MILÉNIO STADIUM 1738 28 DE MARÇO

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F.U.T.

Como os círculos de confiança explicam uma divisão política. Nunca me lembro de uma eleição como a do atual referendo federal, em que a questão principal fosse a libertação da autocracia de Donald Trump. O fator confiança nos Estados Unidos está no seu nível mais baixo de sempre e, em muitos aspetos, Trump é uma força de divisão no Canadá e nas eleições federais. Donald Trump quer que o Canadá se torne um país submisso, sendo a raiz da submissão a pobreza.

Há dois anos que os canadianos pedem eleições, mas esta não é a eleição pela qual clamavam. Embora esta seja uma eleição

ideológica muito disputada, a questão é saber o que é que está realmente em causa. Os liberais tornaram-se conservadores, e os conservadores perderam o rumo nas suas mensagens para os canadianos. As eleições centrar-se-ão sobretudo na nossa relação com os Estados Unidos, mas e as nossas questões internas? Irão receber a atenção que merecem? O Canadá está em apuros e questões como a nossa economia moribunda, a imigração, a alienação ocidental e a defesa são fundamentais para o nosso futuro e exigem uma análise profunda se quisermos salvar a soberania deste país.

Donald Trump planeou uma campanha de crueldade contra o Canadá que nunca foi esperada mas que não surpreende, tendo em conta a sua origem. Façamos de conta que o ano passado não existiu e que estas eleições são o início de uma nova era, mas que novas políticas podemos esperar em defesa deste país se os liberais convergiram

e adotaram todas as políticas conservadoras, eliminando o espírito competitivo que as eleições devem trazer? Serão os liberais cobardes por roubarem ideias ou serão os conservadores estúpidos por mostrarem as suas cartas demasiado cedo? Estamos perante uma eleição para os livros de história, mas a história ainda não está escrita. Os debates, que serão vigorosos, centrar-se-ão na nossa relação com os Estados Unidos e na dureza com que os vários candidatos defenderão o nosso futuro.

A meu ver, a história mais importante é saber se Pierre Poilievre será capaz de contra-atacar para ganhar as eleições, tendo em conta o facto de ter perdido a sua vantagem. A segunda história será se os canadianos aceitarão os mesmos velhos liberais que lixaram o país nos últimos nove anos. E o NDP, quem é que se importa? Porque é que Jagmeet Singh ainda os lidera? Donald Trump vai certamente interferir nestas eleições e sugeriu que

preferia lidar com um liberal do que com um conservador.

A sério? Um fascista que se faz de liberal deve dar-nos motivos para parar e pensar se uma pessoa maligna rodeada de esquisitos deve opinar sobre as eleições canadianas? Uma vez eliminado todo o ruído inútil, os candidatos devem concentrar-se nos fatores-chave que influenciarão o futuro deste país, tais como as questões económicas, a dinâmica regional e o impulso dos eleitores com base em plataformas variáveis.

Os canadianos terão de votar em estreantes como primeiros-ministros, o que não é muito reconfortante. Estas eleições representam um momento crucial para o Canadá e a liderança deve estar no centro das atenções dos eleitores.

F.U.Trump. Não te metas nas nossas eleições!

Ano XXXII- Edição nº 1738

28 de março a 3 de abril de 2025 Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

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Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Credito: David Ganhão
Manuel DaCosta Editorial

As eleições e o levantar

da bandeira do Canadá

Quem será que vai ter por missão defender os interesses do Canadá, levantando bem alto a bandeira que une o país? Graças a um ambiente de hostilidade económica e até ameaça à soberania nacional do Canadá, por parte do Sr. Trump, a resposta a esta pergunta vai definir, em grande medida, quem será o próximo primeiro-ministro canadiano. A situação de incerteza e medo do futuro que muitas famílias canadianas estão a viver está já a dominar toda a campanha eleitoral e os eleitores procuram ter à frente dos destinos do país quem lhes demonstre que estará mais habilitado a enfrentar tudo o que vem por aí – despedimentos em massa, dificuldades financeiras etc. e, principalmente, quem defenda o Canadá das ideias mirabolantes e perigosas do homem que é Presidente do país vizinho. Nesta página apresentamos as mais recentes sondagens, que apontam para uma vitória dos Liberais de Mark Carney, com uma clara maioria parlamentar, mas há ainda muita água para correr debaixo da ponte.

A verdade é uma – seja quem for que ganhe, no atual contexto político-económico não terá vida fácil e não pode ficar sozinho nesta luta porque só juntos somos fortes!

Liderança dos Liberais nas sondagens mantém-se estável

▲▼As setas indicam a variação no apoio aos partidos desde 26 de março de 2025

POILIEVRE

SINGH

YVES-FRANÇOIS BLANCHET

JONATHAN PEDNEAULT

Quais são as probabilidades de cada partido vencer?

69% de probabilidade dos Liberais conquistarem a maioria

19% de probabilidade dos Liberais vencerem com mais assentos, mas sem maioria

Quantos assentos pode ganhar cada partido?

11% de probabilidade dos Conservadores vencerem com mais assentos, mas sem maioria

1% de probabilidade dos Conservadores conquistarem a maioria

Este gráfico mostra a melhor estimativa de quantos assentos cada partido ganharia se as eleições fossem hoje.

Madalena Balça / David Ganhão
MARK CARNEY

Quem será o próximo primeiro-ministro?

As eleições federais no Canadá aproximam-se, a campanha está nas ruas e os eleitores preparam-se para escolher o próximo governo num dos momentos mais decisivos da história política e económica do país. Por entre todos os candidatos, quatro destacam-se na corrida ao cargo de primeiro-ministro, cada um representando diferentes visões e propostas para o futuro do Canadá. À medida que a campanha avança, os eleitores terão de decidir qual dos candidatos melhor representa os seus interesses e qual deles tem mais competências e visão para assegurar um melhor futuro do Canadá. Para que possam fazer uma escolha consciente e informada, aqui vos deixamos alguns dados sobre cada um dos quatro principais candidatos.

MB/MS

Líder do Partido Liberal Mark Carney

Carney, 60 anos, é o atual primeiro-ministro do Canadá, mas só está no cargo há alguns dias.

O seu partido escolheu-o por esmagadora maioria - com mais de 85% dos votos - para suceder a Justin Trudeau como líder dos liberais no início deste mês. Tornou-se primeiro-ministro pouco tempo depois, na sequência da demissão de Trudeau.

Carney foi diretor dos bancos do Canadá e de Inglaterra, tendo exercido funções no primeiro durante a crise financeira de 2008 e no segundo durante o Brexit.

Nasceu em Fort Smith, nos Territórios do Noroeste, o que faz dele o primeiro primeiro-ministro canadiano do Norte. Mais tarde, Carney cresceu em Edmonton, Alberta, antes de frequentar a Universidade de Harvard e depois Oxford, onde estudou economia.

Carney é aclamado pelos seus conhecimentos financeiros. Também assumiu uma posição desafiadora contra o presidente dos EUA, Donald Trump, prometendo retaliação contra suas tarifas e afirmando que o Canadá nunca se tornará o 51º estado dos EUA.

Mas Carney não está politicamente testado. Nunca foi eleito para um cargo público no Canadá, e esta eleição geral será a sua primeira. O seu francês também é fraco, o que pode ser uma desvantagem para os eleitores que se preocupam em preservar a herança francófona do Canadá, especialmente na província do Quebeque.

Líder Conservador Pierre Poilievre

Poilievre, 45 anos, é originário de Calgary, Alberta. Está na política canadiana há quase duas décadas - foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Comuns aos 25 anos, o que o tornou um dos deputados mais jovens na altura. Desde então, tem defendido sistematicamente um governo pequeno e com impostos baixos no Canadá.

Nos últimos anos, Poilievre tem atacado incansavelmente os liberais e Trudeau, afirmando que as suas políticas “desastrosas” e “acordistas” pioraram a qualidade de vida no Canadá, ao mesmo tempo que promete um regresso à “política de senso comum” se o seu partido vier a formar governo.

Poilievre liderou as sondagens nacionais desde meados de 2023 e os analistas tinham projetado uma vitória quase certa para o seu partido nas próximas eleições. Mas na sequência da demissão de Trudeau e da ascensão de Carney a líder dos liberais, o Partido Liberal já o ultrapassou nas projeções de voto.

Poilievre tem sido criticado pelo seu estilo político populista e tem sido comparado a Trump. Desde então, Poilievre tem procurado mudar a sua mensagem, distanciando-se de Trump e prometendo colocar o “Canadá em primeiro lugar”.

O próprio Trump afirmou que Poilievre não é “MAGA o suficiente”, embora o líder conservador tenha sido elogiado pelo aliado de Trump e titã da tecnologia Elon Musk.

líder

do Bloco de Québécois

Yves-François Blanchet

O Bloc Québécois é um partido nacionalista do Quebeque que apenas apresenta candidatos na província francófona, o que significa que é pouco provável que o seu líder venha a ser o próximo primeiro-ministro do Canadá. Ainda assim, é um jogador-chave nas eleições canadianas e a sua popularidade no Quebeque pode determinar o destino dos outros grandes partidos que procuram formar governo.

Blanchet lidera o partido desde 2019. Ele é conhecido pela sua franqueza, chamando a retórica do 51º estado de Trump de um absurdo. Blanchet também rejeitou as tarifas de Trump, dizendo: “Tenho a certeza de que haverá alguém no avião dele entre um jogo de basquetebol e um jogo de basebol para lhe dizer: não faças isso, porque é mau para nós. Estou certo de que, no final do dia, a voz da razão prevalecerá”.

No que diz respeito às questões internas, Blanchet fez pressão para que o Quebeque diversificasse os seus parceiros comerciais e pediu um lugar de destaque na mesa de planeamento económico do Canadá, referindo que a sua província alberga o maior sector de alumínio do país – um dos maiores alvos das tarifas dos EUA.

Blanchet também sugeriu que o apetite por um Quebec independente “voltará a rugir” quando e se a relação entre os EUA e o Canadá se estabilizar.

Líder do Novo Partido Democrático Jagmeet Singh

Singh, 46 anos, é líder do NDP, um partido de esquerda que tradicionalmente se centra em questões laborais e de trabalhadores. Fez história em 2017 quando se tornou a primeira pessoa de uma minoria étnica e sikh praticante a liderar um grande partido político no Canadá. Em 2019, o antigo advogado de defesa criminal foi eleito deputado numa região da Colúmbia Britânica, onde tem exercido funções públicas desde então.

O NDP ajudou o governo liberal de Trudeau a manter o poder desde 2021, fornecendo os votos necessários no Parlamento em troca de apoio à legislação progressista, como benefícios odontológicos para famílias de baixo rendimento e um programa nacional de assistência farmacêutica que cobre o controlo de natalidade e a insulina. No final de 2024, Singh rasgou esse acordo de “fornecimento e confiança”, depois do gabinete de Trudeau instruir o seu conselho de relações industriais a impor arbitragem vinculativa para encerrar uma paralisação de trabalho nas duas maiores ferrovias do Canadá.

Na altura, Singh afirmou que os liberais “desiludiram as pessoas” e não “mereciam outra oportunidade dos canadianos”.

As sondagens mostram que apenas 9,8% dos canadianos tencionam votar no seu partido, percentagem que tem vindo a diminuir enquanto o apoio aos liberais tem aumentado. A grande questão será saber se o NDP conseguirá manter o estatuto de partido oficial.

Credito: DR
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A verdade volátil dos números

A um mês das eleições legislativas antecipadas no Canadá, o cenário político está em constante evolução, com as sondagens a apontarem para uma vitória dos Liberais, mas sem ninguém poder dar esse resultado como garantido.

André Turcotte, Ph.D, Senior Advisor na Pollara Strategic Insights ajudou-nos a compreender melhor as tendências do eleitorado e os fatores que podem influenciar o desfecho eleitoral.

Oque nos dizem as sondagens atuais?

Quais são os cenários mais prováveis? E até que ponto os acontecimentos das próximas semanas poderão mudar o rumo da disputa? Com uma vasta experiência na análise de sondagens e comportamento eleitoral, Turcotte partilha a sua visão sobre os últimos dados, as possíveis reviravoltas na campanha e os desafios que os partidos enfrentam até ao dia das eleições.

Milénio Stadium: A cerca de um mês das eleições legislativas antecipadas, quais são os cenários que as sondagens apontam para o futuro?

André Turcotte: As últimas sondagens realizadas pela Pollara Strategic Insights (9-19 de março de 2025) mostram que os liberais lideram com 40% de apoio entre os eleitores decididos, o que representa quatro pontos à frente dos conservadores com 36%. O NDP desceu para 12% a nível nacional, enquanto o Bloc Québécois (BQ) se situa nos 29% no Quebeque. Os Verdes e o PPC estão ambos abaixo dos 5%.

Com base nestes números, as projeções de lugares são as seguintes

• Liberais: 161 a 209 lugares (172 necessários para uma maioria)

• Conservadores: 102 a 140 assentos

• Bloc Québécois: 21 a 30 lugares

• NDP: 8 a 16 assentos

• Os Verdes: 1 a 2 lugares

Se as eleições se realizassem hoje, os liberais estariam à beira de uma maioria, mas o seu sucesso dependeria de conseguirem manter o seu ímpeto.

Para os Conservadores ganharem, teriam de:

• Recuperar a liderança em Ontário e inverter os lugares detidos pelos liberais.

• Minimizar as perdas projetadas no Canadá Atlântico e no Oeste.

• Ultrapassar a sua fraqueza no Quebeque francófono, onde o estilo agressivo de Pierre Poilievre não tem tido boa aceitação.

Entretanto, o Quebeque continua a ser um fator de risco. O declínio do Bloc representa uma oportunidade para todos os partidos, e a capacidade de Carney para apelar

aos eleitores do Quebeque - especialmente nos debates - será crucial.

MS: O que é que pode mudar e até contrariar completamente as indicações que uma sondagem credível aponta como resultado final?

AT: Em primeiro lugar, é sempre necessário colocar as eleições em perspetiva histórica. O Canadá tem um historial de eleições em que as intenções de voto mudaram drasticamente nas últimas semanas da campanha. Alguns exemplos recentes incluem:

• 2011 - Surto de maioria conservadora: Os conservadores de Stephen Harper iniciaram a campanha com sondagens a meio dos 30 pontos, à semelhança dos seus desempenhos em 2006 e 2008. No entanto, nas últimas semanas, o apoio ao NDP aumentou no Quebeque (a “Onda Laranja”), mas os conservadores acabaram por beneficiar da divisão de votos entre os liberais e o NDP, o que levou a uma maioria surpreendente.

• 2015 - O regresso dos liberais: Os liberais de Justin Trudeau começaram a campanha em terceiro lugar, mas foram ganhando força de forma constante. No final de setembro, tinham ultrapassado os conservadores e, no dia das eleições, garantiram a maioria.

• 2019 - Corrida renhida, movimento mínimo: Em 2019, a campanha foi altamente competitiva entre os liberais e os conservadores, sem que nenhum deles ganhasse uma liderança decisiva. As eleições terminaram com um governo de minoria liberal.

• 2021 - A liderança inicial dos conservadores evapora-se: Os conservadores de Erin O'Toole lideraram nas primeiras fases da campanha, mas o apoio dos liberais recuperou nas últimas semanas, permitindo a Trudeau assegurar outro governo minoritário.

Estes exemplos mostram que, embora as sondagens ofereçam informações valiosas, a dinâmica da campanha e as mudanças tardias dos eleitores podem alterar significativamente o resultado final. Dito isto, no que diz respeito à atual eleição, podemos apontar alguns fatores a considerar:

- O desempenho da campanha de Mark Carney: Carney ainda é largamente desconhecido para muitos canadianos, pelo que o seu desempenho na campanha pode alterar significativamente as perceções dos eleitores.

- Comportamento do eleitorado: Com a campanha presidencial de Donald Trump a chamar a atenção, alguns eleitores podem tornar-se mais empenhados no final da campanha, levando a mudanças inesperadas no alinhamento dos eleitores.

- Volatilidade regional: Embora os liberais tenham ganho terreno em B.C. e nas Pradarias, o seu apoio pode não estar solidifi-

cado. Por exemplo, em Alberta, o seu apoio atingiu o seu nível mais elevado desde 1968, mas é incerto se conseguirão manter estes ganhos.

- O destino do NDP: O declínio acentuado do NDP (especialmente em B.C.) é um fator importante que beneficia os liberais. Se o NDP estabilizar ou recuperar, poderá retirar apoio aos liberais, afetando as suas hipóteses de maioria.

- Desempenho no debate: Se Carney tiver dificuldades nos debates em língua francesa, o Bloc Québécois poderá recuperar o terreno perdido, reduzindo os ganhos dos liberais no Quebeque.

- Dinâmica da afluência às urnas: A base conservadora é mais consistente na afluência às urnas, enquanto os eleitores liberais (especialmente os mais jovens e os urbanos) tendem a ser menos fiáveis. As flutuações na afluência às urnas poderão afetar o resultado final.

MS: Podemos afirmar que, até 28 de abril, as próximas sondagens poderão apresentar valores muito diferentes dos agora apresentados?

AT: Sim, é muito possível que os resultados das sondagens mudem drasticamente até 28 de abril devido a

- Impulso da campanha: Os liberais duplicaram o seu apoio nos últimos três meses, mas a manutenção desta dinâmica durante mais um mês é incerta.

- Contra-mensagem dos conservadores: Os conservadores irão provavelmente intensificar os ataques a Carney, tentando defini-lo negativamente antes de ele se tornar mais familiar para os eleitores.

- Media e acontecimentos externos: Quaisquer notícias importantes (económicas, políticas ou relacionadas com assuntos externos) poderão alterar o sentimento dos eleitores.

- Impacto do debate: Se Carney tiver um bom desempenho, poderá solidificar a liderança liberal, mas se tiver dificuldades, especialmente no Quebeque, o Bloc Québécois e os Conservadores poderão beneficiar.

- Potencial teto dos liberais: Podemos questionar-nos se os liberais já atingiram o seu pico. Se tal for verdade, poderá ser difícil obter mais ganhos, tornando mais provável um regresso dos Conservadores.

MS: Da sua análise da evolução das sondagens nos últimos quatro meses, que conclusão retira relativamente ao que parece ser uma reviravolta nas intenções de voto dos canadianos?

AT: Nos últimos quatro meses, os dados das sondagens sugerem uma mudança significativa nas intenções de voto, com os liberais a registarem ganhos importantes:

• Os liberais duplicaram o seu apoio em três meses, colocando-os 7 pontos à

• O declínio do NDP (-6 pontos em relação a 2021) alimentou em grande parte o aumento dos liberais, especialmente em B.C. (-12 pontos).

• Os conservadores mantiveram-se estáveis, mas estão a ter dificuldades em campos de batalha importantes como o Canadá Atlântico e o Quebeque.

Dinâmica regional da mudança

- Ontário e Quebec: Os liberais subiram 4 pontos em ambas as províncias, o que os ajudou a conquistar os principais lugares urbanos e suburbanos.

- Pradarias e Alberta: Os liberais estão a assistir a um raro ressurgimento, embora seja incerto se esta tendência é sustentável.

- Colúmbia Britânica: Os liberais obtiveram ganhos significativos, pondo em risco vários círculos do NDP.

A natureza da reviravolta

- A reviravolta parece ser principalmente impulsionada pelos liberais, em grande parte à custa do NDP.

- O apoio dos conservadores manteve-se praticamente inalterado, o que significa que o seu caminho para a vitória é mais estreito, mas não impossível.

- A liderança dos liberais é frágil e depende da visibilidade de Carney, da volatilidade do eleitorado e da capacidade de os conservadores recuperarem o terreno perdido em Ontário.

O próximo mês será decisivo para determinar se os liberais mantêm o seu ímpeto ou se os conservadores regressam. Embora os liberais liderem atualmente, a história sugere que as mudanças no final da campanha podem alterar significativamente o resultado final.

frente do seu resultado eleitoral de 2021.
André Turcotte. Créditos: DR.

Trump, as tarifas e o renascimento dos Liberais

As sondagens mais recentes indicam uma reviravolta nas intenções de voto dos canadianos. Se as eleições se realizassem hoje, os liberais, agora liderados por Mark Carney, surgiriam como os prováveis vencedores, derrotando os conservadores de Pierre Poilievre. Esta mudança de cenário deve-se a um conjunto de fatores, entre os quais se destacam a ascensão de Carney, a saída de cena de Justin Trudeau e, sobretudo, o impacto da política externa dos Estados Unidos, nomeadamente as ameaças tarifárias de Donald Trump.

Para Marcel Wieder, presidente da Aurora Strategy Global, o declínio no apoio a Pierre Poilievre resulta não tanto de uma perda de confiança no líder conservador, mas antes de uma recomposição do xadrez político. A saída de Justin Trudeau removeu um fator de descontentamento para muitos eleitores, permitindo que o Partido Liberal respirasse de novo. Por outro lado, a crescente popularidade de Mark Carney trouxe um novo dinamismo ao partido, com um líder visto como mais bem preparado para lidar com desafios económicos e políticos internacionais.

David Valentin, da Liaison Strategies, reforça esta ideia, apontando que a questão fundamental destas eleições deixou de ser o custo de vida ou os impostos, temas tradicionalmente favoráveis aos conservadores. Em vez disso, a grande interrogação passou a ser: quem tem mais ferramentas para enfrentar Donald Trump e defender os interesses do Canadá numa guerra comercial iminente? Até ao momento, as sondagens indicam que os canadianos acreditam que Mark Carney é essa pessoa.

O homem que assumiu, recentemente, a liderança liberal tem um currículo impressionante no setor financeiro. Com experiência na Goldman Sachs e passagens como Governador do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra, Carney tem um historial sólido na gestão de crises económicas, incluindo a crise financeira de 2008 e o Brexit. Esta credibilidade económica coloca-o numa posição favorável para acalmar os receios dos eleitores perante uma possível recessão impulsionada pelas tarifas norte-americanas.

Segundo Marcel Wieder, os eleitores canadianos estão cada vez mais preocupados com a economia, e a perceção de que Carney tem a capacidade de negociar com Trump de forma eficaz pode ser um fator decisivo no momento do voto. David Valentin acrescenta que, além da sua formação e experiência, Carney também se destaca pelo seu temperamento e postura. Enquanto Poilievre adota uma abordagem mais combativa, muitas vezes com um discurso negativista, Carney projeta uma imagem de calma e competência, algo que pode ser decisivo num período de incerteza económica – “.

Face à ascensão de Carney, os conservadores têm tentado descredibilizar o novo líder liberal, classificando-o como o "escolhido a dedo por Trudeau" e apontando para o que chamam de "década perdida dos liberais". Poilievre tem insistido em temas como a crise da habitação, o aumento dos impostos e a insegurança, argumentando que um quarto mandato liberal será desastroso para o Canadá. A este respeito Wieder transmite a sua opinião de uma forma

muito direta – “Isto é Poilievre. Atirar tudo à parede na esperança de que alguma coisa pegue. A questão do escrutínio é quem consegue lidar melhor com Trump e as tarifas”. David Valentin, confessa que “até certo ponto, concordo com as suas críticas, embora talvez as suas afirmações sejam hiperbólicas e ele vá mais longe do que eu iria - mas isso é boa política na sua opinião e uma boa mensagem. Infelizmente para ele, neste momento, estas não são as questões em que os canadianos se estão a concentrar, independentemente de as suas afirmações serem verdadeiras ou não”. Efetivamente, estas mensagens, embora eficazes junto da base conservadora, podem não ser suficientes para atrair eleitores indecisos, que estão mais preocupados com as implicações económicas das políticas de Trump. Poilievre também enfrenta outro obstáculo: a perceção de que está demasiado alinhado com Trump, uma figura, neste momento, altamente impopular no Canadá. Se os eleitores virem Poilievre como um reflexo do ex-presidente norte-americano, o seu caminho para a vitória torna-se mais difícil.

A 2 de abril, Trump poderá efetivar a sua ameaça de impor um novo conjunto de tarifas sobre produtos canadianos, e este poderá ser um fator crucial que irá interferir de forma decisiva na campanha eleitoral que está a decorrer. Caso isso aconteça, o Canadá será forçado a responder, e a forma como os candidatos lidarem com esta crise será crucial para a decisão final dos eleitores. Wieder lembra a propósito uma célebre frase de James Carville – “É a economia, estúpido” que levará os canadianos a “votar com a carteira”.

Marcel Wieder sublinha que esta guerra comercial poderá afetar diretamente milhares de empregos no Canadá, o que torna ainda mais relevante a escolha de um líder capaz de mitigar os danos económicos. Os debates televisivos serão momentos-chave para ambos os candidatos apresentarem as suas estratégias e conquistarem os eleitores indecisos. David Valentin, por sua vez, alerta que, embora a liderança dos liberais nas sondagens seja significativa, nada está

decidido. A volatilidade do eleitorado é elevada e, tal como Trump influenciou o rumo das eleições até agora, novos desenvolvimentos poderão alterar novamente o cenário.

Enfim, o panorama político canadiano sofreu uma reviravolta inesperada, impulsionada pela mudança de liderança nos liberais e pelo impacto das políticas de Donald Trump. Como Valentin sublinha “Quer tenha sido com intenção ou não, o Presidente Trump mudou completamente a política no Canadá”. Mark Carney emergiu como um líder credível, especialmente no que toca à economia e às relações com os Estados Unidos, enquanto Pierre Poilievre luta para recentrar o debate em temas internos.

A campanha está longe de estar decidida, mas uma coisa é clara: os canadianos estão atentos e preocupados com o futuro económico do país. O desfecho destas eleições dependerá da capacidade dos candidatos de convencerem os eleitores de que são os mais aptos para enfrentar um dos momentos mais desafiantes da história recente do Canadá.

MB/MS

David Valentin. Créditos: DR.
Marcel Wieder. Créditos: DR.
Credito: ADOBE
O que torna Mark Carney tão atrativo é o facto de representar exatamente o que o Canadá precisa neste momento
- Julie Dzerowicz

Julie Dzerowicz é a atual deputada liberal pelo círculo eleitoral de Davenport, onde residem ainda muitas famílias portuguesas. Julie exerce este cargo desde 2015, quando se tornou a primeira mulher a representar esta área como MP. Filha de imigrantes — pai ucraniano e mãe mexicana —, Dzerowicz é uma defensora fervorosa da igualdade e das oportunidades para todos os canadianos. De sublinhar que foi Dzerowicz a responsável pela consagração de junho como o Mês do Património Português e 10 de junho como o Dia de Portugal no Canadá.

Nas eleições federais de 2021, Dzerowicz foi reeleita para um terceiro mandato, destacando prioridades como a ação climática, habitação acessível e melhores programas de imigração. A sua vitória foi apertada, com uma diferença de apenas 165 votos sobre a candidata do NDP, Alejandra Bravo.

Julie Dzerowicz está nas ruas de novo a passar a sua mensagem, tentando continuar a ser a voz de Davenport no Parliament Hill e aceitou partilhar com o Milénio a visão que tem da situação atual do país e perspetivas de futuro.

Milénio Stadium: Se as eleições se realizassem hoje, os liberais, liderados por Mark Carney, ganhariam as eleições antecipadas. O que é que Mark Carney tem de tão atraente para poder alterar o resultado de umas eleições que, há quatro meses, teriam sido uma derrota para os liberais?

Julie Dzerowicz: Mark Carney representa exatamente o que os canadianos procuram nestes tempos difíceis - liderança comprovada, experiência do mundo real e uma visão clara do futuro do Canadá. O seu historial de sucesso na liderança do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra durante as crises demonstra a sua capacidade excecio-

nal para guiar as nações através da turbulência económica, protegendo o emprego e mantendo a estabilidade.

Se as eleições se realizassem hoje, os liberais, sob a liderança de Mark Carney, estariam numa posição forte para ganhar. O que torna Mark Carney tão atrativo é o facto de representar exatamente o que o Canadá precisa neste momento - um líder com experiência no mundo real, um profundo conhecimento da economia e um historial de navegação em crises financeiras. Ao contrário de Pierre Poilievre, que passou toda a sua carreira na política - trabalhou para um político antes de se tornar ele próprio um - Mark Carney construiu a sua carreira fora da política. Não veio de uma família privilegiada; foi criado por dois professores nos Territórios do Noroeste, onde nada lhe foi entregue. Através de trabalho árduo, obteve uma educação de classe mundial e foi Governador do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra, ajudando ambos os países a ultrapassar grandes crises financeiras. Agora, quando o Canadá enfrenta uma crise económica e política sem precedentes - incluindo uma guerra comercial que não pedimos - os canadianos precisam de alguém com conhecimentos reais e não apenas com argumentos políticos. Mark Carney sabe como gerir uma empresa, gerir os salários e tomar as decisões difíceis necessárias para estabilizar uma economia. Ele tem as competências, os conhecimentos e o respeito da comunidade empresarial, tanto no Canadá como a nível mundial, para orientar o país nestes tempos difíceis. Os canadianos procuram uma liderança estável, experiente e centrada em soluções reais - e é exatamente isso que Mark Carney traz para a mesa. MS: Poderá a experiência de Mark Carney no sector financeiro ser um trunfo para o Canadá, numa altura em que a economia do país enfrenta tempos difíceis, e não ape-

nas devido à “guerra” comercial com os Estados Unidos?

JD: A experiência de Mark Carney no sector financeiro é exatamente aquilo de que o Canadá precisa neste momento crítico. Durante décadas, 78% do nosso comércio foi efectuado com os Estados Unidos devido à facilidade de fazer negócios ao abrigo de acordos de comércio livre como o NAFTA e o USMCA. No entanto, com a crescente incerteza económica e as políticas protecionistas nos EUA, temos de tomar medidas proactivas para reforçar a nossa economia interna e diversificar as nossas relações comerciais. Isso significa facilitar o comércio dentro do Canadá - reduzindo as barreiras comerciais interprovinciais, cortando regulamentos financeiros desnecessários e garantindo a livre circulação de pessoas, bens e serviços em todo o país. Significa também redirecionar alguns dos nossos fluxos comerciais para a Europa e outros parceiros globais para reduzir a nossa dependência económica de um mercado único. Mark Carney tem os conhecimentos necessários para liderar esta mudança, garantindo que o Canadá se mantém competitivo e resistente. Ele também compreende que as pequenas empresas são a espinha dorsal da nossa economia. É por isso que estamos empenhados em abrir oportunidades de contratação pública a nível federal para que as pequenas empresas possam concorrer a contratos públicos, bem como em garantir que tenham acesso ao capital e à mão de obra de que necessitam para crescer. Além disso, a nossa economia está a evoluir rapidamente, com uma procura crescente de competências digitais e empregos de alta tecnologia. À medida que nos afastamos de algumas funções tradicionais da indústria transformadora, temos de investir em programas de formação, aprendizagem e reciclagem para que os trabalhadores - juntamente com os seus filhos e netos - tenham acesso aos bons

empregos de hoje e de amanhã. A liderança de Mark Carney, o seu profundo conhecimento económico e a sua experiência global fazem dele uma pessoa especialmente qualificada para enfrentar estes desafios e colocar o Canadá no caminho da prosperidade a longo prazo.

MS: Qual das propostas eleitorais dos liberais terá maior impacto na vida dos canadianos?

JD: Uma das propostas liberais com maior impacto é o nosso compromisso de abordar a questão da acessibilidade económica para o dia a dia dos canadianos. Entre os nossos primeiros anúncios, tomámos medidas decisivas para devolver mais dinheiro aos bolsos das pessoas, reduzindo o imposto sobre o carbono, invertendo o ajustamento do imposto sobre as mais-valias e introduzindo uma redução fiscal para a classe média que permitirá poupar até $825 por ano aos indivíduos.

Igualmente importante, se um governo liberal liderado por Mark Carney for eleito, protegeremos os ganhos que obtivemos na última década. Isto significa que o Subsídio Canadiano para Crianças se manterá, o Programa Nacional de Cuidados Infantis continuará a proporcionar cuidados diurnos a preços acessíveis, e programas críticos como os cuidados dentários nacionais, os benefícios para deficientes e o pharmacare manter-se-ão em vigor. Também continuaremos a defender os trabalhadores, tendo já introduzido mais proteções para os trabalhadores sindicalizados do que qualquer outro governo antes de nós. A acessibilidade da habitação é outro grande objetivo. Estamos a tomar medidas arrojadas para acelerar o desenvolvimento da habitação, eliminando o imposto sobre o valor acrescentado (GST) sobre a construção de novas habitações para arrendamento e canalizando fundos significativos

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- como o investimento de 255 milhões de dólares em Toronto - para cidades que estão empenhadas em simplificar as aprovações e licenças. Ao consolidar o financiamento de vários programas e ao acelerar a sua aplicação, estamos a garantir que a habitação é construída mais rapidamente.

Relativamente à criminalidade e à segurança pública, reconhecemos que uma segurança fronteiriça mais forte é essencial para manter as armas e as drogas ilegais fora das nossas comunidades. É por isso que repusemos os mil milhões de dólares que os Conservadores cortaram à aplicação da lei nas fronteiras e acrescentámos mais 1,3 mil milhões de dólares para reforçar as medidas de segurança. Estes investimentos ajudarão a reduzir a criminalidade e a tornar os nossos bairros mais seguros.

Em última análise, o plano liberal está centrado em tornar a vida mais acessível, assegurando que os principais programas sociais se mantêm, enfrentando os desafios da habitação e mantendo as nossas comunidades seguras. Estas são as prioridades que terão o maior impacto na vida dos canadianos.

MS: Os conservadores de Poilievre afirmam que Mark Carney é “o sucessor escolhido a dedo por Trudeau” e perguntam: “Depois da última década liberal, a questão é saber se os canadianos podem suportar um quarto mandato de liberais sem tato, que inflacionam os custos da habitação e da alimentação, desencadeiam o crime, arruínam a imigração, aumentam os impostos, bloqueiam o emprego dos recursos e tornam a nossa economia fraca e dependente dos EUA? Que resposta têm os liberais a esta pergunta?

JD: As afirmações de Pierre Poilievre não passam de slogans - não vão pôr comida na mesa, não vão ajudar os canadianos a pagar a sua hipoteca ou renda, nem vão fortale-

cer a nossa economia. O que precisamos é de ação real, e é por isso que apoio Mark Carney. Em primeiro lugar, Mark Carney não é um “sucessor escolhido a dedo”ele foi esmagadoramente escolhido pelos membros liberais de todo o país, obtendo 86% dos votos. A sua liderança é apoiada por canadianos que acreditam na sua experiência, visão e capacidade para fazer crescer a nossa economia. No que diz respeito ao custo de vida, estamos a tomar medidas decisivas para colocar mais dinheiro nos bolsos dos canadianos. Acabámos com o Imposto sobre o Carbono, o que significa que, a partir de 1 de abril, os preços do gás descerão 17 cêntimos por litro e os custos de aquecimento das casas serão mais baixos. Também anunciámos uma redução de impostos para a classe média que irá devolver 825 dólares aos bolsos dos trabalhadores canadianos.

Relativamente ao crime e à segurança pública, recordemos que foram os conservadores que cortaram mil milhões de dólares à segurança das fronteiras antes de tomarmos posse em 2015, facilitando a entrada de armas e drogas no Canadá. Desde então, restaurámos esse financiamento e acrescentámos mais 1,3 mil milhões de dólares para impedir a entrada de armas ilegais e tornar as nossas ruas mais seguras. No que diz respeito à imigração, tomámos medidas decisivas para restaurar a integridade do nosso sistema, reduzindo o número de estudantes internacionais e cortando os níveis de imigração planeados em mais de 100.000. Para a comunidade portuguesa, criámos um caminho para a cidadania para 6.000 trabalhadores da construção civil fora de estatuto que há muito contribuem para o nosso país. No que diz respeito aos impostos, cancelámos o aumento proposto para o imposto sobre as mais-valias, introduzimos uma redução de impostos para a classe média e, em 2015, reduzimos os im-

postos para a classe média, aumentando-os para o 1% mais rico. No que diz respeito à economia, após a pandemia, o Canadá teve uma das recuperações mais fortes do mundo, com os níveis de dívida mais baixos entre os países do G7. A nossa taxa de desemprego continua baixa e a inflação está sob controlo, mas sabemos que há mais trabalho a fazer. Mark Carney compreende as ameaças económicas colocadas pelas políticas comerciais de Donald Trump e está empenhado em reforçar a economia interna do Canadá, diversificando simultaneamente as nossas parcerias comerciais. Os canadianos não podem permitir-se políticas conservadoras imprudentes que enfraquecerão a nossa economia e anularão os progressos que fizemos. Precisamos de uma verdadeira liderança e de um plano sério para a prosperidade, e é exatamente isso que Mark Carney e a equipa liberal estão a oferecer.

MS: Especificamente no seu círculo eleitoral, como tenciona convencer os eleitores de que o melhor caminho a seguir é voltar a confiar em Julie Dzerowicz?

JD: Sempre tive a comunidade portuguesa no centro de tudo o que faço. Representar a maior comunidade portuguesa no Canadá é uma responsabilidade que levo muito a sério, e é por isso que luto arduamente pelas questões que mais importam: empregos bem pagos, uma economia forte, habitação acessível para os nossos filhos e netos, e ruas seguras onde as crianças possam brincar livremente. Estas prioridades sempre orientaram o meu trabalho e continuarei a defendê-las.

Para além disso, tenho um historial comprovado de resultados para Davenport. Assegurei níveis históricos de financiamento para os Empregos de verão no Canadá, ajudando os jovens a encontrar emprego, e para os programas para idosos, asseguran-

do que permanecem apoiados e ligados, e longe do isolamento. Também trouxe um investimento sem precedentes para o nosso cenário artístico e cultural local. Estas realizações refletem o meu empenho em reforçar a nossa comunidade. Olhando para o futuro, temos de continuar a desenvolver os progressos que fizemos na última década - quer se trate do Plano Nacional de Cuidados Infantis, do Plano Nacional de Cuidados Dentários ou do Pharmacare. Também aumentámos a Segurança para Idosos em 10% para as pessoas com mais de 75 anos, e estes programas sociais só podem ser sustentados se tivermos uma economia forte. É por isso que estou a apoiar Mark Carney como nosso próximo primeiro-ministro. Ele tem a liderança e a experiência necessárias para fazer crescer a nossa economia, proteger os nossos programas sociais e assegurar a prosperidade a longo prazo para todos os canadianos.

MB/MS

Julie Dzerowicz. Créditos: DR.

Onde estamos no mundo?

Mês de março já de lenço na mão a sinalizar a sua despedida. Mês de tormenta. Mês de muita chuva, pelo menos pela Europa. Mês de intempéries que causaram inúmeros estragos e mostram-nos a cada dia que passa que não estamos de todo no controlo e que a Mãe natureza está ultra zangada connosco e que nos vai continuar a fazer pagar a fatura dos maus-tratos que “Nós”, humanidade, lhe temos feito ao longo dos anos. Uma vez mais em cima da mesa - política do Canadá. Pois, como não é o meu for-

te, nem política, nem religião, prefiro não opinar sobre e, muito sinceramente, estou cansadita de tanto líder que promete mundos e fundos e, ao fim do dia, é mais um com palestras de mais do mesmo. Andei por aqui às voltas e pensei sobre o que falar. O tema de “mutação humana” na questão das migrações internacionais no século 2, que estão, cada vez mais, a assumir um papel importante no quotidiano social, nos mercados de trabalho, nas sociedades de chegada e de partida, nos fluxos financeiros, na mobilidade da força de trabalho e na vida de populações imigrantes. É parte integrante do desenvolvimento e é refletido na divisão internacional do trabalho. A diversidade de situações migratórias locais, regionais, internacionais recodifica a complexidade do fenómeno, não sendo possível pautarmo-nos apenas pelo dinamismo económico em escala nacional e individual. Os movimentos migratórios internacionais na América do Sul desde os anos 2000, reforçam a tendência de configuração de

gisto e de controlo tão apurado e as populações continuam em plena mudança.

A densidade populacional, os usos e costumes, a exploração laboral, a carência e o abuso de preços na área da habitação, mais

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Esta semana

• Encontro Vianense - Assistimos ao ensaio que juntou nove grupos folclóricos de Viana do Castelo

• Academia de Futebol do Gil Vicente de TorontoVisitamos esta academia que comemorou o seu 8.º aniversário

• Rosa's Portuguese Kitchen - Vamos aprender a fazer Pataniscas de Bacalhau

• Entrevista IPMA 2024 - Vamos rever a entrevista que Joe Medeiros nos concedeu na última gala

• Roundtable - A conversa sobre os temas que dominam o mundo.

• Baseado Numa História Verídica - A Camões TV+, em parceria com o Canal Q, apresenta Baseado Numa História Verídica, conduzido por Aurélio Gomes

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Ora viva, bom dia! Como estão?
Fiquem bem e até já, Cristina
Cristina da Costa Opinião
Credito:

F.U.T.

How circles of trust explain a political divide. In all my recollections, an election such as the current Federal referendum has not happened before where the number one issue will be freedom from the autocracy of Donald Trump. The trust factor in the United States is at an all-time low and in many aspects Trump is a divisionary force within Canada and the federal election.

Donald Trump wants Canada to become a submissive country with the root of the submission to be poverty.

Canadians have been asking for an election for the last 2 years, but this is not the election for which they were clamoring. Although this will be a hard fought ideological election, the question is what is it really about? The

liberals have become conservatives, and the conservatives have lost their way in their messaging to Canadians. The election focus will be mostly about our relationship with the United States, but what about our internal issues? Will they get the attention they deserve? Canada is in trouble and issues such as our moribund economy, immigration, western alienation and defense are pivotal for our future and require a deep analysis if we are to save this country’s sovereignty.

Donald Trump has planned a campaign of cruelty on Canada which was never expected but not surprising, considering where it came from. Pretend that the past year has not existed, and that this election is to start a new era but what new policies can we expect in defense of this country if the liberals have converged and adopted all the conservative policies, eliminating the competitive spirit that elections are supposed to bring? Are the Liberals cowards for stealing ideas or were the Conservatives stupid for showing their cards too early? We are in for an election for the history books, but the story has not been written. The debates, which will be vigorous, will concentrate on our relationship with the United States and how tough the various candidates will be in defending our future.

In my view, the biggest story is if Pierre Poilievre will be able to counterpunch to win the election in view of the fact that he has lost his advantage. The second story will be if Canadians will accept the same old Liberals who have screwed up the country the last nine years. And the NDP, who cares? Why is Jagmeet Singh still leading them?

Donald Trump will most certainly interfere with this election and has suggested that he would rather deal with a Liberal than an Conservative.

Really? A fascist playing liberal must give us reason to pause and consider if a malignant person surrounded by weirdos should opine on Canadian elections? Once all the useless noise is blown away, candidates should focus on key factors which will influence the future of this country such as economic issues, regional dynamics, and voter momentum based on shifting platforms.

Canadians will have to vote for rookies as Prime Ministers, which provides little comfort. This election represents a pivotal moment for Canada and leadership should be at the forefront of voters’ minds.

F.U.Trump. Keep your nose out of our elections!

Manuel DaCosta/MS
Photo: David Ganhão

A HELPING HAND

That’s what Trump has ended up giving the federal Liberals. Trudeau’s lack of popularity and the timing of his resignation couldn’t have come out better if they had actually planned it. Enter Mark Carney, who came right out of the gate gunning for Trump, so to speak. Now the Liberals find themselves backed by all Canadians, in their battle of wits with the U.S. president. Great timing for the Liberals, (due to Trump’s win and subsequent buffoonery), and bad timing for the Conservatives, for the very same reason.

Poilievre is seen to be cut from the same cloth as his American counterpart, and that gets people thinking that maybe they don’t want to see in Canada, what they are witnessing coming

from south of the border. I don’t believe one can possibly compare the two, if only because it’s difficult to believe that a Canadian leader would ever bow down to any hostile leader. Nevertheless, people are always going to make the connection, purely because of the right-wing ideology that led the Conservative leader to power. You can also bet that the opposition will be hitting them where it hurts during the campaign, as is customary.

I’m sure that all sides have plenty of ammunition to hurl at each other. I’ve even read, recently, that Trump was supposedly waiting for the outcome of the snap election, before beginning negotiations. I haven’t looked into the validity of this report, but if it’s correct, (to me it makes sense), it would say it all, even Trump sees

the difference. Most Canadians are rallying behind the flag these days, and the Liberals seem to be on the right side of the anti-Trump point of view. That has to be a huge boost. Poilievre, surely, feared this might happen, a subsequently prepared some contingencies, and if he didn’t, I can’t possibly understand why, since me and millions of others predicted this might happen. It doesn’t take a genius, emotions play the biggest part in elections, which is why politicians love playing that card whenever they get a chance.

Look at Doug Ford, he’s riding the wave of popularity, and he’s no saint himself. But he’s been standing up to Trump since this all became an issue. Sure, he’s doing the dance, along with his mates, but you have to give him credit, he won another

election by a wide margin, and he didn’t really need to worry about his missteps, of which there were a few. He’s the guy shouting back at Trump! It probably won’t be as easy for the eventual victor on April 28, but it will be tell-tale. Whatever happens on the day will dictate the direction the country will take. I despise politics because they are not to be trusted in any way, but if Canada doesn’t stand its ground for at least the next four years, the price to pay may be a heavy one. We have everything to gain from being proud Canadians, and this sideshow of late has been both a curse and a blessing. The world has been asleep at the wheel for too long. It’s nice to see most of us awake!

Fiquem bem, Raul Freitas

The upcoming Federal Election

A critical juncture for Canada

As the political landscape of Canada evolves, the announcement of a federal election set for April 28, 2025, marks a significant moment in the country’s democratic journey. With Prime Minister Justin Trudeau stepping down after years in office, Canadians are poised to witness a pivotal contest that could redefine their governance and policy direction. In these sensitive times, this election is not just a routine political exercise, it represents a crucial opportunity for voters to express their priorities and aspirations for the future.

The upcoming election occurs against a backdrop of economic challenges, social unrest, and environmental concerns. The COVID-19 pandemic has left deep scars on Canadian society, exacerbating issues such as healthcare access, economic inequality, and climate change. As citizens grapple with these pressing matters, the stakes are high for the candidates vying for leadership.

One of the most anticipated matchups in this election is between Conservative Pierre Poilievre and Mark Carney, the newly appointed Prime Minister, and former Governor of the Bank of Canada. Poilievre, known for his combative style and focus on fiscal conservatism, presents a stark contrast to Carney, who brings with him a wealth of experience from both the

public and private sectors. Pierre Poilievre has positioned himself as a champion of individual freedoms and economic accountability. His messaging often targets government spending and inflation, appealing to those who feel the pinch of rising costs in their everyday lives. His strategy will

of Jagmeet Singh, the NDP has sought to carve out a niche as the voice of the working class, advocating the social justice, healthcare reform, and environmental sustainability. However, the challenge will be to maintain party status in a competitive landscape where both the Conservatives and Liberals are vying for the same voter demographics.

The NDP’s strategy will likely hinge on mobilizing grassroots support and appealing to younger voters disillusioned by traditional politics.

The party’s ability to articulate a clear, compelling vision that resonates with Canadians current needs will be paramount. Additionally, their stance on key issues such as housing affordability and climate action will be essential in attracting undecided voters. In these sensitive times, voters’ sentiment is like-

ly to be shaped by a combination of economic realities and social issues. Many Canadians are looking for leadership that can not only address immediate concerns but also provide a long-term vision for the country. Issues such as climate change, healthcare, and economic inequality are expected to dominate discussions.

As the election date approaches, candidates will need to engage with voters authentically, addressing their fears and aspirations. The ability to connect with constituents on a personal level will be crucial in an election that could redefine the political landscape for years to come. The political climate in Canada, like many places globally, has become increasingly polarized. Voters are not only choosing between parties but also aligning with ideologies that reflect deeper societal divisions. Candidates will need to craft messages that not only resonate with their base but also reach across the aisle to unite a fragmented electorate.

The federal election on April 28, 2025, promises to be a defining moment for Canada, especially in the wake of Justin Trudeau’s departure. With Pierre Poilievre and Mark Carney poised for a fierce contest, and the NDP striving to maintain relevance, the stakes have never been higher. Voter engagement, clear communication of policies, and a deep understanding of the electorate’s needs will be crucial for all parties involved. As Canadians prepare to cast their votes, the outcome of this election will undoubtedly shape the nation’s future.

Vince Nigro
James Stewart
Vincent Black Opinon
Photo: Copyrights

A UCRÂNIA NÃO PODE ESTAR SOZINHA

A Ucrânia é um país livre e soberano. Vivemos num mundo cada vez mais diferente e indiferente. O facto é que a Rússia atacou a Ucrânia e não o contrário. Não será plausível comparar este modus operandi de Vladimir Putin a Hitler, Estaline ou mesmo Kim Jong-um? Vi imagens de civis e militares mortos e só isso é razão para revolta, mas também destruição de edifícios, infraestruturas militares e civis. Parece claramente que o mundo Ocidental não estava preparado para um cenário geopolítico desta dimensão.

AUcrânia foi deixada sozinha e os países do "bem” (agora parece que alguns deixaram de ser) pouco ou nada fizeram. Não me parece que todas estas manobras militares sejam simplesmente para anexar meia dúzia de metros de terra. Será que o mundo não vê que a Rússia pretende transformar a Ucrânia naquilo que já tinha feito com a Bielorrússia e o Cazaquistão?

Onde estávamos todos quando, em 2008, a Rússia invadiu a Geórgia e a Crimeia?

A guerra na Geórgia teve a curta duração de apenas cinco dias, mas morreram 500 pessoas, aproveitando a Rússia, no tempo, para anexar as províncias da Ossétia do Sul e da Abecásia, por acaso as zonas mais ricas, não esquecendo a capital importância da ligação ao Mar Negro. E onde estão agora os 160 mil georgianos que tiveram de abandonar o seu país, a sua terra natal? Muitos como refugiados no seu próprio território, outros amargurados longe das suas famílias. Em 2014, as forças armadas soviéticas invadem a Ucrânia, anexando a província da Crimeia, uma zona de enorme importância estratégica, mas também cultural e económica.

Infelizmente, parece que o Mundo só agora percebeu que estamos em guerra, esta começou com tudo aquilo que de mau pode trazer para a economia, pelo menos como estamos habituados a vê-la. É profundamente sabido que na Europa uma esmagadora maioria dos países continua dependente do gás russo sendo que a maior potência europeia, a Alemanha, depende deste quase exclusivamente. Os Estados Unidos da América têm um Presidente agora eleito que levanta dúvidas

muito pertinentes quanto à sua ação no combate ao criminoso Putin. Sejamos claros, as sanções económicas são insuficientes para travar um conflito desta escala, e nem está em causa a solidariedade com a Ucrânia por parte do Ocidente. O grande problema é que os países democráticos não sabem como lidar com autocratas (é um regime político em que as leis e decisões são baseadas nas convicções do governante).

Na autocracia, o poder do líder é absoluto e ilimitado, e o governo acaba por ter as suas políticas confundidas com as ações pessoais do autocrata, como uma personalização do poder.

Os autocratas no poder estão claramente próximos, Moscovo aproximou-se de Pequim e podem ter apoio de outros países, não estranhando uma aliança para atacar Taiwan em breve, tudo isto com a cumplicidade do novo autocrata na Casa Branca.

O Presidente russo nunca viu com bons olhos o reforço da NATO que desde os anos noventa chamou a si países de leste com as adesões de Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, República Checa e Polónia. Os 3 primeiros pertenciam à antiga União Soviética, e Putin nunca gostou do desmembramento da União Soviética, chamando-lhe o maior erro geopolítico do século

passado. E temos aqui uma das possíveis explicações, se é que é possível, para este conflito. A civilização ocidental não tem na sua maioria de países uma cultura bélica, a não ser os Estados Unidos da América (?????), Reino Unido e França, a generalidade dos restantes nem sequer lhes passa pela cabeça a possibilidade de ter dentro dos seus territórios uma guerra, aliando a isto as restrições que o pós-guerra deu à Alemanha. Quem nos defende?

O Presidente Putin alterou a Constituição russa e pode agora governar até morrer, qual líder totalitarista. Boris Nemtsov Alexei Navalny, Alexander Litvinenko, Pyotr Verzilov, todos morreram tragicamente, todos assassinados pelo mesmo regime, e isto não foi passado há séculos, mas sim há dias. (Putin ainda diz que as eleições na Ucrânia levantaram muitas dúvidas, pelo menos não assassinaram os candidatos). Só uma forte aproximação do Reino Unido e União Europeia, fazendo da NATO o pilar de unidade, poderá resolver este problema. Lembro a célebre frase de Churchill, segundo a qual “um apaziguador é aquele que vai alimentando um crocodilo na esperança de ser o último a ser devorado”.

Habitação: Cuidado, Casimiro!

Este Governo, ao longo deste último ano, deu um contributo claro para o aumento da procura e o agravamento da crise da habitação.

No meio da crise política, passou relativamente despercebido a publicação pelo INE do índice de preços da habitação para o 4.º trimestre de 2024. Confirmou-se uma realidade há muito sentida no terreno – há 10 anos que os preços das casas não subiam tanto, tendo crescido 11,6% face ao mesmo período do ano anterior.

É verdade que o mercado da habitação é diferente. A procura conhece tanto flutuações imprevisíveis como variações estruturais. Veja-se a utilização nacional e internacional de imóveis como bens de investimento. Por outro lado, a oferta demora tempo a responder, designadamente

o tempo de licenciar e construir uma casa. Todavia, é verdadeiramente um dos bens onde não se pode dizer que o mercado seja eficiente ou indiferente à regulação ou à intervenção do Estado. No caso, este Governo, ao longo deste último ano, deu um contributo claro para o aumento da procura e o agravamento da crise da habitação. Tivemos o regresso do regime dos residentes não-habituais, o travão à mão-de-obra imigrante na construção, alertada por um Ministro deste próprio Governo, e, ainda, a liberalização do alojamento local, com o fim da suspensão de novas licenças e da contribuição extraordinária que equilibrava a carga fiscal entre estes e o arrendamento. Acresce a isto o Governo ter atrasado a possibilidade dos inquilinos registarem os seus contratos, o que não só lhes daria mais direitos como também permitia às famílias deduzir legalmente a sua renda ou ao estudante deslocado receber o apoio ao alojamento. Infelizmente, esta subida dos preços da habitação vem, na prática, eliminar o efeito que a isenção de IMT e Imposto de Selo tiveram na capacidade aquisitiva dos jovens.

Para uma casa com o preço médio (216 mil euros, em 2024) é habitualmente devido cerca de 6.600€ na totalidade destes dois impostos. Ora, se as casas tiveram um aumento de preços, em média, de 11,6%, esta "casa média" subiu de preço 22.450€ ao longo do último ano. Já em 2023, o preço das casas subiu apenas 7,8%. Tivesse o Governo sido capaz de manter o preço da habitação a crescer ao mesmo ritmo do ano anterior, o preço da casa tinha encarecido menos 6.800€. Ou seja, as poupanças fiscais dos jovens são menos de um terço do aumento total do preço das casas em 2024. São pouco menos do que a diferença entre o que os preços cresceram em 2023 e 2024. Que parte do aumento do preço se deve a que política é, obviamente, muito difícil de analisar. Que haja jovens que tenham beneficiado da medida, também é natural. Resta saber se, com o aumento dos preços, hoje haja menos jovens a poder comprar casa do que havia há um ano. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, a percentagem de jovens entre os 18 e 35 anos no total das pessoas que compraram casa em 2024 (42,7%) até pode ser maior do que

o de 2023 (40,6%) mas é menor do que o verificado nos dois anos anteriores. (43,1% em 2022 e 44,2% em 2021).

Tudo junto, está bom de ver que, ao aliviar alguns dos travões à procura imobiliária que o Governo do PS tinha introduzido, a política de habitação deste Governo assume-se como um monumental fracasso. Podíamos recorrer a outros exemplos – como o atraso de 6 meses na resposta a candidaturas do Porta 65 ou o anúncio de IVA a 6% para todas as obras, gerando um incentivo para adiar obra à espera da entrada em vigor de uma versão barata do imposto. Portugal ainda vive uma crise da habitação. É uma realidade que encontra espelho internacional, por muito que seja especialmente grave aqui. No próximo dia 18 de maio, o país vai a votos e pode escolher não só lideranças como também projetos para o país. Todavia, como cantava Sérgio Godinho sobre o seu amigo Casimiro, cuidado com quem tudo promete. É preciso "ter cuidado com as imitações".

Vítor M. Silva Opinião
Miguel Costa Matos Opinião

Tudo pronto para continuar a governar!

Que se repita nas legislativas o que aconteceu na Madeira. Chega de fantoches no parlamento.

Surpresa para muitos e nenhuma novidade para outros: o PSD voltou a vencer as eleições regionais da Madeira, conquistando 43,43% dos votos. Ficou perto da maioria absoluta e, com 23 deputados eleitos, Miguel Albuquerque está a um mandato de alcançá-la. Conseguiu um acordo com o CDS, enquanto o grande derrotado da noite foi o PS. Brincou com o eleitorado, e o povo abriu os olhos. Queriam o poder à força, mas quem manda é o povo. Com a aproximação ao Chega, o PS perdeu a liderança da oposição. Como consequência, ficou atrás do JPP e perdeu três deputados.

Os políticos precisam entender algo fundamental, o povo quer estabilidade, não oportunistas. Agora, é hora de dar um cartão vermelho a Pedro Nuno Santos, líder do PS, que fez o mesmo jogo político, encostou-se ao Chega e não aprovou a moção de confiança. Foram calúnias atrás de calúnias, difamação e invenções para denegrir Luís Montenegro, mas só quem não presta atenção não percebe a estratégia de Pedro Nuno Santos, ele forçou eleições, embora o Presidente da República tivesse o poder de convocá-las, mesmo após a eleição do novo Presidente, a única possibilidade de eleições seria no início de 2027. Pedro Nuno Santos viu que o governo está a governar com uma qualidade fora do normal. Basta observar a última notícia, o excedente foi de 0,7%, quando era esperado 0,4%. Ou seja, superou as expectativas. Isso prova que o governo liderado por Luís Montenegro está a trabalhar pelo país e por todos os portugueses, não está a distribuir milhões pelo WhatsApp, como fez Pedro Nuno Santos quando era minis-

tro. Aliás, foi demitido. Se não serviu para ministro, servirá para primeiro-ministro?

Que se faça justiça e que ele receba o cartão vermelho que merece.

O Chega, por sua vez, nada diz de novo e está cheio de problemas, diz-me com quem andas, e eu dir-te-ei quem és. Dali, nada se pode esperar. O país precisa de estabilidade. O PS, aproveitando-se de uma notícia falsa, tentou destruir a família de Luís Montenegro. Insistiu tanto nessa tecla e nada provou. Todas as explicações foram dadas. A cedência de quotas da empresa é legal. Nunca recebeu nem desperdiçou milhões, como alguns recentemente fizeram.

O PS viu este governo a subir e tentou destruí-lo, mas esqueceu-se de que apenas prejudicou o país. E é isso que Portugal não precisa. Onde estão as provas de corrupção? Mas, olhando para o outro lado, há muito onde apontar o dedo. Quem tem telhados de vidro devia estar calado. No entanto, ao contrário, prejudicou o país com ganância e na esperança de vencer. O

Graça Pires em novo livro Era madrugada em Lisboa

povo está mais inteligente e pode ser que o PS tenha uma surpresa.

A política é suja, mas apenas para quem a suja. Neste caso, o PS, aliado ao Chega, sujou-se completamente, só pensaram em si próprios e nunca no país. É triste quando um político não sabe fazer nada além de política e vive dela. Pelo menos Montenegro sabe fazer algo além de ser político. Trabalhou e não enriqueceu enquanto estava na política, ao contrário de outros, que tinham escritórios de advocacia, fundações e viviam às custas do Estado. Será isso que o povo quer de volta? Já levaram o país à bancarrota três vezes, querem mais uma? Olhem à vossa volta.

Que todos tenham sorte, mas que sejam honestos e trabalhem. Ser político é passageiro. Esperem por uma campanha nojenta e com pouca qualidade por parte dos que querem o poder de volta e à força, reparem só no tipo de cartazes que se estão a colocar, chamam a isto política ou destruidores de famílias. Bom fim de semana!

Com o subtítulo de «Louvor a um dia com tantos dias dentro», este recente livro de Graça Pires (n.1946) tem 35 páginas, um desenho de Rosário Alves e é editado pela Poética Edições.

Abre com uma citação de Sophia de Mello Breyner Andresen («Esta é a madrugada que eu esperava»), é dedicado aos capitães de Abril e envolve todas as pessoas que amam a liberdade. Pode ler-se na página 11: «Sem prazo, sem aviso, sem detença/aconteceu em Abril/o mais esperado tempo/e com ele o cheiro/ da terra que nos pertence».

Conclui na página 35: «Agora pertencem ao silêncio/mais nítido as canções, os gritos/as lágrimas, os detalhes de uma festa/acontecida num dia com tantos dias dentro/numa cidade habitada pelo país inteiro».

Depois de «Espaço livre cm barcos», «Uma claridade que cega», «Fui quase todas as mulheres de Modigliani», «A solidão é como o vento», «Antígona passou por aqui» e «O improviso de viver», um novo livro de Graça Pires a celebrar o tempo de Abril.

JCF

Augusto Bandeira Opinião
Credito: DR

Caminhos de liberdade

Só desviando a rota podemos chegar ao nosso destino.

Já muito se tem dito e escrito sobre como os movimentos migratórios alteram o paradigma das vidas das mulheres, redefinindo-lhes novos comportamentos nos países de acolhimento.

Se bem que exista um denominador comum que une quase todos os processos migratórios, estes ganham caraterísticas específicas em função do espaço e do tempo em que ocorrem. Por isso se considerou ser da maior importância dar a conhecer a realidade de uma região específica do Canadá – o Quebeque – onde as mulheres portuguesas e luso-canadianas desempenharam, e continuam a desempenhar, um papel primordial na construção de uma nova identidade, apesar de as suas raízes se terem mantido ligadas ao chão de origem. Esta é a razão de o título do livro ser “Mulheres Portuguesas no Quebeque – caminhos de liberdade”” porque, apesar de, o conjunto as autoras, terem dupla nacionalidade e algumas já

Paulo Pereira

terem nascido no Canadá, todas elas se sentirem portuguesas. Como nos diz uma delas: “Não nasci em Portugal, mas foi precisamente nessa encruzilhada que Portugal nasceu em mim”.

Tradicionalmente, e por força de um domínio patriarcal, na história da imigração portuguesa as mulheres têm sido votadas ao silêncio. É, por isso, urgente resgatar do anonimato as vozes de mulheres cujas reivindicações, em busca do seu próprio lugar, passam pela relação construída, ao longo de anos, com os espaços em que estão inseridas.

O cardeal poeta Tolentino de Mendonça, nosso contemporâneo, diz-nos que “Quem inventou o livro, inventou uma certa forma de fazer História”. Partindo desta asserção, Joaquina Pires teve ideia de fazer este livro, empenhando-se na recolha do maior número possível de histórias de vida. A capa, com uma muito feliz ilustração, foi propositadamente feita e oferecida pela artista luso-francesa Nathalie Afonso, também ela uma mulher imigrante de sucesso. A figura feminina, vestida de folhas de ácer, o símbolo do Canadá espelhado na sua bandeira, caminha sobre o mar, metáfora das travessias transatlânticas. À volta da sua cabeça, folhas espalhadas de diversas cores, que vão do verde - a força da esperança depositada em todos os começos - ao amarelo, castanho e carmim, que representam não só o outono da natureza, mas também o outono das vidas que passaram pelo amadurecimento e envelhecimento em terra alheia.

Este livro, composto de 40 testemunhos, não retrata todo o panorama (longe disso) do universo da imigração feminina. Ficam de fora vozes que nunca chegaram a ter voz, apesar de igualmente importantes, porque não passaram do limiar do sucesso, vítimas do sonho esboroado, mesmo que tenham estado na sombra da concretização dos sonhos de terceiros. No entanto, apesar dessa falha que lhe reconhecemos, constitui um primeiro passo de uma caminhada que se pretende mais longa no estudo da imigração feminina.

Todas as histórias são narradas na primeira pessoa. Ou seja, é o relato intimista de cada uma sobre a sua experiência, como sujeito ativo da sua própria vida, com recurso à memória autobiográfica.

As narradoras são originárias de diferentes geografias (a maioria de ascendência continental e 13 açorianas ou de ascendência açoriana); de diferentes faixas etárias (as que já nasceram cá, as que chegaram ainda crianças, outras adolescentes, passando pelo grupo das que vieram adultas, casadas ou divorciadas e já com filhos); de diversa condição social (famílias de classe média já com domínio de línguas estrangeiras a par de outras com a escolaridade mínima); de diferentes níveis de escolaridade (muito poucas com formação superior, tendo a maioria iniciado ou completado aqui a sua formação académica).

Pese embora esta diversidade, todos os relatos são férteis na conclusão de que foi a vivência do processo migratório que lhes

permitiu progredir do ponto de vista pessoal, académico e profissional, traduzido na liberdade das suas escolhas.

A partir desta semana está à disposição de quem o queira ler, contatando, para o efeito, Joaquina Pires joaquinapires@bell.net.

A importância do investimento da diáspora em

Portugal

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico e político.

Nos vários exemplos de empresários lusos da diáspora, cada vez mais percecionados como um ativo estratégico na promoção e reconhecimento internacional do país, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso de Paulo Pereira. Natural de Felgueiras, concelho situado a norte da região do Vale do Sousa, partiu em tenra idade, no ocaso dos anos 60, com a família para França, que na esteira de milhares de compatriotas demandaram na pátria gaulesa melhores condições de vida. O trabalho, esforço e resiliência, valores coligidos no seio familiar, transformaram o empreendedor luso-francês com formação em Direito e cujo percurso socioprofissional inicial computou experiências laborais em seguros, e no ramo agroalimentar, num dos mais proeminentes empresários da comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa. Para tal, muito contribuiu o facto, de há mais duas décadas ter fundado, em Orleães, a Agribéria, umas das maiores empresas de distribuição alimentar em Fran-

ça. E ser ainda, proprietário da cadeia de supermercados Panier du Monde, que se encontra presente em várias cidades gaulesas. Contexto empreendedor, que acentuou a aposta de Paulo Pereira no chamado “mercado da saudade”, alargando as ofertas dos produtos lusos ao mercado francês, desde logo, ao nível da distribuição de vinhos portugueses.

A paixão pelo vinho português, o mérito e a visão estratégica, impulsionaram Paulo Pereira, em conjunto com a sócia Maria do Céu Gonçalves, que também em tenra idade rumou com os pais, naturais de Vila Real, em direção ao território francês, a adquirir em 2012, a histórica Quinta da Pacheca, no Douro.

O investimento inicial de quase três milhões de euros dos empreendedores da diáspora na Quinta da Pacheca, ao impulsionar a modernização do negócio vinícola e a alicerçar um complexo enoturístico de referência no Douro. Realça, paradigmaticamente, a importância da diáspora no desenvolvimento e projeção de Portugal no mundo.

Desde então, os investimentos de Paulo Pereira e do casal Maria do Céu Gonçalves e Álvaro Lopes no setor do vinho em Portugal não se ficaram apenas pelo Douro. Expandiu-se para outras regiões vitivinícolas, criando uma rede de propriedades, que aliando a produção de vinhos de qualidade à hospitalidade de excelência, formaram no final de 2020, o Grupo Terras & Terroir, na sequência da compra do projeto Caminhos Cruzados, em Nelas.

Rebatizado no alvorecer deste ano Pacheca Group, numa mudança estratégica que visa fortalecer a associação do grupo à sua marca mais icónica, o projeto dos emi-

grantes portugueses, engloba já, além da Quinta da Pacheca, no Douro, e a Caminhos Cruzados, no Dão. Conjuntamente, com a Quinta do Ortigão, na Bairrada, produtora de espumantes de excelência; a Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, com o Olive Nature Hotel & Spa; a Quinta de São José do Barrilário, no Douro, com vinhos e um hotel de cinco estrelas; as Vila Marim Country Houses e o Hotel da Folgosa, no Douro; a Ribafreixo Wines e a Herdade da Rocha, no Alentejo; e o POT, no Porto.

Os investimentos de Paulo Pereira, em

Portugal, preparam-se a breve trecho para alargarem-se, inclusivamente, ao setor da aviação. Através do consórcio Newtour/ MS Aviation, que propôs a entrada de Carlos Tavares, antigo CEO da gigante de automóveis Stellantis, que chegou a França ainda adolescente para estudar, e do empresário ligado à Quinta da Pacheca, para robustecer a proposta de privatização da Azores Airlines. Uma companhia subsidiária do Grupo SATA, licenciada para operar voos no exterior dos Açores ligando o arquipélago à Europa e América do Norte.

Capa do livro. Créditos: DR.
O empresário da diáspora, Paulo Pereira (dir.), acompanhado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Créditos: DR.
Aida Batista Opinião
Maria Isabel Barreno
Daniel Bastos Opinião

COMUNIDADE

Abrigo Centre

Community is Our Strength Fundraising Gala

No passado sábado, 22 de março, o Abrigo Centre realizou a sua grande gala de angariação de fundos, intitulada Community is our Strength (“A Comunidade é a Nossa Força”) no Pearson Convention Centre, em Brampton. A noite foi um reflexo de união e solidariedade, com música ao vivo, arte interativa e itens exclusivos para leilão, tudo em apoio ao Programa de Violência Baseada no Género do Abrigo.

Gila Raposo, co-diretora executiva do centro destacou o significado do momento: “o dia de hoje é uma combinação de duas questões: a celebração da comunidade de expressão portuguesa em Toronto e a oportunidade de comemorar as nossas organizações, como o Abrigo Centre. Também é um momento para demonstrar o apoio às atividades que o Abrigo desempenha. É uma organização de solidariedade e, hoje em particular, estamos a focar na violência doméstica e na desigualdade de género, questões que continuam a ser alarmantes”. O centro oferece uma variedade de programas, incluindo Servi-

ços de Acolhimento, Violência Baseada no Género, Programa para Idosos, Caminho para o Empoderamento através de Rendimento, Programa para Jovens, Resposta a Agressões entre Parceiros, Programas de Parentalidade e também disponibiliza serviços em Língua Francesa.

A mensagem do dia foi reforçada por Lena Barreto, presidente do Conselho de Administração “Hoje é o dia de mostrarmos quem somos, o que representamos e o impacto que nossos programas têm na comunidade, além de destacar as necessidades que ainda temos para continuar a crescer juntos”

O Programa para Idosos é uma das maiores referências na comunidade. Sérgio, utente do centro, partilhou o valor da gala: “hoje é um dia para celebrarmos o Abrigo Centre. Um momento em que todos nós podemos nos unir para ajudar o Abrigo a arrecadar fundos para os programas existentes, com destaque especial para o programa da terceira idade.” disse Sérgio. Marilia dos Santos, Coordenadora do Programa, ofereceu um conselho valioso sobre o impacto que este tem na vida dos

idosos “o engajamento social é essencial para a saúde mental dos idosos. Estar em contato com outras pessoas e compartilhar experiências trazem enriquecimento à vida e promovem o bem-estar. Os seniores devem explorar novas atividades, participar de programas sociais e aproveitar as oportunidades disponíveis, assim como fizeram contribuições valiosas no passado. Por isso façam parte do nosso centro e dos nossos programas”

O centro depende do apoio de doadores e voluntários. Durante a gala, houve um momento especial de reconhecimento, onde pessoas e organizações que contribuíram para o sucesso do centro foram reconhecidas e aplaudidas pela sua dedicação e apoio.

Manuel DaCosta, um dos homenageados reafirmou o compromisso com a instituição “estou aqui nesta noite para apoiar o Abrigo, uma organização que merece todo o nosso reconhecimento e apoio.

Os diversos programas que oferecem nem sempre contam com o suporte do governo, mas podemos ver o impacto positivo que têm na nossa comunidade. O Abrigo é uma dessas instituições que faz a diferença,

e merece continuar a receber o nosso apoio constante.”

A representante máxima do Governo de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, também esteve presente e declarou: 'O Abrigo é uma instituição pioneira na comunidade portuguesa, tendo ousado enfrentar questões sociais, como a violência doméstica, que na altura eram tabu. Contribuiu significativamente para reforçar os direitos da comunidade, especialmente das mulheres. Hoje, continua a desempenhar um papel crucial, particularmente no acolhimento dos nossos seniores. O Abrigo também serve de grande inspiração para o projeto em curso, o Magella Community Centre.

Foi uma gala cheia de esperança, onde a comunidade se uniu para apoiar incondicionalmente o trabalho do Abrigo, uma agência que tem impactado tantas vidas desde 1990.

Credito: Francisco Pegado
Francisco Pegado/MS
Credito: Francisco Pegado

44º aniversário do Peniche Community Club de Toronto

O Peniche Community Club de Toronto comemorou o seu 44º aniversário em grande estilo, celebrando mais de quatro décadas de história, união e resiliência. A festa reuniu sócios, amigos e toda a comunidade, num evento repleto de emoção e reconhecimento pelo trabalho realizado ao longo dos anos. Comemorando o legado do clube, o evento destacou a importância do apoio contínuo da comunidade para o crescimento e sucesso das futuras gerações.

Oevento aconteceu em Toronto, no sábado, 22 de março, marcado por muita alegria e emoção, criando um ambiente vibrante e cheio de energia. Francisco Leonardo, presidente do clube, expressou a sua satisfação pelo apoio da comunidade: "Peço que continuem a apoiar o nosso clube e outras associações, pois isso

fortalecerá todos os espaços comunitários."

Joel Filipe, sócio fundador do clube, falou sobre a celebração, relembrando os desafios superados ao longo dos anos e enfatizando a importância da união e do apoio constante da comunidade para o sucesso do clube “os aniversários são sempre momentos marcantes que nos acompanham ao longo da vida. Sinto um grande orgulho em ser um dos fundadores desta casa. Foram muitos anos, com desafios e conquistas, mas conseguimos superar as dificuldades e agora estamos no caminho certo. A comunidade tem estado sempre ao nosso lado, apoiando-nos em cada passo."

No evento, estiveram presentes alguns políticos, que se uniram aos membros e amigos do clube para celebrar mais um momento especial, reforçando o apoio à comunidade e à importância do clube. “É uma honra estar presente na celebração

do Peniche Community Club de Toronto. Organizações como esta foram fundamentais para que pudéssemos celebrar o mês de junho no Canadá, reconhecido como o Mês do Património Português. No dia 10 de junho, comemoramos o Dia de Portugal, celebrando as contribuições dos luso-canadianos e o seu rico legado cultural”, disse Julie Dzerowicz, deputada federal pelo círculo eleitoral de Davenport.

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, também se fez presente e afirmou: "Tudo isso significa que os portugueses continuam a manter estas instituições de socialização, com espírito comunitário, solidariedade e ajuda. Por isso, esta é uma festa que celebra o reconhecimento do outro, celebra a nossa identidade e também a nossa modernidade. É, ainda, um ponto de encontro para as várias gerações de portugueses e luso-canadianos,

permitindo-lhes compreender melhor o seu lugar no mundo e interpretar o mundo de amanhã.”

Durante a noite, houve, também, um momento de reconhecimento a algumas pessoas que têm ajudado a levar o clube cada vez mais alto, destacando sua dedicação e esforço para o crescimento e sucesso da instituição.

Fundado em 1981, o Peniche tem-se afirmado como um modelo de resiliência é um exemplo de perseverança. Esse compromisso é especialmente relevante no que diz respeito ao seu programa de futebol, posicionando-o como provavelmente o clube de mais longa existência ainda em operação na história da comunidade portuguesa em Toronto.

Francisco Pegado/MS

Credito: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado

CANADÁ

Medo e incerteza para os trabalhadores da indústria automóvel de Ontário após Trump anunciar tarifa de 25%

No dia em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou a indústria automóvel, os trabalhadores do sector automóvel do Ontário afirmaram que esta é a última vaga de incerteza e mais uma prova de que a indústria canadiana precisa do apoio do Governo.

No final de quarta-feira (26), Trump disse que tinha assinado uma ordem executiva que irá impor uma tarifa de importação de 25% sobre os veículos não fabricados nos Estados Unidos. Embora as implicações totais da tarifa não tenham sido imediatamente esclarecidas, o Presidente afirmou que a taxa entrará em vigor a 2 de abril e sugeriu que poderia começar com uma taxa de base de 2,5%.

A declaração de Trump foi feita no mesmo dia em que o líder liberal canadiano, Mark Carney, esteve em Windsor, Ontário, uma das linhas da frente da guerra dos direitos aduaneiros, onde prometeu 2 mil milhões de dólares em novos apoios à indústria automóvel nacional durante a campanha para as eleições federais de 28 de abril. O líder do NDP, Jagmeet Singh, classificou a última ação de Trump como um “ataque frontal total aos trabalhadores do sector automóvel”. O líder conservador Pierre Poilievre afirmou que as tarifas estão a afetar os trabalhadores de ambos os lados da fronteira.

Para os trabalhadores da fábrica de montagem CAMI da GM em Ingersoll, no Ontário, e para outros trabalhadores do sector, a

“Não me vou calar"

A primeira-ministra de Alberta, Danielle Smith, respondeu à avalanche de críticas que tem recebido de todo o Canadá pelos seus recentes esforços diplomáticos e aparições nos meios de comunicação social nos EUA.

Durante a sessão da tarde de quarta-feira (26) na Assembleia Legislativa de Alberta, Smith disse que tem sido injustamente criticada pelas suas tentativas de persuadir as autoridades de que uma guerra comercial entre os EUA e o Canadá seria uma má ideia. Defendeu a sua estratégia, caracterizando as suas ações como a entrada na “cova dos leões” para mudar os corações e as mentes dos americanos que o Canadá precisa do seu lado. “Não me vou calar. Alberta não se vai calar. Não seremos pressionados e chamados de traidores por simplesmente termos a coragem de fazer algo a respeito da situação difícil da nossa nação e da nossa província, em vez de apenas nos entregarmos a birras hipócritas”, disse Smith. “Enquanto este perigo para Alberta e para a nossa economia não tiver passado, terão de me fazer rolar numa maca antes de eu deixar de lutar por esta província e pelo nosso povo.”

Smith fez estes comentários à legislatura quando se prepara para viajar para a Florida esta semana para discursar num evento com Ben Shapiro, personalidade conservadora dos meios de comunicação social dos EUA, numa angariação de fundos para a organização sem fins lucrativos PragerU. A sua participação no evento tem sido criticada devido ao envolvimento de figuras de extrema-direita nos EUA.

As críticas a Smith intensificaram-se em todo o Canadá desde o fim de semana passado, quando ressurgiu a sua entrevista de 8 de março ao meio de comunicação social americano de direita Breitbart News. Na entrevista, Smith disse que a ameaça de “tarifas injustas e desleais” tinha impulsionado o apoio dos liberais e acrescentou que tinha dito aos funcionários da administração americana que esperava que “pudéssemos colocar as coisas em pausa”, para que o Canadá pudesse passar por uma eleição. Disse também que a perspetiva do líder conservador Pierre Poilievre está “muito em sintonia” com a administração Trump. No início desta semana, o líder do NDP de Alberta, Naheed Nenshi, sugeriu que Smith tinha convidado um país estrangeiro a interferir nas eleições canadianas, uma

ajuda pode não chegar tão cedo. “Há muita incerteza e isso cria muito medo”, disse Bonita McCarthy, funcionária da fábrica CAMI desde 2011 e que agora trabalha como formadora de consciencialização sindical. Brent Tree, presidente do Unifor Local 88, afirmou que há uma ideia errada de que todos os trabalhadores do sector automóvel ganham 70 dólares ou mais por hora, mas que têm de trabalhar durante anos para ganhar os melhores salários e suportar paragens de trabalho que tornam o planeamento financeiro um desafio. “A situação afeta realmente os nossos membros - ninguém pode assumir qualquer tipo de compromisso, comprar uma casa”, afirmou. “Muitas pessoas, não só no sector automóvel, estão a viver de salário em salário.”

Tree afirmou que os apoios que Carney está a oferecer fazem sentido, mas que está disposto a ouvir ideias de qualquer partido que possam ajudar a apoiar uma indústria. A fábrica da GM emprega mais de 1.300 trabalhadores. “Espero realmente que eles estejam a falar da indústria e não apenas à procura do meu voto”, disse ele. “Nunca perco um voto, mas espero que nos estejam a ouvir.”

Num ano normal, de acordo com a Associação de Fabricantes de Peças Automóveis, cerca de 80% dos veículos fabricados no Canadá - quase todos do Ontário - são exportados para os EUA.

alegação que também teve eco nas redes sociais. O secretário de imprensa de Smith, Sam Blackett, disse à CBC News que qualquer sugestão de que Smith pediu aos EUA

para interferir nas eleições federais do Canadá, que foram convocadas no domingo, é “ofensiva e falsa”.

CBC/MS
Se não fosse pela incerteza em torno das tarifas

Banco do Canadá diz que provavelmente teria mantido a taxa de juro estável

Os principais responsáveis pela tomada de decisão do Banco do Canadá sinalizaram que provavelmente teriam pausado o ciclo de redução das taxas de juro no início deste mês, se não fosse pela grande incerteza em torno das tarifas dos Estados Unidos.

Isso consta no resumo das deliberações do banco central, que oferece uma visão de como o conselho de governadores chegou à sua decisão de 12 de março de cortar a taxa de política monetária em um quarto de ponto percentual, para 2,75%. Essas discussões de alto nível pintam um quadro dos governadores do Banco do Canadá tentando definir a política monetária durante uma situação complexa e fluida.

A decisão sobre a taxa foi tomada pouco mais de uma semana depois de a administração Trump ter imposto a sua primeira ronda de tarifas gerais sobre bens canadenses que entravam nos Estados Unidos, e no mesmo dia em que o maior parceiro comercial do Canadá lançou uma nova onda de tarifas dirigidas às importações de aço e alumínio. Essas restrições comerciais já foram reduzidas ou ajustadas várias vezes, com novos prazos para tarifas adicionais a aproximarem-se nos próximos dias.

O conselho de governadores do Banco do Canadá observou que a economia canadiana estava a ter um desempenho acima das expectativas à medida que se aproximava de 2025, o que poderia ter criado condições para manter a taxa de juro após seis cortes

consecutivos. No entanto, o conselho observou que as ameaças de tarifas já tinham "fortemente" enfraquecido a confiança dos negócios e dos consumidores. Também se espera que os aumentos de preços sigam a disputa comercial, embora a rapidez com que esses custos serão repassados ainda seja uma questão em aberto. Novos dados sobre as tarifas "mudaram o equilíbrio" para os responsáveis pela política monetária, disseram as deliberações, com menos risco agora de que a inflação caia muito abaixo da meta de dois por cento do banco central.

CBC/MS

Para os eleitores de Quebec, desta vez é a soberania canadiana que está em jogo

Fora do consulado dos Estados Unidos em Montreal, no início desta semana, algumas dezenas de pessoas reuniram-se para demonstrar o seu apoio ao Canadá face às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump. Entre elas estava uma apoiante de longa data do Bloc Québécois, Lucie Nucciaroni, segurando um cartaz que dizia, em francês: "O Canadá será sempre canadiano."

Nucciaroni descreveu-se como uma soberanista de Quebec, mas afirmou que, nesta eleição, preservar a soberania do Canadá é ainda mais importante. "Penso nos meus filhos e netos. Não

podemos viver como os americanos", disse Nucciaroni. "Quebec precisa do Canadá e o Canadá precisa de Quebec." Ela planeia votar nos Liberais. A mudança de voto de Nucciaroni reflete-se no que as sondagens dizem ser uma mudança mais ampla na província. O nacionalismo quebequense e questões provinciais como a língua, imigração e secularismo costumam ser temas centrais nas campanhas eleitorais federais, mas as tarifas de Trump e a ameaça de tornar o Canadá o 51º estado reformularam a campanha até agora. "Está a pesar muito sobre os quebequenses da mesma forma que está a pesar sobre os canadianos", disse Sébastien Dal-

laire, vice-presidente executivo da empresa de sondagens Leger. "Torna mais difícil falar sobre a soberania de Quebec quando o país todo está a ser ameaçado pelo nosso gigante vizinho."

Antes da posse de Trump, o Bloc estava muito à frente nas sondagens, e o apoio aos Liberais liderados por Justin Trudeau tinha caído consideravelmente. Agora, os Liberais — tal como em outras partes do país — registaram uma recuperação em Quebec sob a liderança de Mark Carney. E o Bloc está em risco de perder esses ganhos. "O patriotismo aumentou, e aumentou de forma significativa em Quebec", disse Dallaire. "Há a sensação de que pre-

cisamos estar juntos como um país, tentando defender-nos das ameaças vindas dos Estados Unidos."

Dos 78 assentos de Quebec, o rastreador de sondagens da CBC estima que os Liberais possam eleger entre 38 e 46 deputados, seguidos pelo Bloc com entre 19 e 27, os Conservadores com entre 11 e 14 e o NDP mantendo o seu único assento. Na dissolução, tanto o Bloc como os Liberais tinham 33 assentos, seguidos pelos Conservadores com nove e o NDP e um independente com um.

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CBC/MS
Ford pede tarifas retaliatórias para "causar o máximo de dano possível" aos americanos

O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, disse que apoia totalmente tarifas retaliatórias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado uma nova tarifa de 25% na quarta-feira (26) sobre o comércio automóvel transfronteiriço. "Vamos garantir que causamos o máximo de dor possível ao povo americano, sem causar dor à população canadiana", disse Ford no Queen's Park, na quarta-feira.

Espera-se que as tarifas afetem todos os veículos acabados importados para os EUA a partir de 3 de abril, e depois algumas peças dentro de semanas, podendo eventualmente afetar todas as peças. Ford afirmou que o anúncio foi uma surpresa e que pensava que a província seria informada com antecedência. Disse ainda que acha "muito difícil acreditar que [as empresas automóveis] consigam dissecar cada parte de um automóvel até 2 de abril." Os custos dos automóveis nos EUA vão disparar depois que essas tarifas entrarem em vigor, afirmou.

"Eu sei que o presidente Trump gosta de dizer às pessoas 'estás despedido'. Não pensei que ele quisesse dizer os trabalhadores da indústria automóvel nos EUA quando disse isso", afirmou.

Ford disse que pretende falar com outros primeiros-ministros no início da próxima semana para discutir a nova ronda de tarifas e adotar uma abordagem "Equipe Canadá". Também pedirá uma reunião com todos os CEOs e presidentes do setor automóvel canadiano. "Simplesmente não vamos nos render. Vamos retaliar e ele vai sentir a dor do povo americano", disse.

Ford também afirmou que falou com o primeiro-ministro Mark Carney e o incentivará a "atingir os carros americanos" na resposta do governo federal. "Compramos tantos carros dos EUA quanto vendemos lá", afirmou. Quando questionado sobre a implementação de uma tarifa retaliatória sobre a eletricidade, o primeiro-ministro disse que vai esperar para ver o que acontecerá no dia 2 de abril. "Não quero prejudicar outras províncias com isso", disse ele. CBC/MS

Professor da Yale muda-se para a Universidade de Toronto devido à pressão de Trump sobre as universidades

Um professor da Universidade de Yale está a deixar os EUA e a assumir um cargo na Universidade de Toronto (U of T) devido ao que ele descreve como um "regime de extrema-direita" sob a presidência de Donald Trump. "Os Estados Unidos estão em processo de uma tomada autocrática, dirigida por um regime que não acho que queira deixar o poder", disse Jason Stanley, professor de filosofia. "Não é só Donald Trump. É a máquina por trás de Donald Trump."

Stanley, autor de livros como *How Fascism Works: The Politics of Us and Them*, afirmou que estava a considerar juntar-se à Munk School of Global Affairs and Public Policy da U of T há mais de um ano. No entanto, decidiu mudar-se depois de a Universidade de Columbia ter feito mudanças abrangentes nas suas políticas na semana passada, sob pressão do governo dos EUA.

No início deste mês, a administração Trump cancelou 400 milhões de dólares em bolsas de investigação e outros finan-

ciamentos para a Universidade de Columbia devido à forma como a universidade lidou com os protestos contra a campanha militar de Israel em Gaza. Como condição prévia para restaurar esses fundos — juntamente com bilhões em futuras bolsas — autoridades federais exigiram que a universidade implementasse imediatamente nove reformas separadas nas suas políticas académicas e de segurança. Em resposta, a presidente interina da universidade, Katrina Armstrong, indicou que Columbia implementaria quase todas as reformas. "A capitulação completa e total de Columbia, realmente cedendo a um regime autocrático, mostrou-me que as universidades não vão se unir", disse Stanley.

Entretanto, a U of T informou Stanley de que pretende tornar a Munk School "um centro mundial de democracia nestes tempos de emergência", afirmou ele. "Era demasiado óbvio para mim que eu tinha de vir."

Tempestade de gelo "potente" deverá atingir uma vasta área de Ontário, incluindo

O Environment Canada está a alertar para uma "potente" tempestade de gelo primaveril que deverá afetar uma vasta área de Ontário, a partir de sexta-feira à noite e prolongando-se até segunda-feira.

Aagência emitiu avisos meteorológicos especiais alertando para "acumulação significativa de gelo" devido à chuva congelada, abrangendo as partes central e nordeste da província, incluindo Toronto, com previsão também de tempo de neve no Noroeste.

Os avisos meteorológicos preveem acumulações de cinco a 15 centímetros de precipitação e alertam para potenciais

Toronto

falhas no fornecimento de energia, estradas escorregadias e ramos de árvores partidos.

O Environment Canada afirma que as áreas que poderão sofrer a maior acumulação de gelo ainda não são conhecidas, mas indica que a "confiança é maior" para as zonas entre Parry Sound e Kingston, que deverão suportar o impacto de uma vasta área de chuva congelada.

A agência informa que os avisos meteorológicos serão emitidos à medida que a tempestade se aproximar e pede aos habitantes de Ontário que permaneçam em alerta.

CBC/MS

Carros roubados estão a acabar em concessionários

A partir desta semana, a Agência de Serviços Fronteiriços do Canadá (CBSA) está a tomar medidas que podem ajudar a fechar o que alguns especialistas chamam de uma brecha que facilitou o disfarce de veículos roubados.

Apartir de terça-feira, a CBSA começou a partilhar alguns dados de exportação de veículos com a CARFAX e a Équité Association, e está a explorar a possibilidade de partilhar essas informações com outros intervenientes também.

Ainda não está claro exatamente como a CARFAX, uma empresa que fornece relatórios de histórico de veículos, e a Équité Association, uma organização sem fins lucrativos de fiscalização de fraudes de seguros, irão usar os dados da CBSA, mas isso pode sinalizar melhorias na deteção de veículos roubados.

Especialistas dizem que os números de identificação dos veículos (VIN) dos veículos exportados legalmente são muito procurados pelos criminosos, que clonam o número serial único — normalmente encontrado em vários locais, incluindo o

painel — e colocam-no num veículo roubado no Canadá, processo conhecido como re-VINing. Sem uma forma de os concessionários, compradores ou ministérios

provinciais verificarem se um veículo foi exportado, alguns veículos roubados bem disfarçados têm escapado à deteção. A Associação de Concessionários de Carros

Usados de Ontário tem pedido à CBSA há mais de um ano para tornar disponível a informação dos VIN dos veículos exportados. O diretor executivo da organização diz que partilhar os dados com a CARFAX é um bom começo, embora afirme que mais pode ser feito para tornar as informações disponíveis para outros.

A polícia e os governos em todo o país têm trabalhado para combater o roubo de automóveis, que aumentou nos últimos anos. Entre 2021 e 2023, o número de incidentes aumentou quase um terço, atingindo um total de 70.475 casos, de acordo com as estatísticas da Équité Association.

Os esforços policiais e de políticas parecem estar a fazer a diferença, com uma diminuição de 18,6% nos roubos de carros entre 2023 e 2024.

Especialistas afirmam que existem três principais destinos para os veículos roubados. Alguns são exportados ilegalmente; outros são desmantelados e usados para peças. O resto é re-VINed.

Pedro Nuno Santos destaca saúde como "maior falhanço" do Governo

O secretário-geral do PS defendeu que a saúde é a “área de maior falhanço” do atual Governo, dando como exemplo o facto de haver mais 36 mil pessoas sem médico de família do que há um ano.

Pedro Nuno Santos defendeu estas ideias na abertura da sessão setorial sobre Serviço Nacional de Saúde (SNS), na qual participam, entre outros, o ex-diretor executivo do SNS Fernando Araújo e a antiga diretora-geral da Saúde Graça Freitas. “Tivemos a promessa de termos todos os portugueses com médico de família até ao final de 2025 e nós estamos ao dia de hoje a saber que temos mais 36 mil portugueses sem médico de família do que há em fevereiro do ano passado”, criticou.

Apontando uma “gestão do serviço de urgências que também tem sido caótica” e “uma gestão profundamente incompetente da greve do INEM que teve resultados muito dramáticos”, entre outros problemas do setor, como a dificuldade em contratar e reter profissionais de saúde, o líder do PS retirou uma conclusão. “Esta é talvez a área, não a única, mas a área de maior falhanço de quem governa neste momento o país”, acusou.

Para o líder socialista, o PS, como “partido fundador do SNS”, tem uma responsabilidade “ainda maior de mostrar aos portugueses” que é possível haver “um serviço que funciona bem e que dá segurança e

confiança às pessoas”. Pedro Nuno Santos referiu que houve “há um ano a promessa da AD de que era fácil e rápido resolver problemas complexos” no SNS, algo que considerou que não aconteceu e que a atual governação “acrescentou instabilidade a um setor com dificuldades”.

Um dos temas mais desafiantes, de acordo com o líder do PS, é “a capacidade do SNS de recrutar e reter profissionais”, apontando o “número crescente de médicos prestadores de serviços” nos vários hospitais. Com “uma saúde em Portugal centrada no hospital” e no seu funcionamento, o líder do PS considerou que “a dimensão da prevenção tem que ganhar uma centralidade” no nosso SNS. “Temos que olhar com mais atenção para os cuidados de saúde primários e para os cuidados na comunidade”, defendeu. A saúde mental e a saúde oral são áreas que Pedro Nuno Santos defende que têm que ganhar “mais espaço” e ter “maior investimento e atenção pública”, com um “maior peso no SNS”.”

“Hoje é claro que as soluções que a AD trouxe não estão a funcionar. O PS tem a obrigação de apresentar as boas soluções, as boas pessoas, com competência”, defendeu, considerando que os contributos das pessoas que participam neste painel são muito importantes para o partido melhorar a resposta política na saúde.

Ministério da Defesa

Montenegro encabeça lista de Aveiro e Hernâni Dias lidera em Bragança

Estão escolhidos os cabeças de lista para as legislativas, com Luís Montenegro a liderar, desta vez, a candidatura da AD por Aveiro, em vez de Lisboa, onde o ministro Miranda Sarmento passa de segundo a primeiro. Dois meses após a polémica demissão do Governo, Hernâni Dias volta a encabeçar a coligação por Bragança.

OPSD divulgou o elenco, com onze ministros como cabeças de lista, para além de Luís Montenegro. Dos ministros que não constam da listagem, destaque para Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, que afirmou na semana passada que não será candidato a mais cargos além da Câmara do Porto

Já Aguiar-Branco, que assumiu o cargo de presidente da Assembleia, volta a liderar a lista por Viana do Castelo.

Luís Montenegro encabeça a lista de Aveiro que, no ano passado, tinha sido liderada por Emídio Sousa, que escolheu para secretário de Estado do Ambiente. E a aposta para primeiro em Lisboa recai agora no ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, será o número um pelo Porto, em vez do médico Miguel Guimarães. Nuno Melo, líder do CDS-PP, foi o número dois pelo Porto em 2024.

No que toca a mudanças, destaque para o ministro da Economia, Pedro Reis, pri-

meiro em Castelo Branco; o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, na Europa; enquanto a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, lidera em Leiria. O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, é agora o primeiro por Portalegre; e o da Educação, Fernando Alexandre, encabeça a lista por Santarém. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, vai liderar a lista de Vila Real, em vez de ser novamente terceira por Lisboa. Já a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, é a primeira em Faro, em vez de Miguel Pinto Luz. O ministro das Infraestruturas e Habitação não integra os cabeças de lista divulgados pelo PSD mas deverá ir em lugar elegível.

O ministro da Presidência, Leitão Amaro, volta a ser o primeiro em Viseu. Os outros candidatos "repetentes" são Hugo Soares de novo em Braga; Rita Júdice, ministra da Justiça, em Coimbra; Gonçalo Valente em Beja; José Cesário fora da Europa; Dulcineia Moura na Guarda e Teresa Morais em Setúbal. Já Francisco Figueira sobe de segundo para primeiro em Évora.

Além de Pedro Duarte, Pinto Luz e Nuno Melo, o principal parceiro de coligação, mais três ministras não são cabeças de lista nestas legislativas: Dalila Rodrigues (Cultura), Margarida Blasco (Administração Interna) e Maria do Rosário Palma Ramalho (Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).

JN/MS

Portugal vai albergar centro europeu de formação de pilotos

O ministro da Defesa anunciou que a Base Aérea n.º 11, em Beja, vai albergar o centro europeu de formação de pilotos das aeronaves KC-390 e que Portugal vai adquirir um segundo simulador deste avião militar. “Quero anunciar publicamente que Portugal vai passar a constituir-se como centro europeu de formação e qualificação de tripulantes da aeronave KC-390", disse Nuno Melo, indicando a aquisição de um segundo simulador de voo para a Força Aérea para a Base Aérea n.º11, distrito de Beja.

Nuno Melo, que voou até Beja numa aeronave C-295M da Força Aérea, acompa-

nhado do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Nunes da Fonseca, salientou que esta não é uma “aquisição irrelevante”, tendo em conta que cada formação tem um custo que pode rondar “600, 700 mil euros por piloto”, o que pode gerar poupança e lucro para Portugal.

“Passaremos a formar tripulações destas aeronaves, que já estão equipar as forças aéreas de muitos países, para que se possa também então trazer esse retorno para a nossa indústria da Defesa e para a Força Aérea”, realçou.

Em janeiro, a Força Aérea recebeu os últimos componentes do simulador da aero-

nave KC-390, uma “autêntica réplica” do cockpit deste avião, e que foi hoje utilizado pela primeira vez pelo ministro Nuno Melo, o CEMGFA e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, nas instalações da Esquadra 506 – “Rinocerontes”, onde futuros pilotos vão aprender a pilotar este avião.

Um simulador custa aproximadamente o mesmo valor de uma aeronave, mas a poupança com a utilização deste “cockpit” é significativa: não é necessário utilizar combustível em voos de treino, nem fazer manutenção.

JN/MS

Credito: JN
Credito: JN
Credito: JN

TRILHOS DE ONTÁRIO EXPLORE A NATUREZA

PASSO A PASSO

PALGRAVE FOREST AND WILDLIFE AREA

CALEDON | GRÁTIS

O Palgrave Forest Wildlife Reserve é uma área natural localizada em Caledon no Ontário, conhecida por sua rica biodiversidade e beleza cénica. Esta reserva é um refúgio para diversas espécies de animais e plantas nativas da região. Com trilhas bem cuidadas, oferece aos visitantes a oportunidade de explorar a natureza e aprender sobre a ecologia local. É um lugar popular para atividades ao ar livre, como caminhadas, fotografia natureza trilha perfeita para “moutain bikes”. trca.ca/parks/palgrave-forest-wildlife-reserve

7,7km 85 m 1h 39 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO

RATTLESNAKE POINT CONSERVATION AREA

MILTON | $ 12 (RESERVA OBRIGATÓRIA)

A Rattlesnake Point Conservation Area é uma área de conservação em Halton, Ontário, famosa pelas suas impressionantes falésias de calcário e vistas panorâmicas. O parque é um destino popular para escalada, trilhas e camping, oferecendo diversas rotas para caminhantes de todos os níveis. As suas trilhas conectam-se ao Bruce Trail, um dos mais longos e belos caminhos do Canadá. A reserva abriga uma rica biodiversidade e antigas árvores cedro, algumas com mais de 800 anos. conservationhalton.ca/parks/rattlesnake-point

10,6 km 193 m 2 h 32 m

COMPRIMENTOGANHO

WHITCHURCH CONSERVATION AREA

WHITCHURCH STOUFFVILLE | GRÁTIS

A Whitchurch Conservation Area é uma propriedade de 11 hectares, principalmente arborizada, localizada no município de Whitchurch-Stouffville. Área com muita sombra, além disso, possui um pequeno lago. Com trilhas rústicas cruzando a propriedade, esse é um ótimo lugar para levar a família para uma caminhada! lsrca.on.ca/index.php/enjoy-the-outdoors/conservation-areas/whitchurch

1,9 km 12 m 0 h 22 m

COMPRIMENTOGANHO

CIRCULAR

PORRITT TRACT YORK REGIONAL FOREST

NEWMARKET | GRÁTIS

O Porritt Tract, parte da York Regional Forest, é uma área de conservação em Ontário, Canadá, dedicada à proteção ambiental e recreação ao ar livre. O local possui trilhas bem cuidadas, ideais para caminhadas, ciclismo e passeios a cavalo, além de ser acessível para cadeiras de rodas. Como parte do sistema florestal regional, o Porritt Tract desempenha um papel importante na sustentabilidade e na educação ambiental da comunidade. alltrails.com/parks/canada/ontario/porritt-tract-york-regional-forest

2,4 km 69 m 0 h 40 m

COMPRIMENTOGANHO DE

BRUCE’S MILL CONSERVATION AREA

STOUFFVILLE | GRÁTIS

A Bruce's Mill Conservation Area, em Stouffville, é um parque repleto de atividades divertidas, ao longo das trilhas, preparadas para o público. Pode-se praticar tirolesa na copa das árvores, possuem campo de golfe, grande área para piquenique. Ao norte de Toronto, a Bruce's Mill Conservation Area é um ótimo lugar para diversão em família. ontarioconservationareas.ca/articles/bruces-mill-conservation-area

5,1km 23 m 0 h 59 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO ESTIMADOTRILHO

MILL RUN TRAIL

CAMBRIDGE | GRÁTIS

Desfrute dessa trilha com aproximadamente 18 km perto de Cambridge, Ontário. Essa é uma trilha popular para caminhadas, ciclismo de estrada e corrida. A trilha fica aberta o ano todo e é linda de se visitar a qualquer hora. Os cães são bem-vindos e podem ficar sem coleira em algumas áreas. O caminho é uma mistura de cascalho, pavimentação e calçadões, oferecendo vistas do rio e dos bosques ao redor. A trilha passa por áreas de importância, como a Chilligo Conservation Area. É uma rota popular para caminhadas, ciclismo e corrida, proporcionando uma experiência cénica bem agradável ao longo do rio. alltrails.com/trail/canada/ontario/mill-run-trail

4,3 km 160 m 1 h 19 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO ESTIMADOTRILHO DE IDA E VOLTA

MOUNT NEMO CONSERVATION AREA

BURLINGTON | GRÁTIS

A Mount Nemo Conservation Area localizada na área de Halton, Ontário, conhecida pelas suas impressionantes falésias de calcário e vistas panorâmicas do Lago Ontário e da região ao redor. O parque oferece trilhas bem preservadas, ideais para caminhadas e observação da vida selvagem, incluindo aves de rapina que frequentemente sobrevoam a área. Além disso, é um destino popular para escalada devido às suas formações rochosas. Com a sua beleza natural e ambiente tranquilo. alltrails.com/parks/canada/ontario/mount-nemo-conservation-area

3,9 km 55 m 0 h 52 m

WILLIAM GRANGER GREENWAY NATURE

CALEDON | GRÁTIS

Ótima para caminhadas, esqui cross-country e ciclismo com 4km perto de Vaughan, Ontário. Geralmente considerada uma rota fácil, leva em média 43 minutos para ser concluída. Essa é uma trilha popular para observação de pássaros. A trilha fica aberta o ano todo e é linda de se visitar a qualquer hora. Os cães são bem-vindos, mas devem estar com coleira. Muitas das trilhas são pavimentadas ou de cascalho, portanto o circuito é ótimo para ciclistas de montanha e pedestres. alltrails.com/trail/canada/ontario/william-granger-greenway-humber-trail

HILTON FALLS CONSERVATION AREA

MILTON | $ 12

A Hilton Falls Conservation Area é uma reserva natural localizada em Halton, Ontário, conhecida pela sua deslumbrante cachoeira de 10 metros e paisagens florestais. O parque oferece trilhas para caminhadas, ciclismo e esqui cross-country, além de áreas para piquenique. Além da cachoeira, a área abriga ruínas históricas de um antigo moinho, adicionando um toque histórico à experiência dos visitantes. conservationhalton.ca/parks/hilton-falls

10,3 km 124 m 2 h 14 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO ESTIMADOTRILHO CIRCULAR

CLAPPISON WOODS CONSERVATION AREA

DUNDAS | GRÁTIS

A Clappison Woods Conservation Area é uma área de conservação localizada na Escarpa do Niágara, essa reserva natural protege uma densa floresta e habitats diversos, proporcionando refúgio para várias espécies de fauna e flora. O local é ideal para caminhadas e observação da vida selvagem, sendo um destino tranquilo para os amantes da natureza. alltrails.com/parks/canada/ontario/clappison-woods-conservation-areaail

12,6 km 449 m 3 h 46 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO ESTIMADOTRILHO

BRICKWORKS TRAIL

TORONTO | GRÁTIS

Este trilho de 1,9 km perto de Toronto é uma caminhada fácil, concluída em cerca de 24 minutos. Popular para observação de aves, corrida e passeios, é acessível durante todo o ano. O percurso atravessa zonas húmidas bem cuidadas e pode revelar garças, castores e cardeais. Há trilhos mais elevados para quem procura desafio. Cães são bem-vindos, mas devem estar com trela.. alltrails.com/trail/canada/ontario/brickworks-trail

1,9 km 19 m 0 h 24 m

COMPRIMENTOGANHO DE ELEVAÇÃOTEMPO ESTIMADOTRILHO

Ataques israelitas deslocam 142 mil pessoas numa semana

Pelo menos 142 mil pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza após o recomeço das operações militares israelitas no enclave palestiniano, que já causaram mais de 800 mortos, afirmou o porta-voz do secretário-geral da ONU.

“Em apenas uma semana, 142 mil pessoas foram deslocadas e espera-se que este número aumente”, afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral, António Guterres. Dujarric recordou ainda que 90% da população no enclave já havia sido forçada a deslocar-se pelo menos uma vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro de 2023, e até à entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano, em janeiro de 2025. “O espaço disponível para as famílias sobreviverem está a diminuir”, lamentou o porta-voz em Nova Iorque.

Segundo Dujarric, 17% da Faixa de Gaza encontra-se atualmente sob ordem de evacuação das autoridades israelitas. “Os bombardeamentos incessantes e as ordens de evacuação diárias, combinados com o bloqueio contínuo da entrada” de ajuda humanitária desde há um mês e a “recusa

sistemática de movimentos humanitários no interior do território” estão a ter “um impacto devastador em toda a população de 2 milhões de habitantes”, adiantou o porta-voz, advertindo que os recursos em Gaza “se estão a esgotar”. “Os nossos parceiros humanitários alertam para o facto de as reservas médicas, o gás para cozinhar e o combustível necessário para o funcionamento das padarias e das ambulâncias serem perigosamente baixos”, relatou o representante da ONU.

Em 18 de março, o exército israelita retomou a sua ofensiva na Faixa de Gaza após uma trégua de quase dois meses na guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul Israel a outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, a maioria dos quais civis.

Desde que Israel retomou as operações militares, 830 pessoas foram mortas no território palestiniano cercado, de acordo com um relatório do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza hoje divulgado. Estas mortes elevam o número total de mortos em Gaza desde o início da guerra para 50.183 pessoas.

JN/MS

Bolsonaro vai ser julgado por tentativa de golpe de Estado

A maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu, na quarta-feira (26), levar a julgamento o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados civis e militares acusados de tentativa de golpe de Estado.

Ojuiz relator, Alexandre de Morais, votou pela aceitação integral da acusação formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira contra Bolsonaro e outros sete arguidos, numa decisão acompanhada pelos juízes Flávio Dino e Luiz Fux, da primeira turma do STF, formada por cinco magistrados.

Ainda faltam os votos dos juízes Carmen Lúcia e Cristiano Zanin, mas, como o coletivo que julga o caso é formado por cinco magistrados, os três votos já expressos formam maioria, pelo que Bolsonaro e os outros arguidos vão ser julgados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Na base do processo está a acusação apresentada ao STF pelo Procurador-Geral da República (PGR) do Brasil, Rodrigo Janot, na qual Bolsonaro, 70 anos, é apontado

Sarampo

como o líder de uma alegada organização criminosa que supostamente conspirou para mantê-lo no poder após perder as eleições presidenciais em 2022.

Janot baseou a sua acusação num extenso relatório policial, divulgado em novembro passado, que revelou que Bolsonaro terá tido “pleno conhecimento” de um plano para assassinar o então Presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

O ex-presidente também é acusado de participar nos planos que culminaram no ataque de 08 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes, em Brasília, realizado por milhares dos seus apoiantes extremistas que vandalizaram a capital brasileira para criar o caos e incitar uma intervenção militar para tirar Lula da Silva do poder.

A análise da acusação da PGR pela Primeira Turma do STF começou na terça-feira (25), dia em que foram realizadas duas audiências, que serviram para a leitura do relatório do caso, a apresentação dos argumentos da acusação e os argumentos das defesas deste primeiro grupo de arguidos, apontados como o núcleo da alegada conspiração golpista.

JN/MS

Suecos boicotam supermercados em protesto contra o preço da comida

Na Suécia, milhares de pessoas boicotaram os supermercados, devido aos preços cada vez mais altos dos alimentos. Perante a revolta dos compradores, o Governo sueco promete tomar medidas.

Aorganização do protesto, o “Bojkotta vecka 12”, pediu aos consumidores que suspendessem as compras em grandes lojas de alimentos, como forma de retaliar a escalada dos preços. O movimento ganhou força através das redes sociais onde as opiniões da comunidade se dividiram. “Não temos nada a perder, mas tudo a ganhar, estão a fazer milhões em lucros à nossa custa”, partilharam online alguns utilizadores.

A ganância dos supermercados, os

grandes produtores que priorizam o lucro e a falta de concorrência das empresas são as causas apontadas pelos consumidores suecos pela subida galopante de preços. Em sua defesa, os supermercados culpam a guerra, a geopolítica e os preços das matérias-primas ou as fracas colheitas para justificarem os valores.

“Os políticos têm de intervir e de acabar com este oligopólio que está a provocar preços elevados, devido à falta de concorrência entre as empresas de produtos alimentares”, exigiu Filippa Lind, uma das líderes do boicote. A jovem espera que a ação, de sete dias, “conduza a uma ação política que baixe indefinidamente os preços dos produtos básicos”.

JN/MS

Praticamente isolados, talibãs querem restabelecer relações com os EUA

O Governo talibã afegão manifestou o seu desejo de estabelecer relações oficiais e incondicionais com os Estados Unidos, argumentando que essa decisão seria benéfica para ambas as partes. "Queremos ter relações oficiais com os Estados Unidos, o que é benéfico tanto para os EUA como para o Afeganistão. Além disso, o Afeganistão não impôs quaisquer condições a este respeito, e outros países também devem adotar novas políticas em relação ao Afeganistão, reconhecendo a importância da estabilidade e da segurança no país", disse o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, em entrevista.

Oporta-voz dos fundamentalistas que detêm o poder desde agosto de 2021 pediu a Washington que "mantenha boas relações diplomáticas com o Afeganistão e reative os laços económicos e comerciais [com Cabul]", uma questão que Mujahid considerou "do interesse de todas as partes".

Os talibãs - praticamente isolados da comunidade internacional desde que regressaram ao poder - contactaram nos últimos meses potências como a China, que nomeou um embaixador em Cabul em setembro, ao que os fundamentalistas responderam nomeando um representante diplomático em Pequim em dezembro do ano passado. "

Os talibãs retomaram o poder no Afeganistão após a retirada das tropas norte-americanas de Cabul, em 15 de agosto de 2021, após 20 anos de guerra e sob a promessa de que a sua chegada traria a paz ao país asiático. Quatro anos depois, os observadores internacionais continuam a denunciar as "execuções extrajudiciais, torturas, desaparecimentos e detenções extrajudiciais" realizadas em nome da segurança.

O Governo norte-americano do Presidente Donald Trump, anunciou a retirada de recompensas multimilionárias pela entrega à justiça de três altos funcionários talibãs, incluindo o líder da temida rede Haqqani e ministro do Interior afegão, Si-

rajuddin Haqqani. A decisão surge dias depois da libertação, mediada pelo Qatar, de um cidadão norte-americano que estava detido no Afeganistão há dois anos e três meses, no âmbito dos esforços dos talibãs para obter um maior reconhecimento internacional.

A rede Haqqani é a fação pragmática dos talibãs afegãos, por oposição ao núcleo duro ideológico do regime em Kandahar, o berço do movimento talibã. No entanto, a sua participação na guerra do Afeganistão foi significativa, levando a milhares de ataques suicidas contra alvos militares, forças internacionais e o Governo apoiado pelos EUA.

PJ apreende submarino com 6,5 toneladas de droga ao largo dos Açores

A Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com outras autoridades portuguesas e espanholas, apreendeu um submarino com 6,5 toneladas de droga a cerca de 500 milhas dos Açores, com cinco pessoas a bordo. A informação foi avançada pela CNN, tendo a PJ referido em comunicado que o submarino era “utilizado por uma organização criminosa transnacional”, que tinha como destino a Península Ibérica. Já em território europeu, a droga seria distribuída por vários países.

Aoperação, que tem o nome de “Nautilus”, aconteceu durante os últimos dias e contou com a colaboração das polícias portuguesas e espanholas. Além

da PJ, participaram nesta investigação a Marinha e a Força Aérea portuguesas, a Guardia Civil de Espanha, a Drug Enforcement Administration dos Estados Unidos da América e a National Crime Agency do Reino Unido.

O inquérito está a ser dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ. Esta investigação teve origem em informações partilhadas pela Guardia Civil no Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), que tem sede em Lisboa.

JA/MS

Túnel do Pedregal premiado pela Associação Portuguesa de Recursos Hídricos

O projeto do Túnel do Pedregal da responsabilidade da empresa Águas e Resíduos da Madeira recebeu a distinção da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH), tendo alcançado o 1º Prémio APRH sobre Empreendimentos Hidráulicos na categoria “Hidráulica Agrícola”.

Segundo a nota enviada pela ARM, o Túnel do Pedregal, em operação desde 2023, “é uma das empreitadas com maior relevo realizadas na Região, nos últimos anos, tendo em vista o reforço do fornecimento de água ao sector agrícola”. Diz a nota que “o túnel hidráulico com dupla função de transporte e de armazenamento de água, com uma extensão de aproximadamente 5,4 km (entre a zona da Ameixieira, na Serra d’Água e a zona do Pedregal no

Campanário), vai beneficiar, a partir deste ano, mais de 9000 explorações agrícolas, numa área de cerca de 800 hectares, localizada no eixo entre os concelhos da Ribeira Brava e de Câmara de Lobos e ainda criar uma importante reserva de água que contribuirá para uma melhor adaptação da RAM às alterações climáticas em termos de recursos hídricos.

O Túnel do Pedregal veio também resolver a situação de insegurança do troço mais crítico da histórica Levada do Norte, sujeito a muitas derrocadas devido à sua localização numa escarpa acentuada, sobranceira à ribeira da Serra d’Água, o que representava um risco elevado para os levadeiros que têm a responsabilidade de manter o caudal e garantir a passagem de água”.

AUTONOMIAS

Jardim aconselha Albuquerque a livrar-se de “ornamentos”

O ex-presidente do Governo da Madeira Alberto João Jardim congratulou os madeirenses pela resposta “aos adversários da autonomia” e Miguel Albuquerque pela vitória nas legislativas regionais antecipadas, aconselhando-o a livrar-se de “ornamentos” que aparecem nestes momentos.

“Parabéns ao povo madeirense pela resposta aos adversários da autonomia, atitude que prova a consciência e a cultura políticas de que nos orgulhamos”, escreveu Jardim, na rede social X (antigo Twitter).

O histórico social-democrata da Madeira endereçou também “parabéns ao Dr. Miguel Albuquerque [líder do PSD/Madeira], merecidos pelo seu trabalho eleitoral intenso, esperando que se assuma estadista e saiba manter unido o que estava desunido, livrando-se daqueles ‘ornamentos’ que aparecem na fotografia da hora da vitória”.

“Ornamentos” que, apesar de não identificar nas duas publicações na rede social, Alberto João Jardim acrescentou “que trabalho nunca se lhes viu, visão e capacidade não têm, votos nem os das suas famílias. A mediocridade precisa de intrigar e de dividir, para sobreviver!”, concluiu.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares (mais quatro) na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados. O Juntos Pelo Povo (JPP) alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares, seguido do Chega, que elegeu três deputados, a Iniciativa Liberal (IL) e o CDS-PP, que obtiveram um cada.

Mais de 255 mil eleitores foram no domingo chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.

Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido um círculo único 14 candidaturas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

JM/MS

Atuneiros dos Açores não pescam nas novas áreas protegidas

Um estudo elaborado pela Global Fishing Watch, uma organização internacional sem fins lucrativos, revela que, nos últimos cinco anos, apenas 1% dos atuneiros dos Açores capturou atum em zonas que vão passar a ser classificadas como áreas marinhas protegidas.

Para a Blue Azores, parceira do Governo dos Açores na criação de novas áreas marinhas protegidas, aprovadas pelo parlamento regional em novembro de 2024, “não faz sentido” excecionar agora a pesca do atum, com a arte de salto e vara, das novas áreas de proteção, como defende a bancada do PS na Assembleia Legislativa dos Açores. “Seria um grande retrocesso e seria um descrédito, a nível

internacional, da região, que trabalhou imenso para alcançar este estatuto, e de Portugal. Estamos a pôr aqui muitas questões em causa”, advertiu Bernardo Brito e Abreu, lembrando que as metas internacionais estabeleciam que “todos os países teriam de ter 30% do seu mar protegido”.

As declarações do representante da Blue Azores surgem na sequência de uma proposta apresentada no parlamento açoriano, pela bancada do Partido Socialista, que pretende introduzir uma alteração à legislação das áreas marinhas protegidas, para permitir a pesca com salto e vara, uma arte de pesca alegadamente “seletiva” e “amiga” do ambiente. “Não há nenhum estudo científico que diga que esta arte de pesca é predatória, é danosa para aquele meio am-

biente, ou para aquela reserva”, insistiu Francisco César, líder do PS/Açores, em declarações aos jornalistas, no arranque das jornadas parlamentar que o partido está a realizar na ilha de Santa Maria.

Para o dirigente socialista, a proposta apresentada no parlamento surge com a clara convicção de que “é possível esta coexistência” entre a pesca do atum com salto e vara e a preservação das novas áreas marinhas protegidas no arquipélago.

A Secretaria Regional do Mar e das Pescas do governo açoriano já veio, entretanto, manifestar o seu “profundo desagrado e preocupação” em relação à proposta apresentada pelo PS, considerando tratar-se de um “retrocesso” em matéria de proteção marinha. O Governo lembra também que

a Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), prevê áreas de proteção alta, onde é permitida atividade da pesca com salto e vara, e zonas de proteção total, onde é proibida qualquer tipo de atividade extrativa, incluindo a pesca de atum com salto e vara. “Os Açores têm sido reconhecidos internacionalmente como um exemplo na conservação e gestão sustentável dos recursos marinhos, alinhando-se com metas globais estabelecidas por iniciativas como a Convenção sobre Diversidade Biológica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, lembra o executivo.

JA/MS

Credito: DR
Credito: DR

Suplemento Desportivo

de Pista Curta

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

O avançado português reagiu nas redes sociais ao apuramento de Portugal para as meias-finais da Liga das Nações. Depois de ter apelado ao apoio dos adeptos e à união "das tropas" na antevisão à segunda mão dos quartos de final da Liga das Nações, Cristiano Ronaldo mostrou-se eufórico com o apuramento de Portugal para as meias-finais. Através das redes sociais, CR7 exultou a vitória sobre a Dinamarca, por 5-2, este domingo: "Que noite, Portugal!", escreveu.

Recorde-se que Ronaldo marcou um dos golos de Portugal, que na altura resultou no 2-1, depois de ter falhado uma grande penalidade. De acordo com a conta "Playmaker", o de ontem foi o nono penálti que o jogador, de 40 anos, desperdiçou ao serviço da seleção.

Portugal deu a volta à eliminatória e apurou-se, no domingo (23), para as meias-finais da Liga das Nações. Depois de perder na primeira-mão, por 1-0, a seleção portuguesa derrotou a Dinamarca, por 5-2, com Trincão a sair do banco para ser o herói.

Depois de Cristiano Ronaldo desperdiçar a grande penalidade, logo aos seis minutos, Portugal adiantou-se no marcador ainda na primeira parte, graças a um autogolo de Andersen. Isaksen empatou já depois do intervalo, mas CR7 redimiu-se e fez o 2-1 aos 72 minutos.

Contudo, os dinamarqueses voltaram a reagir e Eriksen fez novo empate pouco depois. A eliminatória estava inclinada a favor dos dinamarqueses, só que Trincão entrou para mudar o rumo dos acontecimentos. O avançado do Sporting assinou o 3-2 aos 86 minutos e bisou nos primeiros instantes do prolongamento, numa altura em que Gonçalo Ramos já havia substituído Cristiano Ronaldo.

A Dinamarca arriscou tudo na parte final e deixou espaço que Portugal aproveitou, cabendo ao avançado do PSG fechar o marcador, após assistência de Diogo Jota.

Nas meias-finais, Portugal vai defrontar a Alemanha, que afastou a Itália.

JN/MS

SELEÇÃO FEMININA DE PORTUGAL

As convocadas para jogos com

Portugal defronta a Espanha na terceira e quarta jornadas da Liga das Nações sem Jéssica Silva e Kika Nazareth. Francisco Neto promove o regresso da sportinguista Joana Martins.

Sem as lesionadas Jéssica Silva e Kika Nazareth, Francisco Neto promoveu o regresso de Joana Martins à seleção portuguesa de futebol feminino, tendo em conta o duplo confronto com a Espanha, a contar para a terceira e quarta jornadas do Grupo A3 da Liga das Nações.

A média do Sporting é a única novidade em relação à última convocatória.

"Será uma jornada de nível de adversidade altíssimo, contra uma seleção dominadora nos últimos tempos. Temos de apresentar a nossa melhor versão. Vão ser desafios muito intensos e altamente competitivos", perspetivou o selecionador português.

Portugal jogará primeiro em casa, no Estádio Capital do Móvel (Paços de Ferreira), a 4 de abril, às 19.45 horas, seguindo-se o

duelo ibérico em Vigo, a 8 de abril, no Estádio dos Balaídos, a partir das 18 horas.

Eis as 25 convocadas:

Guarda-redes: Inês Pereira (Corunha), Patrícia Morais (Braga) e Rute Costa (Benfica);

Defesas: Joana Marchão (Servette), Ana Seiça (Tigres), Diana Gomes (Sevilha), Lúcia Alves (Benfica), Catarina Amado (Benfica), Carole Costa (Benfica), Ana Borges (Sporting), Bárbara Lopes (Torreense) e Ana Rute (Braga);

Médias: Andreia Jacinto (Real Sociedad), Tatiana Pinto (Atl. Madrid), Andreia Faria (Benfica), Andreia Norton (Benfica), Beatriz Fonseca (Sporting), Dolores Silva (Braga) e Joana Martins (Sporting);

Avançadas: Diana Silva (Sporting), Ana Capeta (Sporting), Telma Encarnação (Sporting), Ana Dias (Tigres), Carolina Mendes (Racing Power) e Stephanie Ribeiro (UNAM) Record/MS

Diogo Costa afasta a bola com os punhos. Creditos: DR
Cristiano Ronaldo remata para o 2-1. Creditos: DR
Francisco Neto, selecionador de Portugal. FOTO: FPF

GYOKERES

O pombo que deu a Portugal o título mundial de columbofilia

Portugal sagrou-se campeão do Mundo de columbofilia, na classe sport Absoluta, graças às prestações do pombo "Gyokeres", da equipa Paulo, César & Morais.

Aave vencedora conquistou o título no World Best Pigeon, uma competição organizada pela Federação Columbófila Internacional (FCI). É através desta prova que se descobrem os melhores pombos do Mundo, com base nas performances nas provas oficiais organizadas pelas associações distritais e federações nacionais de todo o Mundo durante o ano.

Esta distinção é referente a 2024 e também contou com várias distinções honrosas de competidores portugueses. A pomba "Inês Aguiar" conquistou o oitavo lugar na mesma categoria, enquanto a equipa João Dias & Paulo Campos, da Associação Columbófila Distrital do Porto, ficaram no quinto lugar em Velocidade. Já em meio-fundo, João & David & Victor (Associação Columbófila Distrital de Lisboa), foram quartos classificados.

JN/MS

JUDO

Judoca Patrícia Sampaio conquista bronze no Grand Slam de Tiblissi

A judoca portuguesa Patrícia Sampaio conquistou, no domingo (23), a medalha de bronze na categoria - 78 kg do Grand Slam de Tiblissi, ao derrotar a jovem uzbeque Barchinoy Kodirova, por ippon.

Patrícia Sampaio precisou apenas de 13 segundos para garantir o bronze frente à número dois mundial de juniores e 171.ª em elites. Antes, nas meias-finais, a sexta classificada do ranking mundial tinha sido surpreendida pela colombiana Brenda Olaia (22.ª),

perdendo por ippon.

Bronze em Paris2024, Sampaio tinha iniciado o seu percurso no Grand Slam georgiano a vencer a brasileira Beatriz Freitas (91.ª), nos oitavos de final, e a croata Petrunjela Pavic (38.ª), nos ‘quartos’, ambas por ippon. Desde que alcançou a medalha nos últimos Jogos Olímpicos, a judoca de 25 anos subiu sempre ao pódio dos Grand Slam em que participou, tendo mesmo conquistado o ouro em Paris, no início de fevereiro.

TORONTO
Creditos: DR
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FUTSAL

Sporting vence frente ao Braga num jogo de loucos e recupera liderança isolada

O Sporting era obrigado a vencer no embate caseiro com o Braga caso quisesse voltar a ser líder isolado, e acabou mesmo por ganhar num jogo de loucos (54). Com este resultado, o primeiro lugar isolado pertence ao Sporting com o rival Benfica logo atrás. O Braga segue em terceiro em terra de ninguém.

OSporting entrou a querer impôr a superioridade no jogo e abriu o marcador através de Anton Sokolov. O russo aproveitou o passe de Merlim para rodar sobre o defesa e assinalar o 1-0. Apesar da desvantagem, o Braga continuou a insistir e chegou a mandar uma bola ao poste. Ao cair do pano da primeira parte, os guerreiros ultrapassaram a pressão sportinguista e Tiago Sousa empatou a partida.

FÓRMULA 1

Na segunda metade a partida ficou mais disputada. O Braga aproveitou um livre para fazer uma jogada ensaiada, com o capitão Tiago Brito a colocar a equipa em vantagem pela primeira vez. A partir desse momento, os ânimos exaltaram-se e o capitão sportinguista João Matos foi expulso por protestos após o amarelo. A partida foi retomada e Zicky Té aproveitou para empatar a partida numa situação, sozinho com Dudu. O Braga voltou à liderança da partida através do golo de Fábio Cecílio e fez o 4-2, com a grande penalidade convertida por Hugo Neves. Taynan ainda reduziu o placar para a margem miníma (3-4), antes de Alex Merlin fazer o empate no livre de 10 metros no jogo em que foi homenageado por chegar ao jogo 400. Zicky Té fez a reviravolta leonina muito perto do fim.

JN/MS

ATLETISMO

Patrícia Silva vence medalha de bronze no Mundial de Pista Curta

A portuguesa Patrícia Silva conquistou, no domingo (23), a medalha de bronze nos 800 metros dos Campeonatos do Mundo em pista curta, em Nanjing, na China, atrás da sul-africana Prudence Sekgodiso e da etíope Nigist Getachew.

Aatleta do Sporting, de 25 anos, chegou ao pódio ao superar a polaca Anna Wielgosz, quinta, e a suíça Audrey Werro, quarta, na reta da meta, melhorando o seu recorde na-

cional para 01.59,80 minutos – era de 02.00,79, desde 8 de fevereiro. Depois do sétimo lugar nos 1.500 em Apeldoorn2025, Patrícia Silva foi apenas batida por Sekgodiso, que venceu folgadamente, em 01.58,40, ao gastar menos 1,23 segundos do que Getachew, segunda classificada. Esta foi a 17.ª medalha portuguesa em Campeonatos do Mundo ‘indoor’, a primeira em Nanjing2025 e também a primeira nesta distância.

HÓQUEI EM PATINS

Benfica goleia F. C. Porto e entra na luta pelo topo no campeonato

Grande Prémio da China

Hamilton, Leclerc e Gasly desclassificados

O britânico Lewis Hamilton (Ferrari), o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) e o francês Pierre Gasly (Alpine) foram desclassificados, no domingo (23), do Grande Prémio da China, segunda ronda do Mundial de Fórmula 1, pelo painel de comissários.

OFerrari de Lewis Hamilton apresentou um desgaste excessivo do painel de proteção traseiro, que deveria apresentar uma espessura mínima de nove milímetros no final da corrida, na qual foi sexto classificado. Já os monolugares de Leclerc, que tinha terminado no quinto lugar, e Gasly, 11.º, terminaram com o peso abaixo do mínimo regulamentar. No caso do Ferrari, foi uma diferença de um quilograma a ditar

a desqualificação, ditada pelo painel de comissários, do qual faz parte o antigo piloto português Pedro Lamy. Desta forma, o francês Esteban Ocon (Haas) é promovido a quinto, o italiano Kimi Antonelli (Mercedes) a sexto, o tailandês Alexander Albon (Williams) a sétimo, o britânico Oliver Bearman (Haas) a oitavo, enquanto o canadiano Lance Stroll (Aston Martin) entra nos pontos (10 primeiros) ao subir ao nono lugar e o espanhol Carlos Sainz (Williams) ao 10.º. O australiano Oscar Piastri (McLaren) foi o vencedor da segunda etapa do Mundial, disputada hoje, em Xangai, após a qual britânico Lando Norris (McLaren), que foi segundo classificado, mantém a liderança do campeonato, com 44 pontos.

JN/MS

As águias ultrapassaram os dragões (6-0) e assumiram o segundo lugar no campeonato, estando a apenas um ponto do líder Sporting, que ainda vai jogar nesta jornada.

No encontro entre finalistas do último campeonato de hóquei em patins, o Benfica estava obrigado a vencer na receção ao F. C. Porto para entrar na luta pelo primeiro lugar. E assim foi, os encarnados foram superiores o jogo todo com o apoio dos adeptos e não deram hipóteses, com um triunfo esclarecedor por 6-0. O líder Sporting continua um ponto à frente dos rivais e ainda vai jogar amanhã frente ao Tomar (16 horas).

Ambos os conjuntos contaram com ausências de peso, Roberto Di Benedetto, no Benfica, e Rafa, no F. C. Porto. A partida começou com um grande ímpeto ofensivo da equipa da casa que marcou o ritmo do jogo. O guardião Xavi Malián foi evitando o tento benfiquista nos primeiros minutos, mas numa fase que até pareciam abrandar o poderio, os encarnados marcaram o pri-

meiro através da acrobacia de Nil Roca, assistido por Pau Bargalló em contra-ataque. A primeira metade não mudou de rumo e o Benfica continuou a carburar. Gonçalo Pinto marcou o seu 11.º golo no campeonato e fez o 2-0 com um remate cheio de força de longa distância. Para piorar a situação dos portistas, João Rodrigues marcou o golo 200 de emblema encarnado ao peito e aumentou a vantagem para três golos de diferença. No regresso dos balneários para o segundo tempo, os azuis e brancos melhoraram a perfomance, mas os caseiros controlaram sempre a partida. Num ataque dos visitados, Pau Bargalló recupera a bola e assiste Lucas Ordoñez para o 4-0, com os adversários a pedirem logo desconto de tempo. Para fechar as contas finais, João Rodrigues falhou o penálti, mas recupera e pica a bola sobre Xavier Malián, completando a mão cheia de golos. Ainda houve tempo para o 6-0 de Zé Miranda. JN/MS

JN/MS
Zicky Té marcou o golo da vitória. Foto: Sporting C. P.

Samuel Dahl, em crescendo no Benfica por empréstimo da Roma, traçou a diferença entre os dois emblemas e referiu que não descarta nenhuma opção para o futuro. O lateral sueco elogiou, ainda, Rui Costa e Andrea Belotti.

Numa entrevista a Ginaluca Di Marzio, jornalista italiano, Samuel Dahl mostrou estar muito contente com os primeiros meses no Benfica, emblema no qual ingressou em janeiro por empréstimo dos italianos da Roma.

"As coisas estão a correr bem, desde o primeiro dia sempre fui feliz. Tenho muitas pessoas boas ao meu redor. E depois o mais importante são os minutos em campo e o Benfica está a dar-me. Em Lisboa estou a jogar e estou muito feliz. A época dirá se o Benfica é um passo em frente, porque quando falamos da Roma, estamos a falar de um grande clube! Nas competições europeias, jogam sempre para ganhar. A diferença talvez seja que o Benfica pretende levantar troféus todos os anos. Em vez disso, a Roma talvez pague pelo fato de que na Serie A existem muitos clubes excelentes, que jogam bom futebol e lutam por posições altas como eles", começou por dizer, não fechando a porta a eventuais oportunidades que surjam no horizonte.

"Se vou regressar à Roma? Os dois clubes vão decidir isso no verão, veremos o que acontece. Mas há tantos lugares lindos por aí... Não descarto nada. Benfica, Roma ou outro lugar: tudo pode acontecer", acrescentou.

No mercado de inverno, o lateral sueco aterrou em Lisboa em conjunto com Andrea Belotti. Ora, no momento de falar no colega, não poupou nos elogios e definiu-o como um ser humano "extraordinário". "Chegámos juntos ao Benfica [em janeiro] e as coisas estão a correr bem. Ele tem capacidade de chegar aos cruzamentos primeiro que outros. É um daqueles jogadores que não gostarias de enfrentar como adversário", considerou.

Rui Costa, presidente das águias, também mereceu uma menção: "É bom tê-lo acima de mim. Antes de cada jogo, diz-me para entrar em campo com muita coragem e pensar apenas em jogar o meu jogo".

JN/MS

O Benfica eliminou o Sporting da Taça de Portugal de futebol feminino e seguiu para as meias-finais da competição.

No Estádio da Luz, com mais de 11 mil espectadores, as águias deram a volta ao resultado na segunda parte, depois de Telma Encarnação bisar para o Sporting na primeira parte, que terminou com vantagem leonina, por 1-2, já que Alidou marcou para o Benfica.

A reação da equipa de Filipa Patão foi fortíssima depois de intervalo e resultou na reviravolta no marcador. Nycola Raysla empatou e Lúcia Alves garantiu a vitória do Benfica com um golaço aos 83 minutos (3-2).

Nas meias-finais também já está o Braga, que afastou o Damaiense, após vitória no desempate por grandes penalidades.

JN/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Creditos: DR
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Joaquim Evangelista reeleito na presidência do sindicato dos futebolistas

Joaquim Evangelista foi hoje reeleito sem oposição para um sexto mandato consecutivo na presidência do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), ao vencer as eleições dos órgãos sociais rumo ao quadriénio 2025-2029.

“Num ano em que o SJPF está representado na direção mundial da FIFPro [Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais] e acolhemos em

Portugal o congresso mundial que assinala os 60 anos desta organização, que dá voz a mais de 65 mil jogadoras e jogadores em todo o mundo, é com enorme orgulho que recebo este voto de confiança para continuar a servir e defender com o mesmo rigor e independência a classe dos futebolistas em Portugal”, reconheceu Joaquim Evangelista, citado pelo SJPF. O reeleito presidente, cuja votação não foi detalhada pela estrutura sindical, agra-

Cruz Azul exige 4,6 milhões de euros ao F. C. Porto por Anselmi

Documento com a queixa na FIFA do clube mexicano contra o treinador do F. C. Porto já corre nas redes sociais. Caso deve decidir-se em junho.

Apartir de uma informação do jornal mexicano “Círculo AM”, ficou a saber-se oficialmente a quantia que o Cruz Azul reclama aos dragões pela saída do treinador Martín Anselmi: são

4,6 milhões de euros, referentes à cláusula de rescisão que o técnico tinha no contrato, mais um valor a apurar em impostos. Recorde-se que o clube mexicano abriu um processo na FIFA contra Anselmi pela forma como deixou o comando da equipa para rumar ao F. C. Porto, há dois meses. A queixa está num documento de 43 páginas, do qual consta a perspetiva do Cruz Azul, como a saída de Anselmi e o

deceu à sua equipa pela “lealdade e espírito de missão” numa “instituição reconhecida nacional e internacionalmente, com capacidade para uma intervenção multidisciplinar na vida dos jogadores e atitude proativa no relacionamento com as restantes instituições do futebol. Temos obra realizada, que impactará não apenas as gerações atuais, como as futuras, e vários projetos socialmente relevantes em marcha. Sabemos bem dos desafios que se colocam no próximo quadriénio, com uma indústria do futebol em rápida transformação. A estabilidade das relações laborais dos futebolistas, a proteção da sua saúde e bem-estar, a formação integral e transição de carreira, sem esquecer as importantes conquistas que faltam no futebol feminino, continuarão no centro das nossas preocupações”, prosseguiu. Joaquim Evangelista, de 58 anos, comanda o SJPF desde maio de 2004, quando foi cooptado para render António Carraça, de saída para a estrutura diretiva do Benfica. O nono líder da história da estrutura sindical vai ter como vice-presidente o ex-futebolista Anselmo, com o guarda-redes internacional luso Rui Patrício, dos italianos da Atalanta, a ser um dos vogais da direção, na qual seguem os já retirados José Carlos e Carla Couto. João Nogueira da Rocha também fará um sexto mandato na Mesa da Assembleia Geral, ao lado dos secretários Cláudio Ramos, guarda-redes do F. C. Porto, e Rúben Fernandes, defesa central e capitão do Gil Vicente e jogador no ativo na Liga com mais jogos (316). João Paulo presidirá ao Conselho Fiscal, ladeado pelos vogais João Mário, campeão da Europa pela seleção lusa em 2016 e atual médio dos turcos do Besiktas, e Gilberto Silva. JN/MS

que levou à rescisão unilateral com justa causa.

A FIFA vai analisar o caso, mediante os argumentos que o F. C. Porto também vai apresentar. Se o organismo que tutela o futebol mundial não decidir que terão de se pagos 4,6 milhões, o clube mexicano pede 3,2 milhões de euros, o valor remanescente do contrato de Anselmi na altura da saída para o Dragão. “Até à data, o treinador ainda não pagou um único peso ao Cruz Azul pela ida para o F. C. Porto [...] Fez as malas e foi-se embora sem qualquer explicação”, escreve o clube mexicano na queixa à FIFA, que deverá julgar o caso em junho, sendo a sentença passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto.

De acordo com a queixa, Anselmi revelou o interesse portista ao presidente do clube mexicano, Víctor Velásquez, e ao diretor-desportivo, Iván Alonso, um dia antes do primeiro contacto entre clubes. Os mexicanos receberam depois quatro ofertas dos dragões, a primeira de 1,5 milhões de dólares (1,38 milhões de euros) e a última de três milhões de dólares (2,76 milhões de euros), a pagar em duas prestações. Foram recusadas pois não chegavam ao valor da cláusula de rescisão.

Segundo o Cruz Azul, Anselmi tinha três cláusulas: a primeira de três milhões de dólares se o interesse fosse de um clube da Liga espanhola ou das seleções de México e Argentina; a segunda de seis milhões se o clube interessado fosse mexicano; e a terceira, de cinco milhões de dólares, se o interessado fosse outro clube.

O Cruz Azul afirma ainda que nunca chegou a acordo com o F. C. Porto e que notificou o treinador de que estava a “incorrer em violações contratuais”, pedindo-lhe para não viajar rumo a Portugal, o que viria a acontecer a 24 de janeiro. JN/MS

Ex-presidentes da FIFA e UEFA

Absolvidos de novo pela justiça suíça

Os ex-presidentes da FIFA e da UEFA, o suíço Joseph Blatter e o francês Michel Platini, respetivamente, foram absolvidos de novo pela justiça da Suíça, no processo motivado pelo alegado pagamento ilícito ao ex-futebolista internacional gaulês.

O Ministério Público helvético recorreu da decisão da primeira instância, em julho de 2022, que absolveu as duas antigas figuras de cúpula do futebol mundial e europeu, mas o Tribunal Penal Federal, reunido em Muttenz (perto de Basileia), voltou a não encontrar motivos para uma condenação.

Em 4 de março, o gabinete do procurador-geral da Suíça tinha pedido que fosse aplicada a Blatter, de 89 anos, e Platini, de 69 anos, a pena de um ano e oito meses de prisão, suspensa por igual período, pelo alegado pagamento ilícito de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) por parte da FIFA ao então presidente da UEFA.

JN/MS

António Miguel Cardoso promete continuar a trabalhar para engrandecer o Vitória O reeleito presidente do Vitória Sport Club, António Miguel Cardoso, tomou posse para o triénio 2025-28, e prometeu "continuar a trabalhar para engrandecer o clube".

Os dirigentes eleitos no passado dia 1 de março foram empossados nos respetivos cargos numa cerimónia que decorreu no auditório do Estádio D. Afonso Henriques. “É um dia de responsabilidade. Tentámos fazer com que o processo eleitoral não abalasse a cidade e as nossas equipas. Não quisemos criar ruído e não queremos fazê-lo agora. Assinámos esta ata com responsabilidade e prometemos que vamos continuar a trabalhar da mesma forma, sempre com o objetivo de engrandecer o nosso clube”, afirmou o presidente António Miguel Cardoso, que entra no segundo mandato à frente dos vitorianos.

Belmiro Pinto dos Santos, presidente cessante da Mesa da Assembleia Geral, conferiu a posse dos presidente e vice-presidente da Direção, da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e do Conselho Jurisdicional.

Platini (antigo presidente da UEFA) e Blatter (antigo presidente da FIFA).
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HOCKEY

Rookie Jamal Shead a silver lining in a tough season for the rebuilding Raptors

Jamal Shead’s teammates have seen it over and over but are still in awe.

Earlier this month against Washington, the Raptors’ 6-foot rookie guard was lurking in the paint when RJ Barrett attacked the rim. As Barrett’s layup bounced off, Shead leaped up and slammed home a one-handed put-back dunk.

The reaction was priceless. Jakob Poeltl chuckled in disbelief, Scottie Barnes’ jaw nearly hit the floor, and fans erupted. Even his teammates struggled to process what they had just witnessed.

Shead first dunked at 15 before an AAU game, but it’s not something he does often.

“I know I can dunk,” the 22-year-old said. “I just don’t think everybody else knows. I don’t dunk in practice. I don’t like it—it’s uncomfortable, it hurts my hands. So I guess that’s why they’re surprised.”

That dunk was already Shead’s third of his young NBA career, and he’s since add-

ed another—a tomahawk slam from just inside the free-throw line against Golden State. For context, neither Kyle Lowry nor Fred VanVleet—both listed at the same height—ever dunked in an official game during their 16 combined seasons in Toronto. Even Joel Embiid, a foot taller, had only five dunks this season.

Shead has made a habit of surprising people. At Houston, he was the 2024 Big 12 Player of the Year, a two-time Defensive Player of the Year, and led the Cougars to multiple conference titles and deep tournament runs. Yet concerns over his size and shooting caused him to slip to 45th in the draft. Twenty-six teams passed on him before Toronto grabbed him with a second-round pick acquired from Sacramento.

For a rebuilding Raptors team, their 2024 draft class has been a major win. Without their own first-round pick (sent to San Antonio in the Jakob Poeltl trade), they still landed Ja’Kobe Walter (19th),

SOMOS A CONSULTORA

Jonathan Mogbo (31st), Shead (45th), sharpshooter Jamison Battle (undrafted), and Cameroonian big man Ulrich Chomche (57th). Outside of Washington, no team has leaned on rookies more than Toronto, and while each has had their moments, Shead is emerging as the real steal of the class.

Initially the third point guard, Shead saw an opportunity when Immanuel Quickley missed most of the preseason and 38 of the first 47 games. By midseason, he had surpassed Davion Mitchell in Darko Rajakovic’s rotation, making Mitchell expendable at the trade deadline. Since then, Shead has averaged 22 minutes over 21 games, starting five.

Unlike his fellow rookies, Shead hasn’t spent much time in the G League. Aside from a brief December assignment, he’s remained with the NBA squad, appearing in a team-high 65 games. His playing time and production have steadily increased, and if he’s hit the rookie wall, it hasn’t shown.

Though he wasn’t picked for the Rising Stars Game, Shead has a strong case for All-Rookie honors. Since the All-Star break, he’s averaging 8.1 points and 4.7 assists in 23 minutes per game. His 7.5 assists per 36 minutes rank 15th in the league, and among rookies, only Scoot Henderson and Payton Pritchard have more.

His biggest improvement has been his shooting. Shead is knocking down 34% of his three-pointers, up from 30% in college. While still below the league average of 36%, he’s trending upward—his pullup three-point percentage has risen from 19% early in the season to 38% this month.

However, Shead’s identity is rooted in defense. According to NBA tracking data, 22% of isolation possessions he’s defended have resulted in turnovers—seventh in

the league among qualified players. He’s second among rookies in offensive fouls drawn and leads all first-year players in charges taken.

“I think the thing that’s kept me up here is my defense,” Shead said. “Defense isn’t about skill, it’s effort. Maybe I’ve hit a rookie wall on offense, but defense is just effort. Staying consistent on that end has helped me stick.”

Recently, Shead has faced elite point guards head-on. Against Golden State, he chased Steph Curry and effectively denied him the ball. Later, he held Chris Paul to two points on 1-of-4 shooting while scoring a career-high 17 himself. Despite Toronto losing that game by 34, Shead was only a minus-5.

“He continues to impress us every single day,” Barnes said. “He’s young, but he plays like a vet.”

“He’s getting a chance to start, play against the best, and learn from them,” Rajakovic added. “He’s done a great job as a backup point guard, but these experiences will take him to another level. He has even more to give.”

Shead and the other rookies have faced their share of challenges, but their development is crucial for the Raptors’ future. Toronto’s past success was built on finding hidden gems, developing them, and constructing a championship team from the ground up.

The next step requires continued growth from Barnes, health and production from Quickley and Brandon Ingram, and some lottery luck in May. Landing a top pick would be huge, but so is finding quality complementary players.

Toronto seems to have done just that with Shead and this rookie class.

• Abertura de empresa •

Reno Silva/MS

The Canadians who have been singing over "The Star-Spangled Banner" have their reasons, just as the Americans who boo "O Canada" in response have theirs. The right to express disapproval is one of the freedoms that both anthems celebrate.

But this ongoing controversy raises a bigger question: Why do we still play national anthems before sporting events at all?

At one time, it made sense. "The Star-Spangled Banner" was first played at a baseball game in 1918 during the World Series in Chicago, as U.S. soldiers fought in World War I. A military band performed the song during the seventh-inning stretch, and the crowd spontaneously stood and sang along. The practice didn’t become widespread until World War II, when better sound systems allowed singers to be heard throughout stadiums.

During periods of heightened patriotism and national sacrifice, anthems were played before movies, theater performances, and various public events. But over time, this tradition has become an outdated formality at sporting events. Most of the time, the anthem is met with indifference, with fans and athletes standing stiffly, waiting for it to end.

Puerto Rican musician José Feliciano created one of the earliest anthem controversies in 1968 when he performed a Latin-jazz rendition of "The Star-Spangled Banner" before a World Series game in Detroit. He later explained that he chose to reinterpret the song because he was tired

The Toronto Maple Leafs continue to in their conference. However, Dartmouth has since improved significantly, going from just five wins in 2022-23 to 13 and 18 in subsequent seasons, with Haymes playing a key role in their turnaround.

After a modest freshman year, Haymes broke out as a sophomore, doubling his point total from 16 to 36 and leading Dartmouth in goals, assists, and points. He was named to the 2023-24 All-ECAC First Team, further raising his profile. Despite missing the start of the 2024 season due to injury, he finished strong with eight points in his final eight games. Over 20 games, he posted 12 goals and six assists, ranking second on his team in goals despite limited playing time.

Elite Prospects ranked Haymes as the top NCAA free agent this year, citing his NHL-caliber shot, strong goal-scoring instincts, and ability to battle along the boards. They likened him more to a drafted prospect than a typical undrafted signee. McKeen’s Hockey echoed these sentiments, emphasizing his work ethic, forechecking ability, and two-way game.

FloHockey’s Scott Peters described him as a high-energy player with the potential to develop into an NHL depth forward.

At just 21, Haymes stands out among NCAA free agents, as most players his age with his talent are typically drafted. Com-

pared to other top undrafted centers like TJ Hughes and Karsen Dorwart, Haymes is significantly younger, suggesting further developmental upside. His limited NCAA experience—only 83 games due to Ivy League scheduling and injuries—also hints at untapped potential.

While the ECAC is not the most competitive NCAA conference, Haymes’ skill set and relentless style suggest he could eventually carve out an NHL bottom-six role. His vision, hands, and high work rate make him an intriguing prospect. With the Leafs’ recent trade of Fraser Minten depleting their center depth, Haymes’ signing is a smart move by Brad Treliving’s management team to strengthen the organization’s prospect pool.

Additionally, the Leafs have signed defenseman John Prokop to a one-year contract beginning in 2025-26. Prokop will also join the Marlies on an amateur tryout for the remainder of the 2024-25 season. The 23-year-old posted 27 points in 36 games for Union College this season and has 85 points across 107 career NCAA games. Recognized with multiple ECAC and All-American honors, the 6’3”, 195-pound blueliner adds further depth to Toronto’s defensive pipeline.

of watching people stand motionless, disengaged from its meaning.

Anthems only seem to garner attention when something disrupts the usual routine—whether it’s a unique rendition, an athlete kneeling, or a team deciding to forgo it altogether. In 2021, the Dallas Mavericks briefly stopped playing the anthem before games, but the NBA quickly intervened, making it clear that it was a mandatory pregame tradition. Then-majority owner Mark Cuban noted that the anthem means different things to different people but ultimately complied with league rules.

Cuban had a point. What started as a patriotic display during wartime has evolved into something far less significant today.

In the 1940s, Major League Baseball was an all-American league, played by and for Americans. Today, however, professional sports are far more international. Whether in baseball, hockey, or basketball, players from numerous countries participate, and leagues actively court global audiences.

What does it mean for a Swedish, Finnish, or Slovakian athlete to stand through not one but two national anthems that have no personal relevance to them?

The disconnect becomes even more apparent when comparing North American sports to international competitions. In events like the World Cup or Six Nations rugby, national anthems stir genuine emotion. Watch a match in Wales, where players and fans passionately sing their anthem, tears in their eyes, because their

nation’s pride is at stake. Contrast that with an NBA game in Orlando on a random Tuesday, where someone sings the anthem while most of the audience barely pays attention, followed by polite applause.

Removing anthems from pregame rituals is unlikely to spark rational debate. Whenever controversy arises, the loudest voices often claim that the anthem is about honoring the military and those who have sacrificed for freedom.

Of course, service members deserve recognition. But let’s be honest—most sports fans aren’t thinking about fallen soldiers while half-heartedly murmuring the lyrics to a song they’ve heard countless times. When people insist that playing the anthem is a sacred tradition that pays tribute to the military, one has to wonder: Have

they actually been to a game? The typical response is a mix of scattered mumbling and distracted applause before everyone returns to sipping their overpriced beers.

Would we miss the anthems? Unlikely. And for those who argue that removing them disrespects the troops, teams could instead introduce a dedicated moment to honor service members—something like a "Salute to the Military." These tributes are typically well-received, and fans often applaud enthusiastically.

The anthem tradition may have served a purpose in the past, but today, it feels more like an outdated obligation than a meaningful gesture. Perhaps it’s time to rethink its place in sports.

Reno Silva/MS

6,000 illegal undocumented construction workers to get legal status in Canada

In a significant move to address labour shortages in the construction industry and provide opportunities for undocumented workers, Canada has introduced a new pathway to permanent residency for construction workers. This initiative aims to integrate thousands of undocumented labourers into the formal economy, ensuring they receive proper protections and contribute meaningfully to the nation's infrastructure development.

Background and rationale

Canada's construction sector has been grappling with persistent labour shortages, which have impeded the nation's ability to meet housing demands and complete critical infrastructure projects. The Canada Mortgage and Housing Corporation estimated that an additional six million homes would be needed by 2030 to restore housing affordability, underscoring the urgency for skilled labour in the construction industry.

Recognizing the invaluable contributions of undocumented construction workers who have been operating in the shadows, the government has taken steps to provide them with legal status. Immigration Minister Marc Miller emphasized the importance of integrating these workers into the formal economy, stating, "This initiative will help bring these workers out of the shadows and into the light."

Key features of the new pathway

The newly announced pathway includes several pivotal components:

Permanent Residency for Undocumented Workers: The government has reserved

immigration spaces for up to 6,000 undocumented construction workers already residing in Canada. This measure acknowledges their contributions and aims to provide them with the rights and protections afforded to legal residents.

Study Permit Exemptions for Apprenticeships: Qualified temporary foreign workers in the construction sector can now enroll in apprenticeship programs without the need for a study permit. This change facilitates skill enhancement and career progression within the industry.

Advisory Council Formation: An advisory council comprising representatives from the government, unions, and industry employers will be established. This council will provide insights on prevailing wages and determine the number of foreign construction workers to be admitted, ensuring that immigration policies align with labour market needs.

Expanded occupational categories

In addition to the above measures, the government has expanded the list of construction-related occupations eligible for immigration under the Express Entry system. The newly included occupations are:

• Construction managers

• Construction estimators

• Bricklayers

• Roofers and shinglers

• Floor covering installers

• Painters and decorators (except interior decorators)

This expansion broadens the scope for skilled workers in these trades to apply for permanent residency, addressing specific labour shortages within the construction sector.

Implementation and eligibility

While the announcement has been made, specific details regarding the implementation timeline and eligibility criteria are yet to be fully outlined. Prospective applicants are advised to monitor official communications from Immigration, Refugees, and Citizenship Canada (IRCC) for updates. It's anticipated that the eligibility framework will consider factors such as work experience, duration of stay in Canada, and contributions to the construction industry.

Impact on the Construction Industry

The introduction of this pathway is expected to have a multifaceted impact on Canada's construction industry:

• Addressing labour shortages By legalizing the status of thousands of workers, the industry can alleviate some of the labour shortages that have hindered project completion and increased costs.

• Enhancing worker protections: Legal status ensures that workers are protected under Canadian labour laws,

promoting safer working conditions and fair compensation.

• Boosting housing development: With a more robust and legally recognized workforce, Canada can expedite housing projects, contributing to improved housing affordability and availability.

Broader immigration context

This initiative comes at a time when Canada is recalibrating its immigration policies. In recent months, there has been a discernible shift towards more selective immigration, with increased scrutiny on visa applications and a focus on sectors with critical labour shortages. The construction industry, given its pivotal role in national development, has been identified as a priority area.

Canada's new pathway to permanent residency for construction workers represents a strategic approach to labour market challenges and immigration policy. By recognizing and formalizing the contributions of undocumented workers, the country not only addresses immediate labour shortages but also reinforces its commitment to fair labour practices and inclusive economic growth. As implementation details emerge, this initiative is poised to serve as a model for integrating undocumented workers into the formal economy, benefiting both the individuals involved and the nation as a whole.

MS
Photo: RM
Immigration Minister Miller, held a news conference announcing a new pathway to legal status for up to 6.000 undocumented workers in Canada. Photo: RM

SAÚDE & BEM-ESTAR

Dormir – prazer ou necessidade?

Para alguns, a hora do sono é o melhor momento do dia. Mas para muitas outras pessoas, é o princípio de um longo pesadelo. Seja como for, dormir é uma necessidade vital, de que não podemos prescindir.

Osono é essencial ao organismo humano. Durante o sono, além de descansar fisicamente, o organismo renova-se e recupera, como se fizéssemos um reset num computador e tudo regressasse ao seu estado original. O sono é um período durante o qual o cérebro prepara o organismo para que, no dia seguinte, possa estar, de novo, no seu máximo rendimento.

Efeito reparador

O sono tem um claro efeito reparador, porque se produzem importantes mudanças metabólicas e hormonais imprescindíveis ao ser humano. Em contrapartida, a falta de sono produz radicais livres e causa efeitos semelhantes ao envelhecimento. A pele perde brilho e torna-se opaca e rugosa. Durante a noite, o corpo elimina células mortas, recupera do stress diário e descansa. Se não dormirmos o suficiente, estas funções alteram-se. Prova disso são as olheiras, que não são outra coisa senão a acumulação de toxinas.

A pele é, sem dúvida, o órgão que mais se recente com a falta de sono, uma vez que,

enquanto dormimos, o corpo produz hormonas do crescimento, encarregues da regeneração celular. Por outro lado, não dormir limita a produção de leucócitos e de cortisol, situação que aumenta a probabilidade de sofrer infeções e doenças cardiovasculares.

A memória também se renova durante o sono: se não dormimos, a capacidade mental ressente-se.

Fases do sono

Se observarmos atentamente uma pessoa, desde que adormece e durante duas horas, verificaremos que o seu organismo produz uma série de mudanças. Por exemplo, é frequente que, no início do sono, se produzam umas ligeiras contrações musculares nas extremidades ou em todo o corpo. Também é comum observar movimentos oculares rápidos, que se produzem cerca de 90 minutos após o início do descanso, dando início à chamada fase REM (Rapid Eye Movement). Apesar de termos a sensação de que dormimos “de uma tirada”, durante o descanso produzem-se diversos períodos de sono profundo, alternados com outros de sono mais leve. Vejamos, uma a uma, as diversas fases do sono:

• Fase não-REM 1 – Conhecida como fase de sonolência ou adormecimento. Nela, o corpo inicia uma distensão muscular, a respiração torna-se uniforme e

a atividade cerebral mais lenta. Dura poucos minutos.

• Fase não-REM 2 – Alcança-se uns minutos depois e é o chamado “sono confirmado”. As ondas cerebrais tornam-se mais lentas. Prolonga-se por cerca de 25 minutos no ciclo inicial e estende-se a cada ciclo sucessivo.

• Fase NÃO-REM 3 – Entramos numa fase de transição para o sono profundo. As ondas cerebrais são ainda mais lentas, sendo necessário estímulos fortes para despertarmos. Costuma durar entre 20 e 40 minutos.

• Fase REM (Rapid Eye Movement) – É quando se produzem os movimentos oculares rápidos, durante cerca de 10 minutos. Ao contrário do que se possa pensar, é uma fase de sono profundo.

O conjunto das quatro fases compõe um ciclo de sono, que dura aproximadamente 90 minutos. Os ciclos repetem-se 4 a 6 vezes, numa noite típica de sono. Se formos acordados durante uma fase REM, teremos mais probabilidades de recordar o sonho.

O número de horas de sono necessárias a cada pessoa depende se si própria. Mais do que um sono comprido, o que se precisa é de um sono reparador, bom em qualidade e intensidade. Os especialistas recomendam uma média de 7 a 8 horas, mas este valor

não é válido para todas as pessoas. Com a idade, os padrões de sono variam. Os recém-nascidos dormem por períodos curtos, mas muito frequentes, totalizando cerca de 18 horas por dia. Para alguns adultos, quatro horas de descanso diário parecem ser suficientes, enquanto outros necessitam dormir mais de dez. Muitas pessoas demoram horas para adormecer; outras acordam constantemente durante a noite; muitas acordam cansadas, como se não tivessem dormido. Se é o seu caso, é provável que sofra de uma perturbação do sono. Há, pois, que encontrar meios para acabar com o suplício das noites em claro.

Atualmente, cerca de 30% da população mundial sofre de perturbações de sono. O stress, os conflitos internos e o ritmo acelerado da vida moderna refletem-se negativamente no descanso noturno. Qualquer pessoa já passou noites em branco por culpa de exames escolares, insegurança laboral ou outros problemas pessoais. Mas se a situação se repete, noite após noite, pode afirmar-se que sofre de insónias.

Porém, é preciso ter em conta que a insónia é um sintoma, não uma doença. Por detrás dela, escondem-se outras patologias físicas ou psíquicas. Por isso, perante uma perturbação do sono, há que consultar um especialista, para atacar a raiz do problema. SEBE

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

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RECORDISTA

É mais um importante marco na história e carreira de Cristiano Ronaldo. O capitão da “Equipa das Quinas” tem um novo recorde mundial nas mãos (e nos pés). O futebolista, de 40 anos, recebeu um certificado do Guiness World Records por tornar-se o jogador com mais vitórias numa seleção de futebol. Após o triunfo, a 23 de março, de Portugal frente à Dinamarca por 5-2, no Estádio José Alvalade (para a Liga da Nações), CR7 conta agora com 133 vitórias com a camisola da Seleção Nacional. O internacional português e avançado do Al-Nassr reafirma, uma vez mais, o seu nome na história do futebol mundial. Com quatro décadas de vida, continua a ser um ícone no mundo do desporto.

ABUNDÂNCIA

Não é apenas uma cantora, Maria João é uma intérprete de mão-cheia. Cria e transforma a música de uma forma única, especial. Com uma entrega emocional intensa e uma criatividade sem limites, traz à tona uma forma de comunicar autêntica que nos envolve do princípio ao fim. Foi também assim que construiu um percurso riquíssimo e sólido na música, agora celebrado com Abundância, um álbum que inclui faixas como Ao Sol e Esperança, feito em conjunto com João Farinha e André Nascimento, aliados do projeto OGRE

SUPERMODELO

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Até Elle Macpherson, modelo que ficou conhecida como “O Corpo”, cognome atribuído pela revista Time em 1989 devido à sua silhueta, enfrentou a sua quota-parte de rejeições no início da carreira. Como recorda no seu livro de memórias, intitulado simplesmente Elle – Vida, Lições e Como Aprender a Confiar em Si Própria, recentemente chegado a Portugal, a atitude prevalecente na altura em que deu os primeiros passos como modelo em Nova Iorque, vinda da Austrália sem rede de apoio, era a de que “as raparigas com olhos castanhos não conseguem capas” de revistas de topo. Foi o que a fez sentir um fotógrafo de um editorial em que entrou quando tinha apenas 18 anos e não sonhava no que a sua vida se iria tornar. Só que no seu caso não foi o que aconteceu. Elle impôs-se como uma das melhores supermodelos à escala mundial e soube reinventar-se.

PROTAGONISTA

FAMÍLIA CAMPEÃ

Algumas histórias estão destinadas a brilhar de geração em geração, e Patrícia Silva é a prova de que o talento, aliado à paixão, cria campeões. A jovem atleta portuguesa conquistou recentemente a medalha de bronze nos 800 metros dos Campeonatos do Mundo de Atletismo em pista coberta, em Nanjing, China. Uma conquista histórica, que carrega um peso simbólico especial, já que Patrícia é filha do medalhado olímpico Rui Silva e da atleta Susana Cabral, e ainda neta de Carlos Cabral. O talento de Patrícia é um tributo à sua linhagem desportiva. O seu avô, Carlos Cabral, destacou-se em provas de meio-fundo e corta-mato. Das suas várias conquistas destaca-se a medalha de prata nos 800 metros nos Campeonatos Ibero-Americanos de 1983, realizados em Barcelona. Susana Cabral seguiu os passos do seu pai, dedicando-se ao atletismo, especializando-se em provas de velocidade prolongada e meio-fundo. Em 1991, sagrou-se campeã nacional júnior nos 800 metros. No mesmo ano conquistou os títulos nacionais nos 1.500 e 3.000 metros em pista coberta. Hoje dedica-se a treinar e apoiar as novas gerações no atletismo, sendo treinadora da filha. Rui Silva, além de ter conquistado o 3º lugar nos 1500 metros dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, sagrou-se campeão mundial nos 1500 metros dos Campeonatos Mundiais em Pista Coberta em 2001, alcançou três títulos de campeão europeu nos 1500 metros em campeonatos europeus em pista coberta, e bateu inúmeros recordes.

Antes do arranque das gravações do seu próximo trabalho, uma novela da SIC que marca o seu regresso aos papéis de protagonista dos quais estava afastada há alguns anos, Cláudia Vieira falou do que considera ser um enorme desafio na sua carreira de mais de duas décadas, celebradas recentemente. “Vou mudar o visual. Os testes de imagem são na próxima semana. Hoje ainda sou eu, mas a brincar um bocadinho com a minha imagem. É raríssimo apresentar-me de cabelo liso, não é a minha imagem. Cabelo comprido, sim, mas com as minhas ondas, numa versão mais solta e mais selvagem. Mas quando aqui chego e me entrego nas mãos desta caracterização, sou eu a fugir para outro registo. Façam o que quiserem, porque isto é moda. Estou entregue nas mãos dos profissionais certos para me transformarem ou não, mas para fugir um bocadinho do meu registo”, contou quando ficou pronta. “Estou disponível para fazerem o que quiserem, mesmo que tenham de cortar muito, mas já sei que querem o cabelo comprido, logo, não vai haver grandes mudanças.” A maior mudança acontecerá dentro dela. Para dar vida a uma mulher a quem roubam os filhos, que crescem longe dela e, mais tarde, não a aceitam, Cláudia sabe que vai ter longos e intensos meses de trabalho e emoções que vão mexer com o seu interior.

MAIS MAGRA, MAIS SAUDÁVEL

Vencedora de um Oscar, Kathy Bates está mais magra, após perder 45 quilos, o que torna a representação uma "experiência magnífica". "Consigo mexer-me, consigo respirar, consigo divertir-me, não fico dorida", afirma a atriz de 76 anos, revelando ter sentido dificuldades nas filmagens de "A Lei de Harry". Depois de, em outubro do ano passado, ter esclarecido que emagreceu à custa "de muito trabalho duro, especialmente durante a pandemia" e não apenas do Ozempic, o medicamento destinado a pacientes com diabetes e que muitos usam para perder peso. Kathy Bates reconhece que agora é "muito mais fácil" trabalhar. Nos últimos anos, a atriz e cineasta norte-americana perdeu 45 quilos, depois de ser diagnosticada com diabetes tipo 2 e mudar o estilo de vida. "Agora que consegui ficar realmente saudável", admitiu, em declarações à revista "People". A protagonista da série "Matlock" reconhece que, no passado, devido ao peso, sentiu dificuldades: "Quando estava tão pesada em 'A Lei de Harry', tinha que me sentar entre cada cena e era horrível. Tenho vergonha de ter passado por isso, para ser honesta". Mais elegante, Kathy Bates sente-se absolutamente renovada e com uma energia que nunca pensou ter fase da carreira, após conseguir dizer "basta" e parar de comer. Para ela, o diagnóstico de diabetes, em 2017, "foi um susto de verdade". A renovação reflete-se na representação, agora na nova versão de "Matlock", pois é capaz de "fazer tantas coisas que não conseguia antes". Em fevereiro, a vencedora de um Oscar recebeu o prémio de Melhor Atriz de Série Dramática no Critics' Choice Awards.

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Paula Rego A Arte que passa fronteiras

No universo da arte contemporânea, poucos nomes se falam com tanta intensidade e profundidade como o nome Paula Rego. Nascida em Lisboa em 26 de janeiro de 1935, Paula Rego foi uma artista plástica portuguesa que construiu um caminho que a levou a ser reconhecida mundialmente.

Filha de um engenheiro eletrotécnico que trabalhou para a empresa Marconi, cresceu numa família de classe média. Quando o seu pai foi transferido para o Reino Unido em 1936, Rego ficou em Portugal sob os cuidados da avó. Essa separação precoce e a influência da avó, que contava histórias tradicionais portuguesas, foram fundamentais na construção do

imaginário que mais tarde se revelou na sua obra; um trabalho marcado por histórias intensas e profundas influências do folclore português aliado à sua sensibilidade artística e olhar critico de uma sociedade.

Ainda jovem, foi educada na Saint Julian's School, uma instituição de ensino em Carcavelos. Em 1951, Paula Rego foi para o Reino Unido para frequentar um colégio interno, mas encontrou dificuldades de adaptação. No ano seguinte, tentou a Chelsea School of Art, mas foi desaconselhada pelo seu tutor britânico. Em vez disso, ingressou na prestigiada Slade School of Fine Art, onde estudou entre 1952 e 1956. Foi ali que conheceu seu futuro marido, Victor Willing, também artista, com quem partilhou a sua vida e a sua paixão pela arte.

Paula Rego gradualmente melhorou um estilo mais figurativo e narrativo, explorando temas da literatura infantil e do folclore português. O uso de pastéis tornou-se uma de suas marcas registradas, conferindo uma textura única às suas composições. Tornou-se numa voz fundamental na arte contemporânea abordando, muitas vezes, a condição da mulher, a repressão e a violência; nas suas obras presenciamos a sua teoria feminista.

Nos anos 80, Rego foi convidada para ser a primeira artista residente na National Gallery de Londres, uma honra que a consolidou como sendo uma das mais importantes artistas do Reino Unido. Suas exposições percorrem o mundo, e sua obra está imortalizada em importantes coleções,

como as da Tate Britain e do Museu de Arte Contemporânea de Lisboa. A carreira de Paula Rego é uma história de superação, talento e compromisso com a arte. As suas obras transcendem a estética para se tornarem manifestos visuais sobre questões sociais e políticas.

A artista continua a ser uma referência incontornável na arte contemporânea, inspirando novas gerações de criadores e críticos. Com seus núcleos vibrantes, traços expressivos e narrativas densas, Paula Rego é uma das artistas mais influentes do século XX e XXI. A vida e obra são um testemunho do poder da arte em provocar reflexões e desafiar convenções sociais, garantindo-lhe um lugar de destaque na história da arte mundial.

Credito:

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Empregar as mãos no uso de; mover com as mãos

2. Ocupar o espaço de; ser o conteúdo de; tornar(-se) cheio

3. Causar dano, prejuízo, apodrecimento em, ou ficar em mau estado, danificado, quebrado

4. Ir ou conduzir (alguém ou um animal) a algum lugar, para (se) entreter ou exercitar

5. Mergulhar ou banhar em qualquer líquido

6. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

7. Pôr para trás, fazer recuar; retrasar

8. Extrair ou raspar os pelos de

das 10 diferenças

palavras

9. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade

10. Tratar um cadáver com substâncias que o isentam de decomposição

11. Representar por meio de caracteres ou escrita

12. Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico

13. Expressar-se vocalmente por meio de (frases melódicas)

14. Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)

15. Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si

G K C H G L D S O Q J Y E U M

R S I J T S T F R J P A C Y P

E M U E K J Z S W D Y O L C A

E Ú S A P R O G R A M A A G L

S S E R P B V A U E G F N O C

P I R T I Y D B T B X M O W O

E C O S A C D J L H Y W I O M

T

C T A Q A F T W Y X G A N E S

U J C R U W S G T R M A R L I

L D V O S D X S Z I B H E E T

O P K O O L P Y K K J N T Ç O

S Q B R S V I D E O V I N Ã R

P O R T U G U E S E S R I O X

CANTORES

AR TISTAS

PO RTUGUESES

VO Z

AP LAUSOS

SELEÇÃO

MÚSI CA

CO MPOSITOR

SH OW

ESP ETÁCULO

ORQUESTRA

P ROGRAMA

PALCO VID

Bolo de bolacha

Ingredientes

• 2 pacotes de natas (35%)

• 1 lata de leite condensado

• 300 ml de café

• 2 pacotes de bolacha Maria

• 1 lata de ananás picado

Fazer uma chávena de café e deixar arrefecer. Num recipiente bater as natas até ficarem bem firmes. Adicionar leite con-

densado e mexer até obter um creme homogéneo.

Numa forma amovível, molhar as bolachas no café e dispor uma camada no fundo da forma. Colocar uma camada do creme por cima das bolachas e acrescentar um pouco de ananás picado, Repetir as camadas até terminar os ingredientes, finalizar com creme e ananás. Levar ao frigorifico durante 8 horas.

Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo
Caça
Modo de preparação

OLHAR COM OLHOS DE VER

Rosto do Oculto. Créditos: Paulo Perdiz
Biker's lover. Créditos: Fa Azevedo
Balcony. Créditos:Tim Wilson

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Neste período não só quer agradar aos outros como também não quer guerras. Procura atingir os seus objetivos de forma calma, harmoniosa, sem confusões nem brigas. O que os outros pensam a seu respeito preocupa-o nesta altura, pelo que sente necessidade de projetar uma boa imagem de si.

TOURO 21/04 A 20/05

Durante esta semana o seu sentido estético poderá atrair investimentos na área das artes, ou de objetos de luxo, do que resultarão associações ou uniões vantajosas para si, beneficiando esta área da sua vida. Sentirá mais apego e saberá dar mais valor aos objetos e pequenas coisas que fazem parte da sua vida.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Durante este trânsito estão beneficiados os contactos com os amigos, com os grupos e com a sociedade em geral. As relações com eles poderão tornar-se mais criativas, mais envolventes e menos sujeitas a regras ou imposições rigorosas; o diálogo estabelecido será mais intelectual, ativo, de partilha de ideias.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Por influência de Marte, o planeta da ação, a sua força interior e a sua personalidade estarão bastante elevadas. Embora não estando a pensar obter qualquer poder ou lugar de destaque, notará em si uma maior firmeza e um desejo de seguir as suas próprias ideias e impulsos, em vez de se deixar manobrar pelos outros. É essa determinação que lhe dará uma sensação de força e realização.

LEÃO 22/07 A 22/08

A troca de ideias e de experiências será a tendência que prevalecerá durante este trânsito. As conversações e relacionamentos estão favorecidos, sobretudo se orientados num interesse comum que pode ser a filosofia ou até ideias abstratas. Preste atenção a conversas casuais pois subitamente podem ganhar mais profundidade.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Com o fim de um período de uma certa rotina, que é alterada por fatores que provocam uma transformação, poderá sentir indecisão face aos novos valores. Tente não se deixar levar por um certo pessimismo. A compreensão lógica e racional das coisas não lhe basta, necessita sentir a vida com as suas emoções e a um nível mais profundo. Época de preocupações financeiras.

BALANÇA 23/09 A 22/10

É um momento propício a examinar e refletir sobre o seu relacionamento afetivo e para descobrir o que é necessário para o mesmo evoluir positivamente. Vai também prestar mais atenção aos efeitos e influências que tem sobre os outros. Dê e aceite conselhos e, sobretudo, esta não é altura para se isolar.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

A sua saúde e o seu bem-estar físico são neste momento uma preocupação para si. Corte com tudo o que lhe pode fazer mal, por exemplo tabaco ou maus hábitos alimentares. Vai sentir nesta altura necessidade de organizar e de tornar mais rentáveis as suas tarefas quotidianas e o seu trabalho.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Conflitos sobre bens materiais poderão surgir obrigando-o a reexaminar as suas atitudes e a fazer uma retrospeção da sua vida, alterando o seu comportamento pessoal e profissional se entender que isso lhe trará benefícios. Os acontecimentos ocorridos serão vividos intensa e profundamente; não se deixe levar pelas emoções.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Este é um momento no qual terá maior capacidade de trabalhar com os seus colegas de forma harmoniosa e daí obter bons resultados. Uma relação afetiva com uma pessoa do seu meio de trabalho poderá surgir. Contudo, se essa relação tiver como base de apoio um qualquer interesse material, poderá ter os dias contados.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Nesta semana, vai ter vários assuntos da sua vida a precisarem de resposta, pelo que o melhor será não se dispersar, para não correr o risco de tomar decisões precipitadas. Deve avaliar cada questão com calma e prudência, evitando as decisões definitivas. Aproveite para telefonar ou escrever para aqueles parentes que estão mais longe.

PEIXES 20/02 A 20/03

Está num período de grande atividade física que é favorável ao início de novos projetos. Sente confiança em si mesmo. Deve ter cuidado pois poderá ter tendência para avançar sem reparar nos obstáculos. Deve respeitar os direitos dos outros e evitar ser autoritário. Para gastar o excesso de energia pratique um desporto. Este momento é bom para o amor.

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