Jornal Orion - Março 2014

Page 1

Primeiro Caderno - 1

Março/2014

Impacto Transbordo reúne 500 jovens em terminais de ônibus durante ação evangelística

Pág. 11

Março/2014 - Ano VIII - Nº 99 - www.jornalorion.com - Edição Mensal - Distribuição Gratuita

CALEBES REALIZAM AÇÕES NO SUL DO ESTADO As férias, que geralmente acontecem no final do mês de dezembro até janeiro e julho, são esperadas por alunos brasileiros como uma oportunidade para descansar, viajar e aproveitar a companhia dos pais. No entanto, mais de 200 adolescentes no Sul de Minas Gerais abriram mão do conforto de casa e de suas férias para levar amor e sorriso às pessoas por onde passavam. Eles,conhecidos como Calebes, atendem à comunidade através de ações sociais, orientação sobre saúde, orientação bíblica, de casa em casa. !

Página 7

Está faltando água no Brasil

Alguns cristãos confundem Graça com “libertinagem” Página 2

! Você já deve ouvido falar que

está faltando água no Brasil. Se você mora em São Paulo, ou em algumas áreas do Nordeste, você poderá estar na verdade sentindo falta de água. Sabemos que no caso de algumas regiões de nosso país, está faltando água por falta de chuva, o que poderá levar até mesmo ao racionamento de água e energia.

Reßexões de Monteiro sobre seu tempo na prisão

Página 4

Página 6

Igreja Adventista inaugura novo espaço para atender ADRA e Serviço Educacional Lar e Saúde no RJ

A importância do repouso Hoje em dia a vida é rápida, excitante e exaustiva. Poderia ser mais descanso a resposta? Uma noite de sono refrescante e ininterrupto é uma vantagem real, mas a maioria das pessoas trabalha em atividades sedentárias, com datas limite para tarefas e vivendo problemas que drenam emoções. Para estas frequentemente é difícil conciliar o sono e descansar em paz. A fadiga é uma das causas mais comuns que leva a pessoa ao médico. Dormir é essencial para manter uma mente bem equilibrada e saúde do corpo. Dormir permite seu corpo renovar-se a si mesmo e obter melhores condições de cura. !

Página 7

Página 8


Março/2014

2 - Primeiro Caderno

A oração tem poder Precisamos desfrutar a experiência do Pentecostes em nossos dias

H

á poucos dias, encerramos o IV Campori Sul-Americano de Desbravadores. Foi uma festa para mais de mil clubes, de doze países, que viajaram por céu, terra e água para chegar à cidade de Barretos, no interior do Estado de São Paulo. Foi emocionante ver 35 mil participantes lotando o estádio em que foram realizadas as reuniões gerais e onde foi apresentada a mensagem bíblica a cada dia pela manhã e à noite. O comportamento exemplar, o entusiasmo ao cantar e a reverência ao ouvir os sermões e as palestras foram impressionantes! Porém, o ponto marcante desse encontro foi a resposta divina a milhares de orações. Cerca de um ano antes do evento, tivemos uma reunião na sede da Divisão Sul-Americana (DSA), em Brasília,

para a definição sobre a realização do programa. Conselhos vinham de todos os lados, recomendando mudança de data ou de local. Os especialistas alertavam para os temporais que normalmente ocorrem na cidade, na época marcada para o Campori. Isso poderia se tornar uma tragédia, além de comprometer o encontro. Separamos algumas horas para discutir o tema com os líderes de cada uma de nossas Uniões. Oramos fervorosamente e avaliamos a situação. Por inúmeras razões, não tivemos como mudar a data. Pensamos em mudar o local, mas não havia outro com infraestrutura necessária para um evento tão grande. Depois de muito diálogo e oração, decidimos, a exemplo de Abraão, avançar pela fé. A partir daí, muita gente começou a orar, clamando a Deus para

“Como está sua vida de oração? Se oração fosse alimento, quanto você pesaria? Aproveite esses dias especiais para renovar sua experiência pessoal com o Senhor e também para levar sua igreja a “um reavivamento da verdadeira piedade”; aÞnal, essa é “a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades”

que não chovesse e o programa pudesse realizar o sonho dos desbravadores e deixar marcas eternas na vida de cada participante. Toda a nossa equipe da DSA jejuou pelo Campori, no dia 18 de dezembro de 2013, e um dos pedidos especiais foi sobre o clima. Durante o evento, ficamos apreensivos e em permanente oração. Na primeira noite, houve chuva leve, sem muito vento, que não criou problemas. A partir daí, intensificamos as orações. Terminado o encontro, tenho a alegria e a emoção de dizer que passamos os seis dias do evento com sol forte, temperatura firme e todas as atividades ocorreram normalmente! Foram batizados 346 desbravadores e mais de 2 mil aceitaram o apelo para servir à causa de Deus como pastor ou em outras áreas. Não houve nenhuma fratura, os ônibus chegaram e retornaram tranquilamente e Deus protegeu o acampamento. Cerca de três horas após o encerramento do Campori, o local foi inundado por uma tempestade que teria arrasado totalmente o acampamento se tivesse acontecido durante o programa. Foi uma

prova do cuidado de Deus pelos desbravadores, mas também uma demonstração do poder da oração. Se a oração operou um milagre diante de 35 mil desbravadores, o que ela não poderá fazer em sua vida pessoal, familiar ou em sua igreja? Estamos na fase final de preparo para os 10 Dias de Oração, de 13 a 22 de fevereiro, e 10 Horas de Jejum e Oração, no sábado, dia 22. Esse movimento espiritual vai nos colocar mais perto do Céu e ser um agente de grandes milagres. Durante esses dias, de maneira especial, quero convidá-los a experimentar o poder da oração. Será uma oportunidade para dedicar a primeira hora do dia para estar na presença de Deus, fazer encontros de oração, tanto para a igreja quanto para a comunidade e, no último sábado, passar 10 horas na igreja, em um encontro especial de louvor, oração e jejum, clamando pelo poder do Espírito Santo. Queremos começar o ano com um chamado à comunhão, que é o primeiro pilar de nossa visão de discipulado. Se não começamos com o Senhor, já começamos fracassados. Não ter tempo para

Deus é viver sempre perdendo tempo. “A negligência da oração representa um desastre para a vida espiritual” (Ellen G. White, Perto do Céu [MD 2013], p. 105). Precisamos acreditar na oração e experimentar seu poder; afinal, ela “é o meio de obter bênçãos que, de outra forma, não seriam obtidas” (ibid., p. 16). As promessas bíblicas sobre o tema também se multiplicam e uma delas é apresentada por Tiago: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16). Como está sua vida de oração? Se oração fosse alimento, quanto você pesaria? Aproveite esses dias especiais para renovar sua experiência pessoal com o Senhor e também para levar sua igreja a “um reavivamento da verdadeira piedade”; afinal, essa é “a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 189). A igreja primitiva cresceu, recebeu o Espírito Santo e alcançou o mundo porque fazia da oração a prioridade em qualquer situação. Juntos, vamos repetir essa experiência durante os 10 dias de oração – nosso Pentecostes moderno.

Alguns cristãos confundem Graça com “libertinagem” Vejam que texto fabuloso: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Judas 4). Comentando a expressão “transformam em libertinagem a graça do nosso Deus”, a Bíblia de Estudo de Genebra (de orientação Presbiteriana), diz o seguinte: “Os oponentes de Judas eram culpados de antinomismo - a convicção de que os cristãos não têm obrigação alguma de seguir a lei moral como regra de vida. Tal ensino foi um problema permanente na Igreja Primitiva (Rm 3:8; 6:15; 1Co 6:1215; Gl 5:13), especialmente onde a ênfase de Paulo sobre a justificação pela graça mediante a fé era mal entendida e pervertida” (pág. 1521). Segundo o comentarista, havia uma classe de pessoas, NA IGREJA, que defendiam que a Lei de Deus havia passado, e que os novos crentes não mais deveriam se submeter às suas reivindicações. Qual foi a resposta de Judas para isso? Estas pessoas transformaram a GRAÇA em LIBERTINAGEM (tradução do termo grego ASELGEIA). É curioso observarmos que este fato tão atual já fazia parte das “disputas teológicas” ainda na época dos primeiros cristãos. Assim como hoje, no primeiro século também existiam os pseudo-crentes que tentavam justificar um modo de vida desobediente à Lei de Deus, com o argumento furado de que a graça cobria qualquer violação dos Mandamentos. Na posição de líder da Igreja, Judas se deparou com os mesmos

problemas que os que desejam ser fieis a Deus na guarda da Lei Moral (os 10 Mandamentos - cf. Êxo. 20:3-17) se defrontam hoje, quase 2000 anos depois. Nada mudou! Como Adventistas do 7º Dia, frequentemente somos bombardeados com a mesma heresia da época dos apóstolos, a qual a teologia chama de ANTINOMIA, ou seja, a declaração absurda de que a Lei passou, e que agora, por vivermos no tempo da graça, não precisamos mais nos submeter à obediência a qualquer mandamento. A mesma indignação que Judas sentiu nós também sentimos! Esta “graça barata” ou “libertinagem”, nas palavras do escritor inspirado, não tem nada que ver com o ensino da Graça que Paulo demonstrou tão magistralmente. Assim como naquela época, muitos hoje também confundem os escritos de Paulo e ensinam coisas que o apóstolo jamais intentou ensinar (cf. 2Ped. 3:14-16). É mesmo uma pena que tanta gente, até sincera, se deixe levar por heresias como estas, que ensinam que a Lei passou! Mas, no fundo, nós sabemos quem está por trás de tudo: o inimigo de Deus. Desde o princípio de tudo que ele tenta subverter a verdade com mentiras mascaradas. Por exemplo: Deus disse: “se comer morre”; O diabo disse: “não morrerás”... e o povo continua crendo na mentira até hoje (inferno eterno, reencarnação, alma penada, purgatório, etc.). Deus disse: “Lembra-te do sábado”; O diabo disse: “Guardarás domingos”... e o povo continua crendo na mentira até hoje (em muitos lugares, o sábado é o dia da faxina nas igrejas... que absurdo!).

Deus disse: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos”; O diabo disse: “A lei passou”... e o povo continua crendo na mentira até hoje. Portanto, caros amigos, esta heresia ensinada nos púlpitos de muitas igrejas que professam ser cristãs, não é nova... não começou no Movimento Pentecostal do séc. XIX, nem no neo-Pentecostal do séc. XX, e nem mesmo na Reforma Protestante do séc. XVI. Esta heresia que ensina que a Lei passou é tão antiga quanto a própria Igreja, pois o diabo sempre procurou obscurecer o entendimento e desviar a atenção dos menos avisados e dos que preferem viver na “libertinagem” de uma “graça barata”. Sigamos firmes na fé, pois temos a certeza de que o Senhor guia Seu povo no meio das trevas, e o conduz para Sua maravilhosa luz (cf. Apoc. 14:12; 12:17; João 8:32). O diabo está irado, mas a Lei de Deus é eterna e nos acompanhará para sempre! “Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2:4). Que declaração forte, não acha!?

Gilson Medeiros

Angela Maria, Carlos Augusto foram batizados pelo Pr. Montano de Barros.

Ex-pastor evangélico é batizado no Rio de Janeiro

C

arlos Augusto Silva era pastor evangélico e professor de teologia, grande conhecedor da Bíblia, passava por um momento de profunda depressão. Seu primeiro contato com a igreja adventista foi através da TV Novo Tempo durante o programa: Está Escrito do pastor Ivan Saraiva. “Era madrugada e eu tinha muita dificuldade para dormir. Ao trocar de canais encontrei o pastor Ivan Saraiva falando de uma forma tão amigável sobre a Palavra de Deus, foi como um bálsamo para o meu coração”, conta Silva. Desde esse dia Silva passou a ser telespectador assíduo da Novo Tempo. “Era como se o pastor Ivan falasse diretamente comigo e eu passei a interagir literalmente com ele”. Carlos continuou relutando por cerca de um ano até que tomou a decisão de procurar a igreja adventista mais próxima, diante do apelo do pastor Ivan: ‘Quantas vezes eu vou ter que falar pra você procurar a igreja e dizer que é meu convidado?’. E foi durante o lançamento do

5 Seminário de Enriquecimento Espiritual com o tema: Comunhão e Profecia, dirigido pela Divisão Sul Americana que aconteceu no dia 08 de fevereiro, que Carlos Silva e a sua esposa Angela Maria aceitaram a Jesus e foram batizados durante o evento que reuniu 3 mil pessoas. Carlos e Angela afirmaram que vão participar das 40 madrugadas com Deus e fazer parte da jornada espiritual. A filha do casal Alana estava presente ao batismo e já está fazendo estudos e se preparando para o batismo ainda nesse ano. Pastor Erton Köhler fez menção ao tema da apostila para a importância destes momentos em que vivemos que são difíceis e mostram que a Volta de Jesus está muito próxima. “Será uma oportunidade para a igreja aprofundar-se no tema das profecias, preparar-se para a Volta de Jesus e continuar o estudo com seus materiais a partir destes quarenta dias’, afirmou o líder sul-americano. Dina Karla Miranda


Primeiro Caderno - 3

Março/2014

O LAGO DE FOGO TERÁ UM LUGAR ESPECIAL PARA CHARLATÃES

Q

uando a gente pensa que já viu, ouviu e leu de tudo, vêm uns e surpreendem... Charlatães que só pensam no dinheiro dos fiéis infelizmente não são novidade, mas pastor que manda as mulheres não usarem roupas íntimas no culto e pastora que arranca o coração de um fiel, aí já é demais! A primeira “novidade” eu li no site Gospel Mais: “As doutrinas evangélicas pentecostais têm se aproximado cada vez mais da bizarrice: em Nairóbi, Quênia, um pastor proibiu as mulheres que

frequentam sua igreja de usarem roupas íntimas durante os cultos. A ordem do pastor veio acompanhada do argumento de que, sem calcinhas, elas poderiam sentir-se mais próximas de Deus. Esse modo estranho de se aproximar de Deus se assemelha à estratégia do pastor sul-africano que mandou os fiéis comerem grama durante o culto. O pastor Njohi, líder da Lord’s Propeller Redemption Church, em Nairóbi, acredita que se as mulheres estiverem sem sutiã e calcinhas, poderiam ficar livres em sua ‘mente e corpo’ e tornar o contato espiritual mais simples. Segundo

“É o tipo de bizarrice que joga o nome cristão na latrina. É o tipo de atitude desmiolada e sem-vergonha que envergonha o evangelho e faz com que, na cabeça dos generalistas e dos inimigos da fé, as religiões sejam niveladas por baixo e descartadas como loucura ou safadeza.”

o site inglês Metro, ‘estranhamente o pastor não ordenou aos homens que fossem sem cuecas ao culto’.” A outra notícia, com vídeo e tudo, foi veiculada no site Hipercurioso: “E mais uma vez navegando pela internet me deparo com um ilustre milagre... Uma pastora fez uma obra que médico nenhum explica! Ateus vão dizer que é montagem, incrédulos vão dizer que é irreal... Mas aposto que é friboi.” É o tipo de bizarrice que joga o nome cristão na latrina. É o tipo de atitude desmiolada e sem-vergonha que envergonha o evangelho e faz com que, na cabeça dos generalistas e dos inimigos da fé, as religiões sejam niveladas por baixo e descartadas como loucura ou safadeza. É uma pena... Isso me faz pensar que haverá um lugar especial reservado para esse tipo de gente no lago de fogo. [MB]

Fiel “curado” com o coração na mão

$% Família

Um homem completamente feliz

A

o se olhar para uma mulher, tem-se a impressão de que Deus a dotou com tantas capacidades naturais, que até esqueceu de dar um pouquinho aos homens... Na realidade, este era o plano de Deus ao criar Eva logo depois de Adão e dizer-lhe que a mulher seria sua auxiliadora (Gênesis 2:18). No plano de Deus, a mulher teria a função de auxiliar. Que função extraordinária! Que talentos maravilhosos Deus concedeu a ela, para que pudesse dar à família as atenções e atitudes necessárias para que tudo corresse muito melhor! No entanto, a esposa precisa estar atenta à necessidade peculiar do esposo. O que faz com que ele se torne feliz no dia-a-dia? O homem é diferente da mulher não apenas no aspecto físico, mas também no aspecto psicológico. Não existe nada no homem que seja semelhante na mulher. Deus desejava que fosse assim, portanto, os alimentos emocionais que deixam a esposa feliz, não são os mesmos que tornam o marido completo. Por exemplo, quando a mulher recebe do marido um cartãozinho amorável, com palavras gentis e ainda um abraço dizendo, “querido, eu a amo demais!”, o coração dela perece saltar fora do peito. Em seguida ela sente uma vontade imensa de fazer algo pelo marido também. Porém, quando a esposa diz ao marido as mesmas palavras: “Querido, eu o amo demais! Você é

maravilhoso!”, ele não tem o mesmo brilho nos olhos que ela teve. É claro que estas palavras o tornam feliz, mas não têm o mesmo impacto no coração dele, como tiveram no dela. O que acontece? Se a esposa pudesse abrir o coração do marido, ela poderia ler o seguinte: “Diga-me porquê sou importante pra você”, “Diga que eu sou inteligente”, “Fale como eu sou bom para a família”, “Quero ouvir de você como sou um bom profissional”. Essas frases significam muito para o homem. As frases mais fortes para o coração do homem são as que estão relacionadas com suas necessidades emocionais masculinas – que são bem diferentes das necessidades da mulher. As necessidades emocionais de um homem são: 1. Apreciação 2. Reconhecimento 3. Respeito 1. Apreciação Efésios 5:33, na versão “A Bíblia Viva”, diz: “Portanto, eu torno a dizer: um homem deve amar sua esposa como parte de si próprio, e a esposa deve cuidar de respeitar profundamente o marido – obedecendo-o, elogiando-o e honrando-o”. O que a Bíblia está mencionando é o que Deus já havia programado para o coração de um homem, a fim de que ele vivesse feliz. A sua necessidade por apreço é muito grande. O apreço é um poderoso motivador na mudança do comportamento.

2. Reconhecimento O homem busca o reconhecimento em tudo o que faz. Se o patrão o reconhece no trabalho, ele está pronto para qualquer hora extra que seja necessária. O mesmo acontece em casa. 3. Respeito Finalmente, o respeito é a base central do equilíbrio masculino. Se a esposa não o respeita, os filhos não o respeitarão e as outras pessoas o respeitarão menos ainda.

#

Deus deu ao homem algo extraordinário – a responsabilidade de ser o chefe amoroso da família. A crítica destrói completamente o relacionamento. A reclamação desanima qualquer pessoa, principalmente o homem. Então, em vez de criticar e reclamar, a esposa deve falar sobre os aspectos positivos que há no seu marido: o trabalho que ele faz, o salário que ele traz regularmente para casa, suas aptidões e habilidades. Isso tudo fará

com que ele se sinta bem consigo mesmo, e então terá capacidade de amar a esposa e filhos. Quando, ao receber um abraço ou um cartão, o homem não tem a mesma reação que a mulher, isso não quer dizer que ele não necessita de amor. Ele sabe que precisa de amor, porém o homem precisa se sentir respeitado em muito maior escala do que se sentir amado. “O respeito é a base central do equilíbrio masculino!”

Diretora Administrativa: Maria Elenice - elenicepm@ig.com.br

#

Design e diagramação: Ligia Maria Moreira (ligiammoreira@yahoo.com.br / Tel.: 9664-1612)

Tiragem Mensal: 100.000 exemplares com distribuição em Território Nacional.

#

Coordenação Geral e Redação: Gisele S. Ferreira - gisele.ferreira@novotempofm.com

#

Reportagem: Peterson Andrews; Elderson Macedo e Jeferson Parnaíba.

Rua Sacramento Black - Campo Grande Rio de Janeiro Tel. (21) 3356-5553

#

Pesquisador: João Straub - straub84@yahoo.com

E-mail: jornalorion@yahoo.com.br www.jornalorion.com.br

#

Colaboradores: Pastores, Educadores e profissionais adventistas e interdenominacionais.

#

Jornalista Responsável: JC Salvador/2300TM

DIRETOR PRESIDENTE José M. M. Filho zemariamfilho@yahoo.com.br

#

Conselheiros: Paulo Bergman, Kleber Reis, Jander Oliveira, Montanos de Barros, Marcos Aguiar e Leonardo Pombo

As matérias Publicadas neste Jornal são de inteira responsabilidade de seus autores; não correspondem necessariamente a opinião deste Jornal.


Março/2014

4 - Primeiro Caderno

Está faltando água V

ocê já deve ouvido falar que está faltando água no Brasil. Se você mora em São Paulo, ou em algumas áreas do Nordeste, você poderá estar na verdade sentindo falta de água. Sabemos que no caso de algumas regiões de nosso país, está faltando água por falta de chuva, o que poderá levar até mesmo ao racionamento de água e energia. Entretanto existe um problema muito maior em relação a água. Mais do que ter água, é preciso ter água de qualidade e adequada para as necessidades humanas, o que nem sempre é o caso no Brasil e nos outros países em desenvolvimento. Todos sabemos que a água é essencial para a vida humana. Infelizmente, enquanto que para uns ela representa vida, para milhões de pessoas no mundo, a falta de acesso a água limpa e potável significa morte. Estima-se que 780 milhões de pessoas não tem acesso adequado a água no planeta. O resultado é devastador: 1.5 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo por doenças como cólera, febre tifoide e disenteria, causadas pela falta de água e saneamento básico adequados. As crianças são as principais vítimas. A cada 21 segundos, uma criança morre no mundo por doenças relacionadas com a falta

de água e saneamento adequados. Para se ter uma ideia das discrepâncias em temos de acesso a água potável no mundo, enquanto que 100% da população de Nova York recebe água potável em suas casas, esta porcentagem cai para 44% nos países em desenvolvimento e nos países da África Subsaariana, somente 16% das casas tem acesso adequado. O problema da escassez de água no planeta está se tornando tão complexo que alguns falam até mesmo em guerras por causa da água, ou melhor, por falta de água. Não sei se realmente chegaremos a este ponto, mas a verdade é que este é um problema real e temos de estar conscientes disto. Vale lembrar que água e energia andam juntas e que existe uma relação de dependência entre elas, principalmente em países como o Brasil, que tem sua matriz energética tão dependente dos recursos hídricos. Decidi escrever sobre este tema, porque no dia 22 de março, comemoramos o Dia Mundial da Água. Este dia foi instituído pela ONU em 1992 durante a Conferência internacional do Clima no Brasil e tem por objetivo chamar a atenção das nações e das pessoas para a necessidade de cuidarmos deste recurso tão essencial a vida, e ao mesmo tempo, escasso. Creio que é um momento opor-

de proteínas dos grãos. Ou seja, ao comer menos bife, você ajuda a economizar água. Finalmente, o que fazer em relação aqueles 1.5 milhões de pessoas que morrem todos os anos por falta de água e saneamento adequados, em sua maioria crianças? Um grande desafio certo? Entretanto, creio que podemos também ajudar aí. Existem organizações humanitárias como a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) por exemplo, que desenvolve projetos de água e saneamento em várias partes do mundo, projetos que ajudam a salvar vidas. Portanto, através de nossas doações, ajudamos estas organizações a levarem água e saneamento adequados às regiões mais pobres do mundo, salvando assim muitas vidas preciosas.

O problema da escassez de água no planeta está se tornando tão complexo que alguns falam até mesmo em guerras por causa da água, ou melhor, por falta de água.

tuno para refletirmos sobre este assunto, sobre suas implicações para a vida humana, e acima de tudo, sobre como podemos jogar do lado da solução. O que você e eu podemos fazer de forma prática? Creio que pelo menos quatro coisas podemos e devemos fazer. Podemos, por exemplo, economizar energia e diminuir, assim, o consumo de água. Outra forma simples e

óbvia é utilizarmos a água de forma consciente evitando qualquer tipo de desperdício. Em terceiro lugar, prefira uma dieta vegetariana. Isto mesmo! Segundo a Environmental Health Perspective, 2002, a atividade pecuária gasta muito mais energia do que a produção de grãos. Para produzir bife, gasta-se 100 vezes mais água do que para produzir a quantidade equivalente

PAULO LOPES

Cultos de quarta-feira Nota de falecimento: “Lamentamos informar que o nosso querido companheiro, o Culto de Quarta-feira, não resistiu, e morreu!”. Não deixe que isso ocorra em sua Igreja local! Semanalmente nós temos uma grande oportunidade para fortalecermos nossa fé, através das orações, louvores, testemunhos, estudo da Palavra de Deus, etc. Esta oportunidade chama-se “Culto de Oração”, ou o Culto da Quarta-feira, na maioria das congregações Adventistas do 7º Dia. Praticamente as mesmas reclamações ouvidas contra os Cultos de Domingo são repetidas pelos que não freqüentam assiduamente os Cultos de Oração, acrescentando-se alguns pontos mais peculiares: - Os pregadores menos experientes são escalados para as Quartas-feiras. - O Culto é mais de “lamúria” e “choradeira” do que de louvor e ações de graça. - Expressões do tipo (“Hoje estamos em um pequeno número...”) valorizam mais os que faltaram do que os que tiveram interesse em vir ao Culto. - Não há variedade na liturgia, sendo feita sempre da mesma maneira fria e monótona a cada semana.- etc. Os Cultos de Quarta-feira podem e devem ser muito participativos e revigorantes. Pela sua localização estratégica (no meio da semana de trabalho e estudos), este Culto tem uma grande chance de ser o “oásis” em meio ao deserto de dificuldades que todos nós enfrentamos no dia-a-dia. Assim como fiz para o Culto de Domingo, quero apresentar algumas sugestões para uma melhor qualidade dos Cultos de Oração (com relação à música, vale o mesmo que falei para o de Domingo)...

PREGAÇÃO - Selecione os melhores pregadores para pregarem também nas Quartas-feiras. Porém, devo relembrar que “pregar bem e com poder” não é o mesmo que “pregar com eloqüência”, pois alguns são excelentes “oradores”, mas não apresentam um sermão que nutra espiritual e psicologicamente a carência da grande maioria dos membros de nossas congregações Adventistas. - A temática deve girar em torno do crescimento na vida espiritual: fé, milagres, vitória, comunhão com Deus, perseverança na oração, obra do Espírito Santo, etc. - O sermão deve ser curto (em torno de 20 minutos), para que mais tempo seja dado para os momentos de participação da congregação (pedidos, agradecimentos e testemunhos). - Os irmãos devem sair do templo com a sensação de que estão com forças renovadas para enfrentarem mais 2 dias de “luta”, e chegarem firmes até o próximo Sábado (ponto alto da comunhão semanal). TESTEMUNHOS - Deus opera grandes maravilhas na vida de todos nós, mas dificilmente ouvimos sobre elas nos nossos Cultos de oração. - A cada semana, alguns podem ser pré-selecionados para trazerem um relato de alguma poderosa atuação do Senhor em suas vidas: vitória sobre a guarda do sábado; milagre contra uma doença; etc. - Alguns também poderão contar como se deu sua conversão. É uma grande maneira de conhecermos um pouco mais da história de vida de nossos irmãos e irmãs em Cristo. - Uma vez por mês, faça um Culto apenas de testemunhos, procurando até mesmo trazer alguém de fora,

que tenha uma grande vitória de vida para compartilhar com a Igreja. MOMENTOS DOS PEDIDOS E AGRADECIMENTOS - Este é um ponto crítico do Culto de Quarta-feira, pois se não for bem feito (o que normalmente acontece), torna-se um grande “muro de lamentações”. - Divida este período em 2 momentos: O primeiro somente para agradecimentos, e o segundo, para os pedidos. Intercale cada um com orações fervorosas. - Os momentos de oração devem ser diversificados a cada semana. Algumas sugestões: a) Em duplas ou trios b) Em grupos de 4 ou 5 c) Através de grupos de orações específicas (pelos jovens, pelas famílias, pelos estudos bíblicos, pelos líderes, etc.). - Uma pessoa pode ficar encarregada de anotar cada pedido feito, e depois colocar em um mural para serem conhecidos por todos aqueles que não puderam vir ao Culto. No sábado de manhã, os pedidos do mural são divididos entre os membros das Unidades, para que todos orem mais uma vez em favor das necessidades ali apresentadas. - Durante as semanas de oração, cada noite pode ser feito de forma diferente, para que todos tenham oportunidade de se expressar, e a programação não caia na rotina da metade da semana. - Se os visitantes desejarem, deixem que eles também apresentem seus pedidos e agradecimentos diante da Igreja. Junte-se com a liderança de sua Igreja local, e vejam como cada um pode contribuir para “ressuscitar” o Culto de Quarta-feira. Pr. Gilson Medeiros

Fique somente com o que é seu “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”. Efésios 4:28 Em 2007 estava em turnê nos Estados Unidos e fui ao banco para trocar algumas moedas e notas pequenas por notas maiores, a fim de não ocupar muito espaço. Entreguei a quantia de dinheiro à mulher que estava no caixa e ela me deu US$ 1.500,00 a mais, devolvendo-me quase o dobro da quantia que eu havia lhe dado a princípio. Contei e recontei, até que olhando para sua inocência, devolvi o dinheiro. Quando ela percebeu que cometera tamanho engano, começou a ficar vermelha de vergonha. Eu não gostaria que alguém levasse o que era meu; como agora eu levaria para casa algo que não me pertencia? Naquela mesma semana, quando cheguei a uma igreja para mais uma apresentação, fui abordado por uma irmã que fazia cópia de diversos CD’s. É comum vermos pessoas com esta atitude, coisa que muito nos entristece. Desta maneira, ficamos impossibi-

litados de investir em outra produção para divulgação do Evangelho. Contei a ela o que sucedera no banco e a questionei, se eu deveria ter ficado com o dinheiro que o caixa me dera a mais. Ela foi categórica em dizer que não, pois não podemos nos apossar daquilo que não é nosso. Achei curiosa a atitude dela. Falei que copiando nossos CD’s, ela também estava ficando com algo que não a pertencia. O longo trabalho dos compositores que escreviam aquelas músicas, os cantores que as gravavam, os produtores, todos deixariam de receber porque alguém resolveu ficar com aquilo que não lhe pertencia. Envergonhada, ela admitiu que aquela atitude não era digna de uma cristã e resolveu naquele mesmo dia adquirir apenas material original. Sejamos fiéis; seja no pouco ou no muito, sejamos fiéis. Deus se alegra quando observamos o oitavo mandamento. Que possamos seguir com paz no coração agindo como Jesus agiria em nosso lugar. Luiz Cláudio

Documentário explica como funciona Intercâmbio da Educação Adventista

A

Rede de Educação Adventista proporciona para os alunos do sexto ano do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio a possibilidade de estudar outras línguas em diversos países onde existem escolas, colégios e universidades da Rede Adventista de Ensino. Para relatar a jornada dos alunos em solo estrangeiro, foi produzido um documentário de aproximadamente 25 minutos. O programa se chama Intercâm-

bio Cultural Linguístico e acontece há 10 anos na rede de educação. Mais de 20 mil alunos já participaram e trouxeram de volta na bagagem, não só boas recordações, mas crescimento e aprendizado cultural e espiritual. Veja o documentário que foi realizado mostrando todos os detalhes e emoções desta viagem do Presente que mexe com o Futuro. Para mais informações sobre o projeto, acesse a página no facebook.


Primeiro Caderno - 5

Março/2014

$% Mundo Gospel

Importante pastor anuncia que se converteu ao catolicismo e abandona igreja com mais de 3 mil membros

E

nquanto ao redor do mundo o catolicismo perde fiéis para igrejas evangélicas das mais diversas vertentes, o pastor sueco Ulf Ekman decidiu tomar o caminho inverso e anunciou sua conversão ao catolicismo. Ekman é o fundador da Igreja Palavra da Vida, uma importante denominação protestante na Suécia. Nos últimos 30 anos, o pastor se manteve à frente da igreja, enviando missionários para dezenas de países. O agora ex-dirigente protestante também fundou a maior escola

bíblica e construiu o maior templo evangélico da Escandinávia, além de manter um projeto de mídia que conta com emissoras de televisão nos cinco continentes. Ainda em sua trajetória como líder protestante, Ekman publicou livros em 60 idiomas. A denominação que ele liderava conta com mais de 3 mil membros, doze pastores auxiliares e mais de mil alunos registrados em sua escola. De acordo com o site Renascença, Ulf Ekman era visto como “pastor de pastores”, por conta de sua grande

influência sobre os demais líderes protestantes do país. “Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e a passa de uma geração para a seguinte e uma força moral e ética consistente que se atreve a enfrentar a opinião pública”, escreveu Ulf Ekman ao anunciar sua conversão ao catolicismo. No comunicado, publicado no site de seu ministério, Ekman afirma que ele e sua esposa encontraram na Igreja Católica “um grande amor por Jesus e uma teologia sã,

JOVEM DIAGNOSTICADA COM MORTE CEREBRAL DESPERTA

A

família de uma adolescente com morte cerebral declarada pelos médicos acreditou que um milagre era possível e se reuniu para cantar hinos no quarto onde a jovem estava internada. O resultado do gesto de fé vem sendo noticiado pelos maiores portais de comunicação dos Estados Unidos: a adolescente despertou e já começa a arriscar algumas palavras. A imprensa não titubeou em descrever o fato como um verdadeiro milagre, pois Lexi Hansen, 18 anos, estudante, tinha apenas 5% de chance de sobreviver quando deu entrada no hospital após ser atropelada enquanto andava de longboard. “Quando a trouxe, os médicos deram-lhe menos de uma chance de 5% de sobrevivência”, disse Doug Hansen, o pai de Lexi. “Eles nos disseram para ligar para a nossa família e levá-los aqui rapidamente, porque ela não ia durar muito tempo”, acrescentou. Com severos danos cerebrais, Lexi passou por testes que acusaram morte cerebral, mas os pais da jovem optaram por não desligar os

aparelhos. Após vários dias, a jovem despertou no último domingo, 09 de março, enquanto seus familiares cantavam hinos ao seu redor. “Nós tivemos a experiência mais incrível hoje”, escreveram seus familiares na fanpage “Ore por Lexi”, no Facebook. “Lexi abriu os olhos e os manteve aberto durante quase uma hora enquanto nós cantamos

hinos a ela como uma família. Enquanto estávamos cantando, ela gesticulou ‘Eu te amo’, movendo o braço em torno de modo que todos pudessem ver. Ela, então, pegou as mãos de cada pessoa individualmente para que ela pudesse espremê-los. Dificilmente poderíamos cantar devido às lágrimas escorrendo pelo nosso rosto. Sabíamos que estávamos presenciando um milagre”, diz a nota. A mãe de Lexi, Marcia Hansen, descreve sua filha como uma lutadora: “Cada dia é um milagre, todos os dias. Foi um zero por cento, quando ela foi encontrada, então de 1% no dia seguinte. Agora ainda há algumas coisas que não temos certeza de, mas quase tudo é positivo”, comemorou. No dia seguinte ao despertar, Lexi teve o tubo de respiração retirado e agora já consegue respirar sem a ajuda de aparelhos. Segundo o LifeNews, ela começou a falar e iniciará a fisioterapia. Tiago Chagas

Na “igreja drive-in” os Þéis não precisam sair de seus carros para acompanharem os cultos

U

ma igreja em Daytona Beach, no estado norte americano da Flórida, adotou uma forma diferente para os fiéis acompanharem os cultos. Os encontros da igreja acontecem agora em um grande gramado, onde os fiéis estacionam e acompanham o culto de dentro de seus próprios carros, como nos antigos cinemas drive-in. Assim, como nos cinemas drive-in, que fizeram sucesso nos Estados Unidos nas décadas passadas, os fiéis da Drive In Christian Church de Daytona Beach estacionam seus carros no local e sintonizam seus rádios em uma frequência específica, para que possam acompanhar as músicas do louvor e a pregação. O pastor Bob Kemp-Baird, que inicialmente era cético quanto

a adotar tal abordagem para os cultos, hoje comemora o sucesso atingido pela congregação com seu novo estilo de culto. - Existe um sentimento de presença de Deus neste lugar? Existe uma sensação de que a presença de Cristo é dada a conhecer que eu sei: ele mora aqui – afirma o pastor. A abordagem da igreja enfrenta muitas críticas, em geral por pessoas que afirmam que reunir os féis dentro de seus próprios carros para participar de um culto prejudica a comunhão da comunidade cristã. Porém, outras pessoas comemoram a iniciativa, como Shirley Oenbrink, que luta contra um câncer e durante um ano de quimioterapia mal conseguia sair da cama, muito menos se sentar em um banco da igreja. Ela afirma que, agora que venceu

o câncer, ter um espaço privado durante o culto a ajuda a lidar com os altos e baixos emocionais de sua recuperação. - É o momento de deixar fluir as lágrimas sem ser questionada. Eu não gosto que as pessoas sintam pena de mim. E quando eu choro, meus olhos ficam grandes, meu nariz incha… Preciso ficar no meu carro – afirma Shirley, segundo a NPR. Russell e Teresa Fry, que são cegos, também aprovam os “cultos drive-in”. Para eles a maioria das igrejas não levava em conta suas limitações. Afirmando que a Igreja é um lugar seguro para as pessoas que precisam de maior privacidade. Eles contam que pedem que alguém dirija o carro deles até a igreja e acompanham o culto. Outros fiéis dizem que a abordagem é perfeita para aqueles que têm dificuldade para andar ou para famílias com crianças agitadas, que apreciam o espaço aberto. Outros dizem que a Igreja acolhe com agrado a todo família, incluindo seus cães de estimação. Porém, a igreja não se limita apenas aos féis que querem acompanhar o culto de dentro de seus carros. Aqueles que preferem a interação tradicional de um culto se reúnem no salão social da igreja.

fundada na Bíblia em dogma clássico [...] e uma simpatia para com os pobres e fracos”. Segundo Ulf Ekman, o ponto decisivo para sua opção de abandonar o protestantismo e tornar-se católico foi um encontro com representantes de movimentos carismáticos católicos, que ele definiu como de “estilo de celebração próximos ao dos protestantes, mas que se encontram em comunhão com Roma”. Na conclusão, Ekman e sua esposa dizem que a decisão refere-se unicamente a eles, e frisa que “nem

faria sentido” tentarem converter toda a denominação que eles lideraram por 30 anos à Igreja Católica. A Suécia é um dos países onde o pensamento secular mais influencia a sociedade atualmente. Apesar de a maioria dos suecos seja ligada à Igreja da Suécia, que segue a tradição luterana, estudos apontam que apenas 18% da população acredita em Deus conforme o cristianismo descreve. Lá, os católicos são minoria, com apenas 2% da população. Gospel+

Entidade evangélica é condenada pela Justiça por “misturar política e religião” Uma prática comum no Brasil – embora questionável – resultou na condenação de um grupo evangélico na Costa Rica, por misturar religião e política. A sentença prevê o pagamento de uma multa por “danos e prejuízos”, pois pastores pediram a fiéis que votassem num determinado candidato a presidente. A Aliança Evangélica da Costa Rica havia publicado, seis dias antes do primeiro turno das eleições no país, uma nota de convocação aos fiéis para que estes votassem de acordo com os valores e princípios cristãos. O Supremo Tribunal Eleitoral entendeu, no entanto, que o grupo “ultrapassou as faculdades que lhe outorga o direito à liberdade de culto” e praticou um atentado à liberdade de consciência. Segundo os magistrados, “é inadmissível” que se misture política e religião no

âmbito eleitoral. O pedido da Aliança aos fiéis claramente favorecia o candidato Johny Araya, do Partido de Libertação Nacional, que havia se comprometido a não aprovar qualquer legislação que permita o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Seu oponente, Luiz Guillermo Solís, do Partido Ação Cidadã, é favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo, e disse ser favorável ao aborto apenas em situações específicas. De acordo com a agência ALC, a Aliança Evangélica reúne igrejas e organizações protestantes da Costa Rica. Num encontro da Aliança, o candidato Johny Araya pediu voto e garantiu que governaria o país “sob a guia de Deus”, defendendo valores cristãos. Tiago Chagas


Março/2014

6 - Primeiro Caderno

REFLEXÕES DE MONTEIRO SOBRE SEU TEMPO NA PRISÃO Primeira entrevista do pastor adventista desde que foi libertado

O

pastor adventista do sétimo dia Antônio Monteiro dos Anjos foi detido, acusado e enviado para a Prisão Civil em Lomé, Togo, em 15 de março de 2012. Após 22 meses, o nativo de Cabo Verde foi considerado inocente de todas as acusações contra ele pelo Tribunal de Apelações de Togo e libertado em 13 de janeiro de 2014. Milhares de adventistas do sétimo dia, pessoas de várias religiões, e defensores dos direitos humanos em todo o mundo que oraram e trabalharam pela liberdade do ministro ficaram gratos com a notícia de sua libertação. Ainda assim, outras pessoas, incluindo o membro da Igreja Adventista, Bruno Amah, permanece na prisão sob acusações relacionadas com o caso. Monteiro e sua família passaram o primeiro sábado de sua liberdade em Dakar, Senegal, a caminho de casa em Cabo Verde. Delbert Baker, um vice-presidente da Igreja Adventista a nível mundial e representante da sede mundial da denominação, encontrou os Monteiros e os acompanhou de volta para Cabo Verde. Monteiro recebeu uma recepção calorosa e eufórica de mais de mil apoiadores e amigos no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na cidade capital de Praia. Baker entrevistou Monteiro, no Senegal, onde ele relatou o seu tempo na prisão, como se sentia a respeito de seu tempo lá, e o que planeja fazer a seguir. A tradução do português para o inglês foi propiciada pela filha do Pastor Monteiro, Andreia.

REFLEXÕES Delbert Baker: Em síntese, como resume sua experiência de ser falsamente acusado, preso e encarcerado por quase dois anos por um crime que não cometeu? Antônio Monteiro: Eu auxiliei um homem que veio ao meu escritório pedindo ajuda, um indivíduo que nunca tinha visto antes. Algum tempo depois, esse mesmo homem, tendo problemas com a polícia, culpou-me, e a outros, por um crime sobre que nada sabia e com que nada tinha a ver. Como resultado dessas falsas acusações fui preso e mantido na prisão injustamente. Quando tudo isso me acontecia era como se o céu tivesse desabado sobre mim. O último sermão que preguei antes de ser preso foi sobre reavivamento pessoal e andar com Deus. Mal sabia, quando preguei aquele sermão, o quanto precisaria crer e seguir os princípios bíblicos de que muito havia falado. Minha fé foi testada, mas Deus me sustentou. Baker: Os tribunais de Togo recentemente constataram sua inocência de todas as acusações. Quais foram as suas emoções quando ouviu o veredito? Monteiro: Eu fiquei grato, aliviado e feliz. Lembro-me que quando o juiz estava lendo as declarações com todos os termos e leis jurídicas, os dois guardas que ali estavam serenamente viraram-se para mim e disseram: “Pastor, o senhor está livre!” Foi um momento emocionante e feliz. Meu primeiro pensamento após ouvir o veredito foi de quão feliz estaria por fazer companhia a minha esposa e família! Baker: Quais foram os fatores que levaram à sua final absolvição e liberdade? Monteiro: Em primeiro lugar, foi a intervenção direta de Deus. Ele agiu através de pessoas. Eu poderia ter sido ignorado ou esquecido na prisão, mas minha esposa e família, líderes de igrejas adventistas locais e colegas em todos os níveis da Igreja não me esqueceram. Então Deus operou através do governo de Cabo Verde e dos advogados para minha defesa. O poder de Deus foi magnífico.

PROVAÇÕES Baker: Ao recapitular a situação, tem alguma ideia do porquê Deus ter permitido essa experiência lhe sobrevir? Monteiro: Realmente não posso explicar por que isso aconteceu. Parecia que Deus estaria realizando um propósito maior. Percebo que não tenho que ter as respostas para todas as coisas que acontecem na vida. Algumas coisas tem-se apenas que vivenciar. Minha maior preocupação era com a minha família. Se algo recaísse sobre eles por causa do que aconteceu comigo—essa teria sido a pior coisa.

Baker: As acusações e tempo na prisão o fizeram sentir-se irritado ou amargo? Monteiro: Não. Eu não fiquei com raiva ou amargo. Sabia que não havia nenhuma base para as acusações contra mim e que eu estava sendo tratado injustamente. No começo sempre me indagava: “Por que isso foi acontecer comigo?” Então comecei a perguntar: “O que Deus quer que eu aprenda com esta situação? Essa foi uma maneira muito melhor de encarar minha situação. Decidi não gastar tempo sendo negativo, mas usá-lo como um aprendizado, uma experiência de crescimento. Via tantos outros prisioneiros que estavam com raiva, indignados e chateados o tempo todo. Vi o que a raiva e a amargura faziam para discriminá-los e envenenar seus relacionamentos. Eu não queria ser assim. Baker: E quanto aos outros que foram também acusados e não libertados? Monteiro: Alguém me disse, e acredito, que estava numa missão na prisão. Eu não deixaria a prisão antes de minha missão ter sido cumprida. Foi verdade comigo e é verdade com os outros também. Temos uma missão a cumprir e Deus estará conosco enquanto permanecermos para cumpri-la, ou quando Ele quiser que a gente saia. Ao sair da prisão, eu disse para o irmão [Bruno] Amah, a quem respeito e creio ser inocente, e aos crentes, que devem continuar o trabalho que começamos. Eu ainda oro para que o mesmo Deus que operou conosco no passado continue a estar com eles. Continuo preocupado e solidário.

ABSOLVIÇÃO Baker: E se o seu veredito tivesse sido diferente? E se não tivesse sido libertado? Monteiro: Essa é uma boa pergunta que estou feliz de não ter que com ela lidar (risos). Quando eu estava na prisão realmente acreditava que Deus iria me libertar. Ele me impressionou com esse pensamento. Mas eu sabia que não poderia dizer muito sobre essa convicção. Mas mesmo crendo que Deus me libertaria, eu estava preparado para permanecer na prisão ou fazer qualquer sacrifício a que pudesse ter sido chamado. Baker: Fez o trabalho de um cristão por ajudar uma pessoa em necessidade. Daí, aquele a quem ajudou o acusou falsamente. Será que essa experiência o leva a repensar quanto a ajudar os outros? Monteiro: Não. O que aconteceu não me influencia quanto a ajudar os outros. O fato de que coisas não desejadas possam ocorrer quando fazemos o bem não deve nos impedir de fazer o bem. Jesus fez o bem e veja como Ele foi tratado na cruz. Na prisão, fui capaz de ajudar mais pessoas do que nunca. No entanto, ao ajudar os outros devemos sempre ser sábios e cheio de ideias, e tomar precauções seguras e sensatas. Baker: Sente que sua experiência espiritual anterior lhe preparou para este teste? Monteiro: Deus não permite que qualquer experiência ou tentação nos sobrevenha que não possamos suportar. Acredito que Deus nos prepara para o que vamos enfrentar. Sim, a minha experiência anterior com Deus ajudou a preparar-me para enfrentar e aprimorar-me nesta situação. Não é um evento que irá prepará-lo. Como Jesus disse: “Senhor, se for possível, passa de mim este cálice”. Mas, então, eu acrescentaria, “não a minha vontade, mas a Tua vontade seja feita”. Estes são pensamentos que não vêm apenas uma vez, mas voltam de vez em quando. Tem-se que enfrentá-los e descartá-los cada vez em fé e seguir em frente crendo.

MINISTÉRIO Baker: Descreva um dia típico na prisão. Monteiro: Vivi numa prisão construída para comportar 500 presos, mas havia quase 2.000 espremidos nela. Minha seção em particular tinha 25 a 28 homens, com instalações bastante apertadas, sem janelas ou ar condicionado. Levantávamos cedo. Eu tomava tempo para oração pessoal e leitura da Bíblia e depois seguia para o pátio. Muitos prisionei-

“ O que aconteceu não me inßuencia quanto a ajudar os outros. Jesus fez o bem e veja como Ele foi tratado na cruz. Na prisão, fui capaz de ajudar mais pessoas do que nunca. No entanto, ao ajudar os outros devemos sempre ser sábios e cheio de ideias, e tomar precauções seguras e sensatas.”

Antônio Monteiro foi recebido por uma multidão de apoiadores no aeroporto em Cabo Verde, no mês passado, após sua libertação da prisão em Togo. Sua detenção tinha sido o foco de várias campanhas da Igreja Adventista apelando por sua libertação. [foto de cortesia da família Monteiro]

ros consideravam o alimento como nem sendo tal. Claro que nos eram negadas as liberdades fundamentais. Às 17:30 todas as noites os guardas trancavam todos nós no quarto e não se podia sair nem eles apareciam senão na manhã seguinte, às 6 horas. Não tínhamos camas, apenas esteiras sobre o chão duro. Havia um grande balde no meio do chão que todo mundo usava como banheiro. Não havia privacidade. Deixe-me apenas dizer que as condições de vida não eram desejáveis. Devido ao ambiente havia doença e o potencial de brigas. No entanto, fui abençoado com a forma como os outros prisioneiros me respeitavam e me tratavam e o fato de que nunca fiquei doente. Baker: Muitas pessoas o visitaram na prisão de todo o mundo. Qual o impacto que estas visitas lhe causaram e a seu tempo na prisão? Monteiro: Sim, as visitas eram muito encorajadoras. Entendo melhor o que a Bíblia quer dizer quando declara que devemos visitar os presos. Cada visita era uma testemunha e demonstrava amor e apoio. O ponto alto do meu dia era quando minha esposa me visitava. Ela era autorizada a me trazer comida e fez isso todos os dias. Muitas vezes meus filhos vinham também. Também recebia a visita de líderes da União e Missão Adventista, pastores e membros, visita de representantes da Divisão e Associação Geral, e de meu país, Cabo Verde. Uma das visitas mais especiais foi a do Pastor Ted, presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Todos os reclusos, guardas, agentes penitenciários, membros e pessoas da comunidade, ficaram impressionados de que o presidente tomou tempo para vir me visitar.

LIÇÕES Baker: Quais são algumas das lições que você obteve com sua experiência na prisão? Monteiro: Há muitas lições que aprendi na prisão. Eis algumas: Aprendi que há grande poder em: Primeiro, o perdão, sem ressentimento. Havia a tentação de ser amargo e irado sobre como era tratado. Mas lembrei-me de que Jesus também foi maltratado e acusado injustamente, até mesmo por Seus próprios seguidores. Então, meu plano era perdoar e não conservar qualquer ressentimento. É por isso que fui capaz de me relacionar amavelmente com o homem que falsamente me acusou, um indivíduo que mais tarde foi confinado à mesma prisão onde eu me achava. Isso me deu fogo espiritual e poder de resistência. Em seguida, a aceitação sem desistir. Eu não sabia qual seria o meu futuro, mas aceitei minha condição na prisão. Cria que seria libertado em algum momento embora não soubesse onde e como isso iria acontecer. Por isso não dizia às pessoas o que faria ou como reagiria se não fosse libertado. Por quê? Porque eu não queria que me entendessem mal e julgassem que eu estava duvidoso e inseguro. Não iria desistir de crer e trabalhar pela justiça contra as falsas acusações. Em terceiro lugar, a compaixão e generosidade. Na prisão, há sempre necessidade de ajudar as pessoas. Amor e bondade foram muito importantes naquela prisão. Tínhamos muitos presos num lugar pequeno. Nessa situação difícil há necessidade real de revelar o amor de Cristo. Quando as pessoas estavam com fome, precisavam de dinheiro, desanimavam, tinham problemas em casa, eu buscava ajudar sempre que possível. Em seguida, quando os prisioneiros fi-

cavam irados e brigavam, eu procurava levar a paz e a reconciliação. Acima de tudo, quando as pessoas mostravam-se abertas, eu compartilhava o evangelho. Há uma palavra em português [cabo-verdiano], “morabeza”, que resume o que procurei demonstrar. É uma palavra poderosa que significa hospitalidade, bondade e amor. Quarta, confiança persistente em Deus. Eu continuava acreditando que Deus estava na prisão comigo. Não iria desistir. Pensava em outros personagens bíblicos que passaram um tempo na prisão, José, Jeremias, Paulo e outros, e isso me dava incentivo. Como Paulo, eu não era um prisioneiro de Togo, mas de Jesus Cristo. Finalmente, passar o tempo com sabedoria. Tive tempo em minhas mãos. Eu podia desperdiçá-lo ou podia usá-lo para crescer mental e espiritualmente. Lia a Bíblia, livros. Orava, escrevia um diário e desenvolvia devocionais. Podia pregar, ensinar e aconselhar os outros. Tentava usar o meu tempo de forma construtiva.

EXEMPLO Baker: Já que falou sobre perdoar aqueles que falsamente o acusaram, como foi capaz de exercer o ministério do perdão? Monteiro: Eu simplesmente perdoei. À luz da minha decisão de não ficar com raiva ou amargo, resolvi perdoar assim como Deus me perdoou. Vingança não paga, e sim custa. As pessoas viam-me tratar meu acusador gentil e decentemente e queriam saber como eu podia agir isso. Esta demonstração viva do perdão abriu muitas portas para testemunhar e começou a fazer a diferença. A prisão se tornou um lugar mais pacífico. As pessoas diziam: “Não podemos brigar como costumávamos fazer com o Pastor Monteiro por perto (risos)”. O exemplo de perdão é poderoso e contagiante. Baker: Há fotos em que realiza cultos de comunhão e batismos. Conte-nos sobre suas atividades de evangelização. Monteiro: A prisão era um território evangelístico e os presos eram pessoas para serem ajudadas e, se possível, ganhas para Cristo. As experiências de prisão de Paulo, Daniel e José e os seus hábitos de testemunho eram bons exemplos. Paulo testemunhou e ganhou almas para Cristo, enquanto em prisões. Daniel foi jogado na prisão por um tempo e assistiu ao rei. José estava na prisão injustamente e ainda testemunhou e tratou outros prisioneiros gentilmente. Quando cheguei na prisão me apresentaram como um pastor adventista do sétimo dia. Queriam que eu pregasse para eles e assim fiz. Eu pregava regularmente e dava estudos bíblicos. Também doei literatura cheia de verdade que a igreja trazia para a prisão. Nós empregamos e demos a série o “Conflito dos Séculos”; centenas de estudos bíblicos, da série “Ligados com Jesus”, livros como “O Lar Adventista”, “Caminho a Cristo” e mais de 2.000 exemplares de “O Grande Conflito”. Daí organizamos oração e grupos de estudos bíblicos. Também organizamos uma campanha “Ore por Togo”. Pela primeira vez, muçulmanos, católicos, protestantes e outras religiões se reuniram para comunhão e para orar pelo país e pelos líderes de Togo. Essas atividades criavam unidade na prisão. Baker: O modelo típico do ministério em prisões é de pessoas ministrando de fora para dentro. No seu caso, foi de “dentro para dentro”.

Achou difícil realizar ministério de prisão como um prisioneiro”? Monteiro: Às vezes era difícil realizar ministério na prisão, mas também houve alegria, especialmente quando se viam orações respondidas e vidas mudadas. Não fui para a prisão com um plano de evangelização desenvolvido ou criado (risos). O plano foi desenvolvido segundo se apresentavam as oportunidades. Eu pregava às terças e quintas-feiras e dava estudos bíblicos durante toda a semana. Também tive tempo para traduzir literatura bíblica e do Espírito de Profecia literatura ao português. E houve ainda os cultos batismais e de comunhão que eram bem significativos. Num culto de batismo nove detentos foram batizados e ingressaram na Igreja Adventista do Sétimo dia.

FUTURO Baker: O que julga ser o legado espiritual de seu tempo na prisão? Monteiro: Não tenho certeza se chamaria isso de legado, mas gosto de pensar que cumpri a missão que Jesus queria que eu cumprisse. Fui para lá acusado de algo que não fiz. Enquanto ali, descobri que existiam grandes necessidades. Eu tinha algo de especial para oferecer, um trabalho especial para fazer e o fiz. Baker: Seu ministério, sem dúvida, continuará. Quais são algumas das possibilidades futuras que vê? Monteiro: O meu desejo é o de ministrar e ajudar as pessoas. Vou ver o que Deus tem no futuro. Tenho um pastorado na Associação de Cabo Verde. Além disso, tenho um grande interesse no ministério em prisões e àqueles que ali estão. Acho que posso usar minha experiência para ministrar nessa área e tornar as coisas melhores. Este é o ministério que Cristo incentiva e há muito que pode ser feito nessa importante área. Então, estou disposto a compartilhar meu testemunho com quem quiser ouvi-lo.

GRATO Baker: Que mensagem gostaria de compartilhar com o povo adventista e outros ao redor do mundo que oraram em seu favor e estão felizes por sua liberdade? Monteiro: Tenho uma mensagem, uma mensagem de agradecimento. Transmita a toda a Igreja pelo mundo o meu obrigado, obrigado, obrigado. Sou grato pelo amor, apoio e orações durante todo o tempo em que estive na prisão. O amor da minha esposa e família, sim, louvado seja o Senhor, o amor de toda a nossa Igreja vai permanecer comigo. Sou grato pelo apoio da Igreja Adventista, que foi um forte testemunho ante o governo e o povo do Togo. Foi também uma imagem poderosa para o meu próprio país de que os adventistas são unidos e apoiadores. Sou grato ao Pastor Ted Wilson por sua visita à prisão e apoio contínuo. E também sou grato ao Pastor Wari e aos funcionários da Divisão África Centro-Ocidental, o pastor Guy Roger (e sua equipe), o Pastor Solomon Assienin, da então União Sahel. Um agradecimento especial ao Dr. John Graz, Dr. Ganoune Diop e aos irmãos da Associação Geral e Departamento de Liberdade Religiosa, que me ajudaram e à minha família, e empenharam liderança para o movimento global de me libertar. Ainda tenho profundo apreço pelos advogados de defesa e Todd McFarland da Associação Geral [Escritório de Consultoria Geral] por seu bom aconselhamento legal e defesa. E sou-lhe grato, Dr. Baker, por ter vindo me saudar e nos acompanhar ao Cabo Verde depois da minha libertação da prisão. Assim, sou grato a todos que me apoiaram em todos os sentidos. Palavras não podem expressar plenamente a minha gratidão. Tenho tanto por que agradecer. Delbert Baker


Primeiro Caderno - 7

Março/2014

Calebes realizam ações no Sul do Estado

A

s férias, que geralmente acontecem no final do mês de dezembro até janeiro e julho, são esperadas por alunos brasileiros como uma oportunidade para descansar, viajar e aproveitar a companhia dos pais. No entanto, mais de 200 adolescentes no Sul de Minas Gerais abriram mão do conforto de casa e de suas férias para levar amor e sorriso às pessoas por onde passavam. Eles, conhecidos como Calebes, atendem à comunidade através de ações sociais, orientação sobre saúde, orientação bíblica, de casa em casa, e através da Escola Cristã

de Férias, destinada às crianças, entre outras atividades. O projeto, que iniciou no dia 18 de janeiro e vai até o dia de 1º fevereiro, é realizado por voluntários que vêm de vários lugares de Minas Gerais e até de outros estados. Este é o caso de Eric Putini, que está em Juiz de Fora. Ele veio de São Paulo e também participou do mesmo projeto, mas no Uruguai. “Quando você participa pela primeira vez não tem como negar o convite para uma segunda vez, pois o chamado vem de Deus. É a oportunidade que temos de servir o próximo com este trabalho”, declara.

Fanfarra de desbravadores em Bom Jardim de Minas

Crianças atentas na Escola Cristã de Férias, em Juiz de Fora.

Segundo o responsável pelo projeto na região, Everson Ferreira, despertar o interesse pelo trabalho missionário nos jovens é o que move a Missão Calebe. “Alguns dos adolescentes não liam a Bíblia com tanta frequência e nem oravam com aquela sede de Deus. Hoje eles estão orando e dando estudos bíblicos. No projeto o jovem conhece pessoas da mesma idade, com as mesmas dificuldade e um ajuda o outro. Além de levar esperança aos outros, é a oportunidade para o jovem se reavivar”, comenta. Esta é a 5ª vez que a Associação Mineira Sul, escritório da Igreja Adventista

no sul de Minas Gerais, promove a Missão Calebe nesta região do Estado. Neste ano, o projeto foi realizado em Lima Duarte, Bom Jardim de Minas, Simão Pereira, Coqueiral, Ouro Fino, Pouso Alegre e Juiz de Fora. Bom Jardim de Minas Os Desbravadores deram apoio ao projeto em Bom Jardim de Minas com um desfile da fanfarra. Além disso, houve uma ação social na Vila Formosa, bairro da cidade, com corte de cabelo, algodão doce, pipoca e pula-pula para as crianças, no último sábado, 25 de janeiro.

Durante o evento, passaram por ali mais de 150 pessoas. À noite houve palestra com dicas sobre saúde. Todas as noites os Calebes se reúnem na praça do bairro para o curso Como deixar de fumar. “Nosso público de visitantes está variando de 30 a 40 pessoas por noite. Deus tem segurado a chuva na hora no programa, chove antes ou depois, mas, no momento em que estamos reunidos na praça, Deus não nos desampara”, descreve André Fernandes, pastor em Bom Jardim de Minas. Vanessa Lemes

Igreja Adventista inaugura novo espaço para atender ADRA e Serviço Educacional Lar e Saúde no RJ

C

om diversos projetos em prol a comunidade do Rio de Janeiro, a Agência de Desenvolvimento Recursos Assistências (ADRA) juntamente com Serviço Educacional Lar e Saúde inaugurou a primeira sede administrativa para atender todo o Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro, o prédio se localiza na Rua do Matoso, 37, Praça da Bandeira. Para o responsável regional da ADRA no Rio de Janeiro, pastor Lourival Preuss, com a inauguração novos projetos serão implantados no local. “Queremos dar aulas de inglês gratuitas para os taxistas da cidade, entre outras novidades para melhorar a qualidade de vida da população. A nova sede se localiza bem próximo ao centro da cidade e isso também vai facilitar o acesso das pessoas com a ADRA”, destaca. De acordo com o líder da colportagem do Rio de Janeiro, pastor Marcelo Oliveira, é motivo de alegria o novo prédio do Serviço Educacional Lar e Saúde. “É um espaço adequado para atender os colportores, onde agora podem fazer suas compras pessoalmente no Rio de Janeiro, além de facilitar o contato com a equipe e poder trocar experiências”, afirma. A solenidade contou com a presença dos líderes das três sedes administrativas das igrejas adventistas do Rio de Janeiro, região fluminense, Rio-Sul e Rio de Janeiro que dedicaram momentos de gratidão a Deus através de oração pelo novo local.

CONHEÇA ALGUNS PROJETOS DA ADRA NO RJ: Padaria Escola Pão da Vida O projeto Padaria Escola Pão da Vida localiza-se na cidade de Campos dos Goitacazes no estado Rio de Janeiro. O projeto foi inaugurado em outubro de 2012 e conta atualmente com 10 alunos. Uma das áreas de atuação da ADRA Brasil é a de geração de emprego e renda, ou seja, dar oportunidades para que as pessoas interessadas aprendam um ofício que irá gerar renda para a família, além de serem treinadas para o mercado de trabalho. É neste contexto que o projeto Padaria Escola se insere. Os alunos da padaria escola aprendem a fazer diversos tipos de pães, carne de glúten e massa para pizzas, que são comercializados pelos participantes ajudando assim a complementar a renda familiar. Projeto Vidas Transformando Vidas O projeto Vidas Transformando Vidas, é um centro de recuperação de dependentes químicos, localizado em um sítio em Campo Grande, Rio de Janeiro. O centro atende somente homens, entre os 18 a 60 anos. O tratamento leva de seis meses a um ano dependendo de cada caso, e inclui trabalho terapêutico, assistência médica, psicológica e apoio espiritual. A capacidade atual do projeto é de atender até

Estação Rio leva estrelas da música gospel à Quinta da Boa Vista

A

9ª edição da Estação Rio levou grandes nomes da música Gospel à Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio. No fim da tarde e na noite deste sábado (28), e reuniu um público de 50 mil pessoas. O evento gratuito, transmitido ao vivo pelo G1, começou por volta das 18h30, com Marquinhos Gomes no palco. Eyshila, Bruna Karla e Diante do Trono, que fechou a festa, também animaram o público. A apresentação foi do ator Eriberto Leão; o DJ Naudão tocou nos intervalos.

Marquinhos Gomes abriu o evento, com sucessos presentes no último CD teve mais de 5 milhões de cópias vendidas, e músicas do seu mais recente trabalho, o CD e DVD “Ele não desiste de você”, que já ultrapassou mais de 100 mil cópias vendidas. Para cantar “Todo Poderoso Deus”, chamou ao palco a filha, Gabriela Gomes. Em seguida, Eyshila apresentou músicas de seu primeiro álbum “Jesus, o Brasil te adora”. A cantora Bruna Karla, que já recebeu indicação ao Grammy Latino em 2010, entrou em cena por volta das 21h e cantou grandes sucessos como “Que bom você chegou”, “Sou humano”, “Jamais deixarei você” e “Advogado fiel”, entre outros. O grupo Diante do Trono, com 15 anos de carreira, 28 álbuns lançados, mais de 7 milhões cópias vendidas, fechou a noite. Junior Schultz

12 pessoas. Entretanto, esta capacidade será aumentada no futuro possibilitando atender até 30 pessoas ao mesmo tempo.O projeto Vidas Transformando Vidas é mantido por doações e pelo trabalho voluntário de diversos profissio-

nais. O projeto busca também parcerias com o governo municipal do Rio de Janeiro e com empresas privadas. ARJ


Março/2014

8 - Primeiro Caderno

Canal da Esperança chega a Belém

O

mês de março começou com três celebrações que marcaram a história da Igreja Adventista em Belém e região metropolitana. No dia 08, a capital foi o palco da comemoração dos 19 anos da Rádio Novo Tempo local, os 25 anos da Rádio Novo Tempo no Brasil e da grande inauguração do canal 54 da TV Novo Tempo. A Região Metropolitana de Belém, que com pouco mais de 2 milhões de habitantes, é a mais populosa da Região Norte e a 12ª do país. A cidade de Belém é classificada como uma das capitais com melhor qualidade de vida da localidade. E desde o dia 8 de março essa população passa a receber em suas TVs uma programação diferenciada. Centenas de veículos, entre ônibus, carros e motos, acompanharam uma passeata com mais de 10 mil pessoas que percorreram as ruas e

avenidas da cidade para anunciar a chegada da TV Novo Tempo. A multidão se concentrou no Centro de Convenções da Amazônia (Hangar). Na entrada, cada participante doou 1 kg de alimento, o que segundo a Ação Solidária Adventista (ASA), totalizou a arrecadação de mais de 2 toneladas de alimentos não perecíveis que serão distribuídos para entidades carentes. CONQUISTA O pastor Rafael Rossi, diretor de Comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países da América do Sul, acredita que o canal revoluciona a vida daqueles que vivem nas regiões em que está disponível. “Uma revolução para o bem, uma revolução de melhorias para vidas transformadas. A Novo Tempo, onde chega, faz uma diferença para melhor na vida das pessoas”, diz.

Como convidados estiveram presentes também o governador do Estado do Pará, Simão Jatene, que parabenizou a Igreja Adventista. “Eu posso falar em nome de todos os paraenses que a Novo Tempo mais do que entrar na casa, vai entrar no coração de todos nós”, pontua. Ao lado dele estavam os prefeitos de Belém e Ananindeua. O deputado federal Wladimir Costa falou da alegria de receber a emissora em sua cidade. “Ter a TV Novo Tempo significa ter um mundo de alegria e felicidade, a interatividade das famílias, a união. O fato de o povo belenense poder assistir agora excelentes programas, e de qualidade, significa tudo para mim”, destaca. O deputado Nilson Pinto, o vereador Nehemias Valentim e o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, acompanharam a cerimônia. Para o presidente da Igreja Adventista no Estado, pastor Geison Florêncio, o canal ajudará a compartilhar as mensagens bíblicas com mais pessoas. E a tendência, como reforça o pastor Antônio Tostes, diretor da TV Novo Tempo, é que a emissora se expanda ainda mais. A ouvinte da rádio Novo Tempo e agora telespectadora do canal 54, Lusinete Ferreira, diz que é motivo de alegria ter ambas em sua casa todos os dias. “É uma honra participar de tudo isso. É um início de uma linda história da comunicação adventista finalizando com a eternidade que nos aguarda”, destaca.

Centenas de pessoas saíram às ruas para anunciar a chegada do Canal da Esperança na capital paraense

Jackson Franca

Em Rondônia, sopão solidário é distribuído para vítimas da enchente

Lançamento do V Seminário de Enriquecimento Espiritual na região sudeste

E

N

o dia 8 de fevereiro aconteceu o lançamento do V Seminário de Enriquecimento Espiritual (SEE) no Centro de Convenções SulAmérica, localizado no Centro do Rio. Os mais de 3 mil membros que participaram deste lançamento representavam uma pequena fatia dos 180 mil que fazem parte da família adventista na região sudeste do país. Presentes no evento os líderes Derek Morris, Erton Köhler, Miguel Pinheiro, Maurício Lima e Elmir Santos. Rodrigo Bethlem, deputado federal e secretário de governo da prefeitura do Rio de Janeiro, também prestigiou o evento. Louvores e músicas especiais foram feitas pelo Quarteto Arautos do Rei. O que faz uma pessoa cultivar o hábito de acordar uma hora mais cedo no seu habitual para relacionar-se com Deus? Muitos podem ser os motivos, entre eles fé e busca pela comunhão com o Deus que faz milagres, transforma corações, capacita dons e leva paz aos corações. Jonas Siqueira e Silceia Oliveira nunca puderam dar um abraço na pequena Raissa Vitória, de 3 anos e 9 meses. Ela tem epidermólise bolhosa e não pode ter sua pele pressionada a ponto de não poder receber um abraço, pois seu corpo se enche de bolhas que se transformam em feridas como queimaduras de terceiro grau. Na programação eles receberam uma oração especial acompanhados de pessoas que foram à frente com o apelo feito pelo pastor Luis Mario Souza, que intercedeu pelos que precisavam de cura física ou levaram o pedido por amigo, familiar ou si mesmo. Os pais têm a esperança de levá-la ao hospital em Minnesota (EUA) para

fazer um transplante de medula, o que traria a cura para sua enfermidade. Para participar da campanha acesse: www.parapoderabracar.com A igreja que mudou de placa Antonio Carlos Pereira tinha três empregos, um deles sua própria igreja, a qual era pastor e presidente. Estava fazendo um seminário teológico e recebeu um livro que despertou seu interesse com assuntos sobre o sábado e alimentos impuros. Foi quando recebeu a visita de um colportor com literatura adventista. Começou a estudar juntamente com os 75 membros de sua igreja com o colportor sobre os 10 mandamentos e aceitaram guardar o sábado. A mudança foi inevitável, sua igreja passou a se chamar ‘adventista do sétimo dia’. Permaneceram apenas 15 dos 75 membros e atualmente eles somam 30 pessoas batizadas e estão preparando outras quatro para o batismo. Antonio

é ancião da igreja adventista de Porto do Carro, em São Pedro da Aldeia. Minha jornada salvou uma vida da morte Diego Leonardo Sales Cardoso estava desempregado, mas a despeito da necessidade, rejeitou a entrevista de emprego marcada para as horas do sábado. Era recém batizado e estava iniciando sua primeira jornada espiritual. ‘A fidelidade do sábado foi uma prova de fé’, comenta Cardoso. Passado o sábado ele foi à entrevista e fez algo que o marcou para sempre. ‘Estávamos conversando quando, de repente, meu futuro chefe sofreu um enfarto do miocárdio. Levei-o ao hospital mais próximo e segundo o médico, se o atendimento tivesse demorado de 5 a 10 minutos, ele não teria resistido’, relembrou Diego. ‘Graças à minha fidelidade a Deus, ganhei não apenas um emprego, mas salvei a vida dele’. ARJ

m Porto Velho, a cheia do Rio Madeira já chegou a marca histórica de 17,81 metros, causando assim a maior enchente já registrada como consequência mais de mil famílias encontram-se desabrigadas. Várias ações solidárias estão sendo realizadas através de entidades filantrópicas, entre elas a ADRA – Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais e o “Grupo Ajudar”, organização não governamental apoiada pelo Ministério Público de Rondônia. Uma das ações foi a distribuição de um sopão, que foi realizada no Centro Salesiano do Menor, onde 64 famílias encontram-se abrigadas, logo em seguida o grupo de voluntários seguiu para outro abrigo, na escola Getúlio Vargas, onde mais 150 vítimas da enchente foram atendidas, totalizando mais de 350 pessoas em apenas uma noite. “Eu gosto de realizar trabalhos voluntários como esses, e atender essas pessoas me faz bem, eu me sinto realizada. E estamos prontos para atender

ainda mais pessoas que precisem”, afirma a voluntária Sueli Luna. A desempregada Jane Lopes da Silva, de 24 anos, conta que morava no Bairro Triângulo com os pais e os três filhos, de 7, 5 e 2 anos de idade. “No total, são cinco famílias de parentes meus que vieram pra cá, acho que umas quinze pessoas. Estamos contando só com a misericórdia de Deus e o apoio da população que não abandonou a gente aqui”, disse Jane, emocionada, enquanto dava sopa à filha caçula. A previsão pluviométrica é que ocorram mais chuvas e que o nível do Rio Madeira continue subindo. A tendência é que o número de desabrigados seja ainda maior, por isso a ADRA Rondônia já começou a campanha de arrecadação de alimentos, roupas, kits de higiene, entre outros donativos para atender as pessoas que estão sofrendo com as enchentes, não apenas de Porto Velho, mas de Guajará Mirim e Nova Mamoré, que são cidades do interior do estado que já estão isoladas.

Leonardo Leite, com informações do G1/RO Fotos: Suzi Rocha/G1

Em 24 horas, internautas conhecerão ações mundiais de jovens adventistas Evento tem o objetivo de dar uma dimensão mundial do que fazem os jovens adventistas

C

entenas de ações desenvolvidas por cerca de oito milhões de jovens adventistas em todo o mundo serão conhecidas durante 24 horas ininterruptas. É a inédita iniciativa do Global Youth Day idealizada pelo Ministério Jovem da sede mundial da Igreja Adventista. Desde o dia 15, quem acessar os sites do projeto assistirá a uma série de atividades comunitárias,

sociais e espirituais e ouvirá alguns interessantes testemunhos também. Todas as 13 divisões que fazem parte da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia terão um horário específico para exibir vídeos e até atividades ao vivo. No caso da América do Sul, das 15 às 17 horas (horário de Brasília), direto da Novo Tempo (em Jacareí, SP) e da sede sul-americana adven-

tista (em Brasília, DF), diferentes projetos e programas vão contar um pouco do envolvimento da juventude adventista com a missão. Segundo o pastor Areli Barbosa, líder sul-americano do Ministério Jovem, predominantemente os internautas verão materiais sobre o Missão Calebe (projeto em que jovens trocam as férias comuns por engajamento em atividades religiosas e comunitárias

geralmente em locais distantes de suas casas) e Vida por Vidas (projeto de incentivo à doação voluntária de sangue e medula óssea). “Um dos destaques será uma conversa com o pessoal que participa do projeto 1 Ano em Missão, que envolve dedicação total de jovens a projetos espirituais e que esse ano começou em Montevideo, capital do Uruguai”, acrescenta Barbosa.

Tendo por referência o horário oficial do Brasil, o Global Youth Day começará suas transmissões à meia-noite da sexta-feira, dia 14, com imagens e entrevistas feitas a partir da cidade de Oakland, na Nova Zelândia. Ao todo, estima-se que sejam geradas informações de 23 pontos diferentes do mundo. Felipe Lemos


Primeiro Caderno - 9

Março/2014

$% Sermão

FÉ: A DIFERENÇA Talvez você esteja esperando que Deus o cure daquele câncer que está devorando a sua vida. Mas vou dizer algo que vai contra tudo o que muitos cristãos estão pregando hoje. “Se você tiver fé”, é o que dizem, “você será curado”. “Se hoje estiver desempregado e tiver fé, amanhã conseguirá emprego”. Se você carrega um câncer e vier esta noite aqui, será curado”, é o que afirmam. Mas o que a Bíblia ensina? Paulo foi um dia a Deus e lhe disse: - Senhor, tira este aguilhão da minha carne. Ele carregava um problema de saúde na sua vida e pediu que o Senhor o curasse, mas sabe qual é a resposta que recebeu de Deus? “... A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (II Coríntios 12:9). Paulo teve que carregar aquela doença toda a sua vida. E por favor, não me diga que ele não tinha fé. Isso prova que a fé não serve somente para que as coisas aconteçam como você quer. A fé serve para que os milagres aconteçam do jeito que Deus quer. As irmãs de Lázaro mandaram, um dia, emissários a Jesus dizendo: “Vem e cura nosso irmão”. Mas Jesus demorou e Lázaro morreu. Dias depois Ele apareceu na casa de Marta e Maria e não trazia apenas uma cura, trazia uma ressurreição, porque o que Deus tem para nós sempre é melhor do que nós esperamos. O mendigo de nossa história levantou a mão pedindo apenas dinheiro, mas Deus tinha para ele uma cura. Lembra de Jairo? Ele pediu apenas uma cura para sua filha, mas Deus tinha para ela uma ressurreição. A minha pergunta é: Você está pedindo algo a Deus? Tem a impressão de que Ele não está respondendo sua oração? Por favor, não pense que Deus deixou de amá-lo. Não tenha um conceito tão minúsculo de Deus. Não pense que porque as coisas não estão saindo do jeito que você quer, Ele se esqueceu de você. A fé não é somente para que as coisas sejam como você quer. A fé é para que as coisas aconteçam como Deus, em sua infinita sabedoria, sabe que devem acontecer. E o que Deus faz, embora você no início não compreenda, sempre é o melhor pra você. Quando Pedro disse ao paralítico que não tinha ouro nem prata, seguramente o deficiente ficou desanimado, mas cinco segundos depois entendeu o que estava pedindo. Descobriu que era muito pouco o que pedia. Deus tinha algo melhor para ele.

“Ele começou sua vida rastejando e pedindo esmolas.” Cresceu e viveu assim durante muito tempo. Mas algo aconteceu num momento de sua vida, porque no fim dela o achamos entrando no templo por seus próprios pés, louvando o nome de Deus. O que aconteceu com esse homem? Qual o mistério de sua transformação? Observe esse texto: “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam... (Atos 3:1 e 2). Há duas partes marcantes na vida deste homem: ele começa paralítico, incapaz de realizar qualquer coisa, rastejando como uma serpente, arrastando seu corpo morto. Olhando para as alturas, mas sentindo-se incapaz de chegar lá. Um começo muito triste... pedia esmolas e vivia da caridade das pessoas. Mas a última parte de sua vida é um capítulo glorioso. Ele entra no templo andando com seus próprios pés, cantando e louvando o nome de Deus. Vamos imaginar duas ilhas. Uma delas representa o primeiro capítulo da vida deste homem: miséria, desgraça, tragédia, incapacidade, impotência e pobreza. A outra representa o segundo capítulo: um homem andando com seus próprios pés, com a cabeça levantada, entrando no templo, louvando e cantando hinos para Deus. Entre essas duas ilhas há um mar, um mar que todos temos que atravessar um dia. Vamos analisar o texto bíblico. Ele começa dizendo: “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração...” (Atos 3:1) Pedro era um homem intrépido, prático, realista, enquanto João era um sonhador, idealista e romântico. Duas personalidades diferentes, indo ao templo para adorar juntos. O Espírito de Deus tinha sido capaz de unir dois corações diferentes e fazê-los louvar em unidade de espírito. Essa é uma das vantagens do cristianismo. Aqui está o primeiro pensamento que apresenta o texto: o plano de Deus não é uniformizar seus filhos. Ele não quer que os cristãos se tornem um grupo de soldadinhos de chumbo, todos uniformizados, agindo da mesma maneira, fazendo as mesmas coisas, andando do mesmo jeito, falando as mesmas palavras. Não, o cristianismo não destrói a personalidade de ninguém. Jesus respeita a individualidade dos seres humanos. Cristo quer unidade, mas dentro dela, diversidade de dons, de talentos, de personalidades, de culturas, de usos e de costumes. Você é carpinteiro? Há um lugar para você na família de Deus. É um estadista? Um pedreiro? Um homem prático e realizador? Um idealista e sonhador? Há também um lugar para você na família de Deus. Meu amigo, não existe ninguém que não tenha recebido pelo menos um talento de Deus. E você pode colocar esse talento a serviço de sua família, da sociedade, de seu país, da humanidade e da igreja de Deus nesta terra. Pedro e João subiam juntos ao templo para orar. Eram companheiros de oração. Quando Pedro se dirigia ao templo, passava na casa de João e dizia: - João, estou indo ao templo. Você não quer vir comigo? Aqui encontramos outra lição do texto: procure um companheiro de oração. Busque um irmão, um amigo e ore com ele. Se em seu carro há lugar para mais um, convide alguém que não tem carro e more perto de sua casa para ir ao templo com você. Deus está nos apresentando aqui a responsabilidade que temos de cuidar uns dos outros na vida espiritual. Não somos ilhas, não devemos tentar viver uma maravilhosa experiência espiritual com Cristo do tipo: Ele, eu e mais ninguém. Devo me preocupar em levar João, Felipe e Maria comigo. A história bíblica continua dizendo que quando Pedro e João estavam en-

trando na porta do Templo encontraram um homem que tinha nascido e vivido paralítico toda a sua vida. Não havia esperança de recuperação para ele. A ciência médica não tinha remédio para seu caso. Ninguém podia fazer mais nada. Era um homem de aproximadamente 40 anos. Devia ter feito tudo para se recuperar, mas as suas esperanças morreram lentamente. E naquele tempo a sociedade não se preocupava em criar facilidades para os deficientes físicos. Não existiam oportunidades de trabalho para eles e em conseqüência, aquele homem só poderia dedicar-se a pedir esmolas. Mas parece que este homem era muito inteligente. Ele não ia pedir esmolas lá na rua do centro da cidade, ele ia ao templo. Sabe por quê? No centro da cidade seguramente ele encontraria uma quantidade bem maior de pessoas, mas ele supunha que se existiam pessoas sensíveis às necessidades humanas, deviam ser as que entravam num templo. E ele não estava errado. Se nós, que nos chamamos cristãos, não formos capazes de sentir dor pelas pessoas que sofrem, quem o será? Se nós cristãos não formos capazes de nos organizar para tentar ajudar as autoridades a resolver o problema do sofrimento, da miséria, da fome, das crianças de rua, quem o fará? Podemos louvar o nome de Deus em sã consciência sem prestar atenção à mão estendida de um necessitado? O coxo de nossa história colocou-se na porta do templo, e estendeu a mão. Esperava uma moeda. Ele pensava que sua grande necessidade era dinheiro, por isso estendia a mão para pedir esmolas. Nós, seres humanos, nem sempre sabemos identificar nossas verdadeiras necessidades. O ser humano do século 20 sabe que alguma coisa está faltando dentro de seu coração. Há um vazio existencial que está enlouquecendo o homem moderno. O homem deita à noite na cama e sente vontade de chorar, não consegue dormir, porque experimenta dentro de si uma angústia muito grande. Uma espécie de complexo de culpa, como se estivesse devendo alguma coisa a alguém. Constantemente se pergunta: “O que acontece comigo? Não mato, não roubo, não adultero, não faço nada de mau, respeito meus próximos, sou um bom cidadão, um bom pai de família, um bom marido... por que sinto este vazio? Por que sinto medo do futuro? Por que às vezes me dá vontade de chorar, de buscar alguma coisa que nem sequer sei identificar o que é?”

Os psicólogos chamam isso de crise existencial. O ser humano sabe que lhe falta alguma coisa, o problema é que não sabe identificar o quê. Então ele estende a mão, como este coxo, tentando agarrar coisas. Há pessoas hoje que, como o coxo, pensam que o que lhes falta é dinheiro. “Se eu pudesse ter todo o dinheiro do mundo”, pensam, “poderia comprar uma casa boa, viajar por outros países e ser muito feliz”. Mas isto não é verdade. O dinheiro é útil, sim, e você não deve sentir-se culpado por ganhar dinheiro trabalhando honestamente. Não pense que para ser um bom cristão você precisa ser pobre. Muito cuidado com o conceito de cristianismo, que o leva a pensar não ser necessário se preocupar com dinheiro porque ele não vale nada. Cristianismo não é pobreza. Cristianismo é prosperidade. Não tenha medo de lutar para crescer na vida. Aquele mendigo levantou a mão esperando receber dinheiro. Se o discípulo lhe desse uma moeda, seguramente esse paralítico louvaria o nome de Deus e diria: - Senhor, te agradeço pelas bênçãos que me deste. Mas Pedro sabia que não era de dinheiro que o paralítico precisava. Seu verdadeiro problema era outro.

Meu amigo, você, de alguma maneira, se sente um paralítico na vida espiritual? Faz muito tempo que você carrega na vida uma sensação de vazio? Faz muito tempo que você estende a mão atrás do dinheiro, do poder, da fama, da glória, da cultura ou do prazer tentando de alguma maneira preencher o vazio de seu coração? É preciso saber que você saiu das mãos do Criador e nunca será feliz enquanto não retornar a Ele. No dia em que você se encontrar com Jesus e abrir o coração dizendo: “Senhor Jesus, eu preciso de Ti; não compreendo, não entendo muita coisa, mas preciso de Ti. Não creio, não tenho capacidade de crer, mas preciso de Ti. Opera, por favor, um milagre em minha vida, ajuda-me a crer.” Nesse dia o Senhor Jesus vai operar um milagre; entrará em sua vida e transformará tudo. Há muitos anos atrás eu era pastor numa favela muito perigosa. Se um dia vocês forem a Lima, capital de meu país, perguntem onde fica o morro São Pedro. É uma favela perigosa. Lá habita muita gente boa, mas também é um ninho de marginais e traficantes de drogas. Quando a polícia entra, tem que ir em grupo para se proteger. No primeiro ano de meu ministério fui pastor ali. Um dia, enquanto estava

descendo aquela favela, dois rapazes me agarraram. Um deles botou uma faca em meu peito e o outro segurou meus braços. Tiraram meu dinheiro, o relógio e a caneta que tinha. Eu tremia. Pedi a eles, que por favor, não me fizessem nada. Deus tocou o coração daqueles marginais porque eles tiraram tudo de mim, mas não me fizeram mal. Fiquei paralisado quando eles fugiram, fiquei tremendo. Mas continuei meu trabalho naquele lugar. Em pouco tempo deveria começar uma campanha evangelística. Deveria pregar 90 noites seguidas. Na primeira noite vi entre o público um rapaz que olhava insistentemente para mim. Cada vez que olhava para ele, ele olhava para o outro lado. Estava sempre olhando para mim, mas escondido. Quando eu olhava pra ele, se abaixava. O rosto dele ficou marcado por este detalhe. Na noite seguinte ele não voltou. A outra noite também não. Mas eu comecei a visitar aqueles lares e foi assim que, um dia, cheguei na casa daquele rapaz. Quando ele me viu se escondeu. Sua mãe veio à porta e disse: - Ele não está. Eu disse: - Senhora, eu acabo de vê-lo. Chame-o. Eu sou o pastor que está pregando aqui no salão. E ele saiu, mal encarado. Estava sem camisa, cheio de tatuagens e cicatrizes. Olhou para mim e disse: - O que você quer? - Estamos com saudades de você, - respondi - você não voltou mais ao nosso salão. Começamos a conversar e de repente fiquei paralisado porque esse rapaz me confessou que ele era um daqueles que colocara a faca em meu peito e me tirara o relógio e o dinheiro. Depois ele acrescentou: - Pensei que você tinha me reconhecido na primeira noite que eu estive no salão. Falei: - Não, quando você me assaltou estava escuro e eu não reconheci você, mas agora que está confessando que me roubou, cadê meu dinheiro, meu relógio? Ele olhou para mim e disse: - Eu não tenho mais nada. Retruquei: - Mas você tem que me devolver. Ele ficou em silêncio, e eu disse: - Vamos fazer um trato. Vou pregar 90 noites seguidas. Se você assistir todas as noites, até o fim da campanha, a dívida está paga. Agora, se você não assistir, tem que me devolver tudo. Foi assim que ele começou a aparecer no salão. Às vezes, aparecia na metade, às vezes no fim. Ficava lá atrás, fazendo questão que eu olhasse pra ele como dizendo: “Olha, estou aqui, estou pagando minha dívida”. Ele não mostrava interesse no evangelho. Mas querido amigo, quer saber de algo? Você pode fugir de Deus um dia, dois dias, uma ou duas semanas, pode fugir de Deus um ano, dois, cinco anos, mas você não pode fugir de Deus a vida toda. Um dia Ele o alcança. Um dia, quando você não tiver mais pra onde ir, quando chegar um momento em sua vida que você não souber mais o que fazer, quando sentir que precisa dEle, naquele dia, pode cair de joelhos e Ele estará pronto para abraçar você. Sempre é assim. Jesus ama você e em silêncio segue e persegue todos os seus caminhos, até que um dia você Lhe entrega a vida. E um dia Deus pegou aquele rapaz. Sua vida cheia de marginalidade, violência e vícios foi inteiramente transformada. Parou de roubar, de usar drogas

Aprendi que não importa quanto eu me importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. Aprendi que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo e que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isto. Aprendi que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido; o mundo não pára pra que você o conserte; Aprendi que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la. Aprendi que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando

você cai, é uma das poucas que lhe ajudam a levantar-se. Aprendi que as circunstâncias e o ambiente têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Aprendi que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprendi que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa e por isso devemos deixar sempre as pessoas que amamos com palavras amorosas. Pode ser a última vez que as vejamos.

Aprendi que não importa até onde já cheguei, mas para onde estou indo, mesmo que leve muito tempo para eu me tornar a pessoa que quero ser. Aprendi que falar pode aliviar dores emocionais. Aprendi que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, afinal os bons amigos são a família que nos permitiram escolher e que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam. Aprendi que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pela vida inteira. Aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você

tem na vida. Aprendi que existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso e que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ela ame, não significa que ela não o ame com tudo que pode. Aprendi que não devemos nos comparar com os outros, mas com o melhor que podemos fazer. Aprendi que não importa quão delicado e frágil seja algo, sempre existem dois lados. Aprendi que se pode ir mais longe depois de pensar que não pode mais. Aprendi que ou você controla seus atos ou eles o controlarão.

“ O ser humano do século 20 sabe que alguma coisa está faltando dentro de seu coração. Há um vazio existencial que está enlouquecendo o homem moderno. O homem deita à noite na cama e sente vontade de chorar, não consegue dormir, porque experimenta dentro de si uma angústia muito grande.”

e começou a trabalhar honestamente. Então entendi que há muita gente neste mundo esperando uma oportunidade de nós. Tem gente que vive como vive e é o que é porque, nunca, ninguém lhe estendeu a mão. Quando alguém deu uma oportunidade a Jorge Roberto, ele se agarrou a ela e saiu dessa vida. E quando chegou dezembro eu tive a alegria de levá-lo até o tanque do batismo e ele foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um ano depois, eu fui levado para a Amazônia de meu país, para trabalhar como, entre os índios da tribo Campa. Quando voltei de férias os irmãos me deram a notícia: - Seu amigo Jorge Roberto está morto. - O que aconteceu com ele? - Um sábado de manhã, naquele morro, depois do culto, ele estava na rua despedindo-se dos irmãos, quando três ex-capangas, numa operação de queima de arquivo, deram sete facadas nele. Ninguém foi capaz de fazer nada. Tudo foi tão rápido! Jorge Roberto caiu. O sangue começou a brotar de seu corpo, de diferentes lugares. Os irmãos correram para socorrê-lo, mas ele disse: “Não, não me toquem. Eu acho que vou morrer”. Os irmãos colocaram o corpo dele num carro e o levaram para o primeiro hospital. O diácono que estava segurando a cabeça dele no colo me contou que antes de chegar ao hospital ele disse: “Faça um favor pra mim? “Pois não, Jorge.” “Procure o pastor Bullón e fale para ele que a gente se encontra lá no Céu, quando Cristo voltar”. Querido amigo, um dia eu terei a alegria de rever Jorge Roberto. Mas eu pergunto: Se Deus foi capaz de transformar aquela vida, não será capaz de transformar a sua? Que pode haver em seu coração que Deus não possa transformar? Você está esperando receber uma bênção? Deus tem algo maior pra você. Mas você precisa dar o grande salto da fé; precisa abrir o coração a Jesus, precisa dizer: “Oh Senhor, não posso mais continuar desse jeito. Levanta-me da paralisia espiritual. Preciso experimentar uma nova vida, conhecer novos valores, ter novos ideais.”

Oração Obrigado, Pai querido, porque podes chegar até mim, mesmo eu estando perdido nos valores mesquinhos de minha visão humana das coisas; obrigado porque podes transformar-me com amor e mostrar-me a perspectiva de uma vida sem Þm. Amém.

Pr. Alejandro Bullón

Aprendi que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências e que paciência requer muita prática. Aprendi que há mais dos meus pais em mim do que eu supunha. Aprendi que quando estou com raiva, tenho direito de estar com raiva. Mas isto não me dá o direito de ser cruel. Aprendi que sozinho não sou nada. Com Jesus, sou tudo.


Março/2014

10 - Primeiro Caderno

$% Notícias Internacionais

Inovação é fundamental para a relevância na nova ‘economia da atenção’, dizem especialistas em mídia E

mpurrar os limites já não é suficiente. A tecnologia adventista do sétimo dia e os profissionais da mídia na Conferência da Rede Adventista Global de Internet (GAiN) deste ano foram desafiados a deixar as fronteiras no espelho retrovisor ou correr risco de se tornar irrelevante. Falando no culto matinal de 13 de fevereiro, Pardon Mwansa, vice-presidente geral para a Igreja Adventista a nível mundial, disse a centenas de profissionais de Web que a “mentalidade de fronteira” e a “mentalidade de expansão” estão limitando o âmbito da missão e ministério adventistas. Uma mentalidade de fronteira é estrangulada pelas tradições; uma mentalidade de expansão é um conteúdo reimaginando essas tradições. O que é necessário em vez disso, ele disse, é uma “mentalidade de criação”. “É mais fácil ir aonde outros já foram. Mas quem são os que têm melhorado este mundo? Pessoas que romperam os limites”, lembrou Mwansa, citando exploradores pioneiros, líderes de direitos civis e inovadores de tecnologia. “Nós não vamos chegar a lugar nenhum com uma mentalidade de fronteira”, disse ele a 400 participantes da reunião do 400GAiN no Centro de Conferências do Instituto Marítimo em Linthicum Heights, Maryland, Estados Unidos. A autora e consultora de marketing Martha Gabriel expandiu essa noção em sua exposição de 14 de fevereiro, descrevendo o que chamou de “platôs de simplicidade”, em que uma organização se vê estagnada num um nível de tecnologia que chegou a dominar. “Não podemos ficar aqui. Conheça o próximo nível que precisa conquistar”, disse ela.

E, talvez mais importante, acrescentou, é conhecer o seu público. Na atual “economia da atenção”, mensagens competem por relevância, disse Gabriel. “Você precisa entender o que faz com que o coração de seu público bata mais rápido. Se não for parte da mensagem que querem ouvir, você será parte do ruído”, afirmou. Organizações que se desenvolvem na economia da atenção sabem que a moeda de pensamentos e informação não é mais suficiente para ter sucesso. “As idéias por si só são inúteis. O que precisamos agora são pessoas que façam as coisas acontecer”, aduziu Gabriel. Para o pastor Adventista Sam Neves e uma equipe de desenvolvimento da União Associação Britânica da Igreja, isso significava não ficar esperando que a Igreja fosse atrás de um jogo no estilo de quadrinhos chamado “Heroes”. O primeiro jogo adventista do sétimo dia para iPhone e iPad, “Heroes”, foi baixado 3.000 vezes nas primeiras 48 horas de seu lançamento, triplicando o patamar que os analistas dizem que um aplicativo móvel deve reunir na primeira semana para ser considerado bem sucedido. No último dia do GAiN, o departamento de Ministérios da Juventude da Igreja Adventista a nível mundial assinou um acordo para ajudar a apoiar o lançamento do “Heroes” para Android. Pardon Mwansa, vice-presidente geral para a Igreja Adventista a nível mundial, desafia os profissionais de mídia a traçarem um novo rumo para a tecnologia adventista. O jogo reintroduz os jogadores a personagens bíblicos—tais como Abraão, David e Ester—enquanto testa o seu conhecimento da Bíblia com perguntas e tes-

Autora e consultora de marketing, Martha Gabriel, discute macro e micro tendências da tecnologia durante palestra na conferência da Rede Global Adventista de Internet (sigla GAiN) de 2014 em Linthicum Heights, Maryland, EUA, [foto: Ansel Oliver]

tes. Os jogadores podem comparar os resultados com os seus amigos no Facebook. No GAiN, uma demonstração do jogo pôs em disputa jogadores da Divisão Trans-Europeia da Igreja com outras Divisões. “Percebemos que para transmitir um senso de identidade para uma nova geração, precisamos lembrá-los quem são os seus heróis”, disse Neves. “E que melhor maneira haveria do que usar um meio com o qual estão muito familiarizados?” Na verdade, disse Daryl Gungadoo, engenheiro de distribuição e de rede para a Rádio Mundial Adventista Europa a “gamificação” é a nova fronteira e as empresas bem-sucedidas vão encontrar maneiras de envolver o seu público com jogos. Ele citou um exemplo da Suécia, onde uma campanha de marketing da Volkswagen transformou as câmeras de controle de veloci-

dade, frequentemente detestadas, numa loteria em que as pessoas que dirigem no limite de velocidade são incluídas automaticamente num grupo para ganhar as multas pagas por motoristas que o excedem. Outro apresentador desafiou o popular ditado de que “o conteúdo é rei” nos meios de comunicação social. Sonja Kovacevic, gerente de conteúdo de LIFEconnect na Divisão Trans-Europeia da Igreja, propôs em vez disso, “o público é rei”. “[Nosso público] prefere confiar em alguém que conhece. As pessoas chegam a nos conhecer quando oferecemos conteúdo útil. Chegam a gostar de nós quando desfrutam do nosso conteúdo. E chegam a confiar em nós quando o nosso conteúdo é credível, coerente e grátis”, disse Kovacevic. O empresário e filantropo brasileiro Milton Soldani Afonso recebeu a NetAward [premiação anual] do

Presidente da Igreja Adventista, Ted N. C. Wilson. Afonso foi fundamental no estabelecimento e financiamento de utilização de mídia da Igreja Adventista do evangelismo na América do Sul. “Mais do que o seu dinheiro, a sua visão de comunicação e tecnologia para a Igreja tem sido sua maior contribuição”, disse Williams Costa Jr., diretor de comunicação da Igreja Adventista a nível mundial. A conferência do GAiN deste ano também contou com uma apresentação por Antonio Monteiro, que foi liberto no mês passado de uma prisão no Togo depois de quase dois anos de detenção. Monteiro e outros quatro foram acusados de conspiração para cometer assassinato num caso que chamou a atenção da Igreja Adventista a nível mundial. Em dezembro de 2012, uma campanha de mídia social apelando por um dia de oração ajudou na conscientização da situação no Togo. Participantes do Facebook interagiram no conteúdo de “Ore por Togo” mais de 50.000 vezes, enquanto o Twitter hashtag do evento chegou a mais de 7 milhões de usuários. Mais tarde, uma petição da Change.org para libertar Monteiro alcançou mais de 60.000 assinaturas. Monteiro recebeu milhares de cartões de Natal durante a campanha de dezembro de 2013 para encorajar os adventistas na prisão sob falsas acusações, forçados a passar os feriados separados da família. “Eu disse à minha mulher: ‘Vamos colá-los numa parede de nossa casa’”, disse Monteiro, agradecendo a sua família eclesiástica por todo o mundo pelo apoio durante uma provação que, diz, ele, testou e fortaleceu a sua fé. Ansel Oliver| Elizabeth Lechleitner

Para a família do médico adventista desaparecido, culto em abril pode trazer sentimento de encerramento do caso Sloop desapareceu na Ucrânia, em maio de 2013; ainda não há pistas a respeito A partir da direita: Katia Reinert, diretora de Ministérios da Saúde da Igreja Adventista na América do Norte e Peter Landless, diretor de Ministérios da Saúde da Igreja Adventista a nível mundial, conduzem um painel de discussão sobre o papel dos profissionais de saúde num ministério combinado, na Reunião de Cúpula de Ministérios de Saúde da Divisão Norte-Americana, em Orlando, Flórida, no mês passado. [foto de cortesia Ministérios da Saúde, NAD]

Na América do Norte, um retorno ao tradicional evangelismo médico-missionário

O

s profissionais de saúde e líderes de evangelismo da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Norte dizem que um novo enfoque abrangente no ministério de saúde irá reformular a tradicional obra médico-missionária da Igreja, trazendo cura e plenitude à Igreja e membros da comunidade. “Deus nos chamou para trabalhar em conjunto e nós só realmente tocaremos a vida das pessoas, como Jesus fez, uma vez trabalhemos de forma colaborativa para Ele com uma missão e uma visão”, disse Katia Reinert, diretora de Ministérios da Saúde para a Divisão Norte-Americana da Igreja. O apelo para o ministério combinado deu-se no mês passado na Cúpula dos Ministérios de Saúde da Divisão Norte-Americana, em Orlando, Flórida, Estados Unidos. Os organizadores da Cúpula, em parceria com a Universidade de Loma Linda, de propriedade da IASD, realizou uma Conferência de Profissionais de Saúde no evento para definir o papel dos profissionais de saúde num Ministério da Saúde abrangente, tanto em suas práticas clínicas quanto em suas

igrejas locais. “Precisamos de mais envolvimento dos nossos profissionais de saúde e das nossas instituições de saúde no Ministério da Saúde”, disse Reinert. A reunião de cúpula deste ano também delineou amostras para profissionais de saúde, pastores, educadores, jovens e voluntários de Serviços Adventistas à Comunidade. O Ministério da Saúde Integral segue o método de Cristo, de atender às necessidades físicas antes das espirituais. “A colaboração é fundamental”, disse Reinert. “Ter pastores, líderes de ministérios das crianças, líderes de ministérios da mulher, líderes de serviços comunitários e muitos outros representados e participando de treinamentos para atender às necessidades das pessoas e demonstrar amor e compaixão de Deus é essencial”. Em meses recentes, altos oficiais da Igreja Adventista têm apelado a uma ênfase renovada no lado abrangente do ministério da saúde—a combinação dos componentes físicos e espirituais, o que depende de estreita colaboração entre os líderes de saúde e ministeriais. O novo enfoque visa a reformular a abordagem tradicional da Igreja

Adventista no evangelismo de saúde. Médicos missionários da igreja primitiva levavam a cura física e espiritual às comunidades por todo o mundo. Um barco missionário chamado “Estrela da Manhã”, lançou a obra médico-missionária ao longo do rio Mississippi. Mais tarde, outro barco chamado “Luzeiro” levou o evangelismo de saúde e uma mensagem de esperança às comunidades ao longo das margens do rio Amazonas, na América do Sul. De volta à reunião de cúpula da saúde, Reinert e outros líderes de Ministérios da Saúde esperam que o renovado enfoque sobre o ministério de saúde abrangente dará continuidade a esse legado. Eles mantêm a visão de cada igreja adventista servindo como um centro de esperança e cura na comunidade. “À medida em que as igrejas comecem a construir ligações e parcerias na comunidade, podem colocar a congregação num melhor espaço para ministrar e verdadeiramente mostrar que querem que suas comunidades tenham saúde”, disse Reinert. Pat Humphrey

A

família de um médico adventista do sétimo dia americano, que desapareceu na Ucrânia há nove meses, vai realizar um culto em abril, para celebrar a sua vida. O Dr. Jay Sloop, um obstetra aposentado que atuava como diretor de Ministérios de Saúde para a Associação da Alta Columbia, da denominação, estava ajudando líderes da Igreja em Kiev a estabelecer um centro de estilo de vida na capital da Ucrânia, quando desapareceu durante um passeio matinal no Parque Zamkova Gora. Sloop, de 77 anos, foi visto pela última vez em 15 de maio de 2013. Uma câmera de segurança mostrou-o entrando no parque, no centro de Kiev, mas não saindo. Nenhuma pista substancial surgiu no caso, a despeito de intensas buscar e uma investigação em progresso pela polícia ucraniana e pela embaixada dos EUA em Kiev. “Sabemos pouco mais do que poucas horas após o desaparecimento inicial de papai”, disse o filho Greg Slo-

op num blog que montou para manter amigos e familiares informados sobre as investigações. Embora a busca ativa haja terminado em setembro, a família continua a acompanhar com contatos na Ucrânia e mantém uma linha direta, onde as pessoas podem relatar informações, disse ele. Num post no blog em 12 de fevereiro, Sloop ressaltou a ambiguidade da situação e disse que o culto não é motivo para especular mais sobre o estado do Dr. Sloop. “Não importa no que você possa acreditar, ficamos sem pai em nossas vidas agora. Gostaríamos de ter tempo para lembrar-nos de quem ele é e foi, das coisas que eram importantes para ele, e relembrar sobre o tempo que passou com a gente”, escreveu Sloop. O culto de 26 de abril vai “ser um bom momento para criar uma pequena sensação de encerramento para todos os envolvidos”, outro filho , Richard Sloop , disse à ‘Yakima Herald’. ANN staff

O profissional de saúde adventista, Dr. Jay Sloop, foi visto pela última vez em 15 de maio de 2013, quando uma câmera de segurança mostrou-o entrando, mas não saindo, do Parque Zamkova Gora, de Kiev, capital da Ucrânia, durante um passeio matinal. Na foto, autoridades e voluntários vasculham o parque. [foto de cortesia ESD]


Primeiro Caderno - 11

Março/2014

$% Notícias Nacionais

Materiais em Libras ajudam no evangelismo de surdos

V

Impacto Transbordo reúne 500 jovens nos terminais de ônibus de Campo Grande-MS durante ação evangelística No Sábado 8 de março, jovens adventistas de toda a cidade se reuniram em grupos nos oito terminais de ônibus de Campo Grande e na Praça Ari Coelho - um dos principais pontos turísticos da capital. O objetivo era levar mais do amor de Deus às pessoas através do louvor e de mensagens de paz. O projeto Impacto Transbordo nasceu no coração da juventude Sul-mato-grossense depois de algum tempo pensando sobre o que poderia ser feito para melhorar as ações evangelísticas no Estado. “A ideia surgiu após uma reportagem que eu vi sobre o trabalho missionário realizado em transportes coletivos de São Paulo. Se isso pode acontecer em uma cidade tão grande como São Paulo, porque não fazer disso uma realidade por aqui também”, conta Alom Campos, coordenador do projeto em Campo Grande.

sando no coração dos jovens adventistas de Campo Grande: o amor pelas pessoas. “Não é o pastor incentivando os membros a fazerem parte de um projeto como esse, ao contrário, os membros tomam a frente e o pastor está junto para apoiá-los. É legal quando a iniciativa parte deles porque eles se mobilizam, se comunicam e o projeto anda naturalmente”, conta o Pastor Alex Gonsalves, líder da IASD Pênfigo. E mesmo com as dificuldades para acordar cedo, os jovens mostraram que obstáculos como esses são pequenos diante da grandeza do projeto e a possibilidade de tocar as pessoas. “É muito gratificante ver que jovens da sua igreja, que fazem parte do seu circulo de amizade se disponibilizaram a acordar cedo para estar aqui, levando a mensagem e cumprindo o chamado de Cristo. E tudo vale a pena quando a gente vê o sorriso no rosto

estido de preto em um fundo verde, Wellington Romagnoli movimenta as mãos, gesticulando vários sinais por minuto. Inicialmente, é difícil entender o significado de cada um, mas a expressão facial exagerada durante a execução dos gestos indica alguns sentimentos. A cena se torna ainda mais coerente quando ouvimos o som que parece reger a performance de Romagnoli, que na ocasião gravava a tradução em Libras de um vídeo. Em 2006, Romagnoli se juntou ao surdo Paulo Siqueira em um projeto pioneiro. Eles começaram a produzir uma Lição da Escola Sabatina voltada aos surdos. Até então, não havia nenhum material em vídeo voltado para os deficientes auditivos adventistas. A produção, incialmente sem grandes aspirações – o objetivo era atender somente os surdos da região – ganhou fôlego e relevância. Em 2009, um ano após a sede administrativa da Igreja Adventista em oito países sul-americanos oficializar o Ministério Adventista dos Surdos (MAS) como parte do departamento de Missão Global, a Lição da Escola Sabatina em Libras começou a ser produzida trimestralmente e distribuída para todo o Brasil. Durante o evento, era feita a tradução simultânea na língua de cada país participante. No final de fevereiro, durante a III Reunião Consultiva do Ministério Adventista dos Surdos, foi apresentada a Lição que completa o período de cinco anos de produção ininterrupta do material.

Materiais em vídeo com tradução em Libras

Reunião estratégica A cada biênio, é feita uma reunião com representantes dos Ministérios dos Surdos de cada região onde há o movimento na América do Sul. A edição deste ano foi realizada em Cotia e reuniu cerca de 170 pessoas do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Como a linguagem em sinais é própria de cada país, durante o evento, havia uma variedade de traduções ao mesmo tempo, uma para cada país representado. O principal plano apresentado durante o evento foi para que cada surdo adventista traga outro surdo para a Igreja. Principal meta para o próximo

biênio é multiplicar o número de surdos adventistas. “O nosso objetivo é a multiplicação, que cada surdo evangelize outro surdo e, assim, cada grupo de surdos dê início a outro”, explica o pastor Edison Choque, líder de Missão Global para oito países sul-americanos. Desse modo, o grupo de surdos adventistas, que no Brasil são cerca de 600, deverá crescer e com ele a quantidade de material produzido com traduções em Libras. Isso fará com que a cena descrita no início seja repetida com cada vez mais frequência. Lucas Rocha

Inscrições para Segunda Corrida e Caminhada Vida e Saúde já estão abertas

J

á estão abertas as inscrições para a Segunda Corrida e Caminhada Vida e Saúde da Pampulha, em Belo Horizonte, e também para a Primeira Corrida e Caminhada Vida e Saúde de Uberlândia, no triângulo mineiro. Na capital mineira o evento esportivo acontecerá no dia 28 de setembro a partir das 8:00. A etapa desse ano sofreu uma pequena alteração no percurso, sendo 10 km para a corrida e 5 km para a caminhada. As inscrições feitas até o dia 30 de abril terão três opções de promoção que contempla desconto na inscrição até assinatura de revistas. Ainda bem cedo, às 6h da manhã, os jovens foram chegando e, pouco a pouco se acomodaram em alguns bancos e preparam os folhetos evangelísticos que seriam entregues à população. Por ali a cena não era comum. Um jovem senta, retira o violão da capa, outra jovem repete a cena e juntos começam a tocar músicas que falam ao coração. “A gente não está acostumado a essa recepção aqui no terminal e é muito bom. Receber esse carinho antes de ir trabalhar alegrou o meu dia”, relata emocionada a auxiliar de serviços gerais Luzia Ortiz. Assim como Luzia, a chefe de cozinha Berenice da Silva, demonstrou entusiasmo ao ouvir as canções preparadas pelos jovens. “É muito raro vermos isso nos dias de hoje, pois as pessoas só se preocupam consigo mesmas e trabalham demais. Ver esses jovens aqui é um gesto que não vou esquecer e espero que isso não aconteça apenas um dia. Seria maravilhoso que esse projeto acontecesse sempre”, revela. A ideia do projeto ganhou força no ano passado, como conta Alom. “No último ano nos reunimos a princípio como algo entre amigos e acabou dando certo e o projeto está crescendo. Hoje, nossa expectativa é que o Impacto aconteça um Sábado por mês”, explica. Por trás de toda essa iniciativa e envolvimento existe algo a mais pul-

das pessoas quando elas recebem nosso abraço, aperto de mão, uma palavra de carinho”, garante o jovem Adriano Rodrigues, de 20 anos, membro da IASD do Jóquei Clube. Para finalizar a manhã do projeto, o Pastor Eliandro Jaques comparou a ação dos jovens à ação dos discípulos de Jesus. “Pra mim é motivo de grande alegria estar aqui, primeiro por fazer uma obra semelhante a que os discípulos fizeram no livro de Atos, quando eles usavam a estratégia de evangelizar em uma região portuária, local por onde muitas pessoas passavam e, dessa maneira, a mensagem de Cristo podia chegar a vários lugares”, compara o líder fazendo alusão à ação dos jovens nos terminais de ônibus. O pastor ressaltou ainda a mobilização da juventude e o fato de que os jovens estão cada dia mais comprometidos com a obra missionária em nossa Capital. “É muito bom ver os jovens tão dispostos logo cedo, cantando nos terminais e entregando folhetos com mensagens que podem mudar o dia de alguém. Nós vemos que algo está acontecendo e o evangelho está sendo pregado e isso fortalece a fé das pessoas que estão nos ouvindo, mas, acima de tudo, fortalece a fé da nossa juventude para que o trabalho continue”, conclui Eliandro. Rebeca Silvestrin

As inscrições, promoções e demais informações podem ser obtidas no site: http://www.corridavidaesaude.com.br ou pelo telefone: (31) 2121-6964.


12 - Primeiro Caderno

Marรงo/2014


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.