo de mercado. Devido à pandemia, só na Mido em 2022 iniciámos finalmente este projeto.

Que objetivos têm desenhados para a empresa? Queremos proporcionar ao óticos portugueses marcas dinâmicas, credíveis e inovadoras. Como distribuidor emergente, estaremos concentrados num tipo de empreendedores que esteja em sintonia com a nossa filosofia de trabalho e produto. Não queremos, nem conseguimos, chegar a todos.

Quem são as pessoas que compõem a London House Premium? Somos poucos, mas motivados e empenhados. Sou eu que dou a cara ao projeto e a Katia Ruivo que acrescenta imenso à LHP com os seus conhecimentos (é licenciada em Optometria pela Universidade da Beira Interior) e contribuiu com um toque feminino especial. Temos ainda uma equipa de comerciais, um financeiro e, como não poderia deixar de ser, uma equipa de comunicação e imagem em outsourcing

Quem era antes deste desafio?

Foi no trabalho na ótica que nasceu esta vontade de ser diferente, e não ficar pelo tradicional. Frequentei o curso de técnico de ótica ocular na Associação Nacional dos Ópticos e trabalhei desde cedo. Entre os vários desafios na minha carreira profissional conto com a casa mãe Optivisão SA e a Opticlinic. Reunidas as condições, estamos a dar

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o nosso melhor de forma moderada, mas com muita perseverança.

A ótica é-vos um ambiente já conhecido, então.

Já respiramos ótica! Estamos no ramo vai fazer duas décadas, acreditamos estar bem identificados neste mercado.

Porquê o nome London House Premium?

Em tempos existiu uma ótica em Lisboa, bem reconhecida e afamada pela maioria dos óticos portugueses, designada Casa Londres. A junção de premium foi a pincelada final para uma marca que queremos ver fluir.

Como se criou a ligação entre a vossa London House Premium e a Lightbird de Corrado Rosson?

A Lightbird já era por nós uma marca reconhecida. Na troca ideias com o CEO da companhia, em sintonia com a nossa ideia de produto, foi natural criarmos logo uma boa relação que acabou por culminar nesta parceria.

Que metas têm para a marca italiana em Portugal? Acreditam que conquistará o mercado luso?

Para quem não conhece a Lightbird, o melhor cartão de visita que podemos dar é falar no seu conceito inovador e num produto de alta qualidade. Em 2019 conquistou o prémio Silmo d’Or, conta também com duas patentes,

uma direcionada para uma vertente mais tech através do material denominado Light_MATTER, composto por alumínio e acetato de celulose. É totalmente feito em Itália e trata-se de um inovador e muito ligeiro material composto, através de adesivos usados no campo aeroespacial. Na linha criada com esta matéria destaca-se ainda a ausência de partes pintadas, graças ao processo de anodização, que associado à coloração do metal, contribui para o endurecimento e proteção ao longo do tempo. A outra patente assenta numa ferramenta fantástica para o ótico que vai permitir chegar ao seu cliente de uma forma simples e sofisticada, conseguindo prestar um serviço inovador. Chama-se Light_NEST e trata-se da comunidade da Lightbird ligada através da web, em que a chave, ou LightTAG, está em cada peça de óculos da marca, num QR Code que dá acesso a este modelo inovador de negócio ao serviço de óticos, clientes finais e todas as partes envolvidas. No fundo, acede-se a dados essenciais sobre os modelos, ligando uma larga comunidade para melhorar a comunicação e serviço a 360º.

Que estratégia têm para a disseminar?

Temos uma estratégia bem definida. Estamos a preparar uma forte campanha de marketing com o nosso parceiro que estará em breve visível.

Sentem que o mercado, apesar dos desafios sociais e sanitários que nos rodeiam, tem potencial de crescimento e pode absorver novas marcas?

Na nossa opinião, o mercado tem a capacidade para receber todos. Temos consciência que o país está a atravessar uma fase incerta, mas acreditamos e confiamos no nosso projeto: apostar na qualidade de produtos e serviços. Não vamos estar em todos os óticos, mas estaremos certamente naqueles que anseiam por um produto de excelência.

Têm já novos desafios alinhados com outras marcas?

Posso adiantar em primeira mão que sim. No nosso portefólio vamos contar com a marca Giorgio Nannini, da mítica fábrica Italiana de Reggio Emilia, criada em 1954.

E quais são os sonhos para a London House Premium?

Nós só sonhamos com um intuito: tornar o sonho realidade. A exportação para os mercados PALOP e América Latina em breve vai espalhar as nossas representações diferenciadas a essas paragens.

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MIYOSMART SOLAR

HOYA COMBINA PROTEÇÃO SOLAR E GESTÃO DA MIOPIA

A fabricante de lentes oftálmicas lançou as novas lentes solares MiYOSMART para proteger os olhos das crianças dos raios UV, enquanto controla a miopia. A mais recente proposta da Hoya Vision Care vai estar presente em 30 países.

As novíssimas lentes oftálmicas solares foram anunciadas em abril e com duas vertentes muito versáteis para os jovens usuários de óculos. A gama solar inclui as fotocromáticas MiYOSMART Chameleon, perfeitas para variações de luz interior e exterior, sem troca de armação nem preocupações com os raios de sol. O lançamento da Hoya inclui ainda as lentes oftálmicas polarizadas MiYOSMART Sunbird. Ambas as versões dedicadas ao sol prosseguem a missão da gestão da miopia infantil através da tecnologia D.I.M.S.

PROTEÇÃO E GESTÃO NUM

SÃO GESTO

As MiYOSMART Chameleon e MiYOSMART Sunbird garantem segurança na exposição à luz solar intensa, enquanto tratam o erro refrativo miópico sob alçada da tecnologia D.I.M.S, que altera a superfície da lente e incorpora pequenos segmentos que vão causar um desfoque miópico que tem influência no crescimento axial. 1-5. A D.I.M.S. é usada nas premiadas lentes oftálmicas brancas MiYOSMART 6-7 , que demonstraram abrandar a pro-

gressão da miopia em crianças dos 8 aos 13 anos, em média 60 por cento 3 Graças à tecnologia das lentes fotocromáticas da HOYA, MiYOSMART Chamaleon é uma solução all-in-one para a gestão da miopia e proteção solar em atividades ao ar livre. A lente fotocromática adapta-se rapidamente à intensidade da luz solar e regressa à sua transparência numa questão de segundos nos espaços interiores. Por outro lado, a MiYOSMART Sunbird é o complemento ideal para lentes oftálmicas brancas dado que protege contra a luz solar intensa e o encandeamento

1,9,10. Estas novas lentes protetoras também são particularmente importante nas crianças míopes que usam atropina para o tratamento da miopia e nas que sofrem de sensibilidade à luz 2,10,11

Além disso, proporcionam cores vibrantes e ricas em contraste nas condições de luz intensa, permitindo às crianças desfrutar plenamente das suas atividades ao ar livre 11

"É muito importante proteger a visão das crianças. Se agirmos hoje, vamos dar-lhes mais oportunidades amanhã. Com o lançamento das lentes de sol

oftálmicas MiYOSMART, criadas com base nas opiniões dos profissionais de saúde visual, podemos permitir às crianças de todo o mundo, passar mais tempo ao ar livre enquanto protegem os seus olhos da luz intensa do sol, maximizando os benefícios da tecnologia D.I.M.S. na gestão da miopia", diz Frederiek YSEBAERT, diretor geral da unidade de negócios de cuidados pediátricos da HOYA Vision Care.. Simultaneamente com o lançamento da gama solar MiYOSMART, a HOYA Vision Care está a lançar a sua campanha mundial "Proteja a sua forma de ver o mundo", apontada à consciencialização da importância do tempo ao ar livre e da protecão solar nas crianças. Passar tempo ao ar livre pode atrasar a progressão da miopia nas crianças 6,7

1. WSPOS. Sunlight Exposure & Children’s Eyes Consensus Statement. 2016. Available at: https://www.wspos.org/wspos-sunlight-exposure-childrens-eyes-consensus-statement/ (Last accessed 20/02/2023)

2. Wu PC, Chuang MN, Choi J, et al. Update in myopia and treatment strategy of atropine use in myopia control. Eye (Lond). 2019;33(1):3-13.

3. Lam CSY, Tang WC, Tse DY, et al. Defocus Incorporated Multiple Segments (DIMS) spectacle lenses slow myopia progression: a 2-year randomised clinical trial. Br J Ophthalmol. 2020;104(3):363368.

4. Lakkis C, Weidemann K. Evaluation of the performance of photochromic spectacle lenses in children and adolescents aged 10 to 15 years. Clin Exp Optom. 2006;89(4):246-252. .

5. Renzi-Hammond LM, Hammond BR Jr. The effects of photochromic lenses on visual performance. Clin Exp Optom. 2016;99(6):568-574.

6. Winners of the exhibition’s grand prix. Inventions Geneva. N.D. Available from: https://inventions-geneva.ch/en/winners/ (Last accessed 20/02/2023)

7. Winners 2020. Silmo Paris. 2020. https://en.silmoparis.com/ SILMO-d-OR/SILMO-d-Or-Awards/2020-Winners# (Last accessed 20/02/2023).

8. Hoya data on file. HOYA Internal Product Performance Validation. 09/2022

9. Hoya data on file. UVA and UVB transmittance for MiYOSMART photochromic and polarized sun spectacle lenses. 07/2022

10. Hoya data on file. Luminous transmittance for MiYOSMART polarized sun spectacle lenses. 07/2022

11. Quintana MS, Langa A, del Moral-Martinez I, et al. Polarized Filters Enhance Contrast Sensitivity When Glare Is Produced On A Flat Surface Under Photopic Conditions. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2006;47(13):1225.

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NOVOS MODELOS SOLARES

MAUI JIM INTRODUZ LYCHEE E

MAMANE

A chegada dos dias quentes é celebrada com o lançamento de dois modelos em acetato, muito femininos. Batizados a partir de elementos naturais do Havai, Lychee and Mamane homenageiam a natureza em tons terrenos, suaves, com cores primaveris e formatos que se adequam a todos os espíritos femininos.

LYCHEE EM PLENA PAIXÃO

Com lentes em vidro SuperThin, a peça Lychee garante uma visão precisa e tudo num cat eye dramático. A reinterpretação deste forma clássica, com arestas acentuadas, remete para as folhas pontiagudas da árvore homónima e dá um enquadramento de luxo a uma variedade de rostos. Embora de tamanho pequeno, este modelo inspira confiança, graças à tecnologia avançada PolarizedPlus2, com a promessa de proteção visual a 100 por cento dos raios nocivos UV e com um estilo exímio.

MAMANE E A DIMENSÃO FEMININA

A espécie endémica havaiana desta planta florida foi o mote para uma peça eyewear plena de detalhes audaciosos, trabalhados a partir de um acetato de alta intensidade. Mamane cria uma dimensão subtil, graças aos frontais esculpidos ao “ritmo” das pétalas que decoram a planta do Havai e as lentes expandem-se num formato borboleta cativante. As lentes não falham a sua função de proporcionar uma visão tão límpida quanto contrastante assinada com a tecnologia PolizedPlus2. O remate de luxo está no core ilustrativo das hastes, numa estética meticulosa e moderna.

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EMBAIXADORA 2023

CONSELHEIROS DA VISÃO E CHEF JUSTA NOBRE RENOVAM PARCERIA

Os CONSELHEIROS dA VISÃO e a conceituada chef Justa Nobre renovaram a sua colaboração por mais um ano. Ou seja, a chef continua a ser o rosto do grupo de óticas, no seguimento da campanha iniciada em 2022 sob o lema: A diferença está nos detalhes. O acordo foi assinado no restaurante de Justa Nobre, a 29 de março.

O espaço O Nobre foi o palco do reforço da união entre o grupo de óticas e a chef portuguesa. Os Conselheiros da Visão querem, através da imagem e do destaque de Justa Nobre, enfatizar a importância da qualidade do serviço que prestam aos seus clientes, em toda a rede de lojas.

Para o conselho de administração, esta parceria “é a continuação de um projeto de extrema importância para o grupo, pois reflete o posicionamento e consolidação da marca Conselheiros da Visão e a mensagem que queremos fazer passar para todos os clientes que nos visitam de norte a sul. Uma mensagem de

confiança no serviço prestado e rigor nos valores que temos vindo a praticar ao longo dos mais de 30 anos de atividade.” Também Justa Nobre se mostrou satisfeita com a renovação da união, pois, para a chef, “é a continuação de um trabalho que tem muito por onde crescer. Os Conselheiros da Visão têm sempre um serviço de rigor e qualidade que faz com que os clientes regressem ao longo dos anos, de geração em geração. Pertencer à família Conselheiros da Visão é ter garantido um atendimento personalizado e acesso aos produtos de melhor qualidade – tal como faço no meu restaurante.” A nova campanha tem, para 2023, uma mensagem de confiança e qualidade reforçada e vai estar visível, em toda a rede de lojas do grupo. O Grupo Conselheiros da Visão conta com mais de 100 associados no país, perfazendo cerca de 150 lojas de proximidade.

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EXPANSÃO DA PRODUÇÃO SHAMIR INSTALA LABORATÓRIO NOS AÇORES

A Shamir Portugal investiu na instalação do primeiro laboratório de lentes oftálmicas, no município da Lagoa, na ilha de São Miguel. A estrutura móvel permite a a produção e distribuição de lentes oftálmicas em menos de 24 horas, mediante disponibilidade de transporte aéreo, para todas as óticas do arquipélago.

Este laboratório de lentes oftálmicas instala-se no Tecnoparque e, nesta etapa inicial trata-se de uma unidade móvel, totalmente equipada e certificada. Após o período de análise de mercado e, caso se justifique, a Shamir prevê construir uma unidade fixa de maior dimensão na Lagoa. A fábrica vai permitir o aumento da capacidade de produção e, ainda, criar novas oportunidades profissionais para técnicos locais.

Luís Feijó, CEO da Shamir Portugal, em visita ao novo laboratório, refere que “é um motivo de grande orgulho sermos os primeiros a instalar um laboratório de lentes oftálmicas nos Açores, com a nossa unidade móvel. O objetivo passa por fazer, numa primeira fase, uma análise de mercado e do potencial que Lagoa tem para oferecer. Numa segunda

fase, iremos avaliar a possibilidade de construção de um laboratório na Lagoa que possa dar resposta às necessidades de todos os que vivem no arquipélago dos Açores”.

Durante a assinatura do contrato, Cristina Calisto, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, também sublinhou o facto de que “esse investimento permitirá melhorar significativamente a qualidade vida dos açorianos, que neste momento precisam de aguardar várias semanas pela entrega de lentes oftálmicas”. A autarca terminou, afirmando que com este investimento no Tecnoparque, “fica claro, mais uma vez, que a aposta nessa infraestrutura de capacitação de investimento criou as condições para que a Lagoa se torne numa cidade atrativa e inovadora”.

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SOLIDARIEDADE SOCIAL PROOPTICA PROPORCIONA RASTREIO VISUAL E ALARGA APOIOS

A empresa portuguesa realizou uma ação solidária de rastreio visual, sob o protocolo de cooperação assinado em 2021 com o Centro Cultural do Brejão. Adicionalmente, assinou um novo acordo de cooperação, desta feita com o Lar de Betânia. As iniciativas vêm no seguimento da forte política de responsabilidade social que a Prooptica desenvolve junto de diversas instituições de apoio a populações em risco.

A realização de rastreios de diagnóstico visual resultam da parceria com a Fundação Amália Rodrigues e visam cumprir a vontade da icónica fadista que, em testamento, expressou o apoio a causas solidárias no município com quem tinha fortes relações. Desta forma, a 20 de Março a Prooptica esteve “no terreno” para apurar o estado da visão dos munícipes em risco socioeconómico, no concelho de Odemira. A iniciativa incluiu a oferta de lentes e armações a quem demonstrou precisar.

A Prooptica contou com a preciosa colaboração da empresa Prolente que, na pessoa do optometrista Rui Teixeira, realizou mais de 25 consultas de rastreio, disponibilizando o equipamento

técnico necessário. Luís Justino, CEO da Prooptica assinalou, a propósito do acontecimento que se sempre desta forma o objetivo da empresa em “ajudar a criar uma sociedade civil vibrante, exigente e construtora do país que almejamos ser”.

NOVO APOIO AO LAR DE BETÂNIA

A assinatura de um protocolo de cooperação com esta instituição é a forma de prosseguir a preocupação a Prooptica para com as causas sociais que apoiam necessidades de tantas pessoas todos os dias. O “aperto de mãos” com o Lar de Betânia formalizou-se em fevereiro, para ajudar a sua missão, instituída em 1965, de garantir o o acolhi-

mento residencial a crianças e jovens retiradas de situação de perigo e/ou desprovidas de suporte familiar adequado. A instituição providencia ainda acesso à educação, à saúde, ao seu desenvolvimento integral e inserção na sociedade. “É um motivo de orgulho e também um sentido de responsabilidade de continuarmos a melhorar cada vez mais, sempre construindo relações de respeito, confiança e proximidade com os nossos clientes e parceiros”, exprimiu a equipa da Prooptica. Luís Justina acrescentou ainda que “é de enorme importância que as empresas se mobilizem, ajudando organizações e projetos que contribuem para a erradicação da pobreza e para o desenvolvimento humano e sustentável.”

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9/10 CONSUMIDORES

QUEREM VOLTAR A UTILIZAR

LENTES *Com base num estudo realizado em 2020 pela Eurosyn, numa amostra representativa de 102 consumidores localizados em França. © ESSILOR INTERNATIONAL. As lentes ESSILOR® e VARILUX® são qualificadas como dispositivos médicos nos termos previstos no Regulamento UE 2017/745.

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