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DESIGN


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DESIGN
d
desde os tempos das cavernas, a comunicação visual é de suma importância para os seres humanos, seja funcionando como uma mera forma de diálogo ou como, mais posteriormente, um potencializador da integração cultural, tecnológica e econômica (FUENTES, 2006). De maneira silenciosa e sutil, ela é capaz de criar laços sentimentais, moldar pensamentos, quebrar paradigmas e infl uenciar nas decisões de quem a recebe — sendo assim, é possível afi rmar que as escolhas estéticas de um objeto, sejam elas bem pensadas ou não, são os primeiros aspectos a serem percebidos (antes mesmo de abrirmos a boca para explicá-los), e possuem o poder de impactar o espectador desde sua primeira percepção. No entanto, o design vai muito além da estética — ele trata, também, de funcionalidade, praticidade e aprimoramento. Ele estuda as melhores maneiras de se produzir um objeto, um serviço, um conceito, analisando não apenas o seu primeiro impacto visual, mas igualmente a sua efi ciência, sua utilidade e o seu propósito. De que adianta para o consumidor adquirir uma chaleira maravilhosa, esteticamente impecável, se, na hora de servir o chá, a água transborda pela sua boca e não pelo seu bico? Ou um carro cuja confi guração não leva em consideração os tamanhos diferentes das pernas de seus passageiros? (CARDOSO, 2016). Assim, o estudo e a aplicação do design em sua essência nada mais são do que a estruturação dessa combinação de fatores de maneira lógica e extremamente bem planejada, de modo a criar algo que seja sua melhor versão possível — é por isso que o design, quando bem empregado, é um alicerce

figura 23 Azulejos feitos a partir de vidro reciclado de antigos fornos microondas e fogões. (Fonte: Dezeen, 2021).

o design é um alicerce fundamental para a construção do futuro.
fundamental para o aprimoramento não apenas da realidade atual, como também para a construção de um futuro moldado por qualquer que seja o melhor caminho. Por consequência, pode-se dizer que o design é um dos maiores responsáveis (se não o maior) por gerar estruturas determinantes no desenvolvimento do planeta, principalmente, se levarmos em consideração que atualmente a população é quase completamente norteada pelo consumo (FUENTES, 2006). Dessa forma, partindo da alegação que o design pode infl uenciar a sociedade e, tendo em conta a atual situação global em relação à sustentabilidade e ao meio ambiente (como visto nos capítulos anteriores), fi ca ainda mais clara a importância e urgência do design desempenhar o seu papel como agente transformador no modelo atual de consumo, apresentando alternativas e caminhos mais ecológicos, propondo mudanças estruturais nos modos de produção, sugerindo novos materiais e maneiras de utilizá-los, e guiar as marcas e empresas rumo a um futuro cada vez mais verde.