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CONCLUSÃO


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CONCLUSÃO
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para concluir este trabalho, gostaria de retroceder um pouco no tempo e analisar, brevemente, a minha trajetória durante esses três anos de curso. Quando ingressei na faculdade, eu via o design como algo puramente estético, agradável ao olhar, sem nunca ter levado em consideração o seu lado revolucionário e transformador — lado este que se tornou, ao longo do curso, a minha verdadeira paixão. Todos esses anos estudando, aprendendo e entendendo a verdadeira fi nalidade do design, a sua verdadeira essência pragmática, que resolve todos os problemas (não importando o quão grandes, ou pequenos, eles fossem), me fi zeram entender que realmente era isso que eu queria para a minha vida. Quando iniciei esse projeto, eu achava que podia mudar o mundo e que seria fácil fazê-lo — um pensamento um tanto quanto inocente da minha parte, afi nal, se fosse fácil já teria sido feito. Hoje, no entanto, eu tenho certeza de que posso; mas sei que não será um processo fácil e, muito menos, que vai acontecer da noite para o dia. Posso dizer, com tranquilidade, que o curso em si abriu os meus olhos para a possibilidade de resolver os problemas do mundo; mas este projeto, em específi co, me ensinou que, se eu tiver paciência e perseverança, eu serei capaz de encontrar uma solução criativa para cada um deles, na hora certa e do jeito certo, e nem sempre da maneira como imaginei que seria. Logo nas primeiras semanas deste ano, quando tomei a decisão de qual tema queria seguir, eu tinha certeza de que encontraria uma solução perfeita para todos os problemas que

figura 85 Gel de Limpeza. (Fonte: Arquivo pessoal, 2021).
nossa função como designers é encontrar soluções eficientes e mudar o mundo dentro do que está ao nosso alcance.
eu queria resolver. No entanto, acredito que amadureci junto com o meu projeto e cheguei à conclusão de que uma solução efi ciente e possível é melhor do que uma solução perfeita, mas inviável — como sempre diz o meu pai “o ótimo é inimigo do bom”. E como designers, é a nossa função encontrar essas soluções efi cientes, enquanto não podemos chegar nas perfeitas, e mudar o mundo dentro daquilo que está ao nosso alcance. Apesar de todos os meus esforços, posso dizer que ainda não é inteiramente possível criar uma marca que seja 100% sustentável e que gere zero impactos sociais ou ambientais (pelo menos, não mediante ao modelo atual de consumo e às formas de produção que fomentam mais e mais o sistema capitalista — enquanto as poucas pessoas que estão no poder quiserem apenas lucrar, muitos dos que estão “por baixo” serão prejudicados por isso); mas que é possível, sim, desenvolver uma marca que seja sustentável na medida do possível, de acordo com a realidade que vivemos agora, contanto que continue buscando, a cada dia, novas alternativas e formas de aprimorar os seus processos, rumo à sustentabilidade verdadeiramente ideal. Como eu disse anteriormente, o lema que eu estabeleci para a Cosmic é “fazer a diferença dentro do nosso microcosmos, não importa quão pequena ela seja”. Cada passo é importante rumo a um futuro melhor, e tanto eu, como designer, quanto a minha marca, estamos prontas para dar cada um desses passos — esperamos que o resto do mundo esteja também.