Millioneyes 105

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In your Eyes | 30 |

Luís Justino

Prooptica e 20 anos de eyewear nacional A empresa nacional celebra 20 anos de uma ideia vencedora. Transformar a criatividade portuguesa em óculos trouxe à Prooptica distinção e projeção além fronteiras. Luís Justino, o homem por trás da liderança da empresa, falou-nos desta história vitoriosa à chegada dos 28 anos de uma Prooptica que tem como missão levar um serviço transversal às óticas.

Conduza-nos pela ideia de se lançar à moda portuguesa em óculos? Uma boa ideia nasce quando menos se espera! Ao aproximar-se a entrada do novo milénio eram anunciadas as previsões de Nostradamus, evocando um cataclisma em agosto de 1999 ou as de Paco Rabane que prometiam que a estação espacial Mir cairia sobre as nossas cabeças, passando pelas rajadas da tempestade Lothar que varreu a França em 26 de dezembro de 1999. Foi exatamente neste contexto imprevisível de mudança de milénio, que em novembro de 2000 o costureiro João Rôlo nos premiou com a sua visita à nossa habitual exposição, em Lisboa. Iniciámos nesse momento as negociações para assinar o primeiro contrato com uma marca forte de moda portu-

guesa. A partir daí abrimos o caminho que hoje o mercado reconhece. Depois de João Rôlo, quais os restantes criadores e marcas a serem desafiados pela Prooptica ? Seguiram-se José António Tenente e Ana Salazar, em 2003 e os grupos de moda, Lanidor, Quebramar e Dielmar, em 2005. Todos eles abraçaram com entusiasmo o projeto, participaram ativamente no desenvolvimento das coleções e aportaram experiências incríveis que nos ensinaram e contribuíram de uma forma muito relevante para o projeto eyewear de design português. Em 2020, adicionámos ao portefólio um nome e a marca da maior personalidade e representante da cultura portuguesa pelo mundo, Amália Rodrigues.

Como foi acolhida a ideia da criatividade eyewear portuguesa no mercado e junto do consumidor? Hoje o consumidor entende a importância de apostar no que é nacional e, sobretudo, valoriza e tem orgulho em usar marcas portuguesas. No entanto, na altura em que lançámos a primeira coleção de João Rôlo, a moda portuguesa era mal percebida pelo consumidor e, consequentemente, pelo nosso setor. O mercado focava-se, no essencial, nas grandes marcas internacionais e tivemos de ser muito criativos para competir com os grandes grupos italianos. A mente do consumidor, acompanhava as tendências do mercado internacional, muito focada nas grandes marcas, desvalorizando até, em alguns momentos, o produto português. Foi um


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