ABECEDÁRIO DA POESIA MARANHENSE - LETRA "a

Page 1

ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: “A”QUELES NOS JORNAIS LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação De algum tempo venho me dedicando ao resgate da memória da literatura maranhense/ludovicense; buscando dados e informações sobre os autores que nasceram e/ou tiveram sua vida intelectual ligada ao Maranhão. Em especial, dedico-me à memória do lazer, esportes, e educação física no/do Maranhão. Daí, a literatura aparecer como componente de um lazer passivo... Na busca por maiores informações de Maria Firmina dos Reis, deparei-me com uma publicação em que aparecia um retrato da autora de Úrsula; fui buscar o suposto retrato no jornal em que fora publicada; só que não! Não encontrei nada; resolvi estender a busca por outros jornais, da época, e encontrei um sem-número de poesias publicadas, de diversos autores – então resolvi estender a busca: quem publicou, em jornais maranhenses, poesias? Encontrei mais de 6.600 (seis mil e seiscentos) poemas publicados, e não me utilizei de todo o acervo disponibilizado na Biblioteca Pública Benedito Leite, num total de 550 jornais digitalizados, desde o início da imprensa no Maranhão, isto porque a maioria dos jornais não se consegue acessar, pois apresenta erro; muitos estão inelegíveis, outros mutilados e outros não apresentam poesias em seu conteúdo. Outro grande problema é a identificação desses autores: alguns, figurinhas carimbadas, outros, desconhecidos, e um sem-número de anônimos: ou assinaram com pseudônimos, ou apenas as iniciais, e outros, nem mesmo isso. São 15 (quinze) publicações, em média 300 páginas cada uma delas, em que essa produção foi resgatada. Agora, só resta organizar esse material, por ano de publicação, respeitando a primeira edição do jornal em que foi publicada – e alguns, se estendem por vários anos; cotejar essa produção com outras publicações, em especial o fiz com o Dicionário Bibliográfico de Sacramento Blake, resgatando todos os maranhenses ali identificados, com suas obras e complementando, sempre que possível, essas informações. Verificou-se que a produção maior se refere à teses apresentadas às mais diversas instituições universitárias, que frequentaram: medicina, direito, matemática, a sua maioria. Teses e artigos médicos são a grande maioria. Alguns desses autores, também se dedicaram à literatura, em especial, poesia. Outras obras aparecem com o registro da literatura produzida no Maranhão, por maranhenses aqui nascidos, ou por português, e pessoas de outras nacionalidades, que aqui se estabeleceram; muitos, tiveram uma vida profissional fora do Maranhão, e lá foram autores ativos. Esse o desafio... E aqui vamos novamente, cotejando Sacramento Blake com outros dicionaristas e/ou enciclopedistas e/ou historiadores e/ou críticos literários... Começaremos com Antonio dos Reis Carvalho



Quadro 1 Impressos Estudantis Liceístas

Impressos Estudantis O Progresso (1907) O Canhoto (1912) A Inubia (1914) O Excelsior (1914) O Estudante (1915) O Brazil (1907) Lábaro (1921) Alma Nova (1929) Sangue Jovem (1930)

Fonte: Catálogo de jornais da Biblioteca Pública Benedito Leite (2016).

A poesia nos jornais maranhenses – A Autores desconhecidos/anônimos/pseudônimos/ilegíveis o nome (?) Almeida (?) Barradas (?) Correia (?) da Cunha (?) da Cunha (?) das Chagas (?) de Castro (?) Ferreira (?) Ferreira (?) Garcia (?) Junior (?) Lisboa (?) Pereira (?) Rego . Lobão ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?

Amor fatal Taylor A tarde Rimas Yara Sem título Dolorosa A onda A onda Longe de ti! A morte Morte Coelho Neto A mendiga Nendeixas Antero de Quental Bazar das trovas Toadas de aboio Tristeza A virgem do meo amor Galeria maranhense Distante Um ninho Resposta Electricos Fidalguia fritxmaquisada Sem titulo Lendo a divina comedia O porque Em busca do ninho Ciume de Cristo Estrela matutina Velada Antes de partir Ainda uma vez Crepusculos Tableaux

O Garoto/1919-21 O Estudante de Atenas/56 Jornal Instrução e Recreio/1845 O Debate/1910 O Debate/1910 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1898 A Sentinela/1855 A SENTINELA/1855 Revista Elegante/1899 Avante/1906 A Pacotilha/1883 O Imparcial/1899 Philomathia/1895 Philomathia/1895 Pacotilha/1891 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 Revista Elegante/1897 A Estrela Maranhense/1859 O Echo/1890 Revista Elegante/1890 28 de Julho/1892 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897


? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Cunha ? Duval ? Meirelles ? Soares ? 69 A A Cacetinho A de P. A Pombinha A. A. Garibaldi A.A A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A.

Vencedora Confissão Porque? Despertai Saudades Literatura Ausencia Archi-natura Sátira Mocidade Noite de amor Desengano Creação Adão no Paraíso Poesias Lamentações Inelegivel O Padre Pinheiro La pertenza Confissões Seculo de ausencia Trindade Pour tu Nana Sempre isso Esmeralda Morno amplexo Mater Ave mMaria A lingua da canalha Morta A lenda do judeu errante Costume antigo Minerva Lá vai lenha De máscara ?? Conselhos farmacêuticos Suplica Soneto Desabafo poético Comunicado de uma moça anonima Comunicado Desembucha Escravo Um baile Duas palavras ao meu amigão Dilema A canção do coveiro Soneto Receboa a vos Um baile Decepção Um baile Saudação Um baile Um baile Um baile Ao dono de um... nariz

Revista Elegante/1897 O Ideal/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1899 Revista Elegante/1899 Gazeta de Picos/1908 O Imparcial/1915 A Mocidade/1934 A Peroba/1935 União/1950 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1886 Pacotilha/1891 O Porvir/1895 O São Bento/1901 O São Bento/1901 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1889 A Pacotilha/1883 A Fita/1917 A Escola/1878 O Pensador/1881 Marmota Maranhense/1854 Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 O Jornalzinho/1931 Cruzeiro/1947 O Domingo/1872 Formigão/1870 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872


A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A.

Um baile Soneto O mercado Soneto Costumes maranhenses Soneto Soneto Sem titulo A um nariz Arroz de cuxá A um nariz Prece a Nossa Senhora

O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Pacotilha/1883 O Canhoto/1908 Jornal dos Artistas/1908 O Canhoto/1912 O Trabalho/1918

A.Americo Cesar

Cantigo de amor A escola Salão azul O bandido Depois de um enterro O meu retrato Na rua da tristeza Nazareth A minha mãe Deus O bandido Eterno amor Deus Deus Depois de um enterro Ela não morreu

Revista Elegante/1899 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918

Americo Cesar


A.Americo Neto A.Antunes

Vida feliz Soneto Soneto

Revista Elegante/1890 Singular/1937 Singular/1937

A.Azevedo

Soneto Soneto Bertha Bertha Rimas Aniversário Transit. Confuzão Vem Impressões de teatro Pelintra O marido, a mulher, e o outro Infantilidade Corre Mangas Que espiga As estatuas Dois padres Saldo de contas De lua a sol Suicidio Pedido De lua a sol Improbus amor

O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 O Debate/1910 Jornal dos Artistas/1919 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Flexa/1879 Pacotilha/1904 Avante/1907 Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 O Grilo/1912 Correio de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 A Noticia/1928 Voz do Povo/1931

Arthur Azevedo Artur Azevedo

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908),[1] também conhecido como Artur Azevedo, foi um escritor, dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico, cronista e jornalista brasileiro.[2] Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.[3] Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte.[4]


Suas peças mais conhecidas são A joia, A Capital Federal, A almanjarra, O Mambembe, entre outras.[3] Três teatros no Brasil foram batizados com o seu nome: o Teatro Arthur Azevedo de São Luís, Maranhão, sua cidade natal,[2] o Teatro Arthur Azevedo da cidade de São Paulo, e o Teatro Arthur Azevedo da cidade de Rio de Janeiro. A.B.

???????????

Pacotilha/1902

A.B. Barbosa de Godois

Estancias Uma noite de Torquato Tasso A nossa terra As normalistas de 1915 Ephitamilio

A Escola/1878 A Escola/1878 A Escola/1918 Revista Maranhense/1916 A Mocidade/1875

Barbosa de Godoi Antonio Barbosa de Godois Antonio de Godois

Antonio Baptista Barbosa de Godois (São Luís, 10 de novembro de 1860 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1923) foi um escritor, poeta e professor. Biografia Foi um educador, escritor, poeta, historiador e político. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco), exercendo, no Maranhão, o cargo de procurador da Justiça Federal. Como político, foi Deputado Estadual do Maranhão[1] e Vice-Presidente do Estado do Maranhão. Exerceu o magistério, tendo lecionado, como professor da cadeira de História e Instrução Cívica[2][3] , entre outros, e dirigido (entre 1900 [4][5][6]e 1905[7]) a Escola Normal do Estado do Maranhão[8], e na Escola Modelo “Benedito Leite”, publicando inúmeras obras na área de educação. Participou ativamente na imprensa de sua época e, aliado a intelectuais de expressão que então se empenhavam em resgatar a cultura e a literatura maranhense, fundou a Academia Maranhense de Letras[9], tendo ocupado a cadeira n.º 1, cujo patrono é o Professor Almeida Oliveira, atualmente ocupada por Sebastião Moreira Duarte. Entre suas obras de maior destaque e importância, pode-se citar a “História do Maranhão”, em 2 volumes, publicada em 1904. Como poeta, destaca-se sua composição da letra do Hino do Estado do Maranhão[10]. Obras Instrução cívica (Resumo Didático) - Maranhão, 1900. História do Maranhão - Maranhão, 1904, 2 volumes. Escrita rudimentar - São Luís, 1904. À memória do Doutor Benedito Pereira Leite - Maranhão, 1905. O mestre e a escola - Maranhão, 1911. Higiene pedagógica - São Luís, 1914. Os ramos da educação na Escola Primária - São Luís, 1914. Doutor Almeida Oliveira. Discurso na Academia, in RAML. Vol. I - São Luís, 1919.


Antônio Batista Barbosa de Godóis nasceu em São Luís, a 10 de novembro de 1860 e faleceu no Rio de Janeiro, a 4 de setembro de 1923. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, em 1884. De regresso à sua terra natal, exerceu as funções de procurador da Justiça Federal no Maranhão, professor, promotor público, jornalista, deputado, funcionário público, homem de governo. Mas o que mais lhe deu imortalidade ao nome foi a renovação educacional que lhe confiou Benedito Leite, na passagem do século, movimento de que resultou a reforma da Escola Normal e o funcionamento da Escola-Modelo do Maranhão, onde exerceu o magistério com incomum proficiência. Integrou-se no movimento cultural que visava a sacudir o Maranhão do torpor em que se afundava, colaborando ativamente na imprensa e publicando excelentes monografias sobre educação. Embora não se lhe atribua talento poético, Barbosa de Godóis compôs a letra do Hino Maranhense, poema de razoável beleza, musicado pelo maestro Antônio Rayol. Educador de indiscutíveis e admiráveis méritos, tinha nesse campo suas atividades de eleição, merecendo atenção especial o vanguardismo de suas ideias didático-pedagógicas, fato inequivocamente comprovado pelo tema predominante de sua bibliografia e pelo patrono que, ao fundar a Cadeira nº 1 na Academia Maranhense de Letras, escolheu: Antônio de Almeida Oliveira, jurisconsulto, político, homem de Estado e pedagogista maranhense.

A.B.G. Costa

O braseiro

O CRISTIANISMO/1854

A.Bastos Morbach

A fonte que secou na tua saudade

O Tocantins/1927

BLOG DA EMEF AUGUSTO BASTOS MORBACH: Biografia de Augusto Bastos Morbach (augustomorbach.blogspot.com)

. 1911 - Filho de Frederico Carlos Morbach e Rosa de Lima Bastos Morbach, nasce em 9 de fevereiro , em Santo Antonio da Cachoeira, hoje município de Itaguatins, no norte do Estado de Goiás, na casa do coronel Augusto Cezar de Magalhães Bastos, seu avô. • 1917 - Órfão aos seis anos passa ao convívio de Arthur Guerra Guimarães casado com sua tia Vicência Bastos Guimarães. Nessa dependência, enquanto a tia ensina-lhe as primeiras letras, o tio recusa os desenhos que tira, a carvão, pretendendo que o ascendrado realismo temático seja substituído pela alegoria, por motivos alegres. • 1913 - Os trabalhos de Augusto Morbach não são estimulados pelo tio, secretário do Conselho Municipal de Marabá por este não julgar conveniente a divulgação de imagens negativas da região. • 1919 - Aos oito anos de idade, incorporado à família de Arthur Guerra Guimarães, passa a residir na sede do


município de Marabá. • 1920 - O juiz Ignácio de Souza Moitta – em Marabá desde o ano anterior – instala e mantém o educandário Arthur Porto, que terá como discente Augusto Morbach. No educandário cultiva estreita amizade com o seu diretor, juiz Ignácio Moitta – seu padrinho de crisma – e com sua esposa, a professora Arzuilla Horta de Souza Moitta. Enquanto o juiz, como intelectual, incuti-lhe o gosto pelos clássicos, a esposa ensina-lhe as únicas noções que recebeu de ritmo, forma, espaço, luz e sombra. • 1925 - retrata a lápis o “querido mestre amigo”, juiz Ignácio Moitta, no que se constitui a sua mais antiga criação de que se tem noticia. • 1932 – casa-se com Doralice Fontenelle Morbach, em 12 de novembro, em Porto Franco, no Estado do Maranhão, a quem, quando monitor no educandário Arthur Porto, havia ensinado História e Geografia, com quem teve 4 filhos: Frederico, Pedro, Carlos Arthur e Rômulo. Nessa época, como registrou, “hiberna na vida da castanha”, como intermediário entre o castanheiro e o aviador, ainda amargurando a negativa do Secretário Geral do Estado, que recusou sua matricula nos estabelecimentos de ensino da capital. • 1935 - ingressa no serviço público ocupando, em curto período, o cargo de administrador das feiras e mercados da Prefeitura Municipal de Marabá. Neste mesmo ano, morre seu tio Arthur Guimarães, em 12 de novembro, e ele assume os encargos de chefe da família. • 1939 - com o comercio dos castanhais arruinado pela Segunda Guerra Mundial, passa a dedicar-se ao garimpo e extração de madeira. Mal sucedido no garimpo, perde três fazendas em Goiás e hipoteca o castanhal “Balão”, para saldar os compromissos. • 1940 - conhece, acidentalmente, em Marabá, Libero Luxardo, a quem retrata num esboço. Descobrindo o artista, Líbero Luxardo pede-lhe que ilustre o seu poema Tocantins, Rio de Três Estados. E, antes de editado o poema, em Belém, promove exposição, das 14 ilustrações realizadas por Augusto Morbach, as quais emocionam a intelectualidade da época , reunida em torno das revistas Novidade e Terra Imatura. • inicia colaboração na revista Novidade, de Otávio Mendonça e Inocêncio Machado Coelho, na forma de ilustrações, capas e artigos; ilustra Terra Imatura, revista dirigida por Cléo Bernardo de Macambira Braga. • Publica, na edição de agosto da revista Novidade um poema de sua autoria, intitulado “Dentro da noite à luz clara do luar.” • participa do I Salão Oficial de Belas Artes, realizado na Biblioteca e Arquivo Público do Estado, sob a inspiração do diretor da mesma, Dr. Osvaldo Viana, obtendo segundo prêmio. • 1941 - concorre no II Salão Oficial de Belas Artes, obtendo o primeiro lugar com o desenho “A admiração do índio”. • 1954- retorna ao serviço público, desta vez como secretário da Prefeitura Municipal de Marabá, cargo no qual permaneceu até 1961, quando vem residir com a família em Belém e assume a função de procurador da Prefeitura Municipal de Marabá. • 1962 - realiza com João Pinto, mostra de desenhos na sede social do Clube do Remo. Como registrou o escultor João Pinto, além de ceder-lhe espaço, divulgou e vendeu seus trabalhos. • 1963 – colabora com “O Cinqüentenário”, número único do jornal comemorativo do cinqüentenário da criação do município de Marabá, editado em 5 de abril peal tipografia Rocha. • 1964 – ingressa, em 1 de março, no Jornal do Dia, como ilustrador, atendendo ao convite de Cláudio Sá Leal. • Finda a relação de emprego com o Jornal do Dia, a 1 de abril, quando encerra a sua circulação. • 1966 – figura como chefe de redação do jornal O Democrata, de Marabá, cujo primeiro número circula a 1 de novembro, sob a direção de Helius Monção e de propriedade de Aziz Mutran Neto. • 1968 – juntamente com um de seus irmãos, Antonio Bastos Morbach, edita a revista Itatocan. • 1973 – com Pedro Morbach, seu filho, inicia a 15 de janeiro, mostra de desenhos na Galeria Angelus , sob o patrocínio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará, presidido por João Batista F. Marques. • 1974 – Aposenta-se do serviço público municipal de Marabá. Os proventos foram transferidos, posteriormente, à viúva, sem maiores formalidades. • 1976 – Inicia, a 14 de maio, mostra de desenhos na Galeria Angelus, sob o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo, e com a coordenação de Eduardo Abdelnor. • 1978 – É incluído na coletiva 17 artistas do Pará, inaugurada a 14 de fevereiro, na Galeria Theodoro Braga, como parte das comemorações pelo primeiro centenário de fundação do Theatro da Paz. • 1979 – Inicia, em 25 de abril, na Galeria Theodoro Braga, mostra de desenhos e pinturas, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC. • Atendendo ao convite da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC faz dez desenhos em nanquim sob papel, com vistas ao projeto de natal. • 1980 – É incluído na coletiva “13 anos de arte em Belém”, coordenada por Sebastião Godinho e realizada nas galerias Angelus e Theodoro Braga, simultaneamente, no período de 10 a 18 de junho. • Inaugura, a 1 de outubro, mostra de desenhos e pinturas na galeria Theodoro Braga, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. • 1981 – falece no Hospital São Luiz – em conseqüência de insuficiência respiratória e cardíaca e enfisema pulmonar – a 22 de fevereiro. A.Brito

Pensamento

Revista Elegante/1892


A.Britto

A.C. A.C. Abreu A.C. de Almeida A.C. de Souza e Vasconcellos A.C. Guimarães A.C.C A.C.R.R. A.Cabral Caldas A.Carlos d´Almeida A.Cascaes A.Clotilde A.Coimbra A.D. da Cruz A.D.V. A.de C.P. A.de Matos A.de P. A.De P. A.de P. A.de Tavares A.de.C.P. A.F. A.F. A.F.B A.F.C. A.F.O. A.Fernandes S. de Queiros A.Fernandes S. Queiros

A.Fontoura A.G. de O. A.G.C A.Garibaldi A.Gonçalves Dias Gonçalves Dias

Mote A volta Teus olhos Quando eu pemsei... Caricias Dores d´alma Dedicada a São Francisco de Assis Deixarte!? A... Cantata O rico avarento Bailando Á... Num album Poesia Estrelas Graças a sciencia Marques Sem título Jesus A virgem de Soledade A uma flor Desabafo poetico Um pecado mortal Retrato Salve Rainha A virgem de soledade Minha Pátria Minha Patria Maçonaria Seu nome O futuro Porque suspiro Aurora A minha sobrinha O passado Ao ilustre dr. J.S.N.M O ninho Soneto Soneto Saudades da mãe Saudades d a mãe Ab eterno

O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 Revista Maranhense/1917 O Estudante/1957 O Domingo/1872 O CRISTIANISMO/1854 O Parthenon/1908 Echos da Juventude/1864 Jornal Instrução e Recreio/1845 Jornal Instrução e Recreio/1845 Revista Maranhense/1917 O Domingo/1872 A Brisa/1872 O Jardim das Maranhenses/1861 Correio de Codó/1916 O Martelo/1911 O CONCILIADOR/1821 Correio de Codó/1913 A Marmota Maranhense/1854 O Ramalhete/1863 A Marmota Maranhense/1854 O Pensador/1880 O Pensador/1881 O CRISTIANISMO/1854 Marmota Maranhense/1854 O Brazil/1907 O Brazil/1907 Correio de Codó/1913 Jornal Instrução e Recreio/1845 Jornal Instrução e Recreio/1845 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 O Rosariense/1903/04 O Coroatá/1920 Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1947

O donzeo Amor de árabe Quazimado Beijos Quazimodo Leito de folhas verdes Os tymbiras Soneto Desejo O Morro do Alecrim O Morro do Alecrim Soneto Canção do Tamio Soneto Canção do Tamio

Jornal Instrução e Recreio/1845 Jornal dos Artistas/1901 O Canhoto/1908 Gazeta de Picos/1909 O Canhoto/1914 O Ateniense/1915 O Ateniense/1915 O Ateniense/1917 O Tentáme/1919 Singular/1937 Singular/1937 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964


Antônio Gonçalves Dias (Aldeias Altas, 10 de agosto de 1823 – Guimarães, 3 de novembro de 1864) foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro.[2] Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", é famoso por ter escrito o poema "Canção do Exílio", o curto poema épico I-Juca-Pirama e muitos outros poemas nacionalistas e patrióticos, além de seu segundo mais conhecido poema chamado: Canções de Exílio que viriam a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro.

A.J. Aires de Farias

A.J. Pereira da Silva A.J. Petri A.L.C. A.Laim A.Leiteiro A.Lopes A.Luz A.M. A.M. A.M.D. A.Machado

A.Magalhães A.Marques Rodrigues

Aurea vox O cão Symbolo Retardataria Tartaruga Asa À pequena Elda Esforço inutil Intangivel Arvore antiga Velando o coração O meu jardim floriu Confiteor Poema de amor Distrações Variação oetica Sem título A morte de... Ave liberta Lamentos Revoltado A pedido Amor Soneto A sertaneja Á sertaneja No caminho da vida Amor Sonho da vida Sonho de cfença Sonho fantastico Os livros No album de um condiscipulo A uma senhora A rosa e a campa Vinte e oito de julho A fonte dos amores Lugares Meus amores O Brasil Saudades No álbum de um amigo A Ressureição A minha rosa

Pacotilha/1902 Pacotilha/1902 Pacotilha/1902 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Pacotilha/1904 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Revista Elegante/1897 Jornal dos Artistas/1909 O Jardim das Maranhenses/1861 O Jardim das Maranhenses/1861 O Corsário/1907 Correio de Picos/1912 Jornal dos Artistas/1901 Revista Elegante/1893 Gazeta de Picos/1912 Echos da Juventude/1864 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1917 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854


A rainha da festa A morte do menino Horácio A morte de Almeida Garret A morte de um rouxinol A revista nocturna A uma rosa Este mundo A... Poesia espanhola A verdade, a justiça, e o bello A morte do redemptor O curupira Retrato

Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855

ANTONIO MARQUES RODRIGUES Nome completo: Antônio Marques Rodrigues Pseudônimo(s): Rufo Salero, Sancho Falsaff Nascimento: 1826 - São Luís, MA Morte: 1873 - Avintes, Portugal Descrição: Advogado, poeta, professor, político, membro correspondente do Instituto Arqueológico Pernambucano e cavaleiro imperial da Ordem da Rosa e da Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa, de Portugal. Foi professor de história natural do liceu de São Luís e oficial-maior da Secretaria do Tribunal do Comércio. Escreveu vários artigos, que em prosa, quer em verso, desde estudante da faculdade, no Cidadão, no Diário de Pernambuco e em alguns periódicos de letras. A casca da Romance ou novela caneleira

1866

A revista noturna

Poemas

1855

Antologia maranhense

Poemas

1937

Coleção de poesias

Poemas

XIX

Diário do Maranhão

Periódico

1855

Introdução à obra Manual do plantador de algodão

Outros

1859

Miscelânea poética

Poemas;Organização antologia

de

obra

ou

Nova coleção de recitativos tanto amorosos como sentimentais, Poemas;Organização precedidos de algumas reflexões sobre a música no Brasil antologia

de

obra

ou

1851 1878

Nove de dezembro

Poemas

1855

O Brasil

Poemas

1855

O Caleidoscópio

Periódico

1860

O Globo

Periódico

O livro do povo, contendo a vida de Cristo e vários artigos úteis

Não identificado

1861

O rouxinol

Poemas

1855

Parnaso brasileiro

Poemas;Biografia;Organização de obra 1885 ou antologia

Parnaso maranhense

Poemas

1861

Rodolfo Toffer

Crítica, teoria ou história literária

1855

Seleta nacional

Poemas

1873

Sonetos maranhenses

Poemas

1923

Três liras

Poemas

1862

Antonio Marques Rodrigues nasceu em São Luís, no Maranhão, em 15 de abril de 1826 e morreu em Avintes, Portugal, em 14 de abril de 1873. Tendo se tornado bacharel pela Faculdade de Direito do Recife, atuou como advogado, além de ter sido um abolicionista, poeta, professor, político, membro correspondente do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, membro correspondente do Instituto Histórico da Bahia, membro honorário da Associação Typographica Maranhense, inspector da Instrucção Publica da Provincia do Maranhão,, cavaleiro imperial da Ordem da Rosa e da Real Ordem Portugueza Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa, membro do Instituto Dramático e Litterario de Coimbra, na Classe de Literatura etc. Ademais, Antonio Marques Rodrigues também foi professor de História Natural do liceu de São Luís e oficial-maior da Secretaria do Tribunal do Comércio.


Dentre suas obras, Rodrigues escreveu vários artigos, tanto em prosa quanto em verso, desde a época em que era estudante da Faculdade de Direito. O autor redigiu nos periódicos Cidadão, Diário de Pernambuco, entre outros. Além disso, ele escreveu "Rodolpho Topffer — esboço critico litterario" - Recife, 1855; "O Livro do Povo, contendo a vida de Christo e vários artigos úteis" S. Luis, 1862; "Vida de Horácio Nelson", trad. de Forgues; "Duas palavras sobre a nossa agricultura", prefácio do Manual do plantador de algodão", de Turner, traduzido por José Ricardo Jauffret; "Três Liras", coletânea de poesias, de Trajano Galvão 9 G sníil Braga - São Luís, 1862, entre outras. Fonte: Antônio Marques Rodrigues. Disponível em: <http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/antonio_marques_rodrigues.html>. Acesso em 14/10/2022. Marques Rodrigues. Disponível em: <https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=7786>. Acesso em: 14/10/2022. Rodrigues, A. M. O Livro do Povo. 4. ed. Maranhão: Typ. do Frias, 1865.

ANTÔNIO MARQUES RODRIGUES nascido em São Luis a 15/4/1826 e falecido em Avintes, conselho de Gáia, Portugal, a 14/4/1873. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Olinda; professor do Liceu Maranhense e deputado provincial em várias legislaturas; Inspetor da Instrução Pública no Maranhão. Poeta e jornalista; fervoroso abolicionista e incansável animador de nossa agricultura. Fundou "A Conciliação", com Francisco Coutinho Vilhena, Antônio Rêgo e Henriques Leal; colaborou no "Diário do Maranhão", "O Globo" e o "Publicador Maranhense" (neste assinando: Sancho Testaff), de São Luis, no "Diário de Pernambuco", "O Cidadão" e "A Cidade", de Recife; antes, escrevera no "Trovador", de Coimbra. Membro do Instituto Arqueológico de Pernambuco e sócio honorário do Ateneu Maranhense; cavaleiro da Ordem da Rosa e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Bibl.: "Rodolpho Topffer — esboço critico litterario" — Recife, 1855; "Livro do Povo, contendo a vida de Christo e vários artigos úteis" — S. Luis, 1862; "História de Carlos XII"; "Gil Blas de Santilhana"; "Vida de Horácio Nelson", trad. de Forgues; "Duas palavjas sobre a nossa agricultura", prefácio do Manual do plantador de algodão", de Turner, traduzido por José Ricardo Jauffret; "Três Liras", coletânea de poesias suas, de Trajano Galvão 9 G sníil Braga — São Luis, 1862.


MEIRELES, Mário M. Panorama da literatura maranhense. São Luis, MA: Imprensa Oficial, 1955. 255 p. 15,5x22,5 cm. “Mario M. Meireles” Ex. bibl. Antonio Miranda [conservando a ortografia original] O Brasil Os templos soberbos da Grécia formosa E os arcos de Roma, de Roma orgulhosa, Não cobrem, não ornam meu pátrio Brasil; Estatuas não temos, primores das artes, Mas temos os bosques por todas as partes, E as verdes palmeiras viçosas a mil. Os rios gigantes, as límpidas fontes, As flores, os fructos, os prados, os montes, Esmaltam, protegem meu pátrio Brasil; E os cantos das aves na selva escutamos, E o sol não tememos, e a sombra buscamos Nas verdes palmeiras viçosas a mil. As Venus, as Graças, os loucos Amores, Celestes no marmor, na forma, nas cores, Não temos, não temos no pátrio Brasil. Mas temos as virgens d'olhar expressivo, De rosto moreno, caracter altivo, E as verdes palmeiras viçosas a mil. E virgens e homens, e bosques e mares. E tudo que vive na terra, nos ares, É bello e sublime no pátrio Brasil: Azul é o céu, as florestas frondosas, Valentes os homens, as virgens mimosas, E as verdes palmeiras viçosas a mil. Marques Rodrigues) (61) A FAMÍLIA MARQUES RODRIGUES (DA QUINTA DA GÂNDARA) E OS SEUS MAIS ILUSTRES REPRESENTANTES | ANTÓNIO CONDE - Academia.edu


A.Mendonça A.Motta

A morroense Aos brazileiros lusão

O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 Revista Elegante/1896

A.O. Gomes de Castro

Desalento

A Lanterna/1913

Augusto Olímpio Gomes de Castro, mais conhecido por Gomes de Castro, (Alcântara, 7 de novembro de 1836 — Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1909) foi um promotor, escritor e político brasileiro.[1] Biografia Filho do capitão Januário Daniel Gomes de Castro e Ana Francisca Alves de Castro.[1] Casou-se com Ana Rosa Viveiros de Castro, filha do Barão de São Bento. Foi pai do ministro do Supremo Tribunal Federal Viveiros de Castro.[1] Formação acadêmica Fez seus estudos secundários no Liceu Maranhense, concluídos em 1856, e formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1861.[1] Foi membro da Academia Maranhense de Letras. Ficou à frente dos jornais a Situação (1864-1868), dirigindo o Tempo (1878-1881), e depois O Paiz, de 1882-1888.[1] Vida política Foi filiado ao Partido Conservador. Foi promotor da cidade de Alcântara de 1862 a 1864, presidente da Câmara dos Deputados de 1887 a 1888, ministro da Marinha (ver Gabinete Rio Branco), senador durante o período 1909-1911 e presidente das províncias do Piauí, de 28 de agosto de 1868 a 3 de abril de 1869 e do Maranhão, de 28 de outubro de 1870 a 19 de maio de 1871, de 14 de


outubro de 1871 a 29 de abril de 1872, de 4 de outubro de 1873 a 18 de abril de 1874, de 28 de setembro de 1874 a 22 de fevereiro de 1875, e de 7 de julho a 25 de julho de 1890.[1][2] Deputado provincial de 1862 a 1863, 1868 a 1869, 1870 a 1872 e 1873 a 1877. Deputado geral de 1867 a 1868, 1869 a 1872, 1872 a 1875, 1877, 1882 a 1889.[1] Homenagens É homenageado em São Luís com a Alameda Gomes de Castro, localizada no Centro da cidade. Também é um dos bustos que homenageiam escritores maranhenses na Praça do Pantheon. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g «CASTRO, Augusto Olímpio Gomes de» (PDF). CPDOC. Consultado em 9 de maio de 2021 ↑ Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. pp. 76, 113

A.P. Lopes de Mendonça

Crítica literária

Ordem e Progresso/1860/61

António Pedro Lopes de Mendonça (Lisboa, 14 de Novembro de 1826 — Lisboa, 8 de Outubro de 1865), mais conhecido por Lopes de Mendonça, foi um jornalista, romancista, dramaturgo e folhetinista português, que também se destacou como activista social, defendendo um socialismo utópico e romântico como forma de melhorar as condições de vida do proletariado. Escritor eclético e de causas, foi sobretudo como crítico literário que ficou na história da literatura portuguesa. Biografia Lopes de Mendonça nasceu no seio de uma família burguesa de origem açoriana residente em Lisboa. Foi filho de Francisco Alberto Lopes de Mendonça e de sua mulher Maria Clara das Dores Lopes de Mendonça, ambos nascidos em Ponta Delgada. Destinado a uma carreira de oficial naval, aos 14 anos de idade iniciou uma efémera passagem pela Armada Portuguesa, que terminou com a sua demissão a 24 de Fevereiro de 1845. Enquanto aspirante da Marinha frequentou o curso de Matemática da Universidade de Coimbra que servia de preparatórios para a Escola Naval, mas a pedido de seu pai, feito em 1843, viu os estudos interrompidos e recebeu ordem de embarque para Angola. As razões do pedido foram a sua vida boémia em Coimbra, onde, nas palavras paternas, continuava na mesma desordem e desatino de vida, sem fazer caso das novas e repetidas admoestações. Colocado na guarnição da fragata Urânia, o seu comportamento não agradou ao comandante, que informou que além de mui falto de brio era dado à embriaguês[1]. Demitido da Armada, fixou-se então em Lisboa e dedicou-se a tempo inteiro à escrita, iniciando uma produção eclética que associa o jornalismo e a crítica literária ao romance, à dramaturgia e ao folhetinismo. A sua iniciação literária fizera-se aos 14 anos, quando traduziu e publicou a obra Isabel da Baviera de Alexandre Dumas, passando a acalentar o desejo de ser escritor. Publicou em 1843 a sua primeira obra de fôlego, intitulada Cenas da Vida Contemporânea, um conjunto de contos muito influenciados por Honoré de Balzac, a qual teve boa aceitação do público e da crítica literária do tempo. Participou no campo setembrista nos combates da Revolução da Maria da Fonte e da Patuleia (1846-1847), demonstrando bem o seu pendor esquerdista. Terminada a guerra civil, voltou a Lisboa, onde, alto, forte e loiro, era conhecido como um dândi frequentador do Chiado[2]. Apesar de ter apenas 20 anos, era então um articulista já conhecido através da sua colaboração avulso em diversos periódicos. Foi então convidado (ainda em 1847) por José Estêvão para integrar a redacção do jornal A Revolução de Setembro, como articulista a tempo inteiro. Aceitou o convite e deixou valiosa colaboração naquele periódico, que se veio juntar à extensa produção jornalística que Lopes de Mendonça tem dispersa, especialmente em O Eco dos Operários, A Semana, Revista Peninsular e Anais das Ciências e das Letras, editado pela Academia Real das Ciências de Lisboa de que foi sócio efectivo a partir de 1855. Também se encontra colaboração da sua autoria nos periódicos O Panorama[3] (1837-1868) e Ilustração Luso-Brasileira [4] (1856-1859). No jornal A Revolução de Setembro, 1860 No ano de 1849 publicou o romance Memórias dum Doido, obra que havia sido publicada em folhetim na Revista Universal Lisbonense. Também neste caso a influência de Honoré de Balzac é clara, num trabalho que reflecte a modernidade da época, combinando o idealismo romântico com a vontade de análise e denúncia de uma sociedade que o autor considerava injusta e corrupta. Também em 1849 publica em volume uma colectânea dos artigos de crítica literária que publicara no jornal A Revolução de Setembro. Nesta obra, que intitulou Ensaios de Crítica e de Literatura, toma como referência Alphonse de Lamartine, o modelo literário da sua geração, e defende a necessidade do estudo das relações entre as literaturas nacionais europeias. Lopes de Mendonça era defensor de um socialismo utópico e romântico em linha com o pensamento de Pierre-Joseph Proudhon. Para divulgar esses ideais, fundou em 1850, em colaboração com Francisco Maria de Sousa Brandão e Francisco Vieira da Silva Júnior, o periódico socialista Eco dos Operários[5], um dos primeiros jornais destinados à defesa do socialismo que se publicou em Portugal.


Em 1851 viajou pela Itália, elaborando um conjunto de crónicas que publicou nos anos seguintes sob o título de Recordações de Itália (2 volumes, aparecidos em 1852-1853). Nesse mesmo ano publicou um Manifesto Eleitoral apoiando o regime saído da insurreição militar de 1 de Maio de 1851 que levou à queda de Costa Cabral e marcou o início da Regeneração. O apoio à Regeneração continuou com a publicação em 1852 de artigos na imprensa onde louvava as intenções desenvolvimentistas de Fontes Pereira de Melo. Em consequência gravitou para a esfera do poder: convidado a integrar as listas governamentais pelo círculo eleitoral de Lamego, foi eleito deputado nas eleições gerais de 12 de Dezembro de 1852. Revelou-se um orador medíocre e um acesso de fobia impedia-o de encarar o hemiciclo[1]. Foi relator da Comissão Parlamentar de Estatística em 1854, mas pouco conseguiu. Pouco depois abandonou definitivamente a vida parlamentar. No ano de 1859 publicou uma reedição, muito revista e aumentada, da colectânea de crítica literária que publicara uma década antes. Esta refundição, que intitulou Memórias da Literatura Contemporânea, coloca a obra de Lopes de Mendonça entre a melhor crítica literária lusófona. Em 1860, após a recusa de António Feliciano de Castilho, foi nomeado para a cátedra de Literatura Moderna no Curso Superior de Letras de Lisboa. Poucas aulas deu, pois por esta altura já se encontrava muito diminuído por doença mental, que pouco depois levaria ao seu internamento no hospício de Rilhafoles. Com 34 anos foi considerado como sofrendo de loucura incurável: viveu os últimos cinco anos da sua curta vida internado em Rilhafoles, onde faleceu em 1865, pouco antes de completar os 39 anos de idade. Notas ↑ Ir para:a b Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910, vol. II, pp. 890-891. Lisboa : Assembleia da República, 2005 (ISBN 972-671-145-2). ↑ Ibidem, p. 891. ↑ Rita Correia (23 de Novembro de 2012). «Ficha histórica: O Panorama, jornal literário e instrutivo da sociedade propagadora dos conhecimentos úteis.» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Maio de 2014 ↑ Rita Correia (19 de Agosto de 2008). «Ficha histórica: A illustração luso-brazileira : jornal universal (1856;18581859)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de Novembro de 2014 ↑ Ver número em O Ecco dos Operarios : Revista Social e Litteraria. Obras publicadas Para além de vasta colaboração dispersa por periódicos, é autor das seguintes obras: Isabel da Baviera, 1840 (tradução da obra homónima de Alexandre Dumas) Cenas da Vida Contemporânea, 1843 (crónicas); Memórias dum Doido, 1849 (romance); Ensaios de Crítica e de Literatura, 1849 (crítica literária); Curso de Literatura Professado no Grémio Literário, 1849 (ensaio); Afronta por Afronta, 1849 (teatro: drama); Como se perde um Noivo, 1849; 1858 (teatro: provérbio); Manifesto Eleitoral, 1851 (política); Recordações de Itália, 2 vols., 1852-1853 (crónicas); Casar ou metter a freira, 1858 (teatro; provérbio); Memórias dum Doido, 2.ª edição, 1859 (romance); Memórias da Literatura Contemporânea, 1859 (crítica literária); A Questão Financeira em 1856, 1856; Tutor e Pupila, 1859 (teatro: comédia); Notícia Histórica do Duque de Palmela, 1859. Cenas e Fantasias de Nossos Tempos, 1860 (crónicas); Uma porta deve estar aberta ou fechada, 1860 (teatro: tradução de Alfred de Musset); A Corte de Philippe IV, 1860 (teatro; drama).

A.P. Sacramento A.Pereira da Cunha A.Pimentel A.Pires A.Q. A.Q. A.Q. A.Q. A.R. A.R. A.R. A.R. A.R. A.R. Borba A.R. de Torres Bandeira

Jerusalém Oremus Louvores à mã de Deus Caridade Talvez Não foi desespero Protesto Para ser cantada Recitativo (a Arminda) Recordações de O. Um sonho com O.P. No Palácio Tiradentes Ao meu mano Antonio R. Borba A cruz

O CRISTIANISMO/1854 O Eclesiastico/1861 Gazeta de Picos/1912 A Alavanca/1934/35 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Mocidade/1875 O Jardim das Maranhenses/1861 Echos da Juventude/1864 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 O Combate/1948 Estrela da Tarde/1857 O Ecclesiástico/1855


A.Rego A.Reis

A.Rodrigues A.Rubim A.S. A.S. A.S. A.Sobrinho

A.Soronesihio A.T.

A.Vasconcellos Abdegard Brasil Correa

Abdias Neves

Amor de Virgem Abaixo o Paraguay Na festa Alta noite Mudanças Noiva Noite e dia A Coelho Neto A um amigo A um amigo A crayon A crayon Recordações de O Versos dissonantes Soneto O diabo e a biblia Julia Amor Amor Sem titulo Devaneios Porque? Loucura? Olhos de Edelvyra Voz do Povo, voz de Deus

O Eclesiastico/1856 A Imprensa Caxiense/1859 Revista Elegante/1896 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 O Imparcial/1899 Estrela Maranhense/1859 A Estrela Maranhense/1859 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Jornal dos Artistas/1902 Revista Maranhense/1918 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 O Martelo/1911 O Tempo/1931

O tigre Olhos azuis

Revista do Norte/1902 Correio de Codó/1913

Abdias da Costa Neves (Teresina, 19 de novembro de 1876 — 28 de agosto de 1928) foi um escritor, político brasileiro e senador durante a República Velha. Biografia Filho de João da Costa Neves e Delfina de Oliveira Neves, formou-se em Direito, tendo ocupado os cargos de chefe de Polícia, juiz de Direito de Piracuruca, juiz federal de Teresina e advogado da Fazenda Estadual do Piauí.[1] Livros Lista a completar Aspectos do Piauhy[nota 1] (1926).

Abdon de Macedo

A moda

A Fita/1919-20


Abelardo de Mattos Abelardo Nunes

Abelhudo Abilio de Souza Abilio Pimentel

A garota anonyma Fuga Soneto Velhas barcas Carta A escola Narrativa Magua Incerteza Narrativa Magua

O Tempo/1931 Voz Universitaria/1954 Universitário em Marcha/55 Universitário em Marcha/55 Gazeta Codoense/1901 A Escola/1919 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Estudante/1915 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908

Achiles Lisboa

Eu e o meu fraco

O Coroatá/1919

Aquiles de Faria Lisboa (Cururupu, 28 de setembro de 1872 — São Luís,18 de abril de 1951)[1] foi um médico, político e cientista brasileiro.[2] Aquiles Lisboa foi governador do Maranhão e prefeito de Cururupu, além de médico e diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Considerado o pioneiro no tratamento da hanseníase no Maranhão, foi condecorado pela Assembleia Legislativa do Maranhão com um selo comemorativo, a ser usado em toda correspondência oficial daquela casa legislativa. Obras O Serviço do algodão e o seu insucesso (1916) Discursos (1918) O posto socorro médico aos ulcerados (1919) Em torno da questão da pesca no município de Cururupu (1920) Questão de Interesse Público (1921) A Nova Escola (1922) Pela Honra do Maranhão (1925) Em defesa do regime pervertido e do Maranhão arruinado (1926) Profilaxia da tuberculose (1949) A penúria dos sábios alemães e austríacos (s/d) Oswaldo Cruz (s/d) A lavoura e a guerra (s/d) Bilharziose ou esquistossomose (s/d) Da mestiçagem vegetal e suas leis (s/d)

Achiles Porto Alegre

No calvario

Pacotilha/1891


Aquiles José Gomes Porto-Alegre[1] (Rio Grande, 29 de março de 1848 — Porto Alegre, 21 de março de 1926) foi um escritor, jornalista, funcionário público e educador brasileiro. Biografia Em Porto Alegre estudou no Colégio Gomes e na Escola Militar. Irmão de Apeles Porto-Alegre e Apolinário Porto-Alegre, fundou com eles a Sociedade Partenon Literário e, com Apolinário, fundou o Colégio Porto Alegre.[2] Exerceu diversas funções públicas: foi capitão, telegrafista, funcionário do Tesouro, inspetor escolar e professor.[2] Foi um dos precursores da crônica moderna na literatura gaúcha, publicando diversas obras sobre a cidade de Porto Alegre entre os anos de 1915 e 1925, que são uma importante fonte sobre a história local.[2] Jornalista, fundou e dirigiu o Jornal do Commercio (1884 a 1888), onde assinou diversas crônicas com o pseudônimo Carnioli, e de onde seu genro, Caldas Júnior, saiu para fundar o Correio do Povo. Também dirigiu o jornal A Notícia, 1896.[2] Em 25 de março de 1883 o Jornal do Commercio declarou não mais aceitar anúncios sobre fuga e negociação de escravos, sendo o primeiro jornal porto-alegrense defensor da libertação dos escravos.[3] Foi sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e da Academia Rio-Grandense de Letras. Seu nome batiza uma rua em Porto Alegre.[2] Obras Homens ilustres do Rio Grande do Sul, 1916 (Online) Vultos e fatos do Rio Grande do Sul, 1919 Através do passado (crônica e história), 1920 Flores entre ruínas, 1920 Noutros tempos (crônicas), 1922 Noites de luar, 1923 Palavras ao vento, 1925 História Popular de Porto Alegre, 1940 (póstuma) Ver também História da imprensa no Rio Grande do Sul Literatura do Rio Grande do Sul História de Porto Alegre

Acrisio Motta

No banho

Pacotilha/1891

Acrísio Mota Nascimento: 1866 - Bragança, PA Morte: 1907 - Belém, PA Descrição: Poeta, contista, romancista, jornalista, membro da Academia Mina de Literatura (Belém). Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Antologia amazônica Poemas 1904 Coisas profanas

Poemas

1895

Fadas e lobisomens

Contos

1908

Sonetos brasileiros

Poemas;Crítica, teoria ou história literária

1904


Acrisio Perso Acrizio Cruz

Retrato O Boiadeiro

O Pensador/1881 Nossa Terra/1961

Ada Macaggi Bruno Lobo

Colar de ambar Fecundação

Athenas/1941 Athenas/1941

Ada Macaggi Bruno Lobo (1906-1947) nasceu em Paranaguá-PR e morreu no Rio de Janeiro-RJ, onde desenvolveu sua produção literária mais ativamente. Diplomou-se professora na Escola Normal Secundária de Curitiba em 1924 e obteve a primeira colocação no concurso nacional para a Cadeira de Puericultura da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas exerceu por pouco tempo essa função. Lecionou em Jacarezinho-PR, Antonina-PR e Paranaguá-PR. Além de professora, foi musicista, pianista e escritora, uma das primeiras mulheres a viver de rendimentos literários. Colaborou com crônicas e contos em jornais do Paraná e do Rio de Janeiro: O Dia, Gazeta do Povo, Comércio do Paraná, A Sempre-viva, O Itiberê, Diário do Paraná, O Malho, Jornal dos Poetas, Ilustração Paranaense, Revista da Semana, Vida Doméstica, Fonfon e O Cruzeiro. Recebeu menção honrosa da Academia Brasileira de Letras pelo livro de poesia Ímpetos (1941) e prêmio por seu livro em prosa Taça (1933). Adailton Medeiros

Pré-yexyo para mim mesmo

Posição/1977

ADAILTON MEDEIROS Nasceu em Caxias, Maranhão, em 1930 e estudou jornalismo em Niterói, Rio de Janeiro., e depois mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Livros de poesia: O Sol Fala aos Sete Reis das Leis das Aves e Bandeira Vermelha.

AUTO-RETRATO Diante do espelho grande do tempo sinto asco tenho ódio descubro que não sou mais menino Aos 50 anos (hoje — 16 / 7 / 88 (câncer) sábado — e sempre com medo olhando para trás e para os lados) questiono-me (lagarto sem rabo): — como deve ser bom nascer crescer envelhecer e morrer Diante do espelho grande na porta (o nascido no jirau: meu nobre catre) choro-me: feto asno velhote pétreo ser incomunicável sem qualquer detalhe que eu goste (Um espermatozóide feio e raquítico) Como nas cartas do tarô onde me leio — eis-me aqui espelho grande quebrado ao meio


EXÍLIO DELE NAS URUBUGUÁIAS exilAdo nas urubuguáias boi serapião do buriti corre nos cerrAdos e grotões tal marruá de tamAnca e reza andarilho sem odres de couro um patori desaplumbeAdo na travessia das grAndes estórias construindo em sete mil dias Dios um antropomOrfa como o veAdo do mistéRio de gelos e vinhos tintos ou o carCará castrAdo vindo dos salEs noturnos furnicAdo de marinhas Veja também o E-BOOK:https://issuu.com/antoniomiranda/docs/adailton_medeiros

MEDEIROS, Adailton. três poemas HOMENAGEM . AUTO-RETRATO . LIÇÃO DO MUNDO. Jaboatão, PE: Editora Guararapes, 2015. 42 p. ilus. col. 20x13 cm. Editor: José de Moraes. Edição artesanal, tiragem limitada. Ex. bibl. Antonio Miranda

LATINIDADE: I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDDE DE CULTURA LATINA DO ESTADO DO MARANHÃO. Dilercy Adler, org. São Luis: Estação Produções Ltda, 1998. 108 p. Capa: Carranca – Fonte do Ribeirão – São Luís – Maranhão – Brasil Ex. bibl. Antonio Miranda O CASMURRO


Potro: um monte de músculos Chegou bem discreto fugindo das terras do Loreto Com rotundo porrete de ipê esmagara a cabeça da madrasta A malvada tinha assassinado a sua pequenina e querida irmã de cabelos longos e lisos O jovem Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo"

Burro: para o serviço pesado Carregou nos ombros tanta água lenha melancia ração Ao amanhecer — no fundo pilão socara muito milho e arroz Mana — a minha irmã Adailma — ele a chamava com saudade da sua pobre menina morta O velho Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo" Página publicada em março de 2008; ampliada em setembro de 2016.

Adalberto Lima Adalberto Peregrino

Naufrago Misterio

Voz do Povo/1931 Revista do Norte 1906

Adalgisa Nery

Eu te negaria

O Combate/1954

Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira[1] (Rio de Janeiro, DF , 29 de outubro de 1905 — Rio de Janeiro, RJ, 7 de junho de 1980),[1] mais conhecida como Adalgisa Nery, foi uma poetisa modernista e jornalista brasileira, mais conhecida por suas obras Ar do Deserto, de 1943, Mundos Oscilantes publicado entre 1937 e 1952, e A Imaginária, de 1959. Adelino Fontoura

Soneto Celeste Celeste

Correio de Picos/1913 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964

Adelino Fontoura (Adelino da Fontoura Chaves), ator, jornalista e poeta, nasceu na povoação, hoje cidade, de Axixá, à margem esquerda do rio Mearim, no Maranhão, em 30 de março de 1859, e faleceu em Lisboa, Portugal, a 2 de maio de 1884. É o patrono da cadeira n. 1, por escolha de Luís Murat. Foram seus pais Antônio Fontoura Chaves e D. Francisca Dias Fontoura. Aos 10 anos de idade, concluído o primário, começou a trabalhar no comércio. Durante dois anos manteve contato com Artur Azevedo, quatro anos mais velho, que trabalhava num armazém vizinho. Teriam os dois começado, então, os seus sonhos de homens de letras. Artur foi para o Rio de Janeiro e Adelino


alistou-se no Exército, em Pernambuco, e lá passou a colaborar no periódico satírico Os Xênios. Em 1876 esteve no Pará, participando de representações teatrais, utilizando como pseudônimo “Ator Fontoura”. Lá, escreve no álbum do ator Xisto Bahia o soneto que possivelmente é o mais antigo se conhece dele. Após uma experiência que lhe custou a prisão, em virtude de um papel que representou no teatro, deliberou mudar-se para o Rio de Janeiro e ali procurou o amigo Artur Azevedo. Queria ser jornalista e entrar para o teatro. Nada conseguindo na carreira dramática, foi admitido no periódico A Folha Nova, de Manuel Carneiro. Posteriormente, Lopes Trovão deu-lhe um lugar no recém-fundado jornal O Combate, onde publicou muitos de seus poemas. Em 1882, Artur Azevedo fundou o jornal A Gazetinha e o chamou para ser seu redator. A Gazetinha durou pouco tempo (de 1º de janeiro a 20 de agosto), mas lá Adelino publicou várias poesias e trabalhos em prosa. Pouco antes, Ferreira de Meneses fundara o jornal Gazeta da Tarde, cuja propriedade e redação eram de José do Patrocínio. Para este jornal Adelino foi convidado por José do Patrocínio e nele também publicou numerosos trabalhos em prosa. Informa Múcio Leão que a Gazeta da Tarde “foi um dos jornais mais azarentos que tem havido o mundo.” Começou esplendidamente, e tinha como seus diretores e principais redatores Ferreira de Meneses, Augusto Ribeiro, Hugo Leal, João de Almeida e Adelino Fontoura. Três anos depois, nenhum desses rapazes existia mais. Adelino Fontoura viveu nessa fase de sua vida uma paixão não correspondida e, mesmo com a saúde precária, ao ser convidado para representar a Gazeta da Tarde na Europa, decidiu viajar. No dia 1º de maio de 1883 partiu, no navio Senegal, para Paris. Lá esperava encontrar melhoras para a saúde, mas deparou-se com insuportável inverno. Viajou para Lisboa, para onde seguiu José do Patrocínio, na esperança de convencê-lo a embarcar de volta para o Brasil. Seu estado de saúde era crítico e, por isso, foi internado no Real Hospital São José, onde veio a falecer aos 25 anos de idade, justamente quando poderia produzir toda uma obra poética de mérito literário. Foi sepultado no Cemitério Oriental de Lisboa. Ao fundar-se a Academia, em 1897, seu amigo Luís Murat escolheu-o como patrono da cadeira por ele criada. É o único caso de um patrono, na Academia, sem livro publicado. Em vida, ou não atribuíra muita importância a seus trabalhos para reuni-los em livro, ou confiara em não morrer tão cedo. Após a morte, várias tentativas foram feitas para reunir a obra dispersa do poeta.

Adelino Ribeiro

Caminhando

Revista Maranhense/1918

Adelmar Tavares

Francisco meu mae

Cidade de Pinheiro/1924

Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti (Recife, 16 de fevereiro de 1888 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1963) foi um advogado, professor, jurista, magistrado e poeta brasileiro. Ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 25 de março de 1926.[1] Biografia Nascido na cidade de Goiana no estado de Pernambuco. Filho de Francisco Tavares da Silva Cavalcanti e de Maria Cândida Tavares. Ainda como estudante de Direito pela Faculdade de Direito do Recife manifestou interesse pela imprensa colaborando como redator no Jornal Pequeno. Formou-se em 1909. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil, onde veio a ocupar importantes cargos, como os de professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro, de promotor público adjunto (1910), de curador de resíduos e testamentos (1918), de curador de órfãos (1918 a 1940), de advogado do Banco do Brasil (1925 a 1930), de desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal (1940) e finalmente o de presidente do Tribunal de Justiça (1948 a 1950). Mesmo exercendo a magistratura, Adelmar Tavares sempre colaborou com a imprensa, tornando-se conhecido em todo o país por suas trovas. É considerado, até hoje, aquele que mais se dedicou a esse gênero poético no Brasil. Suas trovas sempre mereceram referência na história literária brasileira. Sua obra poética caracteriza-se pelo romantismo, lirismo e sensibilidade. Os temas mais comuns estão relacionados à saudade e à vida simples junto à natureza. Participou da Sociedade Brasileira de Criminologia, do Instituto dos Advogados, da Academia Brasileira de Belas Artes. Escreveu obras jurídicas, entre elas: A história do fideicomisso, Do homicídio eutanásico ou suplicado, Do direito criminal, O desajustamento do delinquente à profissão. Em 4 de setembro de 1926 foi empossado na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras pelas mãos do acadêmico Laudelino Freire. Foi presidente da Academia em 1948.[2] Obras Descantes - trovas (1907) Trovas e trovadores - conferência (1910) Luz dos meus olhos, Myriam - poesia (1912) A poesia das violas - poesia (1921) Noite cheia de estrelas - poesia (1923) A linda mentira - prosa (1926)


Poesias (1929) Trovas (1931) O caminho enluarado - poesia (1932) A luz do altar - poesia (1934) Poesias escolhidas (1946) Poesias completas (1958)

Aderson Lago

Meus primeiros versos

A Mocidade/1934

Adherbal de Carvalho

Ante o tumulo de Sheakspeare

Revista Elegante/1893

Adherbal de Carvalho (Niterói, 3 de maio de 1869 — 1915) foi um romancista, crítico literário, jurista, ensaísta, professor, tradutor e poeta brasileiro. Biografia Filho legítimo do notável advogado José Alves Pereira de Carvalho. Estudou humanidades no Externato Aquino, no Distrito Federal. Formou-se em ciências jurídicas e sociais, em 1895, na Faculdade de Direito do Recife. Casou-se com sua prima Cândida M. de Carvalho. Foi promotor público em Santa Luzia de Carangola (MG) e juiz substituto federal no então Distrito Federal. Foi membro efetivo do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros e advogado no Rio de Janeiro. Mais conhecido na esfera do Direito, Adherbal de Carvalho, como romancista, foi voltado para à escola naturalista, embora tenha escrito e lançado no estado do Maranhão a obra crítica O Naturalismo no Brasil. No mesmo ano saiu Ephemeras e, em 1911 pela Garnier, Versos de um dilettante, ambos de poesia. É hoje um nome praticamente ignorado, pois foi vulto menor na literatura do Brasil em sua época. É desconhecido mesmo entre os estudiosos da estética naturalista e especialistas em poesia. Contudo, foi citado como poeta de transição do Parnasianismo para o Simbolismo, por Alexandre José de Melo Moraes Filho, na obra Poetas brasileiros contemporâneos, publicada em 1903 pela Garnier. Infelizmente suas obras se encontram totalmente esgotadas e se resumem a algumas bibliotecas públicas e particulares. Os especialistas o consideram como grande jurista da época, com diversas obras sobre Direito, como também um bom crítico, injustamente esquecido, do que bom romancista ou poeta, encontrando algum valor no seu O Naturalismo no Brasil, reeditado como Esboços litterarios em 1902. Trata-se de um importante documento para os estudiosos do século XIX, pois retrata inclusive o teatro à sua época. Traduziu importantes obras de direito do alemão Rudolf von Ihering, de Enrico Cimbali, entre outros. Há uma rua em sua homenagem na cidade do Rio de Janeiro localizada no Morro do Urubu, bairro de Pilares. Obras

Adherbal de Carvalho. 1884 Rhetorica e poetica, (Crítica), Rio de Janeiro 1887 Introducção ás prelecções de Direito Romano do Dr. Rodrigues, Rio de Janeiro 1888 A noiva (escorço de um romance naturalista), (Romance e Novela), São Paulo, F. de Oliveira e B. Amaral 1889 Treze de Maio, (Carta republicana ao Cons. João Alfredo), Rio de Janeiro 1891 A Poesia e a Arte no ponte de vista filosófico, (Crítica, teoria e história literárias), Rio de Janeiro 1892 O povo e o banqueiro (Pamphletos de propaganda socialista), 8 números, Rio de Janeiro 1894 Ephemeras (Poesia), segunda edição: 1900, Maranhão 1894 O Naturalismo no Brasil (Crítica, teoria e história literárias), São Luís do Maranhão, J. Ramos 1899 Questões de Direito Civil, de Rudolf von lhering, com annotações, Rio de Janeiro 1900 O fundamento dos interdictos possessorios, de Rudolf von lhering, com annotações 1900 A nova phase do Direito Civil, de Enrico Cimbali, Rio de Janeiro 1900 Apontamentos sobre o processo criminal brasileiro, de Pimenta Bueno 1901 As garantias constitucionaes, de A. Alcorta 1902 Esboços litterarios (Crítica, teoria e história literárias), Rio de Janeiro 1906 A adopção do Direito Brasileiro, relatório apresentado ao Terceiro Congresso Scientifico Latino Americano no Rio de Janeiro 1910 A physiologia do Direito, Rio de Janeiro 1911 Versos de um dilettante (Poesia), Rio de Janeiro, Garnier 1915 Synteze das Preleçõis de Direito Penal, Rio de Janeiro, Livraria Clássica Referência


A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Adherbal de Carvalho COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.

Aécio de Athayde Af.

Affonso Celso

Afonso Celso

Affonso Celso Junior

Bucolica Nevrose do gozo Os olhos de minha mãe Amelia

Revista Elegante/1894 Fuzarca/1929 Jornal do Maranhão/1962 O Ramalhete/1863

A confissão Salve Regina O reino de Deus Á morte Virgem mãe O reino de Deus A voz da cruz Anjo enfermo Dor infantil Poncio Pilatos Somno de amigos Os três reis magos Salve Regina Minha filha Anjo do inferno

Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 A Avenida/1909 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Palace-Jornal/1914 O Martelo/1914 Voz do Povo/1931 Pacotilha/1901 O Paiz/1905 O Paiz/1905 Jornal de Balsas/1937 Jornal de Balsas/1937 O Pioneiro/1983 O Martelo/1911

Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, titulado Conde de Afonso Celso pela Santa Sé,[1] mais conhecido como Afonso Celso, (Ouro Preto, 31 de março de 1860 — Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938) foi um professor, poeta, historiador e político brasileiro. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 36. Biografia Nascido em 1860, em Ouro Preto, então capital da Provincia de Minas Gerais, Filho do Visconde de Ouro Preto, 36.º e último Presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo, esta, filha do conselheiro Joaquim Floriano de Toledo, coronel da Guarda Nacional, que foi presidente da província de São Paulo por seis vezes. Formou-se em direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução" e foi na juventude republicano, mesmo com seu pai sendo monárquico. Afonso Celso é bisavô do músico Dinho Ouro Preto, vocalista da banda de rock Capital Inicial.[2] Política e magistério Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da república, em 1889, tornou se um grande apoiador da monarquia e deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal. Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã. No magistério, exerceu a cátedra de economia política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Foi um católico devoto, foi referido como "Católico do credo e do mandamento, inteiriçamente católico" por João de Scantimburgo e recebeu o titulo de Conde de Afonso Celso pelo Papa Pio X.[3] Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo desta instituição, cargo que ocupou até 1938. Obras De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros: Prelúdios - reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico, publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876) Devaneios (1877)


Telas sonantes (1879) Um ponto de interrogação (1879) Poenatos (1880) Rimas de outrora (1891) Vultos e fatos (1892) O imperador no exílio (1893) Minha filha (1893) Lupe (1894) Giovanina (1896) Guerrilhas (1896) Contraditas monárquicas (1896) Poesias escolhidas (1898) Oito anos de parlamento (1898) Trovas de Espanha (1899) Aventuras de Manuel João (1899) Por que me ufano de meu país (1900) - título que gerou críticas e elogios Um invejado (1900) Da imitação de Cristo (1903) Biografia do Visconde de Ouro Preto (1905) Lampejos Sacros (1915) O assassinato do coronel Gentil de Castro (1928) Segredo conjugal (1932) Academia Brasileira de Letras Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto. Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935.

Affonso Cunha

Afonso Cunha

Affonso Guimarães Alfonsus Guimaraens

Saudade A enchente A enchente Victoria regia Promenade Itapirema Contraste A enchente

O Mensageiro/1911 O Bloco/1917 O Bloco/1917 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931 Diário de Caxias/1924 Nossa Terra/1962

O amor e a orgia Soneto

Pacotilha/1891 A Fita/1917

Alphonsus de Guimaraens (ou Afonso Henriques da Costa Guimarães) nasceu em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, Minas Gerais. Além de poeta, foi promotor, juiz e jornalista. A morte de sua primeira noiva — a prima Constança — fez com que o escritor passasse a ver a realidade com os olhos da tristeza. Assim, o autor, que faleceu em 15 de julho de 1921, fez parte do simbolismo brasileiro e produziu melancólicas poesias, caracterizadas por uma linguagem simples, além do uso de aliterações e sinestesias. Devido à perda de sua amada, é também recorrente, em seus textos, a presença da mulher idealizada e da temática da morte. Veja também: Augusto dos Anjos — poeta influenciado pelo simbolismo Biografia de Alphonsus de Guimaraens


Alphonsus de Guimaraens (ou Afonso Henriques da Costa Guimarães) nasceu em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Sua mãe — Francisca de Paula Guimarães Alvim — era sobrinha do escritor Bernardo Guimarães (1825-1884). Assim, a literatura era uma tradição na família do jovem poeta, que, entre 1882 e 1886, estudou no Liceu Mineiro de Ouro Preto. Em 1887, Alphonsus se matriculou no curso complementar da Escola de Minas. Nesse mesmo ano, iniciou um namoro com sua prima Constança, filha de Bernardo Guimarães. Porém, em 28 de dezembro de 1888, o poeta precisou encarar a morte de sua amada, e essa dura experiência acabou sendo impressa em seus versos.

Afonso Clark Afonso Costa Agá Agá Aglantina Agostinho Pavão

A lua O nascimento Bilhete Bilhete Maio Sangue

A Pacotilha/1884 O Coroatá/1919 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Ateniense/1917 Os Anais/1911

Agostinho Reis

Não mais Luta renhida O trabalho Gonçalves Dias

Pacotilha/1902 Revista do Norte/1903 Revista do Norte/1904 A Mocidade/1906

Dr. José Agostinho dos Reis (1853-1929) foi um engenheiro, professor e jornalista paraense. Nascido em Belém em 1853, José Agostinho dos Reis construiu a sua vida entre a cidade natal e o Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 1929. Segundo relatos do próprio Agostinho, ele nasceu escravizado e foi alforriado pela mãe , a quitandeira Leonarda Maria de Jesus Portugal. Ainda em Belém, tem a formação educacional inicial em espaços escolares católicos, relação que, inclusive, permitiu que ele conseguisse sair do Pará e ir para o Rio de Janeiro cursar engenharia onde ganha o grau de Doutor em Sciencias Physicas e Naturaes o bacharel em Sciencias Physicas e Mathematicas. Na corte Imperial, se torna professor substituto de economia politica da Escola Politécnica e do Liceu de Artes e Ofícios, sem perder relações com Belém. Uma vez estabelecido como engenheiro, Agostinho entra para o Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Compartilhou com André Rebouças não só os espaços acadêmicos mas também a luta abolicionista. No dia da fundação da Associação Abolicionista da Politécnica em 1883, ele chocou os colegas ao revelar seu segredo de infância. "Vós não sabeis que o vosso colega e o vosso lente nasceu escravo" Delegado da Confederação Abolicionista nas províncias do Ceará, Amazonas e Pará, trabalhou com desusado ardor , levando aos centros mais longinquos a idéia da abolição. Ativo abolicionista no Pará , pronunciou no Teatro da Paz em 1884 ano da Abolição da Escravidão no Amazonas, uma série de conferências sobre o tema “A Redempção da Amazônia , pelo ensino pratico e o trabalho livre" Se candidatou várias vezes pelo Partido Conservador e depois se vinculou ao Partido Democrático Republicano. Foi redator dos jornais Abolicionistas "Estado do Pará", "O Democrata" e "Pacotilha" Católico devoto foi autor do livro " Cathecismo civico" e professor do Colégio Salesiano de Niterói Ao longo da vida, ele inclusive se torna presidente do Clube de Engenharia por algumas vezes e, já na República, quando Albert Einstein vem ao Brasil, Agostinho estava na direção do clube e recepcionou Einstein. O paraense também foi um dos finalistas, por exemplo, do concurso para a escolha do Cristo Redentor, apresentando uma proposta que acabou não sendo a vencedora. Propôs, ainda, projetos de moradia popular e pouco antes de falecer, conseguiu a concessão para a construção de uma estrada de ferro que ligaria Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Fonte: O negro na formação da sociedade paraense: textos reunidos. Vicente Salles

Aguido Muniz

São Bento

Cidade de Pinheiro/1923

Aimoré Ramos Teu beijo Revista Maranhense/1920 Antonio Aymoré Ramos foi um compositor com atuação no interior do Maranhão durante a primeira metade do século XX. Foi prefeito de Alcântara, cidade onde se estabeleceu por mais tempo, e também de Cajapió. Atuou em festejos religiosos alcantarenses, como a Festa de Nossa Senhora do Livramento, e em datas comemorativas, como o sete de setembro. Também foi comerciante.


Bibliografia CERQUEIRA, D. L. Audio-Arte: memórias de um blog musical. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2017.

Alarico Cunha Alarico da Cunha

Avé França Dezenove de abril

Athenas/1941 Athenas/1941

Alarico José da Cunha nasceu em São José dos Matões, hoje Município de Matões – Maranhão, a 31 de dezembro de 1883. Dedicou-se a pesquisas folclóricas e ao jornalismo, incursionando às vezes pela poesia. Foi vice-cônsul de Portugal em Parnaíba, no Estado do Piauí, e sócio efetivo da Academia Piauiense de Letras. Na Academia Maranhense de Letras ocupa a Cadeira nº 30, patrocinada por Teixeira Mendes. Alarico José da Cunha nasceu em 1883 numa fazenda nos arredores da atual cidade de Timon. Estudou no Liceu Piauiense e, em 1903, veio para Parnaíba. Com inteligência de alto nível e muita leitura, Alarico da Cunha logo se destacou na sociedade parnaibana como uma referência intelectual de alta grandeza, com fluência em várias línguas e conhecimento voltado para muitas áreas. Por muitos anos foi funcionário da Booth Line, empresa da Inglaterra com escritório em Parnaíba. Fluente na língua inglesa, ele mesmo ia a Tutoia comandar o embarque de carga nos grandes navios. Em 1938, aos 31 anos, Alarico juntou-se aos caixeiros que fundaram a União Caixeiral e foi um dos sócios mais empenhados para a instalação da escola e construção do prédio e é autor da letra do Hino da União Caixeiral. Para a imprensa local e de outras cidades, escreveu artigos, crônicas, contos, ensaios, poemas, memórias. Durante os anos 40 e 50, foi redator-chefe da Aljava, jornal de Benedito dos Santos Lima. Alarico da Cunha tornou-se um raro conhecedor da Doutrina de Alan Kardec e exerceu o cargo de presidente do Centro Espírita Perseverança do Bem. Na Maçonaria foi profundo estudioso da Ciência.

ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda A MISSA DA NATUREZA No templo do Universo e sobre o altar do oceano, Forrado de água imensa e adornado de espuma, Rezava a santa missa o criador soberano, Acolitado pela esplendorosa bruma. Era a festa solar, era domingo, em suma, Ao despontar do dia, alcandorado, ufano; Pelas praias quebrando as ondas de uma a uma Entoavam canções ao majestoso arcano! Mais tarde se elevava a hóstia consagrada; Era o sol — todo amor, surgindo alvissareiro, Com preces de manhã e sinos de alvorada!

Impresso no Senado Federal


Que cena de esplendor! Que espetáculo sem par! O próprio ateu se curva à razão verdadeira Vendo a imagem de Deus refletida no mar! Alarico Ramos Alberia Alberto Alberto Costa

Alberto de Jesus

Alberto de Oliveira Alberto Oliveira

As andorinhas A uma noiva A João Martins (um sonho) Já não posso... entendes? A João Martins Despertando Adeus (ao Codó) Os teus olhos Ciume e odio A selvagem Perfis masculinos Parea uma feia

A Avenida/1909 A Avenida/1909 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 A Fita/1919-20 A Fita/1921

As estrellas Fantastica As estrelas Fantastica Serenata no rio Recondito Soneto Soneto Soneto Aspiração A vingança da porta A janela e o sol A vingança da porta

A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Belo Horizonte/1915 O Tocantins/1921 O Tocantins/1921 O Tocantins/1930 O Debate/1910 O Ateniense/1918 Jornal de Balsas/1937

"Alberto de Oliveira (ou Antônio Mariano Alberto de Oliveira) nasceu em 28 de abril de 1857, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Iniciou a faculdade de medicina, mas não concluiu o curso. Trabalhou como farmacêutico, oficial de gabinete do governo do Rio de Janeiro, professor e diretor-geral da Instrução Pública. O poeta, que faleceu em 19 de janeiro de 1937, em Niterói, é um dos principais nomes do parnasianismo brasileiro. Seu livro mais conhecido é Meridionais, o qual possui poemas marcados pelo rigor formal, descritivismo e linguagem objetiva, em oposição ao Romantismo." Veja mais sobre "Alberto de Oliveira" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alberto-oliveira.htm "Canções românticas (1878); Meridionais (1884); Sonetos e poemas (1885); Versos e rimas (1895); Poesias: primeira série (1900); Poesias: segunda série (1906); Poesias: terceira série (1913); Céu, terra e mar (1914); O culto da forma na poesia brasileira (1916); Ramo de árvore (1922);


Poesias: quarta série (1928); Póstuma (1944). Meridionais O escritor Machado de Assis (1839–1908), que fez o prefácio da primeira edição do livro Meridionais, diz sobre a obra: “A maior parte das composições são quadros feitos sem outra intenção mais do que fixar um momento ou um aspecto. Geralmente são curtos, em grande parte sonetos, forma que os modernos restauraram, e luzidamente cultivam [...]. Os versos do nosso poeta são trabalhados com perfeição.” → Em caminho O que diz o prefácio de Machado de Assis é o que podemos ver no soneto “Em caminho”, que, além de descritivo, é também narrativo. Nos seus versos decassílabos, o soneto fala da viagem feita no sertão pela “bela Armida”. Quando, repentinamente, aparece um rio no meio da estrada, o eu lírico encontra uma oportunidade para abraçar essa dama: Vai pálida de susto na viagem, O cavalo a reger, que salta e embrida De quando em quando, a loura e bela Armida; Sigo-a, segue-me após o lesto pajem. Dens’umbroso sertão que a amar convida, Ermo retiro, incógnita paragem, Tudo, ao zumbir do vento na ramagem, Cortamos, galopando a toda a brida. Mas eis que um rio súbito aparece, Da estrada em meio, undoso, derramado... Susto a marcha ao cavalo, o pajem desce, Treme a dama, eu, que avanço, encosto-a ao flanco, Enquanto n’água o pajem salta ousado E as rédeas toma ao seu cavalo branco. Sonetos e poemas O livro de poesias Sonetos e poemas é dividido em três partes: “Primeiros poemas”; “Sonetos”; “Segundos poemas”. → O vaso chinês No soneto “O vaso chinês”, o eu lírico descreve, em versos decassílabos, um vaso visto por ele, certa vez, sobre o “mármor luzidio” de “um perfumado contador”: Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Lá se achava de um velho mandarim Posta em relevo, a singular figura; Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a, Sentia um bem estar com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. → Olhos dourados


No poema “Olhos dourados”, o eu lírico se aproxima do Romantismo. Por isso, o poeta opta por versos em redondilha maior (sete sílabas poéticas) em vez do decassílabo utilizado no parnasianismo. Nessa poesia, de caráter metalinguístico, a voz poética aponta como inspiração o olhar de uma mulher. No entanto, é perceptível a presença de referências greco-latinas, portanto, da valorização da Antiguidade clássica: Os versos que ora trabalho, Trabalho-os por teu olhar: És o sol de que me valho Pra os doirar. Susténs o helicônio cetro Mais com os olhos que com a mão; Neles, pois, se inspire o metro Da canção. [...] Que eu tenha à mão, porque a fira, Fórminx ou cítara. A mim Do aedo helênico a lira De marfim! [...] Sim, que riqueza! que raro Escrínio contém, mulher! Ai! deles se os visse o Avaro De Molière! Entrai por tanta opulência, Meus versos! nesse esplendor Louvai, não a Providência, Mas o Amor! Vamos, saudemos a dona Dos olhos de ouro. Canção, Voa, e depois te abandona Em sua mão. […]"

Veja mais sobre "Alberto de Oliveira" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alberto-oliveira.htm Alberto Rivere

Perolas soltas

Revista Elegante/1890

Alberto Tavares

Lenita

Novidades/1952

Alberto Tavares Silva GOMM (Parnaíba, 10 de novembro de 1918 – Brasília, 28 de setembro de 2009) foi um professor, engenheiro civil, engenheiro eletricista, engenheiro mecânico e político brasileiro filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro que governou o Piauí duas vezes.[2] Presidente do diretório regional do PMDB no estado, desempenhou uma atividade política de mais de sessenta anos, tendo falecido no exercício de seu segundo mandato de deputado federal vítima de insuficiência respiratória.[3] Dados biográficos


Formação acadêmica Filho de João Tavares da Silva e Evangelina Rosa e Silva, concluiu o Ginásio Parnaibano em Parnaíba, sua terra natal. Graduouse engenheiro civil, engenheiro eletricista e engenheiro mecânico na Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais.[4] Depois de formado foi nomeado engenheiro-chefe dos Serviços de Transportes Elétricos da Estrada de Ferro Central do Brasil no Rio de Janeiro, entre 1941 e 1947.[4] Pertencia à Academia Piauiense de Letras, cadeira 1. Entre o Piauí e o Ceará Filiado a UDN, foi eleito prefeito de Parnaíba em 1948 e deputado estadual em 1950, mas renunciou em 1953 para assumir a direção da Estrada de Ferro de Parnaíba. Eleito prefeito de Parnaíba pela segunda vez em 1954, retornou à direção da estrada de ferro em 1960. No ano seguinte foi nomeado diretor-técnico da Companhia de Força e Luz de Parnaíba e em 1962 tentou uma dupla candidatura a deputado federal e a deputado estadual, sem que fosse vencedor.[nota 1] Após o pleito passou a residir em Fortaleza onde dirigiu a Companhia de Eletricidade do Ceará (1962-1970) nos governos de Parsifal Barroso, Virgílio Távora e Plácido Castelo. Nesse período disputou as eleições de 1966 e ficou numa suplência de deputado federal pela ARENA do Piauí.[5] Em 1970 foi indicado governador do Piauí pelo presidente Emílio Garrastazu Médici em desfavor do coronel Stanley Batista e de Bernardino Viana, este ligado a Petrônio Portela.[5] Ao deixar o Palácio de Karnak tornou-se coordenador do Programa de Desenvolvimento Industrial e Agrícola do Nordeste (Polonordeste) em 1975 e presidente da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) em 1976 no Governo Ernesto Geisel.[4] Numa das eleições mais renhidas do Piauí, foi candidato a senador numa sublegenda da ARENA em 1978 e apesar de sua derrota para Dirceu Arcoverde, tornou-se primeiro suplente do vencedor conforme a legislação da época,[nota 2] sendo efetivado em 20 de março de 1979, dias após a morte do titular.[6][7][8] Findo o bipartidarismo ingressou no PP e depois no PMDB em razão da incorporação entre as duas legendas decidida em convenção nacional no ano de 1981.[9] Os vínculos de Alberto Silva com o Ceará persistiram ao longo dos anos, pois seu genro, Carlos Virgílio Távora, foi deputado federal pelo respectivo estado.[10][11] Novamente governador Em 1982 perdeu a eleição para governador do Piauí para o deputado federal Hugo Napoleão (PDS).[6] Partícipe da campanha de Tancredo Neves à presidência, foi seu eleitor no Colégio Eleitoral em 1985.[12] Novamente candidato a governador em 1986, foi eleito com o apoio dos antigos adversários no PDS derrotando Freitas Neto (PFL).[6] Governava o Piauí quando a Assembleia Legislativa promulgou a Constituição do Estado do Piauí em 5 de outubro de 1989.[13] Derrotado por uma ampla coligação oposicionista, o PFL reaglutinou suas forças e nisso seus maiores líderes foram aquinhoados com cargos no Governo Federal: dias antes da posse do novo governador, o ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, nomeou Freitas Neto presidente da TELEPISA (Telecomunicações do Piauí S/A) e em outubro Hugo Napoleão foi escolhido ministro da Educação do Governo Sarney. Assim os pefelistas elegeram o maior número de prefeitos e vereadores em 1988 enquanto Alberto Silva enfrentava forte oposição interna ao se opor à candidatura de Heráclito Fortes para prefeito de Teresina, o que fomentou uma dissidência partidária liderada pelo professor Raimundo Wall Ferraz. Em 1989 a maioria das lideranças políticas do estado cerrou fileiras em torno da candidatura de Fernando Collor à Presidência da República, caminho seguido também por Silva enquanto Wall Ferraz e Heráclito Fortes permaneceram ao lado de Ulysses Guimarães.[14] Alheios à crise no PMDB Chagas Rodrigues, Paulo Silva e José Reis Pereira se filiaram ao PSDB sendo seguidos por Wall Ferraz em 1990. Este último reatou com Alberto Silva dele recebendo apoio para candidatar-se a governador, porém foi derrotado por Freitas Neto em segundo turno. Reforçados pelo prefeito Heráclito Fortes, os aliados de Freitas Neto elegeram o senador Lucídio Portela, além de sete deputados federais e dezesseis estaduais, ao passo que os governistas elegeram três deputados federais e treze estaduais. Já o PT sacramentou Nazareno Fonteles o primeiro dos seus com assento na Assembleia Legislativa enquanto o PMN lançou Francisco Barbosa de Macedo como candidato a governador.[15] De volta ao Congresso Nacional Após deixar o governo, foi candidato a prefeito de Teresina em 1992 numa eleição vencida em primeiro turno por Wall Ferraz que fora seu candidato a governador dois anos antes. Em 1994 foi eleito deputado federal[16] e, em 1996, perdeu em segundo turno em mais um pleito para a prefeitura de Teresina, desta vez para Firmino Filho.[6] Em 1998 foi eleito senador[17] e em 2004 foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Conselho da República, sendo eleito em 2006 para um novo mandato de deputado federal.[16] Notas ↑ No período situado entre o fim do Estado Novo e o Regime Militar de 1964 a legislação permitia tal artimanha. ↑ Graças ao ardil da sublegenda, a ARENA do Piauí lançou dois candidatos a senador em 1978. Com a eleição de Dirceu Arcoverde, a primeira suplência do mesmo coube a Alberto Silva (candidato não eleito), mas para que isso ocorresse, Jesus Tajra (registrado na chapa de Dirceu Arcoverde) foi designado segundo suplente do vencedor. Tais ajustes invalidaram a inscrição de Ada Ribeiro Dias (registrada na chapa de Alberto Silva), pois cada senador deveria ter apenas dois suplentes ao assumir o mandato. Um pouco antes, naquele mesmo ano, a outra vaga em disputa coube a Helvídio Nunes por via indireta segundo as regras do Pacote de Abril

Alberto Tocantins Albino Cruz

Trovas sertanejas Versos alegres Três de maio Olhos

O Tempo/1931 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917


Alcebiades Neves

Manha na barra

Revista do Norte 1906

Alceu Wamosy

Duas almas

Voz do Povo/1931

Alceu de Freitas Wamosy (Uruguaiana, 14 de fevereiro de 1895 — Santana do Livramento, 13 de setembro de 1923) foi um jornalista e poeta brasileiro. Biografia Filho de José Afonso Wamosy, de origem húngara, e de Maria de Freitas, foi poeta simbolista. Publica seu primeiro livro Flâmulas, poemas, em 1913, quando já escreve para o jornal A Cidade, fundado por seu pai em Alegrete, Rio Grande do Sul. Adquire em 1917 o jornal O Republicano, no qual permanece até a morte. No ano de publicação do seu Coroa de Sonhos, no qual enfeixa um dos mais belos sonetos da língua pirtuguesa("Duas Almas")[1], envolve-se ardentemente na Revolução de 1923, sendo ferido a bala e vindo a falecer em um "hospital de sangue" na companhia da mãe e da esposa, com a qual casa-se in extremis. É Patrono da Cadeira N.° 40 da Academia Rio-Grandense de Letras; aclamado patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 1967. Obras Flâmulas, 1913 Terra Virgem, 1914 Coroa de Sonhos, 1923 Poesias Completas, 1925 Poesia Completa, 1994

Alcides Brandão

No azul

O Combate/1954

.: SophiA Biblioteca - Terminal Web :. (bn.gov.br) Alcides de Cantanhede

Bilhetes ao interior

Primavera/1909

Alcides Freitas

Ultima vez

Palace-Jornal/1914

Alcides Freitas, nasceu em 04/06/1890 em Teresina, Piauí, faleceu em 06/05/1913 em Campo Maior, Piauí. Médico, poeta, cronista, biógrafo e jornalista. É patrono da Cadeira nº9 da Academia Piauiense de Letras. Colaborou com vários jornais e revistas, especialmente em "Litericultura". Bibliografia: "Da Lágrima? (1912), tese de Doutorado; Alexandrinos" (1912), em parceria com Lucídio Freitas e "Alvaro de Azevedo" (1912), conferência. Deixou inédito: "Noturnos", poemas e crônicas. Foi incluído na antologia "Os Mais Lindos Sonetos Piauienses" (1940), organizada por Félix Aires. Comentário: A obra que deixou, em prosa e verso, é maior que a sua própria vida. (Cristino Castelo Branco, in "Frases e Notas ", 1957). A obra do poeta já é de domínio público. Do livro Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos, de Adrião Neto. Ilustração: Moisés Martírios.


ALCIDES FREITAS (1890-1912) Alcides Freitas nasceu em Teresina, em 4 de julho de 1890. Estudou no Liceu Piauiense, cursou Humanidades e, terminado o curso, em 1906, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Na defesa da tese de doutorado, na área de Fisiopsicopatologia, produziu um texto - Da Lágrima - que já revelava o grande poeta que existia dentro de si, pois era muito mais afim à literatura do que à ciência. A tese foi publicada em 1912, o mesmo ano da edição do livro Alexandrillos, escrito em parceria com o irmão Lucídio Freitas. Publicado em outubro de 1912, o livro Alexandrinos mereceu elogios de críticos de renome nacional, como Osório Duque-Estrada, autor do Hino Nacional Brasileiro, José Veríssimo, Clóvis Beviláqua e Laudemiro de Menezes. Também os piauienses, como Zito Baptista, Antônio Chaves, Abdias Neves é Cristino Castelo· Branco, aplaudiram a obra de estréia do poeta. Conta a professora Socorro Rios Magalhães que, antes mesmo do lançamento do primeiro livro, os jovens poetas Alcides Freitas e Lucídio Freitas já gozavam de grande prestígio entre os conterrâneos. "A par do pendor pelas letras, demonstrado desde a infância, e dos estudos superiores feitos fora do Estado, eram ainda filhos de Clodoaldo Freitas, naquele tempo já uma legenda no meio intelectual e político do Piauí", destaca a professora . O bambu Exposto ao dia, à noite, à beíra da lagoa, Onde se miram, rindo, as boninas do prado, Vive um velho bambu, velho, curso e delgado, A escutar a canção que o triste vento entoa ... Jamais os leves pés de um trovador alado, Desses que pela mata andam cantando à toa, Pousara-lhe num ramo! Apenas o povoa Alta noite, agourento, um corujão rajado ... E vive, — arcaico monge a gemer solitário,— A sua dor sem fim, o seu viver mortuário, Tristonho a refletir no fundo azul das águas ... Como bambu da mata, exposto ao sol e ao vento, Do deserto sem fim de meu padecimento, Triste nos olhos teus reflito as minhas mágoas!. .. (Alexandrinos, 1912)

Hamlet Não sei que estranha dor meu peito dilacera, Que esquisito negror meu espírito ensombra! Tenho sorrisos de anjo e arreganhos de fera, Sinto chamas de inferno e frescuras de alfombra! Sou malvado e sou bom! Minh'alma ora é sincera, Ora de ser traidora ela própria se assombra! Que clamores de inverno e paz de primavera!... Escarneço da morte e temo a minha sombra! Nervo a nervo, a vibrar, misteriosa e vaga, Anda-me o corpo todo a nevrose de um tédio, Que dos pés à cabeça atrozmente me alaga ...


Onde um recurso ao mal que me banha e transborda? Minha dor é sem fim! Eu só tenho um remédio: O suicídio - uma bala.:. um punhal... uma corda!... (Noturnos/inédito) Poemas extraídos de TAVARES, Zózimo. Sociedade dos Poetas Trágicos. Vida e obra de 10 poetas piauienses que morreram jovens. 2 ed. Teresina, Piauí: Gráfica do Povo, 2004. 122 p. Colaboração de Elimira Simeão, página publicada em julho 2007.

ALCIDES FREITAS - (1890-1912) - Poesia dos Brasis - Piauí - www.antoniomiranda.com.br

Alcides Pereira Alcimiro Sain Clair

Alcino Clarck Alda Alda Aldezrio

Ao I.Xavier de Carvalho Melancolia A minha mãe Como nasceu Jesus O paraná das águas milagrosas A morte do paie O teu amor é uma alvorada Soneto Ruinas Ruinas Meu coração

Revista Elegante/1896 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1942 Correio de Picos/1920 O Canhoto/1908 O Canhoto/1913 O Tocantins/1930

Aldo Calvet

Camara nupcial

A Peroba/1935

Nasceu em 13 de março de 1911, em São Luis do Maranhão. Faleceu em 26 de março de 1993, no Rio de Janeiro. Aldo Calvet (Maranhão, 1911—1993) foi um teatrólogo e jornalista brasileiro[1] e o primeiro diretor do Serviço Nacional de Teatro, nomeado pelo Presidente Getúlio Vargas, após este receber um abaixo assinado recolhido pela atriz e comediante Dercy Gonçalves, com duas mil assinaturas de membros da classe teatral pedindo sua nomeação para o cargo. Sua principal obra é chamada Nicotina S/A, além do minidrama As Hortênsias, do infantil Os Hamsters Lilases, dos musicais A Obra-Prima, Este Rio Que Eu Amo e Os Gatos de São Luís, as filosóficas Katalina e Trottoir-trottoir-trottoir, e as comédias Um Certo Julgamento Grego, Doutora, Meu Marido já Era, Tempo de Recesso, além de A Vocação, Cara de Palhaço, Casa de Ninguém, Cátedra (peça de teatro), Trompete (peça de teatro), Deixem os Campos ao Sol, Diálogo dos Opostos, Douto Judas, Escambo (peça de teatro), Humhum hemhem, O Prostituto, O Último Gigolô, O Zebroide e a Zebrinha na Floresta do Quiriri, Os Pecadores, Segura Teu Homem e Sem Mulher não Me Divirto. Referências ↑ «Aldo Calvet». VIAF (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2019 ATIVIDADE NO TEATRO AUTOR: 1.SILÊNCIO - comédia – 3 atos – parceria com Luis de Sevilha e Hugo Alberto. Estréia no Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) em 10.10.1934. Teatro José de Alencar (Fortaleza-CE) 1936 - Teatro União de Caxias (MA) 1937 - Teatro 4 de Setembro ( Teresina PI) 1937. 2.KATALINA - 3 atos – 1938 3.DOIS PEDAÇOS DE CÉU - 3 atos - parceria com Carlos Gutemberg - Representada no Pavilhão-Circo Dudu – 1944, 1948 e 1949- Rio de Janeiro 4.A EMBAIXADA CHEGOU - comédia – 3 atos. Representada no Teatro Municipal João Caetano ( Niterói-RJ) pelo Grupo Cênico João Caetano, fundado e dirigido pelo poeta e magistrado Lyad de Almeida – 1942/43. 5.DR. JUDAS - comédia 3 atos. Premiada no concurso Alvorada dos Novos – 1949 – Patrocínio do SNT e Cia. Jaime Costa. 6.CASA DE NINGUÉM - comédia - 3 atos - escrita em 1946. Encenada pelo Grupo Os Idealistas – 1951 – Auditório do Ministério da Fazenda (Rio de Janeiro) - Teatro Duse (Teatro do Estudante) – 1952 (Rio de Janeiro) - Penitenciária Lemos de Brito (Teatro Social do SNT) (Rio de Janeiro) - Cine-Teatro Monte Líbano – 1953 (Bom Jesus de Itabapoama-ES) - Teatro Francisco Nunes – Grupo do SESI (Belo Horizonte-MG) 1953 - Teatro Amador de Brusque ( Sta. Catarina) – 30 de agosto de 1970 – Festival de Teatro Amador.


7.O BRAVO TUPI - ato único - dramatização de I-Juca Pirama, o célebre poema de Gonçalves Dias. Representada, pela primeira vez, no Auditório do PEN Clube do Brasil – 1964 – pelo Grupo Teatral Cláudio de Souza, sob a direção da Professora Maria Wanderley Menezes - No auditório da ABI, por alunos da Escola Martins Pena. 8.UM CERTO JULGAMENTO GREGO - comédia – ato único - 1953 9.SEM MULHER NÃO ME DIVIRTO - comédia musical – 2 atos - parceria com Herolt Miranda, Mário Meira Guimarães e Fernando D’Ávila Premiada com Medalha de Ouro de Autor pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais - 196 Estréia no Teatro República – Cia. Fernando D’Ávila (Rio) – 1961. Temporada no Teatro Paramount ( São Paulo) 1961. 10.VEDETES SEM CAUSA - Revista - Teatro Natal ( São Paulo) – Cia. Augusto César/Brigitte Blair – 1961/62. 11.ESTE RIO QUE EU AMO - comédia musical - prólogo e 10 quadros - 1962. 12.A CRUZ DO SALVADOR - ato único - adaptação de “Deus e a Natureza”, de Arthur Rocha - encenada pela Empresa Osvaldina Cáceres – Teatro Recreio (Rio de Janeiro) – 1965/66. 13.LUZES DE SAMBURÁ - musical folclórico - ato único - parceria com Dilu Melo - Teatro Alvorada (Niterói) – Teatro Arthur Azevedo, Teatro Carlos Gomes e Teatro Nacional de Comédia ( Rio de Janeiro) – 1967/68/69/70. 14.DEIXEM OS CAMPOS AO SOL - drama ecológico – ato único – 1967. 15.O PROSTITUTO - drama social – 3 atos – 1968. 16.TROTTOIR... TROTTOIR... TROTTOIR... – comédia dramática – 3atos – 1968. Proibida pela censura em 1969. Projeto de Leitura “Tudo é Teatro” de Giulia Gam – Lounge do Rio Design Center do Leblon – 24.03.2003 - com os atores Telma Reston, Guta Strasser, Du Moscovis e Alexandre Moreno. 17.ESCAMBO ou NINGUÉM é de NINGUÉM - comédia de costumes – 3 atos – 1968. 18.DEUSES DO VIRA-MUNDO – monólogo tragicômico - baseado no romance “ O Degredado”, de Alves Borges – 1968. 19.DIÁLOGO DOS OPOSTOS - drama social em 1 ato – 1969. 20.TROMPETE - drama urbano em 1 ato – Apresentações: Festival de Teatro Amador ( Santos-SP) 1969 - Georgetown University (USA), com o título “Batucada”- 1973 – Teatro Escola Cultura Dramática – (Campos-RJ) – 1974 – Grupo Teatral Oficina – Teatro Guaíra (Curitiba-PR) – 1988. 21.EXAUSTAÇÃO – ato único – baseada em conto de Checov. Estréia em 29.10.1988 – Grupo TERATOS -Teatro SESC ( São Paulo). 22.O POBRE DOS CAMINHOS - ato único – baseado em poemas do poeta português Silva Tavares e do poeta Maranhense Ribamar Pereira – 1981. 23.ANTÔNIO JOÃO DE JESUS - ato único – teatralização do poema de Cândido de Campos – 1969. 24.TÔ CUM GRILO NA CUCA - revista – 2 atos – parceria com R. Rocha - Teatro Brigitte Blair (Rio de Janeiro) - 1970. 25.AS HORTÊNSIAS - drama - 1 ato - 1973 Representada na University of Colorado (USA) – patrocínio do Center of the Hispanic Performing Arts - 1976 26.OBRA-PRIMA - drama com música (árias de operetas) – 1 ato Premiada no concurso de peças da Fundação Casa do Estudante do Brasil - 1973. Leitura no Projeto “ Tudo é Teatro” – de Giulia Gam - Espaço SESC (Rio de Janeiro) 15.06.2004 – com os atores Cláudio Mendes – Giulia Gam – Isabel Lobo - Ana Couto – Renato Bavier – Alexandre Moreno. 27.HUMHUM - HENHEIN - comédia dramática – 2 atos – 197 28.OS PECADORES - sátira - ato único - 1974. 29.UMA CERTA ELEIÇÃO NO TEMPO DOS CORONÉIS - 3 atos – Adaptação livre da peça de França Jr. “Como se Fazia um Deputado”-1974 30.CARA DE PALHAÇO - comédia - ato único – 1976 31.ÊTA MUIÉ PAI D’ÉGUA - musical folclórico – ato único – 1976 - Parceria com Dilu Melo e Laura Wanderley – Teatro da Galeria (Rio de Janeiro) – Direção de Luis Mendonça. 32.NICOTINA S.A. - farsa social – 3 atos – 1970 - Premiada com menção Honrosa no Concurso de Peças do Centro Latino Americano de Creación e Investigación Teatral – CELCIT – Venezuela – 1985 - Em 23.04.1997 – leitura pública no auditório da SBAT, sob direção de Léo Jusi. 33.O MENINO DO DEDO VERDE - infantil – baseada em “Tistou les Pouces Verts”, de Maurice Druon – 1973. 34.DRA., MEU MARIDO JÁ ERA - musical – ato único – parceria com Brigitte Blair – Proibida pela Censura – 1979. 35.OS HAMSTERS LILASES - infantil – ato único - 1976 36.TEMPO DE RECESSO - comédia de costumes – ato único – 1976. 37.FÍGARO LÁ! FÍGARO CÁ! - farsa - 3 atos - 1977 – adaptação livre sobre teatro de Beaumarchais . 38.QUEM NUNCA LAMBEU MEL... - infantil - ato único - 1976 Menção Honrosa – Prêmio Alice da Silva Lima – União Brasileira de Escritores – 2001. 39.AS SETE MULHERES DA PAIXÃO - adaptação cênica de poema sacro de D. Marcos Barbosa – 1981. 40.O ZEBRÓIDE E A ZEBRINHA NA FLORESTA DO QUIRIRI infantil - 1977 41.O TRANSPLANTE CAPILAR - comédia - ato único - 1976. 42.O PÃO NOSSO - drama - 1 ato - 1977. 43.GAZETILHA - monólogo cômico – 1982. 4.CÁTEDRA - monólogo cômico - 1982. 45.PASQUINADA - monólogo cômico – 1982. 46.BRASIL DE GOLPE A GOLPE - musical de cordel - parceria com o cordelista Zé Gamela. 47.TEM PIMENTA NA ABERTURA – revista – 1986 - Teatro Rival ( Rio de Janeiro ) – Cia. De Revistas Campana/Jussara Calmon parceria com Gugu Olimecha e Carlos Nobre. 48.SEGURA TEU HOMEM - comédia de costumes – 2 atos – 1955 Apresentada no Teatro do Clube Municipal ( Rio de Janeiro) –


de novembro de 1983 a março de 1984. 49.DESSE JEITO A COISA ENTORTA - revista - 1985 –Teatro Rival ( Rio de Janeiro) – Cia. Francisco Falcão/Carvalhinho/Marlene Silva. 50.A MERITÍSSIMA - comédia - 2 atos - 1986. 51.ASSIM SEREMOS FELIZES - comédia - 2 atos – 1986 Peça com 2 finais diferentes à escolha. 2.CULLINO & CUPELLO ILIMITADA - comédia – 2 atos 53.O CHÁ DAS BONECAS - paródia de “A Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas – ato único – 1986. 4. SUBLIME MENTIRA - Drama romântico – ato único – 1986. 55.A VOCAÇÃO - ato único - 1986 - adaptação de “Uma Anedota”, conto de Marcelino Mesquita. 56.O ÚLTIMO GIGOLÔ - Monólogo -Ato único - 1990 57.OS GATOS DE SÃO LUÍS - peça episódica – ato único – 2 quadros . 58.RITMOS ERÓTICOS - seleção e teatralização de poemas de autores diversos, antigos e contemporâneos – 1990. 59. VISÕES ANTIGAS - monólogo – tempo único – 1991. DIRETOR: •Troupe Irmãos Otero – peças: “Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas - “Compra-se um Marido”, de José Wanderley - “Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo - “Se o Anacleto Soubesse” e “O Simpático Jeremias”, de Gastão Tojeiro – 1936 ( São Luis-MA) . •Grupo Cênico João Caetano – A EMBAIXADA CHEGOU, de Aldo Calvet – 1941/43. •“O Homem que eu Quero” - comédia de Lourival Coutinho – Teatro Ginástico junho/1944. •Cia. Silva Filho – revistas – 1956 a 1960: “Agora a Coisa Vai” - “É Tudo Juju-Frufru” - “Comigo é no Caracaxá” - “Rumo à Brasília” , todas no Teatro João Caetano. “Sarava, my Darling” – comédia musical de José Wanderley e Luiz Peixoto – Teatro Carlos Gomes – 1969 ( Rio de Janeiro). •Cia. Fernando D’Ávila – revistas – 1960 a 1962 – “Te Futuco num Futuca” – Teatro Recreio e Teatro Paramount – (Rio e São Paulo) – Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. •SEM MULHER NÃO ME DIVIRTO – Teatro República ( Rio ). •Cia. Siwa e Vagareza - revista - 1963 – “Disfarça... e Bota a Mão” - Teatro São Jorge – (Rio ). •Cia. Augusto César/Brigitte Blair – 1961/62 – revista – VEDETES SEM CAUSA – Teatro Natal ( São Paulo). •Cia. Brigitte Blair – revista – 1970 – TÔ CUM GRILO NA CUCA – Teatro Sérgio Porto (Rio de Janeiro). •Cia. Dilu Melo – musical folclórico – “Luzes de Samburá” – 1967/68/69/70 •Teatro Alvorada ( Niterói) – Teatros Arthur Azevedo, Carlos Gomes e Nacional de Comédia (Rio de Janeiro). •Cia. Cáceres de Teatro Ltda. – 1963 – A CRUZ DO SALVADOR – Teatro Recreio (Rio). •“A Mensagem do Salmo” – de J. Romão da Silva – 1967 – espetáculo sacro-musical, encenado nas ruínas da Igreja de São Benedito dos Pretos e no Teatro Carlos Gomes (Rio). •Stênio Lima Produções Artísticas – 1984/85 – SEGURA TEU HOMEM – Teatro do Clube Municipal (Rio). •SECRETÁRIO: Comédia Brasileira – 1941/42 ATOR: •“O Interventor”, de Paulo Magalhães – personagem Raul – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) – 1932. •“A Descoberta da América”, de Armando Gonzaga – personagem Gomes – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) – 1932. •Espetáculo de Variedade Prof. Jordan – 1932 – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA). “O Amigo da Paz”, de Armando Gonzaga – Cia. Hugo Alberto – 1933 – •Personagem Aleixo. Excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. •“Onde Canta o Sabiá”, de Gastão Tojeiro – personagem Hernani - Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) e excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. •“Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo - 1934 – Teatro Arthur Azevedo e excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. Personagem Péricles. • “Amor”, de Oduvaldo Viana – Cia.Hugo Alberto/Luis de Sevilha – 1935 – personagem Catão – Teatro Arthur Azevedo. •“Outro André”, de Correia Varela - “Deus lhe Pague” - “A Descoberta da América” - “O Interventor” - Estas peças foram apresentadas em excursão pelo Estado do Ceará, no Teatro José de Alencar e no Cine-Teatro Majestic, patrocinadas pelo popular ator Leoni Siqueira. •“A Garra” – drama de “grand-guignol”, de Jean Sartenne – 1935 •Cine-Teatro Majestic, Cine-Teatro Merceeiros, Teatro Paroquial ( Fortaleza-CE). •“Compra-se Um Marido”, de José Wanderley. ”Feitiço”, de Oduvaldo Viana. “O Filho não é Meu”, “Perdi Minha Mulher”, “Deus e a Natureza”, de Arthur Rocha. “A Costela de Adão”, “Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas. “O Cabo Jô” e “Honrarás tua Mãe”. Peças apresentadas em excursão pelos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Bahia e Pernambuco – Cia. Marquise Branca – 1935/36. •“Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas – “Compra-se um Marido”, de José Wanderley” – “Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo – “Se o Anacleto Soubesse”, “O Simpático Jeremias”, de Gastão Tojeiro – 1936 – Troupe Irmãos Otero. DIRETOR DE TV:


•Espetáculos Tonelux – TV Tupi –Canal 6 - direção e texto de parceria com Vagareza – 1959 (Rio de Janeiro). •Teatrinho Meia-Entrada – infantil – TV Rio – canal 13 – com Siwa e Vagareza - texto e direção. PEÇAS PREMIADAS: •DR JUDAS– Concurso Alvorada dos Novos – patrocínio da Cia. Jaime Costa – 1949. •A OBRA-PRIMA – Concurso de Peças da Fundação Casa do Estudante do Brasil – 1973. •SEM MULHER NÃO ME DIVERTO (co-autoria com Herolt Miranda e Mário Meira Guimarães ) – Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais – 1961. •NICOTINA S.A - Concurso de Peças do Centro Latino-Americano de Creación e Investigación Teatral – CELCIT - Venezuela – Menção Honrosa – 1985. •QUEM NUNCA LAMBEU MEL, QUANDO LAMBE SE LAMBUZA – infantil - Prêmio “Alice da Silva Lima” – patrocínio da União Brasileira de Escritores – Menção Honrosa – 2001 – (póstumo). LIVROS E PEÇAS PUBLICADOS: •TÓXICO – contos e crônicas – parceria com Luis de Sevilha – Editora Tribuna Ltda. (São Luis-MA) – 1936. •KATALINA - drama – Editora Tribuna Ltda. – (São Luis-MA) – 1938. TEATRO - 4 peças: CASA DE NINGUÉM, TROMPETE, DR. JUDAS e EXAUSTAÇÃO Gráfica Editora do Livro Ltda. ( Rio ) – 1968. •TROTTOIR...TROTTOIR...TROTTOIR... comédia social – Edições Ribalta – (Rio) – 1982. •O PROSTITUTO – comédia social – Edições Ribalta (Rio) – 1983. •AS HORTÊNCIAS drama em 1 ato – Revista de Teatro da SBAT – março/abril 1979 – nº 468. UM CERTO JULGAMENTO GREGO comédia – Revista de Teatro da SBAT (Rio) - nº 452 – outubro/novembro/dezembro 1984. •SEGURA TEU HOMEM – comédia – Revista de Teatro da SBAT – novembro/dezembro 1988 – nº 468.

ENSAIOS PUBLICADOS: •O Dramaturgio Milan Begovic - Revista Dyonisos nº 1 – Rio de Janeiro •O Teatro de Garrett – Revista Dyonisos nº 8 – Rio de Janeiro O’Neill O Homem e sua Obra – Revista Dyonisos nº 11 – Rio de Janeiro. ROMANCE NÃO PUBLICADO: Os Ilustres Pedintes ASSOCIAÇÕES DE CLASSE: •Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro – Sócio Efetivo desde 1946. •SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – Sócio Efetivo – desde 1947 - Fez parte da Diretoria como Conselheiro e Diretor. •Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro - SATED – na categoria de Diretor Artístico – desde 1957. •Sócio Efetivo e Diretor-Secretário da Associação Brasileira de Críticos Teatrais – •Casa dos Artistas- Sócio Efetivo, Benemérito, Conselheiro Nato e Diretor-Secretário – 1967. •Associação de Proprietários de Circo e Empresários de Diversões – Sócio Categoria Especial. •Instituto Brasileiro de Teatro – Fundador e Conselheiro-Diretor – 1955. •ABI - Associação Brasileira de Imprensa – 1958 •PEN Clube do Brasil – 1959. •Academia Campista de Letras – Membro Correspondente – 1979. Academia de Letras do Rio de Janeiro – 1982. •Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras. HOMENAGENS: •Troféu Leopoldo Fróes – em reconhecimento ao apoio prestado- concedido pelo Sindicato dos Atores Teatrais, Cenógrafos e Cenotécnicos do Rio de Janeiro – 4.5.1955 •Benemérito da Classe Teatral de São Paulo – Sindicato dos Atores Teatrais, Cenógrafos e Técnicos do Estado de São Paulo – solenidade em 26.11.1956. •Homenagem ao Mérito – Associação Brasileira de Críticos Teatrais – 1963. •Associação de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro – Diploma por serviços prestados no IV Festival de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro – 1967. •Benemérito – Casa dos Artistas – 7.11.1967. •Cidadão do Estado da Guanabara – Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara – Resolução nº 770/72 – requerimento do Deputado Santana Filho. A solenidade de entrega do Diploma foi realizada em 3.10.1973, no Palácio Pedro Ernesto, sob a presidência do Deputado Wilmar Palis. •Benemérito do Estado do Rio de Janeiro – Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Resolução nº433/1975 – requerimento do Deputado Paulo Duque. A solenidade de entrega do Diploma foi realizada no Salão Nobre da SBAT, em 29.09.1992.


•Sócio Honorário da SBACEM – Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música – 1.09.1987. ÚLTIMOS DESEMPENHOS: •Ao falecer, em 26.03.1993, exercia o mandato de Diretor de Relações Internas e o cargo de Editor da Revista de Teatro da SBAT. HOMENAGENS PÓSTUMAS: •Moção de Pesar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro – apresentada pelo Vereador Luiz Carlos Ramos – 4.05.1993. •Sócio Benemérito da SBAT – In Memoriam – Requerimento aprovado na Assembléia realizada no dia 27.09.1995, sendo Presidente da SBAT o teatrólogo César Vieira. OBS.: - Aldo Calvet nasceu numa casa do Beco do Teatro, em São Luis do Maranhão. Seu funeral foi realizado em 27.03.1993 – Dia Mundial do Teatro. PRESS RELEASE: Press release aldocalvet_org.pdf Dados autobiograficos de Aldo Calvet.pdf Curriculo de Aldo Calvet.pdf Resumo biografico de Aldo Calvet.pdf Aldo Calvet Teatro.pdf



all content© 2011 by AldoCalvet.org All rights reserved. PROCÓPIO FERREIRA, ora no Teatro SERRADOR, apresentando com marcante exito a peça “ESSA MULHER É MINHA”. Em seu nome e no de seus companheiros de trabalho se congratula com o Exmo. Sr. Presidente GETÚLIO VARGAS pela justa nomeação de ALDO CALVET para o cargo de diretor do Serviço Nacional de Teatro. “Folha Carioca” - Quarta-feira, 28 de fevereiro de 1951 Gênova, 3 de março de 1951. Aldo, só hoje recebo a sua nomeação. Que Deus o ajude e realize uma obra digna de seu esforço e idealismo. Sigo amanhã pelo “Marco Polo” – graças a Deus – de volta ao Rio. Abraço de Paschoal Carlos Magno “TRIBUNA DA IMPRENSA” - 22/2/51 TERÇA-FEIRA A POSSE DO DIRETOR DO S.N.T. Teatros transformados em cinemas voltarão a ser teatros – o problema dos transportes, os amadores e os profissionais. O sr. Aldo Calvet, nomeado para a direção do Serviço Nacional de Teatro, afirma à imprensa que uma das suas primeiras medidas à frente daquele importante orgão controlador das atividades artístico-teatrais do Brasil, será providenciar, por todos os meios, a volta dos velhos teatros ocupados como cinema às “suas antigas e verdadeiras finalidades”. Caro Calvet. Deixo aqui o meu grande abraço pela nossa vitória que é a vitória da Classe Teatral. Freire Junior 20/2/51 HÁ TRABALHO NO S.N.T. Sim: e o que ali se vê é entusiasmo e competência, e dedicação, e atividade, e disciplina, e luta, e alma, tudo em favor do nosso teatro, que só agora começa a engatinhar. Sim: há trabalho no S.N.T. Geysa Bôscoli “O MUNDO” 9/11/51 TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIA Franco Zampari Os noivos Didier e Calvet – na festa de seu casamento – 28/06/58. ABI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA Herbert Moses


Calvet ensaiando “A Embaixada Chegou”, (peça de sua autoria) com o Grupo Cênico João Caetano. Apresentação no Rio de Janeiro – 1941/1943.Dedicatória no verso da foto: A Calvet, sangue, nervos e carne do Grupo Cênico João Caetano, com a admiração dos grupenses. Convite da posse de Calvet na Academia De Letras Do Estado Do Rio De Janeiro Aldo Calvet recebe das mãos de sua esposa o diploma de Cidadão do Estado da Guanabara. Ao lado, o deputado Sant’ Anna Filho, autor da homenagem (Setembro:1973) Cidadão Benemérito Do Estado Do Rio De Janeiro, Aldo Calvet, Didier Calvet e Dilu Melo.


Deputado David Quinderê entrega o diploma de Benemérito Do Estado Do Rio De Janeiro ao jornalista Aldo Calvet – 29-09-92 – ao fundo, Deputado Fernando Gonçalves. O Deputado Paulo Duque, autor da homenagem não pode comparecer.

Dilu Melo, Daniel Rocha e Aldo Calvet, 75 Anos da SBAT. CONTATO dramaturgia, teatro latino americano, teatro brasileiro, critica teatral, ensaios, jornalismo jornalismo latino americano, jornalismo brasileiro, servico nacional de teatro, companhia dramática nacional, sociedade brasileira de autores teatrais teatro direção teatral história do teatro ensino do teatro sbat hoje teatro americano, teatro europeu, eugene o’neill, almeida garrett, milan begovic, dionysos, a mensagem do salmo

Aldo Pery Alexandre Fernandes

Alf. Alf. Castro Alfredo Calvet Coelho Alfredo Campelo de Carvalho Alfredo Castro Alfredo Castro

Alfredo de Assis Alfredo de Assis

Á Gilka Loretti Soneto Duas creanças Minha filha A maçonaria A Jesus Christo A imprensa A.L. Em viagem Amarguras de um sentimento O adeus Dois mortos À lua Suplica do mendigo

A Noticia/1928 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 O Rosariense/1903/04 Avante/1906 Gazeta de Picos/1909 Correio de Picos/1913 A Novena/1909 A Noticia/1928 O Gremio/1955 Cidade de Pinheiro/1924 Revista Elegante/1890 Revista Elegante/1890 Revista Elegante/1899

(?) Trovador Saudação Genuflexo Nina Rodrigues Demonio

O Paiz/1903 O Paiz/1904 Revista do Norte 1906 Revista do Norte 1906 Revista do Norte 1906 Gazeta de Picos/1908


Alfredo de Assis Castro

Ao Christo Olhos Verdes Improvizos Olhos verdes Eo tempore Carta a Paulo Bentes O eterno espélho Sonho Carta de amor Amor Supreno Anceio Supremo anseio Dois mortos Num cartão postal Pranto e rizo Ella Sem título

Correio de Picos/1912 Correio de Codó/1913 A Fita/1919-20 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Correio do Nordeste/1963 Athenas/1940 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905 Revista do Norte/1905 Revista do Norte 1905 Revista do Norte 1905 O Ateniense/1917 Revista do Norte/1902 Correio do Nordeste/1963

Alfredo de Assis Castro nasceu em Riachão, a 14 de janeiro de 1881. Bacharel em Direito, desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão. Filólogo, crítico, poeta, jornalista e professor; catedrático de Português e Literatura na antiga Escola Normal do Maranhão; diretor do Liceu Maranhense e da Biblioteca Pública do Estado e secretário geral do Estado. Representante da Academia Maranhense de Letras junto à Federação das Academias de Letras do Brasil. Sócio da Associação Brasileira de Imprensa. ALFREDO DE ASSIS CASTRO Nasceu em Riachão, em 14.01.1881. (Faleceu no Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1977). Pó e Sombra, 1963. Nesse livro que só tardiamente apareceu, em São Paulo, além de sonetos magistrais, parnasianos, publica suas trovas. Autor de obras sobre filologia e Direito. Tem um estudo sobre Gonçalves Dias.

RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda

Rosas não faltam formosas No teu jardim de encantar, Mas entre todas as rosas É tu a rosa sem par. Das rimas a mais reativa Pedida por meu desejo É aquela que mais se esquiva, Que mais lhe foge: teu beijo.


De teus encantos não há de Fugir-me a recordação, Que não consente a saudade Memória do coração. Tenho vivido em procura Da essência do teu carinho, Sem que me deixe a tortura De não achar o caminho. Sei de um perfume que alcança Manter perene vigor. Esse perfume é a lembrança Que deixa o primeiro amor. Ó minha joias sem preço! Ó meu tesouro sem par! Como de tudo me esqueço Quando me ponho a te olhar!

SONETOS V.2. Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d p. 151-302. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui poetas brasileiros e de outras nacionalidades. Edição artesanal, tiragem limitada. Ex. bibl. Antonio Miranda

Página publicada em outubro de 2019; ampliada em dezembro de 2019;

Alfredo de Magalhães Alfredo E. P. de Almeida Alfredo Fernandes

Marinha Saudades Minha filha

Pacotilha/1891 A Mocidade/1875 Revista Elegante/1895

Alfredo Galeão

Tira Dentes

A Escola/1878

Alfredo Galvão

Á ella Parafrases A D.

A Mocidade/1876 Revista Juvenil/1877 Revista Juvenil/1877

Alfredo Galvão

Favela Hora-aperitiva Coaxai, batráquios Ressureição no charco Alma desnuda

Correio do Nordeste/1962 Correio do Nordeste/1962 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963


Saudade Quando aquece o alto-forno Tumulos sem rumo Spartacus Balada de maio

Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963

Augusto Azevedo

O veneno das raças A minha mãe Vida e morte Metamorfose Loura Pecadora Orphan

O Tocantins/1917 O Tocantins/1917 Avante/1907 Avante/1906 Pacotilha/1891 A Luta/1891 O Rosariense/1903/04

Almeida Galhardo

Asas

O Clarim/1947

Alfredo Monção Alfredo Neri Alfredo papança Alfredo Peixoto

nasceu em Tutóia, Maranhão, no dia 2 de dezembro de 1922 na Rua Senador Leite. Seu pai era Pedro Luiz Soares, funcionário público federal da Mesa de Rendas (Alfandega) e sua mãe era Joaquina de Almeida Soares. Ele tinha sete irmãos: Rosa Soares Caldas, Maria de Lourdes Soares Ramos, Antônia de Almeida Soares Maia, Maria da Glória Soares da Cruz, Paulo de Jesus de Almeida Soares, José Ribamar de Almeida Soares e Joaquim Pedro de Almeida Soares. Seu nome de registro era: Francisco das Chagas Almeida Soares. Veio para São Luís ainda adolescente, aos 14 anos, trazido pelo pai, a fim de estudar no Seminário Santo Antônio para ser padre. Após sete anos de vida religiosa, aos vinte e um anos, em 1943, o jovem Chagas Soares, como era chamado pelos seus colegas seminaristas, percebeu que não tinha vocação para o sacerdócio e finalmente, deixou o claustro, iniciando sua carreira como jornalista, poeta e aviador. Seu primeiro emprego foi como jornalista do “Correio da Tarde”, depois trabalhou nos Diários Associados e por fim, no Diário de São Luís. Também trabalhou como fiscal na Prefeitura de São Luís. O pseudônimo Almeida Galhardo surgiu quando ainda era seminarista e estava começando a publicar suas primeiras poesias no jornal “Correio da Tarde”. Para não se identificar, passou a utilizar esse pseudônimo, que adotou definitivamente a partir daí. Infelizmente, numa tragédia que gerou comoção e abalou a cidade de São Luís naquela tarde do dia 8 de agosto de 1948, o vate maranhense, cognominado por seu contemporâneo, Lago Burnett, de “o poeta das gaivotas”, tragicamente, morreu jovem, aos 25 anos, em um acidente de avião que ele pilotava ao sobrevoar o então povoado da Forquilha. Almeida Galhardo era um dos mais promissores poetas de sua geração. Era centrista, foi membro fundador do Centro Cultural Gonçalves Dias (CCGD), em 1945; atuante agremiação literária que congregava a nova geração de poetas maranhenses de São Luís, onde ocupou a cadeira patrocinada por Maranhão Sobrinho. Faziam parte dessa associação, nomes como Nascimento Morais Filho, Ferreira Gullar, Lago Burnett, Vera-Cruz Santana, Reginaldo Teles, João Lima Sobrinho, Celso Bastos, Tobias Pinheiro Filho e tantos outros jovens poetas que começavam a projetar-se no cenário literário local nesse período. Boa parte desses poetas ficou famosa, compuseram depois os quadros da Academia Maranhense de Letras, construíram carreiras sólidas, sejam regionalmente ou nacionalmente e publicaram obras importantes. Galhardo viveu em São Luís entre os anos de 1930 e1940 e encantou seus leitores com suas talentosas poesias. 100 Anos de Almeida Galhardo Espaço do Leitor JP Turismo

Blog do Professor Gallas: ALMEIDA GALHARDO - o poeta desconhecido do Maranhão -


Almeida Garret

Olhos verdes

O Ateniense/1916

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, mais tarde 1.º Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de 1799 – Lisboa, 9 de dezembro de 1854), foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Biografia Primeiros anos João Leitão da Silva nasceu a 4 de fevereiro de 1799, na antiga Rua do Calvário, n.ºs 18, 19 e 20 (actual Rua Dr. Barbosa de Castro, n.ºs 37, 39 e 41), na freguesia da Vitória, no Porto, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett (1740-1834), selador-mor da Alfândega do Porto, e de Ana Augusta de Almeida Leitão (1770-1841), casados em 1796.[1] Neto paterno de José Ferreira da Silva e de Antónia Margarida Garrett, e neto materno de José Bento Leitão e de Maria do Nascimento de Almeida. Foi baptizado na Igreja Paroquial de Santo Ildefonso a 10 de Fevereiro de 1799. Eram seus irmãos: Alexandre José da Silva Leitão de Almeida Garrett (7 de Agosto de 1797 – 24 de Outubro de 1847), que casou com Angélica Isabel Alves Cardoso Guimarães, Maria Amália de Almeida Garrett (ca. 1801 – Sé (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 25 de Novembro de 1844), que casou com Francisco de Menezes Lemos e Carvalho (São Pedro (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 20 de Setembro de 1786 – Sé (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 6 de Outubro de 1862), António Bernardo da Silva Garrett (ca. 1803 – São José (Lisboa), 9 de Novembro de 1838), que morreu solteiro e Joaquim António de Almeida Garrett (ca. 1805 – 21 de Maio de 1845). Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão, altura em que alterou o seu nome para João Baptista da Silva Leitão, acrescentando o sobrenome Baptista do padrinho e trocando a ordem dos seus apelidos. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em [Vila Nova de] Gaia". No período da sua adolescência foi viver para os Açores, na ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio paterno, D. Frei Alexandre da Sagrada Família da Silva Garrett (1737-1818), Bispo de Angra. De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1818, adoptou em definitivo os apelidos de Almeida Garrett (Almeida era o apelido da avó materna, e Garrett era o apelido da avó paterna, nascida em Madrid em 1710 e que tinha vindo para Portugal no séquito duma princesa), pelos quais ficou para sempre conhecido, passando a assinarse João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que fosse processado por ser considerado materialista, ateu e imoral, tendo sido absolvido. Presença na revolução liberal sentinela ao Convento dos Grilos durante o Cerco do Porto. Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a Vila-francada. Antes havia casado com a muito jovem senhorita Luísa Midosi, de apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam em sua obra posterior. Em 1824, pode partir para França e assim o fez. Nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826, não tão conhecido como o anterior, mas não menos importante), poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrantes. Dedicou-se então ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Portuguêz[2] (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827). Também colaborou na Revista Universal Lisbonense[3] (1841-1859) e na Semana de Lisboa[4] (1893-1895). Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei tradicionalista D. Miguel. No ano de 1828 ainda perdeu, para seu grande desgosto, sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828). Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.[5] Vida política


Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e José Estêvão de Magalhães nos Passos Perdidos, Assembleia da República Portuguesa. A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, após uma curta estadia em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais.[6] Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro. Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”. Paixões de Garrett A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 1820 e 1830, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Foi em 1821, em plena representação da sua tragédia Catão, drama clássico, que se apaixonou perdidamente por uma bela jovem de 13 anos, Luísa Cândida de Midosi (1808-1892),[7] com quem se casaria onze meses depois, a 11 de Novembro de 1822, na Igreja de São Nicolau (Lisboa). Foi contudo um casamento infeliz, tendo acabado em separação no ano de 1836 (supostamente por adultério dela, enquanto estiveram em Bruxelas e incompatibilidade de génios e desproporção de inteligências, ela voltaria a casar-se com Alexandre Désiré Létrillard, depois de convenção amigável e verbal desde Junho de 1836, com escritura em Outubro de 1839, proporcionando-lhe uma pensão compatível com os seus proventos de empregado público). Garrett passou então a viver amancebado com Adelaide Deville Pastor (1819–1841), de 17 anos, filha ilegítima de um negociante, João António Lopes Pastor, e de uma viúva, Jerónima Deville, até a morte desta, em 26 de Julho de 1841, por complicações de saúde resultantes do parto. Tiveram três filhos: Nuno João Alexandre José António de Almeida Garrett (São José (Lisboa), 25 de Novembro de 1837 – São José (Lisboa), 9 de Fevereiro de 1839) baptizado como filho de pais incógnitos em 7 de Dezembro de 1837 na Igreja Paroquial de São José em Lisboa e sepultado no Alto de São João; João de Almeida Garrett (6 de Novembro de 1839 – 16 de Dezembro de 1839); Maria Adelaide de Almeida Garrett (Encarnação (Lisboa), 12 de Janeiro de 1841 – São Martinho (Sintra), 4 de Janeiro de 1896) que mais tarde casou com Carlos Augusto Guimarães e teve descendência, cujos infortúnios e ilegitimidade inspiraram o pai a escrever a peça teatral Frei Luís de Sousa. Foi baptizada em 15 de Março de 1841 na Igreja Paroquial da Encarnação em Lisboa como apenas filha natural de Almeida Garrett, sendo legitimada em 4 de Junho de 1842, quase um ano após a morte de sua mãe. Orfã muito cedo, passou a mocidade no Colégio das Salésias, conceituada instituição de educação; era tratada pelo seu pai por Mimi, que dedicou todo o seu cuidado a esta filha única que era o seu encanto, não descurando a sua formação cívica, moral, religiosa e intelectual. Mais tarde, veio a ser amante de Rosa de Montúfar y García-Infante (1815-1883), uma fidalga espanhola filha do 3.º Marquês de Selva Alegre, mulher de Joaquim António Velez Barreiros, 1.º Barão e 1.º Visconde de Nossa Senhora da Luz e por duas vezes (277.º e 286.º) Comandante da Ordem da Imaculada Concepção de Vila Viçosa, e Ministro e Governador de Cabo Verde, a quem celebrou no seu último e provavelmente melhor livro de poemas, Folhas Caídas. Resumo Biográfico . Filho segundo do selador-mor da Alfândega do Porto, acompanhou a família quando esta se refugiou nos Açores, onde tinha propriedades, fugindo da segunda invasão francesa, realizada pelo exército comandado pelo marechal Soult que entrando em Portugal por Chaves se dirigiu para o Porto, ocupando-o. Passou a adolescência na ilha Terceira, tendo sido destinado à vida eclesiástica, devendo entrar na Ordem de Cristo, por intercedência do tio paterno, Frei D. Alexandre da Sagrada Família, bispo de Malaca e depois de Angra.


Em 1816, tendo regressado ao continente, inscreveu-se na Universidade, na Faculdade de Leis, sendo aí que entrou em contacto com os ideais liberais. Em Coimbra, organiza uma loja maçónica, que será frequentada por alunos da Universidade como Manuel Passos. Em 1818, começa a usar o apelido Almeida Garrett, assim como toda a sua família. Participa entusiasticamente na revolução de 1820, de que parece ter tido conhecimento atempado, como parece provar a poesia As férias, escrita em 1819. Enquanto dirigente estudantil e orador defende o vintismo com ardor escrevendo um Hino Patriótico recitado no Teatro de São João. Em 1821, funda a Sociedade dos Jardineiros, e volta aos Açores numa viagem de possível motivação maçónica. De regresso ao Continente, estabelece-se em Lisboa, onde continua a publicar escritos patrióticos. Concluindo a Licenciatura em Novembro deste ano. Em Coimbra publica o poema libertino O Retrato de Vénus, que lhe vale ser acusado de materialista e ateu, assim como de «abuso da liberdade de imprensa», de que será absolvido em 1822. Torna-se secretário particular de Silva Carvalho, secretário de estado dos Negócios do Reino, ingressando em Agosto na respectiva secretaria, com o lugar de chefe de repartição da instrução pública. No fim do ano, em 11 de Novembro, casa com Luísa Midosi. A Vilafrancada, o golpe militar de D. Miguel que, em 1823, acaba com a primeira experiência liberal em Portugal, leva-o para o exílio. Estabelece-se em Março de 1824 no Havre, cidade portuária francesa na foz do Sena, mas em Dezembro está desempregado, o que o leva a ir viver para Paris. Não lhe sendo permitido o regresso a Portugal, volta ao seu antigo emprego no Havre. Em 1826 está de volta a Paris, para ir trabalhar na livraria Aillaud. A mulher regressa a Portugal. É amnistiado após a morte de D. João VI, regressando com os últimos emigrados, após a outorga da Carta Constitucional, reocupando em Agosto o seu lugar na Secretaria de Estado. Em Outubro começa a editar «O Português, diário político, literário e comercial», sendo preso em finais do ano seguinte. Libertado, volta ao exílio em Junho de 1828, devido ao restabelecimento do regime tradicional por D. Miguel. De 1828 a Dezembro de 1831 vive em Inglaterra, indo depois para França, onde se integra num batalhão de caçadores, e mais tarde, em 1832, para os Açores integrado na expedição comandada por D. Pedro IV. Nos Açores transfere-se para o corpo académico, sendo mais tarde chamado, por Mouzinho da Silveira, para a Secretaria de Estado do Reino. Participa na expedição liberal que desembarca no Mindelo e ocupa o Porto em Julho de 1832. No Porto, é reintegrado como oficial na secretaria de estado do Reino, acumulando com o trabalho na comissão encarregada do projecto de criação do Códigos Criminal e Comercial. Em Novembro parte com Palmela para uma missão a várias cortes europeias, mas a missão é dissolvida em Janeiro e Almeida Garrett vê-se abandonado em Inglaterra, indo para Paris onde se encontra com a mulher. Só com a ocupação de Lisboa em Julho de 1833, consegue apoio para o seu regresso, que acontece em Outubro. Em 2 de Novembro é nomeado vogal-secretário da Comissão de reforma geral dos estudos. É por essa altura que terá se instalado no palácio dos Condes de Almada, no Largo de S. Domingos, em Lisboa, onde reunia a referida comissão.[8] Em Fevereiro do ano seguinte é nomeado cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica, onde chega em Junho, mas é de novo abandonado pelo governo. Regressa a Portugal em princípios de 1835, regressando ao seu posto em Maio. Estava em Paris, em tratamento, quando foi substituído sem aviso prévio na embaixada belga. Nomeado embaixador na Dinamarca, é demitido antes mesmo de abandonar a Bélgica. Estes sucessivos abandonos por parte dos governos cartistas, levam-no a envolver-se com o Setembrismo, dando assim origem à sua carreira parlamentar. Logo em 28 de Setembro de 1836 é incumbido de apresentar uma proposta para o teatro nacional, o que faz propondo a organização de uma Inspecção-Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Os anos de 1837 e 1838, são preenchidos nas discussões políticas que levarão à aprovação da Constituição de 1838, e na renovação do teatro nacional. Em 20 de Dezembro é nomeado cronista-mor do Reino, organizando logo no princípio de 1839 um curso de leituras públicas de História. No ano seguinte o curso versa a «história política, literária e científica de Portugal no século XVI». Em 15 de Julho de 1841 ataca violentamente o ministro António José d'Ávila, num discurso a propósito da Lei da Décima, o que implica sua passagem para a oposição e o leva à demissão de todos os cargos públicos. Em 1842, opõe-se à restauração da Carta proclamada no Porto por Costa Cabral. Eleito deputado nas eleições para a nova Câmara dos Deputados cartista, recusa qualquer nomeação para as comissões parlamentares, como toda a esquerda parlamentar. No ano seguinte ataca violentamente o governo cabralista, que compara ao absolutista.

Litografia sobre papel de Almeida Garrett, Leiloaria São Domingos. É neste ano de 1843 que começou a publicar, na Revista Universal Lisbonense, as Viagens na Minha Terra, descrevendo a viagem ao vale de Santarém começada em 17 de Julho. Anteriormente, em 6 de Maio, tinha lido no Conservatório Nacional uma memória em que apresentou a peça de teatro Frei Luís de Sousa, fazendo a primeira leitura do drama. Continuando sua oposição ao Cabralismo, participa na Associação Eleitoral, dirigida por Sá da Bandeira, assim como nas eleições de 1845, onde foi um dos 15 membros da minoria da oposição na nova Câmara. Em 17 de Janeiro de 1846, proferiu um discurso


em que considerava a minoria como representante da «grande nação dos oprimidos», pedindo em 7 de Maio a demissão do governo e, em Junho, a convocação de novas Cortes. Com o despoletar da revolução da Maria da Fonte e da Guerra Civil da Patuleia, Almeida Garrett – que apoia o movimento – tem que passar a andar escondido, reaparecendo em Junho, com a assinatura da Convenção de Gramido. Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett é afastado da vida política, até 1852. Em 1849, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, na Ajuda. Em 1850, subscreve com mais de 50 outras personalidades um Protesto contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, mais conhecida por «lei das rolhas». Costa Cabral nomeia-o, em Dezembro, para a comissão do monumento a D. Pedro IV. Com o fim do Cabralismo e o começo da Regeneração, em 1851, Almeida Garrett é consagrado oficialmente. É nomeado sucessivamente para a redacção das instruções ao projecto da lei eleitoral, como plenipotenciário nas negociações com a Santa Sé, para a comissão de reforma da Academia das Ciências, vogal na comissão das bases da lei eleitoral, e na comissão de reorganização dos serviços públicos, para além de vogal do Conselho Ultramarino, e de estar encarregado da redacção do que irá ser o Acto Adicional à Carta. Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal, datado de 25 de junho de 1851, Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett, em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta dos Negócios Estrangeiros, em governo presidido pelo Duque de Saldanha. Em 1852 é eleito novamente deputado, e de 4 a 17 de Agosto será ministro dos Negócios Estrangeiros. A sua última intervenção no Parlamento será em Março de 1854 em ataque ao governo na pessoa de Rodrigo de Fonseca Magalhães. Morreu a 9 de dezembro de 1854, de cancro do fígado, na sua casa situada na atual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique, Lisboa. Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, tendo sido trasladado a 3 de Maio de 1903[9] para o Mosteiro dos Jerónimos. Os seus restos mortais foram posteriormente trasladados para o Panteão Nacional[10][11] da Igreja de Santa Engrácia aquando do término deste edifício. A cerimónia ocorreu em homenagem a si e a mais outras ilustres figuras portuguesas, entre os dias 1 e 5 de dezembro de 1966. “

Não: plantai batatas, ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazeis caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar a miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? - Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já devia andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, número de corpos que se tem de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro, seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.

Relevância na literatura portuguesa No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmente João Gaspar Simões) veio questionar essa apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana. No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal. Cronologia das obras

Almeida Garrett pelo escultor António Pinheiro. homenagem a Almeida Garrett, Jardim Duque da Terceira, Angra do Heroísmo. Primeiras edições ou representações 1819: Lucrécia 1820: Mérope (não chegou a ser representada) 1821: O Retrato de Vénus; Catão (representado a 29 de setembro, no Teatro do Bairro Alto, a S. Roque); 1822: O Toucador 1825: Camões 1826: Dona Branca

Monumento em


1828: Adozinda 1829: Lírica de João Mínimo; Da Educação (ensaio) 1830: Portugal na Balança da Europa (ensaio) 1838: Um Auto de Gil Vicente (representado no teatro Nacional da rua dos Condes) 1841: O Alfageme de Santarém (1842 segundo algumas fontes; representado no teatro Nacional da rua dos Condes) 1843: Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomo 1; Frei Luís de Sousa (representado no teatro particular da Quinta do Pinheiro) 1845: O Arco de Sant'Ana - tomo 1; Flores sem fruto 1846: Viagens na minha terra; D. Filipa de Vilhena (inclui Falar Verdade a Mentir e Tio Simplício; representada no teatro da rua do Salitre, por alunos do Conservatório Dramático) 1848: As profecias do Bandarra; Um Noivado no Dafundo; A sobrinha do Marquês 1849: Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira 1850: O Arco de Sant'Ana - tomo 2; 1851: Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomos 2 e 3 1853: Folhas Caídas 1871: Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (antologia póstuma) Publicações periódicas 1827: O cronista 1830: Memórias de uma África sofrida Bibliografia ordenada e completa Poemas Hino Patriótico, poema. Porto, 1820 Ao corpo académico, poema. Coimbra 1821 Retrato de Vénus, poema Coimbra, 1821 Camões, poema. Paris, 1825 Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Paris, 1826 (pseud. de F. E.) Adozinda, poema. Londres, 1828 Lyrica de João Mínimo. Londres, 1829 Miragaia, poesia. Lisboa, 1844 (eBook) Flores sem Fruto, poesia. Lisboa, 1845 Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia, poesia. Lisboa, 1845 Folhas Caídas, poesia. Rio de Janeiro e depois Lisboa,1853 Camões, poema. 4ª ed. revista, com estudo de Camilo Castelo Branco. Porto, 1854 Obras póstumas Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Porto Alegre, 1859 Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Nova York, 1860 Bastardo do Fidalgo, poema. Porto, 1877 Odes Anacreônticas: Ilha Graciosa. Évora, 1903 A Anália, poesia inédita de Garrett. Lisboa 1932 (redac., Porto 1819) Magriço ou Os Doze de Inglaterra, poema. Coimbra, 1948 Roubo das Sabinas, poemas libertinos I. Lisboa, 1968 Afonseida, ou Fundação do Império Lusitano, poema. Lisboa 1985 (pseud.: Josino Duriense, redac., Angra 1815-16) Poesias Dispersas. Lisboa, 1985 Magriço e os Doze de Inglaterra, poema incompleto, Lisboa, 1914 Peças teatrais Catão, tragédia. Lisboa, 1822 O Corcunda por amor. Lisboa, 1822 [edição conjunta com Catão] Catão, tragédia. Londres, 1830 Catão, tragédia. Rio de Janeiro, 1833 Catão, tragédia. Lisboa, 1845 Mérope, tragédia. Lisboa, 1841 O Alfageme de Santarém ou A Espada do Condestável. Lisboa, 1842 Um Auto de Gil Vicente. Lisboa, 1842 Frei Luís de Sousa, 1843 (eBook) Dona Filipa de Vilhena, comédia. Lisboa, 1846 [12] Falar Verdade a Mentir, comédia. Lisboa 1846 A Sobrinha do Marquês, 1848 Camões do Rossio, comédia. Lisboa, 1852 (co-autoria de Inácio Feijó) Obras póstumas Um noivado no Dafundo ou Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso: provérbio n'um acto (redac., Lisboa, 1847). Lisboa, 1857; Impromptu de Sintra, comédia (redac., Sintra, 1822). Lisboa, Guimarães, Libanio, [1898]; Átala, drama (redac., Coimbra 1817). Lisboa, 1914 [inacabado]; Lucrécia, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914;


Afonso de Albuquerque, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914 [inacabado]; Sofonisba, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914 [inacabado]; O Amor da Pátria, elogio dramático (redac., Coimbra 1819). Lisboa, 1914; La Lezione agli Amanti, ópera bufa (redac., Porto, 1819-20). Lisboa, 1914; Conde de Novion, comédia (redac., Lisboa). Lisboa, 1914; Édipo em Colona, tragédia (redac., Terceira, 1816; revisão, Coimbra, 1818). Lisboa, 1952 [inacabado]; Ifigénia em Tauride, tragédia (redac., Terceira, 1816). Lisboa, 1952 [inacabado]; Falar Verdade a Mentir, comédia (redac., Lisboa). Rio de Janeiro, 1858; As Profecias do Bandarra, comédia (redac., Lisboa 1845). Lisboa, 1877; Os Namorados Extravagantes, drama (redac. Sintra, 1822). Coimbra 1974. Artigos, ensaios, biografias e folhetos Proclamações Académicos, Coimbra, 1820, folhetos O Dia Vinte e Quatro de Agosto, ensaio político. Lisboa, 1821, 53 p. Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid, folheto. Lisboa, Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 1822 Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade, ensaio político. Londres 1826 Da Educação. Londres, 1829 Portugal na Balança da Europa: do que tem sido e do que ora lhe convém ser na nova ordem de coisas do mundo civilizado, Londres, 1830 Relatório dos Decretos nº 22, 23 e 24 (Reorganização da Fazenda, Administração Pública e Justiça). Lisboa, 1832, folheto Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, folheto. Lisboa, 1837 Necrologia do Conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, Lisboa, 1838 Relatório ao Projecto de Lei sobre a Propriedade Literária e Artística, Lisboa, 1839 Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, Lisboa, 1843 Conselheiro J. B. de Almeida Garrett, autobiografia. Lisboa, 1844 Memória Histórica da Duqueza de Palmella: D. Eugénia Francisca Xavier Telles da Gama, Lisboa, 1845 Memória Histórica do Conde de Avilez, 1ª ed., Lisboa, 1845 Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário. Lisboa, 1846 Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa, 1847 A Sobrinha do Marquês, Lisboa, 1848, 176 p. Memória Histórica de J. Xavier Mousinho da Silveira, Lisboa, 1849 Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, Lisboa, 1850 Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado/folheto. Lisboa 1850 (subscrito, à cabeça, por Alexandre Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo) Obras póstumas Discursos Parlamentares e Memórias Biográphicas, Lisboa, Imprensa Nacional, 1871, 438, p. Necrologia do Sr. Francisco Krus; Monumento ao Duque de Palmela, D. Pedro de Sousa Holstein, Lisboa, 1899 (redac., Lisboa, 1839); Memórias Biográficas, Lisboa, Empreza da História de Portugal, 1904 Necrologia à Morte de D. Leocádia Teresa de Lima e Melo Falcão Vanzeler, Lisboa, 1904 (redac., Lisboa, 1848) Apontamentos Biográficos do Visconde d'Almeida Garrett, autobiografia. Porto, 1916 Entremez dos Velhos Namorados que Ficaram Logrados, Bem Logrados, Lisboa, 1954 (redac., 1841) Romances, cancioneiros e contos Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, Paris, 1826 Lealdade, ou a Vitória da Terceira, canção. Londres, 1829 Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. I. Lisboa, 1843 O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1845, vol. 1 Viagens na Minha Terra, romance. Lisboa, Typ. Gazeta dos Tribunais, 1846, 2 v. (Vol. I (eBook); Vol. II (eBook); 2 vol. juntos (eBook)) O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1850, vol. 2 Romanceiro e Cancioneiro Geral, vols. II e III, Lisboa 1851 Obras póstumas Helena: fragmento de um romance inédito. Lisboa, 1871 Memórias de João Coradinho, aventuras picarescas. Lisboa, 1881 (redac., 1825) Joaninha dos Olhos Verdes. Lisboa, 1941 Komurahi - História Brasileira, conto. 1956 (redac., 1825) Cancioneiro de romances, xácaras e soláus e outros vestígios da antiga poesia nacional. Lisboa, 1987 (redac., 1824) Cartas e diários Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer, ensaio político. Lisboa, 1826 Carta de M. Cévola ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar, panfleto político. Londres, 1830 (pseud.: Múcio Cévola) Carta sobre a origem da língua portuguesa, ensaio literário. Lisboa, 1844 Obras póstumas Diário da minha viagem a Inglaterra, Lisboa 1881 (redac., Birmingham, 1823)


Cartas a Agostinho José Freire, Lisboa, 1904, 132 p. (redac., Bruxelas, 1834) Cartas Íntimas, edição revista, coordenada e dirigida por Teófilo Braga. Lisboa, Empresa da História de Portugal, 1904, 172 p. Cartas de Amor à Viscondessa da Luz, Lisboa, 1955 Correspondência do Conservatório, Lisboa, 1995 (redac.: Lisboa 1836 – 1841) Discursos Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa, 1822 Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas de Autores Antigos e Modernos, Paris, 1826-1827, 5 v. Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabrozo, Londres, 1830 Da formação da segunda Câmara das Côrtes: discursos pronunciados pelo deputado J. B. de Almeida Garrett nas sessões de 9 a 12 de Outubro de 1837, Lisboa, Imprensa Nacional, 1837 Discurso do Sr. Deputado pela Terceira J. B. de Almeida Garrett na discussão, Lisboa, 1840 Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, pronunciado na sessão de 8 de Fevereiro de 1840, Lisboa, 1840 Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett, na discussão da Lei da Décima, Lisboa, 1841 Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, Lisboa, 1843 Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, Lisboa, 1846 (dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, Alexandre Herculano e João Baptista de Almeida Garrett) Obras póstumas Política: reflexões e opúsculos, correspondência diplomática. Lisboa, 1904, 2 v. Participação em publicações periódicas Toucador - Periódico sem política, dedicado às senhoras portuguesas. Lisboa, 1822 (direcção e redacção) Heráclito e Demócrito. Lisboa, Ano III, 1823 (4 mar.) [n.º único] Português - Diário político, literário e comercial. Lisboa, 1826–1827 (direcção e redacção) Cronista - Semanário de política, literatura, ciências e artes. Lisboa, 1827 (direcção e redacção) Chaveco Liberal. Londres, 1829 (direcção e redacção); Vol. I, 1 - 17 [1] Precursor. Londres, 1831 Português Constitucional. Lisboa, 1836 (direcção e redacção) Entreacto: Jornal de Teatros. Lisboa, 1837 (fundação, direcção e redacção) Jornal do Conservatório. Lisboa, 1839–1840 (fundação, direcção e redacção) Jornal das Belas-Artes. Lisboa, 1843–1846 (fundação) Ilustração - Jornal Universal. Lisboa, 1845–1846 (fundação) Algumas obras disponíveis em formato digital na Internet Biblioteca Digital Garrettiana Obras de Almeida Garrett em Luso Livros Falar a Verdade a Mentir O dia vinte e quatro de Agosto O Retrato de Vénus Camões D. Branca ou A conquista do Algarve Adozinda Da Educação Lírica de João Mínimo Portugal na balança da Europa Da formação da segunda Câmara das Côrtes. Discursos pronunciados pelo deputado J. B. de Almeida Garrett nas sessões de 9 a 12 de Outubro de 1837 Mérope / Gil Vicente O alfageme de Santarém ou A espada do Condestável Frei Luís de Sousa (vol. 3 no link externo) O Arco de Sant'Ana Flores sem Fruto Viagens na Minha Terra Obras de Almeida Garrett no Project Gutenberg Obras completas de Almeida Garrett. Grande edição popular, ilustrada. Prefaciada, revista, coordenada e dirigida por Theophilo Braga. Lisboa: Empreza da História de Portugal/ Livraria Moderna, 1904. 2 volumes. (digitalizado em archive.org) Tomo I: Poesias Teatro [2]; Tomo II: Prosas [3]

Almeida Rodrigues

Retratação

O Zephyro/1901

Almino Alvares Afonso Almir Bontendent

A mocidade Fazer caridade Independência ou morte

A Mocidade/1875 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1947


Almir Santos Almirca Junior Almiro Saint Clair Aloisio Medeiros

Profissão de fé Maria Contemplando Tisico Poema indígena Poema

Cruzeiro/1945 A Escola/1928 Revista Maranhense/1916 A Lanterna/1913 Athenas/1940 Tribuna do Povo/1958

Aluísio Azevedo Aluizio Azevedo

Pobre amor A Egreja

O Coroatá/1920 Pacotilha/1880

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís, 14 de abril de 1857 – Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913) foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de desenhista e pintor. Biografia Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de Emília Amália Pinto de Magalhães,[1] separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais como O Fígaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada.[1] Com o falecimento do pai em 1878 volta ao Maranhão para sustentar a família.[1] Ali, instigado por dificuldades financeiras, abandona momentaneamente os desenhos[1] e dá início à atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher no ano seguinte (1879). Em 1881, em período de crescente efervescência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.[1] Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.[1] Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.[1] Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscila entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento. Diplomata Aluízio de Azevedo Feito diplomata em 1895 deixa definitivamente da pena, indo servir na Espanha, Inglaterra, Itália, Japão (do qual fez apontamentos antevidentes e singulares), Paraguai e Argentina.[1] Em 1910, feito já cônsul de primeira classe, volta a instalar-se em Buenos Aires, onde convive com Pastora Luquez, de quem adotou os dois filhos.[1] Passados quase três anos, vem a falecer, já como fundador da cadeira nº 04 da Academia Brasileira de Letras.[1] Em 1918, por iniciativa de Coelho Neto, teve seus restos mortais transladados de Buenos Aires para São Luís, onde repousam definitivamente.[1] Contribuições É autor de vários romances de estética naturalista: "O mulato" (1881), "Casa de pensão" (1884), "O cortiço" (1890) e outros. Tendo por influência escritores naturalistas europeus, dentre eles Émile Zola, por tal ótica capta a mediocridade rotineira, a vida dos sestros, os preconceitos e mesmo taras individuais, opção contrária à dos românticos precedentes. Fazem-se veementemente presentes em sua obra certos traços fundamentais do Naturalismo, quais sejam a influência do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, também o fatalismo. Em Aluísio "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi. Segundo Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros no qual a homossexualidade foi representada.[2] Obras Aos Vinte Anos, conto Uma Lágrima de Mulher, romance (1880)


O Mulato, romance (1881) Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores, romance (1882) Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper, romance (1882) Casa de Pensão, romance (1884) Filomena Borges, romance (1884) O Homem, romance (1887) O Cortiço, romance (1890), Editora moderna, São Paulo, 1991, ISBN 85-16-00149-0 O Coruja, romance (1890) A Mortalha de Alzira, romance (1894) Demônios, contos (1895) O Livro de uma Sogra, romance (1895) O Japão, publicado, a partir de manuscritos encontrados na Academia Brasileira de Letras (1894) O Touro Negro, crônicas e epistolário Os Doidos, peça Casa de Orates, peça Flor de Lis, peça Em Flagrante, peça Caboclo, peça Um Caso de Adultério, peça Venenos que Curam, peça República, peça Aluísio Azevedo foi um dos fundadores do Silogeu Brasileiro, onde ocupou a cadeira 4, que tem por patrono Basílio da Gama. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k «Biografia de Aluísio Azevedo». Patrimônio da Humanidade, São Luís do Maranhão. Consultado em 23 de janeiro de 2013 ↑ Valentin, Leandro Henrique Aparecido (12 de março de 2014). «Representações da homossexualidade nos romances O Ateneu, de Raul Pompéia, e O cortiço, de Aluísio Azevedo». Rascunhos Culturais. Consultado em 14 de abril de 2023 Bibliografia COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global. BROCA, Brito. Vida Literária Brasil—1900. São Paulo: José Olímpio, 2005, 4ª ed. PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.

Alonso Rocha

Soneto Nas mãos a flor Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tribuna do Povo/1958 Tribuna do Povo/1958

Raimundo Alonso Pinheiro Rocha, conhecido como Alonso Rocha (Belém, Pará, 15 de dezembro de 1926 — 22 de fevereiro de 2010)[1], foi um escritor e poeta brasileiro. Alonso Rocha era filho do também poeta Rocha Júnior e de Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha. Foi casado com Rita Ferreira Rocha, e foi pai de cinco filhos.[2][3] Ficou conhecido como o príncipe os poetas paraenses, sendo então, um integrante imortal da Academia Paraense de Letras (APL). Alonso Rocha foi um aclamado trovador e sonetista, e publicou, entre outras obras, o livro de poesias Pelas Mãos do Vento (1954)[2]. Além de escritor, trabalhou como bancário e foi sindicalista desse setor.[1] Biografia e carreira Desde a juventude tinha interesse pela literatura, chegando a integrar a chamada Academia dos Novos, em 1942, na companhia de intelectuais como Jurandyr Bezerra, Max Martins e Antônio Cumaru Leal, além de Benedito Nunes, Leonan Cruz e Haroldo Maranhão.[2] Porém também se dedicou à profissão de bancário, e chegou a atuar no movimento sindicalista no período de 1954 a 1976. Durante esse tempo foi diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, e membro-fundador da Federação dos Bancários do Norte-Nordeste.[1] Paralelamente, Afonso Rocha era um grande apaixonado pela literatura e poesia, e se dedicou incansavelmente à defesa da rica tradição cultural do povo paraense.[2] Seu primeiro grande impacto literário foi o livro de poesias Pelas Mãos do Vento (1954). A obra ganhou os prêmio Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras (APL), e também o prêmio Santa Helena Magno (1955) pelo governo do estadual do Pará.[2] Se comparado ao seu trabalho em poesia, Alonso Rocha dedicou relativamente menos tempo da sua carreira na escrita da trova, ainda assim, essa forma poética rendeu-lhe algumas vitórias em concursos literários pelo Brasil. Por outro lado, escreveu grande parte de suas obras em sonetos, sendo descrito como um dos mais importantes escritores sonetista dos últimos 50 anos no Pará.


Sua vasta obra literária representa uma herança fundamental para a cultura paraense e brasileira. Sendo assim, é de extrema importância que seu legado e obras sejam preservadas.[1][2] Recebeu o título de IV Príncipe dos Poetas do Pará na sessão solene de 21 de julho de 1989. A escolha foi feita após a consulta a um colégio eleitoral composto por cerca de 200 personalidades das esferas culturais, científicas e sociais do estado do Pará. A comissão especial de seleção desses membros era formada pelos escritores Georgenor de Sousa Franco Filho, Pedro Tupinambá, Victor Tamer e Albelardo Santos.[1][2][3] Desde 22 de novembro de 1996, Alonso Rocha ocupou a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras (APL). Sucedeu Olavo Nunes e Bruno de Menezes, e teve como patrono o poeta Natividade Lima. Durante esse tempo participou da diretoria desde o ano de 1996, ininterruptamente, com mandato até o ano de 2010. Ainda na mesma instituição exerceu, entre outras funções, a de secretário, diretor-financeiro e vice-presidente. Sua passagem foi marcada pela dinâmica na colaboração da gestão da entendida, e pela ativa representatividade da Academia Paraense de Letras (APL).[1][3] Alonso Rocha foi detentor de inúmeras premiações, medalhas e diplomas nacionais durante sua carreira, podendo destacar algumas como as Medalhas culturais Olavo Bilac, Paulino de Brito, Dr. Acylino de Leão, e D. Pedro I; o Centenário do Teatro da Paz; o Bicentenário da Igreja São João Batista; o Centenário da Fundação da Biblioteca e Arquivos Públicos do Pará, conferidos pelo governo do estado do Pará; o Conselho de Cultura do Pará e Academia Paraense de Letras; a Medalha Olavo Bilac do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes; a Medalha condecorativa da Academia Municipalista de Letras do Brasil e Diploma de Honra ao Mérito do Instituto de Educação do Pará.[1][3] Falecimento Alonso Rocha faleceu em 22 de fevereiro de 2010, aos 84 anos de idade, em Belém[2] — sua cidade natal. Sua saúde já estava debilitada pela idade avançada, e foi agravada por complicações pulmonares. O velório do poeta ocorreu na sede da Academia Paraense de Letras, e o seu sepultamento foi realizado em um cemitério particular de Ananindeua (Pará).[1][3] Livros publicados 1954: Pelas Mãos do Vento (poesia) – Editora Falângola (Belém). 1994: Bruno de Menezes ou a Sutiliza da Transição (ensaio escrito ao lado de Célia Coelho Bassalo, J. Arthur Bogéa, João Carlos Pereira e Joaquim Inojosa) – Editora Universidade Federal do Pará (Belém). 2009: O Tempo e o Canto (poesia) – Universidade da Amazônia (Belém).

Alphonso de Guimarães Filho

O amor é assim

O Combate/1954

Afonso Henriques de Guimarães Filho, conhecido literariamente como Alphonsus de Guimaraens Filho (Mariana, 3 de Junho de 1918 - Rio de Janeiro, 28 de Agosto de 2008) foi um poeta brasileiro, filho do notável poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens. Percurso Biográfico Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, em 1940. No mesmo ano foi publicado seu primeiro livro de poesia, Lume de Estrelas, pelo qual recebeu o Prêmio de Literatura da Fundação Graça Aranha e Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. Na época, trabalhava na Rádio Inconfidência, serviço de Rádio-Difusão do Estado. Em 1946 publicou Poesias; e também a Antologia da Poesia Mineira - Fase Modernista; seguiram-se A Cidade do Sul (1948), Poemas Reunidos, 1935/1960 (1960), Antologia Poética (1963). Em 1962 foi eleito membro da Academia Marianense de Letras. Em 1974, conquistou o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, pelo livro Absurda Fábula (1973). Em 1985, ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Nó (1984). A obra de Alphonsus de Guimaraens Filho é situada pela crítica como integrante da terceira geração do Modernismo. Também ocupou a cadeira nº 4 da Academia Mineira de Letras.[1] Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico [2]. Atividades Literárias e Culturais 1937/1946 - Belo Horizonte MG - Trabalho na Rádio Inconfidência (Serviço de Rádio-Difusão do Estado) 1940 - Belo Horizonte MG - Publicação de Lume de Estrelas, primeiro livro de poesia 1941 - Belo Horizonte MG - Reingressa no jornalismo no jornal católico O Diário 1955/1974 - Organizador de antologias de poetas como Antologia da Poesia Mineira - Fase Modernista, Antero de Quental, Alphonsus de Guimaraens, Augusto Frederico Schmidt e Gonçalves Dias Homenagens, Títulos e Prêmios 1941 - Rio de Janeiro RJ - Prêmio de Literatura da Fundação Graça Aranha e Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Lume de Estrelas 1951 - Prêmio Manuel Bandeira, pelo livro O Irmão, concedido pelo Jornal de Letras 1953 - Belo Horizonte MG - Prêmio de Poesia Cidade de Belo Horizonte, pelo livro O Mito e o Criador, concedido pela Prefeitura 1962 - Mariana MG - Eleito membro da Academia Marianense de Letras 1974 - Rio de Janeiro RJ - Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, pelo livro Absurda Fábula, concedido pelo Pen Clube do Brasil


1976 - Rio de Janeiro RJ - Decreto denominando Lume de Estrelas uma rua no bairro do Méier 1985 - São Paulo SP - Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Nó, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Falecimento O poeta Alphonsus de Guimaraens Filho morreu em decorrência de uma Pneumonia e de complicações referentes ao Mal de Parkinson no Rio de Janeiro.

Alphonsus de Guimarães

Deus Há de chorar por ela os cinamomos Jesus

Cidade de Pinheiro/1924 O Combate/1954 Correio de Picos/1912

"Alphonsus de Guimaraens é o nome artístico de Afonso Henriques da Costa Guimarães, escritor mineiro nascido em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto. O autor fez faculdade de Direito e trabalhou como promotor e juiz. Além disso, dirigiu um jornal em Conceição do Serro, no estado de Minas Gerais. O poeta, que faleceu em 15 de julho de 1921 na cidade de Mariana, é um autor do simbolismo brasileiro. Suas obras, portanto, apresentam rigor formal, sinestesia e misticismo. A solidão e a morte são temáticas frequentes na poesia de Alphonsus de Guimaraens, que recorre a uma linguagem simples em vez do rebuscamento simbolista." Veja mais sobre "Alphonsus de Guimaraens" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alphonsus-guimaraens.htm Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 – Mariana, 15 de julho de 1921), mais conhecido pelo pseudônimo Alphonsus de Guimaraens, foi um escritor brasileiro.[1] A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensíveis, à medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo. Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista. Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil.[2] Traduziu também poetas como Stéphane Mallarmé, em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo". Sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas). Biografia Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em Cepães, Braga, Portugal, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinha do poeta Bernardo Guimarães, portanto, Alphonsus de Guimaraens era sobrinho-neto de Bernardo. Matriculou-se, em 1887, na Faculdade de Engenharia. Perdeu prematuramente (1889) a prima e noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães, o que o abalou moral e fisicamente. Foi, em 1890, para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, compondo a turma 64, que colou grau em 1895.[3] Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta a quem já admirava e de quem se tornou amigo pessoal. Também foi juiz-substituto e promotor em Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, MG. No ano de 1897, casou-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística, ambos de nítida inspiração simbolista. Em 1900, passou a exercer a função de jornalista, colaborando em A Gazeta, de São Paulo. Em 1902, publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; obra que o projetou no universo literário, obtendo assim reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e de amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado de Minas Gerais. Consequentemente, Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras. Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaborariam seu irmão, o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se juiz municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901–1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918–2008). Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus filhos. O apelido lhe foi dado devido ao isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética. Homenagem


O poeta Carlos Drummond de Andrade homenageou Alphonsus em seu centenário em 1970, com o poema "Luar para Alphonsus", na segunda edição do livro de poesias e crônicas chamado "Versiprosa", em 1973. Em 1987 foi inaugurado em Mariana o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens. O Museu está instalado na casa em que o escritor viveu com a família no período de 1913 a 1921. Localizado no centro histórico da cidade, o imóvel apresenta características das construções de estilo colonial, dentro dos padrões estéticos do fim do século XVIII até o início do século XIX, com dois pavimentos e um quintal, por onde se distribuem os espaços expositivos, educativos, áreas de pesquisa, de administração e de convivência do Museu.[4] Na mesma cidade há também uma rua com seu nome,[5] situada entre a ponte de areia e a ponte de tabuas - que também recebe seu nome.[6] O rapper Emicida, em 2019, lançou uma música inspirada no maior poema do autor, "Ismália". A música é uma parceria com Larissa Luz e Fernanda Montenegro, que recita o texto no final da canção.[7] Principais obras Septenário das dores de Nossa Senhora, poesia (1899)[1] Câmara Ardente, poesia (1899)[1] Dona Mystica, poesia (1899)[1] Kiriale, poesia (1902)[1] Mendigos, prosa (1920) [1] Póstumas Pastoral aos crentes do amor e da morte[1] Escada de Jacó Pulvis Salmos Poesias Jesus Alphonsus

Altair

Teus olhos Postais femininos

O Ateniense/1916 O Ateniense/1916

Alvares Azevedo Sobrinho Violino Revista Elegante/1894 Quando João Alvares de Azevedo Macedo Sobrinho nasceu, em 2 de julho de 1837, no Rio de Janeiro, seu pai, Francisco Álvares de Azevedo Macedo, tinha 22 anos e sua mãe, Maria Carolina Rodrigues Torres, 19. Casou-se com Maria José de Almeida em 12 de fevereiro de 1875, no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Eles eram pais de pelo menos 2 filhos e 1 filha. Alteredo Barros

Miséria

O Uirapurú/1946

Altino Junior

O suicida Estrela Maranhense/1859 O suicida A Estrela Maranhense/1859 Altino Rego Ciumes Philomathia/1895 Raiva Philomatia/1895 Uma lagrima Revista Elegante/1896 Noiva Cidade de Pinheiro/1924 Nome completo: Altino Rego Descrição: Poeta participando da obra "Sonetos maranhenses". Fonte(s) dos dados UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Digital. Disponível em: http://www.brasiliana.usp.br/. Obras do escritor Exibindo 1 a 1 de 1 resultados (filtrados de 86,838 resultados) Título Sonetos maranhenses

Gênero Poemas

Ano 1923

Altiva Smith

Maio e os teus anos Magia do luar Louca Paixão

Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918

Aluisio Porto

Amphiteatro Poema eterno

Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905


Tritutur dies die N´um album A visita da morta Poema do coração Indiscrição Desdemona A despedida Arrependida

Revista do Norte 1905 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte 1906 O Martelo/1911

Alvarenguinha

Repique

A Flexa/1880

Alvares d´Azevedo

Esquife cor de rosa Sem titulo Soneto Soneto

O Combate/1916 O Ramalhete/1863 Pacotilha/1891 A Mocidade/1934

Aluizio Porto

Manoel Antônio Álvares de Azevedo[1] (São Paulo, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852), conhecido também como "Maneco" pelos amigos mais próximos, familiares e admiradores de sua obra, foi um escritor da segunda geração romântica (Ultrarromântica, Byroniana ou Mal-doséculo), contista, dramaturgo, poeta, ensaísta e expoente da literatura gótica brasileira, autor de Noite na Taverna.[2][3] As obras de Álvares de Azevedo tendem a jogar fortemente com as noções opostas, como amor e morte, sentimentalismo e pessimismo, platonismo e sarcasmo, sendo influenciado por Musset, Chateaubriand, Lamartine, Goethe e, principalmente, Byron. Biografia Filho de Inácio Manoel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Silveira da Motta Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.[4] Ao longo de seus estudos de Direito, realizou a tradução do quinto ato da peça "Otelo" de Shakespeare e também verteu para o português "Parisina" de Lord Byron. Além disso, foi o fundador da revista Ensaio Filosófico Paulistano em 1849, participou ativamente da Sociedade Epicureia e começou a escrever o poema épico intitulado "O Conde Lopo", do qual apenas fragmentos sobreviveram. Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos.[5] No entanto, vale ressalva, a causa mortis do autor é um tema historicamente controverso, com diferentes hipóteses. A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (incluindo "Literatura e civilização em Portugal", "Lucano", "George Sand" e "Jacques Rolla") e Lira dos vinte anos Suas principais influências são: Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset. Figura no cânone da poesia brasileira. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias.[6] As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.


Lira dos Vinte Anos Álvares de Azevedo. Lira dos Vinte Anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto — As Três Liras — em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães).[7] é o título da principal obra do autor. É evidente a explicitação de Álvares de Azevedo na postura consciente do fazer poético, afinal em seus prefácios há um alto grau de conhecimento quanto à proposta ultrarromântica, a qual exibe um certo metarromantismo marcada pelo senso crítico. É, provavelmente, o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poema Ideias íntimas, da segunda parte da Lira. O autor de Lira dos Vinte Anos estabelece valores e critérios a sua obra. Revela-se, assim, uma verdadeira teorização programada. No segundo prefácio de Lira dos Vinte Anos, o seu autor nos revela a sua intencionalidade e o vincula de tal maneira ao texto poético, que a gratuidade e autonomia perde espaço e revela a intencionalidade do poeta, isto é, explicação de temas, motivos e outros elementos. Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão diz respeito à sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o "Prefácio" à "Segunda parte" de Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética. Machado de Assis publicou na coluna “Semana Literária” do jornal Diário do Rio de Janeiro de 26 de junho de 1866 uma análise da Lira dos vinte anos. Ali escreveu: “Álvares de Azevedo era realmente um grande talento; só lhe faltou o tempo, como disse um dos seus necrólogos. [...] Era daqueles que o berço vota à imortalidade. Compare-se a idade com que morreu aos trabalhos que deixou, e ver-se-á que seiva poderosa não existia naquela organização rara.” “Em tão curta idade, o poeta da Lira dos vinte anos deixou documentos valiosíssimos de um talento robusto e de uma imaginação vigorosa. Avalie-se por aí o que viria a ser quando tivesse desenvolvido todos os seus recursos”.[8] O crítico literário português Lopes de Mendonça, num perfil literário de Álvares de Azevedo, escreve: “O jovem poeta não cantava somente para as turbas que se deixassem comover pela harmonia de seus cantos; cantava porque lhe ardia no peito um fogo devorador, porque a sua alma ébria, e palpitante, lhe acendia a imaginação, e como lhe intimava, que traduzisse aos outros, a magia dos seus sonhos, o fervor dos seus desejos, o esplêndido irradiar da sua esperança”.[9] O jornal niteroiense A Pátria de 16 de maio de 1856, numa “Meditação aos ossos do poeta Álvares de Azevedo”, afirma que “aquele crânio foi um livro de versos sublimes como os de Byron, foi uma página divina de Shakespeare; foi um raio da inteligência de Homero; aquele crânio guardava um cérebro cheio como o de Camões, e constituiu uma cabeça que merecia uma coroa, como a que Tasso teve no Capitólio!”.[8] Atualmente, a literatura de Álvares de Azevedo tem suscitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (EDUSP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes hugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Dissertação de Mestrado, USP, 1999); "Álvares de Azevedo: A busca de uma literatura consciente", de Gilmar Tenorio Santini (Dissertação de Mestrado, UNESP, 2007); "Uma lira de duas cordas", de Rafael Fava Belúzio (Scriptum, 2015). O crítico literário Alexei Bueno faz uma interessante observação sobre a "característica quase esquizoide da alma de Álvares de Azevedo", a dissociação entre sua obra "onde não faltam bebedeiras e orgias altamente byronianas" e sua vida pacata de "excelente e responsabilíssimo aluno, de enorme afeição familiar e provavelmente bastante casto".[10] Essa mesma polarização é problematizada em "Uma lira de duas cordas", obra que faz uma inovadora leitura da recepção crítica do poeta. Trabalhos Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente. Lira dos Vinte Anos (1853, antologia poética); Macário (1855, peça de teatro); Noite na Taverna (1855, contos); O Conde Lopo (Juaréz Cavalcante) Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William Shakespeare. Cronologia 1831, 12 de setembro – Nascido em São Paulo, na esquina da rua da Feira com a rua Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiuva. 1831 – Transfere-se para o Rio de Janeiro. 1835 – Morre a 26 de junho seu irmão mais novo, Inácio Manoel, em Niterói, ainda bebê, com menos de dois anos, deixando o futuro poeta profundamente abalado. 1840 – É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade". 1844 – Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano. 1845 – Matricula-se no 5º ano do internato do Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores. 1846 – Cursa o 6º ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos José Gonçalves de Magalhães. 1847 – Recebe, a 5 de dezembro, o grau de bacharel em Letras. 1848 – Ingressa, a 1 de março na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães. 1849 – Matricula-se no 2º ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte.


1850 – Escreve um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga (hoje perdido). A 9 de maio, profere o discurso inaugural da sociedade "Ensaio Filosófico". De volta a São Paulo, matricula-se no 3º ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus. 1851 – Cursa o 4º ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô. 1852, 25 de abril – Após complicações advindas de uma queda de cavalo, no município de Itaboraí, no trajeto de Visconde para Porto das Caixas, cria-se um tumor na fossa ilíaca que tentou ser retirado segundo alguns biólogos sem anestesia, a ferida infecciona e após 40 dias de febre alta falece, às 17 horas no Rio de Janeiro em casa. É enterrado no dia seguinte, num cemitério na praia vermelha na zona sul do Rio de Janeiro que mais tarde viria a ser destruído pelo mar em ressaca. Segundo biógrafos seu cachorro teria encontrado seus restos mortais. Hoje está sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro, num mausoléu da família perto dos túmulos de Floriano Peixoto e outros grandes nomes do final do séc. XIX — tendo sido o décimo segundo a ser sepultado nesse cemitério inaugurado em 1854, como consta da primeira página de seu livro de registros.[11] Obras 1853 Poesias de Manoel Antônio Álvares de Azevedo'Lira dos Vinte Anos e Poesias diversas; 1855 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa (Noite na Taverna); 1862 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e "Terceira parte" da Lira. 1866 O Conde Lopo, poema inédito. Merece um destaque especial a Lira dos Vinte Anos, composta de diversos poemas. A Lira é dividida em três partes, sendo a primeira e a terceira da Face Ariel e a segunda da Face Caliban. A Face Ariel mostra, supostamente, um Álvares de Azevedo ingênuo, casto e inocente. Já a Face Caliban apresenta poemas irônicos e sarcásticos.

Alvaro de Almeida Franco

Num cemiterio

O Rosariense/1903/04

Alvaro Martins

Paisagem do norte Canto da lavadeira Paisagem rustica

Pacotilha/1901 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903

Álvaro Dias Martins (Trairi, 4 de abril de 1868 — Fortaleza, 30 de junho de 1906) foi um poeta brasileiro.[1][2][3] Biografia Depois de ter morado em Fortaleza durante cerca de seis anos, onde trabalhou como caixeiro viajante, foi morar no Rio de Janeiro, em 1885. Na capital do Império, exerceu a atividade jornalística, colaborando com o jornal abolicionista Cidade do Rio, de José do Patrocínio, e no republicano Gazeta Nacional.[1] Devido a problemas de saúde, regressou ao Ceará em 1888, onde fundou o Clube Republicano do Estado. Exerceu, a partir de 1901, o magistério no Liceu do Ceará.[4] Foi sócio-fundador do Centro Literário. Seus poemas foram publicados em diversas revistas no país e no exterior, tornando-o bem conhecido. Entre os que elogiaram o seu trabalho, destaca-se Eça de Queirós, conforme nos relata o Barão de Studart (Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense, Tomo I, p. 41, 1980).[5][6] Obras Suas obras mais famosas foram: Os Pescadores da Taíba, (1895),[2] Capela Milagrosa, (1898),[1] Homenagens Patrono da cadeira Nº 2 da Academia Cearense de Letras, Uma rua em Fortaleza foi nomeada em homenagem ao poeta,[7]

Álvaro Miranda

Mortalha de pó Mortalha de luz

A Fita/1919-20 A Fita/1919-20


Alvaro Moreyra

Canção dolente

Palace-Jornal/1914

Álvaro Maria da Soledade Pinto da Fonseca Velhinho Rodrigues Moreira da Silva (Porto Alegre, 23 de novembro de 1888 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1964) foi um poeta, cronista e jornalista brasileiro. Modificou voluntariamente o longo nome de família para Álvaro Moreyra, com y, para que esta letra "representasse as supressões" destes nomes. Biografia Filho de João Moreira da Silva e de Rita Pinto da Fonseca, estudou no colégio jesuíta de São Leopoldo.[1] Ao terminá-lo foi trabalhar como jornalista em Porto Alegre, no Petit Journal e depois no Jornal da Manhã, de Alcides Maya.[1] Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em direito em 1910. Entre 1912 e 1914 esteve em Paris e viajou também à Itália, Bélgica e Inglaterra. De volta ao Brasil, iniciou a carreira jornalística no Rio, tendo sido redator de Fon-Fon, Bahia Ilustrada, A Hora, Boa Nova, Ilustração Brasileira, na qual exerceu cargo de Diretor, tendo sido homenageado por amigos e admiradores com almoço no Restaurante Assyrio (ver Ilustração Brasileira, Julho, 1923), Diretrizes e Para Todos. Com Brício de Abreu, criou o periódico Dom Casmurro.[2] Admirador das artes cênicas, fundou no Rio de Janeiro, em 1927, o "Teatro de Brinquedo", junto com Eugênia Álvaro Moreyra,[1] o primeiro movimento racionalmente estruturado no país para a renovação do teatro. Em 1937, apresentou à Comissão de Teatro do Ministério da Educação e Cultura, um plano de organização de uma "Companhia Dramática Brasileira", que foi aceito. Com ela, Álvaro Moreyra excursionou aos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e fez temporada de três meses no Teatro Regina, do Rio. A partir de 1942 teve destacada atuação no rádio brasileiro, onde além de escrever crônicas, também as interpretava. Participou do programa "Conversa em Família" e apresentava uma crônica diária de cinco minutos no programa "Bom-dia Amigos". Em 1958 recebeu o prêmio do melhor disco de poesia com os Pregões do Rio de Janeiro. Era membro da Fundação Graça Aranha, da Sociedade Felipe d’Oliveira, da Academia Carioca de Letras e do Pen Clube do Brasil. Era casado com Eugênia Álvaro Moreyra, líder feminista e sua companheira de teatro e jornalismo.[1] A residência do casal, em Copacabana, era ponto de encontro de escritores e intelectuais. Após a morte de Eugênia, Álvaro casou-se com Cyla Rosenberg.[1] A veia jornalística de Eugênia e Álvaro Moreyra persistiu na família: o filho Sandro foi cronista esportivo; as netas, Sandra e Eugênia Moreyra[3] são jornalistas, e a bisneta Cecília formou-se em comunicação.[4] Obras Poesia 1909 - Degenerada 1909 - Casa desmoronada 1910 - Elegia da bruma 1911 - Legenda da luz e da vida 1916 - Lenda das rosas 1929 - Circo 1933 - Caixinha dos três segredos Prosa 1915 - Um sorriso para tudo 1921 - O outro lado da vida 1923 - A cidade mulher 1924 - Cocaína 1927 - A boneca vestida de Arlequim 1933 - O Brasil continua 1936 - Tempo perdido 1946 - Teatro espanhol na Renascença 1954 - As amargas, não... 1955 - O dia nos olhos 1958 - Havia uma oliveira no jardim Teatro 1929 - Adão e Eva e outros membros da família 1927 - Noé e os outros (Theatro João Caetano) Discursos O mais conhecido é o dedicado a Olavo Bilac, na sessão solene do Conselho Municipal de Porto Alegre, em 1916.


Academia Brasileira de Letras Álvaro Moreyra foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o quarto ocupante da cadeira 21. Foi eleito em 13 de agosto de 1959, na sucessão de Olegário Mariano, tendo sido recebido por Múcio Leão em 23 de novembro de 1959. Referências ↑ Ir para:a b c d e SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp. ↑ Brício de Abreu e o jornal literário Dom Casmurro. Por Tania Regina de Luca. Varia Historia, vol. 29 n° 49. Belo Horizonte, janeiroabril de 2013 ISSN 0104-8775 ↑ Memória Globo. Eugenia Moreyra ↑ "A morte do cronista Sandro Moreyra". Placar, n° 901, 7 de setembro de 1987

Alvaro Queizada

Como te amo

28 de Julho/1892

Alves de Sousa

Legenda Vizão de lenda São João O ideal de um poeta Lágrimas de mãe Lágrimas de mãe Legenda Angelus Lágrimas de mãe Perolas perdidas Rimas Lagrimas de mãe

A Luz/1908 O Coroatá/1920 O Coroatá/1920 Jornal do Comercio/1920 A Fita/1921 A Fita/1921 Revista do Norte/1904 Jornal do Comercio/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Codó/1920

António Alves de Sousa (Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, 9 de Janeiro de 1884[1] - Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, 5 de Março de 1922[2]) foi um escultor português naturalista da chamada Escola do Porto.[3] Biografia António Alves de Sousa nasceu numa família de parcos recursos no dia 9 de Janeiro de 1884, às 5 da manhã. Há notícia de que, após ter concluído a instrução primária, em 1894,e como já mostrava vocação para trabalhar a pedra (diz-se que corria muitas vezes para pedreiras nas redondezas e era visto a chegar com matéria prima para a sua arte), terá frequentado a Escola da Fábrica das Devezas, em Vila Nova de Gaia, onde o seu pai, Joaquim de Sousa e Silva, trabalhava como pedreiro. Dessa Fábrica era sócio Teixeira Lopes, pai, e a tradição oral diz que este artista seria amigo do Rei D. Carlos, que utilizou para boa influência na entrada de Alves de Sousa na Accademia portuense. A falta do segundo grau da instrução primária viria a criar-lhe problemas, mais tarde, na admissão para Professor da Academia de Belas Artes do Porto Alves de Sousa conseguiu assim entrar para a Academia de Belas Artes do Porto (actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) com apenas 13 anos, tendo requerido em 1897 a sua matrícula em Desenho Histórico, curso que concluiu em 5 anos, tal como o de Escultura, chegando a acumular ambos. Esteve oito anos nesta escola, tendo concluído o curso em 1905 com a prova final "Uma mulher do povo conduzindo duas creanças, cae debilitada pela fome em um banco de praça publica. Rodeiam-na populares procurando reconfortá-la." Presume-se que tenha começado por esta altura a frequentar o atelier de Teixeira Lopes (no mesmo local onde hoje se encontra a Casa Museu Teixeira Lopes e as Galerias Diogo de Macedo (este seu contemporâneo em Paris), executando trabalhos de assinatura própria e outros provenientes de encomendas de clientes do mestre Teixeira Lopes, que também foi seu professor na Academia. Em 1907 concorre a uma bolsa do Estado para estudar em Paris, mas é batido pelo companheiro de atelier e de curso, José d'Oliveira Ferreira.[4] Consegue essa bolsa no ano seguinte concorrendo contra Rudolfo Pinto do Couto,[4] e parte para Paris no início de 1909, chegando à cidade luz precisamente no dia 24 de Janeiro de 1909, e apresentando-se ao chefe da Légation de Portugal no dia seguinte. A lista de contemporâneos de Alves de Sousa em Paris é quase infindável. Recorde-se que se viva a chamada Age d'Or, mas ficam aqui alguns por mera curiosidade: Rodin, Picasso, Modigliani, Injalbert, Guilhermina Suggia, Diogo de Macedo, Oliveira Ferreira, Amadeo de Souza Cardoso, Guillaume Apollinaire, Dórdio Gomes, João Chagas, Afonso Costa, Columbano Bordalo


Pinheiro (os três últimos foram visitas do seu ateliê, sendo que João Chagas, como Ministro de Portugal em Paris, teve uma relação cordial com Alves de Sousa: o escultor esculpiu o busto de Madame Chagas;), etc. Em Paris começa a frequentar o atelier do mestre Jean-Antoine Injalbert, grande escultor francês, estando por determinar se esse atelier se situava na Academia Colarossi, onde Injalbert prestou a sua colaboração, ou se tinha existência autónoma. Em 1910, Alves de Sousa é admitido à École des Beaux Arts, de Paris, (admissão que havia falhado em 1909), onde tem sempre boas notas, ficando inclusivamente dispensado dos concursos de permanência e passagem. Nesse mesmo ano, em Maio, participa no Salon com alguma da sobras que deveria enviar no final do ano à Academia de Belas Artes do Porto para obter aproveitamento e prorrogação da bolsa. Em Paris amiga-se da francesa Germaine Marie Victoire Lechartier, de quem tem dois filhos (uma menina, Hydrá, e um menino, Caius), vindo a perder Germaine para a Gripe Espanhola em 1918, ano em que se presume que regressa a Portugal com os dois filhos. Há notícia de que terá participado na parte escultórica da Casa Barbot. Alves de Sousa tornou-se conhecido pela vitória, com o arquitecto Marques da Silva, no projecto para o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular do Porto (a "Estátua da Rotunda da Boavista, na Praça Mouzinho de Albuquerque), cuja primeira pedra foi lançada em 1909, mas cuja inauguração ocorreu apenas em Maio de 1951, muito depois da sua morte. Maior notoriedade entre os meios intelectuais da época atingiu com o seu segundo lugar (novamente com o arquitecto Marques da Silva) em 1914, no Monumento ao Marquês de Pombal, tendo a polémica sido alvo, inclusivamente, de discussão no Parlamento, além de ter corrido todos os jornais da época. Alves de Sousa falece precocemente com 38 anos em Vilar de Andorinho a 5 de Março de 1922, na mesma casa onde nascera, quando trabalhava no Projecto do Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Flandres (o que lá está hoje é da autoria de Teixeira Lopes), e da sua certidão de óbito consta que a causa da morte foi "Sífilis Cerebral", havendo testemunhos de que a sua saúde mental se vinha degradando aceleradamente no último ano de vida, sintoma descrito nos anais da doença que o vitimou.[2] Ver também Rotunda da Boavista Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular (Porto) Casa Barbot Referências ↑ GOMES, J. Costa - "Alves de Sousa - talento simples em Alma Simples" ↑ Ir para:a b Assento de Óbito 506/1922 1.º Conservatória do Registo Civil de Gaia ↑ Há quem defenda que, dentro da Escola do Porto, se deve autonomizar a Escola Gaiense, que se pode situar entre o final do século XIX e o início do século XX, e de que são expoentes Soares dos Reis e Teixeira Lopes, filho. ↑ Ir para:a b Cronologia da FBAUP (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto)[1][ligação inativa] Ligações externas «António Alves de Sousa, Antigo Estudante da Academia Portuense de Belas Artes» «Blogue sobre o escultor onde se pode acompanhar a investigação sobre o mesmo» «Fundação Marques da Silva»

Alvina Gameiro

Respostas ao mar Respostas ao mar

Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964

Alvina Fernandes Gameiro - A poetisa, escritora, pintora, contista, romancista e professora Alvina Gameiro é natural de Oeiras-PI, nasceu em 1917 e faleceu em Brasília em 1999. É formada em Artes Plásticas pela Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, depois graduou-se pela Universidade de Colúmbia, NY – USA. Já ministrou aulas de inglês e português no Piauí, Maranhão e Ceará. Morou em Teresina, Fortaleza, Brasília e Los Angeles. Já ganhou prêmios. Publicou livros de contos, romance, poesia de cordel romance e novela. 15 contos que o destino escreveu (1970); A Vela e o temporal (1957), Chico Vaqueiro no meu Piauí (1971); Contos do sertão do Piauí (1988), Curral de serras (1980); O Vale das Açucenas (1963). Foi homenageada no 7º Salão do Livro do Piauí (Salipi). Alvina Gameiro fez parte dos imortais da Academia Piauiense de Letras, ocupando a Cadeira 14 – patrono: Cônego Raimundo Alves da Fonseca. Data e local de falecimento: 13/08/1999 - Brasília-DF Nasceu em Oeiras (PI), em 10 de novembro de 1917. Diplomada em Belas Artes. Professora universitária, pintora, contista, romancista. Colab. em periódicos. Premiada em concurso literário. Pert. à Academia Piauiense de Letras, à Associação


Nacional de Escritores, à International Writer Association, à Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, entre outras instituições culturais. Partic. das obras Antologia de sonetos piauienses, 1972, org. de Félix Aires; O livro da ajebiana, 1979, org. de Cândida Galeno; Planalto em poesia, 1987; e Contos correntes, 1988, ambas org. de Napoleão Valadares. Bibl.: A vela e o temporal, 1957; O vale das açucenas, 1963; Orfeão de sonhos, 1967; 15 contos que o destino escreveu, 1970; Chico Vaqueiro do meu Piauí, 1979; Curral de serras, 1980; Contos dos sertões do Piauí, 1988. Faleceu em 13 de agosto de 1999.

Amado Nervo

Cobardia

Athenas/1941

Amado Ruiz de Nervo y Ordaz, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, (Tepic, Distrito Militar de Tepic, Jalisco, Mexico, 27 de agosto de 1870 — Montevidéu, Uruguai, 24 de maio de 1919) foi um poeta mexicano. O romance O bacharel (1895) apresenta características naturalistas. Os livros de poemas Pérolas negras e Místicas (1898) têm características que indicam influência da chamada poesia modernista hispano-americana. Carreira Em 1894, Nervo continuou sua carreira na Cidade do México, onde se tornou conhecido e apreciado, trabalhando na revista Azul, com Manuel Gutiérrez Nájera. Foi nessa época que conheceu a obra de Luis G. Urbina, Tablada, Dávalos, Rubén Darío, José Santos Chocano e Campoamor. Sua formação em jornalismo e reportagem de notícias floresceu durante esses anos, enquanto ele continuou escrevendo para El Universal, El Nacional e El Mundo. Ele manteve uma parceria formal com El Mundo até junho de 1897.[1][2] Em outubro de 1897, o El Mundo lançou um suplemento chamado La Comedia del Mundo, com a Nervo assumindo a responsabilidade pela produção geral. Em janeiro de 1898, o suplemento foi criado independentemente do El Mundo e mudou seu nome para La Comedia.[1][2] Nervo ganhou notoriedade nacional na comunidade literária após a publicação de seu romance El bachiller e de seus livros de poesia, incluindo Místicas e Perlas Negras.[1][2] Em 1898, Nervo fundou, junto com Jesús Valenzuela, La Revista Moderna. A revista foi a sucessora da Azul. Ele era primo do renomado artista plástico Roberto Montenegro Nervo. As primeiras ilustrações de seu primo foram produzidas para a revista La Revista Moderna.[1][2] Em 1902, Nervo escreveu "La Raza de Bronce" ("A Corrida do Bronze") em homenagem a Benito Juárez, ex-presidente do México. Em 1919, o escritor boliviano Alcides Arguedas usou o termo em seu romance Raza de Bronce. Em 1925, o termo foi usado pelo luminar mexicano José Vasconcelos em seu ensaio La Raza Cósmica.[1][2] Nervo passou os primeiros anos do século XX na Europa, particularmente em Paris. Enquanto estava lá, foi correspondente acadêmico da Academia Mexicana de la Lengua. Enquanto em Paris, Nervo fez amizade com Enrique Gómez Carrillo e Aurora Cáceres, para quem escreveu um prólogo para o livro La rosa muerta.[1][2] Diplomacia internacional Quando Nervo voltou para o México, foi nomeado embaixador do México na Argentina e no Uruguai.[1][2] Obras Obras completas, ed. de Francisco González Guerrero y Alfonso Méndez Plancarte, Madrid: Aguilar, 1962, 2 vols. Romances Pascual Aguilera (1892 e 1899) El bachiller (1895). El donador de almas (1899). El diablo desinteresado (1916). Poesia Poesías completas (Madri: Biblioteca Nueva, 1912) Perlas negras (1810). Místicas (1824). Poemas (París). La hermana agua (1902) El éxodo y las flores del camino (1902), verso e prosa. Lira heroica (1924). Las voces (1926). Los jardines interiores (1930). En voz baja (1938). Serenidad (1941).


En Paz (1943), um de seus poemas mais conhecidos. Elevación (1944). Plenitud (1946), prosa e verso. El estanque de los lotos (1919). El arquero divino (1949). La amada inmóvil (1950). Mañana del poeta (1952). La última luna (1956) Contos Almas que pasan (1916). Ellos, prosa. (1915) Plenitud, prosa (1918). Cuentos misteriosos (1921). Los balcones, cuento y crónica. Ensaio El éxodo y las flores del camino (1902), crônicas. Juana de Asbaje, ensaio, biografia de Sor Juana Inés de la Cruz (1910). Mis filosofías, ensaio (1912). En torno a la guerra, ensaio (1921) Teatro Consuelo, zarzuela posta em métrica musical por Antonio Cuyàs e estreada no Teatro Principal da Cidade do México em 1899. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g Nervo, Amado (2006). Lunes de Mazatlán: crónicas (1892-1894) (em espanhol). [S.l.]: Océano ↑ Ir para:a b c d e f g Pazarín, Víctor Manuel (2015). «Amado Nervo». En Guedea, Rogelio, ed. Historia crítica de la poesía mexicana. Tomo I. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica. p. 279. ISBN 978-607-16-3859-5 Ligações externas Poesias de Amado Nervo Poemas representativos do Poeta Amado Nervo, Grande parte de sua Obra Antología Poética desse reconhecido poeta mexicano. Proyecto Amado Nervo: leituras de uma obra no tempo Poemas em torno da criação poética

Amaral Ornelas

Vida A morte

O Motivo/1955 O Motivo/1955

Gustavo Adolfo do Amaral Ornellas (Rio de Janeiro, 20 de outubro de 1885 — Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 1923), poeta, dramaturgo, jornalista e médium espírita brasileiro.[1][2] Teve atuação dinâmica nos meios literários, destacando-se como autor da peça intitulada O Gaturama, premiada pela Academia Brasileira de Letras. Desenvolveu seus trabalhos no campo doutrinário junto à Federação Espírita Brasileira, tendo sido ainda diretor da revista Reformador.[2] Foi médium passista, tarefa que exerceu até aos últimos dias de sua vida, e autor de inúmeras poesias de cunho espírita. Referências ↑ «Amaral Ornelas – FEIG». feig.org.br. Consultado em 19 de março de 2023 ↑ Ir para:a b «Personagens Do Espiritismo». Consultado em 19 de março de 2023

Amaral Raposo

Trova do dia As fábricas

Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1964


Amaral Raposo é como ficou conhecido José Raposo Gonçalves da Silva (Grajaú, 27 de maio de 1903 — 10 de abril de 1976) foi um jornalista, político e escritor brasileiro. Amaral Raposo foi um jornalista que primava pelo rigor às normas gramaticais da língua portuguesa. Em seus textos, a maioria de cunho satírico e crítico, a norma culta prevalecia. Nas palavras do professor Sebastião Jorge: 'Não tolerava escorregões, nem pequenos deslizes por parte daqueles que se aventuravam em fazer acrobacias na superfície imaculada de uma página de jornal ou de um livro.' Entre outros, trabalhou nos seguintes jornais de São Luís: O Combate, Diário do Povo, O Imparcial e Jornal Pequeno. Atuou também como comentaristas nas rádios Timbira e Difusora de São Luiz . Foi membro da Academia Maranhense de Letras. Amaral Raposo exerceu também um mandato de deputado estadual pelo estado do Maranhão. Homenagens Em memória a este jornalista, várias escolas receberam o seu nome, em diversas cidades do estado do Maranhão; podemos citar algumas: em Imperatriz, sul do estado do Maranhão, a maior escola da rede estadual de ensino recebe o nome de Centro Educacional de Ensino Médio e Fundamental Amaral Raposo. A escola possui aproximadamente 3.000 alunos; em sua terra natal, a cidade de Grajaú, também existe uma escola da rede estadual de ensino cujo nome é Centro de Ensino em Tempo Integral Amaral Raposo, localizada no bairro mangueira; na Capital do estado, São Luís, existe a escola Amaral Raposo, mantida pela rede municipal, localizada próxima ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Amaral Raposo, uma legenda!* Amaral Raposo, uma legenda!* – Blog do Pautar José Raposo Gonçalves da Silva [Grajaú, Maranhão, 27 de maio de 1903 – 10 de abril de 1976] usava o pseudônimo de Amaral Raposo e era, o que se pode dizer, com todas as letras, um homem extraordinário. Relembro Amaral com muita saudade, honroume com sua amizade, ensinou-me muitas coisas, me divertiu com suas histórias e me fez ouvir muitas canções bonitas [músicas e versos seus] acompanhados pelos acordes que, magicamente, produzia em seu violão, companheiro inseparável de memoráveis serestas. Filólogo, Amaral era um purista do nosso idioma, sempre na espreita para apontar alguma asneira que descobrisse em ultraje à língua em que Camões cantou o bravo peito lusitano e que também pediu esmolas, gestos que levaram o professor Sebastião Jorge a registrar que Amaral Raposo “não tolerava escorregões, nem pequenos deslizes por parte daqueles que se aventuravam em fazer acrobacias na superfície imaculada de uma página de jornal ou de um livro”. Fernando Viana [escritor, médico e político maranhense] que tinha Amaral Raposo guardado em seu coração, o levou consigo quando foi estudar Medicina na Bahia. Enquanto Fernando Viana estudava, o nosso Amaral tratou de arranjar um “bico” no jornal “Correio da Tarde” para pagar a pensão, e às noites, quando o futuro tisiologista manuseava os grossos volumes da Ciência de Hipócrates, Amaral dedilhava o doce e saudoso violão para deleitar o amigo. E, assim, foram os seis anos da formação do querido companheiro na cidade de Salvador. Um belo dia, Fernando Viana mandou, para o próprio jornal em que o Amaral trabalhava, o seguinte soneto que era um perfil irretocável do seu querido parceiro. Diz assim: “Mistura de filósofo e de cético, / na completa inversão de um dom Donzel. / É um gozo vê-lo, súbito, apoplético, / sobre os doces de a vida pingar fel. / Tendo horror ao grotesco, a que cruel, / pulveriza sem dó – seu senso estético / ora, fá-lo vestir-se qual Brummel; / ora, impõe-lhe um desleixo ultrassintético. / Poeta, de um lirismo que comove. / Tem olhos tumefatos, que nos dão / a lembrança do Mal de Basedow. / Boêmio de nascença e profissão, / É-lhe a prova, mais certa que as do nove, / um cigarro, uma cana e um violão”. Em tempo: O nosso Sálvio Dino, há pouco falecido, ao fazer o necrológio de Amaral Raposo na Assembleia Legislativa, após o seu sepultamento a 11 de abril de 1976, compara seus sonetos “As Fábricas” e “Postal”, “entre os melhores sonetos brasileiros de todos os tempos e coloca o poema ‘Só’ em nível dos poemas de angústia dos mundialmente famosos de Edgar Allan Poe, Oscar Elide e Reading. [...] Zeca Gonçalves foi também grande solista de violão, tanto na música popular quanto na música de câmara e erudita [...]”. E para concluir este seu pequeno perfil biográfico, enfatizou Sálvio: “transcrevo, a seguir, a opinião do insigne professor de Direito Penal (seu cunhado) Dr. Antenor Mourão Bogéa: ‘Para o poeta inspiradíssimo, para o tribuno fulgurante, para o editorialista escorreito, para o filólogo abalizado, para o violonista aplaudido, para a figura prototípica da simplicidade, para o humorista eçaniano, que tudo isso foi Amaral Raposo, voltam-se as atenções da expoência intelectual do Maranhão”.


Amaral Raposo, ou simplesmente Zeca, foi eleito para a Cadeira nº 37 da Academia Maranhense de Letras, patroneada pelo poeta Inácio Xavier de Carvalho, vaga, por ironia, com o falecimento do Dr. Luís Viana, irmão de Fernando Viana e também médico. Amaral Raposo espalhou pela cidade que iria fazer um discurso de posse sem verbo. Os que acreditavam em Amaral Raposo estavam certos de que o velho mestre seria capaz de tal façanha, apesar de o verbo ser o ponto de ligação entre as orações; sem a presença do verbo se torna muito difícil a comunicação, mas ele nos dizia que era possível; outros duvidavam daquela proeza. E de fato aconteceu... Em certa altura, na peroração discursiva, Amaral Raposo num rasgo, justifica a proeza da tal oração sem verbo: “Feita esta breve digressão, quero, ainda, salientar um episódio, cuja referência me parece oportuna. É que eu, tempos há, em palestra informal com amigos, tinha dito que faria meu discurso de posse, inteiramente sem verbos. E – adiantei – para substituir uma individualidade excepcional como Luís Viana, algo de excepcional se me afigurava mister igualmente realizar. Ouviu-me dizer isso o jovem e conhecido cronista Benedito Buzar, e, bom profissional que o é, registrou o fato por mais de uma ocasião, em seu jornal. As notícias não correm; voam. Assim, sem demora, até a imprensa da Guanabara comentou, com antecedência, o discurso que eu iria pronunciar, anunciado, aliás, por mim, e, por simples blague, numa ligeira palestra de bar. Em tais circunstâncias, já agora que sou compelido a cumprir, embora em parte, a promessa, ou a empresa a que me aventurei, bem inadvertidamente. Consegui-lo-ei? Dir-no-lo-á, depois vosso julgamento, Senhores Acadêmicos: (1) Eis o texto sem verbo: “Onde, agora, os elementos essenciais à consecução da meta em pauta? Ante o fulgor sideral da personalidade de Luís Viana, surpreendente de ilustração e de cultura, onde em mim, a energia espiritual, a força de análise, os recursos de intuição, e, ainda, os documentos imprescindíveis ao estudo e à crítica para o elogio do vitorioso didata? Onde, em mim, a esta altura de uma existência, sem brilho e sem relevo, portador de um coração já deserto de impulsos criadores e de uma alma já órfã de esperanças, de idealismo e de sonho, a conquista dos clarões mentais, indispensavelmente necessários ao exame de tão preclaro representante da capacidade científica maranhense, das vitórias literárias maranhenses, dos triunfos poéticos maranhenses, sobretudo da extraordinária vocação pedagógica do insigne conterrâneo, tão viva e palpitante, entre as cogitações desse grande vencedor de mil batalhas, nos altiplanos da erudição e da sabedoria? Por isso mesmo, para quem as solenidades desta noite? Para quem esta reunião dos mais categorizados expoentes do nosso romance, do nosso periodismo, de nossa poesia, de nosso teatro, de todas essas multifárias e luminosas atividades, presentes, sempre, nas elevadas preocupações dos homens de pensamento e de cultura? Acaso por minha causa, acaso para mim, obscuro combatente de campanhas sem vitórias, para mim, vaga figura sem projeção e sem nome. Além das fronteiras provincianas de nossa terra? Certo de que não. Para quem esta honra grandiosa, tão repleta de beleza espiritual, de encantamento e de sonho? Para mim, para a inútil insignificância do meu nada? Não ainda, para quem, pois, a homenagem? Para Luís Viana, para o infatigável mestre de sucessivas gerações, para o professor do Instituto de Manguinhos, para o belo cronista de “O Estado de São Paulo”, para o diretor da Instrução Pública da Paraíba, para o catedrático de História Natural do Liceu Maranhense; e, num crescendo (2) incessantemente de funções e de cargos, cada qual mais à altura de nossos louvores, de nossa admiração e de nosso respeito? Para o diretor do Liceu Maranhense, para o idealista e o pioneiro da Escola Normal do Maranhão, para o fundador, logo depois, do colégio de “São Luís”, essa tradicional fonte de educação moral e cívica de nossa mocidade estudiosa”. Notas de Amaral Raposo: (1) Conseguiu, pois, a oração fazê-la sem verbo? (2) “Crescendo”, no caso, é substantivo. Dizem os dicionários: s.m. progressão, gradação. * Fernando Braga, in “Conversas Vadias” [Toda prosa], antologia de textos do autor.

Americo Cesar

Americo Cezar Americo Cezar

O bandido Depois de um enterro O meu retrato Na rua da tristeza Nazareth A minha mãe Deus O bandido Eterno amor Deus Deus Depois de um enterro Ela não morreu

O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918


Americo Lemos Americo Maranhão Americo Tupy

Cruel incerteza Cego A instrução

O Martelo/1911 Revista do Norte/1902 A Escola/1918

Amir Guilboa

Cem chapeus

Correio do Nordeste/1964

Amir Gilboa (em hebraico : ‫( )אמיר גלבע‬nascido em 25 de setembro de 1917 — falecido em 2 de setembro de 1984) foi um poeta israelense nascido na Ucrânia. Gilboa recebeu o Prêmio Israel de literatura em 1982. Berl Feldmann (mais tarde Amir Gilboa) nasceu em uma família judia em Radziwillow (agora Radyvyliv , Volhynia ) na Ucrânia . Em 1937, ele imigrou para o Mandato da Palestina . Em 1942, ele lutou na Segunda Guerra Mundial na Brigada Judaica do Exército Britânico . Em 1948, ele lutou na Guerra da Independência de Israel . Ele morreu em 1984 no Hospital Beilinson em Petah Tikva devido a complicações da doença cardíaca isquêmica. Em 1949, ele publicou um volume de poesia intitulado Sheva Reshuyot ("Sete Domínios") sobre suas experiências de guerra. Esta coleção, juntamente com o seu Early Morning Songs, publicado em 1953, estabeleceu sua reputação como um dos principais poetas hebreus. Seus primeiros trabalhos foram influenciados por Avraham Shlonsky e Natan Alterman , especialmente em seu uso do hebraico arcaico e bíblico. Mais tarde, sua linguagem se torna mais coloquial, com uma abundância de rimas, palavras e comentários satíricos. [1] eu quis escrever os lábios de dorminhocos, publicado em 1968, dedica-se ao ato de escrever poesia e sentimentos do poeta. Placa comemorativa na casa de Gilboa em Tel Aviv. Em 1971, Gilboa recebeu o Prêmio Bialik de literatura . Em 1982, ele recebeu o Prêmio Israel, pela poesia hebraica.


POESIA SEMPRE – Ano 5 – Número 8 – Junho 1997. Revista semestral de poesia. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional de Livro. Editor Geral: Antonio Carlos Secchin. Ex. bibl. Antonio Miranda. Obs. Aparece “ALMIR GUILBOA” na publicação, em vez de AMIR GILBOA.

Amorim Parga

André

Angela Grassi LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha

Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Teu nome

Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 A Flexa/1879

Almas!

A Avenida/1909

Ela nasceu LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha, em São Luís, Maranhão, em 17 de julho de 1888, filha de Gentil Homem de Oliveira e Luiza Fernandes de Oliveira. Foi Professora e Bibliotecária. Ingressou na Academia Maranhense de Letras. Residia no Rio de Janeiro, onde veio a falecer. Publicou "Flocos", "Folhas de Outono" e muitos outros. Leonete Oliveira virou nome de rua em São Luís, no bairro Cohab Anil II. Leonete utilizava o pseudônimo de Angela Grassi, que foi uma escritora romântica espanhola, do século XIX90. A Pacotilha, de 11 de junho de 1908 publica um seu poema

LEONETE OLIVEIRA LIMA ROCHA - Issuu Leonete Oliveira (1888–1969), professora normalista, lecionava Português em casa, principalmente para mulheres, e foi a precursora do ensino de Estenografia, em São Luís. Acreditava ser esta uma das alternativas para o acesso, principalmente da mulher, ao mercado de trabalho. Poetisa, publicando em 1910 sua primeira obra, intitulada Flocos, em seguida publicou em Portugal Folhas de outono, posteriormente Cambiantes, em Fortaleza, onde integrou a ala feminina da Casa de Juvenal Galeno, instituição literária idealizada e fundada em 1942. Título: Leonete OliveiraAutor/ Colaborador:Garnier, M.J. Data:[189-?] Descrição:bico de pena Assuntos:Authors, Brazilian Portraits Oliveira, Leonete de - Portraits B869.8 Oliveira, Leonete de, n.1888 - RetratosEscritores brasileiros - RetratosT ipo: Desenho Idioma: Português Angelo Magalhães

Viajando Viajando Página trista

O Tocantins/1922 O Tocantins/1922 A Época/1929

Anibal Machado

O transitório definitivo (poesia em prosa) O transitório definitivo (poesia em prosa)

Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964


Aníbal Monteiro Machado (Sabará MG 1894 - Rio de Janeiro RJ 1964). Contista, ensaísta e professor. Começou na literatura quando estudante e, no Rio, ligou-se aos modernistas, com assídua colaboração nos periódicos Revista de Antropofagia, Estética, Revista Acadêmica e Boletim de Ariel. Eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores, organizou, com Sérgio Milliet, o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945. Este congresso, ao defender a liberdade democrática, precipitou o fim da ditadura de Getúlio Vargas. Marcou sua presença de destaque no panorama do conto brasileiro com textos antológicos, como Viagem aos Seios de Duília, Tati, a Garota e A Morte da Porta-Estandarte. Ligado ao teatro, ajudou a fundar vários grupos teatrais, tais como Os Comediantes, o Teatro Experimental do Negro, o Tablado e o Teatro Popular Brasileiro. AMPLIAÇÃO DA PÁGINA A CARGO DE SALOMÃO SOUSA: Nasceu em Sabará (MG) em 9 de Dezembro de 1898. Morreu no Rio de Janeiro (RJ) em 20 Janeiro 1964. Formou-se em Direito em 1917 e por um curto período trabalhou como promotor público no interior de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, no início da década de 1920, ligou-se ao grupo modernista do Diário de Minas e conviveu com Carlos Drummond de Andrade e João Alphonsus. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1923. Presidente da Associação Brasileira de Escritores, em janeiro de 1945 organizou junto com Sérgio Milliet o Primeiro Congresso Brasileiro do Escritores, em São Paulo. Destacou-se pelo romance João Ternura (1965), e também como o contista. Sua atuação na imprensa se deu por meio de artigos, ensaios, resenhas e crônicas publicadas na Revista do Brasil, Boletim de Ariel, Revista Acadêmica, Para Todos... e para os suplementos literários do Correio da Manhã, Diário de Notícias e O Jornal. Foi autor de um único livro de poemas, de 1955, em edição limitada, denominado Poemas em prosa. Os poemas desse livro foram incorporados ao livro Cadernos de João, que engloba aforismos, crônicas e outros textos livres. A obra de Aníbal Machado não é extensa, mas suficiente para apresentar-se renovadora dentro da proposta do Modernismo. Seus contos antecipam abordagem de temas como pedofilia e realismo mágico.

Anibal Teophilo

Mater

A Noticia/1928

Aníbal Teófilo da Silva (Humaitá, Paraguai, 21 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1915) foi um militar, político e poeta brasileiro.[1] Após o término da Guerra do Paraguai em 1870, seu pai, um oficial gaúcho do Exército Brasileiro, servia naquele país e ali residia com a esposa quando o bebê Aníbal nasceu no ano de 1873.[1] Aníbal era casado com Liberalina Sales da Silva, com quem teve uma filha chamada Elisa. Oficial do exército serviu na Amazônia entre 1903 e 1912, onde chegou já como poeta consagrado. Retornou ao Rio de Janeiro, onde foi encarregado da administração do Teatro Municipal de São Paulo. Em junho de 1915, já Deputado federal, foi assassinado por questões pessoais pelo escritor Gilberto Amado, também deputado, no salão nobre do Jornal do Commercio no Rio; recolhido à Brigada Policial, Gilberto ficou à disposição da justiça, sendo absolvido tempos depois.[2] A motivação do crime foi em virtude de desavenças por causa das críticas jornalísticas de Gilberto à amigos escritores.[1] O julgamento do Júri foi presidido pelo Juiz Manuel da Costa Ribeiro, que também presidiu o Júri que julgou Dilermando de Assis, que matou o escritor Euclides da Cunha.[1] É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Seu único livro publicado é Rimas, de 1911. Uma história curiosa sobre ele diz que, no seu enterro, cumprindo sua última vontade, seus amigos - incluindo entre estes o poeta Olavo Bilac - encharcaram seu cadáver com litros de um perfume francês bastante popular na época, chamado Idèal de Hubricant, antes de sepultá-lo

Anicelia Rodrigues Anisio Duarte

A... É possível?

Pacotilha/1891 O Martelo/1911


Anisio Vianna

Resposta a um amigo Soneto Resposta a um amigo

Pacotilha/1890 A Fita/1919-20 Primavera/1909

Anna Nogueira Baptista

Ao luar

O Paiz/1903

Ana Nogueira Batista (1870-1967) Volume 1 Século: XIX Estado: CE Etnia: Desconhecida Atividade: Movimentos de Mulheres Descrição: Poetisa cearense, natural de Icó, usou a poesia para lutar contra a escravidão e defender a emancipação das mulheres. Foi uma das fundadoras da revista O Lyrio. Ana Nogueira Batista (Icó, CE, 22 de outubro de 1870 — Niterói, RJ, 22 de maio de 1967) foi uma poetisa, abolicionista e tradutora brasileira. Colaborou em jornais e revistas do Ceará, Pará, Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Seus pais eram Teresa de Albuquerque Melo e João Nogueira Rabelo, conhecido deputado provincial militante do abolicionismo, causa à qual Ana também passou a se dedicar (a província do Ceará foi a primeira a abolir a escravidão no Brasil, em 1884, sendo a cidade de Icó uma das pioneiras, em 1883, respectivamente 4 e 5 anos antes da Lei Áurea, de 1888). Em 1990 juntou-se ao movimento literário “A Padaria Espiritual”. Em 1902, fundou com outras escritoras a revista “O Lyrio”. Foi professora até o final da década de 1920, quando se aposentou do magistério. Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde viveu com filhos e netos até falecer, na cidade de Niterói, em 1967. Leia um artigo sobre a autora, que em 1965 contava 95 anos, “A Poesia Comum da Vida”, publicado no Jornal do Brasil, de 15.04.1965, disponível na Hemeroteca Digital: https://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=030015_08&pesq=%22Ana%20nogueira%22&hf=memori a.bn.br Visite a Casa da Leitura da Biblioteca Nacional! Informações: casadaleitura@bn.gov.br | (21) 3166-9900 Annibal Theofilo A esperança O Litoral/1917-18 Annibal Theophilo A cegonha O Caixeiro/1915 Irmãs de caridade Correio de Codó/1916 Noites de São João Correio de Codó/1916 Irmãs de caridade Cidade de Pinheiro/1923 Suplica Cidade de Pinheiro/1924

Aníbal Teófilo da Silva (Humaitá, Paraguai, 21 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1915) foi um militar, político e poeta brasileiro.[1] Após o término da Guerra do Paraguai em 1870, seu pai, um oficial gaúcho do Exército Brasileiro, servia naquele país e ali residia com a esposa quando o bebê Aníbal nasceu no ano de 1873.[1] Aníbal era casado com Liberalina Sales da Silva, com quem teve uma filha chamada Elisa. Oficial do exército serviu na Amazônia entre 1903 e 1912, onde chegou já como poeta consagrado. Retornou ao Rio de Janeiro, onde foi encarregado da administração do Teatro Municipal de São Paulo. Em junho de 1915, já Deputado federal, foi assassinado por questões pessoais pelo escritor Gilberto Amado, também deputado, no salão nobre do Jornal do Commercio no Rio; recolhido à Brigada Policial, Gilberto ficou à disposição da justiça, sendo absolvido tempos depois.[2] A motivação do crime foi em virtude de desavenças por causa das críticas jornalísticas de Gilberto à amigos escritores.[1] O julgamento do Júri foi presidido pelo Juiz Manuel da Costa Ribeiro, que também presidiu o Júri que julgou Dilermando de Assis, que matou o escritor Euclides da Cunha.[1] É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Seu único livro publicado é Rimas, de 1911.


Uma história curiosa sobre ele diz que, no seu enterro, cumprindo sua última vontade, seus amigos - incluindo entre estes o poeta Olavo Bilac - encharcaram seu cadáver com litros de um perfume francês bastante popular na época, chamado Idèal de Hubricant, antes de sepultá-lo.

Anonimo Anonymo Anselmo Junior Anselmo Santos AnTonio Camara

Antero de Quental

Rimas da raça Sabado santo Querubica A voz do proletario Parazita Despedida

O Pioneiro/1981 O Vianense/1886 Os Anais/1911 Jornal dos Artistas/1902 Jornal dos Artistas/1902 O Povinho/1950

Soneto Soneto Soneto O que diz a morte Mors liberatrix A Virgem Maria Namoro a cavalo Descanso Soneto Á Virgem Santíssima

Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 A Luta/1891 A Luta/1891 Pacotilha/1901 Avante/1906 Jornal dos Artistas/1909

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 – Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891[1]) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Biografia Nascido na Ilha de São Miguel (Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental Solar do Ramalho — do qual mandou tirar a pedra de armas da família —, 10 de maio de 1814 — Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 — Lisboa, 28 de novembro de 1876). O casal teve sete filhos, sendo Antero o quarto, numa família onde proliferavam as mortes prematuras e a loucura.[2] Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura. Em 1861, publicou os seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais. Ainda em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867. Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós, Abílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão. Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. De 1869 data a sua viagem à América, com partida do Porto, a bordo do patacho Carolina, do seu amigo algarvio Joaquim de Almeida Negrão. Sabe-se que visitou primeiro Halifax, no Canadá, e depois Nova Iorque, onde permaneceu cerca de um mês. Desta viagem, que terá sido atribulada, não ficou nenhum testemunho da autoria de Antero, mas apenas os relatos feitos anos depois por Joaquim Negrão, que alguns hoje consideram parcialmente desmemoriado ou fantasista.[3] Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República - Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins. Na mão de Deus Na mão de Deus, na sua mão direita, Descansou afinal meu coração. Do palácio encantado da Ilusão Desci a passo e passo a escada estreita. Como as flores mortais, com que se enfeita


A ignorância infantil, despojo vão, Depus do Ideal e da Paixão A forma transitória e imperfeita. Como criança, em lôbrega jornada, Que a mãe leva ao colo agasalhada E atravessa, sorrindo vagamente, Selvas, mares, areias do deserto... Dorme o teu sono, coração liberto, Dorme na mão de Deus eternamente! Antero de Quental Em 1871, encontramo-lo a reunir-se em Lisboa com delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) para apresentar as ideias anarquistas.[4] Os primeiros contactos com os emissários espanhóis da Internacional são feitos através de José Fontana, Antero de Quental e Jaime Batalha Reis. Este último escreve nas suas memórias os encontros políticos que permitiram a entrada de Portugal na Primeira Internacional. José Fontana, desconfiado que a polícia estava a observar os seus movimentos, acabou por propor que as futuras reuniões fossem realizadas na privacidade de um barco no rio Tejo.[5] Nessa altura, em Maio do mesmo ano, igualmente participa numa conferência Iberista e aí apresenta um polémico discurso em que tenta explicar as razões do atraso português, e do espanhol, desde o século XVII.[6] Nos finais de 1871 vai elaborar o panfleto O que é a Internacional? que é alvo de uma tradução para o castelhano pela Comissão de Propaganda do Conselho Local da Federação Madrilena e publicada em 1872 em Espanha.[7] Antero de Quental, juntamente com José Fontana, em 1872, passou a editar o jornal socialista O Pensamento Social. Colaborou igualmente em diversas outras publicações periódicas, nomeadamente: A Esperança[8] (18651866), Renascença[9] (1878-1879?), O Pantheon[10] (1880-1881). A título póstumo, encontramos textos de Antero de Quental, publicados em, Branco e Negro (1896-1898), Contemporânea (1915-1926), A imprensa (1885-1891), O Thalassa (1913-1915), no periódico O Azeitonense[11] (1919-1920). Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.

fotografia de Antero quental Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como a sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas. Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde residiu até maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz".[12] Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido a essa sua estadia, foi fundado nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos" Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de distúrbio bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das 20h00. Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.[13] Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem. Análise da obra


Properly speaking there has been no Portuguese literature before Antero de Quental; before that there has been either a preparation for a future literature, or foreign literature written in the Portuguese language. Fernando Pessoa[14] A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas: A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências; A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”; E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência. A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases. Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, ou na análise de questões universais que afligem o homem. Obras Sonetos de Antero, 1861 Beatrice e Fiat Lux, 1863 Odes Modernas, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875. Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos) A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã) Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX, 1865 Portugal perante a Revolução de Espanha, 1868 (eBook) Causas da decadência dos povos peninsulares, 1871 Primaveras Românticas, 1872 Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1872 (eBook) A Poesia na Actualidade, 1881 As Fadas, 1883 (incluído em Tesouro Poético da Infância)[15] Sonetos Completos, 1886 (eBook) A Filosofia da Natureza dos Naturistas, 1886 (eBook) Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890 Raios de extinta luz, 1892 (eBook) A Bíblia da Humanidade (eBook) Leituras Populares (eBook) Liga Patriótica do Norte (eBook) Prosas

Anto-José Antonia Antonia Ericeira Lobo

Monossilabico Indelevel recordação Tancredo sua esperança ficou

Jornal do Maranhão/1962 Revista Maranhense/1917 Cidade de Arari 1984

Antonia Gertrudes Puglish

A Santa Tereza de Jesus salmo

O CRISTIANISMO/1854 O Ecclesiástico/1855

Antónia Gertrudes Pusich (São Nicolau, Cabo Verde, 1 de outubro de 1805 — Lisboa, 6 de outubro de 1883) foi uma poetisa, dramaturga, jornalista, pianista e compositora portuguesa.[1][2] Biografia Nascida na ilha de São Nicolau, em Cabo Verde, filha do governador de Cabo Verde (colónia) António Pusich, natural de Dubrovnik, e de Ana Maria Isabel Nunes.[3] Foi casada em primeiras núpcias com João Cardoso de Almeida Amado Viana Coelho em 1820 e de quem teve os filhos João António, Antónia, Alfredo, Maria, Ana e Ema.[4] Em 1830 casa com Francisco Teixeira Henriques de quem teve um único filho, Miguel Pusich Henriques Teixeira.[4] Voltou a casar em 1836 com José Roberto de Melo Fernandes e Almeida de quem teve quatro filhos António Pusich de Melo, Antónia Pusich de Melo, Ana Isabel Filomena Pusich de Melo e Maria Amélia Pusich de Melo.[4]


Como poetisa teve marcada influência no romantismo em Portugal.[1] Foi a primeira mulher em Portugal que fundou e dirigiu um jornal e que neles ousou mostrar o seu nome verdadeiro e não um pseudónimo como era hábito na época.[5][6] Colaborou em diversos periódicos como Paquete do Tejo[7], Revista universal lisbonense : jornal dos interesses physicos, moraes e litterarios por uma sociedade estudiosa[7] e Almanach, tendo sido directora e proprietária dos periódicos A assemblea litteraria, A Beneficência e A Cruzada.[8] Obras Olinda ou a Abadia de Cumnor Place (poesia)[4] Irminio e Edgarde, ou doys mistérios (romance)[4] O Regedor da Paróquia (drama/teatro) Constança ou o Amor Maternal (drama/teatro)[4] Saudade em memoria da virtuosa Rainha a senhora D. Estephania[4] Canto saudoso ou lamentos na solidão á memoria do Dom Pedro Quinto[4] Biographia do marechal A. Pusich[4] Homenagem a Luís de Camões[4] Poesia a S. M. El-Rey Fidelissimo o Sr. D. Fernando no seu dia natalicio no anno de 1848[4] Homenagem a Sua Magestade a Rainha de Portugal Dona Estephania[4] Galeria das senhoras na Câmara dos senhores deputados, ou as minhas observações[9][4] Elegia à morte das infelizes victimas assassinadas por Francisco de Mattos Lobo, na noute de 25 de Julho de 1841[4] Elegia à morte de D. Marianna de Sousa Holstein[4] Elegia à Morte da Duqueza de Palmella[4] O Sonho ou os gemidos das classes inactivas[4] Preces ou Cântico Devoto dedicado aos Fiéis Portugueses[4] Lamentos à saudosa memoria de d. Maria Henriqueta do Casal Ribeiro[4] Parabéns a Sua Magestade o Senhor D. Fernando pelo consorcio de Sua Augusta Filha a Princeza D. Marianna[4] Apontamentos biographicos e poesia, sobre o infeliz José Pedro de Senna, capitão do brigue Marianna, naufragado em Aveiro[4] A conquista de Túnis[4] Júlia[4] À minha pátria, memoria sobre um ramo de agricultura e commercio[4] Toponímia A cidade de Lisboa prestou homenagem a esta escritora com a atribuição do seu nome a uma rua na freguesia de Alvalade.[6] Em Fetal, Charneca de Caparica, Almada, foi atribuído o seu nome a uma rua.[10] Em Pinhal General, Fernão Ferro, Seixal, também foi atribuído o seu nome a uma rua.[11] Bibliografia Pusich, Antónia Gertrudes (1805-83) in "Grande Enciclopédia Universal" Vol. 16, Edita Durclub, S.A. ISBN 972-747-928-6

Antonino Antonio Amancio Ramos Antonio Augusto Rodrigues

Impressões da roça Liane Miseria de um poeta

A Mocidade/1876 O Gremio/1955 A Mocidade/1934

Antonio Barros Antonio Bona

Salve 28 de dezembro de 1948 – salve! Mal secreto A morte do poeta

O Combate/1948 Os Anais/1911 A Fita/1919-20

Antonio Candido

Alvarenga

O Pensador/1881

Dom Antônio Cândido Alvarenga (São Paulo, 22 de abril de 1836 — São Paulo, 1 de abril de 1903) foi um sacerdote, décimo oitavo bispo do Maranhão e décimo primeiro bispo de São Paulo. Foi Conde Romano.[1] Era filho de Tomé de Alvarenga e de Josefina Maria das Dores de Alvarenga, falecida em 22.03.1877.


Era um dos meninos do coro da catedral de São Paulo, quando, aos doze anos manifestou sua vocação sacerdotal. Estudou latim e Teologia, no Seminário de Santo Inácio e da Maria Imaculada, unido à catedral por Dom Antônio Joaquim de Melo. Presbiterado Foi ordenado por Dom Dom Antônio Joaquim de Melo, em Itu, a 25 de março de 1860. Após a ordenação, foi nomeado para servir nas paróquias de Taubaté, Casa Branca e Mogi das Cruzes. Em 1870 recebeu assento, como cônego, nas estalas do cabido. Em 1877 elaborou os novos estatutos do Recolhimento de Santa Teresa. Foi abolicionista, apoiando todos os empreendimentos em favor deste movimento. Episcopado Tendo sido indicado bispo do Maranhão por Dom Pedro II, Imperador de Brasil; a 21 de setembro de 1877, aos 41 anos, foi confirmado, por breve do Papa Pio IX. Foi sagrado bispo, em São Paulo, no dia 31 de março de 1878, sendo sagrante principal Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho. Por vinte anos serviu ele a Igreja do Maranhão, até que a 28 de novembro de 1898 foi indicado para a Sé de São Paulo. Já tendo a saúde debilitada, tomou posse a 25 de março de 1899, aos 63 anos. Dom Antônio Cândido foi bispo de São Paulo até 1 de abril de 1903, quando veio a falecer, aos sessenta e sete anos. Brasão Descrição: Escudo eclesiástico. Em campo de blau um barco com três remos visíveis de argente, singrando num mar do mesmo ondado de blau; tendo em chefe uma estrela de cinco pontas, com resplendor, encimando o monograma da Virgem Maria, com as letras M e A sobrepostas, tudo de jalde. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de ouro, com um coronel de Conde, entre uma mitra de prata adornada de ouro, à dextra, e de um báculo do mesmo, a senestra, para onde se acha voltado. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo de verde. Brocante sob a ponta da cruz um listel de blau com a legenda: RESPICE STELLAM VOCA MARIAM de jalde. Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau (azul) representa o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A barca simboliza a Igreja que vais singrando pelos mares bravios sob o comando de São Pedro e seus sucessores, sendo ainda símbolo de vitória e ânimo forte de quem resiste aos mais graves perigos e às adversidades da vida, sendo que, pelo seu metal argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloqüência, virtudes essenciais num sacerdote. A Estrela e o Monograma lembram a Virgem Maria, “Estrela da manhã” e ”Aurora da Salvação” e, pelo seu metal jalde (ouro), simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. O lema: “Olha a Estrela e chama por Maria”, traduz a confiança e a devoção filial que o bispo devotava à Virgem Maria, colocando toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Mãe de Deus. Atividade e contribuições Dom Antônio Cândido Alvarenga assumiu a São Paulo no auge da riqueza do café, sendo que a cidade e o Estado passavam por grandes transformações. Inúmeras cidade foram surgindo e com isto a necessidade de assistência espiritual também aumentava, o que causou grande preocupação em Dom Antônio. Em 1901, o bispo promoveu o Primeiro Congresso Diocesano de São Paulo, que procurava levar maior conhecimento cultural e religioso aos súditos diocesanos menos favorecidos. Ordenações episcopais Dom Mateus foi o principal sagrante dos seguintes bispos:

Antonio Carlos de Oliveira Antonio Castro Antonio Chaves Antonio de Carvalho Antonio de Castro

O drama das secas Carangueijo Vencida Casteldamor De tarde

Cruzeiro/1958 A Mocidade/1934 A Mocidade/1906 Revista do Norte/1904 Revista Elegante/1894

Antonio de Castro Alves

O destruídos de Jerusalém

Echos da Juventude/1864


Antônio Frederico de Castro Alves (Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira,[nota 1] 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro.[10] Escreveu clássicos como Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, que o alçaram à posição de maior entre seus contemporâneos, bem como versos de poemas como "Os Escravos" e "A Cachoeira de Paulo Afonso", além da peça Gonzaga, que lhe valeram epítetos como "poeta dos escravos" e "poeta republicano" por Machado de Assis, ou descrições de ser "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitário", no dizer de Joaquim Nabuco,[10] de ser "o maior poeta brasileiro, lírico e épico", no dizer de Afrânio Peixoto,[10] ou ainda de ser o "apóstolo andante do condoreirismo" e "um talento vulcânico, o mais arrebatado de todos os poetas brasileiros", no dizer de José Marques da Cruz.[11] Integrou o movimento romântico, fazendo parte no país daquilo que os estudiosos chamam de "terceira geração romântica".[12] Começou sua produção maior aos dezesseis anos de idade, e seus versos de "Os Escravos" foram iniciados aos dezessete (1865), com ampla divulgação no país, onde eram publicados nos jornais e declamados, ajudando a formar a geração que viria a conquistar a abolição. Ao lado de Luís Gama, Nabuco, Ruy Barbosa e José do Patrocínio, destacou-se na campanha abolicionista, "em especial, a figura do grande poeta baiano Castro Alves".[13] José de Alencar disse dele, quando ainda em vida, que "palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos".[10] Teve por maiores influências os escritores românticos Victor Hugo, Lord Byron, Lamartine, Alfred de Musset e Heinrich Heine.[14] O historiador Armando Souto Maior disse que o poeta, "como assinala Soares Amora 'por um lado marca o ponto de chegada da poesia romântica, por outro já anuncia, nalguns processos poéticos, em certas imagens, nas ideias políticas e sociais, o Realismo.' Não obstante, deve ser considerado o maior poeta romântico brasileiro; sua poesia social contra a escravidão galvanizou a sensibilidade da época".[15] Diz Manuel Bandeira que "o único e autêntico condor nesses Andes bombásticos da poesia brasileira foi Castro Alves, criança verdadeiramente sublime, cuja glória se revigora nos dias de hoje pela intenção social que pôs na sua obra".[16] No dizer de Archimimo Ornelas, "Temos Castro Alves, o revolucionário; Castro Alves, o abolicionista; Castro Alves, o republicano; Castro Alves, o artista; Castro Alves, o paisagista da natureza americana; Castro Alves, o poeta da mocidade; Castro Alves, poeta universal; Castro Alves, o vidente; Castro Alves, o poeta nacional por excelência; enfim, em todas as manifestações humanas poderemos encontrar essa força revolucionária que foi Castro Alves" e, sobretudo, "Castro Alves como o homem que amou e foi amado".[17]

Antonio de Deus Coelho Antonio de Pádua Paiva Antonio de Vasconcelos

Na roça A criança A suave tentação

Revista Maranhense/1917 O Pioneiro/1983 Cidade de Pinheiro/1923

Antonio Feijo

Palida e loira O man caminne Pallida e loira Ilusão perdida Serenata

A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 Correio de Picos/1911 A Pacotilha/1883 O Combate/1954


António de Castro Feijó (Ponte de Lima, 1 de junho de 1859 – Estocolmo, 20 de junho de 1917) foi um poeta e diplomata português. Como poeta, António Feijó é habitualmente ligado ao Parnasianismo e o final da sua obra tende a um certo tom fúnebre. Biografia Fez os estudos liceais em Braga, de onde partiu, em 1877[1] para Coimbra, onde concluiu o curso de Direito em 1883. Dirigiu, juntamente com Luís de Magalhães, a Revista Científica e Literária[2] publicada nos seus tempos de estudantes académicos da Universidade de Coimbra. Em 1886 ingressou na carreira diplomática. Exerceu cargos diplomáticos no Brasil (consulados nos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Sul) e, a partir de 1895, na Suécia, assim como na Noruega e na Dinamarca. Desposou em 24 de Setembro de 1900 a sueca Maria Luísa Carmen Mercedes Joana Lewin (nascida em 19 de agosto de 1878), cuja morte prematura, em 21 de setembro de 1915, o viria a influenciar numa temática fúnebre, patente na sua obra. Principais obras Transfigurações, 1882 Líricas e Bucólicas, 1884 Cancioneiro Chinês, 1890 Ilha dos Amores, 1897 (reedição digital da Bibliotrónica Portuguesa) Bailatas, 1907 Sol de Inverno, colectânea de poesias escritas 1915-1917, editada postumamente em 1922 (eBook) Novas Bailatas, editada postumamente em 1926 Ver também Jardim António Feijó, em Lisboa

Antonio Francisco Antonio G. Correa Pinto

Enquanto Edith Confissão Ellas Teus olhos

Boletim Paroquial/1954 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906

Antonio Gedeão

Pedra filosofal

O Pioneiro/1983

António Gedeão - WOOK Rómulo Vasco da Gama Carvalho nasceu em Lisboa em 1906 e faleceu na mesma cidade, em 1997. Poeta, autor dramático, cientista e historiador, formado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto. Com o seu nome próprio, Rómulo de Carvalho é autor de numerosos volumes de divulgação da cultura científica, publicados, nos anos 50 e 60, na colecção "Ciência para gente nova", da Atlântida nos anos 70, nos "Cadernos de iniciação científica", da Sá da Costa, a que seguiriam nas décadas posteriores


vários manuais escolares. Ainda neste domínio, desenvolveu trabalhos de investigação sobre a história da ciência em Portugal. Como poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão, é contemporâneo da geração de "Presença", mas só se revelou na segunda metade do século, sendo saudado, no momento da sua revelação, por David Mourão-Ferreira como uma voz "inteiramente nova" no panorama poético dos anos 50 (cf. Vinte Poetas Contemporâneos , 2.a ed., Lisboa, Ática, 1980, pp. 149-153). Para essa originalidade concorriam, entre outros traços, a incorporação das tradições do primeiro e segundo modernismos, a opção por um estilo rigorosamente cadenciado e ritmado, a expressão da inquietação e angústia colectivas do Homem do pós-guerra ou o recurso frequente a uma terminologia ou imagística provenientes do domínio científico. Jorge de Sena (cf. estudo introdutório à segunda edição de Poesias Completas , Lisboa, Portugália, 1968) e Fernando J. B. Martinho (cf. Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50 , Lisboa, Colibri, 1996, pp. 428-433) assinalam na poesia de António Gedeão a recorrência de dispositivos retóricos que permitem considerar no âmbito de um neobarroquismo a poesia do autor de Movimento Perpétuo. Vários dos seus poemas foram também divulgados através da música, como, por exemplo, Calçada de Carriche, Fala do Homem Nascido, Lágrima de Preta e Pedra Filosofal , tendo este último, composto e cantado por Manuel Freire, obtido um sucesso invulgar. Antonio José de Sousa Gif

Versos de um sertanejo

O Tocantins/1917

Antonio Lobo

Lubrico Canto do mal Por amor de uns olhos Genio do mal Imutavel A alguem

Revista Elegante/1894 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903 O Paiz/1904 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917

Nasceu em São Luís, a 4 de julho de 1870, e faleceu na mesma cidade, a 24 de junho de 1916. Jornalista, poeta, romancista, professor, tradutor, publicista e polemista compulsivo. Dirigiu a Biblioteca Pública, o Liceu Maranhense e a Instrução Pública. Diretor d´ARevista do Norte (1901/1906), periódico ricamente ilustrado,e do jornal A Tarde(1915/1916); colaborou em diversos outros órgãos da imprensa maranhense. Antônio Lobo é, sem favor nenhum, uma das mais importantes figuras de sua geração. Amigo da mocidade, foi o principal agitador de idéias de seu tempo e o entusiasta da renovação mental do Maranhão. Um dos fundadores da Academia, onde, curiosamente, não teve papel relevante, ali instituiu a Cadeira Nº 14, patrocinada por Nina Rodrigues. A seguir, sua bibliografia, da qual foram excluídos os trabalhos meramente burocráticos e a copiosa colaboração em jornais e revistas. Por sua inata capacidade realizadora e de liderança, Antônio Lobo muito contribuiu para o rompimento das amarras da “tristíssima e caliginosa noite” que se abatia sobre o Maranhão, numa fase em que as esporádicas produções “não avulta[vam] em face do que o passado produziu”. Essa tomada de consciência foi o grande estímulo para a ação revitalizadora que se operou em nossa terra. Não se deixando vencer pelo desânimo que pudesse causar o passamento muita vez trágico e/ou prematuro de Gonçalves Dias, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa, Celso Magalhães, Trajano Galvão, Sotero dos Reis, Odorico Mendes, Adelino Fontoura, Gentil Braga, Henriques Leal e muitos outros, concitou os seus coetâneos, numa atitude que me faz recordar Rainer Maria Rilke: “Para os criadores não há pobreza nem lugar pobre”. Com a efetiva participação de Antônio Lobo, o Maranhão foi sacudido de sua letargia, para a grande ressurreição espiritual que nos deu os Novos Atenienses.


Foi, assim, um verdadeiro agitador de idéias, impelido pela “temperatura moral” de que fala Taine, a quem Antônio Lobo, em seu mencionado livro contesta, arrimado a Adolphe Coste. Com efeito, não se pode negar validade à assertiva de Taine, segundo a qual “o grau seguinte tem sempre por condição o precedente e nasce de sua morte”. Parece não haver dúvida de que, em termos de obra literária pessoal, bem mais avultada e substancial poderia ter sido a contribuição do autor de A carteira de um neurastênico. Talento e cultura não lhe faltaram. Lobo, entretanto, no exercício da liderança de seu grupo, teve que incluir forçosamente na rotina de seu labor intelectual, atividades mais de impacto que de profundidade. Foi, como vários outros intelectuais desta província de letras, um homem que se gastou e desgastou no periodismo. Aí se explica a profusão de jornais e revistas de que participou ativamente, e as polêmicas ruidosas em que se envolveu. No jornalismo diário despendeu energias, mantendo uma evidência (necessária à sustentação de sua luta restauradora) que muito perderia com o fluir do tempo. Certamente não seria descabido presumir que nos dias imediatamente anteriores ao de sua morte trágica, tivesse palavras mais amargas que as de Teófilo Gautier, também, como Antônio Lobo, herói e mártir do periodismo. Ao que até aqui ficou dito, sirvam de fecho, como norte programático, estas sugestivas palavras de Antônio Lobo: “Para que do máximo brilho e esplendor se revista sempre a reputação intelectual da terra que nos serviu de berço e onde sempre temos vivido, terra a que, igualmente, se vinculam os maiores penhores do nosso afeto de homem e os mais fortes estímulos da nossa modestíssima atividade mental”.

Antonio Lopes

De reconte de Lisle O Balcão

Os Anais/1911 O Ateniense/1915

Antonio Manoel da Cunha Bellem

Saudade

A SENTINELA/1855

N672.pdf (cm-lisboa.pt) Antônio Marques da Costa Soares

Monólogo

O CONCILIADOR/1821

Microsoft Word - LIVRO7_FernandoMeiraLins.doc (parentesco.com.br) O Conciliador do Maranhao (bn.gov.br) / O Conciliador do Maranhão (bn.gov.br) Antonio Nobre

Vaidade

Correio de Codó/1913


António Pereira Nobre (Porto, 16 de agosto de 1867 — Foz do Douro, 18 de março de 1900), mais conhecido como António Nobre, foi um poeta português cuja obra se insere nas correntes ultraromântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, Só (Paris, 1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjectivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto-ironia e com a rotura com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos poemas. Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas 32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar. Biografia “Ai quem me dera entrar nesse convento. Que há além da morte e que se chama a Paz!” — António Nobre, Soneto n°18, in Só. António Nobre nasceu na cidade do Porto a 16 de agosto de 1867,[1] numa família abastada que residia na Rua de Santa Catarina, 467-469, na época de seu nascimento. Seu pai era natural de Borba de Godim (Lixa), tendo aí vivido durante sete anos. Passou a infância em Trás-os-Montes, na Póvoa de Varzim, Leça de Palmeira e na Lixa. Em 1888 matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, mas não se inseriu na vida estudantil coimbrã, reprovando por duas vezes. Optou então por partir, em 1890, para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas (École Libre des Sciences Politiques, de Émile Boutmy), licenciando-se em Ciências Políticas no ano de 1895. Durante a sua permanência em França familiarizou-se com as novas tendências da poesia do seu tempo, aderindo ao simbolismo. Foi também em Paris que contactou com Eça de Queirós, na altura cônsul de Portugal naquela cidade, e escreveu a maior parte dos poemas que viriam a constituir a colectânea Só, que publicaria naquela cidade em 1892. O livro de poesia Só, que seria a sua única obra publicada em vida, constitui um dos marcos da poesia portuguesa do século XIX. Esta obra seria, ainda em sua vida, reeditada em Lisboa, com variantes, lançando definitivamente o poeta no meio cultural português. Aparecida num período em que o simbolismo era a corrente dominante na poesia portuguesa coeva, Só diferencia-se dos cânones dominantes desta corrente, o que poderá explicar as críticas pouco lisonjeiras com que a obra foi inicialmente recebida em Portugal. Apesar desse acolhimento, a obra de António Nobre teve como mérito, juntamente com Cesário Verde, Guerra Junqueiro, Antero de Quental, entre outros, de influenciar decisivamente o modernismo português e tornar a escrita simbolista mais coloquial e leve. No seu regresso a Portugal decidiu enveredar pela carreira diplomática, tendo participado, sem sucesso, num concurso para cônsul. Entretanto adoece com tuberculose pulmonar, doença que o obriga a ocupar o resto dos seus dias em viagens entre sanatórios na Suíça, na Madeira, passando por Nova Iorque, pelos arredores de Lisboa, pela então chamada estância do Seixoso (na Lixa) e pela casa da família no Seixo, procurando em vão na mudança de clima o remédio para o seu mal.

Monumento a António Nobre em Leça da Palmeira Vítima da tuberculose pulmonar, faleceu na Foz do Douro, a 18 de março de 1900, com apenas 32 anos de idade, na casa de seu irmão Augusto Nobre, reputado biólogo e professor da Universidade do Porto.


Deixou inédita a maioria da sua obra poética. Apesar da morte prematura, e de só ter publicado em vida uma obra, a colectânea Só, António Nobre influenciou grandes nomes do modernismo português, como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Alfredo Pedro Guisado e Florbela Espanca, deixando uma marca indelével na literatura lusófona. Foi sepultado num jazigo no Cemitério do Prado do Repouso construído em 1907 pelo irmão Augusto Nobre, mas o corpo do poeta foi posteriormente transferido em 1946 para o cemitério de Leça da Palmeira, localidade onde tinha crescido. Um monumento a António Nobre, desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira encontra-se perto da praia da Boa Nova em Leça da Palmeira. Está inscrito: «farto de dores com que o matavam / foi em viagens por esse mundo - a António Nobre, 1980». "Matar ou ser morridu" Obra “Quando ele nasceu, nascemos todos nós. A tristeza que cada um de nós traz consigo, mesmo no sentido da sua alegria é ele ainda, e a vida dele, nunca perfeitamente real nem com certeza vivida, é, afinal, a súmula da vida que vivemos — órfãos de pai e de mãe, perdidos de Deus, no meio da floresta, e chorando, chorando inutilmente, sem outra consolação do que essa, infantil, de sabermos que é inutilmente que choramos.” — Fernando Pessoa,'Para a Memória de António Nobre', A Galera, nº 5-6, Coimbra, Fevereiro 1915. António Nobre referindo-se ao seu único livro publicado em vida, Só (1892), declara que é o livro mais triste que há em Portugal. Apesar disso, e de ser real o sentimento de tristeza e de exílio que perpassa em toda a sua obra, ela aparece marcada pela memória de uma infância feliz no norte de Portugal e pelo relembrar das paisagens e das gentes que conheceu no Douro interior e no litoral português a norte do Porto, onde passou na infância e juventude, e em Coimbra, onde começou estudos de Direito. Na sua poesia concede grande atenção ao real, descrito com minúcia e afecto, mesmo se à distância da memória e do sentimento de exílio que entretanto o invadira. Este sentimento, só aparentemente resultado da sua ida para Paris, estará presente em toda a sua obra, mesmo naquela que foi escrita após o seu regresso a Portugal. Embora a tuberculose pulmonar apenas se tenha manifestado depois de publicada a primeira edição do livro, pelo que são erróneas as leituras que pretendem ver os poemas de Só à luz daquela doença, em toda a obra de António Nobre está presente a procura de um regresso a um passado feliz, que transfigura a realidade, poetizando-a e aproximando-a da intimidade do poeta. Estas características da sua obra, que reflectem as influências simbolistas e decadentistas que recebeu em Coimbra e Paris, são acompanhadas de alguma ironia amarga perante o que achava ser a agonia de Portugal e a sua própria, particularmente na fase final da sua vida na qual as circunstâncias críticas do seu estado de saúde contribuíram em muito para as características da sua obra. Em todos os seus livros (Só e os póstumos Primeiros versos e Despedidas), bem como no seu abundante epistolário, está presente um sentimentalismo aparentemente simples, reflectido nos temas recorrentes da sua obra: a saudade, o exílio, a pátria e a poesia. Este sentimentalismo ganha uma dimensão mítica, por vezes um certo visionarismo, na procura de um passado pessoal entretanto perdido pelo desenraizamento da sua pátria ou pelo sentimento de amargura a sua estagnação lhe causa, como se percebe no seu poema Carta a Manuel. Na sua obra poética, António Nobre procurou recuperar um pitoresco português ligado à vida dos simples, ao seu vigor e à sua tragédia, pelos quais sentia uma ternura ingénua e pueril. Nessa tentativa assume uma atitude romântica e saudosista que marcaria profundamente a literatura portuguesa posterior, aproximando-o de figuras literárias como Guerra Junqueiro e Almeida Garrett. Esta proximidade e admiração a Almeida Garrett são confessadas pelo próprio autor no poema intitulado significativamente Viagens na minha terra: «Ora, às ocultas, eu trazia No seio, um livro e lia, lia Garrett da minha paixão» Estilisticamente, António Nobre, recusou a elaboração convencional, a oratória e a linguagem elevada do simbolismo do seu tempo, procurando dar à sua poesia um tom de coloquialidade, cheio de ritmos livres e musicais, acompanhado de uma imagística rica e original. Nesta ruptura com o simbolismo foi precursor da modernidade. Marcantes, ainda, na sua obra são o seu pessimismo e a obsessão da morte (como em Balada do Caixão, Ca(ro) Da(ta) Ver(mibus), Males de Anto ou Meses depois, num cemitério), o fatalismo com a sua predestinação para a infelicidade (como em Memória, Lusitânia No Bairro Latino ou D. Enguiço) e o apreço pela paisagem e pelos tipos pitorescos portugueses (como na segunda e terceira partes de António, Viagens na Minha Terra ou no soneto Poveirinhos! Meus velhos pescadores). Considerada ousada para a época, a obra de António Nobre foi lida por alguns como nacionalista e tradicionalista. Essa leitura foi abandonada pela crítica mais recente que reconhece não se tratar de uma obra solipsista e ensimesmada, antes vê nela a representação de um universo interior e de um Portugal que epitomizam o sujeito finissecular e que expressam uma crise de valores que em breve, historicamente, traria mudanças de vulto.[2] Na sua obra póstuma, constam Despedidas 1895-1899 (1902), que inclui um fragmento de um poema sebastianista de intenção épica, O Desejado, e Primeiros Versos 1882-1889 (1921). A sua vasta correspondência foi entretanto editada, acompanhada de diversos estudos sobre a sua vida e obra. António Nobre colaborou ainda em revistas como A Mocidade de Hoje (1883) e Boémia Nova (1889) e encontram-se, também, algumas colaborações suas em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Branco e Negro[3] (1896-1898), A imprensa (1885-1891) e A leitura (1894-1896) e, postumamente, na Revista de turismo[4] iniciada em 1916. Apesar do escasso número de volumes da obra de António Nobre, ela constitui um dos grandes marcos da poesia do século XIX e uma referência obrigatória da Literatura Portuguesa. Aquele autor é assim, à semelhança de outros autores de obra quase única, como são Cesário Verde e Camilo Pessanha, uma figura incontornável da poesia lusófona.


Obras publicadas

Folha de rosto da primeira edição de Só, Paris, 1892. Em vida, António Nobre publicou apenas a colectânea Só, saída a público em Paris no ano de 1892. Deixou contudo um conjunto de inéditos, que foram publicados postumamente, e colaboração dispersa por diversos periódicos. É a seguinte a bibliografia activa mais relevante de António Nobre: Só, Léon Vanier Editeur, Paris, 1892;(eBook) 2.ª edição, revista e aumentada: Guillard, Aillaud e Cª, Lisboa, 1898; Reprodução tipográfica da 2.ª edição (1898), prefácio e edição de Paula Morão, Caixotim, Porto, 2000; Edição com prefácio de Agustina Bessa Luís, Livraria Civilização, Porto, 1983 (reimpresso em 1999). Edição em espanhol: Solo. Ediciones sequitur, 2009 Edição em francês: Seul, L'Arbre à Paroles, Amay, 2008. Despedidas (1895 - 1899), Porto, 1902; (eBook) 2.ª edição, Biblioteca de Iniciação Literária, Lello e Irmãos, Porto, 1985. Primeiros versos (1882-1889), Porto, 1921; 2.ª edição, Biblioteca de Iniciação Literária, Lello e Irmão, Porto, 1984. Cartas Inéditas de António Nobre, 1934; Cartas e Bilhetes Postais a Justino Montalvão, 1956; Correspondência, Lisboa, 1967; Correspondência II, Lisboa, 1969; Correspondência (organização, introdução e notas de Guilherme de Castilho), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1982. Alicerces, seguido de Livro de Apontamentos (leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1983. Correspondência com Cândida Ramos (leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio), Biblioteca Pública Municipal do Porto, Porto, 1982. Relaxando em Família (Carta a Jailson) Museu Nacional de Brenox, Publicado no setor Saymonxxx, Balsa 1745. Ver também Torre de Anto Notas ↑ Paróquia de Santo Ildefonso, Registo n.º332, de 31 de Agosto de 1867 (imagem 169 do respectivo livro de registos paroquais). ↑ Paula Morão, Figuras das Cultura Portuguesa: António Nobre, in http://www.institutocamoes.pt/cvc/figuras/anobre.html Arquivado em 23 de junho de 2007, no Wayback Machine. (acedido em 3 de Agosto de 2007). ↑ Rita Correia (1 de fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de janeiro de 2015 ↑ Jorge Mangorrinha (16 de janeiro de 2012). «Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de maio de 2015 Referências --------, Memória de António Nobre, in Colóquio - Letras, nº 127/128, Lisboa, 1993; Buescu, Helena Carvalhão, «Motivos do sujeito frágil na lírica portuguesa (entre Simbolismo e Modernismo)», «Metrópolis, ou uma visita ao Sr. Scrooge (a poesia de António Nobre)» e «Diferença do campo, diferença da cidade: Cesário Verde e António Nobre» in Chiaroscuro - Modernidade e literatura, Campo das Letras, Porto, 2001; Castilho, Guilherme de, Vida e obra de António Nobre, 3ª ed. revista e ampliada, Bertrand, Lisboa, 1980; Cintra, Luís Filipe Lindley, O ritmo na poesia de António Nobre (edição e prefácio de Paula Morão), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2002; Cláudio, Mário, António Nobre – 1867-1900 – Fotobiografia, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001; Cláudio, Mário, Páginas nobrianas, Edições Caixotim, Porto, 2004;


Curopos, Fernando, Antonio Nobre ou la crise du genre, L'Harmattan, Paris, 2009; Morão, Paula, O Só de António Nobre – Uma leitura do nome, Caminho, Lisboa, 1991; Morão, Paula, «António Nobre», in Dicionário de Literatura Portuguesa (organização e direcção de A. M. Machado), Presença, Lisboa, 1996; Morão, Paula, «António Nobre», in Dicionário do Romantismo Literário Português (coordenação de Helena Carvalhão Buescu), Caminho, Lisboa, 1997; Morão, Paula (organização), António Nobre em contexto, Actas do Colóquio realizado a 13 e 14 de Dezembro de 2000, Biblioteca Nacional e Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras de Lisboa, Colibri, Lisboa, 2001; Morão, Paula, Retratos com sombra – António Nobre e os seus contemporâneos, Edições Caixotim, Porto, 2004; Pereira, José Carlos Seabra, «António Nobre e o mito lusitanista», in História crítica da Literatura Portuguesa (volume VII - Do Fimde-Século ao Modernismo), Verbo, Lisboa 1995; Pereira, José Carlos Seabra, «Nobre (António Pereira)», in Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, volume 3, Verbo, Lisboa, 1999; Pereira, José Carlos Seabra, António Nobre – Projecto e destino, Edições Caixotim, Porto 2000; Pereira, José Carlos Seabra, O essencial sobre António Nobre, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2001.

Antonio Oliveira

Carta de um suicida Cherchez la famme Almas A escrava A escrava

A Mocidade/1934 A Mocidade/1934 Voz do Liceista/1936 O Estudante/1937 O Estudante/1937

Antonio Pahury Sabes a razão? Correio do Nordeste/1963 Miguel Antônio Bahury (São Luís, MA, 26 de dezembro de 1912 – São Paulo, SP, 3 de maio de 1963) foi um comerciante, industrial, jornalista e político brasileiro que foi deputado federal pelo Maranhão.[1][2] Dados biográficos Filho de Antônio João Bahury e Carmen Aboud Bahury. Exerceu as profissões de comerciante, industrial e jornalista estreando na política ao eleger-se deputado federal pelo Maranhão via PSD em 1958, mandato que foi renovado pelo PSP em 1962.[3][4] Entre uma eleição e outra apresentou um requerimento à mesa da Câmara dos Deputados convocando o ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, e o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para que estes explicassem afirmações segundo as quais o presidente Jânio Quadros preparava um golpe de estado. Substituído por um outro requerimento de José Maria Alkmin, o esforço de Bahury aconteceu em meio à crise que levou à renúncia do presidente em 25 de agosto de 1961.[2] Miguel Bahury faleceu nos primeiros meses da nova legislatura num acidente aéreo em São Paulo[5] e em seu lugar foi efetivado Clodomir Millet.[6]

Antonio Pedro Carneiro

Para onde vais, ó homem? Minha terra A noite Volvendo às origens Tudo se transforma Alerta, humanidade! Cegueira Ternura de mãe Lágrimas, dor, e alegria

O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981

Ex-Presidente Da Academia Caxiense De Letras. Antônio Pedro Carneiro tinha muitos títulos, acadêmicos e profissionais. Sargento, tenente, capitão, comandante e instrutor (do Tiro de Guerra 10-002), diretor (da Ciretran – Circunscrição Regional de Trânsito), diretor (escolas), bacharel (em Direito), escritor… Mas, quando ele assinava convites em nome da Academia Caxiense de Letras (ACL), que ele presidiu de 2014 a 2016, seu nome era antecedido de “Professor”.


Há três anos, na tarde de uma quarta-feira, 16 de outubro de 2019, o Professor Antônio Pedro Carneiro faleceu em Caxias (MA), cidade à qual tantos e variados serviços prestou, sempre com a marca da seriedade, da eficiência, da responsabilidade. Seu corpo foi velado na sede da Academia, na Rua Alderico Silva (antiga Rua 1º de Agosto), Centro, de onde saiu, na manhã de 17/10/2019, para sepultamento no Cemitério Aluísio Lobo, anexo ao Cemitério Nossa Senhora dos Remédios.

Aos 88 anos, Pedro Carneiro, além de inteligentes filhos, deixou um legado para Caxias e para o Maranhão, legado que inclui gerações de alunos, atividades como militar, gestor de órgãos públicos, professor e diretor em estabelecimentos de ensino, presidente da Academia de Letras, diversas obras publicadas e a publicar. Desde que a notícia da morte de Pedro Carneiro foi-se espalhando, um grande número de amigos e conhecidos manifestou-se, com registros nas redes e grupos sociais. Um conjunto de pessoas em especial trouxeram relatos em mensagens escritas e em áudios: eram os muitos alunos do Capitão, os quais, saudosos e pesarosos, descreveram passagens dos tempos em que estiveram “sob o tacão”, a autoridade inconteste do instrutor militar ou do diretor escolar. Além de militar do Exército Brasileiro, Pedro Carneiro foi diretor e professor em escolas de Caxias. No Colégio Diocesano, por exemplo, ensinou Inglês, língua em que era diplomado pela National Schools, na Califórnia (Estados Unidos). Um dos membros fundadores da Academia Caxiense de Letras, Pedro Carneiro ocupava a Cadeira nº 13, cujo patrono é o multitalentoso professor caxiense Jadihel José de Almeida Carvalho, formado em Engenharia Elétrica e Mecânica. Pedro Carneiro publicou pelo menos três livros: “Negritude e Poder”, “Cosmovisão de um Cronista” e “No Mundo da Poesia”, este o mais recente. Seu filho Nehemias Carneiro disponibilizou à época versões impressas e eletrônicas (“e-books”) desses livros, inclusive um título novo, “Ternura de Mãe”. Interessados podem consultar o “site” da mundialmente famosa loja de comércio digital Amazon. Conheci Antônio Pedro Carneiro. Sendo ele de pouca exposição (“low profile”), eu o visitava em sua residência em Caxias. Conversávamos. Falávamos sobre Literatura, Cultura e aspectos relacionados a Gestão Pública e desenvolvimento do município. Ele me presenteou com exemplares de alguns de seus livros. Certa feita, em 2014, junto com o confrade Aluízio Bittencourt, fundador e também ex-presidente da Academia, demoramo-nos em argumentos e contra-argumentos na tentativa de convencêlo a candidatar-se à presidência da Academia Caxiense de Letras. Como se sabe, naquele ano ele foi eleito presidente, à frente da chapa “Lucy Teixeira”, nome que homenageava a poeta, romancista e contista caxiense (1922-2007) que estudou na Europa e foi a quinta mulher a ocupar uma Cadeira na Academia Maranhense de Letras. Em julho de 2019, há menos de três meses da data de seu falecimento, procurei saber de notícias dele junto à sua talentosa filha, a bióloga e professora universitária Ester Carneiro (que, sempre alegre, simpática, espontânea, auxiliou-me discretamente no lançamento de um livro meu — “Do Incontido Orgulho de Ser Caxiense” –, durante palestra que ministrei no auditório lotado do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, evento organizado pela Associação da Velha Guarda Caxiense).


Antônio Pedro Carneiro era cidadão caxiense, conforme Lei Municipal nº 780, de 30 de novembro de 1976. Era oficial da reserva do Exército, posto de capitão. No terceto final de seu soneto “Catarse”, Pedro Carneiro põe em versos o que se deve desejar a quem não mais está aqui: “[…] que da morte surja nova vida, livre de temores, dor e frustrações.” Descanse em paz, amigo e confrade Antônio Pedro Carneiro. * REPERCUSSÃO – Alguns comentários a este texto, quando de sua publicação origina, em 2019: “Em 1966, quando servi no TG [Tiro de Guerra] 194, lá estava ele no comando da corporação, da qual também era instrutor… Eu cursava o segundo ano científico no Colégio Diocesano e ele era o professor de Inglês… Anos depois nos encontramos na Rádio Mearim de Caxias, onde ele atuava como comentarista esportivo… Professor Antônio Pedro Carneiro, descanse em paz. (LUIZ ABDORAL, radialista, Caxias – MA, 17/10/2019) “Honrou-me sobremaneira ter conhecido esse cidadão e amigo. Tivemos muito tempo de convivência, trabalho e diálogo, como Diretores de CIRETRANs, no DETRAN – MA. De conduta ilibada, servia como referencial para muitos amigos e servidores do Órgão. Com certeza, deixará uma grande lacuna na cidade caxiense. Aproveito para, de público, registrar os meus sinceros pêsames.” (ALLAN COSTA, militar, PMMA, Caxias – MA, 17/10/2019) “Mestre Antônio Pedro Carneiro foi meu professor no Centro de Ensino de Segundo Grau Municipal Cônego Aderson Guimarães Júnior, em 1996. Professor mais dedicado que já vi em sala de aula, e paciente também. Quando um aluno, às vezes com certa timidez, falava que estava com dúvida, ele respondia: “Se for o caso, eu explico até mil vezes pra você”. Por disciplina militar, não sentava em sala de aula. Até a chamada fazia em pé. Às vezes, por curiosidade, nós alunos passávamos pela sala dos professores: lá estava ele em pé, conforme sua doutrina militar. Mas enquanto professor era bastante amável com todos os alunos. Nossos sinceros pêsames ao professor Nanhum, Natan e outros irmãos e amigos desse ilustre Cidadão Caxiense de Coração e das Letras.” (FLÁVIO BORGES GOMES, professor, Santa Inês – MA, 17/10/2019) EDMILSON SANCHES Academia Caxiense de Letras Fotos: Antônio Pedro Carneiro em evento na Academia Caxiense de Letras e em reportagem de 01/07/2014, jornal “O Estado do Maranhão”, quando de sua posse como presidente da ACL.

Antonio Pereira da Silva

O Maranhão em trovas

Jornal de Balsas/1932

Antonio Pereira de Souza Caldas, Padre

Salmo Depreciação Cantata

O Eclesiastico/1856 O Eclesiastico/1856 O Ecclesiástico/1855

Antonio Pereira de SOUZA CALDAS Prosador, poeta, orador. Nascido a 24 de novembro de 1762, na cidade do Rio de Janeiro, e nesta mesma cidade falecido a 2 de Março de 1814. Aos 16 annos formou-se em Direito por Coimbra. BIBLIOG. — Obras poéticas, 2 volumes, Paris, 1820-1821, publicação póstuma. SONETO Oito anos apenas eu contava, Quando à fúria do mar, abandonando A vida, em frágil lenho e demandando Novo clima, da pátria me ausentava. Desde então à tristeza começava O tenro peito a ir acostumando; E mais tirana sorte adivinhando Em lágrimas o pai e a mãe deixava. Entre ferros, pobreza, enfermidade, Eu vejo, ó céus ! que dor ! que iníqua sorte ! O começo da mais risonha idade.


À velhice cruel (ó dura morte !) Que faz temer tão triste mocidade, Para poupar-me descarrega o corte. Extraído de SONETOS BRASILEIROS Século XVII – XX. Colletanea organisada por Laudelino Freire. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cie., 1913

BRAYNER, Sônia, org. Poesia no Brasil. Vol. 1. Rio de Janeiro, RJ: Editora Civilização Brasileira, 1981. 395 p. 13,5x20,5 cm. Inclui poetas das Origen e Barroco, Neoclassicismo e A rcadismo, Romantismo, Parnasianismo, Simbolismo e Opremodernismo. Capa: Eduardo Francisco Alves.

ODE AO HOMEM SELVAGEM ESTROFE 1 O homem, que Fizeste? tudo brada; Tua antiga grandeza De todo se eclipsou; a paz dourada, A liberdade com ferros se vê presa, E a pálida tristeza Em teu rosto esparzida desfigura Do Deus, que te criou, a imagem pura. ANTÍSTROFE 1 Na Citara, que empunho, as mãos grosseiras Não pôs Cantor profano; Emprestou-ma a Verdade, que as primeiras Canções nela entoara; e o vil Engano, O erro desumano, Sua face escondeu espavorido, Cuidando ser do mundo enfim banido. EPODE 1 Dos Céus desce brilhando A altiva Independência, a cujo lado Ergue a razão o cetro sublimado. Eu a oiço ditando Versos jamais ouvidos: Reis da Terra, Tremei à vista do que ali se encerra.


ESTROFE 2 Que montão de cadeias vejo alçadas Com o nome brilhante. De leis, ao bem dos homens consagradas! A Natureza simples e constante, Com pena de diamante, Em breves regras escreveu no peito Dos humanos as leis, que lhes tem feito. ANTÍSTROFE 2 O teu firme alicerce eu não pretendo, Sociedade santa, Indiscreto abalar: sobre o tremendo Altar do calvo Tempo, se levanta Uma voz que me espanta, E aponta o denso véu da Antiguidade, Que à luz esconde a tua longa idade. ÉPODE 2 Da dor o austero braço Sinto no aflito peito carregar-me, E as trémulas entranhas apertar-me. Ó céus! que imenso espaço Nos separa daqueles doces anos Da vida primitiva dos humanos! ESTROFE 3 Salve dia feliz, que o loiro Apoio Risonho alumiava, Quando da Natureza sobre o colo Sem temor a Inocência repousava, E os ombros não curvava Do déspota ao aceno enfurecido, Que inda a Terra não tinha conhecido. ANTÍSTROFE 3 Dos férvidos Etontes debruçado Nos ares se sustinha, E contra o Tempo de furor armado, Este dia alongar por glória tinha; Quando nuvem mesquinha De desordens seus raios eclipsando, A Noite foi do Averno a fronte alçando. ÉPODE 3 Saiu do centro escuro Da Terra a desgrenhada Enfermidade, E os braços com que, unida à Crueldade, Se aperta em laço duro, Estendendo, as campinas vai talando, E os míseros humanos lacerando. ESTROFE 4 Que augusta imagem de esplendor subido Ante mim se figura!


Nu; mas de graça e de valor vestido O homem natural não teme a dura Feia mão da Ventura! No rosto a Liberdade traz pintada De seus sérios prazeres rodeada. ANTISTROFE 4 Desponta, cego Amor, as setas tuas; O pálido Ciúme, Filho da Ira, com as vozes suas Num peito livre não acende o lume. Em vão bramindo espume, Que ele indo após a doce Natureza Da Fantasia os erros nada preza. EPODE 4 Severo volteando As asas denegridas, não lhe pinta O nublado futuro em negra tinta De males mil o bando, Que, de Espectros cingindo a vil figura, Do sábio tornam a morada dura. ESTROFE 5 Eu vejo o mole sono sussurrando Dos olhos pendurar-se Do frouxo Caraiba que, encostando Os membros sobre a relva, sem turbar-se, O Sol vê levantar-se, E nas ondas, de Tétis entre os braços, Entregar-se de Amor aos doces laços. ANTÍSTROFE 5 O Razão, onde habitas? ... na morada Do crime furiosa, Polida, mas cruel, paramentada Com as roupas do Vicio; ou na ditosa Cabana virtuosa Do selvagem grosseiro? ... Dize ... aonde? Eu te chamo, ó filósofo! responde. EPODE 5 Qual o astro do dia, Que nas altas montanhas se demora, Depois que a luz brilhante e criadora, Nos vales já sombria, Apenas aparece; assim me prende O Homem natural, e o Estro acende. ESTROFE 6 De tresdobrado bronze tinha o peito Aquele Ímpio tirano, Que primeiro, enrugando o torvo aspeito, Do meu e teu o grito desumano Fez soar em seu dano: Tremeu a sossegada Natureza, Ao ver deste mortal a louca empresa.


ANTÍSTROFE 6 Negros vapores pelo ar se viram Longo tempo cruzando, Té que bramando mil trovões se ouviram As nuvens entre raios decepando, Do seio seu lançando Os cruéis Erros e a torrente Ímpia Dos Vícios, que combatem, noite e dia. EPODE 6 Cobriram-se as Virtudes Com as vestes da Noite; e o lindo canto Das Musas se trocou em triste pranto. E desde então só rudes Engenhos cantam o feliz malvado, Que nos roubou o primitivo estado.

INCONTI, Dora. Poetas diversos. (Espíritas) 2ª. edição. São Bernardo do Campo, SP: Edições Correio Fratern, 1999. 252 p. 14 x 21 cm Ex. bibl. Antonio Miranda VERSÃO DO SALMO XXIII O Senhor é meu pastor, Nada há de me faltar No seu magnânimo amor! Em verdes pastos me deita Mansamente a me guiar A doces águas! Deleita E refrigera minh´alma... No amor do seu nome santo Induz-me à justiça calma! Mesmo que eu andasse em fria Estrada de sombra e pranto, Mal algum eu temeria, Porque Tu comigo estás, Tua vara me compensa, Teu cajado me dá paz! Preparas-me, Senhor Deus, Festa de amor na presença Dos adversários meus! Unges a minha cabeça De suave e terno perfume P´ra que transborde e se acresça Meu cálice de alegria. Certamente o vivo lume Da paz e misericórdia.


Todos os dias da vida, Sublime, me seguirá. E na casa mui querida Do meu amado Senhor, A minh´alma habitará Por longos dias, no amor!... Poesia mística – Poesia religiosa

POESIA – 1º. Volume. Seleção e prefacio de Ary de Mesquita. Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1952. 392 p. (Clássicos Jackson, volume XXXVIII) capa dura. Ex. bibl. Antonio Miranda

A IMORTALIDADE DA ALMA Por que choras, Fileno? Enxuga o pranto Que rega o teu semblante, onde a amizade De seus dedos gravou o terno toque. Ah! não queiras cortar minha esperança, Tu cuidas que a mão fria Da morte congelando os frouxos membros, Nos abismos do nada inescrutáveis Vai de todo afogar minha existência? É outro o meu destino, outra a promessa Do espírito que em mim vive e me anima. A horrenda sepultura Conter não pode a luz brilhante e pura, Que soberana rege o corpo inerte... Não descobres em ti um sentimento Sublime e grandioso, que parece Tua vida estender além da morte? Atenta... escuta bem... Olha... examina... Em ti deve existir : eu não te engano... Como é doce a lembrança Dessa vida imortal em que, banhado De inefável prazer, o justo goza Do seu Deus a presença majestosa ! Desperta, ó morte: Que te detém? Teu cruel braço Esforça, e vem. Vem, por piedade, Já transpassar-me, E avizinhar-me Do sumo Bem.


E queres que eu prefira Humanos passatempos ao momento, Em que raia a feliz eternidade? Um Deus de amor te inflama; E já no peito meu mal cabe a chama Que docemente o coração me abrasa. Eu voo para ele: ele só pode Minha alma sequiosas do infinito, De todo saciar: este desejo Me torna saboroso O cálix que tu julgas amargoso. Fileno, doce amigo, a mão estende, A minha aperte: não te assuste o vê-la De mortal frio já passada e lânguida. Mais durável que a vida, É a amizade a teia delicada, Se a virtude a teceu... Enfim, ó morte, Tu me mostras a foice inexorável. Amarga este momento: eu não te nego, Meu amante Fileno: a voz já presa Sinto faltar-me: o sangue Nas veias congelar-me; pelo rosto Me cai frio suor; a luz mal posso Das trevas distinguir; e sufocado O coração desmaia. Vem, imortalidade — vem, ó grande, Sublime pensamento, Adoçar o meu último momento. Ó Nume, infinito, Que aspiro a gozar, O meu peito aflito Enche de valor. Suave esperança De sorte melhor, Quanto deste instante Adoças o horror!

SALMO I, DE DAVID Feliz aquele que os ouvidos cerra Á malvados conselhos, E não caminha pela estrada iníqua Do pecador infame, Nem se encosta orgulhosos na cadeira Pelo vício emprestada; Mas na lei do Senhor fitando os olhos, A revolve e medita, Na tenebrosa noite e claro dia. A fortuna e a desgraça, Tudo parece a seu sabor moldar-se: Ele é, qual tenro arbusto, Plantado à margem de um ribeiro ameno, Que de virentes folhas A erguida frente bem depressa ornando, Na sazão oportuna, De frutos curva os suculentos ramos. Não sois assim, ó ímpios; Mas qual o leve pó que o vento assopra, Aos ares alevanta, E abate, e espalha, e com furor dissipa,


Por isso, vos espera O dia da vingança, e o frio sangue Vos coalhará de susto; Nem surgireis, de glória revestidos, Na assembleia dos justos; O Senhor da virtude é firme esteio, Enquanto o ímpio corre, De horríssonas procelas combatido, A naufragar sem tino. Antonio Prado Antonio Rodrigues Antonio Rubim

Ilusão Perdida O suave milagre Soneto

A Pacotilha/1883 Trabalhista/1951 A Pacotilha/1883

Antonio Sales

E´lo de lagrimas Teu nome Jano Sobre o tumulo de Rio Branco Pesca da pérola

Revista Elegante/1895 Pacotilha/1891 Avante/1906 O Ateniense/1916 O Tocantins/1930

Antônio Sales (Paracuru, 13 de Junho de 1868 — Fortaleza, 14 de Novembro de 1940) foi um romancista e poeta brasileiro que ocupou os cargos de secretário da justiça e do interior no tempo em que General Bezerril governou o estado do Ceará, além de deputado estadual. Biografia É muito lembrado como uma das figuras mais marcantes da literatura cearense por ter fundado a Padaria Espiritual juntamente com Adolfo Caminha, Antônio Bezerra, Lívio Barreto, Henrique Jorge, Juvenal Galeno e vários outros jovens intelectuais que formavam o círculo cultural de Fortaleza do fim do século XIX. A Padaria Espiritual ganhou bastante visibilidade por sua forma irônica e irreverente de criticar a "provincianidade" fortalezense da época em busca de um resgate criativo dos espaços e dos meios de cultura no Ceará, movimento que influenciou a Semana de Arte Moderna . Foi redator do jornal "O Pão", através do qual se divulgavam as ideias da agremiação literária que participava, do qual exerceu o cargo de padeiro-mor. É conhecido também por ser amigo de Machado de Assis e por jamais ter aceitado aos inúmeros convites de compor a, então em fundação, Academia Brasileira de Letras. É o patrono da Academia Cearense de Letras e foi designado por Rachel de Queiroz como "a figura suprema das letras na nossa província, o nome nacional residente no Alagadiço; e o padrinho obrigatório de todo principiante conterrâneo"[1].

Foi nos cafés da praça do Ferreira que Antônio Sales idealizou a Padaria Espiritual com seus amigos. Publicou apenas um romance de estética realista regional, com traços também naturalistas, chamado Aves de Arribação, inicialmente publicado em folhetins do Correio da Manhã do Rio de Janeiro onde residia o escritor, em 1903 de 15 de janeiro a 6 de maio e não em 1902, como equivocadamente registram Dolor Barreira, Pedro Nava, Wílson Martins e Otacílio Colares. Viria a ser publicado em forma de livro apenas em 1913.


Até ser reconhecido como escritor, trabalhou no comércio de Fortaleza com a precoce idade de catorze anos. Anos depois, passaria pela vida de funcionário público, político e jornalista, inclusive no Rio de Janeiro. Mas voltara à capital cearense em 1920, onde vivera até seu falecimento, em 14 de novembro de 1940. O escritor, amigo de Machado de Assis, ajudara este a fundar a Academia Brasileira de Letras, mas segundo ele, por não discursar bem, não quis dela fazer parte. Em 1892 fundou um movimento de renascença literária no Ceará chamado de Padaria Espiritual, agremiação que marcou, entre 1892 e 1898, a vida da provinciana capital do Ceará naqueles primeiros dias de República e da qual fizeram parte vários grandes autores cearenses. A Padaria Espiritual Antônio Sales foi o responsável por escrever o programa de instalação da Padaria, composta por artigos que definiam o modo e a composição da agremiação. 1 – Fica organizada, nesta cidade de Fortaleza, capital da Terra da Luz, antigo Siará (sic) Grande, uma sociedade de rapazes de Letras e Artes denominada – Padaria Espiritual, cujo fim é fornecer pão de espírito aos sócios em particular e aos povos em geral”. 2 – A Padaria Espiritual se comporá de um Padeiro-mor (presidente), de dois Forneiros (secretários), de um Gaveta (tesoureiro), de um Guarda-Livros, na acepção intrínseca da palavra (bibliotecário), de um investigador das Coisas e das Gentes, que se chamava – Olho de Providência, e os demais amassadores (sócios). Todos os sócios terão a denominação geral de – Padeiros. 3 – Fica limitado em vinte o número de sócios, inclusive a Diretoria, podendo-se, porém, admitir sócios honorários que se denominaram Padeiroslivres. 4 – Depois da instalação da Padaria, só será admitido quem exibir uma peça literária ou qualquer outro trabalho artístico que for julgado decente pela maioria.[2] Um dos principais traços da Padaria Espiritual foi o regionalismo marcante. Além de todos os sócios ganharem o título de amassadores ou forneiros, dependendo das funções. Cada um tinha também o pseudônimo que sempre recebia um sobrenome de uma planta ou palavra indígena presentes na cultura cearense. O pseudônimo de Antônio Sales era Moacir Jurema. Obras Versos Diversos, poesias (1890) Trovas do Norte, poesias (1895) Poesias (1902) Minha Terra, poesias (1919) Aves de Arribação, romance e novela (1914)

Antonio Sarmento Antonio Satles Antonio Soares

Antonio Thomaz, Padre

Poema para meus pés defuntos Poema 3 Christo e a adultera Christo

União/1950 União/1950 Avante/1907 Gazeta de Picos/1910

Contraste Nas trevas Contraste Post laborem Contraste A ceia A morte de Jesus Flores O Palhaço Verso e reverso Palhaço Flores Contraste

Correio de Picos/1920 Jornal de Balsas/1932 Horizonte/1950 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1924 A Evolução/1929 Voz do Povo/1931 Jornal de Balsas/1932

Padre Antônio Tomás (Acaraú, 14 de setembro de 1868 — Fortaleza, 16 de julho de 1941) foi um pároco, poeta e escritor, o primeiro Príncipe dos Poetas Cearenses.[1][2] Biografia


Nasceu na cidade de Acaraú, Ceará, a 14 de setembro de 1868. Filho do professor Gil Tomás Lourenço e dona Francisca Laurinda da Frota. Cursou latim e francês em Sobral, e concluiu seus estudos no Seminário de Fortaleza,[3] onde foi ordenado sacerdote, em 1891. Esteve longos anos a serviço da Igreja Católica, em paróquias do interior cearense, notadamente como vigário de sua terra natal, levando vida modesta e apagada, dedicado a sua missão, escrevendo versos e cuidando de sua paróquia. Exerceu o paroquiato durante trinta anos, tendo sido vigário de Trairi e de Acaraú, de 1892 a 1924, quando por motivo de saúde, deixou o exercício do múnus paroquial, a que dedicara todas as reservas da sua atividade apostólica.[4] Iniciou-se na publicação de seus sonetos, no ano de 1901, quando o Almanaque do Ceará, daquele ano, publicou o soneto PostLaborem. Escreveu dezenas de sonetos que eram levados à imprensa pelos amigos, já que na sua humildade e timidez procurava fugir à publicidade. Recebeu, entretanto, ainda em vida, consagração popular, sendo eleito, Príncipe dos Poetas Cearenses, num pleito realizado pela revista Ceará Ilustrado, em 1925. Está classificado entre os maiores sonetistas brasileiros, gênero a que mais se dedicou, escrevendo também composições de feição e ritmos variados, caracterizando-se por sua independência em relação a qualquer movimento ou escola literária.[5][6] Foi membro da Academia Cearense de Letras e, em 1919, eleito sócio do Instituto do Ceará. Faleceu em Fortaleza, a 16 de julho de 1941, sendo sepultado no dia seguinte, na Igreja Matriz da Cidade de Santana do Acaraú, Ceará.[7][8][9] Homenagens Uma escola em Acaraú foi nomeada em homenagem ao padre.[10] Uma importante avenida de Fortaleza têm o nome do religioso.[11] Reconhecidamente um dos maiores sonetistas de seu tempo, parte de sua obra foi reunida em livro.[12] Referências ↑ Poesia, Jornal da. «Jornal de Poesia - Padre Antônio Tomás». www.jornaldepoesia.jor.br. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «Casa do Padre Antonio Tomás – Acaraú». Coisa de Cearense. 13 de janeiro de 2017 ↑ Jornal de Poesia - Padre Antônio Thomaz [1] ↑ Variedades. [S.l.]: EDIPUCRS. ISBN 9788574307787 ↑ «(Padre Antonio Tomás - Ceará - 1868-1941)». Pensador ↑ «Sonetos de Padre Antônio Tomaz - Caderno 3 - Diário do Nordeste». Diário do Nordeste. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ Almanaque poético de uma cidade do interior [2] Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. ↑ Cascudo, Luís da Câmara (4 de setembro de 2015). Jangada: Uma pesquisa etnográfica. [S.l.]: Global Editora. ISBN 9788526017283 ↑ Aquino, Renato (2007). Gramatica Objetiva Da Lingua Portuguesa. [S.l.]: CAMPUS - RJ. ISBN 9788535223415 ↑ escolas. «Escola - CEJA Padre Antonio Tomas - Acaraú - CE». Escol.as. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «Avenida Padre Antônio Tomás - até 2534/2535, Aldeota - Fortaleza CE - CEP 60140-160». www.consultarcep.com.br. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «PADRE ANTONIO TOMAZ – Príncipe dos Poetas Cearenses». Página 20.net. 17 de abril de 2016 Bibliografia FREITAS, Vicente. Almanaque poético de uma cidade do interior. Fortaleza: Edição do Autor, 2004. RAMOS, Dinorá Tomaz. Padre Antônio Tomas - Príncipe dos Poetas Cearenses. Fortaleza: Paulina Editora, 1950.

Antonio Torres

Corvos

Cidade de Pinheiro/1923

Antônio Torres | Autores | Portal da Crônica Brasileira (cronicabrasileira.org.br)


Antonio V. Marques Antonio Vasconcelos

Apolonia Pinto Araujo Filho Arentino Ribeiro Argemiro Moraes ARIAM

Crepusculo Ruga Pedra de Sisifo Desgosto Vinho de Hebe Perfis maranhenses Etelvina Assim Hino a Liberdade Mulher Manhã na roça Rozas Cotinha Au depart Edith Americo Cesar A uma borregã Carrus navallis Na volta Teus olhos Analogia Hino da União Silvio Romero O canto de um pássaro 47 anos A alma Rimas ligeiras O teu pranto Os teus olhos Ambrozina Nunca Inexoravel Duas poesias Hyno à vida Liberdade Dois mundos Salve 28 de julho – 1823/1923

A Mocidade/1906 O Coroatá/1920 Athenas/1940 Athenas/1940 Athenas/1940 Pacotilha/1902 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Martelo/1911 A Mocidade/1906 Jornal dos Artistas/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Canhoto/1912 A Lanterna/1914 O Guri/1915 O Imparcial/1915 Revista Maranhense/1917 A Semana/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1920 Athenas/1940 Pegureiro da Fé/1913 Primavera/1909 O Condor/1908 Jornal dos Artistas/1909 Jornal dos Artistas/1909 Jornal dos Artistas/1909 O Timoneiro/1914 Athenas/1940 Cidade de Pinheiro/1923 Revista Maranhense/1920 O Porvir/1902 A Escola/1923

Arioldo Dimas

Deidade

O Martelo/1914

Aristarco das Moças

Mote Mote Mote

Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854

Aparino de Farias Apolinario Carvalho Apolinário de Carvalho Appolinário Carvalho Appolinario de Carvalho


Aristeu de Seixas

A uma arvore

Cidade de Pinheiro/1924

Nome completo: Aristeu Seixas Nascimento: 1881 - Resende, RJ Morte: 1965 - São Paulo, SP Descrição: poeta, ensaísta, crítico literário, funcionário público, empresário Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 D. Francisca Júlia da Silva, a sua produção literária e o seu prestígio nas letras nacionais

Crítica, teoria ou história literária

1918

Discurso sobre o belo

Crítica, teoria ou história literária

1907

Epitalâmio

Poemas

1909

Início de uma vida literária, retalhos críticos

Crítica, teoria ou história literária

1911

Literatura paulista pelo sr. Vicente de Carvalho

Crítica, teoria ou história literária

1913

Livro de Isa

Poemas

1925

No limiar...

Poemas

1913

Noite de luar

Poemas

1905


O Templo

Poemas

1966

Os Versos áureos de Pitágoras

Não identificado

1916

Pôr-do-sol

Poemas

1924

Sonetos brasileiros

Poemas;Crítica, teoria ou história literária

1904

Um poeta, crítica literária

Crítica, teoria ou história literária

1911

Ariston Porto Nunes

Exaltação à mulher

O Liceu/1957/58

Aristotelino Lago

O riacho do morro

Gazeta de Flôres/1932

Aristotelino Carvalho Lago, vulgamente Lili Lago, filho de Antonio Teixeira Lago e Laura Rosa de Carvalho Lago, estes oriundos de Brejo, de tradicionais famílias. O bisavô de Lili Lago, Luis Pereira Lago e o avô Luis Pereira do Lago Junior, foram deputados em diversos legislaturas no Estado do Maranhão. Nascido em 31 de Março 1911 em Buriti, fez as primeiras letras na sua terra, de onde partiu para Teresina-PI cursar o ginásio no emérito Instituto Demóstenes Avelino, fazendo só até o 2º ano. Em Buriti, no exercer de ocupações, Lili Lago foi Tabelião Público do 2º Ofício e fundador da Escola Lili Lago, dedicando-se a formação educativa da juventude. Lili, foi também o primeiro agente nos Correios de Buriti. Casa-se em Outubro de 1944 com Letícia Faria Costa Lago, que fora sua aluna na escola que fundou, tendo originado do consócio os filhos: Carlos Rogério, Adhemar Wallace, Josélia Maria, Getúlio Roosevett e Aristóteles Lincoln Lago, Aristotelino Carvalho Júnior e Allan Acásio. Desejando residir em São Luis, deixa sua terra no ano de 1948. Na capital ocupou os cargos de Secretário e Chefe de Gabinete de diversos prefeitos, chegando a ser em um deles presidente da Comissão de Abastecimento de Preços do Maranhão. Desde jovem dedicou-se aos estudos de direito, adquirindo o status de advogado provinciano, tendo assim exercido o ofício nas Comarcas de Buriti, Coelho Neto e Chapadinha. Político, foi getulista no Estado Novo, e sempre militando no PDT. Em vida teve publicado no ano de 1990, o livro “ Meu Baixo Sertão ”, obra poética dividida em três partes, “ Folclore de Salão”; “ Miscelânea ” e “ Memórias de minha Infância ”. O livro escrito em versos de rimas leves e transparentes, cheio de humor, irreverência e saudosismo, o poeta Lili descreve as suas vivências buritiense, com os episódios da infância e juventude, o cotidiano e a cultura da gente simples de sua terra, as histórias e os causos; a natureza da chapada, os riachos e morros. Lili Lago quando organizava em Buriti o lançamento de “ Meu Baixo Sertão ”, na noite de 30 de Março de 1990, foi acometido de um ataque cardíaco fulminante, que lhe ceifo a vida. Faltava poucas horas para o poeta completar seus 79 anos, e dos convites para o lançamento já terem sido enviados aos amigos e conterrâneos. José Moura, amigo saudosista de Lili, também editor de “ Meu Baixo Sertão ”, pelo SIOGE,


confidência que Lili Lago era um amigo e uma figura humana formidável. Moura pretendia publicar uma outra obra poética de Lili, mas que após sua morte devolveu o original para a família do poeta. Porém, como um legado cultural e literário para todos, temos em “ Meu Baixão Sertão ”, um testemunho autêntico de um bom poeta, que lutou por justiça e defendeu os pobres e trabalhadores, descrevendo em versos cândidos os sofrimentos e a vida do povo de seu torrão natal. Um poeta cujo viver intenso, apaixonante, se eternizou na poesia como um menino que nadou no riacho do Morro, catou pequi na chapada, fez grande amigos, bebeu cachaça à fole e namorou as caboclas e mulatas da terra de Inácia Vaz. FONTE: Vozes Poéticas dos Morros Garapenses terça-feira, 8 de abril de 2014

BURITI - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE BURITI (AMIB) FAZ LANÇAMENTO DO III FESTIVAL DE POESIA EM HOMENAGEM AO POETA BURITIENSE LILI LAGO .: BURITI - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE BURITI (AMIB) FAZ LANÇAMENTO DO III FESTIVAL DE POESIA EM HOMENAGEM AO POETA BURITIENSE LILI LAGO (pburiti.blogspot.com) Arlindo de Sousa Martins Arlindo Martins

Finados Pagina solta Saudades O intrigante Meu pae Pagina solta O intrigante Meu pae Pagina solta Inconstante Ante um boi Morcero Comunhão branca Carmem Dolores Traz quadras Finados Minha culpa Vizão de louco O intrigante Meu pae Ante um boi Inconstante Monstro Carmem Dolores Tres quadras Comunhão branca Teias de aranha Carmen Dolores Desespero Sonho Atraves do verso Por amor Trovaz A infancia Infame Intimos Rimas vermelhas Saudades Minha culpa Dentro da noite Ninho de amor

Correio do Nordeste/1963 O Canhoto/1912 Primavera/1909 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Domingo/1917 A Fita/1917 Revista Maranhense/1918 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20


Mentira A Fita/1919-20 Historia antiga A Fita/1919-20 Mostrando um homem A Fita/1919-20 Trez quadras A Fita/1921 Pau-ddarco A Fita/1921 Obreiros dos versos A Fita/1921 Correa de Araujo A Fita/1921 Comunhão Branca A Fita/1921 Recorda A Fita/1921 Pagina de dor A Fita/1921 Coração de mulher A Fita/1921 Obreiros dos versos A Fita/1921 Soneto A Fita/1921 Arsoumar Intrigante A Fita/1919-20 Linguas A Fita/1919-20 Sem titulo A Fita/1919-20 Amor e fome A Fita/1919-20 Profissão de fé A Fita/1919-20 Sem titulo A Fita/1919-20 Bélgica! A Fita/1921 Estatua negra A Fita/1921 Cães A Fita/1921 Eider Filho Ruinas A Fita/1919-20 Mar secreto A Fita/1919-20 O Genio do Mal A Fita/1919-20 Nome completo: Arlindo de Sousa Martins Pseudônimo(s): Arlindo Martins, Ester d'Alva, Zé do Bredo, Arsoumar e Eider Filho Nascimento: 1885 - São Luís, MA Morte: 1924 - Manaus, AM Descrição: Poeta, jornalista, diplomado em direito, funcionário público. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Gênero

Ano Antologia maranhense

Poemas

1937

Sonetos maranhenses Poemas

1923

Suspiros e soluços

1911

Poemas

Carlos REgo Armando Braga Armando Martins

A rosa e o cravo Mai fecunda Saudade

Philomathia/1895 Correio de Codó/1913 Gazeta de Picos/1908

Armindo Rangel

Scena intima

Correio de Picos/1911

Arnaldo Damasceno Vieira

Jesus

Avante/1907


Nome completo: Arnaldo Damasceno Vieira Nascimento: 1876 - Porto Alegre, RS Morte: 1951 - Rio de Janeiro, RJ Descrição: Poeta, ensaísta, historiador, psicólogo, militar, membro Soc. Bras. Homens Letras, fund. rev. Brasiléia, Álbum e Panthum. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238

Ainda se morre de amorPoemas1935 Baladas e poemasPoemas1911 ConstelaçõesPoemas1903 Lendas da princesa louraPoemas1925 O Simbolismo e a místicaCrítica, teoria ou história literária1938 Poemas do sonho e da ironiaPoemas1919 Sonetos brasileirosPoemas;Crítica, teoria ou história literária1904 Arnaldo Damasceno Vieira foi um escritor brasileiro, filho de João Damasceno Vieira Fernandes.

Obras[editar] • 1903: Constelações • 1911: Baladas e poemas (Arquivo (HTML)) • 1913: Sonetos brasileiros: século XVII-XX (projeto de transcrição) - Editor: Laudelino Freire. • 1919: Poemas do sonho e da ironia • 1925: Lendas da princesa loura • 1935: Ainda se morre de amor • 1938: O Simbolismo e a mística DAMASCENO VIEIRA ( Brasil – Rio Grande do Sul ) (1853) Arnaldo Damasceno Vieira foi poeta e engenheiro militar (no Rio Grande do Sul), autor de "Baladas e Poemas". Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna (poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna


(poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Biografia e imagem:

Arnaldo Nunes Arruda

Arthur (?)

Arthur Azevedo Artur Azevedo

Nova Canaã Nova Canaã Carta de um boticário à sua namorada Retrato Oufora e hoje A mulher Colombo Ah e se... Colombo Teus olhos Soneto

A Ordem/1920 A Ordem/1920 O Zephyro/1901 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 Revista Elegante/1895

Rimas Aniversário Transit. Confuzão Vem Impressões de teatro Pelintra O marido, a mulher, e o outro Infantilidade Corre Mangas Que espiga As estatuas Dois padres Saldo de contas De lua a sol Suicidio Pedido De lua a sol Improbus amor

O Debate/1910 Jornal dos Artistas/1919 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Flexa/1879 Pacotilha/1904 Avante/1907 Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 O Grilo/1912 Correio de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 A Noticia/1928 Voz do Povo/1931

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908),[1] também conhecido como Artur Azevedo, foi um escritor, dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico, cronista e jornalista brasileiro.[2] Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.[3] Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte.[4]


Suas peças mais conhecidas são A joia, A Capital Federal, A almanjarra, O Mambembe, entre outras.[3] Três teatros no Brasil foram batizados com o seu nome: o Teatro Arthur Azevedo de São Luís, Maranhão, sua cidade natal,[2] o Teatro Arthur Azevedo da cidade de São Paulo, e o Teatro Arthur Azevedo da cidade de Rio de Janeiro. Biografia Artur Azevedo era filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães.[3] Aos oito anos, Azevedo já dava indícios de inclinação às atividades teatrais, adaptando de forma amadora textos de Joaquim Manuel de Macedo e, posteriormente, criando peças próprias, que representava.[3] Aos 15 anos, escreveu a obra teatral Amor por Anexins, que alcançou êxito regional e nacional.[4] Devido a discordâncias com a administração provincial, Azevedo concorreu a um concurso aberto para vagas de amanuense da Fazenda. Sendo classificado, ele se transferiu para a capital federal, à época o Rio de Janeiro. Lá, ficou empregado no Ministério da Agricultura e no Colégio Pinheiro, onde lecionava português.[1] Foi nesse período em que iniciou sua carreira jornalística, fundando diversos periódicos literários, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Junto a Machado de Assis, colaborou em A Estação e, com Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto, no jornal Novidades.[3] Defendeu a abolição da escravatura tanto em artigos de jornal como em obras dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, sendo que esta última, escrita com Urbano Duarte, foi publicada sob o título de O escravocrata.[3] Foi por insistência de Artur Azevedo, principalmente através de seus artigos na imprensa, que, em 1895, foi aprovada a lei que previa a construção de um teatro municipal no Rio de Janeiro. Tinha o teatrólogo a convicção de que somente a construção desse teatro poria fim à má fase em que se encontravam as artes cênicas na segunda metade do século XIX. A criação da lei traria resultado somente em 1904, quando foi aberto concurso para a construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[5] Arthur Azevedo, que sustentou a campanha vitoriosa para construção do Teatro, não assistiria à sua inauguração em 14 de julho de 1909, pois faleceu nove meses antes.[6] Antes de sua morte, foi um crítico mordaz do pano de boca do Theatro Municipal, pintado por Eliseu Visconti.[7] Faleceu aos 53 anos no Rio de Janeiro e foi sepultado no Cemitério do Caju.[8] Bibliografia[9] Teatro: Carapuças, 1871; Amor por anexins, 1872; A filha de Maria Angu, 1875; Uma véspera de reis, 1876; Um dia de finados, 1877; A joia, 1879; O escravocrata, em colaboração com Urbano Duarte, 1884; A almanjarra, 1888; A Capital Federal, 1859; O retrato a óleo, 1902; O Mambembe, 1904; O dote, 1907; Vida alheia, 1929. Contos e poesias: Sonetos, 1876; Contos possíveis, 1889; Contos fora de moda, 1894; Contos efêmeros, 1897; Contos em verso, 1898; Rimas, 1909; Contos cariocas, 1928; Vida alheia, 1929; Histórias brejeiras, 1962; Contos, Ed. Três, 1973; Contos ligeiros, 1974. Academia Brasileira de Letras Foi um dos fundadores do Silogeu Brasileiro, onde ocupou a cadeira 29, que tem por patrono Martins Pena.

Arthur Guimarães

A ella

28 de Julho/1892

Arthur Schawager Arthur Tavares

Ser homem Aprers notiurno

Correio de Picos/1920 A Pacotilha/1883

Artur Labatut

Pio XII

O Combate/1948


Artur Rabut Arthur Rabut

O mar O Rio Nilo Minha mãe Luis Domingues Campanha brilhante Arte Noite de Natal Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Zuzu Nahuz

O Gremio/1955 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1963 Jornal do Maranhão/1963 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Correio do Nordeste/1965


Ary de Lima

Hino à Maringá

O Pioneiro/1981

A história de Ary de Lima (maringahistorica.com.br)

Filho de João Emídio de Lima e Maria Alsina de Lima, Ary de Lima nasceu em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, no dia 22 de maio de 1916. Ele se mudou para Maringá em abril de 1952. Foi casado com Helena Radaelli de Lima, com quem teve quatro filhos: Maria Arlene, Paulo Rubens, João Gualberto e César Augusto de Lima. Além de professor, poeta e jornalista, Ary de Lima foi vereador, quando assumiu a presidência da Câmara Municipal, e deputado federal, onde ocupou funções decisivas nas Comissões de Educação e Cultura e de Redação. Por ter escrito os hinos dos Municípios de Maringá, Loanda, São Sebastião do Paraíso, Sinop, além dos hinos do Lar Betânia de Maringá, Instituto Musical Luzamor, da UMES, entre outros, recebeu diversas condecorações. Entre elas: cidadão honorário de Maringá, Loanda e Dr. Camargo, bem como do Estado do Paraná. Ary de Lima foi autor dos livros Sol nascente, Sol poente, O sertão ressuscitou, Meu Brasil brasileiro, Poema a Maringá, Melancólico destino das sete quedas, Turismo-aurora de esperanças, O verde está morrendo, entre diversas outras publicações. Tendo falecido aos 82 anos, em 22 de abril de 1998, Ary de Lima é considerado um dos pioneiros mais importantes da história do Município de Maringá. Fonte: Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica.

Ascenso Ferreira

Zabumba

Athenas/1942


ASCENSO FERREIRA (1895-1965) Poeta, Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira nasceu no município de Palmares, zona da Mata de Pernambuco, a 09 de maio de 1895, filho único do comerciante Antônio Carneiro Torres e da professora Maria Luiza Gonçalves Ferreira. Órfão aos 13 anos de idade, passa a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publica no jornal A Notícia de Palmares, o seu primeiro poema, "Flor Fenecida". Em 1920, muda-se para o Recife, onde torna-se funcionário público e passa a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais. Em 1925, participa do Movimento Modernista de Pernambuco e, em 1927, publica seu primeiro livro, "Catimbó". Viaja a vários estados brasileiros para promover recitais. Em 1941, publica o seu segundo livro ("Cana Caiana"). O terceiro livro ("Xenhenhém") está pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de "Poemas", que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema "O Trem de Alagoas", musicado por Villa Lobos. Em 1955, participa ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1966, é nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação é cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceita que o poeta e boêmio irreverente assuma o cargo. É nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e cultura, onde só comparecia para receber o salário. Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lança "Catimbó e Outros Poemas". A 05 de maio de 1965, morre, no Recife. Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca. Fonte da biografia: http://www.pe-az.com.br/biografias/

Asiel Asin

Exortação Não acredite, virgem

O Popular/1952 A Mocidade/1875

Assis Brasil

A luz do evangelho A Grecia A luz dos evangelhos A egreja

A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 A Pacotilha/1883 Avante/1907

Joaquim Francisco de Assis Brasil (São Gabriel, 29 de julho de 1857 — Pinheiro Machado, 24 de dezembro de 1938) foi um advogado, político, orador, escritor, poeta, prosador, diplomata e estadista brasileiro; propagandista da República. Foi fundador do Partido Libertador, deputado e membro da junta governativa gaúcha de 1891.[1] Introduziu no Brasil o gado Jersey, o gado Devon e a ovelha Karakul, tendo participação importante na introdução do cavalo árabe e no melhoramento do Thoroughbred, o puro sangue inglês. Juntamente com o Barão do Rio Branco, assinou o Tratado de Petrópolis, que assegurou ao Brasil a posse do atual Estado do Acre. Neste estado foi criado, em sua homenagem, o município de Assis Brasil. Juventude Assis Brasil nasceu na Estância de São Gonçalo, município de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, filho do estancieiro Francisco de Assis Brasil, de quem herdou extensas propriedades no interior gaúcho, e de Joaquina Teodora de Bem Salinas, ambos descendentes de açorianos. Aos oito anos entrou na escola de primeiras letras do mestre Custódio José de Miranda. Em 1870 transferiu-se para o Colégio São Gabriel, na cidade de mesmo nome. No primeiro ano ganhou a medalha de prata e no ano seguinte a de ouro. Estas medalhas ainda existem, guardadas no Castelo de Pedras Altas, no município de Pedras Altas. Em 1872, já órfão de pai, partiu para Pelotas, ficando interno no Colégio Taveira Júnior. Em 1874 frequentou, em Porto Alegre, o Colégio Gomes, onde estudou os preparatórios.


Em 1876 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, passando a integrar o grupo de estudantes rio-grandenses que ali se formara. Fundaram o Clube 20 de Setembro, com o compromisso de pregar e propagar o sistema republicano de governo e de apressar a mudança de regime político do país. Vida acadêmica Em 1877, Assis Brasil publicou seu primeiro livro, Chispas, com versos da adolescência. A seguir publicou História da República Riograndense, onde fez uma defesa ardorosa da Revolução Farroupilha de 1835. Neste livro já estão presentes os princípios básicos de seu pensamento. Seguiram-se outros trabalhos inspirados no puro ideal de suas convicções. Sua obra é vasta. Destacam-se nela tanto trabalhos de propaganda, como obras de profunda relevância do ponto de vista da teoria política. A defesa ardorosa do sistema presidencial de governo e da representação proporcional são a marca principal de seu pensamento. Foi membro da Sociedade Partenon Literário.[2] Em 1879, com um grupo de rapazes que marcaram época na Academia de São Paulo, fundou o "Clube Republicano Acadêmico" e o jornal "Evolução". Carreira política Em 1882 formou-se em direito e voltou para o Rio Grande do Sul, onde foi um dos fundadores do Partido Republicano Riograndense. Durante meses, percorreu a província a cavalo, pregando a liberdade e a república com que tanto sonhava. Foi eleito deputado provincial (hoje seria estadual) em dois biênios: 1884 — 1886 e 1886 — 1888. Na tribuna enfrentou Gaspar Silveira Martins, merecendo deste seu digno adversário as maiores considerações. Em 1889, proclamada a República, foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte. Promulgada a constituição, renunciou ao seu mandato. Convidado pelo Marechal Deodoro da Fonseca para fazer parte do primeiro ministério constitucional, recusou o convite por divergência de ideais. Em consequência do golpe de estado de Deodoro, a situação no Rio Grande do Sul tornou-se anormal, tendo o presidente do estado Júlio de Castilhos abandonado o poder. Foi constituída então uma Junta Governativa, da qual Assis Brasil fez parte. Como único membro presente da junta, assumiu o governo do estado. Segundo manifesto publicado, tinha como objetivos: Fazer a sociedade recuperar o sossego perdido Combater a ditadura Presidir, com a maior imparcialidade, a eleição que se deveria realizar

Restabelecimento das relações entre Portugal e o Brasil. Assis Brasil é o segundo da direita para a esquerda. Os rio-grandenses uniram-se para defender a causa comum; o mais completo êxito veio coroar seu gesto de patriota. Atingidos os objetivos com a eleição de um novo governador, Assis Brasil renunciou ao poder. Nomeado ministro plenipotenciário do Brasil na Argentina, prestou relevantes serviços à pátria por ocasião de acontecimentos desenrolados de 1880 a 1894. Transferido neste ano para a China, não chegou a assumir o posto, porque o presidente Prudente de Morais lhe conferiu a incumbência de reatar as estremecidas relações com Portugal. Em 1896 publicou o livro Governo Presidencial na República Brasileira e, em 1898, A Cultura dos Campos. Transferido para os Estados Unidos em 1898 (ano em que se casou com sua segunda esposa), lá ficou até 1902, quando foi enviado para a Embaixada do Brasil no México. Em 1903, o presidente Rodrigues Alves o chamou para trabalhar ao lado do Barão de Rio Branco na questão de limites com a Bolívia. A assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, terminou com o litígio de fronteiras entre o Brasil e a Bolívia, no atual estado do Acre. Com o término das negociações, Assis Brasil retornou para Washington logo após a assinatura. Em 1905, o Barão do Rio Branco removeu-o para a Argentina, onde se tornava necessária a presença de uma personalidade de prestígio para desfazer intrigas surgidas contra o então Ministro das Relações Exteriores. Em 1906, ao lado de Joaquim Nabuco, Presidente do Congresso Pan-Americano realizado no Rio de Janeiro, dirigiu os trabalhos como Secretário-Geral. Em 1907 pediu aposentadoria. Retirando-se do serviço diplomático, fundou sua granja de Pedras Altas. Ele já havia liderado, no final do século XIX, a fundação da Associação Pastoril de Pelotas, a associação agropecuária mais antiga do Rio Grande do Sul. Depois vieram as associações de São Gabriel, de Bagé e, finalmente, em 1919, a de Alegrete, que recebeu o nome de Associação Rural de Alegrete. Em 1908 fundou, com seu amigo Fernando Abbott, o Partido Republicano Democrático. Depois viveu retirado da atividade política até que, em 1922, o seu nome foi lançado como candidato de oposição a Borges de Medeiros. A rudeza da luta eleitoral tornou inevitável um movimento armado, a Revolução de 1923, que acabou resultando na reforma da Constituição Estadual de 1891. Em dezembro de 1923 foi assinado o Pacto de Pedras Altas, em seu castelo na cidade de mesmo nome. Em 1924, tendo surgido um movimento revolucionário, exilou-se no Uruguai. Em 1927 os sufrágios de seus correligionários o elegeram deputado federal. Nesse mesmo ano teve participação destacada na fundação do Partido Democrático Nacional.


Em 1928, com Raul Pilla, fundou o Partido Libertador. Em 1929, o presidente Washington Luís pretendeu impor a candidatura de Júlio Prestes para a sucessão presidencial. Assis Brasil aconselhou o Partido Libertador a cerrar fileiras em torno de Getúlio Vargas, então Presidente do Estado, que se opunha ao candidato oficial e prometera aceitar o voto secreto se eleito presidente. Em 1930 Washington Luís foi deposto e Getúlio Vargas assumiu o poder como Chefe do Governo Provisório, do qual Assis Brasil fez parte como Ministro da Agricultura, cargo ao qual renunciou em protesto contra o empastelamento do Diário Carioca, por pessoas ligadas ao tenentismo. Em 1932, foi o grande idealizador do Código Eleitoral, baseado em sua obra Democracia representativa: Do voto e do modo de votar. Neste código está a primeira menção à urna eletrônica, quando ele levanta a hipótese da utilização de uma máquina de votar. Em 1934 foi mandado em missão especial a Buenos Aires, para ocupar a Embaixada do Brasil, acéfala desde o movimento revolucionário argentino de 1930, por não haver o presidente Washington Luís reconhecido o governo do General Uriburú. Assis Brasil disse a Mem de Sá sobre a repartição de cargos e ministérios na Revolução de 1930: "Menino, todo homem tem seu preço. O venal se deixa comprar por dinheiro. O meu preço é o Código Eleitoral. E como vale mais a pena ladrar dentro de casa do que fora dela, aceito o ministério".[3] Casamento O embaixador Joaquim Francisco de Assis Brasil casou-se, em primeiras núpcias, com Maria Cecília Prates de Castilhos, filha do comendador Castilhos e irmã do seu companheiro do movimento republicano, Júlio de Castilhos. Com a morte de sua primeira esposa, Assis Brasil casa-se, em segundas núpcias, com Lídia Pereira Felício de São Mamede, filha do 2.° Conde de São Mamede. [4][5][6] Últimos anos Suas últimas participações em conferências internacionais foram a chefia da Delegação Brasileira à Conferência Econômica Preliminar, em Washington, e à Conferência Monetária e Econômica Mundial de 1933, em Londres.[6] Em 1933, eleito deputado à Assembleia Constituinte, foi enviado em missão extraordinária à Inglaterra, onde tomou parte na Conferência Econômica Mundial e ainda retribuiu a visita que o Príncipe de Gales fizera ao Brasil. Ao retornar, resignou a todos os cargos oficiais e voltou à vida do campo.[6] Em agosto de 1938 adoeceu em consequência de uma gripe. Morreu na noite de 24 de dezembro, aos 80 anos, em seu Castelo de Pedras Altas, local que pertence atualmente à cidade de Pedras Altas, mas na época pertencia a Pinheiro Machado.[6] Bibliografia básica de Assis Brasil A Aliança Libertadora no Rio Grande do Sul. Manifesto Político. Editora Globo, Porto Alegre, 1925. A atitude do Partido Democrático Nacional na crise da renovação presidencial para 1930-34. Editora Globo, Porto Alegre 1929. A cultura dos campos. 1898. A Guerra dos Farrapos. Andersen, Rio de Janeiro. A ideia de Pátria. Tipografia Piratininga, São Paulo, 1918. Assis Brasil, o fisiocrata. Paulo Brossard. Cadernos de História nº 40 do Memorial do Rio Grande do Sul. edição eletrônica A República Federal. Rio de Janeiro, Leuzinger, 1881. Atitude do Partido Democrático Nacional. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1929. Bento Gonçalves e a ideia dederativa. Revista da A.U.B., Setembro de 1939. Brasil escreve-se com S. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1918. Democracia representativa. Do voto e do modo de votar. Imprensa Nacional, 1931. Ditadura, parlamentarismo, democracia. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1928. Do governo presidencial na República Brasileira. Companhia Nacional Editora, Lisboa, 1836. Dois discursos pronunciados na Assembleia Legislativa da Província do Rio Grande do Sul. Oficina Tipográfica A Federação, Porto Alegre, 1886. Governo presidencial na República Brasileira. 1896. História da República Rio-Grandense. Cia. União de Seguros Gerais, Porto Alegre, 1882. Os militares e a política. Urban, São Paulo, 1929. Partido Democrático Nacional, programas e comentários. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1927. Revolução do Brasil. Imprensa Del Siglo Ilustrado, Montevidéu, 1929. Um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Anais da Assembleia Constituinte, (Novembro e Dezembro de 1933). Uma publicação clandestina. Revista do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 455, 1934. Chispas, poesia.

Assis Garrido

A gloria O Tiradentes Suprema visão A uma creança que me falou da Gloria Minha mãe Meu sonho Trovas Dentro da noite Marcha triumphal Pagina intima

Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 O Sertão/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 Voz do Povo/1931


Egoismo Venus Venus Venus

Voz do Povo/1931 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964

Francisco de Assis Garrido, mais conhecido como Assis Garrido (São Luís, 14 de setembro de 1899 – São Luís, 01 de dezembro de 1969) foi um poeta, teatrólogo e jornalista brasileiro. Filho de Florentino Ferreira Garrido e Adélia da Silva Garrido, deixou vários livros de poesias publicados. Era membro da Academia Maranhense de Letras.[1] Obras “ Esta vida é uma pomada da maciez de veludo... E eu já não sofro de nada, de tanto sofrer de tudo... ” — Assis Garrido[2] Regina (1920) Oração Materna (1920) Sol glorioso (1922) Sonetos Maranhenses (1923) O meu livro de mágoa e de ternura (1923)[2] O livro da minha loucura (1923)[2] A divina mentira (1944)[2] Crepúsculo (1969)[2] Referências ↑ «Francisco de Assis Garrido». Portal Catarina - UFSC. Consultado em 15 de outubro de 2018 ↑ Ir para:a b c d e «Assis Garrido». Falando de Trova. Consultado em 15 de outubro de 2018 Francisco de Assis Garrido nasceu em São Luís, a 14 de setembro de 1899 e faleceu em 01 de dezembro de 1969. Filho de Florentino Ferreira Garrido e Adélia da Silva Garrido. Jornalista, teatrólogo e poeta; poeta, sobretudo, dono de uma lira de fácil inspiração e suave lirismo. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, oficial administrativo na Alfândega de São Luís e Delegado do Serviço de Estatística Econômica e Financeira do Maranhão. Membro da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, do Centro Cultural “Humberto de Campos”, do Espírito Santo, da Associação de Intercâmbio Cultural, de Mato Grosso, da Confraternité Universelle Balzacienne, do Grupo Afro Americanista de Intellectuales y Artistas, do Uruguai, e do Instituto de Cultura Americano, da Argentina. Na Academia Maranhense de Letras foi o terceiro ocupante da Cadeira nº 3, cujo patrono é Artur Azevedo. Astolfo Marques

Sem título

A Actualidade/1900

Raul Astolfo Marques nasceu em São Luís-MA no dia 11 de Abril de 1876, filho caçula da cafuza livre Delfina Maria da Conceição, numa família de sete crianças chefiada pela mãe. Sua trajetória se assemelha à de tantos outros intelectuais afrodescendentes nascidos durante a escravatura. Autodidata, segundo o sociólogo Matheus Gato, citando entrevista concedida em 1910 à revista Os Anais, "o escritor negro revelou ter aprendido a ler sozinho e ter realizado vários trabalhos 'de moleque' durante a infância, ajudando a mãe na entrega de roupa lavada" (GATO, 2021, p. 25). Jornalista, cronista, ficcionista, ensaísta e tradutor, iniciou sua carreira publicando contos e crônicas nos principais periódicos maranhenses de seu tempo. De origem humilde, iniciou sua vida profissional como contínuo da Biblioteca Pública do Maranhão. Autodidata, fundou, juntamente com Antônio Lobo, a "Oficina dos Novos", reunião de intelectuais cujo patrono e inspirador fora Gonçalves Dias e que acabaria por fornecer, em seguida, muitos membros à Academia Maranhense de Letras. Entre eles, figurou Astolfo Marques, instituindo a cadeira de nº 10 e ocupando o cargo de Secretário Geral. Em paralelo, esteve à frente da Secretaria da Instrução Pública e do Liceu Maranhense, além de ter trabalhado como redator do Diário Oficial e Diretor da Imprensa Oficial. Colaborou, ainda, através de crônicas, contos e artigos, com outros periódicos, tais


como Pacotilha, A Imprensa, O Jornal, A Avenida, Os Novos (boletim oficial da Academia dos Novos), e Diário do Maranhão, além das revistas Ateneida (fundada em conjunto com Domingos Barbosa e Antônio Lobo) e Revista do Norte. Suas publicações em livro tiveram início aos vinte e cinco anos, com a a tradução do romance Por amor, de Paul Bertnay, em 1901. E, aos vinte e nove, vem a público sua primeira reunião de contos, A vida maranhense, de 1905, em que já se delineiam suas atenções voltadas para o cotidiano local, com destaque para os remanescentes de escravos e sua difícil integração aos novos tempos, seja como operários da nascente indústria têxtil, seja como trabalhadores desqualificados e abandonados à própria sorte após o 13 de maio de 1888. Nos três anos seguintes, intensifica sua produção e publica a narrativa de viagem De São Luís a Teresina (1906), a peça teatral O Maranhão por dentro (1907), bem como uma nova coletânea de contos Natal (quadros), editada em 1908. Em 1910, traz a público a narrativa biográfica Dr. Luiz Domingues, dedicada a um dos eminentes próceres da região. E, em 2013, o romance A nova aurora. De acordo com o pesquisador Matheus Gato, responsável pela reunião de contos O treze de maio e outras estórias do pós-abolição, o autor deixou inéditos "Seleta maranhense, biobibibliografia de escritores maranhenses, Fitas... (esboços e quadros), antologia de contos que daria continuidade à série publicada em A vida maranhense; o estudo histórico As festas populares maranhenses v. 1; e o livro de memórias Esquinas e vielas." (GATO, 2021, p. 24). Astolfo Marques faleceu em São Luís, em 20 de maio de 1918, aos 42 anos, vítima de tuberculose. PUBLICAÇÕES Obra individual A vida Maranhense. São Luís: Tipografia Frias, 1905. (contos). De São Luis a Teresina. São Luís: Edição do autor, 1906. (narrativa de viagem). O Maranhão por dentro. São Luís: S/I, 1907. (dramaturgia). Natal (quadros). São Luís: Tipografia Teixeira, 1908. 2.ed. São Luís: AML / EDUEMA, 2008. (contos). O Dr. Luís Domingues. São Luís: Edição do autor, 1910. (biografia). A nova aurora. São Luís: Tipografia Teixeira, 1913. (romance). Tradução Por amor, original de Paul Bertnay. São Luís: em 1901. Publicações póstumas O treze de maio e outras estórias do pós-abolição. Organização de Matheus Gato. São Paulo: Fósforo, 2021. (contos). A nova aurora. 2. ed. Posfácio de Matheus Gato. São Paulo: Chão Editora, 2021. (romance). TEXTOS Astolfo Marques - O suplício da Inácia Astolfo Marques - Ser treze CRÍTICA Prefácio a O Treze de Maio e outras estórias do pós-Abolição – Paulo Lins

Astro Raposo

Astrolabio Caldas

Ataliba C. Benfica Ataliba de Brito Athos A.Tobias Barreto Augusta Santos

Natal Natal Soror pecadora Á memporia de Machado de Assis Natal A memoria de Maranhão Sobrinho A memoria do mestre Antonio Lopes No cemiterio Um pobre cego A passarada Crente Olhos Castanhos A morte Finados Olhos Castanhos Saudades Maio Contraste Olhos e olhos Olhos Mocidade Recordação de passamento A teia da aranha Soneto A um juiz A flor Pensando em ti

Idade Nova/1937 Idade Nova/1937 Athenas/1940 O Estudante/1915 O Estudante/1915 REVISTA MARANHENSE/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 O Litoral/1917-18 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 O Domingo/1880 A Lanterna/1913 Revista Maranhense/1917 Pacotilha/1891 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913


Augusto Alvaro da Silva

Um nome

O Martelo/1914

Amor de monge

A Alavanca/1934/35

Dom Augusto Álvaro da Silva (Recife, 8 de abril de 1876 — Salvador, 14 de agosto de 1968) foi um cardeal brasileiro. Nascido em Recife, estudou no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre em 5 de março de 1899.[1] Eleito bispo de Floresta, diocese recém criada, em 12 de maio de 1911, sendo consagrado em 22 de outubro, por Luís Raimundo da Silva Brito, arcebispo de Olinda, assistido por Francisco de Paula e Silva, CM, bispo de São Luís do Maranhão, e por Joaquim Antônio de Almeida, bispo de Natal. Foi transferido para a diocese de Barra do Rio Grande em 25 de junho de 1915.[1] Promovido a sé metropolitana de São Salvador da Bahia em 18 de dezembro de 1924.[1] Em agosto de 1935, recebeu o título de conde do papa Pio XI[2] e foi assistente no Trono Pontifício em 22 de fevereiro de 1936. Seu governo como Arcebispo de Salvador foi marcado pela demolição da antiga Sé da Bahia em 7 de agosto de 1933 mudando-se para a atual catedral.[1] Foi criado cardeal-presbítero no consistório de 12 de janeiro de 1953, recebendo o barrete cardinalício e o título de Santo Ângelo em Pescheria, diaconia elevada pro illa vice a título em 15 de janeiro.[1] Frequentou a Primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no Rio de Janeiro, entre 25 de julho e 4 de agosto de 1955. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965.[1] Faleceu em 14 de agosto de 1968, em Salvador. Foi sepultado na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador. Na sua morte, ele era o mais idoso membro do Colégio dos Cardeais.[1]

Augusto Aristeu Augusto Azevedo

Amigos O sofrimento A tua voz

A Noticia/1928 O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04

Augusto Correia Poesia Revista Maranhense/1920 José Augusto Correia nasceu em S. Luís, em 3 de agosto de 1854 e faleceu na mesma cidade, em 16 de fevereiro de 1919. Homem honrado, dessa estirpe de varões que rareiam em nossos dias, o professar Correia era filho do Dr. Frederico José Correia c de Inês Pessoa Correia. Lecionou no Seminário das Mercês e nos famosos colégios de José Ribeiro do Amaral, de Rosa Larga Nina, de Raimundo Tolentino Lisboa Coqueiro e de Luiza Messina de Sá Correia. Funcionário público exemplar, desempenhou comissões importantes como as de Delegado Fiscal e Inspetor da Alfândega. Colaborou na imprensa local, notadamente na “Pacotilha” e no “Jornal” e em várias folhas literárias. Na Academia Maranhense de Letras foi o fundador da Cadeira nº 17, que tem como patrono Francisco Sotero dos Reis.



Augusto de Almeida

Fatal destino

Cidade de Pinheiro/1923

Augusto de Carvalho Aranha Augusto de Carvalho (?)

As gondolas Regresso

Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1897

Nome completo: Augusto Álvaro de Carvalho Aranha Nascimento: 1876 - Aracaju, SE Morte: 1928 - Guaratinguetá, SP Descrição: Poeta, contista, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Eu

Contos

1900

Parnaso sergipano

Poemas

1899

Poeira do Meu Caminho

Outros

1926

Primícias

Poemas

1896

Sonetos brasileiros

Poemas;Crítica, teoria ou história literária

1904

Visão das Horas

Outros

1926

Augusto de Lima

A serenata Almas paralelas

O Funcionário/1910 Cidade de Pinheiro/1924

Antônio Augusto de Lima (Nova Lima, então Congonhas de Sabará, 5 de abril de 1859 — Rio de Janeiro, 22 de abril de 1934) foi um jornalista, poeta, magistrado, jurista, professor universitário e político brasileiro. Biografia Antônio Augusto de Lima começou os estudou em Sabará, seguindo depois para o Seminário de Mariana e o Colégio do Caraça. Posteriormente estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1882, onde foi colega de seu irmão, Bernardino de Lima.[1] Em 1883 foi promotor, depois juiz municipal de Leopoldina. Posteriormente foi nomeado juiz de direito da comarca de Conceição da Serra (ES), até maio de 1890, assumindo, em agosto deste ano, a chefia de polícia do estado em Ouro Preto, então capital do estado de Minas Gerais.[1] Foi durante seu mandato como Governador de Minas Gerais (1891) que propôs e defendeu a mudança da capital do estado de Ouro Preto para o Curral del Rei (atual Belo Horizonte), a qual foi efetivada no governo seguinte, de Afonso Pena.[1] Casou-se com Vera Monteiro de Barros de Suckow, neta do major Hans Wilhelm von Suckow e Augusto de Lima Júnior, intelectual mineiro, foi o primogênito de um total de sete filhos. Em 1903 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 12,[2] sendo eleito seu presidente em 1928.[3] Em 1906, foi eleito deputado federal, mudando-se para Rio de Janeiro, sendo reeleito em sete legislaturas, e participou ativamente do Governo Provisório de 1930 até falecer em 1934.[1] Dentre seus trabalhos legislativos, defendeu fortemente a causa das matas brasileiras. Em 1915 resgatou uma proposta feita pelo presidente Hermes da Fonseca em 1914 que estava parada nos ministérios. Durante discussões, chegando a comparar a defesa das matas brasileiras como sendo tão importante quanto a abolição da escravatura.[4] Depois de anos, foi presidente da 20ª subcomissão legislativa que construiu o anteprojeto do primeiro Código Florestal Brasileiro (entregue em 1931, aprovado em 1934).[5] A poesia de Augusto de Lima mostra uma forte vertente panteísta, ligada ao meio ambiente, e faz questionamentos existenciais aliados a um ponto de vista ético e universalista.[6] Bibliografia


Contemporâneas (1887) Símbolos (1892) Poesias (1909) Noites de sábado, crônicas (1923) São Francisco de Assis, poesia (1930) Coletânea de poesias (1880-1934) Poesia (1959) Tiradentes, drama (1937) Antes da Sombra, poesias Academia Brasileira de Letras Ocupou a cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras e seu presidente em 1928.[3]

Augusto dos Anjos

Budismo moderno A um carneiro morto

Jornal de Balsas/1932 Jornal de Balsas/1932

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Sapé, 20 de abril de 1884 – Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano.[1] Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.[1] É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, focando suas críticas ao idealismo egocentrista que se emergia em sua época, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos quanto por críticos literários.[2] É patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras (APL), que teve como fundador o jurista e ensaísta José Flósculo da Nóbrega e como primeiro ocupante o seu biógrafo Humberto Nóbrega, sendo ocupada atualmente por José Nêumanne Pinto. Augusto dos Anjos também é o patrono da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.[3] Biografia Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade. Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907.[1] Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura, influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo. Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia, da qual também não contestava sua essência espiritualística, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, se emergiam na sua época.[1] Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-materialista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte. Augusto nega a religião como algo que possa explicar o mundo, sua poesia é composta por muitas ironias contra o cristianismo e a religião de uma forma geral, embora em sua cidade natal, Engenho do Pau D’Arco, o escritor conduzia reuniões mediúnicas e psicografava:[4] "Promovia 'sessões memoráveis' na sala de jantar. Era 'médium' classificado", segundo o biógrafo Ademir Vidal. Embora se intitulassem católicos, os membros de sua família realizavam sessões espíritas por curiosidade, até que, por motivos de perturbação no ambiente doméstico, a mãe do autor decidiu proibi-las. Vidal afirma também que Augusto dos Anjos chegou a psicografar versos de Gonçalves Dias.[5] Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro,[quando?] onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia. Na casa em que residiu durante seus últimos meses de vida funciona hoje o Museu Espaço dos Anjos. Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu, contendo 56 poemas. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu (poesias completas), incluindo ao núcleo original mais 46 poemas que o poeta deixara manuscritos ou que foram publicados apenas em periódicos.


Obra poética

Capa do livro Eu, revista e custeada pelo poeta ainda em vida com ajuda de seu irmão, Odilon dos Anjos, publicado em 1912. A poesia brasileira estava dominada por simbolistas e parnasianos, dos quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não de conteúdo.[1] A incapacidade do homem de expressar sua essência através da "língua paralítica" (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela ciência. A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Íntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde à sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar. Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas. Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outras Poesias. Crítica literária Que ninguém doma um coração de poeta![6] é um ensaio sobre o soneto “Vencedor” e o EU quando constata um Augusto dos Anjos convicto em instaurar uma nova civilização brasileira que assombrará ao mundo por meio de um novo estatuto à palavra feia e fedorenta, arrombando às portas à nova poética do Cosmos. Assim, Augusto dos Anjos reivindica um novo Cosmos ao Eterno, pois está inconformado e quer salvar à humanidade, encarnando também um novo Cristo por acreditar piamente que ele não morreu, pois em carne, osso e sangue vive na Serra da Borborema, lá na Velha Paraíba onde nasceu. A poética[7] EU de Augusto dos Anjos, assentada em bases sólidas do verossímil e da unidade clássica do filósofo Aristóteles, necessita de risco, fazer o que tem de ser feito, no seu projeto fracassado dum novo Cosmos, que ressuscita à vida duma nova Roma instaurada noutra nova civilização brasileira frente ao velho mundo. Trata-se duma poética da transgressão que se dá à janela livre da globalização ao unir os povos numa só nação chamada Brasil, por estar à frente de seu tempo e na vanguarda cultural da unidade das nações também à luz da pluralidade,[8] de Paul Feyerabend. Nem é à toa que no livro A poética carnavalizada de augusto dos anjos[9] o crítico constate como em todo o EU e no soneto “Vencedor” há um poeta atormentado em instaurar uma nova civilização brasileira, quem assombrará ao mundo por meio de o seu novo estatuto dado à palavra feia e fedorenta como a cloaca que alimenta à hiena, animal desvairado que ainda assim sorrir. Palavra esdrúxula e excêntrica essa que arromba às portas da unidade clássica à literatura universal por meio de a sua poética da pluralidade, da transgressão, ordinária e inclassificável. Nem é à toa também que o poeta de EU, Augusto dos Anjos, explore em sua poética expressões tétricas como "Evangelho da podridão", "verme", "matéria em decomposição", “cloaca”, "escarro", “miséria”, “grito”, “horrenda”, “alegre” e "sangue". Todavia tudo junto e misturado às palavras alegres da literatura carnavalizada, que vai abrindo à cena inaugural da miséria nacional por meio dum estranho circo de horrores. É como se criasse assim nessa poética uma metalinguagem cinematográfica sobre o corpo devorado por seus próprios vermes. E o faz por meio duma escritura em plena festa da carne, o carnaval. Enfim, a sátira menipeia manifesta-se pois também nessa poética aristotélica de EU. Mas ao mesmo tempo é uma poética da transgressão, uma autêntica e original "coroação destronamento".[10] Trata-se de polifonia, dialogismo e "discurso social" confluindo na categoria explorada por Bakhtin em sua tríade filológica: "primeira peculiaridade", "segunda peculiaridade" e "terceira peculiaridade", equidistantes à tríade semiótica de Peirce: primeiridade, secundidade, terceiridade, que se vão corresponder também com a tríade de Lacan: real, simbólico, imaginário. Sua linguagem orgânica, muitas vezes cientificista e agressivamente crua, mas sempre com ritmados jogos de palavras, ideias, e rimas geniais, causava repulsa na crítica e no grande público da época. Ele somente apresentou grande vendagem anos após a sua morte. Muitas divergências há entre os críticos de Augusto dos Anjos quanto à apreciação de sua obra e suas posições são geralmente extremas. De qualquer forma, seja por ácidas críticas destrutivas, seja através de entusiasmos exaltados de sua obra poética, Augusto dos Anjos está longe de se passar despercebido na literatura brasileira.[11][12] Abordagem biográfica


O aspecto melancólico da sua poesia, que a marca profundamente, é interpretado de diversas maneiras. Uma vertente de críticos, na qual se inclui Ferreira Gullar, fundamenta a melancolia da obra na biografia do homem Augusto dos Anjos. Para Gullar, as condições de nossa cultura dependente dificultam uma expressão literária como a de Augusto dos Anjos, em que se rompe com a imitação extemporânea da literatura europeia. Essa ruptura de Augusto dos Anjos ter-se-ia dado menos por uma crítica à literatura do que por uma visão existencial, fruto de sua experiência pessoal e temperamento, que tentou expressar na forma de poesia. A poesia de Augusto dos Anjos é caracterizada por Gullar como apresentando aspectos da poesia moderna: vocabulário prosaico misturado a termos poéticos e científicos; demonstração dos sentimentos e dos fenômenos não através de signos abstratos, mas de objetos e ações cotidianas; a adjetivação e situações inusitadas, que transmitem uma sensação de perplexidade. Ele compara a miscigenação de vocabulário popular com termos eruditos do poeta ao mesmo uso que faz Graciliano Ramos. Descreve ainda os recursos estilísticos pelos quais Augusto dos Anjos tematiza a morte, que é personagem central de sua poesia, e o compara a João Cabral de Melo Neto, para quem a morte é apresentada de forma crua e natural.[13] Abordagem psicanalítica Outros, como Chico Viana, procuram explicar a melancolia através dos conceitos psicanalíticos. Para Sigmund Freud, a melancolia é um sentimento parecido com o luto, mas se caracteriza pelo desconhecimento do melancólico a respeito do objeto perdido. A origem da melancolia da poesia de Augusto dos Anjos estaria, para alguns críticos, em reflexões de influências política com os problemas de sua família, e num conflito edipiano de sua infância.[14] Abordagem bloomiana Há ainda aqueles que tentam analisar a poesia de Augusto dos Anjos baseada em sua criatividade como artista, de acordo com o conceito da melancolia da criatividade do crítico literário norte-americano Harold Bloom. O artista seria plenamente consciente de sua capacidade como poeta e de seu potencial para realizar uma grande obra, manifestando, assim, o fenômeno da "maldição do tardio". Sua melancolia viria da dificuldade de superar os "mestres" e realizar algo novo.[15] Unanimidades De forma geral, no entanto, sua poesia é reconhecidamente original. Para Álvaro Lins e para Carlos Burlamaqui Kopke, sua singularidade está ligada à solidão, que também caracteriza sua angústia.[16] Eudes Barros, em seu livro A Poesia de Augusto dos Anjos: uma Análise de Psicologia e Estilo, nota o uso inusitado dos adjetivos por Augusto dos Anjos, e qualifica seus substantivos como extremamente sinestésicos, criando dimensões desconhecidas para a adjetivação convencional. Manuel Bandeira destaca o uso das sinéreses como forma de representar a impossibilidade da língua, ou da matéria, para expressar os ideais do espírito. Portanto, os recursos estilísticos de Augusto dos Anjos se reconhecem como geniais.[11] As imagens da obra poética de Augusto dos Anjos se caracterizam pela teratologia exacerbada, por imagens de dor, horror e morte. O uso da racionalidade, e assim da ciência, seria uma forma de superar a angústia da materialidade e dos sentimentos. Mas a Ciência, que marca fortemente sua poesia, seja como valorizada ou através de termos e conceitos científicos, também lhe traz sofrimento, como nota Kopke.[16] É marcante também a repetição de temas nessa poesia, e um sentimento de solidariedade universal, ligado à desumanização da natureza e até do próprio humano, o que reduziria todos os seres a uma só condição. Os contrastes peculiarizam seus temas. Idealismo e materialismo, dualismo e monismo, heterogeneidade e homogeneidade, amor e dor, morte e vida, "Tudo convém para o homem ser completo", como diz o próprio poeta em Contrastes.[11][12] Referências ↑ Ir para:a b c d e «Augusto dos Anjos». UOL - Educação. Consultado em 19 de setembro de 2012 ↑ Antologia Poética de Augusto dos Anjos – Vol. I. [S.l.: s.n.] ↑ Academia Leopoldinense de Letras e Artes. «Acadêmicos e Patronos». Consultado em 16 de outubro de 2011 ↑ SABINO, Márcia Peters. A QUESTÃO DA RELIGIOSIDADE EM AUGUSTO DOS ANJOS. [1] Página acessada em 28 de janeiro de 2016. ↑ Vidal, Ademar (1967). O Outro Eu de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: José Olympio. pp. 69-70. Citado em Prata, Denise Adélia Vieira (2016). De Allan Kardec a Chico Xavier: Uma Visão Histórica das Poesias e dos Romances Mediúnicos. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora. ↑ Ensaio publicado na página http://montgomery1953.wordpress.com do pesquisador Montgomery Vasconcelos quem empreende 35 anos de investigação científica em torno da poética de Augusto dos Anjos. ↑ ARISTÓTELES [384-322 a.C.]. Poética. Tradução Eudoro de Souza, texto bilíngue grego-português, São Paulo, Ars Poética, 1992. ↑ Contra o MétodoFEYERABEND, Paul [1924-1994]. Contra o método: edição revista. 1ª ed., New Left Books, 1975; Ed. rev. Verso, 1988; Ed. rev., Col. Ciência, Tradução de Miguel Serras Pereira do original Against Method, Lisboa, Relógio D’água, 1993. ↑ VASCONCELOS, Montgomery José de. A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. 1ª ed., São Paulo, Annablume, Selo Universidade 28, 1996. ↑ BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich.. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1981. ↑ Ir para:a b c Anjos, Augusto dos (1994). Obra completa. Alexei Bueno (org.). Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 150-160 ↑ Ir para:a b Nazareth, Denise Carneiro (2018). Augusto dos Anjos: um olhar sobre a recepção de sua obra. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Arquivado em 4 de agosto de 2022 na Wayback Machine. ↑ Gullar, Ferreira (1978). "Augusto dos Anjos ou vida e morte nordestina". ''In:'' ANJOS, Augusto dos. ''Toda a poesia; com um estudo crítico de Ferreira Gullar.'' Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. ↑ Viana, Chico (1994). ''O evangelho da podridão: culpa e melancolia em Augusto dos Anjos.'' João Pessoa: UFPB. ↑ Erickson, Sandra S. F. (2003). ''A melancolia da criatividade na poesia de Augusto dos Anjos.'' João Pessoa: Editora Universitária. ↑ Ir para:a b Kopke, Carlos Burlamaqui (1996). "Augusto dos Anjos: um poeta e sua identidade". In: ANJOS, Augusto dos. Obra completa. Alexei Bueno (org.). Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 150-160 Bibliografia


ANJOS, Augusto dos. Eu. 1ª ed., Rio de Janeiro: [s.c.p.] 1912. _______. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. BARROS, Eudes. A poesia de Augusto dos Anjos: uma análise de psicologia e estilo. Rio de Janeiro: Ouvidor, 1974. ERICKSON, Sandra S. F. A melancolia da criatividade na poesia de Augusto dos Anjos. João Pessoa: Editora Universitária, 2003. GULLAR, Ferreira. "Augusto dos Anjos ou vida e morte nordestina". In: ANJOS, Augusto dos. Toda a poesia; com um estudo crítico de Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. HELENA, Lucia. A cosmo-agonia de Augusto dos Anjos. 2ª ed., Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, Biblioteca Tempo Universitário — 47; João Pessoa: Secretaria da Educação e Cultura da Paraíba/Comissão do Centenário de Augusto dos Anjos, 1984. NÓBREGA, Humberto. Augusto dos Anjos e sua época. João Pessoa: Edição da Universidade da Paraíba, 1962. _______. Augusto dos Anjos. João Pessoa: A União, 1971. VASCONCELOS, Montgômery. A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. São Paulo: Annablume, 1996. VIANA, Chico (Pseudônimo de Francisco José Gomes Correia). O evangelho da podridão: culpa e melancolia em Augusto dos Anjos. João Pessoa: UFPB, 1994. _______. A sombra e a quimera: escritos sobre Augusto dos Anjos. João Pessoa: Idéia/Universitária, 2000. PROENÇA, Manuel Cavalcanti de. O artesanato em Augusto dos Anjos, em Augusto dos Anjos e outros ensaios. Rio de Janeiro/Brasília: Grifo/INL, 1973; MAGALHÃES JUNIOR, Raimundo de. Poesia e vida de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978; ROSENFELD, Anatol. A costela de prata de Augusto dos Anjos, em Texto e contexto. São Paulo: Perspectiva, 1973. Augusto dos Anjos e sua fortuna crítica, Matraga v. 21, n. 35 (2014)

Augusto Higino

Só nos dois

O Combate/1954

Augusto Lima

Almas paralelas

O Tocantins/1914

Augusto de Lima (Antônio Augusto de Lima), poeta e magistrado, nasceu em Congonhas de Sabará, hoje Nova Lima, MG, em 5 de abril de 1859, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de abril de 1934. Na Academia Brasileira de Letras, concorreu a primeira vez em 1902, na vaga de Francisco de Castro, tendo sido eleito Martins Júnior. Um ano depois, apresentou-se candidato à vaga de Urbano Duarte. Foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, mas só tomou posse quatro anos depois, em 5 de dezembro de 1907, sendo recebido pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Augusto de Lima era filho de José Severiano de Lima e de D. Maria Rita de Lima. Iniciou o seu curso de humanidades no Seminário de Mariana, onde teve como professor de Latim o então padre Silvério Gomes Pimenta, mais tarde arcebispo de Mariana e membro da Academia Brasileira de Letras, cursando depois o Seminário do Caraça. Desistindo de ser padre, foi prestar os exames preparatórios em Ouro Preto, em 1877. Em 1878, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi amigo, entre outros, de Raimundo Correia, Afonso Celso Júnior, Silva Jardim, Valentim Magalhães, Teófilo Dias, Pinheiro Machado e Assis Brasil. Fundou, em 1880, com Raimundo Correia, Alexandre Coelho e Randolfo Fabrino, a Revista de Ciências e Letras. Obteve o título de bacharel em 1882, tendo, durante o curso, exercido o jornalismo, no qual se mostrou propagandista das ideias da República e da Abolição. Passou a colaborar na imprensa, sobretudo no jornal O Imparcial, às vezes sob os pseudônimos I, Lílvio e Lauro. Voltou a Minas Gerais, onde foi nomeado promotor do Termo de Leopoldina, e, em 1885, juiz municipal. Em 1889 foi nomeado promotor de Direito de Conceição da Serra, no Espírito Santo, onde permaneceu até 1890, quando deveria seguir, no mesmo posto, para Dores de Boa Esperança, em Minas, acabando por ser escolhido chefe de polícia do Estado, em Ouro Preto. Agitava-se, naquela ocasião, o problema da mudança da capital do Estado de Minas, e a tese de Augusto de Lima era a de que a nova capital devia ser instalada no antigo Curral del Rei, depois Belo Horizonte, ponto de vista que era também o do Barão de Lucena, Ministro da Justiça. Foi nomeado Presidente do Estado, mas não quis, por si só, fazer a mudança do governo, e submeteu o assunto ao Congresso Constituinte, e só três anos depois, em 1898, transferiu-se para Belo Horizonte a capital do Estado. Augusto de Lima deu o seu nome a uma das mais belas avenidas da nova capital. Deixando o governo do Estado, voltou ao seu posto de juiz, servindo em Belo Horizonte. Ao fundar-se a Faculdade de Direito de Minas Gerais, foi escolhido para ser um dos professores, indo reger a cadeira de Filosofia do Direito, acumulando o cargo de diretor do Arquivo Público, até 1910. Nesse ano, foi eleito Deputado Federal pelo seu Estado, sendo reeleito em várias legislaturas. Na campanha política de 1929-1939, da qual resultou a vitória da Revolução, teve parte relevante, pronunciando memoráveis discursos. Na Câmara, o nome de Augusto de Lima aparece relatando e assinando pareceres na Comissão de Diplomacia e Tratados,


de que foi membro, notadamente de 1910 a 1913 e de 1920 a 1923. Em 1934, foi eleito para a Assembleia Constituinte, e dela fazia parte, quando teve de submeter-me a uma cirurgia, vindo a falecer. É um dos grandes poetas de índole filosófica na literatura brasileira. Segundo ocupante da cadeira 12, foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, na sucessão de Urbano Duarte, e recebido em 5 de dezembro de 1907 pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Recebeu o acadêmico João Luís Alves.

Augusto Linhares

O Prego

Novidades/1952

AUGUSTO LINHARES AUGUSTO LINHARES nasceu aos 24 de novembro de 1879, em Baturité, no Ceará, em cuja capital fez os estudos de Humanidades. Matriculando-se, em 1897, na Faculdade de Medicina da Bahia, no ano seguinte passar-se-ia para a do Rio de Janeiro, na qual, em 1902, veio a doutorar-se. Fez estudos especiais de Medicina Tropical em Manguinhos, com Osvaldo Cruz, tendo sido discípulo de Ronald Ross, em Liverpool. Dedicou-se à cirurgia especializada — à Larinotologia — trabalhando na "Charité", de Berlim, com o prof. Killiam. No exercício dessa sua especialidade, esteve em Bordéus, França, e nos Estados Unidos da América do Norte. Em nosso país, desempenhou-se de várias comissões, como a de médico do Saneamento de Manaus; a de Inspetor de Saúde dos Portos do Amazonas, e a de Inspetor Escolar da Prefeitura do Distrito Federal. Prosador e poeta, é diretor da revista "Conferências". Do "Pen Clube do Brasil" e sócio-benemérito da A.B.L Bibliografia: —- "Oração na Academia"; "Voltando ao Columbário"; "José de Alencar"; "Aspectos da Civilização Americana"; "Elogio do Micróbio"; "A Turma de 1902"; Hino ao Café"; "Ora, direis..." (poesia), Ceará, 1948; e "Raimundo Correia", 1949. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde morreu em 21 de outubro de 1963

Revista: " Conferência ", Revista de ciências, artes e letras, diretor Augusto Linhares, ANO I, nº 1, Rio de Janeiro, 1923, 31 pp., brochura, no estado (1 furo), textos de Humberto de Campos, Berilo Neves e outros.

Augusto Rodrigues Augusto Santos Aureliano Rodrigues Ausonio Camara Ausonio Gama

Quadras Quadra A flor Nossa cruzada De volta O que somos

Estrela Maranhense/1859 A Estrela Maranhense/1859 O Martelo/1911 A Luz/1948 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931


Austriclinio F. Quirino

Paysagem Em sonho A O Martelo Arrependida Divino Olhar Para saudar 1912 Divino olhar Confidencias Nocturno Insonia Paciencia suprema Cuidado com os dentes

O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914

Austriclínio Ferreira Quirino, mais conhecido pelo pseudônimo Austro-Costa (Limoeiro, 6 de maio de 1899[1] — Recife, 29 de outubro de 1953) foi um jornalista e poeta brasileiro.[2] Publicou seu primeiro poema, O empata, em sua cidade-natal.[3] Na imprensa recifense do início do século XX, onde aportou com 17 anos, atuou como revisor, repórter, cronista[nota 1], publicando também seus poemas. Muitos de seus poemas apenas foram publicados em periódicos, permanecendo inéditos em livros.[3] Integrou o Movimento Modernista de Pernambuco, em 1924,[3] por influência do jornalista Joaquim Inojosa. Teve morte acidental. O ônibus no qual viajava bateu num poste, e Austro-Costa, viajando em pé, foi lançado fora, sofrendo fratura de base do crânio, com morte imediata.[2][3] Atividades como jornalista Austro-Costa atuou nos seguintes órgãos recifenses:[3] Empresa Vecchi, distribuidora de livros e fascículos; Jornal do Recife; Jornal do Commercio; A notícia; Diário da Tarde; Diario de Pernambuco. Livros publicados Mulheres e rosas, 1922[3] Vida e sonho , 1945 De monóculo[2] Hinos compostos Hino da Rádio-Patrulha de Pernambuco Marcha-canção dos Legionários de Princesa Hino do Congresso Comemorativo do Cinqüentenário do Apostolado da Oração da Paróquia de Casa Forte[3] Prêmio Prêmio Othon Bezerra de Mello, da Academia Pernambucana de Letras, edição 1945. Entidade literária Eleito para a cadeira 10 da Academia Pernambucana de Letras em 21 de janeiro de 1937, não tomou posse e a cadeira continuou vaga.[5] Em 7 de janeiro de 1947 foi novamente eleito para a mesma cadeira, pediu transferência para a cadeira número 5, só tomando posse em 28 de outubro de 1949.[1] Outras atividades Participou combatendo a Revolução Constitucionalista de 1932; Integrou o Movimento Modernista em Pernambuco; Foi funcionário público, na Assembléia Legislativa.


Austriclínio Ferreira Quirino, mais conhecido pelo pseudônimo Austro-Costa (Limoeiro, 6 de maio de 1899 — Recife, 29 de outubro de 1953) foi jornalista e poeta. Publicou seu primeiro poema, O empata, em sua cidade-natal. Na imprensa recifense do início do século XX, onde aportou com 17 anos, atuou como revisor, repórter, cronista, publicando também seus poemas. Teve morte acidental. O ônibus no qual viajava bateu num poste, e Austro-Costa, viajando em pé, foi lançado fora, sofrendo fratura de base do crânio, com morte imediata. Auto Pereira

A um escolar Idalia França A um mestre escola Noivos Literatura

Pacotilha/1880 Pacotilha/1880 Pacotilha/1880 O Corisco/1890 O Corisco/1890

Ayres de Miranda Azevedo

Soneto Acabou-se o dinheiro

A Luta/1891 O Jardim das Maranhenses/1861

Azevedo Cruz

Serenata Colmeia

Pacotilha/1891 Pacotilha/1891

AZEVEDO CRUZ (1870-1905) JOÃO ANTÔNIO DE AZEVEDO CRUZ nasceu na freguesia de Santa Rita da Lagoa de Cima, município de Campos, Estado do Rio, em 22 de julho de 1870. Após ter feito preparatórios no Liceu de Humanidades de Campos (atual Instituto de Educação), veio estudar Direito no Rio, terminando o curso na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1895. Foi, ali, colega e amigo de Alphonsus de Guimaraens. Com 17 anos publicara os seus primeiros versos, "Teus Olhos" no jornal A Aurora, de Campos, trabalhando em A República e, depois de formado, na Gazeta do Povo e no Monitor Campista. Durante a Revolta Naval incorporou-se ao Batalhão Acadêmico São Paulo. Foi deputado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio e, no governo Quintino Bocaiuva, chefe de polícia, posto em que faleceu, em Nova PFriburgo, às 22,30 horas do dia 22 de janeiro de 1905, sendo enterrado em Campos. Essa cidade erigiu-lhe um mausoléu e, na Praça de São Salvador, uma herma. Obtiveram fama em todo o país o soneto " Minha Senhora, o Amor" e o poema "Amantia Verba", em que decanta a cidade de Campos. O seu poema " Floriano Peixoto" causou geral impressão, declamado por ele mesmo à passagem dos funerais daquele estadista. Obra poética: Profissão de Fé, Campos, 1901. E' uma curta coletânea. Por iniciativa da Academia Campista de Letras, nova seleção das suas poesias foi publicada: Sonho, poesias escolhidas, Coeditora Brasílica (Cooperativa), Rua 13 de Maio, 44-A, Rio de Janeiro, 1943. Contém 60 produções. Nela não foi incluída a poesia declamada nos funerais de Floriano Peixoto, que teve repercussão nacional; e nela foi omitida a característica apóstrofe : "Minha senhora o amor..." sem a qual o soneto célebre começa abruptamente e perde grande parte do seu efeito. Também o prefácio, do escritor Aurino Maciel, mal informado do ponto de vista histórico e desprovido de caráter crítico, não faz sequer referência ao movimento


simbolista, de que Azevedo Cruz foi prógono decidido, e que liderou em Campos. A sua admiração máxima, entre os poetas seus contemporâneos, era reservada a Cruz e Sousa, e não — aos parnasianos — citados pelo prefaciador — cuja arte poética ele combatia.

MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista brasileiro. Volume 1. Revisão crítica e organização da bibliografia por Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, Instituto Nacional do Livro, 1952. 382 p. Impressão Departamento de Imprensa Nacional. Ex. Biblioteca Nacional de Brasília, doação família de Marly de Oliveira. AMANTIA VERBA Ao Pereira Nunes "Esta é a ditosa Pátria minha amada” (CAMÕES) Campos formosa, intrépida amazona Do viridente plaino Goitacás ! Predileta do Luar como Verona, Terra feita de luz e madrigais ! Na planura sem fim do teu regaço Quem poderá dizer que o sol' se esconde ? Para subir aqui — sobra-lhe espaço! Para descer aqui — não tem por onde! Oh Paraíba, oh mágica torrente Soberana dos prados e vergéis! Por onde passas, como um rei do oriente, Os teus vassalos vêm beijar-te os pés ! De Otelo tens a cólera, alteroso, E o quebranto das pérfidas sereias: Ora revel, nas formidáveis cheias, Ora em tranquilo e plácido repouso! Pelo teu dorso quérulo e undiflavo* Vogam lamentos como nunca ouvi... Ecos talvez das lágrimas do Schiavo, Ou dos tristes amores de Peri ! Quanta vez fui contar-te as minhas mágoas (Tu, rio, és meu irmão, tu também penas!) Embalavam-me as tuas cantilenas, O doce arfar monótono das águas! Os meus passeios preferidos lembro : Beirando o rio, a Lapa, a Igreja, o Asilo, Toda aquela paisagem, tudo aquilo, Nas luminosas tardes de Dezembro! O sol, tamanho gasto e desperdício De tons e tintas, pródigo, fazia, Que todo o Paraíba parecia


Iluminado a fogo de artifício! Nos tempos do Liceu horas inteiras, Ao pôr do sol, passava-as no mirante: Monologavam pelo azul distante Os perfis solitários das palmeiras! E vinha-me a ilusão que era o rei mouro O último rei que governou Granada: Sobre a cidade a púrpura abrasada E as torres altas, minaretes de ouro! Em caprichosa curva em face, a franca, A límpida caudal do Paraíba; E ao largo, alvissareiro, rio arriba, O traço alegre de uma vela branca! Parecias-me muito mais estreito Visto dali, talvez pela distância, Companheiro fiel da minha infância, Rio que rolas dentro do meu peito! Faixa de opala que a cidade enlaça Pela cintura, — cíngulo de neve! Vendo-te, — vê-se bem que a vida é breve ! Corre, vai, rio amigo, tudo passa! Torres de usinas fumegando a um lado, Para o poente o Itaoca e em cima e ao fundo, Diáfano sempre, — um céu imaculado, Céu de safira sem rival no mundo! Noite! A esfera armilar da lua cheia Do sudário das águas surge ao lume, E tudo ao luar o estranho aspecto assume Dos castelos da Espanha sobre a areia! A extrema-unção do luar como que invade A alma das coisas, sobre tudo esvoeja: Faz-se toda de mármore a cidade, Vê-se uma catedral em cada Igreja! Junho, mês dos noctívagos, corria... Julieta à varanda debruçada Vinha escutar a flauta enamorada, Nas horas mortas, pela noite fria... Tudo no olvido cai, tudo fenece, BANCO DAS CISMAS, tudo cai no olvido! Teu nome hoje é vazio de sentido, A nova geração não te conhece! Eras outrora o nosso confidente, O Parnaso da RODA, a nossa Ermida! BANCO DAS CISMAS, quanto sonho ardente Desfeito em fumo no correr da vida! Como o rei Harfagar, meu derradeiro Sono, em teu seio, mude-se em vigília! Abrigo e lar dos que não têm família! Meu amado torrão hospitaleiro ! Campos formosa, intrépida amazona


Do viridente plaino Goitacás! Predileta do Luar como Verona, Terra feita de luz e madrigais! Nada iguala os teus dons, os teus primores, Vai de delícias, o teu céu azul! Minha terra natal, ninho de amores, Urna de encantos, pérola do sul! 1901. (Profissão de Fé, págs. XV-XXVII.) * Está: "ondiflavo".

MARECHAL FLORIANO "Os mortos governam os vivos'' A. COMTE Deixai passar o Grande Morto! Deixai passar, deixai passar. . . Sereno vai, sereno e absorto Vai a enterrar, vai a enterrar! Pois embaraçam-lhe o Calvário Último? O céu por que se fez? Que o grande Morto Legendário Descanse ao menos uma vez... Que a Alma do Herói seja bendita. . As gerações que vem atrás Darão ao simples cenobita Envergaduras imortais! Por que essa Mágoa, essa Dor viva? O Céu se fez por que razão ? Uma Alma assim tão primitiva Não cabe dentro de um Caixão! Talhem no bronze a sua Imagem E o Monumento seja tal Que caiba os Preitos e a Homenagem Deste a assombroso funeral! E o rediviro Americano Terá, por transfigurações, Crescido o vulto sobre-humano Por gerações e gerações! E quando a Pátria um dia tenha Alguma Dor, algum Pesar, Em romaria ouvi-lo venha E a laje fria há de falar... Deixai passar o Grande Morto! Deixai passar, deixai passar... Sereno vai, sereno e absorto Vai a enterrar, vai a enterrar!


Recitada pelo autor à passagem do féretro pela Rua Moreira César. * (Ibid, págs. XXIX-XXXIIL) .* Rua do Ouvidor.

MINHA SENHORA, o amor degenerou, por fim, numa palavra falsa, e hoje já não é mais uma alucinação; tudo o que o doura e o veste e o transfigura e o realça da fantasia vem, nunca do coração! E' uma frase feliz no delírio da valsa, uma chama no olhar, um aperto de mão... um capricho, uma flor, uma luva descalça que alguém deixou cair e que se ergue do chão! Disse-lhe isto e esperei. Um silêncio aflitivo, longo e soturno como os torvos pesadelos, pairou no espaço como um ponto sobre um i! Dormi; quando acordei vi-me, enterrado, vivo, dentro da noite má dos seus negros cabelos, em cuja cerração corre que me perdi !.. . Do Sonho. (De uma revista da época.)

MORS SANCTA A Emanuel Moll Amor omnia vincit Dobra a finados! Ai Dona Alice! Lançam-lhe os Padres a Extrema-Unção ! Ninguém diria... Ninguém que a visse. Tanta Inocência, tanta Meiguice, Amortalhadas nesse caixão! Leva grinaldas de laranjeira Na fronte; e o branco vestido seu Tão bem lhe quadra, de tal maneira Fá-la bonita, fá-la faceira, Que nem parece que ela morreu! Ah! Com certeza, nesse abandono Da morte (e aos mortos o sonho apraz. . . ) Sonha que a levam de braço a um Trono, E que adormece... Talvez o sono Da longa noite dos Esponsais!... Lá fora, em Salmos de dor e pranto, Como a Harpa flébil do Rei Saul,


Murmura o vento no Campo-Santo: "Será possível que durma tanto? Que sonho a embala, que sonho azul ?" Pegam-lhe o esquife quatro donzelas... O "De profundis" ressoa no ar! Ai! Que amargura no rosto delas, Tendo as estrelas por sentinelas, Pelas estradas, à luz do luar! Nem pesa a carga, de tão ligeira... Tábuas de pinho que peso têm? Digam-me, moças: dá-lhes canseira ? Não fosse o mundo tamanha feira, E eu só levava-a, sem mais ninguém! Dos Campanários, nos sons plangentes, Na voz soturna dos carrilhões, Como que há Loas de Penitentes, Ânsias, gemidos, mágoas dolentes, Catedralescas lamentações ! Ai! triste dela! Que noite escura Nas catacumbas dos seus Avós! Que leito escasso ! Que terra dura ! Nos sete palmos da Sepultura Que eterna sombra! Que frio atroz! Que há de ser dela que, noite e dia, Sofreu da Tosse que a fez morrer ? A pobrezinha que já tossia. . . Depois de morta, na terra fria, No álgido túmulo, o que há de ser ? Repousa à sombra das Casuarinas... Foi para as almas deste jaez, Puras, inóxias e cristalinas, Foi para as almas adamantinas E imaculadas que o Céu se fez. Do "Sonho", Janeiro 95. (De uma publicação da época. )

O DESENLACE FQI ASSIM... O desenlace foi assim: vinha raiando a madrugada, quando Ela, triste, desolada, olhos magoados para mim. . . Vinha raiando a madrugada. . . — Ambos estávamos a sós: ela esquelética, mirrada, .quase sumida entre os lençóis.. . Vinha raiando a madrugada. . . Anoitecia em seu olhar! Eu tinha a voz entrecortada de soluçar, de soluçar!


Vinha raiando a madrugada, e melancolizava o ar uma nostálgica toada de marinheiros sobre o mar. . . Inofensiva e imaculada! Pomba sem fel, martírio meu! Vinha raiando a madrugada. . . ........................................... E foi assim que Ela morreu.

1896. (Sonho, págs. 71-72.)

PAISAGEM CAMPISTA Aqui, desta eminência, afoito, o olhar, sem peias, livre discorre: ao longe a floresta de alfanjes do canavial, e em torno o mais que tudo abranges, —lagunas e canais, as artérias e as veias ! E o Paraíba.— vêde-o! Acaso ao Nilo e ao Ganges pode ele algo invejar? E os troncos e as cadeias (Por que — lembrando-o agora, Alma, assim te confranges ?) da africana tragédia, e as fecundantes cheias ? Ei-lo, amigo, aqui tens todo o cenário em frente: — a orla azul do Itaoca apenas quebra, ao poente, a simetria deste* plano horizontal! Ei-la, a estepe infinita onde reina o campeiro e onde, ao nascer do sol, merencório, no meeiro, passa o carro a gemer sob o azul matinal. 1902. (Ibid., pág. 120.) * Em vez de "deste", está: "feliz do", o que força, ou talvez quebra, o verso. A versão que se adotou aqui está de acordo com uma transcrição do soneto feita no Jornal do Comercio, n. de 24 de junho de 1928.

OLIVEIRA, Alberto de. Páginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911. 420 p. 12x18 cm Impresso em Paris por P. Dupont. Ex. bibl. Antonio Miranda


Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz. PSALMO O desenlace foi assim : Vinha raiando a madrugada, Quando ella triste e desolada, Olhos maguados para mim... Vinha raiando a madrugada. Ambos estávamos a sós, Ella esquelética, mirrada, Quasi sumida entre os lençóes... Vinha raiando a madrugada. Anoitecia em seu olhar E eu tinha a voz entrecortada De soluçar... de soluçar... Vinha raiando a madrugada. E melancholisava o ar Uma nostálgica toada De marinheiros, sobre o mar... Vinha raiando a madrugada. Inoffensiva, immaculada Pomba sem fel, martyrio meu! Vinha raiando a madrugada... E foi assim que ella morreu !!

Azor Vesper

Os olhos de Demora

O Combate/1916


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.