E&M_Edição 42_Outubro 2021 • O Futuro Mora Aqui

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MERCADO E FINANÇAS “TEMOS MUITO ESPAÇO PARA CRESCER EM MOÇAMBIQUE” Gonçalo Reis, CEO do Grupo IPG, empresa portuguesa de engenharia, ambiente e serviços, desmancha os nós sobre a já anunciada intenção da empresa em reforçar e desenvolver novas oportunidades de negócio em Moçambique, país para o qual prevê um fututo promissor Texto Pedro Cativelos • Fotografia D.R Quais são os pontos fortes da empresa, numa altura em que cresce o número de provedores com uma vocação similar? Eu diria que temos três pontos muito fortes na nossa actividade em Moçambique que são de facility management, ou seja, a gestão de redes de balcões, de manutenção de edifícios e de infra-estruturas. Na empresa PLM, por exemplo, trabalhamos com vários bancos a operarem em Moçambique, cobrindo uma extensão geográfica muito significativa e com níveis de serviço exigentes porque os clientes estão cada vez mais atentos à fiabilidade de serviços. Outra área que é bastante forte é a dos transportes e logística. Trabalhamos muito com ONG’s, que são instituições de referência que necessitam, no fundo, de transportar bens para várias zonas do País e nós aí beneficiamos não só da capacidade instalada como também da nossa presença a nível nacional, com delegações por todo o território. Por fim, o imobiliário, sobretudo na área de consultoria e avaliações, através da PI-Advisers estabelecida nesta área há bastante tempo, tem conhecimento concreto sobre o mercado.

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grupo ipg está no mercado moçambicano há 23 anos, tendo atravessado vários ciclos da vida nos vários segmentos em que está presente, áreas críticas para o desenvolvimento e com impacto na economia, como projectos de engenharia, facility management (gestão de instalações), imobiliário, logística e serviços de gestão. Numa altura de transformação económica no País, Gonçalo Reis, CEO do Grupo IPG, explica à E&M como as várias empresas do grupo se querem apresentar ao mercado.

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Nota-se que há uma vontade em dinamizar estas áreas, e identificá-las com o grupo. É assim? Esse é o ponto, e faz muito sentido num País como Moçambique, em que os clientes pretendem ter cada vez mais serviços integrados e estão receptivos em ter service providers em diversas áreas. Isso é algo que nós temos sentido e, portanto, há um potencial de cross-seling. Foi isso que eu verifiquei numa visita recente a Moçambique, em que visitei uma série de clientes. Faz sentido apresentarmo-nos como Grupo IPG que presta serviços integrados nas áreas de engenharia, gestão de projectos, imobiliário e logística. Mas isso implica uma reestruturação da vossa parte? Mais do que reestruturação, é uma postura face ao mercado. É uma postura de querermos crescer com os clientes, de irmos atrás das suas necessidades, de garantirmos bons níveis de serviço. Temos uma equipa sólida, que conhece bem o mercado. Conhecemos os principais projectos dos nossos clientes e temos uma rede sólida em termos de representação geográfica. Por outro lado, estamos a falar de um conjunto de competências técnicas significativas. No conjunto temos 220 trabalhadores. Olhando para o potencial do imobiliário moçambicano, é ainda incipiente, embora com perspectivas de www.economiaemercado.co.mz | Outubro 2021


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