UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE - CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS
Publicação feita pelos alunos do segundo semestre de Jornalismo - Ed 159- Ano XII - Jun 2015
A liberdade entre o céu e a terra
Arthur Bijos é um apaixonado pelo voo livre em parapente e convida a todos para conhecer um pouco de seu esporte, página 19
Exposição faz a própria arte contar a história do Brasil
Maior acervo particular de arte da América Latina traz artistas famosos como Debret e Chamberlain Texto: Luciano Lourenço Neto Foto: Luciano Lourenço Neto
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uando se pensa em história do Brasil, logo vem a imagem de um professor de ensino médio contando a chegada dos portugueses e o Brasil império. Porém raramente obras de arte são tratadas como, também, uma forma de se ensinar história. Pensando nisso, Brasiliana Itaú proporciona uma nova experiência.w Angélica Pompílio de Oliveira, 48 anos, analista de acervo do Itaú Cultural diz que a amostra abarca um diversificado acervo de arte capaz de contar a história do Brasil por outra ótica. ”O Espaço Olavo Setúbal apresenta, peças iconográficas, imagens avulsas ou inseridas em álbuns, livros, documentos e mapas que retratam e revelam o Brasil e sua cultura através do olhar dos artistas viajantes. ”, explica ela. A amostra é dividida em nove módulos desde “De O Brasil Desconhecido” cujo tema principal são os primeiros cem anos do país, quando desenhos e gravuras eram feitos na Europa a partir dos relatos dos viajantes, até” O Brasil dos Brasileiros”, dedicado à República. Além disso, no hall de entrada há um painel com mais de 300 obras de gravuras da fauna e flora Brasileira. Edy Santo Macedo, professora de arte, salienta que a “Importância de estudarmos a arte brasileira está em conhecer a história de uma civilização em todos os seus aspectos e suas formas de expressão.” Ainda segundo ela, é possível entender história sob a ótica das artes, porém
Gravuras da fauna e flora brasileira no hall de entrada é preciso avaliar todo o contexto sócio-político-econômico e cultural demais, pois eles interferem entre si e criam um contexto que torna aquele período histórico diferente dos demais. Com mais de doze mil itens, logo de súbito percebe-se o quanto a repressão de Portugal para com sua colônia afetou a produção artística no brasil. Na maioria das vezes, as obras eram feitas por artistas estrangeiros, visto que era proibido colono fazê-las. Em “O Brasil Desconhecido”, é interessante ressaltar a imaginação dos artistas estrangeiros. Nessa sessão, o canibalismo é o foco principal, protagonista de grande parte das gravuras que descrevem o pais. Os povos indígenas também são retratados vestidos à moda europeia ou em modelos atléticos, imaginados pelos europeus, que nunca haviam os visto. Além disso, o módulo “Brasil Holandês”, cujo foco são os oito anos passados por Maurício de Nassau, mostra a história do Brasil com uma outra ótica. Nele, são exaltados os feitos promovidos por Nassau. Dentre as principais obras, destacam-se o Editores: Paulo Ranieri (texto) e André N. D. Ferreira (diagramação)
Universidade Presbiteriana Mackenzie Centro de Comunicação e Letras Diretor: Alexandre Huady Guimarães Coordenadora: Denise Paieiro Coordenação de publicações: José Alves Trigo
Equipe: Alessandra Gradim; André Fonseca; André Riveira; Andressa de Ungaro; Camila Milani; Felipe Taboada; Frederico Nunes; Jose Roberto Cle; Júlia Gargi; Júnior Salgueiro; Karla Alencar; Luciano Lourenço Neto; Marcela Pires; Marcela Sanches; Marcos Guilherme Veloso;
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quadro a óleo de Frans Post “Povoado numa Planície Arborizada” e o livro de Barlaeus Rerum “Historia Naturalis Brasiliae” que mostra registros da fauna e flora brasileira. A patir disso, o centro das atenções vai para a organização social e politica do Brasil, visto que após derrotar os holandeses, Portugal fechou o país aos visitantes por mais de 150 anos. Essa política se intensificou após a descoberta do ouro em Minas Gerais. É nesse contexto que surgem artistas brasileiros, como o Aleijadinho e a sua escultura barroca “Nossa Senhora das Dores”. Os módulo cinco, seis, sete oito trazem artistas renomados como Debret, Chamberlain e Rugendas. Nessa sessão percebe-se que a preocupação é retratar o cotidiano e as belezas da então Capital, Rio de Janeiro. Além disso o modo como Debret retrata os escravos em “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, romantizado e atenuado, é reflexo de uma visão eurocêntrica acerca do comércio de escravos nas ex-colônias. Nixon Resende, 19, é estudante de direito e fez visita à exposição. Ele comenta que no Brasil não há o costume de ir-se a exposições e que elas têm um papel fundamental para compreendermos a nossa história. “Brasiliana Itaú nos faz entender a nossa própria evolução sociocultural sem ficarmos presos a livros e às salas de aula. Acho que aprendi muito mais aqui do que em todo o ensino médio. ”, finaliza ele. A amostra permanente localiza-se no Itaú Cultural, localizado na Avenida Paulista, 149. Pode-se visitá-la de Terça a Sexta-Feira das 9h às 20h, Sábado, Domingo e feriados das 11h ás 20h. Matheus Pinheiro; Mariana Salinas; Pedro Cunacia da Rocha; Sandra Crespim Jornal-Laboratório dos alunos do segundo semestre do curso de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Impressão: Gráfica Mackenzie Tiragem: 200 exemplares.
Lugar Incomum Em um dos mais conhecidos cartões postais de São Paulo, vendedores autônomos expõe e vendem sua arte Texto: Alessandra Gradim Foto: Alessandra Gradim
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paulistano está super acostumado a andar na Avenida Paulista e se deparar com milhares de pessoas caminhando, veículos no trânsito, shoppings, lojas e etc. Porém, na mais movimentada avenida da cidade é possível também encontrar um ponto de paz. É na frente do MASP (Museu de Arte de São Paulo), local onde ocorrem diversas exposições, mostras, apresentaçoes e até mesmo manifestacoes que varios artesãos autonomos criam, expoe e vendem suas obras de arte. Mas essas obras não são quadros e esculturas como se está acostumado a ver no museu, e sim, diferentes tipos de artesanatos como crochet, tricot, trabalho em madeira e bijuterias feiras com materias naturais como pedras, aço, penas de aves, conchas do mar. E ao transitar pelo vão do MASP, é possivel perceber que a galeria de acessórios e bugigangas efetivamente faz muito sucesso entre aqueles que por ali passam. A comunidade hippie conta com mais de 20 artesãos, que estão presentes rigorosamente todos os dias no local, desde o nascer do sol até a hora em que ele se põe. O jovem paulistano Davi Nathan de 22 anos, conta que trabalha como artesão desde os 15 anos, pois ajudava sua mãe a vender seus produtos, e assim acabou aprendendo as tecnicas de manusear o material e passou a criar suas próprias bijuterias. Ele ainda relata, que vende mais de 100 peças por dia e é dessa forma que ele e sua família pagam as contas todo mês. A colombiana María Hernandez de 57 anos, trabalha como artesã no MASP desde que veio para o Brasil, há 16 anos. Ela conta que chegou no país sem saber falar uma palavra sequer em português, e a única coisa que ela trouxe da Colômbia foi o conhecimento que ela tinha de técinas de tricot e crochet. E assim, refez sua vida passo a passo vendendo seus gorrinhos e cachecóis. Conseguiu juntar dinheiro e hoje mora em sua casa própria, com-
Artesaos trabalhando na Avenida Paulista prada com o dinheiro fruto de anos de trabalho. Além disso, a senhora considera seu ofício uma espécie de terapia, pois requer muita concentração. Esse seleto grupo de trabalhadores autônomos possui uma clientela pra lá de fiél. A psicóloga Juliana Soares de 48 anos, trabalha na área de Recursos Humanos em um prédio da região, e diz que praticamente todos os dias em seu horário de almoço passa pelo local para olhar as novidades. Ela conta que admira muito esses trabalhadores, pois todos possuem uma história de vida dificil e encontraram no trabalho artesanal uma forma de viver, se sustentar e assim ser feliz. A psicóloga se revolta ao contar que já presenciou muitas vezes atos opressores da polícia contra esses trabalhadores, e julga a atitude violenta e desnecessária uma vez que não apresentam nenhum tipo de transtorno no ambiente. Ao ser procurada pelo jornal, a Guarda Civil Metropolitana, entidade responsável pela segurança e controle do MASP, não quis se manifestar. É importante ressaltar que por trás do dia a dia desses trabalhadores, existe uma questão cultural extremamente importante. Cada produto fabricado possui um toque da personalidade de cada um, com influências
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dos seus locais de origem e passagens da vida, e é essa miscigenação de culturas e artes que torna o vão do MASP tão curioso e agradável de se visitar, e que contribui para a manutenção da identidade cultural da cidade de São Paulo.
Museu de Arte de São Paulo.
Youtubers chegam a ganhar 300 mil dólares por mês Site social blade mostra quanto um vlogger ganha por mês e anualmente Texto: André Fonseca Fotos: André Fonseca
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s video loggers ganham aproximadamente entre dez dólares a 300 mil dólares por mês com vídeos no youtube segundo o site norte americano social blade. Juliana Piazzarollo Tomé, a Juh do Vlog Curiosa juh no youtube, depois de questionada por seus seguidores, fez um vídeo no qual explica o quanto ganha e o como ganha usando o site americano. De acordo com ela existe nele o ranking do canal com todos os dados do seu youtuber favorito, além de dar as quantias equivalentes ao salário mensal e anual de um vlogger. Outra que se pronunciou foi Kéfera que possui o vlog cinco minutos. “Tem um esquema de network que é como a gente recebe o pagamento que é pelas propagandas e pelos cliques” disse ela em entrevista ao programa de Roberto justus. Kéfera tem mais de 300 milhões de acessos ao canal e mais de quatro milhões de inscritos. Além do network a outros dois meios de se ganhar dinheiro no youtube que é o cpm e o google adsense. No caso da network é simples porque é uma empresa ligada ao youtube que contrata os blogueiros para trabalhar para ela, pagando um salário, além de receber do youtube. “Atualmente as networks, acho que todas, fazem contrato através de porcentagem, então basicamente elas vão trabalhar em prol do seu canal” disse Fernanda Cezimbra em um vídeo de seu canal. Já o adsense é um serviço de publicidade oferecido pelo google. Os donos de websites e os vloggers podem inscrever-se no programa para exibir anúncios em texto, imagem e, mais recentemente, vídeo. A exibição dos anúncios é administrada pelo Google e gera lucro baseado ou na quantidade de cliques ou de visualizações. “O com é a quantidade de dinheiro que você ganha a cada mil visualizações” comentou Fernanda Cezimbra. De acordo com a mesma a cada mil destas visualizações ganha-se 1 ou 2 dólares.
Site Social blade indica a quantidade de dinheiro ganho por cada youtuber “Para se ganhar dinheiro com o canal leva-se bastante tempo. Não é de cara que você vai começar a ganhar muito dinheiro”, disse Ellen Simili uma vlogger que fala sobre games. Ela abriu o canal, em abril de 2011 e já ganha aproximadamente 3000 dólares por mês. Além dela a própria Fernanda Cezimbra dona do canal Ferdicez que fala do cotidiano de uma mulher, já citada acima ganha em torno de 1000 dólares. A dona do vlog jout jout prazer que foi fundado a pouco mais de um ano já ganha por volta de 10 mil dólares mensais. O famoso canal Omeleteve que fala de games, cinema e música, tira por mês uns 30 mil dólares. O mais famoso canal do Brasil , o Porta dos fundos faz em média uns 200 mil dólares mensais. Os canais de games no youtube estão em alta, “Ta muito na moda esses youtubers que fazem gameplay então eles filmam eles jogando videogame e comentam o jogo e postam isso e tem caras americanos que postam às vezes oito vídeos por dia deles jogando videogame e os caras ganham até 160 mil dólares” declarou Kéfera em entrevista concedida para Roberto Justos. Ela também
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declarou que ganhava muito pouco e precisava de mais seguidores e assinantes no canal e com isso ela passou a ganhar mais de 30 mil dólares por mês o que hoje é o equivalente a noventa mil reais convertendo o dólar para o real. O Site do youtube que é a o local de trabalho dos youtubers foi fundando em 2005 e cinco anos após sua criação os criadores do site se pronunciaram dizendo que não haviam lucrado com o site. Ou seja quem lucra nas costas do site é o vlogger. Profissão esta que só pôde ser iniciada com a criação do youtube. Antes os vloggers possuíam seus blogs e tentavam uma vaga em algum canal de televisão. Muitos conseguiram como foi o caso de Kéfera que foi para a MTV e agora também está dublando filmes como a animação da Disney Operação big hero 6. Quem também passou pela mesma emissora de TV foi Pc Siqueira que tinha seus vídeos na grade de programas. Já no caso do blog quatro coisas é diferente o mesmo vídeo postado no youtube passa na PlayTV. Outro Canal do site de vídeos que ganhou lugar nas telinhas é o miolos fritos , dois homens ensinam a fazer belos pratos.
Viajando no futebol O que os museus do futebol no Brasil e Inglaterra tem de diferente Texto: André Riveira Foto: André Riveira
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futebol, esporte mais conhecido no Brasil e o mais praticado no país veio da Inglaterra. Nada mais justo que analisar os museus mais populares sobre o assunto: “futebol”. O museu do futebol de São Paulo fica localizado embaixo da estrutura das arquibancadas do estádio do Pacaembu. Ele foi inaugurado no dia 29 de setembro de 2008 e abriga grandes histórias do nosso futebol. Além de imagens e vídeos que marcaram o esporte, narrações de jogadas, títulos e gols também são exploradas no local. A visita é dividida em três partes chamadas de: emoção, história e diversão. Logo na entrada é possível observar uma grande parede cheia de quadros com escudos de clubes, jornais de época, caricatura de jogadores e muito mais. Ao subir para o primeiro andar, a sala que tem como nome “Anjos barrocos”, homenageia jogadores históricos. Caminhando um pouco mais para frente tem cabines em que você pode escolher a narração de rádio de alguns gols históricos do Brasil. Em frente haviam outras cabinas com a opção de assistir comentários e lances marcantes do futebol com diversos jornalistas, comentaristas e narradores consagrados, como por exemplo: Galvão Bueno, Luciano do Valle, Juca Kfouri, José Trajano, entre outros. Na sala “exautação”, é possível escutar e sentir toda a energia e gritaria das torcidas dos maiores clubes do país, ao todo são apresentados 29 gritos de torcida. Posicionada embaixo da arquibancada, é possível observar toda a estrutura de concreto que rodeia o estádio. A próxima sala tem como objetivo mostrar a origem do futebol aqui no Brasil. Com diversos quadros, cerca de 400, mostram como o futebol chegou no país. As imagens são em preto e branco e ao lado existe um livro com a legenda de todas as fotos. O áudio ambiente também é sobre a história, alguns fatos inusitados são contados para o público enquanto é feito o passeio.
Museu de São Paulo, Sala copa: diversas imagens sobre as copas do mundo No espaço seguinte são encontrados televisões e algumas imagens de todas as Copas do Mundo. Desde 1930 elas são disputadas e todas elas têm suas respectivas histórias e campeões. No ano das conquistas do campeonato pelo Brasil se encontram as estrelas que mostram o número de vezes em que foi campeão. Para finalizar o passeio existem mais duas grandes salas. A primeira tem curiosidades sobre o futebol brasileiro, como maior público, maior goleada, maior estádio e regras do esporte. Mais à frente tem experiências interativas para o público. O futebol virtual, mesas de pebolim e um espaço para cobrança da penalidade máxima para descobrir a velocidade de seu chute são atrações para os visitantes. Diferentemente do museu brasileiro, o de Manchester tem um conteúdo muito mais de leitura e histórico. Existem três andares abertos ao público para conhecer a história do esporte na Inglaterra e do mundo. Logo na entrada tem a história de algumas das copas mais marcantes, como a de 1966, 1970, 1994 entre outros. Bolas e vestimentas também são apresentadas para os visitantes. Um pouco mais adiante são exibidos os troféus dos
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campeonatos nacionais e internacionais, como a Premiere League e UEFA Champions League. O segundo andar é muito interativo, com jogos e experiências de descobrir como funciona o corpo de um jogador e seus benefícios na partida. Além disto também existe um acervo de camisetas em que o visitante pode escolher qual observar de perto. Contém também uma parte reservada para mostrar a roupa do arbitro que apitou a final da copa de 2012, Howard Webb e sua medalha no final da partida por ter sido o melhor árbitro da competição. O último andar aberto para visitação tem mais um espaço interativo para falar sobre copa do mundo. Além disso conta também com uma boa parte do espaço para contar como foi a época do futebol na Inglaterra na época da Segunda Guerra Mundial, mostrando o sofrimento e as consequências no país. Visto de fora o museu de Manchester parece ter muito mais do que apresenta por dentro. O contrário acontece no museu de São Paulo, por fora parece não ter muito, mas ao entrar a experiência é única para os amantes do futebol.
Meninas também são mães Gravidez na adolescência não é um bicho de sete cabeças
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papel de ser mãe surpreende em todos os sentidos possíveis e também nos impossíveis, ainda mais quando se é jovem demais. O número de mães adolescentes no Brasil é cada vez maior. 18% das mulheres entre 15 e 19 anos já engravidaram ao menos uma vez, segundo dados do IBGE. Números assustam, mas o sentimento de gratidão de muitas das mulheres é maior que todos os problemas a serem enfrentados. Segundo Gleyzielle Salinas, estudante de gestão empresarial, 21 anos, a chegada do filho Luis, aos 16 anos, foi algo que mudou a vida dela e foi para melhor. “Me fez crescer como pessoa, amadurecer mais rápido, ter mais responsabilidades, perder o medo. E o que mais me surpreendeu, foi eu conseguir fazer tudo isso sozinha”. Um estudo realizado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) apontou as reações de adolescentes em relação à gravidez, e mostra que a mistura de emoções frente à adolescência são responsáveis pela maioria das decisões tomadas diante dessa situação. A experiência de ter um filho de forma “não planejada” provoca os mais diversos sentimentos dentro de uma pessoa: medo, felicidade, pânico, ansiedade, culpa, mas o maior deles é o amor. Kira Chaparro, 20 anos, tinha 19 quando descobriu que estava grávida, tinha acabado de sair da casa dos pais e com planos totalmente diferentes na cabeça, mas mesmo assim, ela recebeu a ideia de ter um bebê desde o primeiro minuto. “Com o bebê, as suas prioridades mudam completamente. De repente, tem uma outra pessoa que é mais importante que tudo, mesmo que você ainda não a conheça”, conta sobre sua filha, Almendra, de 14 semanas. Segundo entrevista de Drauzio Varella com Adriana Lippi Waissman, médica especialista em gravidez na adolescência, é uma situação de alto risco para a mãe adolescente e para o bebê do ponto de vista físico-biológico, porque há uma incidência
Andressa de Ungaro
Texto: Andressa de Ungaro
Gleyzielle, Nicole e Kira felizes como mães e com seus filhos de hipertensão cinco vezes maior nas mais do que responsabilidades e preadolescentes durante a gravidez. Sem ocupações, mas a presença da Luiza, contar que são mais propensas a ter hoje com quatro anos, trouxe vida. “É anemia. Isso aumenta os riscos de o uma nova forma de viver. Claro que bebê nascer prematuro, com peso me- tem suas dificuldades, mas quase todo nor e necessidade de cesáreas. tempo é recompensa”. Ainda afirma Além disso, as adolescentes so- que a palavra “mudança” é o que defifrem constantes mudanças no corpo ne ser mãe jovem e também em todas devido à fase hormonal. Na gravidez as idades, porque existe uma renúncia a barriga cresce, as mamas aumen- de si na maior parte do tempo e isso tam rapidamente, o quadril se alarga muda tudo. Gleyzielle concorda: “Torcomo qualquer grávida, mas enfren- na você uma pessoa corajosa, que faz tar essas novas mudanças enquanto tudo pelo bem de seu filho”. ainda não deu tempo de se adaptar Em 2009, a Universidade de a própria adolescência se torna algo Oxford publicou uma pesquisa que ainda mais difícil. comprova esse sentimento que desExiste ainda o estranhamento por perta nas mães, que é a existência do parte de algumas jovens em se reco- instinto maternal. Ele está ligado à nhecerem como mães. No estudo da proteção, em suprir as necessidades e UFC mostra que duas das sete mulhe- fazer tudo o que for preciso. Todas as res participantes agiram com indife- entrevistadas fariam e fazem de tudo rença ao saber que estavam grávidas. para o bem dos filhos e isso confirma Kira também tem um posicionamento esse coração doador que passam a ter. em relação a isso: “Eu acho que o fato Sendo jovem demais ou não, o de acontecer tudo tão inesperado, faz que importa não é o que vão pensar com que você não se sinta pronta para e falar, mas sim o desejo em se tornar se chamar de mãe”. alguém melhor por outra pessoa. É o Para Nicole Rizzo, gerente de con- amor maternal, vencendo todo e qualsultório odontológico e estudante, 23 quer tipo de barreiras que pode sim anos, a palavra “mãe” trouxe muito nascer a partir de meninas-mulheres.
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Hamburgueria é aberta no centro de SP Com opções a partir de R$ 15, a Holy Burger destina renda a projetos sociais Texto: Camila Milani Foto: Gabriel Prieto
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no número 527 da Rua Doutor Cesário Mota Júnior, na Vila Buarque, que se encontra o Holy Burger. Com um cardápio que oferece seis receitas diferentes de hambúrgueres artesanais, incluindo um vegetariano, uma vasta variedade de drinks originais e sendo frequentada pelo youtuber PC Siqueira, a Hamburgueria inaugurada em novembro do ano passado tornou-se um sucesso, obtendo 18 mil seguidores online no Instagram. Tendo o cristianismo como filosofia, o Holy Burger nasceu da vontade de realizar eventos para arrecadar fundos para projetos de uma igreja batista no centro de São Paulo. Após um ano e meio de eventos e de feiras gastronômicas vendendo pizzas e hambúrgueres, os sócios Gabriel Prieto, Filipe Fernandes e Marcos Vinícius decidiram participar do São Paulo Buger Fest. Apenas no primeiro dia do evento, foram vendidos 1800 hambúrgueres. A partir deste momento a ideia de montar um estabelecimento se consolidou. Para Gabriel Prieto, a gastronomia tem caráter social. “10% de todo o lucro do Holy Burger é destinado para causas sociais”, conta o sócio. Os projetos abrangidos pela hamburgueria são o Um Novo Tempo, que atende 120 crianças por semana, funcionando como escola de circo, ballet e futebol, e o Extreme Impact que beneficia comunidades fora do centro, promovendo arte e cultura através de aulas de hip hop, percussão, skate, teatro e música. Gabriel conta que escolheram abrir um ponto no centro por ser perto dos projetos sociais atendidos. “Um deles está a 800 metros de distancia da hamburgueria”, diz o sócio. Alguns funcionários do estabelecimento também são atendidos por estes projetos sociais, sendo o Holy Burger primeiro emprego de um deles. A mídia digital foi a forma de divulgação escolhida pelos sócios do
Fachada Holy Burger restaurante. Por causa da facilidade, dinamismo e alcance rápido, em menos de quatro meses, o perfil do Holy Burger no Instagram conquistou mais de 16 mil seguidores. Segundo Gabriel, a popularidade quase instantânea da hamburgueria não era esperada. “Atribuímos isso a Deus!”, afirma o sócio. A casa possui 26 lugares e nela se destaca o balcão em cimento queimado e madeira onde estão dispostas nove banquetas altas. A decoração do ambiente é feita a partir de elementos rústicos como canos de cobre e ferros enferrujados, mas também tem um toque moderno devido aos lambe-lambes nas paredes e às lâmpadas baixas. Fabrício Schibuola, fundador do blog O Hamburguer Perfeito, escreveu em seu site que a hamburgueria é como “um oásis do bom hambúrguer no meio dos botecos com cervejinha gelada” e que está no top 10 do ranking de melhores hambúrgueres do blog. No cardápio do Holy Burger estão sanduíches como o St. Gordon, que leva hamburger de 160 gramas, gorgonzola, agrião, cebola caramelizada e maionese da casa no pão preto e o Jelly Burger que leva além da carne, queijo brie e geleia de frutas vermelhas da casa no pão tradicional. O
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hambúrguer que leva o nome da casa é montado com alface americana, queijo prato, cebolas, picles, maionese, molho de tomate e bacon. Para a Stephane Silva, 19 anos, estudante de enfermagem, nada supera o Original Burger. “A combinação cheddar, bacon crocante e cebola caramelizada é imbatível. Nada supera esse hambúrguer”, diz a estudante. Para beber, a Pink Lemonade é a mais pedida. É feita a base de cranberry, suco de limão siciliano e hortelã fresca, sendo servida numa jarra de três litros. O Holy Burger também oferece sobremesas. Bolo de chocolate, pudim de leite condensado na latinha e cheese cake custam R$12,00 cada. A casa abre de segunda à quinta das 12 às 16 horas no almoço e das 18 à meia-noite no jantar. De sexta, o jantar vai até 1 hora da manhã e aos sábados funciona do meio-dia à 1 hora da madrugada. O estabelecimento não abre aos domingos. O Holy Burger participará da Burger Fest que acontecerá em São Paulo entre os dias 15 e 31 de maio e servirá especialmente para o evento, o Crispy Burger, que leva carne, cheddar e cebolas empanadas. Cada hambúrguer vendido renderá R$1,00 para a Casa Fraternidade Aliança Aca Laurência.
Texto jornalístico é alvo da crítica Críticos literários, escritores e profissionais de comunicação debatem sobre o texto jornalístico Texto: Júnior Salgueiro Fotos: Veer MarketPlace
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ala-se muito sobre a qualidade dos textos jornalísticos. Escritores, críticos literários e jornalistas discutem o atual momento que vive o jornalismo escrito. Não é raro ver, nas universidades, debates sobre o assunto. A falta de domínio da gramática e a inabilidade das pautas são os tópicos mais abordados pela crítica. Até o ano de 1960 as notícias eram redigidas de modo descritivo. Era um formato diferente do que hoje é estabelecido como padrão no jornalismo. Desde que a primeira notícia foi redigida com a técnica da “Pirâmide Invertida”, no New York Times, em abril de 1961, até os dias de hoje, discute-se o formato dos textos jornalísticos. O “lead” trouxe ao jornalismo maior objetividade na notícia. No entanto, nota-se um empobrecimento de conteúdo na informação; a escrita literária perdeu espaço para o texto mecanizado. De acordo com Humberto Werneck, 70, escritor e autor da obra “O Santo sujo – a vida de Jayme Ovalle”, vencedora do prêmio Jabuti de Melhor Biografia, a obviedade das pautas e a falta de domínio da língua contribuem para a má qualidade dos textos. “Vejo dois problemas principais nos textos que hoje predominam na imprensa brasileira. Um é a pauta, quase sempre óbvia, atrelada à agenda, ao previsível, seja na escolha dos assuntos, seja no enfoque burocrático que se dá a eles. Faltam a imaginação e a ousadia que o leitor espera de nós. O outro problema é a má qualidade dos textos, decorrente sobretudo da falta de preparo, da falta de domínio do idioma brasileiro. ‘Escrever bem’ não deveria ser exceção a que nos referimos com admiração. Para um profissional cujo instrumento de trabalho é a palavra, ‘escrever bem’ deveria ser eliminatório. Ninguém discute se o cirurgião fulano opera bem. É indispensável conhecer muito bem o instrumento de trabalho.” Ainda segundo Werneck, as redações jornalísticas subestimam os leitores. Consequência disso é o mau uso do vocabulário nos textos. “Em muitas redações, talvez na maioria delas, im-
Pilha de jornais pera uma visão rebaixada do leitor, visto como um parvo a quem seria preciso servir um vocabulário mínimo, rasteiro. Parvo é quem subestima o leitor.” A deficiência que o jornalista possui em redigir textos traz à tona outra questão: a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. Vê-se que o profissional de comunicação, instruído pelas maiores universidades do país, não é capaz de utilizar com competência a própria ferramenta de trabalho – a palavra. O jornalista é o manipulador do instrumento, e portanto faz-se necessária a qualificação do profissional. A questão da responsabilidade das universidades no processo de formação dos profissionais de jornalismo deve ser levantada. O jornal e os demais conteúdos impressos estão perdendo constantemente seus leitores. Com o advento da internet e do fácil acesso às tecnologias, o cidadão passou a não mais precisar do papel. Ao mesmo tempo em que fornece as notícias mais rapida-
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mente, a internet ocupa menos espaço físico que jornais e revistas. Além disso, o custo é menor: assinar a Folha de S. Paulo ou O Estado de S. Paulo, no plano digital, custa metade do valor em relação ao plano impresso. Para Thomas Chiaverini, 33 anos, ex-produtor e editor-chefe do programa Roda Viva, o jornal impresso está acabando. “Eles (os jornais) estão lentamente acabando. Se tornam mais desinteressantes, por isso têm menos leitores, menos leitores trazem menos anunciantes, menos anunciantes fazem pagar menos e ter menos jornalistas, o que torna o jornal mais desinteressante e assim vai, numa bola de neve.” Segundo Chiaverini, tanto as mídias quanto a indústria são responsáveis pela decadência dos textos jornalísticos. “Diria que entre os responsáveis pela decadência estão: a evolução das espécies, o capitalismo, Graham Bell, Bill Gates, Steve Jobs, William Bonner, Sérgio D’ávila, Ricardo Gandour e o Twitter.”
Oficina “Graffiti na Escola” ensina jovens a grafitar, sem deixar de lado a questão social Oficina "Graffiti na Escola" é destinada para iniciantes que querem aprender a história do graffiti e técnicas de pintura Matéria: Felipe Taboada Foto: Felipe Taboada
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a Escola Estadual Alberto Cardoso de Melo Neto, zona norte de São Paulo, acontece a oficina “Graffiti na Escola” que ensina a história do Graffiti e até técnicas nas aulas de Construção de Letras, Tags, Piece, Wild Style, Throw - UP, Composição e Escala de Cores e Construção de Personagens. A Oficina é gratuita, se estende até dezembro (15) e acontece todas as terças-feiras das 14:00 às 17:00. A oficina foi organizada pelo grafiteiro “Dingos” Del Barco em parceria com a coordenação da escola e a Fundação Gol de Letra. O intuito era diminuir com as pichações dentro da escola, era um número muito grande de paredes rabiscadas. A coordenadora Thelma Mendonça Costa afirma que com instauração deste projeto social, os alunos começaram a respeitar a arte do colega, o que solucionou o problema inicial. Mais do que resolver um problema interno do colégio, o projeto é uma oportunidade de evitar que os jovens entrem no mundo da marginalidade e das drogas. Nas oficinas, os alunos tem a oportunidade de trabalhar a autonomia, trabalhar em grupo e compartilhar experiências, fomentando a liberdade e a importância de expressar sentimentos e sonhos em forma de arte, o que é essencial no Graffiti. Em entrevista, o grafiteiro Marcos Roberto Candeani, 32, explica a diferença do Graffiti para a pichação. “O grafite nasceu da Pichação, podemos fazer uma comparação simples: quando uma pessoa começa a fazer simples esboços de letras e enchimentos lembra pichação não é mesmo? O desenvolvimento da pichação levou ao surgimento do graffiti, na junção de letras com desenhos e cores. Juneca Pessoinha foi um dos Primeiros Pichadores do Brasil, juntamente
Oficina de Graffiti ensina jovens a grafitar e trabalhar em grupo
com Di, Kidão, Tchentcho, Krellos, da Grife, os Melhores e Os Mais Antigos. O Grafite sempre foi uma manifestação duramente criticada por muitos, pois em alguns aspectos sua expressão pode ser interpretada como um rabisco que causa mais poluição visual, além de serem considerado um ato de vandalismo (pichar muro e patrimônio público). Por outro lado o Grafite é uma arte de rua, reconhecida pela sofisticada qualidade artística. Resumindo um pouco mais: sim, já fui pichador e não tenho vergonha de falar isso, entendo o que é isso e tenho muitos amigos que estão bem hoje e não foram para o mundo do crime, ou mundo das drogas simplesmente por causa da pichação. Há uns 6 meses encontrei um amigo que também pichava e me disse chamando meu Nome de Picho: ‘a pichação salvou a minha vida: me tirou das drogas e do crime, era eu e a lata de spray, não precisava de mais nada’. Brinco em dizer que o grafiteiro é um pichador evoluído e aquele que disser que nunca pichou está mentindo”. Na opinião de Marcos, se o Estado apoiasse mais a criação de oficinas
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como esta da escola estadual o preconceito seria menor e, com certeza, teríamos muitos outros grandes nomes no graffiti brasileiro, como Os Gêmeos, Kobra e Crânio, que fazem sua arte pelo mundo todo. “Por mais que o Graffiti seja uma arte, ainda há preconceitos para serem quebrados”, assim afirma o grafiteiro Leonardo “Sdeew” Souza, de 23 anos. Leonardo conta que começou a grafitar com 19 anos, depois que teve problemas com a justiça por causa de suas pichações. Sobre o preconceito com esse tipo de arte ele diz: “Acho que todo tipo de arte tem que ser valorizado, independentemente se ele está em um quadro ou em uma parede, num museu ou debaixo de uma ponte. O que nós temos que entender é a diferença entre o graffiti e a pichação, muita gente não entende a mensagem passada pela tinta e acaba julgando errado”. Na Lei, grafitar é permitido, desde que tenha o consentimento do proprietário e possuidor do imóvel, garantido pela Lei 12.408. Pichação é crime, com detenção de 3 meses a 1 ano (ART. 65 DA LEI Nº 9.605/98).
Brasil: O país da bola oval! Futebol americano ganha popularidade imensa no Brasil, e ja atinge números recorde de audiência Texto: Frederico Nunes Foto: Frederico Nunes
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osso país sempre foi conhecido como o “país do futebol”, e o futebol americano praticamente não existia no Brasil há uma década atrás. Era praticamente inimaginável que o esporte da bola oval, um dia seria uma febre em nosso país. No entanto, a criação de ligas, a vontade das equipes de se organizarem, as transmissões diárias da NFL e a grande audiência do Super Bowl XLIX (jogo final), mostram que o brasileiro está se apaixonando pelo esporte e que seu potencial de crescimento é imenso. O grande crescimento do esporte no Brasil, é comprovada em números de audiência. A ESPN, principal detentora dos direitos de transmissão da liga, estima que a audiência tenha crescido 800% nos últimos três anos. A NFL, liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos, também voltou a ser transmitida na TV aberta, pelo Esporte Interativo. Obviamente também, que o crescimento do numero de assinantes da tv por assinatura contribuiu para a crescimento do esporte, já que a principio, o futebol americano só era transmitido na TV fechada. Guilherme Cohen, do site End Zone Brasil e especialista no assunto, fez algumas ponderações: “As pessoas deixaram o preconceito de lado e se entregaram ao jogo. O futebol brasileiro foi ficando defasado com essas coisas de tapetão e quem foi entendendo o jogo e a NFL começou a ver que é um baita espetáculo!”. Guilherme ainda complementa dizendo: “O surgimento de times nas cidades e o aparecimento de ligas movimentou ainda mais o esporte. Se a NFL fizer uma Fan Fest como a NBA (Liga americana de basquete) fez na Praia de Ipanema, eles terão noção de quão grande já é o esporte no Brasil.” E não para por aí. Além de fãs, o esporte tem crescido consideravelmente no número de praticantes. O Brasil tem duas ligas semiprofissionais (Campeonato Brasileiro, organi-
Campo improvisado no interior de SP zado pela confederação nacional, e o Torneio Touchdown, montado de maneira independente), além de outras tantas competições regionais. Renildo Ferraz, 34, professor de educação física no interior de SP, comenta que durante sua rotina de aulas, alguns alunos ja chegaram a propor um jogo de futebol americano: “Já vieram me pedir e eu atendi. Alias, atualmente em nosso material teórico, foi incluído o futebol americano, para que os alunos possam entender as regras e táticas da forma correta, e dessa forma se interessem ainda mais por esse esporte tão emocionante.” Hoje em dia, a NFL é transmitida três dias na semana, e por varias horas seguidas de transmissão. O Super Bowl (grande final da Liga), é um dos eventos esportivos no mundo que mais movimenta dinheiro, ficando atras apenas da Copa do Mundo e das Olimpíadas. E no Brasil, a transmissão da grande final da NFL neste ano de 2015, rendeu a ESPN, recorde histórico de audiência, atingindo 500 mil pessoas, um aumento de 84% em relação a 2014, e na internet, foi a assunto mais comentado do mundo no Twitter, liderando os trending topics. Além disso, diversas salas de cinemas em São Paulo, disponibilizaram seus telões para a transmissão da grande final, e fãs da bola oval, também lotaram bares por todo o país, para assistir o grande jogo. De acordo com Guto Sousa, membro da Confederação Brasileira de Futebol Americano, um crescimento sustentável é necessario em nosso
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Uniforme da Salecao Brasileira país para que o esporte seja mantido e segundo ele, isso só será possível com algumas mudanças: “O esporte pode se tornar uma opção para o torcedor brasileiro, mas antes precisa ocupar o seu espaço, e isso só será possivel com investimento na base, e na formçao de árbitros, atletas, técnicos e gestores”. O crescimento é tão significativo que, recentemente, a seleção brasileira venceu o Panamá e, se classificou pela primeira vez na história para a Copa do Mundo de Futebol Americano. Além disso, atualmente, o Brasil já conta com um brasileiro atuando como titular na NFL, e a tendência, é que outros apareçam em breve.
Sonhando Acordado Exposição de fotos celebra os 20 anos do SPFW Texto: Karla Alencar Foto: Karla Alencar
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Morumbi Fashion Brasil na Bienal de São Paulo do Parque do Ibirapuera em São Paulo. A Semana de Moda ganhou o nome de São Paulo Fashion Week, a partir da edição de janeiro de 2001. Ao longo de duas décadas, o evento se consolidou como a plataforma da moda brasileira, impulsionando a sua profissionalização, servindo como vitrine para o exterior do que produzimos aqui, e aos poucos, galgando um patamar inédito não só no país, mas em toda a América Latina. Atualmente, o São Paulo Fashion Week é o maior evento de divulgação de moda, design e criatividade do hemisfério sul e um dos maiores do mundo. A cada edição, gera 11 mil empregos diretos e indiretos, impulsionam negócios na ordem de R$ 2 bilhões e movimenta os segmentos de turismo, serviços e varejo. Quase 20 anos depois da sua criação, o São Paulo Fashion Week se consolidou como o maior lançador de tendências do mercado brasileiro em moda, comportamento e consumo, e se tornou sinônimo de criatividade, tecnologia, inovação, sofisticação e qualidade. Karla Alencar
Parque Cândido Portinari, em São Paulo, foi o epicentro da moda nacional graças à edição de verão 2016 do São Paulo Fashion Week. Em 2015, o São Paulo Fashion Week comemora 20 anos, e para celebrar, esta 39ª edição trouxe uma exposição com fotos feitas por um dos maiores fotógrafos de moda, Bob Wolfenson. Para celebrar em bom estilo o aniversário, a semana de moda paulista preparou uma programação intensa. Uma das atrações foi a exposição fotográfica “Sonhando Acordado”, concebida a partir de uma parceria com a marca MMartan,em uma tenda ao lado de onde aconteceram os desfiles.A parceria é porque tanto a SPFW quanto a rede de cama e banho comemoram décadas de existência em 2015 – o fashion week 20 anos e a MMartan,30 anos. Após o término da semana de moda, o projeto deve seguir para outras capitais brasileiras e se tornar um livro que será lançado em setembro, mês que marca oficialmente o aniversário da SPFW. A ideia é mostrar que a moda, e o evento, são feitos de gente, de talento humano. São feitos a partir de conexões, de encontros, de troca. A mostra teve curadoria de Paulo Borges- idealizador do SPFW e styling de Flávia Pommianosky e Davi Ramos. A exposição “Sonhando Acordado” trouxe imagens clicadas por Bob Wolfenson, nas quais estilistas, jornalistas e modelos posam ao lado de artistas, músicos, arquitetos, cenógrafos, maquiadores e stylists, em cenários de diferentes camas assinadas pela Mmartan, alusão às conexões íntimas e criativas de inspiração, de amizade, troca de ideias e estímulo à realização que o São Paulo Fashion Week promove a cada temporada. Estão nos cliques em preto e branco, personalidades como Carol Trentini, Constanza Pascolato, Ricardo Almeida, Duda Molinos, Isabeli Fontana, Jun Nakao, Paulo Zulu e Ronaldo Fraga, Izabel Goulart, Carolina Gold, Pitty Lituani, Dudu Bertholini, entre outros.
Abaixo de cada imagem, há aspas dos fotografados, falando sobre suas amizades e parcerias que renderam bons frutos na moda nacional. As fotos são ótima alternativa para quem quer saber curiosidades sobre parcerias lendárias como as dos estilistas Reinaldo Lourenço e Glória Coelho, ou Constanza Pascolato e Jun Nakao, entre tantos outros. De acordo com algumas pessoas que passaram pelo local para conferir a exposição, como a estudante de Design de Moda, de 19 anos, Larissa Herzer, “São 20 anos de história em uma exposição emocionante. Extraordinária a ideia de reunir os grandes nomes da moda para celebrar a história e importância do evento”. Luisa Maciel, de 18 anos, estudante de Publicidade, achou diferente “colocar pessoas que fazem a moda, em clima intimista, de amizade e cumplicidade”. Para outra estudante de Moda, Camila Ribeiro, de 20 anos, “É muito interessante o evento trazer uma exposição para celebrar os 20 anos que homenageia encontros que marcaram importantes do calendário de moda”. O evento começou a ser realizado no ano de 1995, com o nome de
Exposição Sonhando Acordado
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Tomorrowland abre as portas do mundo eletrônico para o Brasil O maior festival de musica eletrônica do mundo chamado Tomorrowland se instala em maio de 2015 no Brasil, na cidade de Itu – SP Texto: Marcela Pires Foto: Marcela Pires
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evento é de origem Belga, realizado em uma pequena cidade cujo nome é Boom. Organizado pela ID&T, maior empresa de entretenimento e organização de eventos de música e dança do mundo. É famoso pela sua performance com fogos de artifício, fogo, fontes de água e principalmente por contos de fadas. Acontece em três dias de festa. Sua primeira edição foi em 14 de agosto de 2005. Foi divulgado que o festival viria para o Brasil em 20 de julho de 2014 em um evento no parque Villa Lobos, durante a transmissão ao vivo do Tomorrowland da Bélgica e anunciado pelo Dj David Guetta. A partir dai os amantes de musica eletrônica foram ao delírio. Empolgando o público presente, passaram por lá inúmeros DJs famosos e reconhecidos. Como por exemplo, Dimitri Vegas & Like Mike, David Guetta, Hardwell, Steve Aoki, Armin Van Buuren entre outros. Segundo Guilherme Zanatta, estudante de contabilidade de 19 anos, a grande variedade de DJs que o fizeram ir a Itu. Para Thalita Ribeiro, estudante de cursinho, de 19 anos, a presença numerosa de gringos foi extraordinária. Deixaram a sua marca os argentinos, bolivianos, coreanos, chilenos, alemães, mexicanos, ingleses, passando pelas belas australianas, até os belgas que são os “donos” da criação do evento. “Foi mágico ver pessoas de todos os cantos do planeta dizendo “We Love Brasil”, contou. A ideia do Tomorrowland é fazer com que o público se sinta em outro universo. Possui como tema: Yesterday is History, Today is a Gift, Tomorrow is Mystery (Ontem é história, hoje é um presente, amanhã é mistério). No Brasil foram montados sete palcos, tendo como o principal o Mainstage, onde mais de cem DJs se revezavam tocando as mais diversas opções de musica eletrônica, desde o estilo comercial,
Palco principal do Tomorrowland chamado Mainstage passando pelo techno, house, trance, psytrance, drum and bass e até hardstyle. Sobre a questão da organização, a equipe contratada para trabalhar nos bares e lanchonetes foi bem eficaz, possibilitando um atendimento rápido ao público. A estrutura é parecida com a da Bélgica, só não se tornou idêntica porque o local onde ocorre o evento em Boom foi feito para sediar o Tomorrowland, e aqui no Brasil o Parque Maeda que se adaptou ao festival. Porém para Samir Rachid, ator de 22 anos, o Tomorrowland Brasil superou as expectativas: “É coisa de outro mundo, só quem foi sabe como é”. Entre as reclamações mais frequentes do evento estão os altos preços para alimentação, bebidas e banho, o acesso ao Parque Maeda e a falha na segurança, pois houve alguns roubos e furtos. Atualmente o festival é sediado em três países, sendo eles a Bélgica,o Brasil e os Estados Unidos que adotaram o nome de TomorrowWorld. No Brasil o ponto forte foi a comunhão, pois não havia competição entre as pessoas que vinham de vários países, nem dos patrocinadores, todos se intercalavam como um só. Os stands dos patrocinadores como a Skol Beats, Doritos, Fusion Energy
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Drink, Mastercard e Absolut Nights não estavam apenas se promovendo e vendendo seus produtos, mas também faziam parte da decoração do evento.No festival são vendidos vários artigos como blusas, bonés, a bandeira oficial do evento, óculos. Um ponto positivo que agiliza a entrada no evento, é que ao invés do público receber um bilhete, recebe uma pulseira que é passada em um sensor para ser avaliada se é realmente verdadeira. O Tomorrowland também possui uma área de campismo chamada de Dreamville, que conta com toda a decoração temática própria do evento. Onde se pode escolher desde a tenda mais básica, até a mais elaborada. O pacote de campismo é vendido separadamente dos bilhetes, portanto pode os comprar e ficar em hotel. A compra para os ingressos do Tomorrowland Brasil começou no dia 6 de setembro de 2014 e em uma rapidez assustadora, em menos de duas horas todos os 180 mil ingressos disponibilizados se esgotaram. Para quem não conseguiu ir esse ano ou para quem quer repetir a dose, a ID&T divulgou que o evento acontecerá no Brasil até 2020. No próximo ano, 2016, será nos dias 21, 22 e 23 de abril, no mesmo local.
Visão de brasileiros sobre as importações chinesas no mercado da moda China e seus produtos dominam o mercado mundial de vestuário e afins enquanto os brasileiros ligados a esse setor se divergem em opiniões Texto: Marcela Sanches Foto: Marcela Sanches
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ntre uma crise ou outra, o setor de moda e vestuário é um dos que menos apresenta impacto nas suas produções e vendas. Atualmente, a China e seus produtos têm sido os grandes protagonistas desse mercado. Porém, no Brasil, moda e seus derivados, tem grande relevância quando o assunto é o desenvolvimento e reconhecimento do país lá fora. Mundialmente a ascensão do Brasil nesse ramo iniciou-se com a descoberta de tops models como Gisele Bündchen, Fernanda Tavares e Caroline Ribeiro. Logo depois, olhares de todo o mundo se voltaram para a indústria brasileira, que foi vista como uma indústria de qualidade e muito profissionalismo. “A moda brasileira é referência, pois temos uma cultura muito rica em artesanato que e um talento só nosso, não conheço nada semelhante no mundo” afirma Anne Iemini, 20 anos e estudante do 5 semestre de Design de Moda da Universidade Anhembi Morumbi. Com certa atenção dada ao Brasil, em 1995 chegou a São Paulo o que hoje é conhecido como São Paulo Fashion Week, um marco para o mundo fashion brasileiro. Atualmente é a maior semana de moda da América Latina e a quinta em nível internacional. Embora tantas conquistas desse setor que ainda atraí muitos olhares mundo a fora, a estilista da marca Hadda, Amanda Haddad, 23 anos alega que falta valorização do público brasileiro em cima do nosso talento. “O mundo já conhece a moda brasileira só que ela não tem tanto espaço, isso começa desde aqui de dentro” comenta. Espaço esse, que de 2010 para cá, vem sendo ocupado por produtos chineses e a maioria de baixa qualidade. O imediatismo oriental vem atropelando todos os países em questão de rapidez na produção. Tendências, modelos, tecidos, cores e estampas são alguns dos quesitos que mais causam desejo no mundo da moda e eles
Desfile da marca brasileira Iódice no SPFW 2015/16 se superam para serem os primeiros a começarem as imitações. Realizam um tipo de produção massificadora que vira até reprodução, tudo do mesmo. Há lojistas que são favoráveis às mercadorias chinesas, exatamente por essa velocidade de alcançar o desejo momentâneo do consumidor. “Não consigo mais enxergar o comércio brasileiro sem produtos da China. A qualidade não é boa, mas a moda anda tão rápida que vale a pena pelo preço” diz Thainá Santos, 34 anos e dona de loja de roupas no interior. Além de serem importados a preços absurdamente baratos e movimentarem muito o mercado, esses produtos prejudicam bastante a economia e ajuda a desvalorizar o trabalho de profissionais locais . “Os estilistas, hoje em dia, tem uma enorme dificuldade de valorizar nosso produto de uma forma que o custo consiga competir com o mercado externo” afirma Anne, comentando a dificuldade para os futuros profissionais da área. Amanda Haddad compartilha da mesma opinião sobre as condições de trabalho com moda no Brasil atual. “Quem está começando não conse-
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gue produzir pequenas quantidades e nem baratear custo, é bem ingrato. O Brasil não incentiva nenhum estilista a crescer, porque a partir do momento que a sua marca cresce, os impostos se triplicam e não existe mão de obra qualificada em um preço justo”, explica ela algumas das suas barreiras ao abrir sua marca Hadda. Entre as dificuldades enfrentadas por quem está começando e as facilidades para lojistas e consumidores acharem a peça que tanto desejam, o mercado mundial de moda só cresce. Contando com um público consumidor fiel, é um dos setores que domina o comércio online. Em pesquisa do IBOPE de 2014, o faturamento das 50 maiores redes de e-commerce no primeiro semestre do ano foi próximo a R$ 1,5 bilhão. As importações e negócios com a China, mundialmente estão a todo vapor por haver muitos beneficiados. Logo, a estilista Amanda não desacredita do poder brasileiro para fazer a diferença entre tantas reproduções sem qualidade. “A brasilidade é muito forte e isso faz a diferença para o nosso país no mundo. A moda brasileira é única por sabermos olhar, por trás de impostos e dificuldades, as nossas raízes e a nossa essência” concluí.
Em busca do “corpo perfeito” Não é de hoje que pessoas colocam a saúde em risco para obterem resultados extremos no desenvolvimento muscular Texto:Marcos Guilherme Veloso Fotos:Marcos Guilherme Veloso
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corpo perfeito, fazem uso de substancias que potencializam o crescimento, algumas dessas substancias são proibidas. Os produtos que mais aceleram o crescimento muscular são os esteroides e anabolizantes, não se comprova cientificamente mas estes esteroides e anabolizantes podem causar problemas para a saúde, porem mesmo sabendo do risco, pessoas seguem apelando para eles em busca de resultados maiores e mais rápidos. Como se não bastasse, ainda ha pessoas que vão além, que querem resultado quase que instantâneo e por isso, ao invés de utilizarem esses produtos que potencializam o desenvolvimento muscular, e que já são proibidos, injetam óleo em um determinado musculo e exercitam somente esse musculo para que ele cresça a um tamanho que nunca se chegaria por meios normais e que não prejudicam a saúde. Um caso que surgiu na mídia internacional recentemente é o do brasileiro, popularmente conhecido como “Hulk brasileiro” que, segundo matéria do site extra.globo.com, fez uso de uma substancia sintética para inchar seus músculos e realizar seu sonho de se assemelhar ao super-herói dos quadrinho o “incrível Hulk” o site ainda completa que o homem, morador de Caldas Novas, ainda declarou que quase teve que amputar os dois braços e pensou em suicídio por prejudicar sua saúde. Porem injeção de óleos não é tão frequente quanto utilização de esteroides e anabolizantes nas academias, o acesso fácil a informação faz com que jovens pensem que estes produtos só lhes trarão benefícios e que são como qualquer outro suplemento só que mais potentes e “práticos”. Segundo o educador físico Fernando Zandoná, 35, CREF – 026332 G/ SP, a mídia tem uma grande responsabilidade em relação a divulgação destes meios de evolução muscular, pois vende uma imagem que a utiliza-
Loja de suplementos: Produtos que auxiliam o desenvolvimento do corpo ção deles pode ser interessante para pessoas que querem chegar em determinado objetivo sem tanto esforço. Ele ainda salientou “a reação do esteroide e anabolizante no corpo do cidadão é individual”, algumas pessoas alcançam o objetivo que desejam sem maiores problemas, já outras não obtém o resultado pretendido, além dos efeitos colaterais que podem surgir. Sobre os efeitos colaterais o entrevistado revelou quais são os mais “comuns”, segundo ele calvície, acne e impotência são os efeitos colaterais que ocorrem com maior frequência em quem faz uso dessas substancias, mas podem ocorrer problemas muito mais graves dependendo da maneira que determinado organismo reage aos esteroides e anabolizantes. Fernando ainda explicou a diferença entre os dois produtos, ele explica que o anabolizante é qualquer substancia que quando ingerida faz com que uma célula aumente de tamanho e ainda acrescenta “o anabolismo, o processo de digestão, de retirada da proteína de um bife, por exemplo, essa síntese proteica é tratada como um anabolismo” já o esteroide é um processo químico feito em laboratório com intuito de transformar a síntese proteica de forma sintética, hormônios que o corpo produz são produzidos em laboratório para que seu efeito cresça. Quem faz ou fez uso de tais elementos dificilmente assume ou conta experiências negativas que viveu por
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culpa de sua utilização, mesmo quando é evidente que determinada pessoa “trapaceia” para ter determinado físico ela nega. Porem há pessoas que conhecem casos que ocorreram com amigos, o estudante de direito Matheus Rossetto, 19, conta que um companheiro de treino seu fez uso de um produto, denominado clembuterol, e em menos de uma semana passou a ter tremedeiras, inclusive enquanto dormia. Após a apuração de entrevistas e pesquisas se conclui que não é sempre que tais produtos prejudicam seu usuário, há pessoas que conseguem alcançar seus objetivos e não sofrem com efeitos colaterais mas pode acontecer do usuário sofrer danos, as vezes até irrecuperáveis. É possível conseguir um bom físico e se manter saudável, mas a ambição de querer ultrapassar limites faz com que algumas pessoas usem maneiras ilegais para faze-lo.
Academia: Pesos para musculaçao
Ed Sheeran chega ao Brasil e causa histeria por onde passa
O britânico que hoje faz sucesso pelo mundo todo desembarca no Brasil para shows no Rio de Janeiro e São Paulo Texto: Mariana Salinas Foto: Maria Eduarda Cavalcante
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cantor britânico Ed Sheeran, que esteve no Brasil pela primeira vez nesta última semana de abril, teve shows esgotados e causou muita histeria entre as fãs em todos os lugares por onde passou. Com sua turnê ‘’Multiply’’, Ed Sheeran foi recebido no Brasil, pela primeira vez, com fãs histéricas e ingressos esgotados em casas de show como Espaço das Américas, em São Paulo (28 e 29 de abril) e HSBC Arena, no Rio de Janeiro (30 de abril). O cantor fez shows acústicos, no qual ficou completamente sozinho no palco com apenas um violão ou guitarra, e um aparelho que grava e reproduz os sons que faz. Em entrevista ao Globo, Ed Sheeran conta ‘’Todo o show é ao vivo e acústico. Eu estou aqui sozinho e gravo as coisas com esse pedal aqui’’. O britânico sobe ao palco exatamente às 21h30, após o show de abertura de Antonio Lulic, com uma camiseta do Brasil com seu nome escrito, trazendo ainda mais emoção a suas fãs. Os efeitos no telão atrás do cantor também foi um grande atrativo de seu show, com imagens de clipes e vídeos que representam suas músicas. E quando é mostrado em tempo real ,há vários efeitos como a luz vermelha, que parece estar queimando seu rosto, e que representa o fogo quando canta ‘’I See Fire’’.
Ed Sheeran ao lado da bandeira do Brasil, em São Paulo Apesar da quantidade de músicas é outro ponto a ser destacado, desde que lentas e românticas que cativam as pes- chegou ao Brasil Ed foi acompanhado soas, o ruivo também usou seu repertó- pelo seu fã clube, que o seguiram desde rio de canções dançantes que agitaram o sua chegada ao aeroporto em São Paulo público quando tocadas, como a música até sua despedida no Rio de Janeiro. Em um de seus shows em São Pau‘’Sing’’, em que os presentes levantaram lo, Mariana Angeli, uma de suas fãs diz bandeiras com partes da música, uma ‘’Fiquei mais apaixonada ainda por ele, surpresa preparada pelos fãs para o cano show foi lindo e ele cantou todas as tor. Não foi somente essa surpresa que os músicas que eu gosto’’. Pelo fato de suas fãs preparam para Ed Sheeran, nos dois músicas serem calmas e relaxantes, o dias de shows em São Paulo e no único cantor não atrai apenas adolescentes, no Rio de Janeiro o cantor foi surpreenmas também muitos pais que escutam dido de alguma forma pelo público. e cantam as músicas com seus filhos. O britânico também trouxe o chaEm entrevista ao ‘’Mais Você’’ o mado ‘’Merch’’, roupas produzidas pela cantor conta sua opinião sobre o Brasil equipe de produção dele e que são ven‘’Maravilhoso! Gostei muito da cultura, didas no lugar do show, com variedades de produtos, como camisetas, bonés e é vibrante, apaixonante’’. Ed também faixas para a cabeça. A fidelidade dos fãs foi recebido na casa do ex-jogador de futebol, Ronaldo Fenômeno, que foi quem o revelou que suas músicas são muito utilizadas em novelas brasileiras. O cantor que nasceu na Inglaterra, começou a cômpor quando ainda era criança e frequentava a escola, mas começou a gravar suas músicas apenas em 2005, quando lançou seu primeiro EP ‘’The Orange Room’’. Porém seu sucesso só iniciou de verdade em 2010 quando várias de suas músicas começaram a serem ouvidas no Youtube e foi nesta época que sua fã base cresceu. Em 2011 lançou seu primeiro álbum, ‘’Plus’’, onde há singles como ‘’The A Team’’ e ‘’Lego House’’. Alguns anos depois, em 2014, lançou ‘’Multiply’’, álbum que dá nome a sua turnê mais recente e que possui singles como ‘’Thinking Out Loud’’ e ‘’Sing``. Ed Sheeran em seu primeiro dia de show no Espaço das Américas, em SP.
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Com o avanço da fiscalização, crescem os casos de dopagem Além de Anderson Silva, outros atletas consagrados também já passaram pelo doping Texto: Matheus Pinheiro Foto: Site Fotos Publicas
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s anos passam e a tecnologia avança, permitindo aprimoramento e aperfeiçoamento. No caso das fiscalizações de doping no esporte, a situação não é diferente. Com o avanço do processo, cada vez mais é constante o caso de atletas pegos nessa condição, pela melhoria do sistema e a crescente proibição de certos tipos de sustâncias. O ano teve início, e com ele, mais uma notícia triste para o esporte brasileiro: Anderson Silva, considerado por muitos como o maior lutador de todos os tempos, envolvido em caso de doping. O resultado veio após a luta com o americano Nick Diaz, realizada no dia 31 de janeiro. No teste de Spider, foram encontrados a presença de dois esteroides anabolizantes: androsterona e drostanolona. Ambas as substâncias foram usadas na recuperação do atleta, devido a sua lesão. O lutador fraturou a sua perna esquerda na luta contra Chris Weidman, realizada em dezembro de 2013. “Eu preciso checar todos os suplementos que uso, porque nunca falhei com a comissão e neste esporte. Eu estou muito feliz porque a comissão me ajuda, e eu ajudo a comissão, vou trabalhar junto com a comissão, porque acho que isso é ruim para o esporte. É tão ruim para mim e minha vida, porque nunca usei nada para mudar minha performance na luta” - lamentou o brasileiro em entrevista para um site de celebridades americano (TMZ Sports), referindo - se aos esteroides contidos no exame. Jon Jones, parceiro de profissão de Anderson Silva e maior astro do MMA no momento, passou por situação pior. Além de ser pego por uso de cocaína, o americano se envolveu em um acidente de trânsito no qual acabou fugindo sem prestar socorro, sendo punido com a perca do cinturão e expulsão indeterminada do UFC. O caso de Spider segue indefinido.
Laboratorio de Controle Brasileiro Antidoping (Fotos Publicas)
Tiago Gimenes, personal trainer de 27 anos, comenta sobre o assunto: “A alteração que a droga ou o medicamento causa no corpo de um atleta, pode ser totalmente fatal para uma decisão. É uma forma de favorecimento”. João Capana, professor de artes marciais, complementa: “Para quem vive mais de perto, sabe que existem muitos casos do tipo. Para mídia só chega os acontecimentos mais famosos, mas com toda certeza, é bastante frequente no esporte. É um risco que o atleta parece não abrir mão, mesmo sabendo das consequências.” Além dos lutadores, outros atletas de nomes no cenário mundial também já passaram pelo mesmo. O ciclista Lance Armstrong, considerado absoluto na história do ciclismo, foi banido do esporte por dopagem bioquímica. César Cielo e Michael Phelps, maiores vencedores da natação neste século, também já tiveram seus nomes envolvidos nas capas de jornais. A fiscalização também é rígida em situações de menor expressão. Jóbson, atacante de 27 anos de idade, tem seu nome “manchado” por dopagem. Atualmente no Botafogo, o jogador recebeu punição da FIFA de quatro anos, por se negar a fazer exame an-
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tidoping quando ainda jogava na Arábia Saudita. Anteriormente, o atleta já havia se envolvido em incidente parecido, por uso de crack. A pena cumprida na época, foi de seis meses. Por outro lado, também existe doping sem a consciência do atleta, quando é encontrado uma substância proibida através de um medicamento utilizado pelo mesmo, mas sem qualquer intenção de favorecimento esportivo. Por isso é sempre importante o acompanhamento médico do esportista, para saber o que pode e o que não pode ser utilizado. Colírios e remédios para dor de cabeça, por exemplo, podem ser detectados em um exame antidoping, prejudicando o atleta. Para evitar a situação, além do bom senso, é claro, o atleta então, precisa sempre de um acompanhamento médico ao seu lado. Além dos casos onde o doping é proposital, com a função de se favorecer diante dos demais, é preciso de muita cautela. Nos dias de hoje, por exemplo, a dopagem pode passar despercebido na primeira oportunidade, mas com certeza não durará muito tempo. Devido ao processo com que o exame acontece na atualidade, com toda tecnologia e eficiência para acusar quando há irregularidades no corpo do atleta.
Sotaque tenista A influência do tênis no Brasil comparada aos outros esportes em revelar profissionais e sua valorização Texto: Pedro Cunacia da Rocha Foto: Pedro Cunacia da Rocha
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ão é necessário muito estudo sobre o assunto para afirmar que o tênis sofre mais que outros esportes cowmo o vôlei, o basquete e, principalmente, o futebol no quesito de revelar profissionais. Também não é absurdo falar que ele ainda vem presente nos sonhos de muitas crianças como profissão no futuro, sendo uma modalidade que está deixando de ser exclusividade das classes mais altas e tem se tornado cada vez mais popular. O tênis no Brasil, na década de 1940 e 1950, era visto como um esporte de “elite”. Em geral, porque a modalidade era praticada nos clubes, principalmente de tradição inglesa e alemã, e quadras públicas praticamente não existiam. Os palcos dos torneios eram os próprios clubes e alguns jogadores já se destacavam, entre eles Armando Vieira, Alcides Procópio e Manoel Fernandes. Em 1955 criou-se a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), entidade existente até hoje. A década de 1960 é apontada como o período dos “Anos dourados” do tênis brasileiro. Foi o momento em que o Brasil ganhou destaque no cenário do tênis mundial. Nessa época, houve um aumento significativo de novos praticantes do esporte e de expectadores, principalmente quando Maria E.B. ganhou seu primeiro grande torneio, Wimbledon, resultando em um acompanhamento da imprensa brasileira. Depois disso, o tênis brasileiro só foi novamente destaque, na era Gustavo Kuerten, que pelos anos 2000, conseguiu o feito de virar número 1 do ranking mundial, fator que desencadeou o televisionamento regular do esporte nos canais abertos. Diferentemente do futebol, que sempre foi conhecido como um esporte popular, o tênis foi visto como um esporte caro. Por ser praticado individualmente, seus custos são maiores e isso prejudica o sonho de muitas pessoas de se tornar profissional, como conta Ricardo Colnaghi,
Quadra de saibro no Ipe Clube para praticantes de tenis 23 anos: “Primeiro, é necessário se dedicar muito ao tênis: treino, alimentação, físico, psicológico, torneios e viagens. Segundo, tem que existir um investimento financeiro tanto dos pais quanto dos técnicos. Tênis é um esporte individual onde somente você é responsável pelas suas derrotas e vitórias, fator diferente do futebol, por exemplo, que são 22 vagas e por ser um esporte coletivo não cabe somente você a responsabilidade de resultados. É uma realidade bastante complicada.” A competitividade está presente em todos os esportes, porém no tênis ela deve ser maior para revelar profissionais e o nível competitivo brasileiro é inferior ao nível mundial, explica Pablo Albano, 48 anos e ex-número 25 de duplas do ranking mundial: “O jogador aqui tem pouco comprometimento com o compromisso do tênis (se for algo que o jovem deseja). Talvez por uma falta ou escassez de ‘espelhos’, ou seja, algum jogador modelo que seja carismático, talentoso e comprometido, o que não ocorre desde os tempos de Gustavo Kuerten. Outro fator é a falta de um Centro de tênis, ou seja, a falta de uma cidade núcleo, de onde surgem as revelações o tempo todo, com garotos esforçados e comprometidos, exemplos de cidades assim são Barcelona e Buenos Aires.” A falta de investimento no Brasil para o tênis é explícita, mas isso vem mudando. A realização do Aberto de São Paulo e do Aberto do Rio (ATP 500) são torneios que atraem grandes jogadores do ranking mundial. Além
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de mostrar para todos à organização do esporte por aqui, é uma chance de trazer para perto ídolos do público do tênis e desabrocharem os tenistas brasileiros. A falta de valorização no feminino também é criticada, como conta Maria Carolina, 21 anos e amante do tênis: “Assim como tudo aqui no Brasil, o tênis feminino tinha que ganhar mais visibilidade. O que aparece na mídia é apenas uma ponta de muito treino que está por trás disso. Teliana Pereira com seu último título em Bogotá ganhou visibilidade e fez com que, de alguma forma, incentivasse todas as meninas ‘invisíveis’ que treinam por todo o Brasil”. Enquanto o esporte é valorizado por seu alto número de praticantes, profissionalmente ainda continua carente de ídolos brasileiros e com muito a revelar para o cenário mundial.
raquete antiga e nova
Raquete antiga com modelo novo
“Eu vou te fazer voar” Desvendando os mistérios do vôo livre como apaixonado pelos ares Arthur Bijos
Arthur em um final de tarde finalizando mais um salto
Texto: Sandra Crespim Fotos: Arthur Bijos
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vôo livre no Brasil teve suas primeiras linhas escritas em 1974 pelo francês Stephan Segonzac que decolou do Cristo Redentor suspenso por uma “pipa”, sobrevoou e pousou na praia de Botafogo, desencadeou a sede e ímpeto de voar em um pequeno grupo de pioneiros não menos importantes que Stephan para o que hoje conhecemos: o vôo livre moderno, composto principalmente pela asa delta e pelo parapente. Arthur Bijos,32 anos, que salta de parapente ha 4 anos. Conta que a primeira coisa que ouve das pessoas quando relata sua paixão pelo vôo livre é “Nossa,você é louco”.Há ainda os mais cautelosos que dizem: ‘’Muito Legal, mas eu não tenho esta coragem’’. Na mesma hora vem em seu rosto um sorriso e começa a tagarelar sobre o assunto. ‘’ O vôo livre, ao meu entendimento vai muito alem do esporte e se torna um estilo de vida. Não sei se herdei a paixão por genes do meu pai que, na juventude, ele e seu irmão mais novo pilotavam aviões taxi aérea Brasil afora’’. Ele nos relata que uma das coisas mais gostosas do vôo livre é que, mesmo voando no mesmo lugar, cada vôo é extremamente diferente um do outro. Que esta diferença é nítida mesmo em vários vôos em único dia. ‘’Afinal, fazer uma decolagem no mo-
mento certo, pegar uma ascensão pelo vento da encosta ou por uma térmica são boas surpresas do vôo. Já pratiquei rapel, e não desmerecendo um belo esporte de aventura, após descer uma mesma cachoeira ou paredão, você já vê a distancia da adrenalina desejada’’, enfatiza. Em suas viagens ele pode perceber que, quando o individuo desmistifica o medo, ele o transforma em diversão. Fato este, por exemplo, onde ele viu no interior da França uma jovem de 17 anos decolar e voar ao lado do avô, um senhor de 74 anos que subiu religiosamente uma montanha caminhando com seu vira-latas e ao final dividiu o por do sol dos Alpes, sobrevoando parreirais, teleféricos, rebanhos e estradas. Para Arthur o motivo principal de quem é apaixonado pelo vôo livre não esta simplesmente em ver as nuvens ou voar mais alto. “No fundo o que queremos é nos sentir vivos e ligados com o mundo que esta cada vez mais esquecido, fortalecer vínculos de amizades, sentir sensações cada vez mais difícil de explicar. Eu vôo de parapente, e junto com meus amigos faço meus dias entre o céu à terra uma grande diversão”, finaliza ele. Histórias à parte, o vôo livre não é mais taxado como um esporte radical, e sim um esporte de aventura, que pode ser praticado por qualquer pessoa e não apenas por “loucos”. Ele oferece riscos sim, mas com periculosidade não tão diferente quanto pra-
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ticar montainbike ou canoagem, por exemplo. Para comprovar e garantir a segurança dos praticantes, o voo livre se organizou: Foram criadas associações, federações, clubes, escolas, categorias de habilitação e cursos preventivos contra incidentes e reciclagem. Caminhando junto, as indústrias de asas delta e parapentes investiram em equipamentos cada vez mais seguros e modernos. Sítios de voo e rampas, normalmente nas montanhas e praias espalhadas pelo país e pelo mundo também criam formas de orientação, regras de trânsito e pouso bastante claras para a diversão ser garantida. Quem quiser saber mais e já dar o primeiro passo para voar, existem muitas escolas e duas associações importantíssimas. A ABP (Associação Brasileira de parapente), que busca pela profissionalização e instrução qualificada do esporte. Atualmente conta com qua se 6000 pilotos cadastrados e está presente na maioria dos Estados do Brasil. E a ABVL (Associação Brasileira de vôo livre), que tem por missão fomentar, desenvolver e controlar a prática do vôo livre no Brasil. Ela estimula e orienta a organização de eventos competitivos de asa delta e parapente. Abaixo estou deixando os links das associações para você se informar e estar seguro no momento do seu vôo: ABP: www.abp.esp.br; ABVL: www. abvl.net
Futebol Ianque em terras tupiniquins A historia e dificuldades do futebol americano no Brasil Texto: Jose Roberto Cle Fotos: Lincoln Silva
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os últimos anos, o futebol americano é um dos esportes com o maior crescimento dentro do território brasileiro, tanto em audiência quanto a prática desse esporte. Mas, como é de praxe em todos os esportes no Brasil, não faltam dificuldades. Sendo por falta de apoio financeiro ou pouca divulgação nas mídias. O futebol americano, ainda sofre muito preconceito dentro do público geral, por ser um esporte de muito contato físico e por recentemente ter aparecido em algumas matérias da grande mídia, com uma conotação totalmente negativa sobre o esporte e seus atletas. O futebol americano está em uma grande crescente, mas não se engane a liga profissional americana NFL é transmitida desde os anos 90 com o “boom” da TV a cabo no país. Na aberta pela TV Bandeirante. Grandes nomes do jornalismo esportivo brasileiro contribuíram para o começo da disseminação desse esporte, como Ivan Zimmerman, Roby Porto entre outros. Após este período ocorreu um espa-
ço de tempo nas transmissões, sendo retomadas pelo canal ESPN Brasil no ano de 2006 e comandadas por Everaldo Marques e Paulo Antunes. O salto de popularidade do futebol americano no Brasil ocorreu entre os anos de 2010 e 2013, onde foi constatado um crescimento no alcance de público pela emissora, de 1,5 milhão de espectadores para 3,5 milhões. O ano de 2013 foi fundamental para a modalidade, com a também adesão do Esporte Interativo, se tornando mais uma opção. Mas, com um grande diferencial ser acessível ao grande público, isso é demonstrado pela estimativa que 27,4 milhões de pessoas assistiram a liga, segundo a empresa. Demonstrando o grande crescimento deste esporte. Junto com a audiência desse esporte no Brasil, tem crescido de maneira igual à quantidade de praticantes, começando no ano de 1986 com um grupo de amigos nas areias cariocas. Como citado acima, o “boom” da TV a cabo nos anos 90 impulsionou também a pratica, no ano de 1991 surge a primeira equipe da modalidade na grama o Joinville Blackhawks, que se tornou Joinville Panzers em 1994. O futebol americano começou a ser difundido de maneira mais forte na última década,
Jogo de futebol americano disputado pelo Cuiaba Arsenal do MT
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precisamente no ano 2000 com a primeira edição do Carioca Bowl, campeonato da modalidade ainda disputado na areia, o primeiro campeonato disputado na grama foi organizado pela Liga Catarinense apenas no ano de 2006 com a participação apenas de 4 equipes. O ano de 2007 foi um ano fundamental para o esporte, com a criação da entidade nacional, em decorrência disso a Seleção Brasileira, disputando no mesmo ano sua primeira partida oficial contra o Uruguai, em Montevideo. Nos dois anos seguintes, o esporte caminhou de maneira tranquila, em 2009 com a ajuda do jornalista esportivo José Adler foi criado o Torneio Touchdown tendo a participação de oito times de seis estados diferentes, sendo considerado o primeiro campeonato nacional, mas a CBFA ainda estava na fase de planejamento de um campeonato nacional próprio, criando um atrito com os organizadores do Torneio Touchdown. No ano de 2012 foi criado o Campeonato Brasileiro organizado pela confederação, mas não ocorreu a junção das equipes de ambos os torneios. Lincoln Luiz da Silva, 27 anos, jogador de futebol americano pelo Lusa Lions e pela Seleção Brasileira fala sobre o esporte no Brasil. P: O futebol americano está se desenvolvendo de maneira correta no Brasil? R: A realização de torneios regionais e nacionais de maneira mais organizada, junto com um trabalho maior na formação de jovens atletas tem se mostrado o caminho certo, mas ainda temos diversas coisas a se trabalhar. P:Maior obstáculo em ser um jogador de futebol americano no Brasil? R: Os dois maiores obstáculos, pelo qual eu passei para continuar a pratica do esporte foram os grandes preços para se adquirir equipamentos e o preconceito por ter passado pelo começo do esporte no país. P: Recentemente houve problemas entre CBFA e os organizadores do Torneio Touchdown, qual sua opinião? R:Não tenho opinião totalmente formada sobre o assunto, mas a junção de ambos seria melhor para o esporte.
O início da vida universitária Preparação de alunos e professores para vestibulares no meio do ano
Texto: Júlia Gargi Foto: Júlia Gargi
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meio do ano chegou, e com ele, vários jovens que se preparam para prestar as provas dos vestibulares para o segundo semestre deste ano. Alunos de vários lugares do Brasil tentam uma vaga em universidades como o Mackenzie, PUC, FAAP, ESPM e Belas Artes. E por que agora? Muitos ainda não se sentiam prontos para sair da escola e ir direto para a vida universitária ou simplesmente, não sabiam o que prestar, e aderiram ao cursinho. Amanda de Almeida Martins, aluna do cursinho Objetivo, por exemplo, havia começado o curso de engenharia e desistiu no início, fez curso fora do país, e agora prestou para jornalismo no Mackenzie. Conta que nesse período há menos concorrência. Por conta do intercâmbio, não havia se preparado de forma correta ainda, optando pelo curso pré-vestibular. “Procuro não me ausentar nas aulas, revisar a matéria, tento não colocar muita pressão em mim mesma, porque acho que isso prejudica o desempenho durante o tempo anterior à prova”. Fala sobre sempre focar onde tem mais dificuldade, para saber seus erros e não os cometer novamente. Há várias maneiras de conseguir debater o nervosismo antes e durante o dia da temida prova. Cristina Garofalo, professora de literatura do cursinho Objetivo Butantã, diz que pela falta de tempo, ao prestar nessa época, é bom ter um estudo focado e bem direcionado. Estar bem atualizado também é algo que ajuda muito e funciona para qualquer curso. Em redações, as cobranças sobre os acontecimentos do dia a dia estão cada vez mais em alta. Gustavo Batista, professor de interpretação, também do Objetivo, reforça como dica, instruções das mais simples como uma boa noite de sono, alimentações leves, chegar com antecedência ao local e controlar a ansiedade.
Fachada da Universidade Presbiteriana Mackenzie E completa, “Ir com postura de É um momento para si próprio, que tudo que era possível foi feito, onde se é o único a decidir que rumo a de que o melhor estudo foi realiza- vida levará ao término da escola. do. Fazer a prova com essa mentaliEntre os cursos mais concorridade, é uma boa forma de manter a dos nas universidades, estão em sua calma. ”. Retoma falando que pode maioria, os de direito, medicina, puhaver sim expectativas, mas sem o blicidade, administração e ciência da desespero, onde o controle da ansie- computação. Educadores recomendade tem que ser colocado em práti- dam refazer provas de vestibulares de ca. Termina recomendando começar anos anteriores, para ter uma noção com as matérias em que se tem mais do que se precisa melhorar. Usar um facilidade enquanto ainda não se tempo livre para realizar redações. está tão cansado e lembrar de semCamila Souza, estudante do cursipre levar o que comer. nho Objetivo, chegou a prestar para Muitos adolescentes se sentem engenharia no final do ano passado e pressionados pelos próprios pais a não conseguiu, mas escolheu estudar entrar em uma faculdade logo, ou por meio ano, para depois tentar de querem decidir a profissão que seus novo. “No início foi difícil, meu pai filhos devem seguir. Resultawwn- queria que eu prestasse em algum oudo na maioria das vezes, em mal tro lugar para começar logo. Mas condesempenho do aluno na hora da versamos e ele me entendeu. Eu não prova. É recomendado sempre um estava com pressa”. diálogo. No final, o preparo psicológico Conversar com os pais sobre o acaba sendo, além dos estudos de rofuturo aparenta ser difícil, mas com tina, um dos fatores mais importantes calma é possível, não há nada de er- para a realização da prova. rado em quem não sabe que carreira seguir. Alguns acham que fazer curso preparatório é perda de tempo e gasto de dinheiro à toa, mas na verdade, alunos que o fazem, tem menos chances de desistirem do que podem vir a prestar. Esse tempo de “descanso”, sem pressa pós ensino médio, ajuda a pensar melhor sobre a escolha da faculdade e do curso. Para no momento em que ingressar em uma, ir com certeza do que quer. Aluna se preparando para o vestibular
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