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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE - CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS

Publicação dos alunos do segundo semestre de Jornalismo - Ed 164 - Ano XII - Abril 2016

na feira do Pacaembu


Empórios sobrevivem em Higienópolis Um bom lugar para encontrar boa comida em um bairro tranquilo Reportagem e fotos: Tainá da Silva

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bairro de Higienópolis, conhecido como um dos mais tradicionais de São Paulo, apresenta entre as suas numerosas ruas, bares, restaurantes e alguns empórios que conseguem agradar a diversidade encontrada no bairro. Considerado um dos bairros com o maior número de judeus na cidade. Um desses muitos comércios que existem é a casa Zilanna, cujos donos são portugueses que deixaram de ser feirantes para atender os pedidos de seus clientes, em sua maioria judeus que queriam um ambiente onde pudessem encontrar tradicionais produtos Kasher perto de sua casa. O supervisor da loja, Djair Gonçalves, 40, trabalha na loja há 20 anos e conta que a loja está no bairro há 45 anos, disse que a maioria dos clientes são de origem judaica assim como a maioria das comidas e bebidas que são vendidas. A casa oferece massas frescas, vinhos e peixes além de contar com produtos importados de Israel e produtos de origem nacional. Por ser um empório de bairro e também por ser um negócio de fa-

mília, os clientes têm uma relação próxima com os donos que estão todos os dias atendendo a todos com muita simpatia e descontração além de oferecer dicas do que comprar. A casa se localiza na rua Itambé, 506, oferecendo um ambiente acolhedor que lembra um cantinho de casa e conta com um atendimento especial para todos aqueles que lá forem. Os empórios do bairro sobrevivem ao longo dos anos e com a concorrência da nova onda de aplicativos que com apenas um toque pode-se comprar refeições completas de variadas culturas de forma rápida e prática. Ainda podem ser encontrados

Centro de Comunicação e Letras

Diretor: Alexandre Huady Guimarães Coordenadora: Denise Paieiro

SERVIÇO Casa Zilanna Endereço: R. Itambé, 506 Higienópolis - São Paulo http://zilanna.com.br/

Djair Gonçalves dirige um empório

Supervisor de Publicações José Alves Trigo

Universidade Presbiteriana Mackenzie

outros mercadinhos como esse espalhados pelo bairro e para gostos e bolsos variados. Estes são típicos em muitos bairros mas principalmente em Higienópolis eles são encontrados em cada nova rua e esquina. A tradição de ser um comércio familiar possibilita que estes locais resistam ao tempo e a concorrência desleal que os aplicativos oferecem.

Equipe: Aline de Souza Soares, Camila Pessoa Mota, Deisi Silva Gois, Eduardo Ramos de Souza, Giovana Misson Mori Barbosa, Lais de Quadros Coquemala, Leonardo Mantovani Annunciato, Lucas de Arouca Berti, Luiza Romagnollo Lorenzetti, Maria Devyslene Patrício de Melo, Marina Scherer Ferreira, Micheli Cristini Cardoso Moreira, Pedro Carvalho

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Romanos, Rafaela Resende, Tarik Gonçalves El Zein, Thayná de Souza Lopes e Tainá da Silva Jornal-Laboratório dos alunos do segundo semestre do curso de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Impressão: Gráfica Mackenzie Tiragem: 200 exemplares.


Projeto social dá lugar a casos de violência “Casa Amarela” tem histórico de perturbação após fim de iniciativa Giovana Misson Lucas Berti

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o coração da Rua da Consolação, é possível notar uma verdadeira memória viva em meio aos prédios e construções. Conhecido como “Casa Amarela”, o casarão histórico, que faz esquina com a rua Visconde de Ouro Preto, é um dos cartões postais da paisagem urbana da cidade e tema de grande polêmica entre os moradores da região. De posse do INSS há cerca de uma década, o espaço ocioso deu lugar a um movimento de ocupação de cunho artístico e cultural que se iniciou em 2014. Com o pedido de reintegração de posse por parte dos antigos proprietários, a prefeitura prometeu utilizar o local. Após insucesso por parte das medidas públicas, o espaço abrigou, além do próprio projeto artístico, diversos moradores. Colaboradora do antigo projeto de ocupação, Renata Carolina, 22, conta que ao final do ano de 2015, com a falta de incentivo para as iniciativas culturais, a antiga Mansão Margarida – como era chamada nos primeiros séculos de

Local chama a atenção por cores e pichações na fachada

vida – passou a não ser exclusiva aos membros do projeto e deu lugar a menores infratores. O caso inquietou os moradores da região por conta dos casos recorrentes de assaltos. Ex-morador de um dos endereços próximos à casa, o estudante de publicidade Hassen Zoghbi, 20, ressaltou a sensação de insegurança. As denúncias feitas não evitaram a violência: o jovem sofreu duas tentativas de roubos na região em menos de dois meses. “Antes de acontecer comigo já ti-

Carla instrui alunos em uma sede da EMEI

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nha ouvido muitos relatos de várias pessoas. Muito reclamaram e, pelo visto, nada foi feito. A sensação de insegurança era diária, já que eu precisava passar em frente ao local durante a noite (por conta da aula)”, disse. Apesar de terem sido registradas denúncias diárias às autoridades, nada pode ser feito por conta de ser responsabilidade da Prefeitura. Diante do fato, mais de 60 endereços da região entraram com um abaixo assinado pedindo uma solução para o caso. Devido à proximidade, a Universidade Presbiteriana Mackenzie também está envolvido na reivindicação. O projeto de arte, no entanto, continua sendo feito em unidades da EMEI da região, como conta Carla Pena, 24, integrante do Quilombo Afroguarany Casa Amarela. A jovem relata que a agenda segue em execução, dentro da Lei, visando o ensino sobre História e a Cultura Afro-Braiseleira no ensino fundamentasl e médio. A expectativa é de que o espaço seja reutilizado pela Prefeitura, porém não há um data prevista.


Pastel ganha fama na praça Charles Miller Seu João supera os consagrados melhores pasteis de São Paulo Camila Pessôa Marina Scherer

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entre as típicas comidas brasileiras, o pastel talvez seja a receita mais versátil delas. A massa crocante pode comportar tanto os recheios tradicionais, carne ou queijo, como os mais inovadores, de estrogonofe ou shimeji e shiitake, como há no “Pastel da Maria”, na praça Charles Miller. Às terças, quintas, sextas-feiras e aos sábados, as barracas consagradas com o melhor pastel da cidade de São Paulo se posicionam à frente do estádio do Pacaembu e oferecem mais de 45 sabores diferentes aos clientes. As filas começam a serem formadas por volta de 08h30 da manhã. Porém, não são apenas os mais famosos que mantêm a freguesia por lá. Ao lado da “Barraca do Zé” premiada oito vezes pela “Veja São Paulo: Comes e Bebes” e do “Pastel da Maria”, com cinco títulos, fica a barraca do Seu João. Há 37 anos, João Kobashikawa (51), faz o seu pastel todas as terças-feiras no mesmo local. Começou a trabalhar com seus pais, na adolescência e optou por seguir o negócio. Hoje, embora não tenha concorrido oficialmente em nenhuma premiação, é o grande ganhador na opinião de outros feirantes e consumidores do local. Raimundo Figueira Júnior (47), diz “prova o pastel dele e depois prova de alguma outra barraca… Não posso garantir que para o seu paladar será o melhor, mas pra mim é. Já comi de todos os outros e não vi muita graça.”

Barraca do Seu João e ajudante (acima) e abaixo pastel de carne

Arthur Luiz Masteguim (50), outro freguês, confirma “Na barraca do João tem qualidade, mercadoria boa e recheio de primeira qualidade. Troca o óleo todos os dias e não usa pastel velho… É o melhor”. O Instituto Brasileiro de Geo­ grafia e Estatística (IBGE) divulgou o aumento no preço dos alimentos no início de 2016, e Seu João afirma que foi necessário aumentar o valor do produto em 42% para manter a qualidade, mas que, inevitavelmente, o movimento caiu em 20% desde novembro de 2015. A respeito de ser considerado o melhor pasteleiro da região, apenas brinca dizendo que a freguesia é “puxa-saco”. Já foi

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convidado a participar de concursos, porém não aprova o modo como são realizados. O ícone das feiras, junto a um copo de caldo de cana, está presente em todas as regiões da cidade nos outros dias da semana.

SERVIÇO O pastel do Seu João pode ser encontrado durante a semana nos seguintes dias e bairros: Terça-feira: Praça Charles Miller Quarta-feira: Morumbi Quinta-feira: Vila Leopoldina Sexta-feira: Tucuna Sábado: Liberdade Domingo: Morro Doce


Cresce o comércio em trens e ônibus Apesar das dificuldades, ambulantes insistem em ingressar neste comércio de diversos riscos.

Luiza Lorenzetti Pedro Romanos

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cidade de São Paulo apresenta um número cada vez maior de vendedores ambulantes nos transportes públicos. Os principais vendedores são cidadãos desempregados, que encontraram neste meio um modo de ascender socialmente. A maior dificuldade encontrada pelos trabalhadores deste comércio é o fato de que é uma pratica considerada ilegal, a qualquer momento eles podem ter seus produtos confiscados, gerando prejuízo. Alessandro Fabio Montes, 27, vende diversas mercadorias nas estações de trem da CPTM, especificamente na linha Esmeralda, que ele diz ser a mais rentável. “Trabalho de segunda a sexta, das 8h da manha às 18h, chego a tirar uns 400, 500 reais por dia”, afirma. Apesar de ser um valor alto para um vendedor ambulante, uma parte vai para um “sócio”, que é encarregado de buscar as mercadorias. “Eu busco o que está

Alessandro trabalha na linha Esmeralda, da CPTM

em alta no mercado. Meu parceiro me atualiza sobre o que o povo está comprando e eu já encomendo a mercadoria”, diz Alessandro. As mercadorias em alta atualmente são equipamentos eletrônicos, como fones de ouvido e pen drives e, tratando-se de alimentos, os mais procurados são balas Fini e

Alessandro, ao fundo, no trem da CPTM

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chocolates Kit Kat. Justino Mendes de Almeida, 32, atualmente trabalha como vendedor ambulante nos ônibus da zona sul. Largou a escola um pouco antes de entrar no Ensino médio para ajudar a família a aumentar a renda. Ajudava o pai como servente de pedreiro, mas devido a um problema na coluna foi obrigado a parar aos 25 anos. Desde então ele trabalha nos transportes públicos da cidade. “O dinheiro não é muito, mas dá pra cuidar da minha família, ninguém passa fome”. Ele é pai de três filhos e a mulher e dona de casa. Portanto, ele é a principal fonte de renda da casa. “Não quero ficar aqui pra sempre, queria um trabalho como porteiro em prédio, mas por enquanto vou ficar por aqui”, afirma Justino. Apesar de ser considerado um trabalho de grande risco, é visto como o mais rentável e único meio para muitos dos comerciantes dos trens e ônibus.


Comércio informal cresce com crise

Trabalhadores buscam alternativas para amenizar as consequências Deisi Gois Rafaela Frigério

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os últimos meses, com a economia em recessão e perspectivas pessimistas para o mercado, o comércio informal tem se tornado uma alternativa viável para cidadãos recentemente desempregados ou para aqueles em busca de um complemento de renda. Ricardo Frederico, 55, vendedor de doces nas proximidades da Universidade Presbiteriana Mackenzie, estima um aumento de 15% a 20% nos ingredientes de seus produtos. Segundo Ricardo, promoções e simpatia são seus intrumentos para fidelizar a clientela. Há dois anos vivendo em São Paulo, ele afirma que não teme a concorrência pois existem clientes para todos os tipos de produto. Anderson Spagnolli, 32, vendedor de cachorros-quente que atua na mesma região há 14 anos, calcula um reajuste de pelo menos 5% por semestre, garantin-

Ricardo aposta em sabores da moda para aumentar as vendas

do assim que seus clientes não se sintam financeiramente afetados pelo aumento dos preços dos alimentos. Ainda assim, seu produto mais caro custa menos de dez reais. Para os consumidores, o mercado informal também se mostra atrativo por oferecer preços mais

Anderson tenta há dez anos instalar um quiosque no Mackenzie

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baixos que os estabelecimentos licenciados – especialmente aqueles dentro do campus da universidade. Amanda Ferraz Silveira Melo, 28, trabalha em Higienópolis e relata que se mudou da cidade de São Paulo para diminuir gastos por conta da crise. Segundo a analista de sistemas, a opção representa uma alternativa rápida e barata para os pedestres que passam pelo bairro. Bruno Paganini, 19, estudante de comunicação na universidade, relata que não se sente inseguro ao consumir alimentos vendidos na rua uma vez que os vendedores são conhecidos na região. Apesar de alguns entraves impostos pelos comerciantes formais em Higienópolis, os trabalhadores informais persistem e utilizam a criatividade afim de gerar uma fonte de renda e manter seus negócios lucrativos em meio às redes franqueadas alimentícias. Ao apostar em produções caseiras, o mercado informal de alimentos se diferencia pela praticidade, proximidade e transparência que oferece dos seus produtos aos clientes.


Poucos metros separam realidades distintas ‘‘Dói o descaso das pessoas que não nos dão nem um bom dia’’ Tárik El Zein Reportagem e Fotos

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oucos metros separam a realidade da Universidade Presbiteriana Mackenzie que conta com estabelecimentos como o café Starbucks e uma unidade da Esmalteria Nacional, dentro do campus, do contraste com uma realidade completamente oposta a dos moradores de rua. Matheus Miranda. 19, estudante de admnistração na própria universidade, relata que todos os dias ele se depara com moradores em situação de rua nos arredores da universidade. Ele afirma que procura ajudar os desabrigados sempre que pode. “É muito raro ver alguém ajudando. Sempre que posso procuro ajudar, principalmente as crianças mais novas que sempre estão em estado deprimente.’’, disse. Os alunos veteranos que frequentam diariamente a universidade, convivem com uma realidade que ali está instaurada por muito tempo. O fato de anos se passarem e o Estado não promover melhora al-

Morador em situação de rua

guma para a realidade desses moradores, não afasta e muito menos impede de que em um ato de solidariedade os próprios moradores e estudantes do entorno da universidade realizem o que era de obrigação do Estado. Marcela Sampaio, 19, estudante de direito, em conjunto com mais três amigas, idealizou o projeto que ajuda muitos moradores que se encontram em situação de rua nos arredores do Mackenzie. Ela conta que a ideia surgiu após diariamente percorrer o trajeto do seu apartamento para a faculdade com suas amigas. Um caminho que segundo a estudante não leva cinco minutos e é feito sempre com coração apertado. “Apertado porque cruzamos com no mínimo quatro pessoas em situação de rua todas as manhãs. Logo cedo, às 7h30 deitados sob as marquises, acuados, espremidos, pés descalços e muitas vezes machucados’’, reclama. Em meio a essa realidade e com o apoio de amigos, alunos e moradores na região da faculdade, as amigas deram início ao projeto. ‘‘ Comprávamos no supermercado fraldas para a filha que acabará de nascer, leite para a neném que a mãe carregava com muita dificuldade no colo, comida para o homem que um pouco envergonhado dizia para baixo que estava com dor de barriga pois fazia muito tempo que não comia e por ai vai...’’, disse , emocionada, a estudante. Marcela ainda afirma que foi com o intuito de poder ajudar todos os dias e não só ocasionalmente que decidiram fazer sanduíches e os entregar pela manhã para cada um. Todos os sanduíches preparados vinham com um bilhete colado sobre eles, com os dizeres: ‘’ Tenha um bom dia’’. Em situação de rua desde 2014,

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José Aparecido, 42, conta que convive diariamente com ao menos mais cinco moradores que se encontram na mesma situação de José. Segundo ele, cada um com suas diferentes histórias de vida. ‘’ Tem quem perdeu emprego, ou quem brigou com sua mulher e nunca mais voltou para casa. Tem catador de lata que não consegue voltar para casa com a carroça. Ou por causa das drogas, do álcool, pessoas não são mais aceitas dentro de casa’’. Além da falta de suporte e oportunidades que deveriam ser promovidas pelo governo, José procura deixar claro que sempre tem outra coisa além da questão financeira. Não adianta dar trabalho ou dinheiro, falta outra coisa e cada um tem uma falta diferente. ‘’Dói o descaso das pessoas que não querem nos dar um bom dia ou parar um minuto para ouvir o que temos para dizer. Dói a falta financeira e de comida sim, mas de amor, carinho e compaixão também’’, desabafa.

José, 42, perto da universidade


ONG realiza feiras de doação na Zona Sul Leonardo Mantovani

Instituição formada por protetores, ajuda animais abandonados em SP

Eduardo Ramos Leonardo Mantovani

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Katia Caldano com o seu animal de estimação que foi adotado.

a APAA. Quando questionada se já adotou algum animal que ela resgatou, afirmou que sim, o seu cachorro. Mas, foi um dos raros casos em que ela ficou com o animal, pois apartamentos, segundo Katia ‘‘Não são locais propícios a ter muitos animais’’. Além disso, Katia também ajuda outra instituição ‘‘Ajudo um petshop de uma amiga minha, que serve de abrigo para alguns animais. É um projeto muito interessante, e fico muito feliz em poder ajudar de alguma forma’’. Em ambas as instituições que contribui, a empresária ajuda com algumas despesas. Nas feiras de doação que são realizadas, existem diversos animais disponíveis para as pessoas interessadas. Vitor Zamberetti, 19, estudante, adotou um cachorro na feira realizada no Petz e elogiou a atitude das pessoas que colaboram com os animais abandonados. ‘‘Estava há um tempo tentando convencer os meus pais, para que eu pudesse adotar um animal e ajudar de alguma maneira. Quando consegui convence-los, vim imediatamente para cá. Estou feliz em ter um novo companheiro. ’’, disse Vitor.

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Leonardo Mantovani

Associação Paulista de Auxílio aos Animais (APAA) foi fundada por um grupo de protetores de animais, preocupados com o crescente numero de cães e gatos abandonados pela cidade de SP. A ONG não possui uma sede específica. São diversas pessoas contribuindo com o projeto. Com isso, trabalham com lares temporários e fazem feiras de doação todos os sábados, domingos e feriados em um espaço coberto no estacionamento da loja Petz (antigo Pet Center Marginal) na Avenida Washington Luis. A proposta da APAA é contribuir com a diminuição dos animais abandonados pelas ruas e suas consequências. Segundo Miriam Abduch Cabral, 50, presidente da ONG, a instituição não possui fins lucrativos e os animais recolhidos pelos colaboradores permanecem em suas residências, pois a APAA não tem abrigo, até que estejam curados de eventuais doenças. Depois são vermifugados, castrados, vacinados e microchipados, para ficarem à disposição dos eventos de doação. ‘‘Para adotar um animal é necessário passar por entrevista, apresentar RG, CPF e comprovante de residência atualizado e contribuir com R$ 70’’, informa, Miriam, sobre os requisitos de doação que uma pessoa interessada deve cumprir. As pessoas podem ajudar a instituição de várias maneiras, tais como: doação de alimentos, remédios, vacinas, divulgação dos eventos da mesma, entre outros. Katia Caldano, 45, empresária, colabora com o resgate de animais abandonados, inclusive com

Animal na feira de adoção.

Segundo a presidente da APAA, a quantidade de animais resgatados pelos protetores, mensalmente, é variável. Mas, há uma média de 150 animais que são preparados para doação nas feiras realizadas. A maior dificuldade da instituição é obter recursos e assim manter o padrão das rações, medicamentos e vacinas. ‘‘Já o maior desafio é conseguir bons lares, adotantes responsáveis que assumam integralmente as necessidades dos animais’’, finaliza Miriam Abduch Cabral.


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