REVISTA DO LÉO 97 - MAIO DE 2024

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REVISTA DO LÉO

REVISTA LAZEIRENTA

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536

2DEMAIODE1900,MANUELFRANPAXECOCHEGAVAASÃOLUÍSDOMARANHÃO

– MARANHA-Y “águas revoltas que correm contra a corrente”

MIGANVILLE
NÚMERO 97 – MAIO – 2024

Adolescente de 13 anos morre atropelado enquanto praticava atividade física em São Luís

A vítima estava praticando atividade física nos arredores do Estádio Castelão, no bairro Jordoa, quando foi atropelado.

Por g1 MA São Luís

24/05/2024 08h06 Atualizado há 5 horas

Adolescente de 13 anos morre atropelado. Foto: Divulgação

Um adolescente de 13 anos morreu após ser atropelado, na noite dessa quinta-feira (23), por volta das 19h, na Avenida Contorno, próximo ao Estádio Castelão, em São Luís.

Segundo informações, a vítima identificada como Victor Gabriel Caldas Batista, estava praticando atividade física na companhia de amigos, para se preparar para uma competição, que iria disputar nas próximas semanas, quando foi atropelado.

Após o acidente, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou a morte do adolescente. O motorista do carro foi encaminhado ao Plantão Central de Polícia Civil da Cajazeiras, onde prestou depoimento

MENSAGEM AO FELIPE E AOS CAMARÃO

Indignado, ainda, com os acontecimentos recentes, da morte de uma jovem promessa do esporte maranhense, e ainda pela falta de sensibilidade do Governo atual, do Secretario da SEDEL, ou mesmo do da Cultura, cobrei de quem pensava que tinha certa amizade, uma posição quanto aos fatos, principalmente pela destruição da Pista, e a consequente morte do jovem.

Citei Felipe, sua avó, pai, e ele mesmo, por não terem tomado uma atitude, pois são icones do esporte maranhense... muito os admiro...

Foi errado de minha parte? foi...

Recebi mensagem de Felipe, afirmando que não tem nada a ver com isso - e não tem - pois é 'apenas vice', como lembrou, e não toma parte alguma das decisões do Governador ou de outros Secretários.

Nem toma conhecimento... sua função é outra... sua pasta é outra...

Pois bem, ainda estou indignado com os fatos...

Perdão por os meter no meio dessa indignação...

Phil me ligou à pouco, informando que Felipe está viajando... É isso...

Comentei por aqui, e é este canal que uso para me desculpar, mas continua a cobrança ao Sr. Vice-Governador e Secretário de Educação.

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE

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Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz

Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 8328 2575

CHANCELA

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 20 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor das “Revista do Léo”, “Maranha-y”, e “Ludovicus”; Condutor da Tocha Olímpica –Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

José Manuel Constantino

21 de Maio de 1950 em Santarém, Distrito de Santarém (POR)

Iniciou a sua carreira profissional como professor de Educação Física no ensino secundário, onde lecionou entre 1973 e 1995. Foi docente universitário, entre 1991 e 2002, em várias instituições de ensino público e privado, onde recorreu ao valor das suas experiências e competências para a qualificação do ensino superior.

UM PAPO

A par da docência fez todo um percurso na administração pública, tendo desempenhado cargos relevantes destinados à implementação das políticas públicas para o desenvolvimento desportivo. Presidiu ao Instituto do Desporto de Portugal, entre 2002 e 2005, e também presidiu ao Conselho Nacional Antidopagem, ao Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto, à Confederação do Desporto de Portugal e à Comissão de Coordenação Nacional do Ano Europeu de Educação pelo Desporto. É, desde 2013, Presidente do Comité Olímpico de Portugal.

Desempenhou todos os cargos como um dever, uma obrigação a executar. Tendo a sua atuação sempre sido regida pela valorização e integração do conhecimento, expressando uma vontade pessoal em fazer mais e melhor, em nome do desenvolvimento humano ao serviço das comunidades, com especial destaque para a conceção, a determinação e a influência das políticas públicas no âmbito do desporto. As suas reflexões estão patentes numa prolífica obra intelectual. Autor, coautor e coordenador de diversos contributos publicados em livros e artigos em revistas. Assinou sete livros como autor, e proferiu mais de três centenas de conferências sobre desporto, em Portugal e no estrangeiro.

José Manuel Constantino recebeu diversas distinções - homenagens, louvores, títulos e medalhas – com destaque para as da Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. Em 2016 foi agraciado pelo Presidente da República como Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, e, em 2022, recebeu também do Presidente da República, o galardão da Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.

jorge-olimpio-bento.pdf (up.pt)

NAVEGANDO COM

JORGE OLIMPIO BENTO

"As armas e os barões assinalados / Que da ocidental praia Lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Taprobana / Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana / E entre gente remota edificaram / Novo Reino, que tanto sublimaram".

A consagração do direito a uma vida digna, realizada no caminho de perseguição da felicidade, implica a presença acrescida do desporto, a renovação das suas múltiplas práticas e do seu sentido.

Sendo a quantidade e qualidade do tempo dedicado ao cultivo do ócio criativo (do qual o desporto é parte) o padrão aferidor do estado de desenvolvimento da civilização e de uma sociedade, podemos afirmar, com base em dados objetivos, que nos encontramos numa era de acentuada regressão civilizacional. Este caminho, que leva ao abismo, tem que ser invertido urgentemente.

Morte das instituições

As instituições, qualquer que seja a sua natureza (igreja, universidade, escola, clube, sistemas políticos, etc.), não colapsam abruptamente, como se fossem vítimas de um fulminante ataque cardíaco, de inesperado abalo sísmico, tufão ou atropelamento na estrada e via pública. A morte é lenta. Começa quando a maioria dos membros deixa de assumir a pertença e o dever de apontar o que não é decente, omite-se e sacode os ombros, não se compromete com a missão comum, cuida de um percurso a solo, assisteimpávidaàcapturadosórgãosdirigentesporsevandijasecala-seperanteoavançodaintrujice.Há váriasinstituiçõesadefinharaonossoredor:aculpamoradentrodelas.

Obsolescência da humanidade

Semprehouveoráculosevidentes;falhammuitasvezes,masnoutrasacertam.

OfilósofoalemãoGünterAndersescreveu,em1956,umlivrosobreamanipulaçãodasmassas,intitulado ‘A Obsolescência do Homem’. A obra contém premonições que se confirmaram neste século. Eis aqui algumas,apresentadasdeformasucinta:

Para sufocar qualquer revolta, não se deve enfrentá-la de forma violenta. Esses métodos estão completamente obsoletos. É preferível antecipá-la e responder-lhe mediante o condicionamento das mentes,baixandodrasticamenteoíndicequalitativodaeducaçãodestinadaaopúblicoemgeral.Assim,os indivíduos sofrerão anestesia intelectual; o seu pensamento ficará limitado a preocupações materiais e medíocres.

AempreitadateráoapoiomassivodaTVedoentretenimentobêbado,visandoarasuradasemoções,de modo a reduzir ao máximo possível a aptidão para pensar e questionar. O efeito da anestesia e manipulaçãosubiráemflecha,setudoquantogiraemtornodasexualidade,dafrivolidadeedoconsumo forcolocadonavanguardadosinteresses.Énestaestaçãodaexistênciaquehojeestamosacampados.

Encontro de Jesus com Karl Marx

Hádias,JesusconvidouKarlMarxparaumencontro,ameiodocaminhoentreoinfernoeocéu.OMessias pegounumacanecacomágua,transformouestaemvinho,encheudoiscoposeentregouumaoconvidado. Após o brinde, sentaram-se e o anfitrião pediu ao filósofo uma análise sobre o estado do mundo. O barbudo não se fez rogado e desatou a apresentar provas irrefutáveis da crescente selvajaria do capital. Com ar de irritação concluiu que continua a ser criticado por gente que não leu a sua obra, nem tem o intelecto mínimo para a compreender. Jesus sorriu e disse: “Não estranhes isso! Comigo também sucede algoparecido;muitosdosqueafirmamseguir-me,sobretudoosmaisfanáticos,invocamomeunomepara servir interesses contrários às causas que preguei. Nunca leram o Evangelho ou então não o entendem. Nãohánadaafazer;nãoquerovoltaràterraparacorrigirosdeturpadoresdaminhamensagemesujeitarmeaserpresoecrucificadodenovo.”

Despediram-secomumforteabraço,selandoassimaunidadedialéticadoscontrários.

Cabecinha pensadora!

Aideiaégenialeluminosaeapropostairrecusável.Enãoprovémdeumentedaraçamirandesa! Ésjovemecometestepequenosdelitos?Andasaroubarbateriasdeautomóveiseafurtarcarteirasaquie ali? Foges do café, do restaurante, do posto de combustível e do vendedor de pó sem pagar a conta? És membrodeumaclaquedefutebolegostasdeagredir,insultareintimidarpessoas?Praticasdesacatosnas discotecasebares?Batestenumaprofessoraounanamorada?Jáfostecaçadoalgumavezetensoregisto criminal manchado? Não faz mal; há uma maneira de tirar as nódoas e abrir vias para um futuro limpo. Inscreve-te no Serviço Militar! Acresce que lá aprenderás a manejar as mais variadas armas, a arrombar portas e a usar técnicas para combater e até matar gajos com a maior eficiência possível. Não percas a oportunidadedeteredimiresefazeresumacarreiradesucesso!

O trabalho não liberta!

Paratrásficouabondosatesedequeotrabalholibertaoindivíduo,desenvolvidaporreputadosfilósofos. Porém continua a vigorar operversolema que encimavaosportõesdeentradae quaseimpossível saída nosmacabroscamposdeconcentraçãonazis:Arbeitmachtfrei.

A sociedade está exausta e afogada no cansaço, como Byung-Chul Han demonstra em vários dos seus ensaios. O homo eficiens e faber afunda o Homo Performator. A inversão dos meios e fins torna hoje o trabalho um problema sistémico, responsável por uma hecatombe silenciosa. A tragédia é subestimada, porquantonãosefazodevidoregistodasdoençasresultantesdaspressõesnosambienteslaborais.Urge elaborarumbalançosério,inventariareimplementarasferramentasemodalidadesquepermitemoviver livredacondenaçãoàlutapelasobrevivência.

Não se humaniza a vida, persistindo em concebê-la maioritariamente atada à função de trabalhar e produzir e pondo esta obrigação à frente da exaltação e sublimação da curta existência. A civilização da humanidadenãoestánemjamaisestaráconcluída;atarefaéinfinita.Assumamosalucidezdeescutarea coragemdeseguirosimperativosdaartedevivernaalturaéticaeestética.

A nova inquisição

Avelhainquisiçãojulgou,queimouematoupessoas,nãoporelascometeremcrimesderouboousangue ounaturezaidêntica,masapenasporteremoutrascrenças.Nestaeravoltouàcena,arroganteesatânica, disfarçadadenovaecomvestesoficiais,decididaaimporasuavisãocomoexclusiva.Osquearecusame pensamdemododivergentesãoasvítimas,ostracizadaseatiradasparaocaixotedadesconsideração,até mesmo na universidade. Correm perigo ainda maior os que se atrevem a ler os sinais e a criticar o extermínio da população de Gaza e o sacrifício da Ucrânia a interesses expansionistas, à carreira de políticosbelicistaseàganânciadasoligarquiasquedesgraçamaEuropaeoMundo.

Porque escrevo?

Francisco José de Goya escreveu, por baixo do quadro que mostra um indivíduo a dormir, rodeado de vampiroseoutrosanimais,oseguinte:“Osonodarazãoproduzmonstros.”

É assim em todas as eras e de modo evidente na sociedade atual. Esta, adverte Jürgen Habermas, assemelha-seaumtremquevaiemaltavelocidadesemmaquinista;logo,correparaodesastre.Oquenos competefazer?Sersentinelasdarazão,tomareproclamarposições!Umaobrigaçãocívica,tãosimplesde dizer,masdifícildecumprir.

É isso que me leva ao exercício diário da escrita, como quem estende o fio-do-prumo para orientar e avaliar o agir. Eis um hábito e uma rotina que se tornaram parte da minha segunda natureza. Escrevo todos os dias, como exercício derecriação de mim e dediálogo com omundo. Éum modode resistir, de sonhareteimarcontraacorrente.

MÃE

Mãe-amor,mãe-coragem,mãe-dor,mãe-fortaleza,mãe-magia,sublimaçãoetranscendência,mãe-Maria, mãe-Helena,mãe-Fátima,mãe-Cristinaetodososnomes.Dizemos-teebeijamosastuasmãosnumaprece decomunhãoegratidão.Guardamososabordopãoquenãolevasteàbocaecolocastenasnossas. Lembramososteusinfindáveistrabalhosemilagresparanosmanteresescaroladosedomingueiros.Eos contos,beijos,sorrisoseoraçõesquenosensinaramaacreditaresonhar.Semtinãoseríamosquem somos;sóexistiriamomedoeoabismo.Velaspornósatéaofim.

Em defesa da Língua Portuguesa

Celebrou-se ontem o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A celebração chama a atenção para o cerco e descaso a que ela está sujeita. Atropelada nos órgãos de informação, sofre vilanias nas instituições incumbidasdasuadefesaepromoção.Nauniversidadeéínfimoonúmerodosqueapreciamecultivama erudiçãoecadavezmaiorodosadvogadosdoseuabandonoesubstituição.

Volto-me para ti, professor, e apelo à deontologia da profissão. Tens noção da crescente diminuição do reportóriovocabulardosestudantesedoquantoissoapoucaaperceçãoeavaliaçãodesi,dosoutrosedo mundo, e estreita as portas e janelas das suas visões e opções?! Cuida do idioma, porque é a ferramenta principal dos teus vários ofícios. Não esqueças que és funcionário da Lógica, da Retórica e da Palavra; e que a linguagem revela e afeiçoa a forma da ideia. Esta jamais alcançará o acabamento, vive permanentementeemestadodenascimento.

A Lógica é o roteiro para pensar e elaborar a preceito o teor do que queremos transmitir, enquanto a Retórica constitui a arte de falar com primor. AsmelhoresPalavras criam encantamento e o quem ainda não somos. As piores levam ao desaparecimento e à ocultação de ‘coisas’ elevadas; geram ausência de sentidoedificante. Ora,pertence à tuamissão encorajar osalunosa eleger termosaladose aumentativos daconvivênciaedaimaginação.Elessãooastrolábiodanossacondição,civilidadeeliberdade,sempreem gestaçãoerestauração.

Da escravidão

É quiçá a mais abominável, aviltante e degradante expressão da violência exercida pelos fortes sobre os fracos. Existe desde tempos imemoriais e continua a existir no presente, ditada pela irracionalidade e inumanidadedopoderioeconómico,domenosprezoedaopressãodooutroetambém,emboramenos,da aversãoàtonalidadedapele.

Nestes dias veio à liça o escravismo dos negros africanos no período da expansão colonial europeia, nomeadamente a portuguesa. Mas não se ignore que o comércio esclavagista aconteceu em todas as épocas e com os diversos povos. Por exemplo, na democracia ateniense o trabalho era executado por escravosouhilotas;emRomaenoutrosimpériosasituaçãofoiidêntica.Sublinhe-seaindaqueorecurso aoesclavagismonãoéexclusivodohomembranconemocorreuapenasnaÁfrica.OsIncasedemaisetnias ameríndiasescravizavamasnaçõescongéneres.Eosreinosafricanosagiamdomesmomodo;nãopoucos capturavamevendiamosprisioneirosaosárabeseaosentrepostosinstaladosporeuropeus/portugueses nacostaafricana.OsúltimosfizeramdotráficonegreiroparaoNovoMundoumnegóciohediondo;porém falseiaahistóriaquemocultaosrestantesparticipantes,mesmoqueelestivessemlucrosínfimos.

Aescravaturanãopodecairnoesquecimento;sótemperdão,seforemabertasviasdesincerasublimação etotalerradicação.Oraelanãoacabou;adotahojeformasrefinadasparailudiraobscenidade.Centenasde milhões de pessoas são sujeitas à exploração em todo o mundo, inclusive na Europa proclamadora de direitos, princípios e valores. Sem qualquer rebuço da consciência, as oligarquias sacrificam e condenam sereshumanosàdordahumilhação,daindigênciaeservidão.

Para ensinar

Ensinar não é preciso, teria dito o poeta, se fosse perguntado a esse respeito. Afirmaria até que o mais difícil da missão do professor é não se restringir ao ensino das matérias adstritas à disciplina a seu cargo, tal como veio a postular Abel Salazar.

Para alcançar a culminância do magistério, não bastam o domínio dos conhecimentos ou habilidades e o rigor didático do método; são requeridos olhares, sensibilidade, ousadia, desvios e transgressões. É isto que perfaz o artista; e é este quem dá cor às palavras, aos gestos, às emoções, às exigências, às tarefas e ao cenário da educação. A combinação da arte e do saber permite moldar a realidade dada e realizar a obra projetada.

Para ensinar é, pois, necessário estudar os livros da especialidade. Mas é imprescindível ler igualmente as obras que cartografam o estado e as vias da Humanidade; estas leituras são fontes de diagnóstico da situação e de prescrição da ação. Só por alienação alguém julga que pode ser professor, ignorando as arestas e dores do mundo, afastando delas a atenção. Ensinar é irradiar luz e coragem para coabitar ética e esteticamente na Cidade; um ato de criação da bondade, de estreitamento ou fechamento das portas da maldade.

Honra ao mérito!

NãofrequentoaFaculdadedesdeoiníciode2017.QuebreiaregraparaassistiràúltimaauladoProfessor Leandro Massada. Ontem voltei a infringir a norma; fui lá pelo mesmo motivo, porém com outro protagonista: o Professor José Manuel Soares. Este expôs, com o habitual brilhantismo, o percurso profissional e atribuiumuito da sua genial trajetória à ‘serendipity’. Contraponho, citandoLouis Pasteur: “Oacasofavorecesomenteamentepreparada.”Somosprodutodeváriascircunstânciasedoquefazemos comelas.Poisbem,oProfessorJoséSoaresexcedeu-asetranscendeu-se;configuraatranscendência.

Agradeço-lheareferênciaaomeunome.Etambémoanúnciodasrazõesqueolevaramaanteciparasaída dacarreiraacadémica.Otestemunhoédeverasrelevante;convidaàreflexãotodaaacademia,porquantoo caminhodasmétricasedosrankingsnãoconduzabomdestino.

Apraz-me ainda realçar a presença admirativa e carinhosa de antigos estudantes. Fiquei sentado entre duascriaturasdeeleição:aAnaAlveseoTravessaMartins.Bemhajamemtodootempoelugar!

Do inútil

Dizes-meparanãodesperdiçarenergiasetempocomcoisasinúteis,paranãoescreverreflexões,textose versosquenãoserãopublicados,paranãofazeroquenãocompensaodispêndiodeesforço.Respondo-te comperguntas:comoseriaomundosemgestosgratuitos,semaltruísmo,bondadeesolidariedade,sema arte e a poesia que não têm quem as compre e leia, sem plantar árvores de frutos que o plantador não come,semcuidardefloresqueocuidadornãocolhe,semprecesquenãoobtêmmilagres?

Como sabes, a filosofia também é inútil. Não garante a posse de nada; abre vias de busca infindável e jamais alcança o resultado procurado. Vamos deitá-la fora?! Digo mais: se na escola e universidade for ensinado apenas o que é útil para os alunos, então estes são reduzidos a seres inúteis, incapazes de descobrir,imaginar,pensareinventarporsi

Da inspiração

Há momentos, reconheço, em que o vento inspirador vem ao meu encontro e me bafeja de modo assaz generoso.Masissoapenasacontece quandoestoua trabalhar e, algumasvezes, atranspirar, emsituação degrandeestafa.

NaalturadarealizaçãododoutoramentonaUniversidadedeGreifswald,oscolegasalemãesqueixavam-se deque,durantesemanaseatémeses,ficavamseminspiraçãoparaelaboraradissertação;eperguntavam se comigo sucedia o mesmo. Respondia-lhes que não me podia dar a esse luxo; tinha que produzir algo todososdias,porquantoamulhereosfilhosestavamàminhaesperaeavontadederegressaracasanão consentiaqualquerdesperdíciodetempo.

Curso de Poliatria

O mercado não o deseja e reconhece, mas a Pólis reclama-o e assegura-lhe elevada taxa de empregabilidade.NãodeveficarsediadonumaúnicaFaculdade;convémquesejaemtodas,tãopolimorfa é a doença que mina a Cidade. A calamidade é tão extensa que os hospitais dos pobres e as clínicas dos

ricosnãologramatenderaprocura;eoshospíciosesanatóriossãopoucosparatantosdementes,loucose tísicosdaalmaedocorpo.

As aulas requerem sair do espaço tradicional e acontecer no contacto com os que sofrem as chagas e maleitas sociais, buscando perceber as origens e a razão da maior presença destas em certos grupos e áreas residenciais. O que mais prejudica a saúde pública não é o cancro, nem patologias afins; os piores agentes, causadoresdeincontáveisafliçõesemortes, sãoascriaturasque não secansam defazer mal ao outro, de praticar a violência escondida e manifesta. Eis a peste cobarde que mata as nações e a humanidade! Para a debelar não há vacinas. Só nos podem valer a coragem e o voluntariado dos que aceitamsermédicoseprofessoresdevotadosàdenúnciadetamanhaenfermidade,aptosasoltarepassar a palavra criada para revelar e enfrentar o alastramento da inumanidade. Sim, urge aumentar o número dosdisponíveisparaensinaramodalidadedocomportamentodecente,inteligenteeracional,sobpenade aPólissetornarcrescentehabitatdefósseisdogénerohumano.

Revisão do ideal da educação

Devíamos ser céticos, comedidos, pessimistas e realistas, quando discorremos sobre os fins e ideais da educação. Ao invés do que diz o Génesis, não fomos criados à semelhança de Deus, nem coisa que no mínimosepareça.Evoluímosdoanimalenãonosdesfizemosdabestialidadeedasujeiçãoaoinstintode predação.Serápossívelinventarcomestematerialumindivíduobondosoegeneroso?Nãoserápreferível assumiraanimalidadeeabrutidadeínsitasemnóseodesígniodeasmelhorarumpouco?

Nãonascemoséticosegentis.Sehouverprofessorescomcoragemparatoleraranossainatamesquinhez, talveznostornemosmenosdaninhosemudemososentidoquenoscomanda.Elesnãovãoensinar-nosa serbons;maspodemmostrar-nosadesvantagemeinconveniênciadesermaus,rancorososevingativos. Podem ajudar-nos a suspender a maldade, a ser cobardes que superam a astúcia e cobardia, a ser vilões quecontornamavilania,aserindecenteseperversosquetêmvergonhadaindecênciaeperversão,aser indolentes e medíocres culturais e espirituais que não se comprazem com a preguiça intelectual, a ser egoístasquesecansamdaegolatria,aserselvagensquesentemhorrordaselvajaria,aseravarentoscom asmãosabertasparaadoação,atentarguardarnumcantoapartemáeadarexpressãopúblicaaomelhor daíndolehumana.

Competitividade e competição

Não são sinónimos. Separa-as, no sentido e nos fins, uma abissal diferença. A primeira é grave e vil demência; servese da rivalidade para fomentar a inimizade e destruir o outro sem dor na consciência. A segunda assenta na cooperação; tem implícita esta função e essência. Somente é oposição na aparência. Encara os competidores como oponentes e parceiros indispensáveis e implicados no exercício de responder conjuntamente ao apelo do aprimoramento, da superação e transcendência. É isto que ergue a Terra ao Céu e faz dela um campo de humana florescência.

Filhos da puta!

É raro o dia em que não solte esta exclamação, por dentro e por fora de mim. Não adianta enterrar a cabeçanaareia.Omundoestácheiodeles;nãoprecisamdecuidadosparasemultiplicarenosrodearpor todos os lados. Cada vez mais o olhar fica incrédulo e sinto uma tristeza seca, um assombro mudo, um prantosemlágrimas,umaraivasemsabordevingança,umadorquasesemcomoçãoeumexacerbamento paralisado, perante o tamanho e a impunidade da maldade e o crescendo dos estupores. Para não me deixarabateresufocar,rompoavergonhaeosilêncioegrito:Filhosdaputa!

Finalidade das palavras

As palavras existem para uso corrente na linguagem falada e escrita. Não as guardemos no armário da omissãoedosilêncio,invocandooconselhodaprudência.Sedeixarmosdeasdizereescrever,acrescemo fardodavidaevãoconnoscoparaacova.É,portanto,preferívelasujeiçãoaoquesefalaàopressãodoque se cala. Além disso, para perdurar mais do que a mentira, a verdade não deve quedar muda; exige ser exaradaempalavras.

Confissão

Talveznãoacreditem.Comajubilaçãonãodiminuiuotrabalhointelectual;aumentouonúmerodehoras consagradas à avaliação e reflexão, à leitura e à escrita, transitando de uma atividade para a outra como forma de descansar. Olho muitas vezes para tráse dou conta da enorme quantidade deerros cometidos, grosseiros e escusados, da pretensão pífia de exercer a docência sem ter maturidade de espírito e equilíbrio de julgamento. Isto demora anos, muitos anos, a atingir e nunca é abundante. Dostoiévski advertiu que a inteligência não basta para agir de maneira inteligente. O conhecimento ainda satisfaz menos,semacompanhiadaartedeescutareobservar.Sóasabedoriacasadacomabondadenospermite transitar na via da ousadia de querer ensinar outrem. É imperioso assumir a verdade: não se consegue estaràalturadamissãoeducacionalsempossuiralgodosábio,semcombinarbemoímpetoagonísticodo desporto e da juventudecom a quietude e serenidade do saber adquirido, ampliado e experimentado no caminho da insubmissão e rebeldia. Sinto necessidade de fazer esta confissão e pedir perdão a quem suportou as minhas contradições no trajeto em que tentei, mas não logrei ser o Professor idealizado. Ponhoojoelhoemterraeprometocontinuarasujarnelaasmãoseateimaremsemear,convictodeque hãodenascerplantasirradiadorasdaluzdasestrelas.

COLUNA DO PRIMO

Por Prof. Ozinil Martins de Souza Escola Superior de Cerveja e Malte e Faculdade Épica Brusque, Santa Catarina, Brasil

Profissional de experiências diferentes e com vivência profunda nas áreas de Gestão de Pessoas e Educação. Movido a desafios e resultados tenho trabalhado em empresas que me ofereceram as condições para que a motivação me levasse a superar limites. Durante período de 7 anos trabalhei como consultor de empresas onde adquiri vivência em ramos diferentes de negócio, do comércio ao industrial. Em 2003 comecei a trabalhar como professor universitário vindo a exercer cargos de gestão como diretor de faculdade, próreitor de ensino presencial e reitor do Grupo Uniasselvi. Atualmente o desafio está no cargo que ocupo como Secretário de Educação de Indaial. Também executei trabalho em Cuba, onde atuei na implantação da área de Gestão de Pessoas na fábrica Brascuba Cigarrillos, subsidiária da Souza Cruz.

Quandovocêacompanhaumtelejornallocaleouveajornalistafalar"operamento"emlugardeoperação ficaclarooestadolastimávelaquechegouaEducação.

Semfalarnaconcordânciaesemconsideraroserros,grosseiros,dalínguapátrianaschamadasqueficam circulandonorodapédaimagem.

Asempresasdecomunicaçãodeveriamaprimoraroportuguêsdeseusrepórteres.

Por que tem que existir uma classe média forte?

"A classe média exerce um equilíbrio muito forte sobre os governos"

O Estado apresenta a menor taxa de desemprego do país, o menor índice de trabalhadores na informalidade, menor número de usuários do programa Bolsa Família, 2º Estado com menor índice de violência e com taxa de resolução de crimes beirando os 80%. São dados estatísticos de órgãos sérios e disponíveis para consulta.

A excelência de Santa Catarina sustenta-se pela existência de empresários com visão inovadora, com uma economia forte e estrategicamente diversificada, com governos de perfil conservador, com forte classe média e com uma Educação que atende os pressupostos para o desenvolvimento industrial. Educação que precisa melhorar e muito se pretendermos continuar exercendo um papel inovador no contexto brasileiro.

Ao mesmo tempo em que a natureza é aliada do Estado, com flora e fauna exuberantes, com 5 portos que abrem o Estado para o mundo (Imbituva, Navegantes, Itajaí, São Francisco e Itapoá), com distribuição fundiária típica de pequenas propriedades (processo natural de reforma agrária sem violência), vez por outra o Estado vive com problemas originados por sua localização e topografia. Nada que não seja superado pelo trabalho e a determinação do povo que é um cadinho de diversas etnias.

O que caracteriza bem o Estado é a forte oferta de empregos em seus variados segmentos industriais, comerciais e agronegócio. Isto gera a existência de uma forte classe média e suas consequentes demandas. Importante ressaltar que, quanto maior for o nível social das pessoas, maior será seu nível de exigência.

Lembro da palestra da socióloga Marilena Chauí, tendo ao seu lado o Presidente Lula, em renomada universidade, onde desejou o fim da classe média entre outros adjetivos fortes com que a qualificou. Esta parece ser filosofia dos partidos mais à esquerda, pois em países em que a ideologia é praticada, a inexistência da classe média é uma realidade. Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, entre outros, se caracterizam por serem países sem classe média.

A classe média exerce um equilíbrio muito forte sobre os governos. Ela tem melhor nível educacional, com isto enxerga o que a maioria iletrada não consegue ver; ao mesmo tempo exige que os serviços prestados pelo governo tenham boa qualidade. Resumindo: a classe média é chata! E, isto não é tolerado por certos governantes.

Tive o prazer de trabalhar, em 1966, durante um ano, em um país que pratica o comunismo. O que vou escrever ninguém me disse, eu vi e ouvi. Em Cuba as novelas brasileiras são muito apreciadas e, no ano em que lá estive passava a novela em que Regina Duarte, em dificuldades financeiras e, para sobreviver, usando sua própria casa, abre um restaurante e chama-o de “Paladar.” Os cubanos transformaram a novela em realidade e começaram a pipocar paladares por todo o país. Em Havana tive a oportunidade de frequentar alguns deles. A comida era ótima, o atendimento era estilo praiano brasileiro e o custo bastante razoável. Começava a surgir uma classe de empresários.

Isto incomodou o governo de Fidel que, imediatamente, determinou que os paladares só poderiam ter 4 mesas (máximo 16 pessoas) e, teriam que ser administrados, desde os cozinheiros até os atendentes por pessoas da família. Tentativa inócua de impedir o que está dentro das pessoas. Sua ânsia por crescer e empreender!

É possível ensinar criatividade?

"Por que não se muda a disposição das salas? Por que não se muda a dinâmica da aula?"

Pergunta interessante para uma resposta muito difícil. Não há nada que nos mostre que a criatividade possa ser ensinada, mas o que pode acontecer é a criatividade ser esmagada e, isto, é fácil de acontecer.

O modelo de ensino praticado nas nossas salas de aula é um exemplo, perfeito, de sufocamento da criatividade. É um modelo industrial aplicado na Educação que, procura de todas as maneiras, homogeneizar o produto final, que é o aluno.

A montagem das nossas salas de aulas remonta ao século XVIII, filas de carteiras, com alunos sentados uns atrás dos outros, quadro negro ou digital e, a aula centrada na figura do professor. O aluno? Na idade em que, o vigor físico é total limita-se a ficar sentado, ouvindo, de maneira disciplinada e obediente para vir a ser, no futuro, um trabalhador da indústria que, agora, já se encontra em processo de robotização, informatização e virtualização necessitando, cada vez menos braços e, cada vez mais cabeças pensantes. O modelo de ensino – aprendizagem praticado no Brasil, país de 8 milhões de km², com regiões de hábitos e costumes diferenciados, pratica a mesma cartilha em todos seus recantos. Não há respeito à individualidade do aluno, nem sequer às diferenças regionais. As aulas têm a duração de 45 minutos e a Ciência nos diz que a capacidade máxima de atenção dos alunos varia entre 15 e 18 minutos; este é o tempo que o aluno presta atenção na aula, depois ele dispersa. Isto é Ciência, não é especulação.

Por que não se muda a disposição das salas? Por que não se muda a dinâmica da aula? Acomodação? Sempre fiz assim? Aprendi assim? São respostas possíveis.

As novas modalidades na forma de ensinar já estão circulando e penso que, com boa vontade e saindo do velho modelo, podemos cometer a ousadia de tentar. Sala de Aula Invertida, Gamificação (utilização de jogos voltados para a Educação), Mobile e-Learning (vídeos educativos, aplicativos para a Educação, leitura de livros digitais), Círculo de Leitura e, muitas outras atividades que podem transformar a aula modorrenta em um processo de aprendizagem efetivo. Sem esquecer é óbvio, das dinâmicas de grupo e a utilização dos alunos que mais sabem como auxiliares de aula, ensinado os que têm dificuldade. O aluno como agente e não como objeto!

Há muita novidade na área da Educação, nem todas são boas, mas cabe ao professor a ousadia para experimentar. Não é mais possível, em plena era digital, continuar ensinando como aprendi.

Lá por meados dos anos 80 participei de curso orientado pelo ILACE – Instituto Latino Americano de Criatividade e Estratégia, que me ajudou, e muito, a entender que não é possível ensinar Criatividade mas, é possível resgatá-la. Foi em Petrópolis e o grupo de participantes foi dividido em dois subgrupos; um era composto de pessoas sem visão e o outro era de surdos-mudos, que seriam os guias das pessoas sem visão. Fiquei entre o grupo dos cegos e, durante uma manhã inteira fui guiado por um guia surdo-mudo. Foi uma bela experiência de resgate dos outros sentidos; é óbvio que o sentido que mais usamos, é a visão. Os demais são subutilizados ou só usados em situações específicas.

Minha guia era da Bahia e meu almoço foi servido por ela e para minha surpresa só descobri que tinha comido quiabo depois do fim da dinâmica. Detalhe: quiabo nunca fez parte de minha dieta alimentar e, mesmo sem nunca ter comido eu não gostava.

Outro ponto importante a salientar na experiência: você sempre dependerá de alguém. Seja humilde!

A natureza não se vinga, ela só reage!

"O pesado evento climático ainda em andamento no Rio Grande do Sul pode ser atribuído, em parte, às mudanças do clima"

Desde que comecei a escrever minhas colunas tenho mostrado preocupação com um tema que passou a ser recorrente: o crescimento populacional descontrolado e seus reflexos sobre o meio ambiente.

Há algum tempo tive acesso a uma interessante entrevista dada ao jornal El País pela diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde, Sra. María Neira, em que afirma, categoricamente, que as últimas epidemias que atingiram o mundo desde os anos 80 do século passado, estão diretamente ligadas ao processo massivo de destruição das florestas tropicais e, que a manter este ritmo, o futuro da humanidade estará, irremediavelmente comprometido, aventando, inclusive, a hipótese de extinção da espécie humana. Segundo ela, o planeta se regenera, os humanos não.

As epidemias a que se refere são HIV, Sars e Ebola. Ao invadir áreas de florestas, desmatando-as para a instalação da agricultura, entra-se em contato com organismos que se encontravam isolados, e altera-se seu estado natural através do uso de pesticidas e fertilizantes quebrando a barreira natural que protegia os humanos de organismos para as quais não existe defesa. O Ebola é um exemplo clássico; a derrubada das florestas colocou os novos moradores em contato com os morcegos frugívoros, que passaram a fazer parte da dieta das pessoas e, desencadeou a epidemia do Ebola que matou milhares de pessoas na África e colocou o mundo em alerta.

A Sra. Maíra Neira alerta o mundo para o uso das energias fósseis e os problemas trazidos por este tipo de energia. É de conhecimento geral que a energia derivada do petróleo e carvão elevou o patamar de qualidade de vida da humanidade, mas é inegável que trouxe junto consequências nefastas para o meio-ambiente, que se agravam com o crescimento populacional. Hora de rever posição e mudar. O sol e os ventos oferecem oportunidade única para a produção de energia limpa e devem fazer parte da pauta de países que queiram sair da retórica para a prática. Gerar novos empregos nesta área, incentivar a produção de energia limpa, com menor taxação de impostos é o que devem procurar fazer governos lúcidos. Hoje, cada casa pode ser uma produtora de energia limpa, mas o que não pode é que governos passem a taxar com impostos moradores que ousaram investir em energia solar para depositar o excesso produzido na rede.

O imediatismo com que agem alguns segmentos da sociedade, em buscar resultados financeiros de curto prazo em detrimento da manutenção da qualidade de vida no planeta, está bem demonstrado na derrubada de parte da floresta amazônica e na garimpagem de ouro na região norte do Brasil. Os destruidores que lá atuam, não estão preocupados com os rios ou com árvores centenárias, mas com a possibilidade de produzir resultados financeiros imediatos; as consequências da destruição serão solucionadas pelas futuras gerações. Não é mais possível pensar assim!

O pesado evento climático ainda em andamento no Rio Grande do Sul pode ser atribuído, em parte, às mudanças do clima, mas não podemos esquecer da incúria dos agentes políticos em ordenar o uso do meio –ambiente. Primeiro permite-se a ocupação dos espaços que, historicamente, pertencem aos rios; depois se destrói a mata ciliar e permite-se a construção de habitações quase dentro dos rios e, por último, as obras são feitas de maneira primária, quando isto ocorre. A intenção de trazer a discussão para o campo ideológico configura o atraso de parte dos políticos tupiniquins. O problema é muito mais sério que mentes curtas não conseguem alcançar!

dAS BARRANCAS DO TOCANTINS

ZECA

Zeca Tocantins - José Bonifácio Cezar Ribeiro

14/5/1958 - Xambioá, TO

Cantor. Compositor, Poeta.

Aos cinco anos de idade mudou-se com a família para a cidade de Imperatriz, no Maranhão, onde cursou o primário e o ginásio. Abandonou o antigo segundo grau no último ano. Autodidata, dedicou-se aos estudos das expressões culturais e literárias da região tocantina. Militou no jornalismo, mas abraçou como profissão a de cantor e compositor.

Tem se destacado como o mais autêntico e original poeta de sua região. Participa ativamente dos movimentos culturais de Imperatriz e regiões anexas. Em 1977, ingressou no movimento teatral de Imperatriz, inicialmente como ator e depois como autor e diretor de peças. Montou vários espetáculos teatrais e escreveu as peças “Imperatriz por um triz”, “Mistérios do bico”, “Amigo tem que ser amigo” e “Colhedor de sonhos”.

É membro fundador da Associação Artística de Imperatriz, do Grupo Teatral Darc e do Grêmio Recreativo Voluntários do Samba. Foi presidente do Sindicato dos Músicos da Região Tocantina. Participou de inúmeros festivais de música, sendo vencedor de alguns deles. Gravou o disco “Cio do homem”, com dez composições de sua autoria. Escreveu e publicou os livros de poesia “Calumbi”, “Moinho” e “Gotas de Sol”. Publicou ainda “Dez contos de Pulinário”, de contos.

É membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras.

RAMOSDEBENZIMENTO

Graças ao banho de melão são Caetano e do chá de marcela, escapei com vida. Tinha cinco anos quando cheguei deMarabá paramorar na cidade deImperatriz. Fuirecebidopor uma doençaque proliferavana região:eraamalária.Inimigamaiordoscastanheirosedosgarimpeirosacaboumeconfundindocomum deles.

Em determinada hora do dia eu era atacado por um frio terrível, tremia todo o corpo, nenhum cobertor aquecia. Minha mãe fazia o banho e o chá, aquilo me aliviava. Mas no outro dia, no mesmo horário, começava tudo de novo. Isso durou muito tempo, minha pele ficou esverdeada e acabei recebendo o apelidodeVerdinho.

ObairrodaUniãofoioprimeirodacidade,tinhaocampodefuteboleoclube,queanimavaosjovenscom seusvesperaisoubailesnoturnos.EmtornodoclubeosquiosquesdeAntônioSimão,deZédeBento,onde os homens bebiam e jogavam dama ou baralho. Na rua por trás do campo, de nome coronel Manoel Bandeiratinhaumcasaldecegos,vizinhooseuJoaquimCorrêa,orezador.Estetinhahorárioapropriado paraasrezaseramosdevidamenteescolhidosparaosbenzimentos.Meninosdesenganadosdosmédicos chegavamasuacasa,ospaisdesesperados.Aguardavaahoracertadareza,pegavaomeninopelospése de cabeça para baixo. Depois iniciava o benzimento. Logo o moleque estava de novo com suas traquinagens.Àsvezesconsultavaalgumagarrafada,queelemesmocuidadosamentepreparava.

OconceitodeJoaquimCorrêaeraaltíssimonobairro,tantoquantoosbolosdedonaAdelaidesuasenhora. Nasnoitesdefesta,oterreirodoClubedaUniãoficavarepletodebancas.Eramasvizinhasaproveitando paraganharumdinheiroextra,eramoferecidospratosdiversos,tinhaalgumasvendedorasimbatíveisem suasiguarias.OsbriguentospreferiamasrezasdeseuJoaquimnooutrodiaquevisitaralgummédico.

Duranteobenzimentoseosramospermanecessemverdeserasinalqueodoentereceberiaacura,masse secasse era melhor comprar o caixão. Só a malária, com seus ataques de frio não considerava a força daquelasrezasedesafiavafriamenteorezador.ZT.

AOS MEUS SESSENTA

ANOS

Do alto deste edifício de sessenta andares que me pertence, estendo os olhos ao vislumbre da paisagem, depois visito cada andar de minha construção. Na cidade de Xambioá, onde iniciei, ainda não havia concluído o primeiro andar, peguei um barco no rio Araguaia na direção da cidade de Marabá, meu pai era pescador e garimpeiro em fim de carreira.

Antes de completar o quinto andar, mais uma vez pego um barco e subo o rio Tocantins rumo a cidade de Imperatriz. Aqui vivi minha infância, mesclando brincadeiras, estudo e o trabalho nas olarias. Quando concluí o 18º andar fui ler o mundo, cada página era uma descoberta interessante. Depois minha mãe adoeceu gravemente, optei ficar do lado dela até sua morte.

Nessas alturas da vida meu edifício se encontrava com mais de quarenta andares e eu havia perdido meu espírito aventureiro, mas era preciso construir. Reencontrar estimulo para a construção era meu objetivo, escrevi, gravei, produzí e fui dando forma aos novos andares.

Não teria chegado até aqui se não fosse a proteção divina e a presença amiga de pessoas que fazem parte de minha existência, deixei muitos amigos nessa estrada, mas muito deles fiquei junto até o último momento. Não me considero vencedor mas também não posso me considerar um derrotado, minha poesia me deu o pão e o vinho sem nunca precisar pedir ninguém, pelo contrário, muito desse pão e muito desse vinho ofertei a quem precisava mais que eu.

Chego mais satisfeito que cansado e, se o Criador me permitir seguirei construindo, abrigando em cada andar de minha vida as pessoas que tive o prazer de conhecê-las e tê-las como amigas. Z T.

O FAZEDOR DE COMIDA

A mulher foi taxativa quando me olhou: se eu quisesse comer teria que ir pra cozinha. Mantive o sangue frio, fingi que não ouvi, mas quando ela se retirou resolvi providenciar o necessário para o almoço. Sei que tenho uma grande companheira, ela é professora dos primeiros anos e esta profissão virou profissão de alto risco, é frequente os desentendimentos nas salas de aulas, ela aproveita a raiva e me bota no pacote, paciência.

Não vou me gabar que sou um grande cozinheiro, já tem tanta coisa que dizem que sou que não é verdade, mas sei fazer maria-isabel. Meu repertório culinário é muito reduzido, mas como disse, sei fazer maria-isabel, que aliás, nem sei se é escrito assim. Nunca li uma receita nem recebi orientações de nenhum mestre, sei por mim mesmo.

Fui ao mercado e comprei uma boa manta de carne de sol, aproveitei e comprei uma garrafa de cachaça. Assumo a cozinha inicialmente tomando uma dose, enquanto fatio a carne na tábua. Levo a panela com um pouco de gordura ao fogo, jogo a carne picada, vou mexendo e tirando alguns pedaços pra tira-gosto. Chega Saruê, Ze Maria, mantenho minha concentração na panela, mas retiro parte da carne pra dividir com os colegas.

Na conversa animada surge a ideia de comprar mais uma garrafa pra despedida. O cheiro de carne reclama a presença do arroz, antes de colocá-lo retiro parte da carne frita. Agora misturo o arroz, boto água, pronto, é só esperar ferver.

Após a fervura, baixa-se o fogo, coloca-se o texto na panela e deixa um pouco abafado. Tudo de primeira. Os amigos se despedem. Recebo a mulher com um sorriso no rosto, hoje ela teria um almoço especial, uma maria-isabel feita por um grande cozinheiro. Ela vai a cozinha desconfiada, na panela ela encontra só arroz cozido. Mas eu juro que botei carne na panela, é melhor não discutir. Meu Deus, sumiu a carne!... Z T.

O QUE HÁ PARA LER

ACONTECEU

LIVRO REÚNE IDEIAS E PROPOSTAS PARA O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL JÁ DISPONÍVEL NO PORTAL DE LIVROS ABERTOS DA USP, OBRA PRODUZIDA PELA CÁTEDRA

FotomontagemJornaldaUSPcomimagensde:SecretariadeEducaçãodo Maranhão/Divulgação;CátedraAlfredoBosideEducaçãoBásica/Reprodução

Nesta quinta-feira, dia 9, às 9 horas, será lançado o livro digital Universidade e Educação Básica – Ensaios Bosianos, que traz 26 artigos assinados por 51 pesquisadores. Esses artigos reproduzem as discussões realizadas nos últimos cinco anos pela Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP, abordando temas como dilemas da educação básica no Brasil, tecnologias da informação e comunicação, inovações curriculares, antirracismo, desigualdades e o conceito de competência na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Tínhamos reuniões todas as quintas-feiras, e esse livro surge numa tentativa de registrar de forma mais organizada nossas discussões e dividi-las com a comunidade”, afirma o professor Naomar de Almeida Filho, um dos organizadores do livro, que foi titular da cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica desde 2020 até o mês passado, quando deu lugar à professora Bernardete Gatti. Com 392 páginas, o livro já está disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP O evento de lançamento da obra será realizado no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, na Cidade Universitária, com transmissão ao vivo pelo canal da cátedra na plataforma YouTube e pelo site do IEA. A entrada é grátis.

Escrito por pesquisadores e pós-doutorandos ligados a diferentes grupos da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica, Universidade e Educação Básica é uma obra diversificada. No lançamento do livro, os coordenadores dos diferentes grupos vão explicar o processo de produção da obra. “Houve grupos que convidaram especialistas, outros fizeram capítulos que narram atividades realizadas pela cátedra, outros ainda são mais parecidos com arquivos”, explica Almeida Filho. “É interessante que cada coordenador explique seu processo ao público.” Além do ex-titular da cátedra, o livro é organizado também pelos professores Nilson José Machado, Lino de Macedo e Luís Carlos de Menezes e pela professora Bernardete Gatti.

O professor Naomar de Almeida Filho, titular da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica de 2020 a 2024 - Foto: Marcos Santos/USP Imagens Homenagem a Bosi

Como ressalta Almeida Filho, o livro é uma homenagem ao crítico literário e professor da USP Alfredo Bosi, que dá nome à cátedra, falecido em 2021. No primeiro capítulo, o professor Nilson José Machado, da Faculdade de Educação da USP, explica ao leitor a importância de Alfredo Bosi para a educação brasileira e para as questões discutidas na cátedra, além de retomar conceitos fundamentais utilizados por ele em seus trabalhos.

Naomar de Almeida Filho ainda destaca os capítulos 12 e 13, “Inovações Curriculares na Formação Docente Interdisciplinar em Ciências” e “Licenciaturas Interdisciplinares sobre Temas Contemporâneos Transversais”, respectivamente, como importantes para a compreensão e criação de políticas de capacitação de professores para a rede pública, ampliando a interdisciplinaridade de suas formações e, com isso, a qualidade de sua didática. “Esses estudos propõem algo que a legislação atual não prevê, do ponto de vista do cruzamento de matrizes. Por exemplo, o ensino das matrizes culturais afro-brasileiras, que muitos diriam ser ‘História da África’, mas não é bem assim. São temas que exigem intercessões além das disciplinas, e que não podem ser ensinados dentro das caixinhas que existem na legislação atual”, defende.

Outros capítulos do livro também tratam de temas como a preparação dos alunos para o mercado de trabalho, no capítulo 14, a educação no meio rural, em especial voltada para o antirracismo e redução de práticas sexistas, no capítulo 15, e a questão das artes como segmento multidisciplinar essencial para a formação cidadã e humanização da educação, no capítulo 16. No epílogo, o olhar dos pesquisadores se volta para o futuro da educação: “Sempre pensamos na universidade e na educação do passado e do presente, e falta um pouco de projeções para o futuro, prospecções para o mundo da educação e seus objetivos.”

Os 26 capítulos do livro se dividem em blocos, de acordo com “conceitos fundamentais”, como diz Almeida Filho. “As teorias da educação são muito discutidas e esse formato permite organizar as ideias com que trabalhamos a partir de uma reflexão crítica sobre os temas da educação. Esses conceitos fundamentais da educação se desdobram e avançam, e os organizamos pensando que a educação tem espaços, políticas e instituições, mas não é formada somente por conceitos, e sim, principalmente, por pessoas”, diz.

O professor reforça a importância do foco na formação de profissionais da educação humanos e de qualidade, tópico recorrente nas atividades da cátedra. “A cátedra construiu muitas propostas para a própria USP refletir sobre um tema que consideramos que precisa de mais investimento: a formação de formadores. Uma universidade não é somente um lugar de pesquisa, mas também é um espaço de fomento de inovação, de tecnologia, e principalmente de formar pessoas. As pessoas que mais amplificam o trabalho da universidade são aquelas que vão formar outras. Os professores da educação básica precisam de uma formação mais rigorosa, mais fundamentada e mais competente”, acrescenta, expressando preocupação com a ida de profissionais para instituições privadas, em detrimento da educação pública. “Há uma atração de mercado de trabalho muito grande, mas também há uma atração simbólica. As escolas privadas pagam melhor, dão melhores condições de trabalho, e ao mesmo tempo têm uma valorização social maior. Por isso também a maior parte dos professores da rede pública é formada em instituições privadas, é um ciclo vicioso que não se resolve.” Livro digital é resultado de reflexões e projetos no campo da educação - Foto: Reprodução/Cátedra Alfredo Bosi

Público de todo o Brasil

Quando assumiu a função de titular da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica, em 2020, Naomar de Almeida Filho – que é epidemiologista e professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) passou a auxiliar na estruturação da cátedra, então recém-fundada e ainda não consolidada. O intuito do professor era planejar a cátedra de forma que suas pesquisas e ações não fossem somente voltadas para dentro da Universidade, e sim que se tornasse uma referência para a sociedade, problematizando questões pertinentes a todo o País. Durante a pandemia de covid-19, as atividades presenciais da cátedra foram paralisadas, e houve a implementação de minicursos on-line, voltados para pesquisadores e educadores do Brasil inteiro, intercalados com seminários, simpósios e conferências.

“Apesar das dificuldades que passamos durante a pandemia, a digitalização dos eventos fez com que nosso público crescesse muito, atingindo milhares de pessoas de todo o Brasil”, conta Almeida Filho. Em 2021, a cátedra passou a abrir vagas de pós-doutorado e, após experiências positivas com os dois selecionados, o número de vagas se expandiu e, em 2022, cerca de 40 pós-doutorandos foram admitidos. Devido ao grande volume de pesquisadores, estes foram divididos em grupos temáticos, que propuseram inovações no âmbito educacional, como as licenciaturas interdisciplinares. Atualmente, a cátedra segue oferecendo minicursos, assim como organizando simpósios, colóquios, seminários e conferências, a maioria no formato híbrido.

O evento de lançamento do livro digital Universidade e Educação Básica – Ensaios Bosianos será realizado nesta quinta-feira, dia 9, às 9 horas, no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP (Rua Praça do Relógio, 109, Cidade Universitária, em São Paulo). Entrada grátis. Não é preciso fazer inscrição. Mais informações estão disponíveis no site do IEA

O livro Universidade e Educação Básica – Ensaios Bosianos já está disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP

*Estagiária sob supervisão de Roberto C. G. Castro

**Estagiário sob supervisão de Moisés Dorado

OCAMINHODASLEOASEMPARIS

HátrêsmesesdosJogosOlímpicos,foidefinidaasequênciadejogosdaseleçãobrasileiraemParis.Boa sequênciaparaasLeoasque,emtese,encaramasduasprincipaisforçasdoGrupoB(FrançaeHolanda)no meiodacompetição.

Serãoseisjogospelafasedeclassificaçãoeapenasquatroseleçõesavançamatéàsquartasdefinal.

AGENDA :

25/07| BRASILvsESPANHA 09:00

28/07| BRASILvsHUNGRIA :04:00

30/07| BRASILvsFRANÇA :14:00

01/08| BRASILvsHOLANDA :04:00

03/08| BRASILvsANGOLA :09:00

Eaí?Contapragenteoqueachouesuasexpectativas!!

noúltimosábado,11demaionaUniversidadeCeuma,conversandosobreotema:Empreendedorismo eEducaçãoFísica.

Blog do LucãoFique por dentro de tudo que acontece na região.

TIMONENSE LETÍCIA LIMA CONQUISTA DOIS OUROS NO IBERO-AMERICANO

O Brasil foi o grande campeão do Ibero-Americano de Atletismo, em Cuiabá, Mato Grosso, após três dias de disputas. Ao total, foram 43 pódios (16 de ouro, 12 de prata e 15 de bronze). Entre esses números, estão as duas medalhas de ouro conquistadas pela timonense Letícia Lima, nos revezamentos 4x400 misto e 4x400 feminino.

Nas pistas pela prova dos 4x400 metros feminino, a piauiense correu ao lado de - Anny de Bassi, Maria Victoria Belo de Sena, Jainy Barreto e terminaram com o tempo de 3min30s72. E no lugar mais alto do pódio.

Já o 4x400 misto disputaram a prova pelo Brasil - Vitor Hugo de Miranda, Maria Victoria Belo de Sena, Tiago Lemes da Silva e Leticia Lima o tempo da prova foi de 3min17s85.

A velocista segue com uma agenda intensa de treinos e provas a serem concluídas nos próximos dias, mirando sempre soma de pontos no ranking mundial, sem descanso na busca por vaga nos Jogos Olímpicos, junto ao time Brasil de Paris-24.

Na quarta-feira (15) a piauiense já corre o GP em Cuiabá a partir das 19h30.

“Ela deve correr também no domingo no Rio de Janeiro, o GP de lá, pois agora está pela corrida de pontos. Estamos nos organizando para que ela vá para Europa no dia 23 (de maio) e correr umas três ou quatro provas lá e retornar ao Brasil no dia 22 de junho, pois o Troféu Brasil é de 26 a 30 e é quando encerra o prazo de resultados para as olímpiadas”, explicou Antônio Nilson, técnico de Leticia

MARCO

O ANTICAPACITISMO É LUTA RENHIDA CONTRA PADRÕES DE ENCLAUSURAMENTO E PRECONCEITOS!

O Prof. Nando Marley, o conheço desde criancinha, quando com extrema dificuldade se dirigia à aula de Capoeira, no bairro do Goiabal/Madre Deus.

Sua resiliência, sensibilidade e coragem pessoais somados ao admirável apoio materno lhes proporcionou a força interior necessária para tornar-se o professor de Capoeira, um ganho enorme para a nossa Arte Guerreira.

Por seus próprios méritos é visto pela comunidade como um capoeira semelhante aos demais, e ai de quem experimente olhá-lo de outra maneira, pois certamente como diria Mestre Patinho, "dará com a aracanga no arêrê. As injustiças causadas pelo poder revelam que a balança da justiça, se não for por meio da luta, infelizmente sempre penderá pelo lado do mais forte! E Nando Marley, parece que desde criancinha sabe disso, pois não à toa é a pessoa admirável que é.

Ao não aceitar rótulos foi pra cima, e na Capoeira não tem essa, pois reconhecimento na Roda é mérito pessoal. Na minha humilde forma de ver, o Prof. Nando se encontra entre os capoeiras mais mandingueiros que já conheci. O seu jogo inteligente, musical e cheio de artimanhas, bonito de se ver é encantaria pura.

Solidário em suas conquistas, Nando, um guerreiro de bons combates, as compartilha na luta contra o ANTICAPACITISMO, no que vem se tornando um baluarte ao se recusar a obedecer "regras e padrões preconceituosos".

Amanhã, sábado, 18 de maio, o Centro MATROÁ, na Praia Grande, realizará mais uma edição do RODAS DE CONVERSAÇÃO, onde o convidado é o Prof. NANDO MARLEY, para uma palestra seguida de debate e aula.

RAYSSA LEAL (6ª) VAI REPRESENTAR O BRASIL NAS SEMIFINAIS DO STREET FEMININO NO OLYMPIC QUALIFIER SERIES DE XANGAI (CHN)!

PâmelaRosa(26ª),MarinaGabriela(32ª),GabrielaMazetto(33ª),IsabellyÁvila(41ª)eKemilySuiara (44ª)tambémrepresentaram,masnãoconseguiramavançarparaapróximafase.

Estamosorgulhososdetodasvocês!

Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem etapas em Manaus e São Luís com mais de 250 atletas neste sábado

Ter, 21 Maio 2024 12:39:42 -03:00

Atleta salta durante prova do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Manaus 2023 | Foto: Michael Dantas/CPB

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), terá etapas em Manaus (AM) e São Luís (MA) com 252 atletas disputando provas de quatro modalidades neste sábado, 25.

Em Manaus, capital que recebeu seu primeiro Meeting em 2023, serão 174 atletas em disputas de quatro modalidades realizadas em três endereços. A Secretaria de Estado do Desporto e Lazer sediará provas com 95 competidores do atletismo e 25 da natação; a Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas terá disputa com 25 halterofilistas; ao mesmo tempo em que o Clube Cagin TTi receberá 25 atletas do tiro esportivo.

Na capital amazonense, haverá tanto provas para atletas de alto rendimento como também Seletivas Estaduais de competições da Diretoria de Desenvolvimento Esportivo (DDE) do CPB: Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (para crianças de 7 a 10 anos, alunas do projeto Centros de Referência do CPB).

Em São Luís, que recebe pela primeira vez uma competição do CPB, as provas serão disputadas na Universidade Federal do Maranhão. O local receberá 78 esportistas. Destes, 60 competirão no atletismo e 18 na bocha. As provas serão Seletivas Estaduais das Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias e Intercentros.

Meeting Paralímpico em 2024

A temporada do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de 2024 começou em fevereiro com etapas simultâneas

em Porto Alegre (RS) e Rio Branco (AC). O evento já passou, também, por Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Aracaju (SE), Recife (PE), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Boa Vista (RR) e Teresina (PI)

Neste ano, o evento oferece mais modalidades e passará por todas as capitais brasileiras. Em 2024, além de competições de atletismo, natação e halterofilismo organizadas pela Diretoria de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os Meetings também recebem etapas regionais de competições organizadas pela Diretoria de Desenvolvimento Esportivo (DDE): Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, projeto que aproveita espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento). Com isso, os Meetings passam a abrigar também disputas em três novas modalidades: bocha, tiro com arco e tiro esportivo.

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. É idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005. Entre 2021 e 2023, reunia provas de atletismo, natação e halterofilismo, sendo que cada cidade sediava disputas de, pelo menos, uma dessas modalidades.

Imprensa

Os profissionais de imprensa interessados em cobrir as etapas do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Manaus e São Luís podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF, veículo por qual irá cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço

Meeting Paralímpico Loterias Caixa – Etapas de Manaus e São Luís

Data: 25 de maio, a partir das 8h

Manaus

Atletismo e natação

Local: Secretaria de Estado do Desporto e Lazer

Endereço: Av. Pedro Teixeira, 400, Dom Pedro – Manaus

Halterofilismo

Local: Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UFAM

Endereço: Universidade Federal do Amazonas, Av. Jauary Marinho S/N, Coroado – Manaus

Tiro Esportivo

Local: Clube Cagin TTi

Endereço: Rua Politeia, 1, São José 1 – Manaus

São Luís

Atletismo e bocha

Local: Universidade Federal do Maranhão

Endereço: Av. dos Portugueses, 1966, Vila Bacanga, – São Luís

Brasil tem 208 vagas garantidas nas Olimpíadas de Paris e nove atletas maranhenses podem ir aos jogos

Bruno Lobo (kisurf) é o único com vaga garantida, mas nomes como Rayssa Leal (skate) e Ary Borges (futebol) são quase certos nos jogos.

Eduardo Lindoso / Imirante Esporte

Rayssa Leal, Ary Borges, Thalia e Thalita, Bruno Lobo, Marlon Zanotelli, Nyeme, Ana Paulo e Welington Maranhão (Fotomontagem)

SÃO LUÍS - Segundo levantamento feito pelo site “Olimpíada Todo Dia”, hoje existem 208 atletas brasileiros classificados para os Jogos Olímpicos, com os últimos resultados do fim de semana, principalmente no atletismo. Destas 208 vagas, pelo menos oito ainda podem ficar com atletas do Maranhão. Dos atletas olímpicos maranhenses, Bruno Lobo é o único que tem sua presença confirmada em Paris. Porém, nomes como Rayssa Leal (skate), Ary Borges (futebol feminino), as gêmeas Thalia e Thalita Costa (Rugby) e Marlon Zanotelli (hipismo) estão praticamente garantidos. Welington Maranhão, do arremesso de peso, também tem boas chances. Ana Paula, do handebol, ainda é dúvida, pois se recupera de lesão, e Nyeme, do vôlei, ainda depende de uma convocação. A cerimônia de abertura dos jogos está marcada para o dia 26 de julho. O evento acontecerá até 11 de agosto.

Assim como em Tóquio-2020, quando o Brasil contou com 302 atletas, a expectativa dos especialistas é que a lista de brasileiros classificados para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 alcance um número menor em razão de esportes coletivos masculinos como futebol e handebol não terem conseguido vaga.

E segundo levantamento do Imirante Esporte, até o momento, sete vagas da delegação brasileira ainda podem ficar com maranhenses. Lembrando que Bruno Lobo tem sua vaga garantida no kitesurf: Fadinha no Skate

No skate, a maranhense de Imperatriz, Rayssa Leal é presença praticamente garantida em Paris. A Fadinha lidera o ranking brasileiro na modalidade street e a segunda colocada no ranking mundial. O último torneio da primeira fase da corrida olímpica do skate foi o pro tour de Dubai, que ocorreu em março, e definiu lista de 44 skatistas que seguem para a segunda fase, com um limite máximo de seis por país. Os pontos da primeira fase continuam, e

haverá dois eventos ainda que valem, cada um, praticamente o triplo dos pontos de um Mundial: o OQS de Xangai e o OQS de Budapeste, em maio e junho. Por enquanto, Austrália, Brasil, EUA, Japão e Países Baixos enviariam três atletas.

Gêmeas do Rugby

O rugby sevens feminino brasileiro carimbou o passaporte rumo à Olimpíada de Paris e será uma das 12 seleções a disputar a principal competição esportiva mundial. Nomes constantes nas convocações do Brasil, as gêmeas Thalia e Thalita Costa devem ir aos Jogos Olímpicos. As gêmeas maranhenses do rúgbi defenderam o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

Marlon Zanotelli (hipismo)

O hipismo brasileiro conquistou sua vaga em Paris com o quarto lugar na final da Copa do Mundo de hipismo saltos. A vaga foi conquistada por Luciana Diniz com Vertigo du Desert, Marlon Zanotelli com Grand Slam VDL, Pedro Veniss com Nimrod de Muze Z, Rodrigo Pessoa com Major Tom e Stephan Barcha com Chevaux Primavera Império Egípcio. Na Olimpíada, poderão ser inscritos quatro conjuntos, três titulares e um reserva e o maranhense Marlon Zanotelli deve ser um dos representantes do Brasil.

Ary Borges (futebol feminino)

O futebol feminino foi a primeira modalidade coletiva a garantir vaga em Paris e a maranhense Ary Borges, titular absoluta deve ir ao jogos. As maranhenses Eudimila, atacante do Corinthians, e a goleira Camila, do Cruzeiro, têm menos chances de convocações, mas correm por fora. O torneio feminino do futebol em Paris 2024 vai contar com 12 times divididos em três grupos com quatro. Os dois melhores de cada grupo, mais os dois melhores terceiros colocados avançam às quartas de final, quando tem início o "mata-mata", até a grande final.

Nyeme (vôlei)

No vôlei feminino, a líbero maranhense Nyeme, de Barra do Corda, tem grandes chances de ir aos jogos também. No Pré-Olímpico, disputado no Japão, o Brasil garantiu sua vaga e Nyeme foi titular no jogo decisivo. Ela deve estar na lista de convocadas do técnico Zé Roberto Guimarães para os jogos. Nyeme, inclusive, ficou marcada na disputa desse Pré-Olímpico por conta de uma linda jogada na qual ela salvou uma bola com os pés, na vitória brasileira diante da Bulgária.

Ana Paula (handebol)

Uma das principais jogadoras da Seleção Brasileira de handebol, a central maranhense Ana Paula tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos, mas antes precisa de recuperar de lesão. Em dezembro do ano passado, a atleta sofreu uma lesão no Mundial, em partida diante da Argentina. Por conta da lesão, ela precisou passar por uma cirurgia para reparar o menisco e reconstruir o ligamento cruzado anterior do joelho e agora corre contra o tempo para se recuperar.

Welington Maranhão (arremesso de peso)

No arremesso de peso, o Maranhão tem também grandes chances de ser representado por Welington Maranhão, que atualmente ocupa o 19º lugar do ranking mundial, lembrando que 32 atletas estarão em Paris por meio desse ranking. Maranhão ainda vai disputar o Campeonato Ibero-Americano de Cuiabá, Mato Grosso, de 10 a 12 deste mês, para tentar melhorar ainda mais a sua posição no ranking.

Bruno Lobo (kitesurf)

O kitesurfista maranhense Bruno Lobo representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Ele é único maranhense com sua vaga garantida no evento. Principal atleta da modalidade no país e destaque nas Américas, Bruno garantiu a vaga olímpica após se classificar para a final do Campeonato Mundial de Vela, que está sendo realizado em Haia, na Holanda.

Mais sobre os jogos de Paris

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos está marcada para o dia 26 de julho. Entretanto, nos dois dias anteriores já haverá jogos e provas de esportes como futebol, handebol, rúgbi e tiro com arco. Clique aqui e confira o calendário completo.

O Time Brasil não quer só fazer uma boa campanha, mas principalmente superar nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 as 21 medalhas conquistadas em Tóquio 2020, sendo sete de ouro.

Maranhenses olímpicos

Rayssa Leal (skate)

Thalia e Thalita Costa (Rugby)

Ary Borges (futebol feminino)

Marlon Zanotelli (hipismo)

Bruno Lobo (Kite)

Nyeme (vôlei)

Ana Paula (handebol)

Welington Maranhão (arremesso de peso)

Universidade Ceuma realizará II Encontro de Atividades

Recreativas e Esportivas para Pessoas com Síndrome de Down

A Universidade Ceuma realizará, no dia 1º de junho, o Encontro de Atividades Esportivas e Recreativas para Pessoas com Síndrome de Down. O evento acontecerá no Ginásio Professor Márcio Ribeiro, no Complexo Esportivo da Universidade Ceuma (Campus Renascença).

O projeto, em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down (21/03), tem como principal objetivo incentivar e fomentar a prática de atividades físicas e a integração social entre os participantes.

A programação acontecerá das 8h às 12h e contará com atividades recreativas e esportivas, como por exemplo, jogos de mesa (dominó, dama, xadrez, tênis de mesa e sinuca), atividades livres na piscina e jogos de futsal, basquete, voleibol e travinha.

RayssaLealtevenovamenteumdesempenhoimpecáveleprovouomotivoqueafazseroprincipalnome doPaísnoskate.MesmojágarantidanosJogosOlímpicosdeParis-2024,aFadinhavenceuoOlympic QualifierSériesdeXangai,naChina.Aindanostreet,GiovanniViananãoteveamesmasorteeterminou emsétimolugar

Abrasileiradominouodiadoinícioaofim.Naetapadevoltas,teveduasótimasnotas-86,43e92,2-,e disparounaliderança,ondenãosaiumais.Nasmanobras,tevetrêspontuaçõesaltaseconfirmoua conquistacom274,89.CompletaramopódioasjaponesasLizAkama,com274,35eCocoYoshizawa,com 257,73.

Haviaumagrandeexpectativanoskatepark,queacabounãosendoconfirmada.Nofeminino,Isadora Pachecochegoua"beliscar"umamedalha,masterminounaquartaposição,com86,77pontos.Outra brasileiranafinal,DoraVarellaficouemsexto,com85,26.

OBrasilaindatevetrêsrepresentantesnomasculino,mastambémficousemmedalhas.Amelhoratuação foidePedroBarroscomumquintolugar(88,96).AugustoAkioficouemsétimo(73,04),enquantoLuigi Ciniterminouemoitavo(53,13).

QUEIMADA/QUEIMADO/DODGEBALL: JOGO COLETIVO, MISTO E MISTURADO! (VERSÃO ATUALIZADA)

Queimada/Queimado/Dodgeball: jogo coletivo, misto e misturado! (versão atualizada) (alquimiadoesporte.blogspot.com)

Figura 1. Fonte: https://www.facebook.com/worlddodgeballfederation/photos/2255263467907628

Queimada/Dodgeball: estratégia, cooperação, autonomia e precisão!

Quando o esporte apareceu por aqui?

Existem diversas versões a respeito da origem do jogo da queimada, como as provenientes da África, Mesopotâmia e Europa medieval.

Em épocas passadas, havia rituais em que se atiravam pedras contra pessoas, além de lançamentos de bolas de fogo contra inimigos durante as guerras, o que reforça as semelhanças com o jogo.

Uma das versões mais aceita, porém, conta que o jogo de pedras africano foi levado à Inglaterra entre o final do século 18 e o início do 19, onde foi reconstruído com a introdução de elementos como a bola, sofreu experimentações, absorveu regras de caráter esportivo e deslocou sua prática em campos abertos para recintos fechados e menores.

A imposição de restrições a condutas sobre modos de vida no desenvolvimento das sociedades modernas trouxe a progressiva exigência de ajustamento de hábitos e comportamentos, provocando mudanças civilizatórias. Os jogos transformados em esportes acabaram se tornando atividade de lazer e ferramentas utilizadas no ajustamento de condutas e emoções oferecidas dentro das escolas e, principalmente, nas universidades inglesas e norte-americanas.

maio 17, 2024

O jogo da queimada na sociedade brasileira tornou-se também uma prática pedagógica de grande importância na formação educacional, mas devemos reconhecer a falta de registros oficiais sobre a sua trajetória desde épocas passadas. Contudo, as influências africanas, inglesas e até mesmo portuguesas marcaram época aqui e podem nos oferecer indícios do percurso do esporte por meio de hábitos e costumes incorporados à cultura brasileira.

Figura 2. Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/2046/para-jogar-queimada-e-preciso-terestrategia/Na EMEF Elza Regina Bevilacqua, os alunos jogaram seguindo as regras tradicionais

A linha do tempo da queimada no Brasil evidencia o jogo como ferramenta de formação educacional, iniciação esportiva ao handebol e atividade de tempo livre durante a hora de recreio, bem como de jogos internos e de férias, em ruas, vilas, praças, parques, e praias entre diversas possibilidades de locais de prática como lazer.

Outra consideração sobre o jogo é a de simplesmente o conhecermos por termos ouvido algum dia falar dele: “Ah! A queimada!”

Sem sombra de dúvida, não foi por acaso que a queimada gerou uma grande quantidade de variantes difundida por todas as regiões do país, com nomes surgidos a partir de cada nova realidade encontrada e influenciada por acontecimentos e épocas: caçador (PR/RS), queimada (GO, MT, DF, ES, RJ, SP, PB, PE, SE, PI), queimado (AL, RJ, PE, MA, CE, SE), baleado (CE), mata-mata (SC), matada (PB), jogo do mata (CE), cemitério (CE), dodgeball (CE), mata-soldado (SC), carimba (CE), bola queimada (PR), guerra (SP), baleado (BA, PB) e carimbada (GO), queima e barra bola.

A chegada deste século trouxe uma nova visão do jogo em âmbito mundial, com interesse em promover competições de alto rendimento. Nessa direção, três fatores tiveram contribuição decisiva para o esporte ganhar repercussão internacional.

O primeiro foi o filme Com a bola toda (Dodgeball: A True Underdog Story), de 2004. O filme conta a história de Peter La Fleur (Vince Vaughn) atuando no esporte para salvar a sua academia, a Average Joe's, em um campeonato de dodgeball, cujo principal concorrente é White Goldman (Ben Stiller), da Globo Gym.

Figura 3. Fonte: https://www.e-dublin.com.br/dodgeball/ Filme Dodgeball, com Ben Stiller, tornou o esporte mais famoso em todo o mundo. Foto: Divulgação. O segundo foi a poderosa influência das redes sociais atuando na rápida difusão do esporte é outro elemento de valor aglutinador na oferta de competição de alto rendimento. Ela desperta novos interesses ao mostrar fatos, estampar notícias, reproduzir competições de caráter mundial e promover relações interpessoais e comerciais.

O terceiro foi a organização de uma reunião com alguns dos principais praticantes do jogo na Malásia. Em questão, a exigência de padronização de regras e regulamentos com a finalidade de organizar eventos mundiais como competição-rendimento, o que de fato acabou ocorrendo com a disputa do 1º Campeonato Mundial de Dodgeball em 2012.

Um dos casos emblemáticos, e até certo ponto incomum, é mostrado no YouTube e envolve a presença de dois brasileiros em disputas pelo esporte em âmbito internacional. A prática do esporte por clube na Irlanda, obtida pelas redes sociais, surpreendentemente acabou por levar Adriano Vilar e Tatiane Aragão para representarem as seleções masculina e feminina do país nos campeonatos europeus, conforme se pôde observar em fevereiro de 2015.

E exatamente das redes sociais repercutem os sinais de estímulo ao desenvolvimento da queimada como competição-rendimento no Brasil. Nessa direção, contribuiu a organização da comunidade Dodgeball Brasil – uma página do Facebook criada em Porto Alegre (RS), em 21 setembro de 2015. Ela busca despertar o interesse para as competições-rendimento do esporte em âmbito mundial. Incentiva a criação de equipes e a organização de eventos bem como estimula a reunião voltada à pratica de jogos e viagens para eventos internacionais.

Na mídia eletrônica tradicional, e nas redes sociais o jogo de queimada no Brasil também aparecia de forma inusitada em 2018.

Figura 4. Fonte: https://www.facebook.com/DodgeballMovie/community/?ref=page_internal

Sob o título "Achamos em Minas: jogo de queimada em Montes Claros (MG)", o esporte foi exibido no programa Balanço Geral MG (da TV Record) no Portal R7, em 22 novembro de 2018.

Na matéria, o jogo é praticado por um grupo de 54 mulheres de todas as idades. Elas se reúnem para jogar queimada três vezes por semana, à noite, em quadra coberta. Iniciado na rua, o jogo acabou estimulando a formação do grupo Galera da Queimada, que cresceu com a presença de familiares, amigas e amigas das amigas. Uma série de eventos é programada em datas festivas pelo grupo. Disputado com fins de lazer e saúde, o grupo estampa camisas coloridas personalizadas e joga com bolas de meia artesanais.

Uma questão complexa e de grande relevância diz respeito ao não reconhecimento do jogo oficialmente como esporte no Brasil. Até o momento, não foram criadas entidades de direção em todos os níveis hierárquicos integradas ao sistema desportivo nacional. Também não há organização formal de equipes estruturadas no interior de clubes e associações ou mesmo ao ar livre. Por consequência, não são vistas competições oficiais (torneios e campeonatos) no país. Contudo, é de costume o jogo sempre aparecer em competições internas, desafios e jogos escolares, um dos bons exemplos, são os disputados na cidade de Sorocaba (SP).

Figura 5. Fonte: https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/834201/jogos-escolares-de-sorocabaconhecem-campeoes-de-queimada

Em síntese, a popularização do jogo de queimada foi impulsionada por ações desenvolvidas nas esferas da formação educacional (escolas públicas e privadas) e do lazer (ruas) em âmbito mundial. Na perspectiva da competição-rendimento apareceram a organização da gestão do esporte em diversos países e a expansão da oferta de competições locais, regionais, nacionais, continentais e mundiais, enquanto por aqui se observam timidamente os primeiros passos nessa direção.

O interesse no reconhecimento da queimada como esporte no país aconteceu no Distrito Federal, conforme registro estampado na lei nº 6.736, de 1º de dezembro de 2020 (DOU de 02 de dezembro de 2020).

A repercussão do reconhecimento foi organizado o 1º Campeonato Brasiliense de Queimada em outubro de 2021, a primeira competição oficial do esporte sob o caráter de rendimento (desempenho) na capital do país. A participação de 24 equipes e 360 atletas no evento criou uma visão prospectiva ao desenvolvimento do esporte como competição-rendimento em âmbito nacional.

A popularidade da queimada por aqui levou ao pedido de aprovação como esporte no território nacional junto a Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, em 2022. A iniciativa estabeleceu as condições ideais à organização da gestão do esporte, à profissionalização do esporte e de atletas, o acesso a obtenção de recursos para a organização de competições e a participação em eventos no exterior, apoiada em incentivos estabelecidos por leis.

Uma configuração integrada por novos elementos criou um cenário propicio ao desenvolvimento do esporte, como forma de rendimento (desempenho), entre eles.

a estruturação da gestão do esporte em âmbito nacional pela organização da Associação Brasileira de Dodgeball (ABDb), somente criada em 21 de setembro de 2023; a organização do esporte em federações e associações/clubes e escolas; a elaboração de calendário de eventos nacionais e estaduais (torneios e campeonatos) anual; a formação de atletas com a criação de equipes de categorias de base em clubes, associações e escolas; a capacitação de técnicos e de arbitragem; a necessidade de treinamento esportivo regular; a participação em eventos internacionais; o intercâmbio esportivo, e a formalização de parcerias e de negócios, entre outros aspectos.

A essa altura a ABDb recebeu o convite da WBDF para a participação de seleções brasileiras de queimado nas categorias masculina, feminina e mista no Pan-americano de Dodgeball, uma competição oficial realizada pela Argentina, no período de 22 a 26 de novembro de 2023. A iniciativa garantiu o ingresso das seleções brasileiras no ranking internacional, e credenciou à presença do país em campeonatos mundiais da WBDF, o próximo a acontecer em Graz, na Áustria, entre 11 a 18 de agosto de 2024.

Na passagem entre a segunda e a terceira década deste século, o dodgeball/queimada jogo popular espalhado por todos os estados do Brasil e bastante praticado sob diferentes formas no meio educacional/inclusão social e no lazer, assumiu o caráter de competição de rendimento/desempenho. Tal fato conduz a que o esporte seja disputado segundo estabelecem os códigos e as regras internacionais.

O Dodgeball/queimado é uma excelente opção de prática esportiva a ser oferecida nos momentos de lazer em locais como: hotéis fazenda, fazendas, centros de lazer, resorts, spas e a ser jogado em áreas públicas como praças, parques e praias, com a finalidade de diversão, saúde e estilo de vida.

Como acontece o jogo?

O dodgeball é uma modalidade esportiva de caráter coletivo da "corrente esporte tradicional."

A queimada é disputada por duas equipes com igual número de integrantes, entre seis e dez jogadores, mas, em quadra, atuam seis jogadores de cada lado.

O esporte é disputado pelas categorias masculina, feminina e mista em pisos de grama, areia, terra batida, quadra de concreto e sintético.

O início do jogo ocorre com dois apitos. O primeiro refere-se à corrida das equipes para obter a posse das bolas (seis no total), colocadas três de cada lado na linha central. O segundo indica o efetivo início da partida com as tentativas de queimar os adversários da outra equipe. A bola pode ser de espuma ou pano.

As eliminações ocorrem quando os arremessadores acertam os adversários com a bola em qualquer região abaixo da linha dos ombros, indo ao chão. Contudo, os arremessadores também podem ser eliminados, e isso ocorre em duas situações: quando eles acertam os adversários na região da cabeça ou quando estes conseguem segurar os arremessos.

A disputa dura dois tempos de 15 minutos e possui 5 minutos de intervalo.

Vence a equipe que eliminar todos os jogadores da outra equipe ou a equipe que eliminar o maior número de jogadores até o apito final.

Mas e a Queimada tradicional e suas variantes na formação educacional e social?

O tema “jogo” nos oferece a oportunidade de mostrar o conceito elaborado por um dos grandes nomes da cultura humana, que assim o descreve: “O Jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundos regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias" (HUIZINGA, 1999, p. 33).

Figura 6. Fonte: https://www.facebook.com/worlddodgeballfederation/photos/2833023923464910

No Brasil, a queimada é um jogo de formação educacional e lazer, sem uniformização de regras. Nele são encontradas diversas variantes praticadas pelo país, embora se constatem alguns elementos comuns a elas.

O jogo de queimada tradicional é disputado por dois grupos, cada um em um dos lados da quadra. A quantidade de praticantes de cada lado é variável. Normalmente, divide-se a turma toda em dois times de 4 a 20 participantes.

Pode-se utilizar uma bola ou quantas mais forem necessárias, pois o importante é a participação de todos. Elas podem ser feitas de meia, plástico ou borracha ou de bola de voleibol murcha.

A quadra é retangular, com 40 metros de comprimento por 20 metros de largura (medidas máximas do handebol e do futsal) ou 36 metros por 18 metros ou ainda 32 metros por 16 metros. O jogo ocorre principalmente na área da quadra correspondente ao voleibol, de 18 ou 16 metros de comprimento por 9 ou 8 metros de largura. Pode-se ainda usar a metade de uma quadra para realizar o jogo.

Caso ocorra na área total (de 40 m x 20 m), os praticantes queimados pela bola vão para lateral da quadra esperar por seu retorno ao jogo.

As dimensões da quadra, delimitada também por linhas laterais e finais, influenciam diretamente na quantidade de praticantes, que são separados por uma linha central.

As equipes são formadas por categorias de sexos ou principalmente mistas, e deve-se escolher os jogadores para capitão, reis, rainhas, abelhas, entre outras opções de variantes do jogo.

Se, por exemplo, o capitão for usado, ele deve ficar posicionado na linha final da quadra da equipe adversária, do lado oposto ao da sua equipe, enquanto os demais jogadores ficam espalhados do outro lado da quadra.

Figura 7. Fonte: https://www.facebook.com/worlddodgeballfederation/photos/2255276517906323

O objetivo do jogo é “queimar” o maior número de jogadores adversários, mandando-os para junto do seu capitão. É considerado “queimado” aquele jogador que for atingido pela bola em qualquer parte do corpo e ela cair no chão.

Algumas variantes do jogo estabelecem que meninos somente podem queimar meninos. O queimado fica então à espera, fora do espaço da quadra, para retornar ao jogo.

Se a bola tocar mais de um jogador antes de cair no chão, ambos serão considerados queimados.

Se o jogador conseguir agarrar a bola sem deixá-la cair ou se a bola tocar o chão antes de tocar no jogador, ele não é considerado queimado.

O capitão de cada equipe possui “vidas”. Normalmente são três vidas, podendo-se doar até duas delas para que companheiros de equipe retornem à quadra. Quando julgar necessário, ele somente poderá utilizar uma vida para entrar na quadra.

Algumas variantes do jogo estabelecem áreas separadas no final do campo principal de cada equipe – um espaço reservado aos jogadores "queimados" ou "prisioneiros" – e ao seu redor. Eles podem pegar as bolas que passam e queimar os adversários, retornando ao jogo.

Vence o jogo a equipe que, no término do tempo estabelecido, conseguir o maior número de queimados ou, antes de acabar o tempo, tiver queimado todos os jogadores da equipe adversária.

Figura 8. Fonte: https://www.facebook.com/worlddodgeballfederation/photos/2255270701240238

A queimada é um jogo de equipe que promove relação interpessoal e cooperação entre os participantes. Também desenvolve o raciocínio, a habilidade motora e a precisão.

Uma opção de jogo de queimada na formação educacional e social, sem exclusão!

A queimada pode transcorrer computando-se a quantidade de “carimbados” ou “queimados” sem qualquer tipo de exclusão do jogo, com todos continuando a disputar normalmente até a pontuação estabelecida fechar ou o tempo terminar, conforme determinar o regulamento da competição.

O jogo pode ser disputado em uma partida simples ou em 3 sets fechados, por meio de:

Apuração da quantidade de praticantes queimados, estabelecendo-se um valor X, por exemplo, 15 (pontuação fechada de 15 carimbados), o que determina o final do jogo. Vence a equipe que tiver carimbado mais jogadores;

· Cronometragem do jogo, por exemplo, de 15 minutos sem exclusão, fechando-se a partida no tempo previsto. A equipe que carimbar mais jogadores é a vencedora.

Quem for queimado deve levantar o braço, seguindo princípios morais como honestidade, responsabilidade e respeito a regras e colegas.

No jogo, podem-se estabelecer o capitão e seu assistente direto para controlar a pontuação do jogo de suas equipes.

A bola pode vir a ser confeccionada de material reciclável, como pano, meia, espuma, bolinha de plástico e jornais.

As equipes devem ser impreterivelmente mistas, com menino carimbando menino e o mesmo em relação às meninas, se for o caso.

Os arremessos das bolas devem ser oportunizados para todos os integrantes da equipe, perdendo-se um ponto por cada membro sem arremesso.

Vence a equipe que tiver queimado mais, se é que deve haver um vencedor.

Volta à calma: conversa sobre o jogo!

Vamos contar algo mais pra você!

A Associação Brasileira de Dodgeball (ABDb), a entidade máxima do esporte no país.

A Federação Mundial de Dodgeball (WDBF) é a entidade máxima internacional do esporte.

Referências Bibliográficas

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TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.

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Adolescente de 13 anos morre atropelado enquanto praticava atividade física em São

Luís

A vítima estava praticando atividade física nos arredores do Estádio Castelão, no bairro Jordoa, quando foi atropelado.

Por g1 MA SãoLuís

24/05/2024 08h06 Atualizado há 5 horas

Adolescente de 13 anos morre atropelado. — Foto: Divulgação

Um adolescente de 13 anos morreu após ser atropelado, na noite dessa quintafeira (23), por volta das 19h, na Avenida Contorno, próximo ao Estádio Castelão, em SãoLuís.

Segundo informações, a vítima identificada como Victor Gabriel Caldas Batista, estava praticando atividade física na companhia de amigos, para se preparar para uma competição, que iria disputar nas próximas semanas, quando foi atropelado.

Após o acidente, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou a morte do adolescente. O motorista do carro foi encaminhado ao Plantão Central de Polícia Civil da Cajazeiras, onde prestou depoimento

Atletas mobilizam protesto após morte de adolescente atropelado em São Luís

Devido ao desaparecimento da pista de atletismo, as pessoas correm nos arredores do Castelão, onde aconteceu o acidente

Publicado em 24 de maio de 2024 às 12:32 Por Jéssica Almeida

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Mais de 50 atletas se mobilizam para protestar pela morte de Victor Gabriel Caldas Batista, 13 anos, atropelado por um carro nos arredores do estádio Castelão, no Complexo Esportivo Canhoteiro, no bairro Outeiro da Cruz, em São Luís.

O adolescente estava treinando para participar dos Jogos Escolares Ludovicenses e para outra competição quando ocorreu o acidente, registrado na noite desta quinta-feira (23). Na ocasião, o motorista foi detido e conduzido até o Plantão das Cajazeiras para prestar esclarecimentos.

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O atleta Renato Cruz disse que o protesto visa apoiar a família do menino e mostrar que a comunidade do esporte está insatisfeita com as obras que estão acontecendo no local. O percurso do protesto começa no local onde aconteceu o acidente e vai para o sentido da pista.

“Esse garoto treinava, tinha um projeto do próprio governador, até de talentos, que treinavam lá na pista. E simplesmente eles tiraram esse pessoal da pista e não deram uma satisfação. A gente quer fazer lá de onde começou para a gente ter a pista”, afirmou.

O professor e ex-presidente da Federação do Atletismo do Maranhão, Márcio Batista Miguens, pontuou que os atletas que se preparam para disputar provas usam as vias do entorno do Castelão.

Segundo disse ao Difusora News, como a pista de atletismo ‘desapareceu’ para dar lugar ao espaço para as festas do São João do Governo do Maranhão, a comunidade opta por locais alternativos para prática esportiva.

“A gente estava sem local para treinar, por isso buscamos um lugar alternativo para realizar as atividades. Mas, independentemente disso, o local do acidente sempre foi usado pelas pessoas para treinar’, afirmou o professor e ex-presidente da Federação do Atletismo do Maranhão, Márcio Batista Miguens, responsável pelo treino.

Nas redes sociais, algumas pessoas disseram que o local estava em completa escuridão.

A tia de Victor, Larissa da Silva, muito emocionada, contou ao Difusora News o quanto a família está triste pela perda do garoto.

“É uma dor que nunca vai passar. Uma dor que só a gente tá sentindo por ser tia, por ser mãe. De ver meu sobrinho aqui, deitado em um caixão, por culpa de imprudência de condutor. De saber que ele tá solto, de saber que ele pode dormir tranquilamente na casa dele. E a gente nunca mais vai poder dormir em paz. Que a gente nunca mais vai voltar a ser como era antes. Porque ele era um menino alegre, perfeito, estudioso. Tirou a vida de um rapaz inocente… que estava só apenas treinando… fazendo o que gosta… pra competir… essa dor nunca vai passar…” relatou Larissa.

O portal Difusora News tentou entrar em contato com o Governo do Estado para prestar esclarecimentos, mas até o momento não tivemos respostas.

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