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Não é um acidente que também a propaganda se apresente como uma promessa de potência, um auto-elogio, uma espécie de patuá, com o qual vai se afastando e empurrando para diante a obscuridade inexorável. Entende-se, assim, que a notícia e a propaganda, que se apresentam no jornal, convergem e obedecem a um mesmo pirncípio: elas falam não à razão no homem, mas ao ser que, tornado unilateral pela razão, desprovido de qualquer capacidade ritualística, busca alucinadamente expiar a morte. Deste modo, através das manchetes, em que a morte aparece como imagem crua, é um ser atomizado e aterrorizado que grita: estou vivo! Estou vivo!
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Qual a receita para não ficar fora de moda? A moda me ensinou a olhar o futuro, a ser lúcida e interessada. Pode parecer bobagem, artificial, mas essa mecânica de não olhar para trás serve para entender melhor o que está por vir. Quando se trata de moda, pareço adolescente: passo horas navegando por blogs, apesar de meus netos reclamarem muito. (Costanza Pascolato, em entrevista a Sonia Racy: 'A moda me ensinou a olhar o futuro'.) http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/20/cad-1.93.2.20080120.23.1.xml
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O termo é usado aqui na acepção de acontecimento funesto.
A racionalização é pensada aqui em termos weberianos estritos, ou seja, como processo de desencantamento do mundo. 13 É assim, ou seja, como indiferença e desprezo para com toda tradição, como o novo que a mercadoria se recoloca permanentemente, para renovar seu fascínio. 14
João vai à guerra O psicanalista Renato Mezan vê falha nos superegos dos assassinos do menino de 6 anos e alerta para o risco de esgarçamento do tecido social http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1802200706.htm Razão e sensibilidade O filósofo e estudioso do iluminismo Renato Janine Ribeiro repensa a pena de morte à luz da morte de João Hélio http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1802200707.htm Os atos fundadores A pesquisadora Vania Ceccato analisa o combate à violência no Brasil e no Primeiro Mundo http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1802200709.htm 15
No sentido de que ela é recorrentemente produzida para exposição, para ser vista. 16 A Freud a condição precária do homem enquanto tal não passou despercebida:
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