Jornal Orion

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Novembro/2011

8 - Primeiro Caderno

Missionários de ontem e de hoje A

palavra missionário sempre soa para mim como mensageiro de boas novas, presença alegre e cheia de esperança, desde a minha mais tenra infância. Os primeiros pastores que conheci lá no interior da Bahia eram missionários americanos que nos davam a impressão de verdadeiros anjos de Deus que só viviam para nos fazer bem, contando as belas histórias da Bíblia e ajudando os carentes em suas necessidades. Não posso me esquecer das figuras imponentes e ao mesmo tempo ternas e amorosas do Dr. Ricardo Waddell, Dr. Rogério Perkins, Dr. Norman Dunsmore, Dr. Raphael Warhaug e outros missionários que vieram desbravar os sertões da Bahia, indo aos rincões de Minas e Goiás, pregando o Evangelho, distribuindo Bíblias e formando congregações em vários lugares. Não posso deixar de mencionar o Dr. Ellis Graves que se tornou meu pai, me ajudou nos estudos em toda a minha preparação para o ministério pastoral. Eles viajavam com uma tropa de burros e um camarada que os acompanhava para cuidar de tudo e passavam três ou mais meses longe da esposa e dos filhos pequenos. Aqui no planalto central foram pioneiros o Dr. Franklin Graham, Rev. Alberto Reasoner, Ricardo Irwin e Rev. João Miller, depois de outros que arriscaram a própria vida para implantar o Evangelho nessa região. Foram perseguidos das formas mais grotescas e mais desumanas, tentando impedir o povo de ouvir a Palavra de Deus e se converter a Jesus Cristo. “Um vigário de Planaltina e da região alertava o povo, diante do altar da capela que Franklin Graham guardava na Igreja Presbiteriana um vidro contendo um capeta, que era solto no púlpito durante os cultos, conforme relato de Jason Tércio em seu livro – “Os Escolhidos”. Informa ainda Jason Tércio que o padre ia de casa em casa recolhendo as Bíblias, livros e folhetos

distribuídos pelos missionários. Mas nem isso, nem as pedradas jogadas no templo, nem a algazarra e a sujeira nas paredes e nas portas, nada disso intimidava o Dr. Franklin e D. Jean, com seu grupo. Foi assim que o trabalho se consolidou, formando a Igreja Presbiteriana de Planaltina. O que a obra missionária nos deixou no Brasil, no Norte e Sul, Nordeste e Sudeste é algo de valor incalculável: – Igrejas, escolas, hospitais e outras obras sociais, por onde passaram esses arautos de Deus. A minha própria vida e centenas e milhares de meninos pobres neste país foram influenciados pela obra missionária dessa gente que consagrou sua vida inteira para salvar nosso povo da ignorância espiritual, resgatando os deserdados da sorte para uma vida de dignidade pessoal e de serviço ao próximo. O Brasil que foi alvo dessa bênção de Deus, recebendo tanto, agora se transforma, aos poucos, em celeiro de missionários que se espalham pelos quadrantes de nosso país e para outros países, inclusive entre os muçulmanos, arriscando a própria vida para proclamar o Evangelho da Redenção e libertação em Cristo Jesus. Estes são os missionários de hoje.

A igreja, de certa forma, permanece na retaguarda, como sempre se diz, orando e sustentando aqueles que estão na fronteira da luta contra as hostes do mal. Todavia, temos também aqui em nossos arraiais, grandes desafios para uma obra missionária urgente e contínua, dentro de nossa casa, com nossa família, nossos filhos, esposos e esposas que, por vezes, desistem e desertam da fé cristã, filhos que se perdem para o mundo, colegas de escola e de trabalho, vizinhos, que se encontram em estado de desespero. Há muitos que se suicidam e pouco sabemos. Irmãos, este é nosso campo missionário, diante do nosso nariz. Há pessoas que estão escravizadas pelas drogas e permissividade em todas as práticas imorais destruindo-se e se condenando hoje e para a eternidade. Somos os missionários de perto para proclamar a essas pessoas que Cristo os ama e quer libertálas e salvá-las para uma vida feliz e abençoada agora e para sempre. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

Sua igreja se preocupa com a saúde dos membros? Pesquisa revela que quanto mais saudável for o líder, mais saudáveis são os fiéis Pesquisadores da Universidade de Rhode Island, nos EUA, deram uma volta pelo país e reuniram mais de 13 mil líderes religiosos, entre pastores, padres e rabinos. Mas não se tratava de nenhum congresso sobre fé ou espiritualidade, e sim de uma pesquisa sobre saúde. O objetivo: descobrir se a religião pode influenciar as pessoas a cuidar melhor do corpo. Cada um dos líderes religiosos respondeu a um questionário sobre os hábitos de vida dos fieis de sua região (tais como frequência de exercícios físicos, alimentação e preocupação com doenças). Em paralelo, todos os 13 mil voluntários tiveram medidos seu IMC (Índice de Massa Corporal) e outros indicadores de saúde. O resultado mostrou que existe, de fato, relação entre as duas coisas. Quanto mais saudável o guia religioso, em linhas gerais, mais saudável era a comunidade para quem ele ministrava a palavra. E isso está relacionado com vários fatores; desde a preocupação

do templo em incentivar que a população frequente o médico até o tipo de comida servido em cerimônias e piqueniques das congregações. Os pesquisadores explicaram que o estudo foi focado em templos religiosos devido a um fator sociológico: mais de 40% dos americanos frequentam alguma espécie de templo, no mínimo uma vez por semana. Dessa forma, como defendem os pesquisadores, não seria de se surpreender que os indicadores tivessem relação um com o outro. O que faz diferença, conforme apuraram os pesquisadores, são as atividades sociais que a igreja promove. Os templos Luteranos e Metodistas, que forma considerados os mais saudáveis, chegam a promover atividades esportivas para os fieis. A qualidade de vida de cada religioso, em geral, foi proporcional à preocupação que os grupos religiosos dedicam à saúde. Hype Science

Tradicional, Assembleia de Deus discute se mulheres podem ou não ser pastoras

A

s igrejas “Assembleia de Deus”, uma das mais conservadoras do Brasil, vive um momento de reavaliação de conceitos. Diversos ministérios e convenções tem debatido a consagração de mulheres ao Pastorado. Até hoje, a Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) não reconhece as mulheres como passíveis de consagração, por uma tradição de cem anos consagrando apenas homens ao ministério. Segundo o site Verdade Gospel, o presidente da Convenção das Assembleias de Deus do Distrito Federal, Pastor Sóstenes Apolos, tomou uma decisão em favor da consagração de mulheres ao pastorado. Na assembleia

da convenção do DF, que contou com a presença de 1.500 correligionários, 70% dos presentes votaram favoráveis à consagração de mulheres ao ministério pastoral, e já existem 50 mulheres interessadas. Esse é um grande impasse entre as Assembleias de Deus, pois por serem independentes, as convenções regionais acabam tomando decisões que podem não ser aceitas pela CGADB. Alguns Ministérios, como o de Madureira, já consagram mulheres. O grande exemplo dessa nova postura foi a consagração da cantora Cassiane. Resta a dúvida se nas próximas reuniões, a CGADB irá reconhecer a consagração das pastoras. Gospel+


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