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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE - CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS

Publicação feita pelos alunos do segundo semestre de Jornalismo - Ed 141 - Ano XI - Abril 2014

Sonhos entre a África e o Brasil SENEGALESES MORAM NO CENTRO DE SP E DIZEM IDENTIFICADOS COM O BRASIL

ROLÊS

organizado e nos parques. 4

ENTIDADE

Bloco une futebol e leitura. 3

PIRATAS

as marcas do mundo paralelo. 7


Viciados em Facebook e Internet

A psicóloga Rachel Bacchini (acima) diz que o uso da rede pode ser positivo. Kamila Novais diz que vê o que há de novo no celular a cada cinco minutos

Texto: Mariana Kovelis Fotos: Larissa Sugiyama

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egundo estudo realizado pela Consultoria Social Bakers, em março de 2014, foi constatado que o Brasil é o terceiro país mais ativo da rede social Facebook, ficando atrás somente da Indonésia e da India. Em qualquer lugar é possível encontrar alguém com o smartphone nas mãos, checando o que há de novo na rede. Para essas pessoas não há mais preocupação com o local e horário que elas mexem em seus aparelhos eletrônicos.

A estudante Kamila Novais,19, confessa ser uma viciada. “Se ser viciado e verificar o celular a cada cinco minutos, então eu sou. Quando desconectada, me sinto triste e entediada.” Kamila faz parte de cinco redes sociais- face, twitter, tumblr, linkedin e instagram. “Sinto necessidade de saber o que está rolando de mais legal nas redes, porque não posso perder nada que for inédito (risos) e também porque é uma distração divertida.”

Editor: José Alves Trigo Universidade Presbiteriana Mackenzie

Centro de Comunicação e Letras

Diretor: Alexandre Huady Guimarães Coordenadora: Denise Paieiro

Equipe: Bruno Leão, Caio Sandin Danielle Albuquerque, Danielle Antunes, Farias Jozino, Flávia Steiger, Larissa Sugiyama, Letícia Amaral, Maria Carolina, Mariana Kovelis, Nicole Siniscalchi, Paulo Yuzo, Sarah Lucchini, Thiago De Biase.

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De acordo com a psicóloga Rachel Bacchini,24, o viciado pode perder a vida social aos poucos, pelo fato da ‘’ vida on line ‘’ ter facilidades maiores, visto que a pessoa pode ser quem ela quiser e esta mais longe do preconceito e da falta de aceitação da sociedade. Quando perguntado a Kamila o que o mundo virtual tem que o real não tem, ela diz que no virtual há a possibilidade de ver tudo o que está acontecendo sem precisar dar satisfação a ninguém, além de poder fazer parte de qualquer grupo a qualquer hora e lugar. Para Rachel, a pessoa faz uso das redes sociais pois ganha algo que considera legal. “O uso da rede provavelmente tem reforço positivo, como ser socialmente aceito perante a sociedade ou grupo de amigos, como o ‘’ curtir ‘’ e ‘’ compartilhar’’ nos posts.’’

Jornal-Laboratório dos alunos do segundo semestre do curso de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Impressão: Gráfica Mackenzie Tiragem: 200 exemplares.


O Bloco das Crianças Texto: Sarah Lucchini Foto: Danielle Antunes

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ituado na periferia da zona sul de São Paulo, o Bloco do beco, associação cultural sem fins lucrativos, tem atuado desde 2002 oferecendo diversas expressões de cultura para as crianças e adolescentes da favela da Erundina. A associação surgiu do sonho de Luiz Cláudio de Souza, 41, que juntamente com sua esposa, Arailda Vale, 41, decidiu reativar o Bloco do beco, que antes atuava como uma escola de samba da região e que havia sido fechada. O Bloco do beco é, então, reaberto com novas propostas e objetivos, visando não somente a reatividade da escola de samba, como também a inserção da cultura como parte integral da vida das crianças e adolescentes dessa comunidade. Para isso, foram introduzidos diversos cursos, como dança, cinema, música, teatro, capoeira, dentre outros, e debates, de formação política e literatura. Isso sem contar que, o Bloco do beco também tem difundido a cultura na região através de atividades esportivas, apresentações de teatro, exibições de filmes, rodas de leituras, maracatu e do tradicional bloco de carnaval da associação. Todas essas atividades são distribuídas em três sedes, todas localizadas ali mesmo na zona sul. Para a concretização do projeto, a instituição contará com o apoio da FUMCAD (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Prefeitura de São Paulo) que bancará durante um ano todos os materiais didáticos utilizados no espaço, bem como os salários dos educadores e da equipe da Blocoteca. Porém, apesar do Fundo Municipal bancar parte do projeto, a reforma predial depende de uma segunda fonte de recursos para se concretizar, por isso o Bloco do beco recorreu ao Crowdfunding, mais conhecido como financiamento coletivo.

O bloco é uma experiência comunitária realizada na zona sul de São Paulo

Falta de verbas é o maior problema Mesmo com o financiamento do Crowdfunding, que ainda é incerto, a associação não tem o apoio governamental, nem privado para se manter. A estudante de pedagogia e fundadora do Bloco, Arailda, diz que quando estavam no começo do projeto, ela e o marido saíam na comunidade para pedir apoio financeiro para os comerciantes da região, quantia que ajudava no pagamento do aluguel do primeiro prédio da associação. Depois de 12 anos atuando na comunidade a realidade ainda não mudou. A instituição ainda não possui patrocinadores, nem apoio financeiro, o que dificulta, muitas vezes, manter os educadores, que são divididos em voluntários e remunerados, dependendo da disponibilidade e do acordo feito com a diretoria do Bloco, fazendo com que alguns cursos tenham que parar de serem ministrados por falta de verbas. A única forma de sustento da instituição vem do recolhimento da nota fiscal paulista decorrente das pessoas que não aderiram ao programa. Apesar dos empecilhos, a Blocoteca tem previsão para inaugurar no início do próximo mês e segundo os fundadores, uma das intenções é que a Blocoteca seja “uma porta de entrada para o Bloco do beco”, onde desde pequenas, as crianças, possam ser inseridas no meio cultural e se desenvolverem através da

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arte, valorizando a cultura local e buscando a união entre a família, a escola e a comunidade. “Hoje, o espaço é referência na comunidade e começou a ser procurado pelo pessoal de outros movimentos culturais”, relata Luiz Cláudio. Orgulhoso, Luiz, nos conta de exemplos, como Kelly e Anderson, jovens que antes participavam das atividades e hoje são educadores do Bloco. Além deles, há diversos outros casos de crianças e adolescentes que através da ONG tiveram a oportunidade de ter contato com a cultura e com isso perceberem o quanto esse acesso pode ser público, a partir de iniciativas como as do Bloco do beco, fazendo com que a realidade de criminalidade, tráfico, prostituição e desinteresse pela cultura como um todo seja extinguida, uma vez que desde cedo essa entrada no mundo cultural é viabilizada e incentivada. A mais recente proposta da associação cultural é a reforma da Blocoteca, espaço que abrange uma brinquedoteca, um ateliê de artes e uma biblioteca, com capacidade para atender 120 crianças, de segunda a sexta-feira, com educadores e uma equipe especializada. Além disso, no local também funcionará o projeto Futebol e Leitura, iniciativa que funde a prática do esporte juntamente com a introdução da leitura para os adolescentes e crianças inseridos no projeto.


Rolê legal nos parques Texto: Thiago De Biase Foto: Paulo Yuzo

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os últimos meses, jovens das periferias de São Paulo começaram a marcar eventos pelas redes sociais para fazer novas amizades. Esse novo movimento foi apelidado de rolezinho. Os primeiros locais escolhidos foram os shoppings centers. Esses encontros que eram para se divertir com novos amigos. Mas acabaram em brigas, furtos de lojas e correria das pessoas que estavam com seus parentes. Foi então que um grande debate foi proposto para as autoridades. Para onde levar esses jovens? Os shoppings, os lojistas e muitos dos seus frequentadores, não queriam mais eles nos shoppings e conseguiram até liminares para impedirem a entrada de menores desacompanhados de responsáveis. Foi então que a prefeitura interveio e junto a Secretaria Municipal de Promoção a Igualdade Social pediram para que os “rolezeiros” - como são chamados as pessoas que frequentam os rolezinhos - utilizassem os parques da cidade. Jovens como Júnior, mais conhecido de Juninho JP, de 15 anos, que reside na zona sul, próximo ao autódromo de Interlagos, seguiram o pedido da prefeitura em começar a organizar os rolezinhos em lugares públicos, como o Parque do Ibirapuera. Juninho estuda, e trabalha com o tio em um sacolão de frutas e verduras. Ele vê nos rolezinhos um lugar onde ele pode se divertir, conversar e tirar fotos com os amigos. Os rolezeiros têm por característica se vestir com boné, regata, bermuda e tênis. Na hora de nos contar o que

Júnior, 15 anos, participante e organizador de rolezinhos.

GCM marca presença em rolezinho no Parque do Ibirapuera

acontece nos encontros, Juninho nos responde dando risada: "muito beijo na boca". Entramos em contato com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Promoção a Igualdade Social, e perguntamos qual era a posição da prefeitura perante aos rolezinhos e se eles estavam os apoiando. Eles responderam que a prefeitura apoia que esses jovens utilizem totalmente os espaços públicos, pois é de direito deles. Ainda co-

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municaram que eles estão com um projeto para promover mais ações socais como os rolezinhos. Em entrevista ao site de notícias G1, o promotor Mauricio Antônio Ribeiro Lopes – que participou das reuniões entre shoppings centers e representantes do rolezinho – declarou que “devemos olhar o fenômeno (rolezinho) como uma crítica ao modelo de cidade, como uma falência do modelo urbano que São Paulo adotou”.


Eles são senegaleses, mas sentem-se em casa

Texto: Lucas Farias Jozino Fotos: Letícia Amaral

Fara e Massa na avenida Ipiranga, no centro de São Paulo

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m prédio na Avenida Ipiranga, no coração da capital paulista, é o endereço de dois africanos que migraram para o Brasil à procura de emprego e melhoria de vida. O Edifício Constância foi o escolhido devido a pouca burocracia e o contrato mensal do aluguel. Os senegaleses Moussa Dia, 27 anos, e Fara Niang, 24, ganham a vida vendendo bijuterias pela cidade de São Paulo, e já se sentem brasileiros apesar do pouco tempo de vivência no país. Moussa está no Brasil há um ano e três meses e afirma que fez a decisão certa em sua mudança. “Em São Paulo tem muito emprego, com salário muito bom. Diferente do nosso país, onde também não há guerras, mas tem pouco trabalho e muita pobreza. Sinto-me confortável aqui pelo povo ser caloroso e ter bastante negros”. Senegal é um país do ocidente da África, tem 13 milhões de habitantes e sua língua oficial é o francês.

Fara mora na capital paulista há nove meses e veio para o Brasil não somente em busca de uma melhoria econômica. Segundo ele, quando estudava em seu país aprendeu a história brasileira, se interessou muito e foi um fator que influenciou em sua escolha. Os amigos, muçulmanos e companheiros de trabalho, não são os únicos imigrantes que residem no Edifício Constância. Segundo José da Silva, que está há nove anos trabalhando na administração do prédio, vivem de 50 a 80 africanos, em média. “Há cinco anos começaram a vir para cá. Eles são muito felizes, conversam bastante com a gente.”, afirmou. Para alugar um kit net é necessário apenas a cópia do passaporte e o pagamento do aluguel na hora. O condomínio custa R$400. Apesar de se considerarem também brasileiros, os senegaleses Moussa e Fara aguardam o documento que garante a permanência no Brasil, o RNE. Enquanto isso, eles possuem um protocolo temporário para obterem a Cédula de Iden-

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tidade para Estrangeiros (RNE). O jovem africano Fara se diz confiante na permanência no Brasil e já faz planos. “Quando sair meu documento, quero em primeiro lugar, visitar minha família e depois retornar para cá. Depois de um tempo pretendo montar uma indústria em Senegal que tenha relações com o Brasil”. Para Moussa, o país do futebol ainda deve consertar problemas da polícia com o estrangeiro, principalmente com africanos. “Quando a polícia nos vê com uma mochila com materiais que compramos na 25 de Março, ela tira da gente. Compramos com o dinheiro do nosso ganho diário. Ela não faz isso com os brasileiros, e eles tem o mesmo material que o nosso. Já aconteceu isso comigo duas vezes. Em cada vez, perdemos em média mil reais. Por que fazem isso só com os africanos? Por que eles não nos respeitam?”, indagou. A conexão África-Brasil contém muitos traços semelhantes. Aqui os africanos se sentem em casa e vivem com um mesmo grande sorriso estampado no rosto do brasileiro.


A expansão da cultura Geek Texto: Caio Sandin Fotos: Bruno Leão

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e há alguns anos os nerds eram estereotipados como um grupo do qual você não gostaria de fazer parte, atualmente há uma cultura crescente composta de pessoas que, além de terem orgulho de pertencer à essa tribo, buscam cada vez mais membros e locais para se encontrar, jogar e discutir assuntos em comum. “Quando comecei, eu tinha 10 anos de idade, era nos anos 80. Não tinha internet. Vim de Belém do Pará, uma cidade que tinha muito menos recursos que São Paulo”, diz Matheus Vale, 34, colecionador de quadrinhos e action figures, também fundador da página “quadrinhossauro.com”. O colecionador conta que, quando criança, reunia-se com outras pessoas interessadas no assunto para trocar informações e diferentes edições. A internet promoveu e facilitou o acesso para fazer parte da cultura geek. É possível ver, inclusive, a expansão crescente desta cultura e sua valorização pelos mais diferentes meios. Como é

Matheus Vale mostra parte de sua coleção o caso do bar “Gibi Cultura Geek”, situado no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. Inaugurado no final do mês de janeiro deste ano, o espaço é inteiramente temático, focado em discutir sobre o meio geek, diz Tiago Almeida, um dos sócios do estabelecimento. O bar tem um ambiente inspirador para discutir e formar novas amizades. “Minha ideia para substituir o futebol, luta por cinturão do UFC na televisão, era transmitir séries de televisão”, diz o sócio, empolgado com o resultado positivo do projeto, que permite dar espaço a discussões que possam integrar um grupo com a mesma cultura. “E aí a pessoa pode sair do trabalho

O local é uma espécie de bar e ponto de encontro de nerds

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e em vez de ir para sua casa assistir Game of Thrones, pensa: ‘vou lá tomar uma e aí eu troco uma ideia com a galera e vou pra casa’”, completa. “Eu passei a vida inteira sendo chamado de nerd, então, eu me considero um e já absorvi isso pra mim”, diz Matheus Vale, reforçando a ideia de que é um nerd especialista, já que o negócio dele é histórias em quadrinhos. Quando o sócio do bar decidia em qual definição usaria no nome de seu estabelecimento, ele fez uma pesquisa e relatou que “o geek é um nerd mais social, que gosta de sair”, no entanto, completa dizendo que não gosta dos rótulos estereotipados pelos outros.


O sucesso dos piratas Texto: Danielle Albuquerque Fotos: Maria Carolina

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ouis Vuitton, Victor Hugo, Tommy Hilfiger e Michael Kors. Essas são marcas famosas, caras e desejadas por muitas pessoas em todo do mundo. Cada vez mais essas marcas perdem prestígio e o que você nas ruas são imitações. Pelo menos no Brasil. “As pessoas compram produtos de luxo, pois eles são símbolos de poder, e caracterizam o status que a pessoa tem ou porventura gostaria de ter. Mesmo quando ela não tem o status financeiro ou o poder de compra, ele tem necessidade diferenciar dos demais para demonstrar a individualidade e se destacar perante o grupo ao qual pertence.”, explica Ana Maria Moreira, professora de história da moda na Escola Panamericana de Artes. Os chamados produtos de segunda linha ou piratas são uma febre no Brasil. Por ano, a estimativa de rendimento da indústria de falsificação é de US$ 250 bilhões por ano. Entre elas: bolsas, sapatos, roupas, relógios e óculos. A indústria pirata está se aprimorando, sendo hoje cada vez mais difícil diferenciar um produto falsificado de um genuíno. Só quem compra os verdadeiros sabe realmente diferenciar. A cada temporada de moda, novos produtos são lançados e assim que se tornam “produtos desejo”, imitações são feitas e de repente todo mundo possui. Isso acaba sendo contínuo, e é motivo de preocupação para muitas marcas e estilistas. “Cada vez mais os estilistas se resguardam por meio de contratos com seus fornecedores e prestadores de serviços”, explica a professora. A partir do momento em que o produto se torna “popular”, ele perde o valor. “Quando o estilista lança um produto no mercado ele é primeiro aceito por quem tem mais poder de compra. Conforme esta mercadoria é vista por um público maior, menos ela deixa de ser novidade e mais fácil ela chega aos consumidores menos abastados e deixa de ser luxo.”, comenta

Lojas populares de um shopping na região do Brás

Ana Maria. No comércio de rua na região do Brás, os preços das imitações variam entre R$30, em uma Louis Vuitton, até R$100 em uma bolsa Chanel. Porém, de acordo com a revendedora

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Estefani Christofali, as marcas que mais estão sendo pedidas atualmente são John John e Michael Kors, que variam de R$40 a 60, dependendo da qualidade e do produto, que variam ser desde bonés, até bolsas e jaquetas.


“Foods Trucks” chegam com tudo Texto: Flávia Steiger Fotos: Nicole Siniscalchi

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ara o serviço rápido e de boa qualidade, brasileiros se adaptam ao uso de restaurantes móveis. Chamados de food truck, a população vem se apoderando do costume americano há pouco tempo. Com a diversidade de alimentos oferecidos, muitas pessoas já se apaixonam pela nova tendência. Localizados em áreas próximas a região central de São Paulo, donos de trailers estacionam seus restaurantes móveis em praças e ruas elegantes de bastante movimentação. Estes veículos combinam com o ritmo frenético da cidade e seus habitantes, que ao gastar seu tempo de almoço comendo num delicioso food truck, sente-se como se não estivesse num dia de semana e de trabalho. “É como se eu estivesse fora de São Paulo, num período de férias”, disse Felipe Benute. Os trailers oferecem ao público uma variedade imensa de comidas. São capazes de atender a todo e qualquer tipo de clientela. De comidas saudáveis a comidas gordurosas. Desde a salada, até o hambúrguer. Você pode encontrar exatamente tudo, como massas e kebab no “Rolando massinha”, hambúrgueres no “Buzina Food Truck”, cachorro quente no “Hot Dog do Betão”, temaki no “Temaki navan”, yakissoba no “Nhakombe”, filé de peixe empanado e batatas fritas no “fichips food”, e pra dar uma variada, canapés de camarão e belos drinks no “Astor Truck Bar”. Há um tempo, os truckeiros, assim chamado os donos dos food trucks, trabalhavam infringindo a lei, que logo foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad. No final de dezembro de 2013, a câmara de São Paulo aprovou a lei que dispõe as regras para a comercialização de alimentos em vias e áreas públicas, assim aumentando cada vez mais a moda americana para os paulistas. Vindo de solo americano, Jorge Gonzales e Márcio Silva, trazem a ideia do Buzina Food Truck. Amigos há três anos, com o mesmo sonho e

Buzina Food vende sanduíches na Vila Olímpia desejo de abrir um negócio próprio. “Nós começamos com a ideia há mais de 1 ano. O projeto levou 9 meses e colocamos o Buzina na rua em Janeiro”, diz Márcio. Saindo de um ambiente entre quatro paredes, e deixando de lado a alta gastronomia, coloca em prática o restaurante móvel. Uma das grandes dificuldades de trabalhar com este tipo de serviço é o carregamento das coisas. “No trailer é mais pesado devido ao espaço limitado e ao fato de carregar e descarregar toda hora”, desabafa Jorge. Tendo uma cozinha baseada em ingredientes orgânicos, surgem ideias de comidas diferenciadas, como o Frango orgânico ao curry, cuzcuz marroquino, chutney de manga, amêndoas tostadas e coentro. “Somos

Hambúrguer do Buzina Food

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cozinheiros então pensar em pratos veio naturalmente durante conversas do que queríamos servir”. O prato principal e o mais pedido é o Truck Burger, “deliciosamente grande e saboroso para qualquer hora”, afirmou Janete Ribeiro. O Buzina Food Truck funciona todos os dias em locais diferentes. Geralmente, estão pela região Sul e as vezes na zona leste. “Todas as regiões são iguais em termos de número de pessoas”. A média é de cem pessoas por dia, tendo sempre os fãs fixos. Seus horários estão disponíveis em sua pagina do facebook. A nova onda de trailers pela capital paulista tem em vista a máxima interação com o público junto aos seus preços acessíveis e suas comidas atraentes. #ficaadica


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